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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Os selfies de Auschwitz. A banalização da memória

Os selfies que consternaram a comunidade judaica
Por Boris Leonardo Caro | Blog de Noticias – mar, 1 jul 2014

Os adolescentes posam na entrada de Auschwitz,
como se fossem um grupo pop
Um garoto posa no Memorial do Holocausto em Berlim e destaca seus tênis New Balance com uma hashtag. Outro casal de adolescentes, em frente ao campo de concentração de Dachau, na Alemanha, presume de seus abrigos comprados em Zara. Garotas sorridentes, com polegares pra cima, gestos sedutores, em Auschwitz, em Treblinka, nos lugares onde o nazismo exterminou milhões de pessoas há pouco mais de meio século.

Essas imagens, muitas tiradas por jovens judeus durante suas viagens escolares para render tributo às vítimas do Holocausto, consternaram o público em Israel e em outros países com presença da diáspora judaica. Nessa nação do Mediterrâneo oriental as opiniões dividiram entre aqueles que fustigam o narcisismo desavergonhado das novas gerações e outras vozes que consideram o fato uma expressão lógica da comunicação desta época.

Quando as palavras esvaziam a história

"De certa maneira não é culpa desses garotos", disse ao The New Yorker a criadora da página no Facebook "Com minhas melhores amigas em Auschwitz", que apresentava uma coleção de selfies publicados no Instagram pelos jovens turistas. A exibição dessas imagens, acompanhadas por sarcásticos pies de fotos, fez estourar o debate em Israel.

"Muitos políticos usam cinicamente o Holocausto para fazer avançar seus próprios interesses", assinalou a revista estadunidense. No seu entendimento, o tema do extermínio judeu tem sido utilizado também pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como moeda corrente em sua retórica nacionalista.

Os políticos têm usado a memória do Holocausto para
exacerbar o nacionalismo israelense. (EFE/Abir Sultan)
Algumas vozes em Israel questionaram a intenção política desses périplos escolares pelos campos de concentração, que contribuíram para exacerbar a paranoia e o nacionalismo nos jovens, em especial nos homens obrigados a prestar serviço militar desde os 18 anos.

A página no Facebook foi desativada na quarta-feira passada, mas sua autora considera que cumpriu seu objetivo. "Aqueles que não entenderam a mensagem até agora, provavelmente nunca a compreenderão", disse a The New Yorker.

A beleza de um povo sobrevivente

Contudo, nem todos compartilham da visão apocalíptica de uma juventude indiferente à história. Sharna Marcus, uma professora que organizou viagens de estudantes estadunidenses à Polônia e Alemanha, escreveu sobre como os professores devem ensinar seus alunos qual é a conduta correta nos lugares onde ocorreu o Holocausto.

"Se os adolescentes posam de maneira inapropriada para inumeráveis selfies, temos que lhes exigir, se for necessário, que se comportem com um pouco mais de decoro", assinalou no site Jewish Philanthropy. Para Marcus, publicar fotos nas mídias sociais é simplesmente a forma de comunicação de muitos desses garotos.

Milhares de jovens judeus viajam a cada ano à Europa
para honrar as vítimas do Holocausto.
(Foto AP/Czarek Sokolowski)
"O sorriso dos adolescentes judeus em Auschwitz, frente ao letreiro Arbeit Macht Frei (o trabalho liberta) irradia certa beleza. Apesar do empenho de Hitler, o povo judeu segue aqui e o estará para sempre", assegurou.

O útil tormento da fotografia

Deveriam proibir fotografias nesses monumentos que recordam o extermínio executado pelos nazis? A jornalista estadunidense Leah Finnegan crê que não. "Devemos seguir publicando - e compartilhando - imagens dos lugares onde ocorreu o horror até que esses lugares inevitavelmente se desintegrem", escreveu que no website The Awl.

Finnegan recordou uma frase da escritora norte-americana Susan Sontag: "As narrativas nos faz compreender. A fotografia faz algo a mais: nos atormenta".

Os jovens que hoje apagam por vergonha seus festivos selfies nos campos de concentração, logo sentirão a repreensão em suas consciências por terem atuado com trivialidade no local onde era necessário ter moderação, guardarão essa experiência em sua memória. Os políticos passam, os cursos de história mudam, mas dificilmente a impressão de genocídios como o perpetrado pelos nazis desaparece. Cada foto, profunda ou superficial - como o espírito de qualquer adolescente - contribui para essa perpetuação.

Fonte: Yahoo! en español
https://es-us.noticias.yahoo.com/blogs/blog-de-noticias/los-selfies-que-han-consternado-a-la-comunidad-jud%C3%ADa-151835992.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação 1: depois farei um post sobre essa Marcha da Vida (ou "Marcha pela vida") pois a matéria acima toca diretamente nela e comenta os efeitos colaterais que a mesma está provocando como essa banalização descrita acima, já que acho que é melhor tratar a questão num post à parte. Além da questão do uso da memória histórica com uma retórica nacionalista. Destaco isso pois há posts muito antigos no blog sobre esse evento sem uma análise ou crítica sobre o mesmo já que na época que esses assuntos vieram à tona não havia muita informação sobre esses eventos e nem os questionamento ou denúncias mencionadas no texto acima. Assisti um documentário crítico a essas marchas e a mais questões que envolvem esses assuntos (que os "revis" divulgam como se fosse filme "revisionista" mas não é) e a impressão causada pelo evento no filme não foi das 'melhores' (pra não dizer logo que foi péssima).

