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sexta-feira, 3 de maio de 2019

O mundo em combustão. A guerra pelo coração da América do Sul (e pelo petróleo) e os estertores do Império Norte-americano (as víceras imperialistas expostas)

A quem não leu, vou colocar o link aqui: Como Bolsonaro chegou ao poder no Brasil... Steve Bannon, "fake news"? Leiam o post até o fim.

Não deu pra completar ou melhorar o post, o ritmo frenético com que os fatos estão se desenrolando desde 2016 (ou 2013), e sem muito "feedbeck" exceto "olavetes" alucinadas vindo defecar a própria burrice, torna essa tarefa inglória, em todo caso...

Outra tentativa de golpe de Estado foi frustrada na Venezuela, pois mesmo que a Globo e a mídia ordinária/vendida do Brasil não chame pelo nome correto, nem todo mundo no país segue essa "agenda comprada" por essa mídia alinhada com os Estados Unidos e há um problema grave nisso, o povo não é informado como deve e fica à deriva sem saber o que está se passando, pois vai respingar sobre você, mesmo que você "não goste de política".

Esta mesma mídia ordinária nativa (mas não só ela, tem a linha auxiliar do golpe contra o país, a "mídia da OTAN", abordo esta questão noutro post dedicado só a ela) é a mesma que vivia malhando o governo Trump até pouco tempo, pra ver que a subserviência, vassalagem não diz respeito a "governo" de outro país e sim a uma "ordem político-econômica" encabeçada pelos Estados Unidos, que não serve ao Brasil, nunca serviu, só trouxe problemas ao país. E não se trata de uma questão de esquerda, visto que o PT, ou a "ala liberal" do PT (sediada principalmente em São Paulo, berço do partido) foi conivente ao extremo com a sabotagem norte-americana contra o Brasil.

Aparentemente esta tentativa de golpe foi debelado na Venezuela, comandado pelo capacho da vez (Juan Guaidó, ou GuaiDog), mas não se iludam que os Estados Unidos irá desistir só por essa "desventura" (está fazendo coleção), o Império tentará atacar, derrubar o "regime hostil" a seus interesses até perder o combate ou derrubar e alterar a ordem política na Venezuela e aprofundar o caos na América do Sul. Estamos falando da fronteira do Brasil, não de um caso "lá na Síria" bem distante da gente.

Os Estados Unidos quer usar o Brasil como "bucha de canhão" em sua guerra colonial. Trazendo a perspectiva geopolítica já que a mídia do país não trata a coisa dessa forma, tampouco boa parte das "forças políticas" do país

Ao que aparenta, o presidente atual dos EUA, Donald Trump, tem algum acordo direto com o títere, capacho da vez no Brasil que ocupa a presidência, Bolsonaro, mas não tem "carta verde" com os generais e as forças armadas do Brasil, e é isso que tem segurado a utilização do país como "bucha de canhão" de guerra onde o país pagaria caro por uma guerra que não é nem nunca foi nossa.

Entenderam a gravidade de se tratar eleição presidencial a base do desespero ou da "brincadeira"? Estão vendo as consequências práticas disso? Em parte a culpa não é nem da população, que tem uma mídia venal, vendida, ordinária pra "informá-la" e não foi educada, treinada pra ver o mundo dessa forma, mas se você e entendeu não tem mais desculpa pra levar essas questões na brincadeira.

Voltando ao assunto, a possibilidade da via militar ser usada pelos EUA na Venezuela é real, aos que tentam pormenorizar o problema no Brasil, sinto, não levem essa turma muito a sério, essa neurose de negar a realidade tem limites e o limite chegou. Os Estados Unidos foram varridos da Ásia (praticamente), perdendo poder e esfera de influência pra China. Foi varrido parcialmente do Oriente Médio, com o caso mais emblemático na surra que levaram na Síria quando forneciam apoio a terroristas mas vinham a público falar de "liberdade" (algo que já virou clichê). Os Estados Unidos também estão sendo varridos da África, e também estão sofrendo danos de antigos aliados como Itália, Alemanha e França (todos membros da OTAN, que o Trump ataca porque a conta está muito alta pro cada vez mais endividado Estado norte-americano). "Brincar de guerra" e Império custa caro, muito caro, e o ocaso dos Estados Unidos parece ter chegado ou está em vias, a ascensão chinesa é visível e se fez presente com os revezes que sofreu principalmente pra Rússia (parceiro estratégico da China e membro dos BRICS), onde a Rússia colocou uma base bem no "seu quintal", na Venezuela, com ajuda do Irã, China e Turquia (outro membro da OTAN, cada vez mais em conflito com o governo norte-americano, principalmente depois da tentativa de golpe de estado frustrado na Turquia).

A ascensão da China, ou da ordem sino-russa e o declínio dos Estados Unidos por trás dos embates atuais

Desde a década passada, principalmente, o mundo vê a ascensão chinesa ocupando o globo inteiro, ocupando o antes ocupado espaço dos Estados Unidos e de boa parte de seus aliados. O declínio dos EUA não se trata de mero "chute", "palpite", é real, isso se constata com os pontos que mencionei acima, o da China idem.

O erro chinês em assistir a derrocada do Brasil, sem fazer nada

Pros negócios chineses prosperarem na região e a China se proteger das ofensivas dos EUA, que ficarão cada vez mais fortes e piores, há que criar um Brasil estável na região, pra manter a América do Sul estável e próspera, todos ganham exceto os sabotadores. Isso interessa também ao governo russo, porque só haverá estabilidade na Venezuela com um Brasil estável também, é preciso deixar essa posição bem clara as forças de "ocupação" do governo de "Vichy" encabeçado principalmente por Bolsonaro e apoiado pela Globo/Record/Bandeirantes e grande mídia, e a mídia da OTAN (DW, BBC, El País/Prisa, esses são os principais mas não os únicos).

O Brasil se encontra em seu buraco mais profundo desde talvez a guerra do Paraguai (século XIX), metido numa guerra de desestabilização interna (que alguns chamam de "guerra híbrida"), promovida pelo aparelho judicial, principalmente o baseado no estado do Paraná na operação Lava Jato pra destruir, soterrar a economia do país usando como "desculpa", pretexto o "combate à corrupção", que não passa de um engodo, uma mentira, porque se trata de uma guerra de uma oligarquia de toga querendo ocupar ou reformular o Estado pra ocupar espaços da classe política alvejada por eles, como ocorreu no caso italiano que é o "modelo" dessa operação de sabotagem econômica e política do Brasil.

Não se trata aqui de defesa de partido A ou B e sim de dizer abertamente o que se passa, os fatos, a realidade se impõe à parte versão manipulada, mitificada propagada pela dita "grande mídia" e essa horda de "combatentes" (oportunistas, gente "querendo se dar bem" a todo custo) anti-país espalhados pela rede.

Bolsonaro chegou ao poder no arranjo, consequência do golpe de estado branco que o país sofreu em 2016, não estou defendendo a figura que foi deposta porque a dona Dilma Rousseff é parte da tramoia ao ter aceito toda essa palhaçada, passivamente, desde o começo, colocando a banda podre, sabotadora do PT dentro do governo, não os combatendo. Bolsonaro chegou ao poder também pelos devaneios que o Lula ainda comete tratando o caso que o país passa como "assunto pessoal" dele ou como se fora "coisa do PT", há limites pra defesa de partido e isto não fica acima do país. Não concordo com a prisão do Lula, prisão que considero fruto de uma fabricação do judiciário brasileiro alinhado com "forças externas", e não desejo mal à figura do Lula, mas há de saber quando se deve pendurar as chuteiras e que o tempo de protagonismo acabou.

