A exposição NO-3028 de Nuremberg é uma série de relatórios que suscitam preocupações sobre as atrocidades cometidas em operações anti-partisans na Rutênia Branca (Bielorrússia). Esses documentos foram publicados aqui por David Thompson em 2004. O mais pertinente é talvez aquele do "membro do partido", Lange:
Estou enviando a seguinte comunicação privada para sua informação. Dr. Walkewitsch, o chefe de ação da WSW veio até mim.
Ele foi informado pelo Sr. Sakowitsch, ex-chefe do território [Gebietsvorsitzender] do WSW no condado de Minsk que, em 27 de maio de 1943, às 14h00, a SS e/ou os ucranianos conduziram os habitantes de Krjvsk juntos para duas casas e para depois incendiar as casas para que aqueles dentro delas queimassem até a morte.
O mesmo aconteceu com a aldeia de Krashyn em 24 de maio de 1943. Ambas as aldeias estão localizadas no distrito de Woloshin, no território de Vilijka.
Normalmente, o escritório de Himmler rejeitou tais preocupações. No último documento da exposição, Brandt afirma que "[Himmler] solicita que o Ministro do Reich para o Leste seja informado de que a campanha contra os partisans andará conforme o cronograma e que Volhynia e Podolia serão as próximas da lista." O subtexto aconselhava Rosenberg a dizer aos seus subordinados que abandonassem suas queixas. Veja a excelente análise de Leo Alexander sobre esta troca, publicada aqui em 1948.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/01/war-crimes-in-belorussia-mid-1943.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: War Crimes in Belorussia, mid-1943
Tradução: Roberto Lucena
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
segunda-feira, 21 de março de 2016
Planejando o extermínio e a necessidade do trabalho forçado
Nos territórios orientais ocupados, a Wehrmacht, a SS e a administração civil tiveram complexas relações de cooperação e tensão. Eles cooperaram em ações de matar, mas também tiveram conflitos acerca do quanto do trabalho judaico seria preservado em cada fase do genocídio. Abaixo estão duas citações contemporâneos de figuras alemãs de destaque na região da Bielorrússia que fornecem insights sobre esses processos.
O primeiro extrato vem do KdS de Minsk, Strauch, que já fora discutido nesses posts. Em abril, entre 08-10 de 1943, Strauch participou de uma reunião do conselho gebiedscommissies (comitê de área) em Minsk em que ele fez a seguinte declaração:
Esta vontade de superar as restrições de trabalho forçado (escravo) foi também compartilhada por alguns líderes civis, que estavam sob pressão para reduzir as pressões sobre a oferta de alimentos. Houve um equilíbrio delicado entre ver os judeus como trabalhadores essenciais e os ver como comedores inúteis; e os administradores que eram mais alinhados fanaticamente ao dogma antissemita nazista estavam inclinados para finalmente chegar à última perspectiva. Isso é mais evidente no relatório escrito pelo Gebeitskommissar para Slonim, Gerhard Erren, em 25 de janeiro de 1942, onde declarou que:
No caso de Slonim, portanto, o momento dos atos genocidas foi cuidadosamente planejado, e poderia ser implementado sem a resistência, porque a administração civil e a SS estavam de acordo. No caso de Minsk, pelo contrário, a SS (Strauch) teve de negociar com a administração civil (Kube), e a Wehrmacht, que era o principal empregador da comunidade judaica na região, e assim o ritmo da matança foi mais lento.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2009/04/extermination-planning-and-forced.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Extermination Planning and Forced Labour Needs
Tradução: Roberto Lucena
O primeiro extrato vem do KdS de Minsk, Strauch, que já fora discutido nesses posts. Em abril, entre 08-10 de 1943, Strauch participou de uma reunião do conselho gebiedscommissies (comitê de área) em Minsk em que ele fez a seguinte declaração:
Quando a administração civil chegou já encontrou empreendimentos econômicos operados pela Wehrmacht, auxiliados por judeus. Numa altura em que os bielorrussos queriam matar os judeus, a Wehrmacht os explorava e preservava. Dessa forma os judeus chegaram a posições-chave e é difícil hoje removê-los completamente, porque as empresas são susceptíveis de ser destruídas, algo que não podemos nos permitir. Eu sou da opinião de que podemos dizer com confiança que dos 150.000, 130.000 já desapareceram. 22.000 ainda estão vivos na área da Gebietskommissariat [fonte: YV TR-10/808, citado por Cholawsky, pág.64].Strauch sugeriu que a metade (11,000) poderia ser removida sem causar dificuldades indevidas:
Por isso, quero solicitar de você que, ao menos, o judeu desapareça a partir do lugar onde ele seja supérfluo. Não podemos concordar com mulheres judias polindo sapatos ... Vamos cortar o número pela metade sem causar dificuldades econômicas.Strauch ficou frustrado pelo fato de que os judeus não poderiam ser removidos completamente mas ele ainda se sentiu confiante o suficiente para solicitar uma redução de 50% numa população que já tinha sido reduzida de 150.000 para 22.000.
Esta vontade de superar as restrições de trabalho forçado (escravo) foi também compartilhada por alguns líderes civis, que estavam sob pressão para reduzir as pressões sobre a oferta de alimentos. Houve um equilíbrio delicado entre ver os judeus como trabalhadores essenciais e os ver como comedores inúteis; e os administradores que eram mais alinhados fanaticamente ao dogma antissemita nazista estavam inclinados para finalmente chegar à última perspectiva. Isso é mais evidente no relatório escrito pelo Gebeitskommissar para Slonim, Gerhard Erren, em 25 de janeiro de 1942, onde declarou que:
[...] Após a minha chegada aqui, havia cerca de 25.000 judeus na área de Slonim, 16.000 na própria cidade, tornando-se mais de dois terços da população do total da cidade. Não foi possível a criação de um gueto, como nem arame farpado ou guardas de mão de obra estavam disponíveis. Então, imediatamente, comentei os preparativos para uma ação em larga escala. Primeiramente toda propriedade foi expropriada e todos os edifícios oficiais alemães, incluindo os bairros da Wehrmacht, foram equipados com o mobiliário e equipamentos que haviam sido disponibilizados ... os judeus foram então registrado com precisão de acordo com número, idade e profissão e todos os artesãos e trabalhadores com qualificações foram escolhidos e foram dados passes e alojamento separados para distingui-los dos outros judeus. A ação realizada pelo SD em 13 de Novembro livrou-me das bocas desnecessárias para alimentar. Os cerca de 7.000 judeus agora presentes na cidade de Slonim foram todos alocados em postos de trabalho. Eles estão trabalhando voluntariamente por causa do medo constante da morte. No início do próximo ano, eles serão rigorosamente verificados e classificados para uma redução adicional [...]Erren não só viu a necessidade do trabalho judaico como temporária, ele tomou medidas proativas para assegurar que não-judeus seriam treinados no artesanato atualmente ocupados por judeus, "de modo que os judeus finalmente serão dispensáveis nos ofícios especializados e setor de comércio e poderão ser eliminados."
