A exposição NO-3028 de Nuremberg é uma série de relatórios que suscitam preocupações sobre as atrocidades cometidas em operações anti-partisans na Rutênia Branca (Bielorrússia). Esses documentos foram publicados aqui por David Thompson em 2004. O mais pertinente é talvez aquele do "membro do partido", Lange:
Estou enviando a seguinte comunicação privada para sua informação. Dr. Walkewitsch, o chefe de ação da WSW veio até mim.
Ele foi informado pelo Sr. Sakowitsch, ex-chefe do território [Gebietsvorsitzender] do WSW no condado de Minsk que, em 27 de maio de 1943, às 14h00, a SS e/ou os ucranianos conduziram os habitantes de Krjvsk juntos para duas casas e para depois incendiar as casas para que aqueles dentro delas queimassem até a morte.
O mesmo aconteceu com a aldeia de Krashyn em 24 de maio de 1943. Ambas as aldeias estão localizadas no distrito de Woloshin, no território de Vilijka.
Normalmente, o escritório de Himmler rejeitou tais preocupações. No último documento da exposição, Brandt afirma que "[Himmler] solicita que o Ministro do Reich para o Leste seja informado de que a campanha contra os partisans andará conforme o cronograma e que Volhynia e Podolia serão as próximas da lista." O subtexto aconselhava Rosenberg a dizer aos seus subordinados que abandonassem suas queixas. Veja a excelente análise de Leo Alexander sobre esta troca, publicada aqui em 1948.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/01/war-crimes-in-belorussia-mid-1943.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: War Crimes in Belorussia, mid-1943
Tradução: Roberto Lucena
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Pesquisador encontra relatório de deportação nazista em arquivo
Um pesquisador alemão anunciou nesta quarta-feira que encontrou em um arquivo londrino um estremecedor relatório policial sobre a deportação de judeus na Alemanha nazista que constitui um valioso documento histórico.
O relatório, que é assinado pelo capitão da Polícia e membro das tropas de assalto das SS Wilhelm Meurin e data de novembro de 1941, descreve a deportação de Düsseldorf e Wuppertal (oeste da Alemanha) com destino a Minsk (Belarus, URSS) de um total de 992 judeus, dos quais apenas cinco conseguiram sobreviver ao Holocausto.
O funcionário nazista, responsável pela supervisão da deportação, documenta de forma burocrática ao longo de sete páginas todas as paradas do trem da morte, enquanto não há praticamente nenhuma frase sobre o estado no qual se encontravam os judeus deportados Bastian Fleermann, o diretor do memorial das vítimas do regime nacional-socialista em Düsseldorf, explicou que encontrou o documento por acaso ao consultar no catálogo virtual da Biblioteca Wiener de Londres as palavras-chave "Düsseldorf" e "Minsk".
"Não sabemos como (o documento) chegou a este arquivo londrino", declarou Fleermann em Düsseldorf ao apresentar pela primeira vez o relatório policial.
Ao mesmo tempo, ele ressaltou a importância deste documento, já que por enquanto é conhecido apenas um semelhante sobre a deportação de judeus - o "relatório Salitter", encontrado nos anos 60 -, pois os nazistas tentaram eliminar no final da Segunda Guerra Mundial todo o rastro de sua maquinaria assassina.
Este documento, assinado pelo funcionário da Polícia Paul Salitter, descreve com detalhes a deportação no início de 1941 desde a estação para trens de carga de Derendorf, em Düsseldorf, de um total de 1.007 judeus com destino a Riga (Letônia).
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5763694-EI8142,00-Pesquisador+encontra+relatorio+de+deportacao+nazista+em+arquivo.html
Ver mais:
Experto halla en archivo de Londres un informe de deportación nazi de judíos (EFE)
O relatório, que é assinado pelo capitão da Polícia e membro das tropas de assalto das SS Wilhelm Meurin e data de novembro de 1941, descreve a deportação de Düsseldorf e Wuppertal (oeste da Alemanha) com destino a Minsk (Belarus, URSS) de um total de 992 judeus, dos quais apenas cinco conseguiram sobreviver ao Holocausto.
O funcionário nazista, responsável pela supervisão da deportação, documenta de forma burocrática ao longo de sete páginas todas as paradas do trem da morte, enquanto não há praticamente nenhuma frase sobre o estado no qual se encontravam os judeus deportados Bastian Fleermann, o diretor do memorial das vítimas do regime nacional-socialista em Düsseldorf, explicou que encontrou o documento por acaso ao consultar no catálogo virtual da Biblioteca Wiener de Londres as palavras-chave "Düsseldorf" e "Minsk".
"Não sabemos como (o documento) chegou a este arquivo londrino", declarou Fleermann em Düsseldorf ao apresentar pela primeira vez o relatório policial.
Ao mesmo tempo, ele ressaltou a importância deste documento, já que por enquanto é conhecido apenas um semelhante sobre a deportação de judeus - o "relatório Salitter", encontrado nos anos 60 -, pois os nazistas tentaram eliminar no final da Segunda Guerra Mundial todo o rastro de sua maquinaria assassina.