Não estou dizendo isso do Lula e cia pra "defender" outro candidato, votei no Ciro Gomes (PDT) no 1o turno, sempre declarei que sigo a linha histórica do trabalhismo (do Brizola), mas nem o Ciro Gomes hoje serve pra algo, ao abraçar os tucaninhos deslocados bancados por um dos maiores sabotadores do país, o J.P. Lemann, com sua pupila-mor a Tábata Amaral, uma figura insossa, artificial e fraca, numa rede de lobbysmo partidário criada pelo mesmo pra defesa de seus interesses, porque não existe "investimento filantrópico" em política vindo de bilionário, a menos que você que esteja lendo o texto acredite em duendes.

Alguém pode perguntar, o que fazer numa situação dessas em que não temos nem partidos, organizações fortes pra nos defender? Faça a defesa você mesmo, em qualquer lugar que estiver, seja "o exército de um homem só" que em breve esse exército terá milhões, siga uma agenda anti-desmonte, anti-neoliberal e de viés nacional defendendo a soberania do país e a infra-estrutura do mesmo, não tenha medo de defender esses pontos porque gente estúpida fica tentando berrar, berre mais alto, numa guerra vence quem tiver mais ímpeto, amor, raiva (com a desgraça que nos colocaram) e razão. Podem rir de você a princípio, mas se lembre, quem rir por último serão os que tomaram a defesa do país. Estamos em guerra, sem mariners apontando armas pra nossa cabeça, mas estamos, e espero que seja a última situação vexatória e humilhante que aquele país do Hemisfério Norte nos impõe.

P.S. irei colocar links de matérias no texto acima, gradualmente, por isso que se alguma olavete, liberalete aloprada quiser dar chilique, boa sorte, está perdendo seu tempo, eu não estou numa "discussão" com vocês e sim numa guerra, e vocês irão perder de novo e essa e pagar pelo que fizeram de mal ao país. Também tentarei completar o texto, é que há um excesso de informação pra condensar num curto espaço, o que é bem complicado, e foge um pouco o tema do blog, ou nem tanto, já avisei antes, em "n" posts que História do Brasil faz parte do escopo do blog e também a extrema-direita (a ascensão da mesma em alguns cantos do mundo se deve pela destruição do Estado de bem-estar na Europa e ofensiva dos EUA na América Latina, os assuntos estão interligados, embora fosse melhor tratar disso num blog exclusivo pra essa temática).

terça-feira, 18 de julho de 2017

Para entender o mundo: livros (PDF)

Repasso abaixo dois posts com links de duas coleções de livros que foram bem difundidos no país (em PDF) sobre política. Se um dos principais problemas (se não for o central) do país é a falta de entendimento do povo sobre como funcionam as coisas, caso alguém tenha interesse, as duas coleções vem bem a calhar. Vou transcrever o texto dos posts abaixo e coloco os links pra download (provisoriamente, pois o certo é que o povo clique no link original e baixe de lá, pra dar mais visualizações ao site que lançou isso).
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"Coleção Primeiros Passos em PDF, para download"

"A série de livros Primeiros Passos é uma importante coleção da Editora Brasiliense que, há mais de 30 anos, reúne textos sobre diversos temas: O que é capitalismo? O que é filosofia? O que é racismo? O que é Cultura?

Lançada em 1970 e em formato de bolso, a coleção foi um sucesso, por exemplo, apenas durante o ano de 1999, vendeu meio milhão de exemplares… Tratam-se de textos curtos, porém concisos, sobre temas contemporâneos. Outra característica importante desta coleção é a indicação de uma bibliografia complementar disponibilizada ao final de cada volume, para aqueles que queiram se aprofundar no tema em questão.

Segue abaixo a lista de livros disponíveis em PDF e, mais abaixo, em azul, o link para o download das obras:
"

Link do post (o nome dos livros se encontram no link):
https://farofafilosofica.com/2017/04/15/colecao-primeiros-passos-completa-em-pdf-para-download/
Download:
Link1

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"Coleção Os pensadores| 55 livros para download"

"Dos pré-socráticos aos pós-modernos! Coleção “Os Pensadores -: 55 livros sobre os pensadores das principais escolas filosóficas em PDF, disponível para download.

A Coleção “Os Pensadores” é uma coleção de livros que reúne as obras dos filósofos ocidentais desde os pré-socráticos aos pós-modernos. O interessante desta coleção é que ela reúne em cada exemplar um pequeno apanhado sobre a biografia do autor em questão e um, dois ou três livros deste mesmo autor, normalmente os títulos mais conhecidos.

Publicada originalmente pela editora Abril Cultural, entre os anos de 1973/1975 era composta de 52 volumes. A edição que indicamos é de 1984 e é composta por 56 títulos, segue abaixo a lista de títulos disponíveis e mais abaixo (em vermelho) o link para fazer o donload dos livros em PDF:
"

Link do post (o nome dos livros/pensadores se encontram no link):
https://farofafilosofica.com/2017/02/16/os-pensadores-colecao-completa-55-livros-para-download/
Download:
Link2

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E pra quem ainda não viu (link fixo fica tanto no canto esquerdo superior como na parte destacada do blog, pra download) o ebook do Holocaust Controversies sobre o Holocausto (o texto está em inglês), pra baixar gratuitamente caso interesse (em PDF). Link abaixo do post:
(EBOOK) Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard. Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

"O autoritarismo nosso de cada dia". O baixo nível da discussão política no Brasil - à direita e à esquerda

Esse post era pra ser sobre o "Mein Kampf" (Minha Luta), mas antes de prosseguir irei ironizar o assunto: estão cansados do assunto sobre o livro de Hitler? Não? Sim? De qualquer forma ele será citado mais vezes porque, se a mídia faz alarde dessa publicação, aqui há espaço de expor outra opinião além do "senso comum" da mesma, e há textos melhores "soltos" pela web que não tratam com sensacionalismo o tema.

Mas voltando ao que dizia, este post seria sobre o "Mein Kampf", mas há uma parte no texto que saiu na DW Brasil que descreve bem o "nível" político da discussão política neste país e merece ser destacado e não como parte de um post sobre "Mein Kampf". Está tão raro aparecer na mídia uma crítica séria neste país sobre política, mesmo que seja sobre um livro, que quando sai a gente tem que destacar.

Como hpa gente que fica em alvoroço querendo atacar opinião quando vê o blog e afins, porque acham que toda opinião é válida mesmo se for composta só com idiotices (o que já a tornaria inválida), esta parte do texto que mencionei destaca o (baixo) nível da direita e esquerda do país.

Como já fiz vários posts citando a extrema-direita brasileira (confiram na parte de História do Brasil), dessa vez o lado destacado será o outro, e ainda ficarem em dívida por eu teria mais coisas pra apontar e criticar de "setores" da esquerda brasileira, mesmo porque eu estou "amando" o baixo nível de gente enchendo meu saco com: esquerdismo, autoritarismo (com direito a fazer "beicinho", esquecendo que cara feia, pra mim, sempre foi sinal de "fome", como dizem na minha terra) e idiotice.

Ao menos aqui não terei que aturar "beicinho" (frescura) de gente que não tolera opinião contrária/divergente, gente que fica patrulhando e enchendo o saco. Quem quiser discutir, pode vir, mas se baixar o nível e não tiver educação, eu não sou (nem ninguém) obrigado a tolerar esse tipo de comportamento (grosseria, falta de educação):
"A nova direita brasileira é deploravelmente estúpida, grotesca e iletrada. Não leem nada. Nosso país intelectualmente subdesenvolvido tem uma esquerda radical iletrada que não lê Marx e uma direita estúpida que não lê os filósofos e economistas conservadores. Eles não chegarão perto de Mein Kampf. Acho que nossa edição será mais para estudiosos de História e curiosos", diz ele à DW Brasil."
O trecho acima foi tirado de uma matéria da DW Brasil (link abaixo), comentário do publisher da Geração, Luiz Fernando Emediato, leiam a matéria inteira:
Editoras preparam relançamento do livro de Hitler no Brasil

Ele (o Emediato) disse mais ou menos o que já escrevi aqui muitas vezes, só que com outras palavras (foi até mais duro, curto e mais preciso). Gente iletrada, que eu chamo de ignorantes, e eu acrescentaria: intolerantes, cheios de complexo de vira-lata, que não sabem discutir sem xingar e coisas do tipo.