[...] O melhor dos trabalhadores qualificados entre os judeus serão obrigados a repassar suas habilidades para aprendizes inteligentes em minhas faculdades de artesanato, então os judeus finalmente serão dispensáveis no setor setor de comércio e ofícios especializados e poderão ser eliminados.
No caso de Slonim, portanto, o momento dos atos genocidas foi cuidadosamente planejado, e poderia ser implementado sem a resistência, porque a administração civil e a SS estavam de acordo. No caso de Minsk, pelo contrário, a SS (Strauch) teve de negociar com a administração civil (Kube), e a Wehrmacht, que era o principal empregador da comunidade judaica na região, e assim o ritmo da matança foi mais lento.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2009/04/extermination-planning-and-forced.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Extermination Planning and Forced Labour Needs
Tradução: Roberto Lucena
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Depoimento de August Becker, Ph.D, inspetor das vans de gaseamento
Até cerca de 1941 eu estava envolvido com o programa de eutanásia em Oberdienstleiter no departamento de Viktor Brack na Chancelaria do Führer. Eu estive trabalhando como um especialista em processos de gaseamento para extermínio de gente mentalmente doente nos asilos e sanatórios. Desde que esta ação foi suspensa por um curto tempo - não sei porque - antes que eu fosse transferido para a RSHA em Berlim como resultado de uma conversa privada entre o Reichsführer SS Himmler e o Oberdienstleiter Brack.*
Himmler queria empregar pessoas que fossem habilitadas, como resultado da suspensão do programa de eutanásia e que, como eu, fossem especialistas em extermínio por gaseamento para operações de gaseamento em larga escala no Leste da Europa, onde isto estava tendo início. A razão para esta decisão é que os homens encarregados dos Einsatzgruppen no Leste europeu estavam reclamando cada vez mais que os pelotões de fuzilamento não poderiam lidar com o estresse psicológico e moral do assassínio em massa indefinidamente. Eu sei que um número de membros desses esquadrões foram enviados a asilos de doentes mentais e por esta razão um novo e melhor método de extermínio teria que ser encontrado. Então em dezembro de 1941 eu comecei a trabalhar na RSHA, Amt H, no departamento de Rauff… o vice de Rauff na época era então Hauptmann Pradel, que mais tarde se tornou major. Embora Pradel também tivesse uma qualificação equivalente na SS que ele mesmo chamava de major. Eu não tive inicialmente qualquer contato pessoal com Rauff.
Quando em Dezembro de 1941 fui transferido para o departamento de Rauff, ele me explicou a situação dizendo que o estresse psicológico e moral sobre os pelotões de fuzilamento não era mais suportável e que, portanto, o programa de gaseamento tinha que ser iniciado. Ele disse que as vans de gás com motoristas já estavam a caminho ou de fato já tinham alcançado dos Einsatzgruppen. Minha breve profissional era inspecionar o trabalho dos indivíduos do Einsatzgruppen no Leste europeu em conexão com as vans de gás. Isso queria dizer que eu tinha de garantir que os assassinatos em massa realizados nos caminhões procediam corretamente. Eu tinha de prestar atenção especial ao funcionamento mecânico dessas vans. Eu gostaria de mencionar que havia dois tipos de furgões de gás em operação: a Blitz Opel, pesando 3-5 toneladas, e a grande Saurerwagen, que, tanto quanto sei pesava 7 toneladas. No meio de dezembro de 1941, por instruções de Rauff, eu parti para o Leste europeu para pegar o Einsatzgruppe A (Riga) .. para inspecionar seus Einsatzwagen [veículos especiais] ou vans de gás.
Em 14 de dezembro de 1941, no entando, sofri um acidente de carro em Deutsch-Eylau. Como consequência deste acidente, fui enviado para Hospital Católico em Deutsch-Eylau e em virtude minha recuperação recebi alta hospitalar em 23 ou 24 de dezembro de 1941. Tenho certeza disso porque passei o Natal com minha família em Berlim.
Em 4 ou 5 de janeiro de 1942, recebi uma mensagem de Rauff me pedindo para me dirigir a ele. Ao me dirigir a ele fui instruído a partir imediatamente. Desta vez eu viajava diretamente para o Einsatzgruppe D no sul (Otto Ohlendorf) em Simferopol. Inicialmente era para eu ter viajado de avião, mas isso não deu certo por causa das condições climáticas de frio. Eu, portanto, parti de trem em 5 ou 6 de janeiro viajando através de Cracóvia e Fastov para Nikolayev. De lá eu voei no avisão do Reichsführer para Simferopol na Criméia. A viagem durou cerca de três semanas e eu relatei ao chefe do Einsatzgruppe D, Otto Ohlendorf, em algum dia de janeiro. Fiquei com este grupo até o início de abril de 1942 e, em seguida, visitei cada Einsatzgruppe até chegar ao Grupo A, em Riga.
Em Riga eu aprendi com o Standartenführer Potzelt, vice-comandante da Polícia de Segurança e SD em Riga, que a operação Einsatzkommando em Minsk precisava de algumas vans de gás adicionais já que não consegui operar as três vans existentes que tinha. Ao mesmo tempo, eu também aprendi com Potzelt que havia um campo de extermínio judeu em Minsk. Eu voei para Minsk de helicóptero, correção, num Storch Fieseler pertencente ao Einsatzgruppe. Viajando comigo estava o Hauptsturmführer Rühl, o chefe do campo de extermínio em Minsk, com quem eu tinha discutido negócios em Riga. Durante a viagem, Rühl me propôs que eu fornecesse vans adicionais, uma vez que não poderia prosseguir com os extermínios. Como eu não era responsável pela ordenação de vans de gás, sugeri a Rühl que se dirigisse ao escritório de Rauff.
