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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 54

54. Colaboraram os nazis e os sionistas?

O IHR diz:

Antes da guerra, a Alemanha firmou um acordo com os sionistas que permitia os judeus transferir grandes capitais à Palestina. Durante a guerra, os alemães mantiveram relações cordiais com os líderes sionistas.

Nizkor responde:

"Relações cordiais?". Por favor! Com uns líderes que haviam declarado publicamente, uma vez por outra, que os judeus eram gusanos que se havia que exterminar? Ver os discursos de Hitler citados na pergunta 1.

Esta pergunta parece ser outra contradição interna. Nas respostas as perguntas 11 e 12, dizem que a "Judéia" e "os judeus" declararam guerra à Alemanha seis anos antes de começar a Segunda Guerra Mundial. O IHR deveria esclarer: ou os alemães foram vilipendiados pelos odiosos judeus, ou os alemães são tão boa gente que inclusive chegaram a manter "relações cordiais" com os odiosos judeus. Não podem se dar as duas coisas de uma vez.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 12

Traduzido por Leo Gott

12. Isto ocorreu antes ou depois que apareceram os rumores sobre os “campos da morte”?

O IHR diz:

Cerca de seis anos ANTES. A Judea declarou guerra a Alemanha em 1933.

Nizkor responde:

"Guerra" econômica, tal e como foi respondida na pergunta 11.

Existe aqui mais uma contradição interna: na resposta à pergunta 10, a versão da Editora Samisdat afirma que as "historias falsas sobre campos da morte" estavam "circulando" em 1933.
E outra contradição interna [mais uma, como se contradizem esses “revisionistas”]: na resposta à
pergunta 54, o IHR afirma que "os alemães mantinham relações cordiais com os líderes sionistas". Uma guerra não é uma relação cordial.

Estas são algumas das declarações e ações dos líderes nazistas antes de estourar a guerra em 1939:

  • 1919: Hitler em uma carta:
    ...tudo que faça que o povo lute por conseguir maiores coisas, seja na religião, no socialismo, ou na democracia, simplesmente serve ao judeu como meio de satisfação de seu orgulho e sua sede de poder...
    O anti-semitismo racional, por contraste [com o anti-semitismo emocional], deve levar a uma luta sistemática e legal contra os privilégios dos que disfrutam os judeus em comparação com outros estrangeiros que vivem entre nós, e à erradicação desses privilégios. Seu objetivo final, entretanto, deve ser a total eliminação de todos os judeus que vivem entre nós.
  • 1924: Hitler escreve Mein Kampf quando está na prisão, e nele menciona que lamenta que Alemanha não gaseara os judeus influentes durante a Primera Guerra Mundial.
  • 1932: Hermann Goering, falando sobre o Partido Nazista (ainda não está no poder) diz a um jornalista italiano em uma entrevista que os nazistas necesitam defender-se dos judeus proibindo os matrimônios inter-religiosos, expulsando os judeus da Alemanha provenientes do leste da Europa, e afastando os judeus nascidos na Alemanha de todo tipo de trabalhos ou postos importantes onde os nazistas considerem que possam exercer sua "influência destrutiva, anti-nacional ou internacional".
  • No mesmo documento oficial que os nazista reimprimiram esta entrevista, disseram que incendiariam as sinagogas, trancariam os bandos assassinos de judeus em guetos e prisões, e pendurar-lhes-iam nas árvores.
    (13 de julho de 1932, Stellung der NSDAP [NSDAP = Partido Nazista.])
  • Verão de 1932: o grupo parlamentar nazista do Parlamento Prussiano (de Weimar) solicita que demitam todos os atores e artistas que não sejam de origem alemã, assim como foi posto em vigor de uma proibição do ritual judaico de sacrifício de animais destinados ao consumo humano, e a expropriação dos bens que pertençam aos judeus do leste da Europa e que vivam na Alemanha.
  • 1932, 31 de julho: Goebbels escreve um artigo no jornal Der Angriff pedindo um pogrom contra os judeus.
  • 1933, 30 de janeiro: Adolf Hitler é nomeado Chanceler da Alemanha.
  • 1933, março: começa a caça e aprisionamento aos primeiros opositores do governo nazista em campos de concentração.
  • 1933, 13 de março: Hitler cria o Ministério da Informação e Propaganda e nomeia Goebbels para o cargo de ministro.
  • 1933, 23 de março: Hitler assina a "Lei de Eliminação da Aflição do Povo e do Reich", concedendo a Hitler autoridade para abolir os parlamentos regionais da Alemanha.
  • 1933, 31 de março: Hans Kerrl, Comissário do Ministério da Justiça da Prússia e Hans Frank, Comissário do Ministério da Justiça da Baviera, anunciam que todos os fiscais e juizes judeus vão abandonar seus cargos imediatamente, e que não será permitido trabalhar a advogados e judeus notários [em suas províncias; o mesmo decreto foi aprovado em outras províncias em pouco tempo].