Não procuram ler nada, mas o pior: sentem raiva profunda de quem lê ou procura se informar. Comportamento que não será aceito por qualquer pessoa sã.

O L. Emediato está correto, quem provavelmente procurará esse livro no país é o espectro que ele citou, estudiosos de História (quem tem interesse no assunto segunda guerra) ou curiosos.

Tem gente que manifesta "interesse" nesse livro quando sai matéria sobre o mesmo, mas só pra fazer "pose" (como se isso impressionasse alguém, futilidade), ou então por conta da capa, mas não leem nada (se lessem saberiam que há edição do livro na web há mais de década), usam o livro como decoração ou pra "meter medo" em alguém com a foto de Hitler (caso tenha foto dele na capa).

A quem pensar que o fenômeno do "urro coletivo" (comportamento agressivo de manada) é só à direita, quebrará a cara, o que existe de gente tosca que se diz de "esquerda" nesse mesmo "nível" (de burrice e intolerância) da direita, é um verdadeiro 'festival'

Em comum com os ignorantes de direita, esses à esquerda também não leem nada, ou quando leem não entendem direito o que leem, não assistem nem documentários. Os dois extremos se tocam pois são muito parecidos (basta ver este grupelho MPL e suas "máximas políticas" demagógicas).

A questão da leitura recai diretamente na forma como as pessoas se expressam, é só ver a dificuldade em articular uma ideia, qualquer que seja, e transmitir isso adiante. Não é um problema banal (qualquer). Afeta inclusive as relações sociais num país.

Como disse, esse pessoal não assiste nem um mísero documentário sobre qualquer assunto, já que em tese seriam mais "politizados", não conseguem emitir uma opinião analisando algo friamente, são passionais ao extremo, fazem birra quando não têm o que dizer e quando desaprovam algo (embora não digam do que discordam exatamente), são pessoas manobráveis (gente passional é extremamente manipulável), são completamente alienados do que se passa no mundo, ou só se informam pelo que o Globo diz.

Esse pessoal é pautado pela programação da Globo, embora vários digam que a odeiam, mas assistem as novelas dela sem perder nada, fora os programas esdrúxulos que a mesma transmite (eles sabem a programação dela decorada), e só se informam pelo que A, B ou C (que eles consideram "gurus" ou como os chamo: "subcelebridades" de Facebook) comentam naquela rede social.

Quando a gente repassa algo (informação, matéria), ficam fazendo beicinho com raiva porque acham um 'atrevimento' alguém "saber" (entre aspas) mais que eles. Se não for alguém que dê pra eles puxar o saco (pela carteirada), pra bajular, o ódio vem fácil. Tudo por conta de complexo. É o famoso "puxar pra baixo" (o nível), não sabem de nada mas não querem que ninguém saiba.

Na verdade, o que se discute aqui não se trata de "saber mais" disso ou daquilo, essa ânsia em quem "sabe mais" é uma tolice extrema, é uma neurose fruto de complexo. O que se passa é que esse pessoal não lê nada, não se informam decentemente, não se interessam por nada (mas querem estar no "rebuliço" mesmo assim, no meio da discussão), não sabem discutir nada, e acabam se sentindo por baixo com quase todo mundo. A tendência de quem se comporta assim é sempre essa. Gente complexada é um perigo, costumam ser agressivos gratuitamente por qualquer coisa e não é um problema banal. Ou seja, é caso pra psicólogo tratar e não pra web resolver.

Por "complexo" não me refiro à depressão (muita gente confunde as duas coisas, mas não são sinônimos), depressão é uma doença séria que todo mundo está sujeito a ter durante a vida e não é "frescura" (como a massa ignorante costuma tratar/dizer no Brasil). Complexo neste caso é um sentimento de inferioridade fruto do próprio comportamento que esse pessoal se autocondiciona.

É um festival de indigência cultural fora do comum, é porcaria nos dois polos, nos dois extremos políticos, e tem pra todo gosto. Você fica num fogo cruzado. Toma "paulada" dos dois extremos.

Os de direita (refiro-me a esse perfil citado mais acima) são mais afoitos, defecam a estupidez em tudo quanto é página de jornal na rede (aqui mesmo no blog já fizeram isso na caixa de comentários), uma parte é seguidora de um astrólogo "metido a filósofo" (expulso da Página do Exército), mas mesmo assim ainda é possível discutir com alguns deles, mesmo que repitam os mantras que assistem na Globo etc.

Os de esquerda, de tanto bullying que tomaram, ou porque sofrem de 'cagaço' crônico (covardia), ficam em guetos falando entre si, que eu apelidei de a "revolução do gueto". Eu acho que não sou uma pessoa boa com esse pessoal (rs), vejam a ironia que acabo fazendo com eles (isto se chama "saco cheio").

Prosseguindo, os da extrema-esquerda são mais arrogantes e intolerantes (por incrível que pareça), principalmente com gente de esquerda que pensa diferente deles (tem opinião divergente). Em suma: não toleram divergência, opinião contrária, coisas que são o alicerce de uma democracia, de uma sociedade que tem pluralidade e não "pensamento único".

O que essa gente (dos dois extremos) diz de absurdo sobre episódios históricos e de política é coisa que deixaria um Freud (se fosse vivo) enlouquecido de tanta bizarrice, com tanta estupidez junta, e sentem um certo orgulho em agir assim, isso é que é o pior, não existe nem humildade da parte deles em reconhecer que não sabem algo (mesmo porque ninguém nasce sabendo, saber é algo construído, adquirido, acumulado, surge da interação entre humanos, via livros, contatos, vídeos etc).

Há alguns anos era comemorado a inclusão digital no país. Nada contra, de fato é bom que o país tenha acesso total à internet, mas... (tem sempre um "mas") o que emergiu desse acesso foi igual a abrir a tampa de um esgoto.

E antes que alguém chie com os termos, sou contra o "politicamente correto" que essa tranqueira do PSOL prega e enche o saco de forma exacerbada. Preconceito se acaba com livre discussão e rebatendo a idiotice proferida (com argumentos, conhecimento, gozação, ironia etc, até elevando o tom se for necessário), não com censura simplesmente. Minha última resistência a essa questão era justamente sobre o PL da negação do Holocausto e hoje sou contra este projeto de lei que fará aniversário de dez anos em breve (o pessoal do Holocaust Controversies me convenceu do problema dessas restrições).

Não se acaba preconceito por decreto e sim com educação, conhecimento e livre discussão.

Quem achar que acaba com preconceito por decreto, irá alimentá-lo no "submundo". Ele fica circulando no submundo, "fermentando", e numa hora isso emerge com muita força (como se vê nos últimos anos).

Só pra ilustrar o que citei acima, não lembro mais do ano exatamente mas acho que foi em 2014 (não tenho certeza), alguém foi comentar algo no perfil daquele deputado do Rio, Jean Wyllys (PSOL), e achei que o ambiente do cidadão era democrático (a página dele), fiz um comentário, acho que sobre a Globo, e a equipe dele simplesmente apagou.

Ele andou fazendo "sucesso" com uma viagem que fez a Israel, mas não entremos nesse assunto, a menos que alguém queira (isso foi uma provocação, rs).