Quando vi o que estava acontecendo em Minsk - que as pessoas de ambos os sexos estavam sendo exterminados em massa - eu não agüentava mais ver isso e três dias depois, talvez em setembro de 1942, viajei de volta por caminhão via Varsóvia à Berlim.
Eu tinha a intenção de informar a Rauff em seu escritório em Berlim. No entanto, ele não estava lá. Em vez disso, fui recebido por seu vice, Pradel, que tinha sido neste período promovido a Major. ... Em uma conversa privada com duração de cerca de uma hora na qual eu descrevi para Pradel o método de trabalho das vans de gás e críticas sobre o fato de que os criminosos não tinham sido gaseados, mas haviam sido sufocados porque os operadores tinham ajustado o motor de forma incorreta. Eu disse a ele que as pessoas tinham vomitado e defecavam. Pradel me escutou sem dizer uma palavra. No final da entrevista ele simplesmente me disse para escrever um relatório detalhado sobre o assunto. Por fim, ele me disse para ir ao escritório do caixa para liquidar as despesas que haviam incorridas durante minha viagem.
Fonte: Ernst Klee, Willi Dressen e Volker Riess (editores), The Good Old Days, tradução (para o inglês) de Deborah Burnstone, 1991 Konecky & Konecky, Old Saybrook, CT, pág. 68-71, da afirmação de Becker em 26.3.60 (9 AR Z 220/59, vol. I, pág. 194 ff.)
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.yuku.com/topic/1646/Statement-by-August-Becker-Ph-D-Gas-Van-Inspector
Material de: Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena
*Observação: no texto em inglês os primeiros três parágrafos deste texto são um só parágrafo. Dividi o parágrafo em três no intuito de tornar a leitura mais fácil.
Himmler queria empregar pessoas que fossem habilitadas, como resultado da suspensão do programa de eutanásia e que, como eu, fossem especialistas em extermínio por gaseamento para operações de gaseamento em larga escala no Leste da Europa, onde isto estava tendo início. A razão para esta decisão é que os homens encarregados dos Einsatzgruppen no Leste europeu estavam reclamando cada vez mais que os pelotões de fuzilamento não poderiam lidar com o estresse psicológico e moral do assassínio em massa indefinidamente. Eu sei que um número de membros desses esquadrões foram enviados a asilos de doentes mentais e por esta razão um novo e melhor método de extermínio teria que ser encontrado. Então em dezembro de 1941 eu comecei a trabalhar na RSHA, Amt H, no departamento de Rauff… o vice de Rauff na época era então Hauptmann Pradel, que mais tarde se tornou major. Embora Pradel também tivesse uma qualificação equivalente na SS que ele mesmo chamava de major. Eu não tive inicialmente qualquer contato pessoal com Rauff.
Quando em Dezembro de 1941 fui transferido para o departamento de Rauff, ele me explicou a situação dizendo que o estresse psicológico e moral sobre os pelotões de fuzilamento não era mais suportável e que, portanto, o programa de gaseamento tinha que ser iniciado. Ele disse que as vans de gás com motoristas já estavam a caminho ou de fato já tinham alcançado dos Einsatzgruppen. Minha breve profissional era inspecionar o trabalho dos indivíduos do Einsatzgruppen no Leste europeu em conexão com as vans de gás. Isso queria dizer que eu tinha de garantir que os assassinatos em massa realizados nos caminhões procediam corretamente. Eu tinha de prestar atenção especial ao funcionamento mecânico dessas vans. Eu gostaria de mencionar que havia dois tipos de furgões de gás em operação: a Blitz Opel, pesando 3-5 toneladas, e a grande Saurerwagen, que, tanto quanto sei pesava 7 toneladas. No meio de dezembro de 1941, por instruções de Rauff, eu parti para o Leste europeu para pegar o Einsatzgruppe A (Riga) .. para inspecionar seus Einsatzwagen [veículos especiais] ou vans de gás.
Em 14 de dezembro de 1941, no entando, sofri um acidente de carro em Deutsch-Eylau. Como consequência deste acidente, fui enviado para Hospital Católico em Deutsch-Eylau e em virtude minha recuperação recebi alta hospitalar em 23 ou 24 de dezembro de 1941. Tenho certeza disso porque passei o Natal com minha família em Berlim.
Em 4 ou 5 de janeiro de 1942, recebi uma mensagem de Rauff me pedindo para me dirigir a ele. Ao me dirigir a ele fui instruído a partir imediatamente. Desta vez eu viajava diretamente para o Einsatzgruppe D no sul (Otto Ohlendorf) em Simferopol. Inicialmente era para eu ter viajado de avião, mas isso não deu certo por causa das condições climáticas de frio. Eu, portanto, parti de trem em 5 ou 6 de janeiro viajando através de Cracóvia e Fastov para Nikolayev. De lá eu voei no avisão do Reichsführer para Simferopol na Criméia. A viagem durou cerca de três semanas e eu relatei ao chefe do Einsatzgruppe D, Otto Ohlendorf, em algum dia de janeiro. Fiquei com este grupo até o início de abril de 1942 e, em seguida, visitei cada Einsatzgruppe até chegar ao Grupo A, em Riga.
Em Riga eu aprendi com o Standartenführer Potzelt, vice-comandante da Polícia de Segurança e SD em Riga, que a operação Einsatzkommando em Minsk precisava de algumas vans de gás adicionais já que não consegui operar as três vans existentes que tinha. Ao mesmo tempo, eu também aprendi com Potzelt que havia um campo de extermínio judeu em Minsk. Eu voei para Minsk de helicóptero, correção, num Storch Fieseler pertencente ao Einsatzgruppe. Viajando comigo estava o Hauptsturmführer Rühl, o chefe do campo de extermínio em Minsk, com quem eu tinha discutido negócios em Riga. Durante a viagem, Rühl me propôs que eu fornecesse vans adicionais, uma vez que não poderia prosseguir com os extermínios. Como eu não era responsável pela ordenação de vans de gás, sugeri a Rühl que se dirigisse ao escritório de Rauff.
