Sinti e Roma
Um grupo de prisioneiros romani, à espera de instruções de seus captores alemães, sentados em um espaço aberto próximo à cerca do Campo de Concentração de Belzec.
Foto: Archives of Mechanical Documentation, apud USHMM Photo Archives http://fcit.coedu.usf.edu/holocaust/people/victroma.htm
Romanis(genericamente mas incorretamente chamados de Ciganos) eram considerados pelos nazistas párias da sociedade. Durante a República de Weimar – o denominado governo alemão de 1918 a 1933 – leis anti-romani foram amplamente disseminadas. Estas leis exigiam que se reportassem às autoridades, proibiam a livre locomoção, e os enviaram para campos de trabalho forçado. Quando os nazistas assumiram o poder, estas leis permaneceram em vigor e foram aprofundadas. Sob as diretrizes da lei de esterilização de julho de 1933, muitos romanis foram esterilizados contra a vontade.
Em novembro de 1944, a “Lei contra Criminosos Perigosos Habituais” (Law Against Dangerous Habitual Criminals) foi aprovada. Cumprindo a lei, a polícia começou a prender romanis juntamente com outros considerados “associais”. Mendigos, errantes, os sem-teto, e alcoólatras foram presos e mandados para campos de concentração.
As leis raciais de Nuremberg, aprovadas em 15 de setembro de 1935, não mencionavam especificamente romanis, mas eles foram considerados, ao lado de judeus e “negros”, como parte de minorias “racialmente distintas” de “sangue estrangeiro”. Desta forma, foram-lhes proibidos casamentos com “Arianos”. Eles também foram destituídos de seus direitos civis.
No verão de 1938, um grande contingente romani proveniente da Alemanha e da Áustria foi detido e enviado para campos de concentração. Utilizavam como sinal de identificação triângulos pretos (destinados aos “associais”) e eventualmente a letra “Z”.
Da mesma forma que ocorrera com os judeus, o início da guerra em setembro de 1939 conflito encrudeceu a política nazista em relação grupo romani. Sua “recolonização para o Leste” e seu extermínio em massa encontraram seu paralelo na deportação e assassinato sistemático de judeus. É difícil estimar quantos romanis foram assassinados. A estimativa varia em torno de 220.000 a 500.000.
Fonte: Dr. William L. Shulman, A State of Terror: Germany 1933-1939. Bayside, New York: Holocaust Resource Center and Archives.
Site: http://fcit.coedu.usf.edu/holocaust/people/victroma.htm
Tradução: Marcelo Hiramatsu Azevedo