Pra quem achar que eu "morro de amores" pelo PSOL, sinto se decepcionar alguém. Eu considero este partido algo ridículo e delirante. Foi este partido que disseminou, junto com essa extrema-direita liberal esse clima de ódio político no país baixando o nível da discussão política. O PSOL é um partido liberal mal assumido que usa cor vermelha, com um discurso radicaloide pra enganar trouxa, basicamente. É o mesmo discurso/agenda do Partido Democrata dos EUA (da ala dos Clinton).

É esse o "modelo de democracia" que o deputado em questão defende: censura e "fim de papo"? É essa "ideia" de democracia dele que não é democracia alguma? E ao que parece que é, isso explica e muito deu ter aversão à figura dele.

Não fiz uma agressão, só um comentário que nem o citava, e tive o comentário cortado só porque a "equipe" dele não gostou. Estou comentando aqui sobre uma figura pública, político, não de "gente comum". Vejam quanto tempo faz que isso ocorreu (2014), só vim comentar agora porque o assunto do post é pertinente e já estava com essa questão entalada há tempo.

Quem lê o blog e me conhece sabe do que penso dos rivais políticos diretos dele (como o Bolsonaro e cia), não gosto de nenhum deles, mas também não gosto do PSOL, o deputado em questão e os rivais dele se nivelam por baixo, desviam o foco de discussões mais sérias pro país com briga de quitanda.

O PSOL é um partido rancoroso, infantilizado (tem uma dancinha da ciranda pra "derrubar o capitalismo", hahahaha), antidemocrático que nasceu no ressentimento incontido que sente pelo PT (de onde parte da cúpula do PSOL foi expulsa por radicalismo).

Quero ver algum "revi" vir encher o saco alegando que eu defendo Wyllys e o PSOL, na verdade eu quero que vocês da extrema-direita (liberal ou não) e essa extrema-esquerda do PSOL-PSTU se explodam. Vocês se merecem.

Esse cidadão e o Bolsonaro dependem um do outro politicamente, são unha e carne, ambos se elegem sob o pretexto dessa suposta "briga-polarização" que ajuda a projetar ambos e desviar o foco da discussão política de coisas mais sérias pro país (ataque especulativo ao pré-Sal etc). Um é demagogo e só diz besteira (e agora virou neoliberal, Bolsonaro liberal-conservador), o outro se elege sob o manto do "combate ao preconceito" mas não acaba com preconceito algum, isso quando não projeta ainda mais essa bancada religiosa fundamentalista e afins com a polarização que cria no congresso, pois o deputado do PSOL não passa de um intolerante também como o seu rival, ambos sem preparo político algum. Revejam (quem vota) o voto de vocês nesse tipo de radicalismo pueril, depois não reclamem do "baixo nível" na discussão política do país.

Os dois encarnam o nivelamento por baixo da política brasileira, são o que há de pior. Quer dizer, o Eduardo Cunha consegue ser mais "punk" que esses dois, ainda (esse é duro de superar).

Teve outro exemplo de intolerância política e truculência. Não lembro a quantidade exata de comentários, mas vamos chutar, por baixo foram uns cinco. Mas houve mais comentários com problemas, que só foram liberados depois da matéria descer, pra não gerar discussão e o povo não ler.

Estou citando o site do Nassif. Fui comentar no site do Nassif e tive comentário (s) não publicado (s). Ou seja, sou "subversivo" e não sabia, hahahaha.

Essa é pros "revis" que leem o blog não virem encher o saco falando de "censura", como se só eles tivessem o "privilégio isolado" de ter comentário cortado naquele site/blog pois já publicaram o assunto da "negação" por lá.

Eu tive mais comentários cortados que eles/vocês juntos. Pelo visto sou um "perigo" à sociedade (à sociedade de pensamento único, autoritária) na concepção desse site (aos desavisados, isso é uma ironia).

"Ah, mas pode ser a equipe do blog e não ele". Pode ser, embora ele seja o responsável pelo site e deve traçar alguma linha editorial pra equipe, embora eu também lembre que comentei em posts que ele fez. Ou seja, ele vê os comentários.

Só que é ruim de salvar este tipo de corte porque você não espera ser cortado, até por não ter feito comentário ofensivo. Quando a coisa começou a se repetir (da terceira vez) comecei a prestar atenção. O fato é que deixei de comentar naquele espaço depois disso, e não faz falta.

Lembrei de outro caso que foi com o Emir Sader (figura que essa "neodireita" adora).

Ele também cortou comentário por discordância, mas sem dizer o motivo. Lembro vagamente do post. Quando ele estava escrevendo besteira sobre Pernambuco, sem escrever o nome do Estado e mais alguma idiotice (só citam o nome da região, pedantismo insuportável desse povo). Ou seja, tenho que ler o cara escrever besteira de algo que conheço e sou parte e aceitar a idiotice quieto. Petulância extrema desse pessoal.

Esses cidadãos deixam espaço pro povo comentar e quando não gostam, cortam. Pela postura parece que se sentem, sei lá, "semideuses" ou algo do tipo. Nunca vi tanta cretinice e futilidade juntas. Não é a toa que o país vive a crise política que passa, não é só questão econômica a causa (antes fosse).

No dia que ele souber mais sobre meu estado (e eu sei quando dizem besteira, ele não acompanha o que se passa no estado, só sabe superficialidades, na melhor das hipóteses, além de ter aquela visão idiotizada genérica regional que acha que estado não tem bandeira, hino e constituição, ou que o país não é uma República Federativa e sim uma "República regional", quando ele deveria saber já que é tido como "intelectual"), sem aquela visão preconceituosa idiota dele, eu saio com uma melancia pendurada na cabeça pelado pela rua.

Ele pensa que é um Evaldo Cabral de Mello? Que duvido fosse me tratar assim. Pra quem não conhece a pessoa, o Evaldo Cabral de Mello (irmão do João Cabral de Melo Neto e primo de Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, só "nomes fracos", rs) é um diplomata e talvez o maior historiador vivo do Brasil, e duvido que ele trate alguém com a petulância dessas figuras citadas acima.

No dia que eu precisar de alguma "estrela" dessas criticadas acima (os da censura) como "fonte de conhecimento", eu prefiro pular de cabeça de uma ponte. Parece que quando a gente dirige a palavra a essas pessoas, eles pensam que estão fazendo um "favor" falar com a gente. Estão no mundo das nuvens, fora de si.

Mas voltando às críticas, quando esse pessoal fala de Fascismo, é uma calamidade, e ficam com raiva quando a gente "corrige" (comenta).

Teve gente irritada com o Ian Kershaw, o autor da que é considerada a melhor biografia sobre Hitler/nazismo, historiador britânico renomado (conhecido no mundo inteiro), e citaram um título idiota que circula no país "sobre fascismo" que é um amontoado de bobagens (aparentemente). A quem se interessar, leiam uma crítica aqui, não sei se sobre o livro mas tem a ver. Repetir o clichê como se Fascismo fosse sinônimo de autoritarismo, puro e simples (fascismo também virou xingamento, mas tem o sentido original) sem entender o significado original é simplesmente bizarro. É surreal ver essas coisas, a pessoa entra em depressão (rs).

Depois chega gente achando que a gente é pedante simplesmente porque o nível intelectual da produção acadêmica sobre esses temas políticos no país anda muito baixo, não querendo generalizar (tem partes boas, sobre racismo e integralismo, só pra ficar nessas, mas esse pessoal "engajado" com o PSOL, não dá).

O que mais me choca nisso é a arrogância, pretensão ou petulância desse pessoal.

Criticam a mídia oligopolizada do país, que é o maior problema do Brasil hoje (país sem mídia plural, de qualidade, fica no limbo, vulnerável), mas se comportam de forma parecida ou pior à mídia que criticam.