Quando vi o que estava acontecendo em Minsk - que as pessoas de ambos os sexos estavam sendo exterminados em massa - eu não agüentava mais ver isso e três dias depois, talvez em setembro de 1942, viajei de volta por caminhão via Varsóvia à Berlim.
Eu tinha a intenção de informar a Rauff em seu escritório em Berlim. No entanto, ele não estava lá. Em vez disso, fui recebido por seu vice, Pradel, que tinha sido neste período promovido a Major. ... Em uma conversa privada com duração de cerca de uma hora na qual eu descrevi para Pradel o método de trabalho das vans de gás e críticas sobre o fato de que os criminosos não tinham sido gaseados, mas haviam sido sufocados porque os operadores tinham ajustado o motor de forma incorreta. Eu disse a ele que as pessoas tinham vomitado e defecavam. Pradel me escutou sem dizer uma palavra. No final da entrevista ele simplesmente me disse para escrever um relatório detalhado sobre o assunto. Por fim, ele me disse para ir ao escritório do caixa para liquidar as despesas que haviam incorridas durante minha viagem.
Fonte: Ernst Klee, Willi Dressen e Volker Riess (editores), The Good Old Days, tradução (para o inglês) de Deborah Burnstone, 1991 Konecky & Konecky, Old Saybrook, CT, pág. 68-71, da afirmação de Becker em 26.3.60 (9 AR Z 220/59, vol. I, pág. 194 ff.)
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.yuku.com/topic/1646/Statement-by-August-Becker-Ph-D-Gas-Van-Inspector
Material de: Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena
*Observação: no texto em inglês os primeiros três parágrafos deste texto são um só parágrafo. Dividi o parágrafo em três no intuito de tornar a leitura mais fácil.
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domingo, 7 de outubro de 2012
Uma mentira descarada no novo livro negacionista do Holocausto
No novo "livro manual" sobre o Holocausto, The Gas Vans (As vans de gaseamento), que pode ser baixado aqui, Santiago Alvarez ("revisionista") tenta remover o testemunho de 1960 de August Becker, que Roberto copiou de Klee (e outros autores) do livro 'The Good Old Days' para esta postagem (tradução em português aqui). Alvarez (pág.190) afirma que Becker não poderia ter sido testemunha do extermínio de deportados em Minsk que começou em maio de 1942. Ele deliberadamente encurta a sentença de Becker de "Eu não suportava mais, e três dias mais tarde, deve ter sido em setembro de 1942, viajei de volta por caminhão através de Varsóvia até Berlim" para "Eu não suportava mais", omitindo, assim, a data em que Becker claramente afirma que foi a sentença.
Alvarez também revela uma estupenda estupidez. Ele chia por um erro óbvio no verbete de Becker na Wikipedia, que afirma que ele foi condenado a 10 anos no julgamento KTI e faz vista grossa da nota ambígua de sobre Klee e outros (pág. 289) de que ele foi realmente declarado inapto para ser julgado. Ele admite que o Hauptsturmführer Rühl deve ser Felix Rühl do Einsatzgruppe D embora a descrição de Becker dele se encaixa no registro de serviço de Adolf Rübe, que estava sob as ordens da KdS em Minsk e tomou parte na chacina de Slutzk de fevereiro de 1943 que Nick discutiu aqui. Além disso, na página 12 do livro ele revela que o livro foi escrito com a "ajuda de Thomas Kues", que forneceu inúmeros documentos e melhorias sugeridas por Mattogno. Ou seja, nossos velhos amigos fizeram outra confusão desonesta contra seus leitores.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/blatant-lie-in-new-holocaust-handbook.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
Alvarez também revela uma estupenda estupidez. Ele chia por um erro óbvio no verbete de Becker na Wikipedia, que afirma que ele foi condenado a 10 anos no julgamento KTI e faz vista grossa da nota ambígua de sobre Klee e outros (pág. 289) de que ele foi realmente declarado inapto para ser julgado. Ele admite que o Hauptsturmführer Rühl deve ser Felix Rühl do Einsatzgruppe D embora a descrição de Becker dele se encaixa no registro de serviço de Adolf Rübe, que estava sob as ordens da KdS em Minsk e tomou parte na chacina de Slutzk de fevereiro de 1943 que Nick discutiu aqui. Além disso, na página 12 do livro ele revela que o livro foi escrito com a "ajuda de Thomas Kues", que forneceu inúmeros documentos e melhorias sugeridas por Mattogno. Ou seja, nossos velhos amigos fizeram outra confusão desonesta contra seus leitores.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/blatant-lie-in-new-holocaust-handbook.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
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quarta-feira, 9 de maio de 2012
Pesquisador encontra relatório de deportação nazista em arquivo
Um pesquisador alemão anunciou nesta quarta-feira que encontrou em um arquivo londrino um estremecedor relatório policial sobre a deportação de judeus na Alemanha nazista que constitui um valioso documento histórico.
O relatório, que é assinado pelo capitão da Polícia e membro das tropas de assalto das SS Wilhelm Meurin e data de novembro de 1941, descreve a deportação de Düsseldorf e Wuppertal (oeste da Alemanha) com destino a Minsk (Belarus, URSS) de um total de 992 judeus, dos quais apenas cinco conseguiram sobreviver ao Holocausto.
O funcionário nazista, responsável pela supervisão da deportação, documenta de forma burocrática ao longo de sete páginas todas as paradas do trem da morte, enquanto não há praticamente nenhuma frase sobre o estado no qual se encontravam os judeus deportados Bastian Fleermann, o diretor do memorial das vítimas do regime nacional-socialista em Düsseldorf, explicou que encontrou o documento por acaso ao consultar no catálogo virtual da Biblioteca Wiener de Londres as palavras-chave "Düsseldorf" e "Minsk".
"Não sabemos como (o documento) chegou a este arquivo londrino", declarou Fleermann em Düsseldorf ao apresentar pela primeira vez o relatório policial.
Ao mesmo tempo, ele ressaltou a importância deste documento, já que por enquanto é conhecido apenas um semelhante sobre a deportação de judeus - o "relatório Salitter", encontrado nos anos 60 -, pois os nazistas tentaram eliminar no final da Segunda Guerra Mundial todo o rastro de sua maquinaria assassina.