Este documento, assinado pelo funcionário da Polícia Paul Salitter, descreve com detalhes a deportação no início de 1941 desde a estação para trens de carga de Derendorf, em Düsseldorf, de um total de 1.007 judeus com destino a Riga (Letônia).
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5763694-EI8142,00-Pesquisador+encontra+relatorio+de+deportacao+nazista+em+arquivo.html
Ver mais:
Experto halla en archivo de Londres un informe de deportación nazi de judíos (EFE)
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Vítimas do Holocausto ameaçadas por esquecimento em valas comuns do Leste Europeu
Vala localizada na Ucrânia |
"O Holocausto não começou em Auschwitz. Começou já antes do funcionamento das câmaras de gás, com a invasão do Leste da Europa pela Wehrmacht", diz o rabino norte-americano Andrew Baker.
Soldados, comandos de morte e colaboradores atuaram como ajudantes ávidos. Eles fuzilaram os judeus, nos lugares mesmos onde moravam, e jogaram os corpos em valas comuns. Há milhares de sepulturas na Ucrânia, Polônia, Belarus e Rússia, em florestas afastadas, nos arredores de povoados e cidades. Negligenciados, ignorados, descuidados, os corpos são o testemunho silencioso de uma história quase totalmente reprimida.
Contra o esquecimento
Por muito tempo ninguém se interessou pela localização dessas valas comuns. Até que o francês Pater Patrick Desbois e seus colegas da organização Yahad in Unum começaram a buscar pistas e interrogar moradores e testemunhas sobreviventes. O trabalho possibilitou a identificação de milhares de sepulturas.
Num projeto-modelo de grande porte, uma iniciativa internacional quer agora proteger cinco desses locais, identificá-los com placas memoriais, protegendo-os do esquecimento no futuro.
Participam do projeto a Volksbund Deutscher Kriegsgräberfürsorge, uma comissão alemã que cuida dos túmulos de vítimas de guerra, o American Jewish Comittee (AJC), ao qual Andrew Baker é filiado, a conferência dos rabinos europeus, assim como organizações não-governamentais do Leste Europeu. O Ministério alemão de Relações Exteriores destinou 300 mil euros para o projeto.
Memória e formação
Kyslyn, Ucrânia |
"Somos gratos por esse apoio que vem da Alemanha", disse Eduard Dolinsky, do Comitê Judaico da Ucrânia, país onde 500 mil judeus foram vítimas do nazismo. Os jovens não aprendem nada na escola sobre essa parte do passado. "Aqui, a tendência é esquecer."
Na época da União Soviética, o assassinato dos judeus foi ocultada, diz Anatoly Podolsky, do Centro para Estudos do Holocausto, em Kiev. Desde que o país ficou independente, os historiadores puderam, finalmente, pesquisar sobre o tema, "mas o governo tem pouco interesse no assunto".
Pesquisa, documentação e uma homenagem digna são tarefas gigantescas, diz Deidre Berger, diretora do AJC de Berlim. Porém tão importantes quanto elas é contar o que aconteceu às gerações mais novas. "Elas devem saber quantas vidas foram destruídas, quantas comunidades judaicas desapareceram", comenta.
Em dezembro de 2010, um grupo de trabalho esteve na Ucrânia para verificar a situação. O diretor do programa, Jan Fahlbusch, contou sobre descobertas terríveis feitas num terreno arenoso. "Depois da guerra voltou-se a retirar areia do local onde ocorreram muitos tiroteios. Nesse processo, os túmulos foram abertos; num certo ponto, os ossos estão quase na superfície. Aí população escavou o local à procura de objetos de valor." Esse fenômeno foi observado repetidamente na região.
Luta contra o relógio
Restos de um cemitérios de judeus, em Rava Ruska |
A iniciativa conta com estreita colaboração das autoridades locais e de arquitetos. Eduard Dolinsky, do Comitê Judaico, fala sobre o design do memorial: "Essa é a condição principal: antes de qualquer outra instância, cabe aos judeus que vivem no local a última palavra sobre a aparência do memorial".
Quando os cinco projetos estivem implementados, eles não só serão exemplos para outros memoriais, como passarão à responsabilidade do governo local. Segundo Jan Fahlbusch, até agora valas comuns não eram reconhecidas legalmente como cemitérios. Consequentemente não eram protegidas contra novas construções e modificações. Tal proteção deve ser assegurada pelas instituições locais.
Nesse ínterim, continua a busca de vestígios e de testemunhas. E, naturalmente, o tempo não para. As testemunhas sobreviventes contam, atualmente, 80 ou mesmo 90 anos de idade, e as pesquisas são uma corrida contra o tempo, diz William Mengebier, da organização francesa Yahad in Unum.
Mesmo assim: "Em 2011, nossa equipe deve fazer 15 viagens de pesquisa e bater à portas, nas ruelas de povoados remotos da Ucrânia, Belarus, Rússia e Polônia, perguntando aos mais idosos: Você viveu aqui durante a guerra?".
Autora: Cornelia Rabitz (np)
Revisão: Augusto Valente
Fonte: Deutsche Welle (versão pt-br)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14798887,00.html
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