Nem a Globo me tratou assim (pausa pro riso de novo), e eu "amo" a Globo (rs), mas tenho que ser justo na crítica, "A César o que é de...".

Querem formar opinião assim? Tá feia a coisa.

Mudem de postura. Em internet não tem espaço pra "vedetismo" e "estrelismo". Aquela idolatria e histeria dos anos 60 passou.

Como revido sempre (minha forma de revide muitas vezes é só o famoso ignorar esse tipo de "figura" ou ironizar, o deboche sempre irrita o autoritarismo), deixei de ver o perfil do cidadão e também não repasso nada que ele publicar (mesmo porque nunca publiquei nada dele mesmo, então não faz muita diferença, rs). Bateu, toma de volta, curto e direto, sendo de direita ou de esquerda.

Não tolero esse tipo de autoritarismo.

Já tive que barrar comentários por conta do teor racista e agressivo por conta da legislação do país, mas sempre discuti abertamente. Estou acostumado a esse tipo de cultura de discussão aberta e não a de censores, "estrelinhas". Mas são essas "estrelas" que o povo traz pra gente.

Eu leio coisa melhor em jornal estrangeiro e as pessoas nessas publicações/jornais não se comportam com esse vedetismo que se observa no país. A tal "mídia alternativa" do país, com exceções obviamente (o Azenha, o Paulo Henrique Amorim e outros) está nesse "nível". Eu fico abismado com o baixo nível político do país. Não vou nem falar da Veja e cia, pois o fato é que está tudo nivelado por baixo. Uma porcaria.

E tem mais casos, se eu for enumerar tudo a lista é muito grande.

É muito ódio e ressentimento juntos misturados com estupidez extrema, petulância e falta de valores democráticos, uma cultura autoritária e muita infantilidade, um bando de adultos com comportamento de criança birrenta de escola se sentindo "deuses".

Se uma rede social sobe à cabeça desse povo, imagina se aparecessem direto na TV com muita audiência. Iriam comer o fígado de todo mundo.

Parece que estamos diante de "pop stars", do Pink Floyd, dos Stones. Francamente, só rindo.

Por isso que muita gente se irrita e se isola dessa/nessa rede. Não dá pra passar a mão na cabeça desse povo e dizer que está tudo bem, pois não está, estamos chegando a um limite (se já não chegou).

Em 2015 essa estupidez política levou à exaustão o país inteiro. Chega.

Aqui ao menos posso descrever o fenômeno (problema) sem esse pessoal castrar/patrulhar o que a gente pensa ou diz.

Leiam mais (não só sobre Brasil, a cobertura geopolítica do país é um completo chiqueiro, muito ruim), aprendam a discutir - mesmo que role alguma rusga na discussão -, tenham a mente mais aberta, mas não esperem mais tolerância com comportamento agressivo gratuito e falta de educação (educação aqui significa aquela "educação formal", do "bom dia" etc). Tolerância zero com grosseria e estrelismo.

Ninguém é obrigado a suportar/tolerar esse tipo de "comportamento excêntrico" autoritário porque esse povo não sabe conviver numa democracia, não toleram divergência (à direita e à esquerda). Chegamos a um limite onde, ou se reverte isso ou a incivilidade dessa gente (dos dois extremos, esse culto à cretinice) levará o país à barbárie.

Acho que a maioria da população no fundo não quer isso, mas precisa se manifestar mais contendo esses extremos, sair de cima do muro porque uma hora o muro desaba com todo mundo junto. Não tenham medo de tomar posição porque tem gente "urrando" e babando saliva.

Atualização: 24.01.2016
Fiz uma revisão do texto (não tinha revisão alguma, foi publicado como foi escrito) pra corrigir erros e cortar trechos com mesmo sentido repetidos (sem necessidade). Fica melhor de ler assim.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

[HB] Escapando da realidade com a Globo brasileira (NY Times)

No ano passado, a The Economist publicou um artigo sobre a TV Globo, a maior emissora do Brasil. Dizia que “91 milhões de pessoas, pouco menos do que a metade da população, sintoniza no canal todos os dias: o tipo de audiência que nos Estados Unidos só é obtida uma vez por ano, e apenas pela emissora que ganhou os direitos de exibir o Super Bowl”.

Os números podem parecer exagerados, mas basta dar uma volta no quarteirão para passar a considerá-los até que conservadores. Por toda parte há uma televisão ligada, em geral na Globo, e todos a estão encarando de forma hipnótica.

Não é de se espantar que um estudo de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirme que o percentual de residências com um aparelho de televisão (96,9%) é maior do que o das pessoas com uma geladeira (95,8%), e que 64% possui mais de um aparelho em casa. Outros estudos revelaram que os brasileiros passam 4 horas e 31 minutos assistindo à televisão nos dias úteis e 4 horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem à televisão todos os dias e apenas 4% nunca o fazem. (Eu sou uma dessas.)

Nesse universo, a Globo é onipresente. Embora sua audiência tenha diminuído nas últimas décadas, o share da emissora ainda é de 34%. Sua principal rival, a Record, tem 15%.

Mas o que significa essa presença esmagadora? Num país onde a educação é deficitária (a Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico recentemente nos colocou em 60o. lugar entre 76 países na performance média em exames de aptidão escolar), quer dizer talvez que um único conjunto de valores e perspectivas sociais está sendo amplamente difundido. Além disso, sendo a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo é capaz de exercer uma influência considerável na nossa política.

Um exemplo: dois anos atrás, em um tímido pedido de desculpas, a Globo confessou ter apoiado a ditadura militar no Brasil, ocorrida de 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, disse o editorial, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original.”

Com esses perigos em mente, e em nome do bom jornalismo, passei um dia inteiro assistindo à programação da Globo, em uma terça-feira recente, a fim de verificar o que eu podia aprender sobre as ideias e valores promovidos pela emissora.

A primeira coisa a que a maioria das pessoas assiste todas as manhãs é o jornal local, depois o nacional. A partir desses programas, pode-se inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de que nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrenta um risco sério de impeachment e de que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, está sendo investigado por corrupção, esses fatos recebem menos tempo de tela do que os detalhes dos congestionamentos. Os boletins são atualizados pelo menos seis horas por dia, com os âncoras papeando amigavelmente sobre o calor ou a chuva, como se fossem tias solteironas na hora do chá.

Dos programas matutinos, entendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todos os apresentadores e convidados gostavam uns dos outros e sorriam o tempo todo. Foram contadas histórias inspiradoras de pessoas com deficiência que tiveram força de vontade para ter sucesso em suas profissões. Especialistas e celebridades discutiam esses e outros tópicos com notável superficialidade.

Decidi pular os programas vespertinos – em sua maioria, reprises de novelas e de filmes de Hollywood – e fui direto para as notícias do horário nobre.

Dez anos atrás, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o espectador médio do Jornal Nacional ao Homer Simpson – incapaz de entender notícias complexas. Pelo que pude ver, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a crise hídrica em São Paulo, por exemplo, foi ilustrado por uma repórter no zoológico, que disse ironicamente: “Olha a cara de preocupação do leão com a falta d’água”.

Assistir à Globo significa acostumar-se a clichês e fórmulas batidas; muitos dos roteiros de jornais incluem pequenos trocadilhos no final, ou inanidades de pessoas que estão passando. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse uma repórter sobre o técnico da seleção brasileira de futebol. Às vezes, poucos segundos são devotados a notícias perturbadoras como o fato de que o estado de São Paulo decretou um sigilo de 15 anos dos dados operacionais e técnicos da rede hídrica, ao passo que longos minutos são gastos em tópicos como “o salvamento de um homem que estava se afogando [e que] provocou admiração e surpresa numa cidade do interior paulista”.