Este documento, assinado pelo funcionário da Polícia Paul Salitter, descreve com detalhes a deportação no início de 1941 desde a estação para trens de carga de Derendorf, em Düsseldorf, de um total de 1.007 judeus com destino a Riga (Letônia).
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5763694-EI8142,00-Pesquisador+encontra+relatorio+de+deportacao+nazista+em+arquivo.html
Ver mais:
Experto halla en archivo de Londres un informe de deportación nazi de judíos (EFE)
O relatório, que é assinado pelo capitão da Polícia e membro das tropas de assalto das SS Wilhelm Meurin e data de novembro de 1941, descreve a deportação de Düsseldorf e Wuppertal (oeste da Alemanha) com destino a Minsk (Belarus, URSS) de um total de 992 judeus, dos quais apenas cinco conseguiram sobreviver ao Holocausto.
O funcionário nazista, responsável pela supervisão da deportação, documenta de forma burocrática ao longo de sete páginas todas as paradas do trem da morte, enquanto não há praticamente nenhuma frase sobre o estado no qual se encontravam os judeus deportados Bastian Fleermann, o diretor do memorial das vítimas do regime nacional-socialista em Düsseldorf, explicou que encontrou o documento por acaso ao consultar no catálogo virtual da Biblioteca Wiener de Londres as palavras-chave "Düsseldorf" e "Minsk".
"Não sabemos como (o documento) chegou a este arquivo londrino", declarou Fleermann em Düsseldorf ao apresentar pela primeira vez o relatório policial.
Ao mesmo tempo, ele ressaltou a importância deste documento, já que por enquanto é conhecido apenas um semelhante sobre a deportação de judeus - o "relatório Salitter", encontrado nos anos 60 -, pois os nazistas tentaram eliminar no final da Segunda Guerra Mundial todo o rastro de sua maquinaria assassina.
Este documento, assinado pelo funcionário da Polícia Paul Salitter, descreve com detalhes a deportação no início de 1941 desde a estação para trens de carga de Derendorf, em Düsseldorf, de um total de 1.007 judeus com destino a Riga (Letônia).
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5763694-EI8142,00-Pesquisador+encontra+relatorio+de+deportacao+nazista+em+arquivo.html
Ver mais:
Experto halla en archivo de Londres un informe de deportación nazi de judíos (EFE)
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
A desonestidade de Kues sobre Kruk
Thomas Kues cita* esta entrada do diário de Kruk acerca de Minsk:
*Nota da tradução: o site inconvenienthistory é um site revinazi, ou como os negacionistas se autoproclamam "revisionista".
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/01/kues-dishonesty-about-kruk.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
No gueto de Minsk, de 3.000 a 4.000 judeus vivem agora lá. Próximo ao gueto fica outro gueto. No primeiro guero estão judeus russos de Minsk, Slutsk, Baranovitsh, etc. No segundo, há ao todo 1.500 judeus alemães e tchecos.Kues afirma que "Kruk sabia desta informação de dois indivíduos que haviam estado recentemente em Minsk." No entanto, Kruk (p.570) escreve sobre estes dois indivíduos que:
Ambos partiram e retornaram com...nada. Em Minsk não foi permitido que eles entrassem no gueto e primeiro antes de tudo fora dito a eles que não lhes era permitido falar com qualquer um.O relatório de Kruk e seus 'achados' é claramente apresentado neste contexto, o qual Kues omite. Kues não conta a seus leitores que a visita foi feita sob supervisão da Gestapo. Dado que Kues está disposto a recorrer a tão óbvia e deliberada fraude, como fica sua reputação?
*Nota da tradução: o site inconvenienthistory é um site revinazi, ou como os negacionistas se autoproclamam "revisionista".
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/01/kues-dishonesty-about-kruk.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
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quarta-feira, 20 de maio de 2009
Mattogno e Graf "em parafusos" com a própria fonte
(todos os grifos são do tradutor)
Eu sua arenga sobre Treblinka, Mattogno e Graf usam o seguinte episódio como “prova” que Treblinka era um campo de trânsito para a URSS:
Isto é o resumo da lógica dos negadores: um documento onde burocratas protestam amargamente sobre o transporte de 1.000 judeus para um trabalho essencial em sua área é usado como prova de que os mesmos burocratas teriam acedido ao transporte de mais de 700.000 judeus via mesma zona de Treblinka. Estes são os fios finos aos quais os negadores se agarram.
Além disso, Mattogno e Graf provam novamente que sua utilização de fontes é desonesta, porque o mesmo documento cita que foi enviado no mesmo dia uma conhecida carta, do mesmo autor, Kube, para o mesmo destinatário, Lohse, que revela que (Documento PS-3428, IMT):
Além disso, a carta de Kube termina com uma frase que revela que o comandante local do SD pretende liquidar tais transportes:
Mattogno e Graf então citam um documento, sem admitir que o seu autor tinha, no mesmo dia, enviado uma carta ao mesmo destinatário descrevendo claramente a atividade de genocídio de seus heróis nazistas, o que contradiz diretamente e refuta a tese de reassentamento de Mattogno e Graf.
Mattogno e Graf, portanto, levam a cabo duas trapaças de uma só vez. A primeira trapaça foi a de chamar uma inferência à partir de sua fonte (‘reassentamento em larga escala no Leste’), que foi descabida, dado que a fonte expressa explicitamente o oposto ao reassentamento. A segunda trapaça foi a de omitir dados contextuais de assassinato em massa contido em um documento muito mais famoso, enviado pelo mesmo autor ao mesmo destinatário e no mesmo dia, o que tem sido citado por vários historiadores, e é de domínio público hà mais de sessenta anos.
Finalmente a chegada de, pelo menos um transporte do Gueto de Varsóvia para uma localidade a leste de Treblinka foi documentado para além de qualquer dúvida. Em 31 de julho de 1942, o Comissário do Reich para a Rússia Branca, Wilhelm Kube, enviou um telegrama para o Comissário do Reich de Ostland, Heinrich Lohse, em que protesta pelo despacho de um transporte de “1.000 judeus de Varsóvia para trabalhar em Minsk,” porque isso levaria ao perigo de epidemias e ao aumento da atividade guerrilheira.
Isto é o resumo da lógica dos negadores: um documento onde burocratas protestam amargamente sobre o transporte de 1.000 judeus para um trabalho essencial em sua área é usado como prova de que os mesmos burocratas teriam acedido ao transporte de mais de 700.000 judeus via mesma zona de Treblinka. Estes são os fios finos aos quais os negadores se agarram.