Em "66 Perguntas & Respostas" e na maioria da propaganda negadora, sempre se busca temas isolados e não relacionados. Apresentam um fato curioso e fora de contexto e esperam convencer o leitor de que não necessita saber mais. Mas depois que reintroduz o contexto, o fato curioso resulta em ser nada mais destacável que qualquer outra coisa das que ocorreram em seu tempo.
O que temos comentado são simplesmente as ações e escritos anti-judaicos, públicos e conhecidos cometidos antes do boicote judeu de 1933. As ações e escritos voltaram mais extremos e violentos à medida que passaba o tempo.

Hitler voltou mais e mais explícito, até que afirmou publicamente em 30 de janeiro de 1939:

Hoje quero voltar a converter-me em profeta: se a judiaria internacional da
Europa e de fora dela tiver êxito mais uma vez em sua intenção de levar as
nações a outra guerra mundial, a conseqüência não será a bolchevização da Terra
e assim, a vitória dos judeus, será a aniquilação da raça judia na
Europa.


Repetiu esta idéia pelo menos duas vezes mais, publicamente, durante a guerra, e não foi a única pessoa que disse.

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 11

Traduzido por Leo Gott

11. A comunidade judaica mundial "Declarou guerra à Alemanha"?

O IHR diz (edição original):

Sim. Os meios de comunicação de todo o mundo publicaram manchetes como "Judea declara Guerra à Alemanha".

Na edição revisada:

Sim. Jornais de todo o mundo informaram sobre isto. Uma manchete em primeira página do London Daily Express (24 de março de 1933), por exemplo, dizia "Judea declara Guerra à Alemanha".

Nizkor responde:

"Os meios de comunicação de todo o mundo"?

"Jornais de todo o mundo"?

É citado somente um jornal britânico que fala dos planos de um boicote econômico.
Existe uma transcrição do artigo. Os parágrafos depois da manchete eram:

Tem surgido uma estranha e desafortunada conseqüência das histórias
sobre a acusação aos judeus na Alemanha.

Todo Israel, de todas as partes do mundo, estão se unindo para declarar
uma guerra econômica e financeira contra a Alemanha.

Até agora o grito era: "Alemanha está perseguindo os judeus". Se os
planos forem levados a cabo, o grito hitleriano será: "Os judeus perseguem a
Alemanha".



O fato de que este "grito hitleriano" volta a ser mencionado quatro décadas mais tarde pelos negadores do Holocausto não deveria surpreender em nada. (Ver pergunta 62 para mais informações sobre as distintas visões que os negadores dão sobre Hitler).

Em resumo, esta pergunta e sua resposta são uma fácil armadilha usada para que pareça que "os judeus do mundo" começaram a "guerra" contra Alemanha, no lugar do inverso.

A palavra "guerra" significa muitas coisas. Neste contexto se a planos para pressionar economicamente.

Mas o IHR e Zündel querem que você pense que foi uma autêntica declaração de guerra. Quantas divisões e exércitos teria a "Judea"? Quantos tanques? Quantos aviões? Quantos obuses?

O fato é que foi a Alemanha que começou a verdadeira guerra, a Segunda Guerra Mundial, começando por arrasar a Polônia com aviões, bombas, tanques e milhões de soldados.

Comparar isto com os planos de um boicote econômico é no mínimo absurdo, ainda que seja uma típica artimanha dos "revisionistas".

Mas ainda existe outra contradição interna[do IHR].

A resposta do IHR à pergunta 54 afirma que "os alemães mantiveram relações cordiais com os líderes sionistas".

Uma guerra não é uma relação cordial, deveriam corrigir sua história.

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