O resto da noite foi preenchido por novelas, através das quais pode-se concluir que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas bem feitas, saias apertadas, saltos altos e o cabelo liso. (Segundo esses critérios, eu não sou uma mulher.) As personagens femininas podem ser boas ou más, mas unanimemente magras. Elas brigam por causa de homens. Seus objetivos máximos na vida são usar um vestido de noiva, dar à luz um bebê loiro e/ou aparecer na televisão. Pessoas normais têm mordomos, enquanto encanadores sarados realmente visitam e seduzem donas de casa entediadas.

Duas das três novelas em exibição falam sobre favelas, com pouca semelhança com a realidade. Politicamente, tendem ao conservadorismo. A regra do jogo, por exemplo, conta com um personagem que, em um episódio, se apresenta como um advogado de direitos humanos a serviço da Anistia Internacional só para contrabandear para dentro da prisão os materiais necessários para fazer uma bomba. A ONG fez uma reclamação pública, acusando a Globo de contribuir para a criminalização do trabalho de defensores dos direitos humanos no Brasil.

A despeito do alto nível técnico de produção, as novelas são dolorosas de assistir, com suas vastas doses de preconceito, melodrama, diálogos rasos e clichês.

Mas elas têm o seu efeito. No fim do dia, me senti menos preocupada com a crise hídrica ou com a possibilidade de outro golpe militar – exatamente como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.

The International New York Times
11 de novembro de 2015
por Vanessa Barbara
Contributing Op-Ed Writer

Ps. O artigo original se referia erroneamente a 25 anos de sigilo nos dados operacionais e técnicos da rede hídrica.

Fonte: New York Times
http://www.nytimes.com/2015/11/11/opinion/international/escaping-reality-with-brazils-globo-tv.html
Tradução: site Seleta de Legumes
http://www.hortifruti.org/2015/11/10/escapando-da-realidade-com-a-globo-brasileira-traducao/



Observação 1: Vou usar a sigla "HB" pra todos os posts referentes a conteúdos ligados à História do Brasil. Verei se consigo atualizar os outros.

Observação 2: este texto ficará na parte de História do Brasil. Como considero a cobertura que a mídia (tanto a "grande", oligopolizada, como parte da dita "alternativa") muito aquém do que eu acho bom, tomo a liberdade de colocar textos que considero relevantes e que abordam a atualidade e presenta recente do país.

Esta questão da Rede Globo é muito problemática. Esta emissora ou grupo ("organizações", como ela usa o termo) é um resquício tenebroso da ditadura militar (1964-1985), totalmente alinhada ideologicamente com o governo dos Estados Unidos e que sempre minou qualquer ato de desenvolvimento do país visando a própria soberania plena do mesmo, desde a redemocratização do país em 1985.

Foi um erro dos militares não terem dividido essa emissora em várias partes, antes do fim da ditadura, aniquilando o poder "onisciente" e "onipresente" do todo poderoso dela (Roberto Marinho, já morto, mas não menos nefasto), uma figura sinistra da História do Brasil. São os famosos entreguistas que querem transformar o Brasil num colônia de exploração dos EUA e de outros países em troca do "quinhão" de controle deles. Não possuem qualquer senso pátrio ou escrúpulo.

O texto narra a deturpação que essa emissora cria no país. Isso porque o povo brasileiro lê pouco, tem uma educação precária (mas também tem aversão a ler, pois a educação precária não explica a falta de apego à leitura) e tem um vício por essa emissora, como se fosse uma doença. Chamaram atenção prum fato que eu não havia reparado antes, de como há TVs espalhadas nos recintos do país (bares, consultórios médicos etc), e é verdade, e o grosso delas sintonizadas na Globo. É algo doentio, dantesco, datado. O lado positivo em torno disso é que o pessoal mais novo só fica grudado nos tablets, não assistem mais essa emissora. O que põe em cheque o porquê das empresas brasileiras ainda anunciarem em massa nesse tipo de emissora (jornal e rádio, pois a Globo tem tudo isso, e até cinema) quando a divulgação via internet é mais barata e eficiente que essa mídia datada e apodrecida, onde os noticiários dela mais parecem horário político gratuito do PSDB (partido de oposição no Brasil).

A quem não sabe, a Globo apoiou o golpe de 1964, golpe tramado pelos EUA, e cresceu se valendo da ditadura que perseguiu os concorrentes, com dinheiro norte-americano (caso Time-Life). Esse "monstrinho" surgiu no formato atual na ditadura (apesar de ser mais antiga pois ela vem do jornal O Globo, que já era entreguista contra Vargas e o país), foi o pior legado que os militares deixaram pro país, pois ela sabota politicamente o país desde 1985 como "Estado paralelo". A Globo foi o aríete do neoliberalismo e privatizações no país durante o governo FHC (o garoto do Consenso de Washington). E hoje vem falar do caso da Vale em minas, empresa privatizada pelo valor de dois Youtubes que ninguém sabe aonde o dinheiro da privatização (uma merreca perto do valor da empresa) foi parar. E taí o desmantelo da mesma que funciona porcamente.

Mais recentemente, ela apoiou abertamente o Impeachment paraguaio (golpe branco) da atual Presidente do país, colocando transmissão ao vivo de micaretas na Avenida Paulista com a "turma" de extrema-direita. Um apoio tão escancarado que deixou muita gente perplexo com o descaramento da emissora. E erro do governo ao patrocinar com verba estatal um grupo que conspira contra a democracia do país. Sou plenamente a favor do corte de toda verba publicitária estatal a essa emissora e parte da imprensa do país. Se eles defendem liberalismo, que procurem captar recursos da iniciativa privada que tanto defendem e não sejam tão contraditórios atacando o Estado a todo instante pra pegar recursos do mesmo. Dona Dilma, se quer economizar, os milhões que vão pra Globo são uma bela economia. Crie e coragem e faça o que deve ser feito, o povo entenderá. Conspirar contra a democracia do país e contra a soberania do Brasil é crime grave e não deve ser tolerado.

Noutro país, uma emissora dessas já teria sofrido represálias sérias ou mesmo ter o canal cassado por crime de conspiração. E isso não é antidemocrático, quem atentou contra a democracia foi este grupo, como fez em 1964 e repete a dose. Só que os tempos são outros. A internet fura o noticiário enviesado e distorcido dessa emissora, por mais que ela tente manobrar a população (ela já não consegue fazer isso como décadas atrás).

E cuidado com o caso da FIFA, o FBI ainda não citou abertamente o caso de propina pra transmissão de jogos.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O viés anti-Brasil da imprensa espanhola escancarado na Copa. Destaque para o jornal El País

Como comentei antes, eu iria comentar a série de absurdos que saiu durante a Copa cometidos pela imprensa estrangeira principalmente, só que com esse evento da ofensiva/massacre em Gaza (que já vai em mais de mil mortos, pra ser mais preciso, 1139 mortos e subindo), não havia/há clima pra discutir a questão de uma forma melhor.

Eu prometi que iria condenar os ataques de um jornal espanhol (embora eu tenha visto matérias hostis em outros jornais da Espanha), mas infelizmente não deu pra fazer o post na Copa.

Falar em imprensa estrangeira é ser genérico, houve pontos positivos da imprensa estrangeira com destaque pra imprensa francesa cobrindo a Copa (a França sempre teve uma boa ligação política e cultural com o Brasil e demonstrou isso mais uma vez no mundial, cobertura honesta, sem excesso) e mesmo da imprensa norte-americana. A imprensa britânica foi bipolar, foi um morde e assopra constante com sua briga particular com a FIFA e certo espírito de porco atacando o evento pra outros fins (até as Olimpíadas) sem respeitar a escolha do país, mas segurou a "onda" no decorrer do mundial quando a "catástrofe" anunciada não ocorreu. A DW alemã também foi um destaque negativo com matérias tendenciosas ao extremo (e já vem fazendo isso há algum tempo). Mas houve uma imprensa que despontou negativamente pra valer nessa questão a ponto de ser destacada aqui: a imprensa espanhola. Com destaque principal pro jornal El País, disparado o que mais atacou de forma irresponsável, sensacionalista e distorcida o país antes, durante e após a Copa, o que provoca reações inamistosas de brasileiros com a Espanha.