Além disso, Mattogno e Graf provam novamente que sua utilização de fontes é desonesta, porque o mesmo documento cita que foi enviado no mesmo dia uma conhecida carta, do mesmo autor, Kube, para o mesmo destinatário, Lohse, que revela que (Documento PS-3428, IMT):
Após exaustivas discussões com o SS-Brigadefuehrer Zenner e o extremamente capaz Líder do SD, SS-Obersturmbannfuehrer Dr. Strauch, que foram liquidados cerca de 55.000 judeus na Bielorússia nas últimas 10 semanas. Na área do condado judaico de Minsk foram completamente eliminados, sem qualquer perigo para a necessidade de mão-de-obra. Na área predominantemente polonesa de Lida, 16.000 judeus foram liquidados, em Slonim, 8.000, etc.
Devido à invasão pelo Army Rear Zone (comando), que já foi relatado, não houve interferência com os preparativos que tínhamos feito para a liquidação dos judeus de Glebokie. Sem contatar-me, o Comando do Army Rear Zone liquidou 10.000 judeus, cuja eliminação sistemática em todo caso havia sido planejada por nós. Na cidade de Minsk cerca de 10.000 judeus foram liquidados em 28 e 29 de julho. Destes, 6.500 eram judeus russos – principalmente idosos, mulheres e crianças – e o resto de inaptos para trabalhar, que foram enviados a Minsk em novembro do ano passado por ordem do Fuehrer, principalmente de Viena, Bruenn, Bremen e Berlim.
O Distrito de Sluzk também foi aliviado de milhares de judeus. O mesmo se aplica a Nowogrodek e Wilejka. Medidas radicais estão previstas para Baranowitschi e Hanzewitschi. Em Baranowitschi existem ainda mais de 10.000 judeus, na cidade em si, dos quais 9.000 serão liquidados no próximo mês.
Além disso, a carta de Kube termina com uma frase que revela que o comandante local do SD pretende liquidar tais transportes:
Estou plenamente de acordo com o Comandante do SD na Bielorússia, que devemos liquidar todos os transportes de judeus não combinados, ou anunciados por nós, por nossos oficiais superiores, para evitar novos transtornos na Bielorússia.
Mattogno e Graf então citam um documento, sem admitir que o seu autor tinha, no mesmo dia, enviado uma carta ao mesmo destinatário descrevendo claramente a atividade de genocídio de seus heróis nazistas, o que contradiz diretamente e refuta a tese de reassentamento de Mattogno e Graf.
Mattogno e Graf, portanto, levam a cabo duas trapaças de uma só vez. A primeira trapaça foi a de chamar uma inferência à partir de sua fonte (‘reassentamento em larga escala no Leste’), que foi descabida, dado que a fonte expressa explicitamente o oposto ao reassentamento. A segunda trapaça foi a de omitir dados contextuais de assassinato em massa contido em um documento muito mais famoso, enviado pelo mesmo autor ao mesmo destinatário e no mesmo dia, o que tem sido citado por vários historiadores, e é de domínio público hà mais de sessenta anos.
Fonte: Holocaust Controversies - Dr. Jonathan Harrison
Link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/04/mattogno-and-graf-screwed-by-their-own.html
Tradução: Leo Gott
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Mais deturpações de Jurgen Graf: Lituânia
Quando Jürgen Graf, o conhecido negador suiço, não está chamando Filip Müller, Rudolf Vrba e Elie Wiesel de "mentirosos deslavados e defraudadores",está ocupado deturpando o trabalho do pioneiro historiador do Holocausto, Raul Hilberg.Não contentando-se em dedicar um livro inteiro ao ataque contra Hilberg, que representa menos de 10% da extensão de The Destruction of European Jews, Graf decidiu também atacar o mais recente trabalho metodológico de Hilberg, Sources of Holocaust Research.Graf se refere a Hilberg como 'um autista incurável' - a questão é, ele está entrando em uma auto-projeção ou simplesmente criando contos de fadas novamente? Vejamos.
Um claro exemplo: a discussão de Graf sobre o relatório do infame Einsatzgruppe A sobre a Solução Final nos Países Bálticos e,particularmente,o Relatório de Jäger sobre a Lituânia. Segue a consideração de Graf sobre a utilização do relatório do Einsatzgruppe A por Hilberg:
Pare imediatamente.Na página 145, Hilberg reproduz o esboço de um cartão que, juntamente com outras evidências, serviria como embasamento para suas alegações acerca das execuções no Oeste. Nesse cartão,o número de judeus fuzilados pelo Grupo Einsatz A, em várias regiões, são representados por caixões. O maior índice de fuzilamentos aparece na Lituânia, onde, segundo ele, não menos de 136.421 judeus teriam sido assassinados até 1942. Este dado realmente consta em um dos relatórios do Einsatz,onde encontramos: "Quando ocorreu a invasão dos Bolcheviques, de acordo com um censo realizado em 1923, 153.743 judeus residiam na Lituânia. Eles representavam 7.58% da população...Durante várias operações individuais, um total de 136.421 judeus foram liquidados...Judeus em guetos:em Kauen,cerca de 15.000 judeus;em Wilno,cerca de 15.000 judeus;em Schaulen,cerca de 4.500 judeus."Simples adição mostra que o número total dos judeus supostamente liquidados, quando agregado ao número de judeus que estavam nos guetos, é muito maior do que o número de judeus ali presentes antes da invasão alemã.
Graf evidentemente é estúpido demais para lembrar-se, ou deliberadamente não deseja lembrar-se, que a Lituânia incorporou o distrito de Wilno em 1941,habitado por 110.000 judeus em 1931, e inchado por muitos refugiados provenientes da região ocidental da Polônia,entre 1939 e 1941. Wilno (Vilnius,atualmente) era habitado por aproximadamente 80.000 judeus quando a guerra explodiu. Melhor, adicionaremos os números determinados só para a cidade de Wilno, entre 12 de agosto e 25 de novembro de 1941: 21.169 execuções. Além disso, vamos adicionar a quantidade executada pelo mesmo Kommando nas cidades vizinhas: 13.484 execuções.