Eu não sou muito de voltar atrás com elogio, até porque não dá pra mudar de opinião conforme a dança, mas já cheguei a elogiar a parte de segunda guerra que sai nesse jornal na versão espanhola, mas isso não me impedirá de criticar pesadamente o viés anti-Brasil, eleitoreiro e até xenófobo desse jornal, que pertence ao grupo Prisa (Espanha).

Por que eu disse eleitoreiro? Porque o grupo deste jornal é próximo politicamente a um certo partido brasileiro de cor azul, oriundo de São Paulo (estado), e de multinacionais espanholas (exemplo1, exemplo2) no Brasil, e dá pra notar que há um ataque direcionado visando as eleições no Brasil este ano, um claro gesto de intromissão externa indevida onde não são chamados. Analisar os países é uma coisa, sugerir e insinuar pro povo via matérias, que são editoriais disfarçados, é intromissão indevida. Mas isso só ocorre porque uma parte da sociedade brasileira permite o comportamento cretino de órgãos de imprensa interna e externa, com seu famoso complexo de vira-latas, falta se senso de nação e uma postura que beira a estupidez. Só que há outra parte da sociedade do país, que é maioria (e deveriam demonstrar o repúdio a esse tipo de postura cada vez e de forma aberta), que tem senso de pátria/nação e que não tolera isso e eu me incluo nesta parte.

Eu havia salvo vários links das matérias que esse jornal soltava pra fazer este post, sempre de forma negativa atacando tudo no país ou usando a Copa para campanha eleitoral, exemplo: La careta del gigante, um texto idiota, de outro idiota liberal radical de um país vizinho (Vargas-Llosa, o que concorreu com o Fujimori), explorando a Copa pra fazer politicagem rasteira. Essa matéria (e todas as outras) eu vi durante a Copa, vários textos com cunho eleitoral, isso não é jornalismo, é porcaria.

Daria um post só pra apontar as besteiras dele no texto, mas só pra ilustrar uma bem escancarada:
"donde el equipo carioca dio una pobre imagen haciendo esfuerzos desesperados para no ser lo que fue en el pasado sino jugar un fútbol de fría eficiencia, a la manera europea."
Time carioca? O que esse cara fumou? rs. Nem localizar os estados do país esse cara sabe. Carioca é quem nasce na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro (capital e Estado possuem o mesmo nome), e fluminense é quem nasce no Estado do Rio, e não é nem nunca foi sinônimo de brasileiro a não ser como atestado de ignorância, apesar da imprensa do Rio sempre forçar a barra com essa questão criando atrito com o resto do país pois a História do Brasil não se resume nem nunca se resumiu a um único estado ou cidade. Mas isso mostra o grau de "conhecimento" do cara sobre o país, é um erro tão grosseiro que já dá uma ideia do que viria depois.

É ruim coletar matéria por matéria (coloquei a matéria acima pra ilustrar a coisa), por isso decidi que se sair (ou mesmo as passadas) alguma matéria muito esdrúxula neste jornal, e for o caso, eu comento aqui no blog, mas pra quem lia os textos parecia que havia uma disputa 'particular' entre esses países coisa que só passa na cabeça da redação desse jornal, pois por mais desigual que o Brasil seja (e é), não dá pra comparar um país continental e o peso econômico dele (em recursos etc, vide a posição do Brasil com os BRICS) com um país com desenvolvimento praticamente bancado pela União Europeia na sombra da União Soviética (quando essa ainda existia), sem recursos naturais relevantes e que inclusive tem dificuldade de se entender com suas ex-colônias.

Esse é outro assunto a ser tratado mais pra frente pois um dos colunistas desse jornal fez uma comparação ridícula entre períodos do Espanha e Brasil, com um viés arrogante e tolo, que só quem desconhece a história e a dimensão do país o faz. E esse tipo de matéria de quinta categoria ainda repercute no país por conta do viés eleitoreiro da grande mídia brasileira. Em outro país esse tipo de publicação seria rechaçada de cara ou ignorada pela imprensa local.

Não quero fazer comparações entre países, cada país do mundo tem sua relevância, suas particularidades etc, mas soa como esnobismo, ignorância e prepotência esse tom usado por essas pessoas nesses textos desse jornal da Espanha, a petulância chama atenção.

Mas ainda não tinha caído a ficha da real motivação desses ataques. Eu pensava que se tratava de pura xenofobia, uma vez que o clima entre os dois países não anda lá muito amistoso há bastante tempo (mesmo a mídia brasileira, tendo má reputação, ainda relata esses casos de atrito pois a mesma tem medo de ser barrada um dia nesse país), com brasileiros sendo barrados em aeroportos espanhóis de forma deliberada. Mas o intuito do jornal pode ser um misto das duas coisas, eleitoreiro e xenófobo.

Este ato constante de barrar brasileiros em aeroportos da Espanha (inclusive de gente que nem ficaria lá, só estava de trânsito e iria pra outros países, Link1, Link2), já provocou reação do governo brasileiro e a reciprocidade de tratamento e até visita do ex-rei da Espanha tentando "apaziguar" o "problema" e os "ânimos", que a meu ver não passa de formalismo barato e o Brasil deveria endurecer o tom com este país como resposta, pra deixar claro o seguinte: não somos ex-colônia espanhola, não temos laços culturais pra ter essa "intimidade forçada" que esse jornal tenta forjar, e por aí vai. Estão tentando forjar uma intimidade entre países que simplesmente não existe, e não por culpa do Brasil.

Temos laços com outros países (citei a França acima, por exemplo), e não temos que aturar delírio sub-imperialista querendo dizer ao Brasil como e de que forma o país deve se comportar. Isso é uma afronta sem tamanho e de uma arrogância fora do comum. Os comentários aqui não são sobre o povo espanhol, ou da maior parte dele, que é vítima desses grupos também, embora parcela da população (como em todo país) compartilha dessa mentalidade tacanha do jornal, e sim ao governo espanhol (de qualquer partido, esquerda ou direita) e Estado espanhol de uma forma geral. "Amizade forçada" não é algo bem-vindo, que fique bem claro isso. Não sou só eu que compartilho dessa opinião no Brasil, muita gente no país pensa do mesmo jeito e até de forma dura do que o que citei acima, só que a mídia brasileira faz "questão" de "ignorar" essas questões achando que as pessoas não saberão se ela não "comentar". Com a internet ninguém precisa dela pra externar posições.

Pra quem não está familiarizado com essa questão, há até hoje problemas de aproximação entre a Espanha e suas ex-colônias no continente americano, existe o termo pejorativo "sudaca" pra se referir de forma "não muito amistosa" (preconceituosa) a sulamericanos. Pra nós do Brasil esse termo não têm sentido algum, pois como disse acima, não há uma ligação cultural entre Brasil e Espanha apesar da proximidade dos idiomas, não é próxima ao Brasil. Soa até como piada às vezes pois ninguém tem a Espanha como referencial no Brasil (com todo respeito ao país, mas isso é um fato), se viesse de Portugal talvez o tempo fechasse (pelas ligações históricas entre os países, o idioma oficial português não foi aceito ao acaso), mas pros demais países vizinhos esse problema acontece, em maior ou menor intensidade e no resto da América espanhola (América Central, do Norte). Vira e mexe esse jornal vive dando pitaco nos governos desses países de forma agressiva e editorial, visivelmente se intrometendo em assuntos estritamente internos, como se ainda a Espanha mandasse nesses países.