Sem mencionar o Teilkommando,enviado a Minsk: 3.050 execuções. Então, temos os judeus alemães, deportados para Kovno em novembro de 1941, que claramente não viviam na Lituânia antes da guerra: 4.934 execuções. Já temos 42.637 execuções entre habitantes de um território diferente do que era o lituano em 1923.
Obviamente, Graf não se dá ao trabalho de fazer algo tão elementar como checar as estatísticas, não é? Então,ele segue enterrando-se em um buraco cada vez mais fundo:
Isto é apenas uma parte das estatísticas confusas, de qualquer forma:O mesmo relatório operacional sobre o país fronteiriço, a Letônia, afirma que cerca de 25% da população judaica havia fugido com os bolcheviques. Nenhum êxodo semelhante é mencionado para a Lituânia.
Porque o território da Lituânia foi ocupado em menos de uma semana,enquanto a Letônia estava mais distante da fronteira.
Isso é muito confuso porque os judeus lituanos tinham poucas razões para esperar benevolência dos alemães, como os judeus letonianos. A colaboração da comunidade judaica com o terror bolchevique foi proporcionalmente muito maior ali do que na Letônia, revoltando a população local.
Aqui, naturalmente, Graf demonstra seu padrão dois pesos duas medidas, quando deixa de mencionar qualquer fonte corroborando esta conspiração judaico-bolchevique. Mas torna-se pior: além de simplesmente não compreender que a Lituânia situava-se mais próxima à fronteira alemã em 1941 do que a Letônia, Graf tampouco consegue reconhecer quais territórios estavam localizados na Lituânia:
Uma granda parcela dos judeus lituanos viviam em regiões que haviam sido anexadas ao Reich após a conquista da Lituânia. Quando o relatório do Einsatz foi elaborado, esses judeus ainda estavam vivos. De acordo com Gerald Reitlinger, havia então,na área de Grodno, 40.000 desses judeus .[17] De acordo com o relatório de Korherr,[18] 18.435 judeus ainda residiam na região de Königsberg no final de 1942.
Será que alguém pode ser mais estúpido? Grodno jamais esteve situado na Lituânia,nem mesmo durante a era dos Czars. Pertenceu ao distrito (Voivodship) de Bialystok, sob a Polônia,e ao distrito (oblast) de Bialystok durante o domínio soviético. Com relação a citação do relatório Korherr sobre os trabalhadores judeus que ainda se encontravam na Prussia Oriental, também é uma clara referência ao distrito de Bialystok, na Polônia/Belorussia,e não na Lituânia.Um total de 18.435 trabalhadores judeus de nacionalidade soviética são reportados aí,e apenas 96 "outros".
Mas divirtamo-nos com Jürgen, o suiço alemão, e vejamos o que ocorreu em uma estilha de território, um pouco além de Memelgebiet (que foi anexado pela Alemanha em 1939).Infelizmente para Graf, é bem provável, ao contrário, que ali não residissem judeus de origem lituana, porque haviam sido assassinados pela Staatspolizeistelle de Tilsit em junho e julho de 1941. Segue a citação de um documento que Graf evidentemente desconsiderou durante sua visita ao Arquivo Osobyi, em Moscou:
In Zusammenwirken mit dem SD-Abschnitt in Tilsit wurden drei Grosssaeuberungsaktionen durchgefuehert, und zwar wurdenam 24. Juni 1941 in Garsden 201 Personen (einschl. 1 Frau)am 25. Juni 1941 in Krottingen 214 Personen (einschl. 1 Frau)am 27. Juni 1941 in Polangen 111 Personen erschossenStapostelle Tilsit, Betr.: Saeuberungsaktionen jenseits der ehemaligen sowjet-litauischen Grenze, RGVA 500-1-758, p.2
Até 18 de julho, o renomeado Einsatzkommando de Tilsit havia executado 3.302 vítimas.
A seguir, em uma tentativa bem sucedida de *escorregar na maionese*, Graf tenta o método 'vot-on-earth-are-ze-unfit-doing-alive!!!!' *(what on earth are the unfit doing alive/o que nesta terra os incapacitados ainda fazem vivos)* tão utilizado pelos negadores, sem perceber que isso os faz soarem tão semelhantes aos oficiais da SS que, evidentemente,f antasiam ser:
De acordo com as estatísticas preparadas na Lituânia, e baseadas em documentos originais dos anos de guerra, haviam 3.693 crianças além de um grande número de idosos (de até 90 anos) que estavam vivendo no gueto de Vilnius no final de maio de 1942. Como eram incapacitados para o trabalho, supõe-se que esses judeus deveriam ter sido as primeiras vítimas de qualquer política de extermínio em massa. Em um relatório sobre as escolas em Vilnius,o autor judeu-americano Abraham Foxman nota que,em outubro de 1942, entre 1500 e 1800 crianças estavam sendo educadas ali.
Uma vez mais,Graf expõe sua completa ignorância sobre a história do gueto de Vilnius. Uma citação de uma das páginas do website da ARC:
Em 23 de outubro de 1941, Murer distribuiu 3.000 "Scheine" amarelos (certificados/ permissões), entre os judeus do gueto 1. Um "Gelbschein" permitia ao seu titular registrar três familiares adicionais que carregariam permissões de cor azul.
Os dependentes sobreviventes foram deportados para Sobibor e gaseados em setembro de 1943. Porque tanto tempo depois? Há inúmeros fatores locais, inclusive a intervenção dos corajosos oficiais da Wehrmacht, visando proteger as famílias dos principais funcionários nos postos de manutenção. E porque Graf supõe que o código de conduta alemão foi sempre o mesmo,em todas as partes? Finalmente, nenhum brado de um negador, obviamente, poderia chegar sem uma referência a evidência física.
Finalmente, evidência física do assassinato em massa de judeus na quantidade alegada é inexistente. Em 1996, na cidade lituana de Marijampol, houve uma iniciativa para erigir um monumento em homenagem as dezenas de milhares de judeus que teriam sido fuzilados pelos alemães. Exacavações foram iniciadas no local designado por testemunhas oculares para que a vala comum pudesse ser localizada, mas, adivinhem só ,nada puderam encontrar ali.[21] Mesmo se os alemães houvessem exumado e cremado as dezenas de milhares de cadáveres postumamente, como Hilberg e seus associados alegam, qualquer vala comum ainda seria facilmente identificável pelas alterações nas disposições do solo.