Na Copa das Confederações e no mundial houve relatos de xingamentos racistas com o Brasil com a expressão "mono", que quer dizer (em espanhol) macaco. Velho racismo usado contra negros. Novamente isso vira anedotário pois "mono" em português só tem sentido como oposto de "estéreo", relativo a som, aos ouvidos do país esse xingamento não têm impacto (sentido) sonoro e escrito algum, ainda mais por não haver, como já citei acima, um contato cultural relevante entre Brasil e Espanha exceto quando algum jogador brasileiro vai jogar naquele país, e fica por aí.

Não quero diminuir a relevância histórica da Espanha, eu mesmo tenho curiosidade sobre a história daquele país, mas a imagem geral da Espanha no Brasil (pra maior parte do povo) é essa e não é um jornal com atitude hostil que irá modificar isso.

Pra quem quiser ver as matérias: Link1, Link2, Link3.

Uma das razões pro futebol ser um esporte tão apaixonante, e me refiro mais à disputa de seleções do que de clubes, é que é um esporte completo, até geopolítica entra em campo às vezes quando não deveria, além de outras questões políticas como o racismo. E como fica claro nos links das matérias acima, não somos nós brasileiros que não sabemos perder, ninguém gosta de perder mas não saber perder é muito feio, a imprensa de fora achava que iria ocorrer um maremoto no Brasil se a seleção brasileira perdesse, o que era e sempre foi um exagero ridículo (sentiram mais a derrota do Brasil do que os brasileiros), e a seleção não só perdeu como ainda sofreu uma goleada histórica (7x1 pra Alemanha) e estamos vivos, independente disso. Como ocorreu depois de 1950 contra o Uruguai, ninguém morreu por isso, apesar da choradeira eterna da imprensa do Rio em torno do "Maracanço" que acabou por mitificar algo que não tem tanta importância pois o Brasil foi penta campeão do mundo depois disso e disputou mais seis finais. O futebol é ainda só um esporte, apesar de tudo (dos desmandos da FIFA, lavagem de dinheiro nos clubes etc).

Assunto bem interessante pra outro post já que alguns "revis" de fora andaram misturando as crenças racistas deles com o jogo da semifinal sem entender nada de futebol. Ver um neonazi "revi" exaltar a seleção multicultural da Alemanha (que vai de encontro ao que eles pregam) não deixa de provocar uma satisfação por dentro, rs.

"Ah, mas a Espanha pode estar querendo se aproximar do Brasil e você está sendo hostil..."; bem, não tenho nada contra que qualquer país no mundo se aproxime do Brasil, pelo contrário, acho isso bom, bem-vindo, vide a celebração que foi a Copa com algumas exceções (parte das torcidas de países vizinhos no mundial, é um assunto a ser tratado noutro post). Sempre cito o caso francês como exemplo, talvez seja um dos países europeus mais próximos ao Brasil, e também a Alemanha que tem parcela do país sendo seus descendentes e o caso francês e alemão são até mais destacados no Brasil que Portugal (antigo colonizador), quando se esperava que Portugal fosse mais próximo do Brasil e não é. Só que ninguém se aproxima de país algum com um comportamento agressivo e ofensivo como esse descrito acima, intrometendo-se dessa forma num pleito eleitoral e até no mundial do país, com comportamentos que remetem aos imperialismos do século XIX e antes dele. Pelo contrário, a continuar assim criarão um ranço sério anti-espanhol no Brasil. Como já comentei, muita gente já anda reparando esse comportamento direcionado.

Há muitos brasileiros que quando leem esse tipo de comentário do post começam a dar piti histérico pois, de tão acostumados a serem submissos a quem eles julgam "mais poderosos", eles começam a tentar reprimir quem se rebela contra esse tipo de abuso querendo abafar o assunto, mas um aviso a esse pessoal: libertem-se desse comportamento, submissão não é educação, essa submissão de vocês leva inclusive a brasileiros serem atacados fora do país porque vocês passam a imagem de gente submissa demais, covarde e medrosa, muitos de vocês confundem submissão com cortesia e educação que são coisas distintas, diferentes. Tratar a todos igualmente é questão de educação e princípios e algo a ser celebrado e exaltado sempre, baixar a cabeça não.

Já li comentário imbecil de um fake, faz tempo, fazendo piadinha aqui na ocasião daquele caso da brasileira na Suíça quando se chegou a conclusão de que ela forjara um ataque neonazi contra ela mesma, que beirava a cretinice. Eu me pergunto o que se passa na cabeça desse tipo de lunático e o porquê dele (e quem pensa como ele) ainda não ter saído do Brasil. Já que julgam esse país tão ruim deveriam ser coerentes e procurar cair fora, ninguém quer saber de choro compulsivo e doentio desse tipo de pessoa, não deixarão saudades alguma. Mas não, eles fazem o oposto disso, ficam grudados ao país de forma doentia querendo que os outros sintam "pena" deles, comovam-se com esse sentimento de auto-piedade deles, comportamento asqueroso e desprezível.

Voltando à questão... eu tendo a boicotar esse jornal daqui pra frente, que inclusive já usei em várias traduções aqui sobre temas relacionados à segunda guerra e racismo, não me sinto confortável reproduzindo textos dele sabendo do que comentei acima (exceto se for pra criticar), mesmo que prestem ou sejam interessantes, sabendo desse viés anti-Brasil por motivos 'n' (o viés pode se dar por qualquer uma das hipóteses citadas acima ou todas juntas), porque quando a gente coloca matéria de um jornal a gente também divulga a publicação, então é melhor cortar (ir à raiz do problema).

Não é tolerável que jornais estrangeiros se intrometam em questões internas do país achando que todo brasileiro aceita passivamente essa postura porque uma parte imbecil do país, que não possui senso cívico ou de pátria algum, fiquem batendo "palmas" pra esse comportamento cretino, ou querendo insuflar ódio anti-brasileiro nos demais países latinoamericanos já que essa publicação é ou era bastante lida no resto da América Latina (na parte espanhola). Faço questão de avisar e comentar o assunto pois é um assunto que ultrapassa a opinião pessoal e são coisas de atritos entre Estados/países e estão cruzando a linha vermelha (expressão usada para indicar o limite extremo aceitável, depois disso surge conflitos).

Tá dado o recado. Se ocorrer ataques xenófobos ao Brasil na imprensa espanhola, haverá´revide, o famoso "bateu, levou". Se o governo não toma atitude o povo pode tomar. Se não sabem se comportar ou respeitar o país por bem, vão se comportar e respeitar por mal, de qualquer jeito. Espero que o governo brasileiro pare com esse tom brando/ameno em questões internacionais ignorando esse tipo de ataque traiçoeiro, cínico e deliberado de alguns países ou da imprensa de alguns países por conta da proximidade idiomática do português com o espanhol. Colonialismo ibérico no Brasil de novo, não.
_______________________________________________

P.S. eu não havia lido este texto (de 2013) que fala no mesmo problema citado acima só que de forma mais detalhada porque enfoquei mais a questão cultural e histórica da coisa, pois isso é o que influi no comportamento desses grupos. A quem quiser ler: El Pais Brasil, cavalo de Tróia das empresas espanholas (Link original).

O comportamento do jornal é idêntico ao descrito na matéria do link e ao que comentei acima, não só na versão brasileira como na original em espanhol. Não sei se tocam que estão sendo rechaçados mas isso não é problema nosso. Coisas desse tipo costumavam passar batidas, mas os tempos são outros.

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