Infelizmente para o idiólatra Graf, esta conspiração foi provada conclusivamente como uma falácia (link) e desmontada:
Sob essas circunstâncias, um historiador consciente não aceitaria, sem questionamentos, relatórios de campo como fontes infalíveis.
Sob essas circunstâncias, um historiador consciente assugurar-se-ia de ter lido o documento corretamente e que seus conceitos geográficos não estivessem equivocados, antes de encontrar outros documentos confirmando as fontes, e lembrar-se-ia de não pontificar sobre a ausência de evidência física que existiu em realidade.
Parece-me que o único sofrendo de "autismo incurável" aqui é Jürgen Graf.
Texto postado originalmente em inglês:
Tradução:
domingo, 12 de agosto de 2007
"Vergasungsapparate" - "Dispositivos de gaseamento"
"Vergasungsapparate" - 'Dispositivos de gaseamento'
Fonte: http://www.holocaust-history.org/19411025-wetzel-no365/
Tradução(Marcelo Oliveira):
Ministério do Reich para os Territórios Ocupados do Leste
Berlim, 25 de Outubro de 1941
Perito AGR Dr. Wetzel
Secreto!
Re: Solução da Questão Judaica
1. Para o Comissário do Reich para o Leste
Re: Seu relatório de 4 de outubro de 1941, com respeito à Solução da Questão Judaica
"Com referência à minha carta de 18 de outubro de 1941, esta é para lhe informar que o Oberdienstleiter Brack da Chancelaria do Führer concordou em colaborar na produção dos abrigos e dispositivos de gaseamento necessários. Neste momento, os dispositivos previstos não estão disponíveis em quantidade suficiente; primeiro eles terão que ser fabricados. Por causa da opinião de Brack, a fabricação dos dispositivos no Reich causará dificuldades muito maiores que fazê-lo no próprio local, Brack considera mais prático enviar seu pessoal para Riga, especialmente seu químico, Dr. Kallmeyer, que efetuará todos os passos adicionais lá. O Oberdienstleiter Brack chama a atenção para o fato de que o procedimento em questão não é livre de risco, portanto são necessárias medidas especiais de proteção.
Nestas circunstâncias, eu peço que você fale pessoalmente com o Oberdienstleiter Brack na Chancelaria do Führer através de seu Alto Líder da SS e da Polícia, e peça o envio do químico Kallmeyer e outros assistentes. Eu deveria informá-lo que o Sturmbannführer Eichmann, perito para a Questão Judaica na RSHA, está em total
acordo com este procedimento. De acordo com informação do Sturmbannführer Eichmann, campos para judeus deverão ser construídos em Riga e Minsk, para os onde os judeus do Velho Reich também podem ir. Neste momento, os judeus estão sendo evacuados para fora do Velho Reich para Litzmannstadt (Lodz), e também para outros campos, para então serem usados para trabalho no leste à medida em que eles forem capazes de trabalhar.
Do modo como as coisas estão agora, não há objeções se os judeus que não forem capazes de trabalhar sejam eliminados com o remédio Brackiano. Dessa maneira, os eventos tais como aqueles que, de acordo com um relatório que está à minha frente, ocorram pela razão dos fuzilamentos de judeus em Vilna, e que, considerando que os
fuzilamentos foram executados em público, possam dificilmente ser justificados, não serão mais possíveis. Por outro lado, aqueles capazes de trabalhar serão transportados para trabalho no leste. Isso sem mencionar que os judeus do sexo masculino e feminino serão mantidos separados.
Eu solicito um relatório sobre suas medidas adicionais."
Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6311
Fonte: http://www.holocaust-history.org/19411025-wetzel-no365/
Tradução(Marcelo Oliveira):
Ministério do Reich para os Territórios Ocupados do Leste
Berlim, 25 de Outubro de 1941
Perito AGR Dr. Wetzel
Secreto!
Re: Solução da Questão Judaica
1. Para o Comissário do Reich para o Leste
Re: Seu relatório de 4 de outubro de 1941, com respeito à Solução da Questão Judaica
"Com referência à minha carta de 18 de outubro de 1941, esta é para lhe informar que o Oberdienstleiter Brack da Chancelaria do Führer concordou em colaborar na produção dos abrigos e dispositivos de gaseamento necessários. Neste momento, os dispositivos previstos não estão disponíveis em quantidade suficiente; primeiro eles terão que ser fabricados. Por causa da opinião de Brack, a fabricação dos dispositivos no Reich causará dificuldades muito maiores que fazê-lo no próprio local, Brack considera mais prático enviar seu pessoal para Riga, especialmente seu químico, Dr. Kallmeyer, que efetuará todos os passos adicionais lá. O Oberdienstleiter Brack chama a atenção para o fato de que o procedimento em questão não é livre de risco, portanto são necessárias medidas especiais de proteção.
Nestas circunstâncias, eu peço que você fale pessoalmente com o Oberdienstleiter Brack na Chancelaria do Führer através de seu Alto Líder da SS e da Polícia, e peça o envio do químico Kallmeyer e outros assistentes. Eu deveria informá-lo que o Sturmbannführer Eichmann, perito para a Questão Judaica na RSHA, está em total
acordo com este procedimento. De acordo com informação do Sturmbannführer Eichmann, campos para judeus deverão ser construídos em Riga e Minsk, para os onde os judeus do Velho Reich também podem ir. Neste momento, os judeus estão sendo evacuados para fora do Velho Reich para Litzmannstadt (Lodz), e também para outros campos, para então serem usados para trabalho no leste à medida em que eles forem capazes de trabalhar.
Do modo como as coisas estão agora, não há objeções se os judeus que não forem capazes de trabalhar sejam eliminados com o remédio Brackiano. Dessa maneira, os eventos tais como aqueles que, de acordo com um relatório que está à minha frente, ocorram pela razão dos fuzilamentos de judeus em Vilna, e que, considerando que os
fuzilamentos foram executados em público, possam dificilmente ser justificados, não serão mais possíveis. Por outro lado, aqueles capazes de trabalhar serão transportados para trabalho no leste. Isso sem mencionar que os judeus do sexo masculino e feminino serão mantidos separados.
Eu solicito um relatório sobre suas medidas adicionais."
Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6311
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