Observação 2: curioso como esses blogs do Yahoo! em espanhol têm conteúdo jornalístico bom e razoável enquanto a versão brasileira dele é uma coisa pavorosa de se ler e ver. E por favor, sem a desculpa esfarrapada habitual de que "é o povo que quer ver isso", o povo quer ver isso coisa alguma, há uma imposição de conteúdo de quinta categoria à população no Brasil por boa parte da mídia do país, estrangeira ou nativa, e as reclamações não são isoladas vide os comentários constantes reclamando desse tipo de conteúdo lixo no Yahoo! brasileiro, TVs, jornais etc.

Pergunta ao site Yahoo!: vão continuar com essa política de fornecer porcaria aos brasileiros até quanto? Essa desculpa de que o povo "gosta" de ver isso é balela, sempre foi, essa desculpa sempre foi uma justificativa pra continuar impondo esse tipo de conteúdo lixo sem que o povo se rebele e boicote esses sites, TVs e cia, isso é imposto de cima pra baixo, embora o certo fosse o povo boicotar esses sites até que eles mudassem esse tipo de política e tratasse com respeito o público brasileiro. Ou muda ou deixem eles fecharem. Acho a prática do boicote válida, é uma manifestação pacífica e consciente e que bate onde "dói". Uma mesma empresa estrangeira que atua no Brasil e outros países fornecer conteúdo bom pro público espanhol e fornecer porcaria pro público brasileiro é no mínimo algo "curioso".

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Partido fascista britânico faz campanha explorando 'inimizade histórica' entre judeus e muçulmanos

RIO - O grupo de extrema-direita Partido Nacional Britânico (BNP), acusado de promover a xenofobia e o racismo no país, começou a fazer campanha a partir da "inimizade histórica" entre judeus e muçulmanos na Grã-Bretanha. Segundo o jornal inglês "Guardian", o grupo nacionalista tenta convencer os eleitores judeus a votar no BNP para reduzir as comunidades muçulmanas do país. Pat Richardson, o único candidato judeu do partido, defendeu a proposta:

- Estou no BNP porque ninguém mais fala contra a 'Islamização' de nosso país. Ser judeu só ajuda em minha preocupação sobre esta agressividade que ameaça nossos valores seculares e tradições cristãs - declarou Richardson.

A medida gerou duras críticas por parte de organizações judaicas do país, para quem o BNP "continua sendo anti-semita e racista". O Conselho de Líderes Judaicos, o London Jewish Forum e a Comunidade pela Segurança Judaica lançaram uma campanha junto a outros grupos culturais e minorias étnicas, para combater "a ameaça do BNP". Ruth Smeeth, porta-voz da Comunidade pela Segurança Judaica, declarou que o sítio da internet do BNP "é agora um dos mais sionistas da web".

Segundo Smeeth, o grupo nacionalista "faz campanhas ativas nas comunidades judaicas, em especial de Londres, apoiando Israel e atacando os muçulmanos. É uma campanha venenosa, que mostra uma enorme sofisticação eleitoral", continuou.

Em um ensaio recente, Nick Griffin, líder do BNP, escreveu que o Holocausto "é uma mescla de propaganda das forças aliadas, uma mentira muito lucrativa, e uma histeria moderna". Ele disse ainda que manter uma postura islamofóba "parece agradar muita gente, inclusive os jornalistas, e produzirá maior cobertura jornalística que se apoiasse o Irã e falasse do 'poder judaico', que garantirá críticas de virtualmente cada um dos jornalistas do mundo ocidental".

Fonte: O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/04/10/partido_britanico_faz_campanha_explorando_inimizade_historica_entre_judeus_muculmanos-426777232.asp

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnavalesco da Grande Rio critica "Holocausto" da Viradouro

Breve comentário sobre a matéria que reporta uma crítica de outro carnavalesco que teve parentes mortos no Holocausto.

Notícia do dia 25 de Janeiro, mas que merece ser destacada por conta da leviandade do carnavalesco da Escola de Samba Viradouro e do seu pouco caso com a questão dos direitos humanos, num país como o Brasil onde há forte violação dos direitos humanos, ao tentar, por puro capricho, pôr um carro alegórico com 'formato' de cadáveres das vítimas do Holocausto com um figurante no papel do ditador nazista Adolf Hitler na ala em pleno desfile que é transmitido para o mundo inteiro, apenas para preenchimento de um enredo sobre "arrepio". A banalização do genocídio com a caracterização proposta pela escola, que felizmente foi vetada poupando o público do espetáculo deste espetáculo grotesco, foi total.

Carnavalesco da Grande Rio critica "Holocausto" da Viradouro
Raphael Azevedo

Holocausto no samba, guerra na Avenida. O carnavalesco da Grande Rio, Roberto Szaniecki, criticou duramente o colega Paulo Barros, que vai mostrar a matança de judeus no desfile sobre o arrepio na Viradouro.

"Fiquei profundamente incomodado e acho uma apelação essa figura (Paulo Barros) mostrar isso na Avenida. Não tem contexto e muito menos defesa dentro do enredo", disse Szaniecki, polonês e de família judia.

"É uma falta de sensibilidade. A transmissão do desfile chega à Europa. Eles irão ver isso. Não tive meus avós por causa do Holocausto", desabafou.

A Federação Israelita do Rio também manifestara preocupação. Carro alegórico faz referência à morte de seis milhões de judeus na 2ª Guerra. Trará pilhas de corpos e caveiras em alto-relevo. Procurado, Paulo Barros não quis se manifestar.

Fonte: O Dia/Terra(Brasil, 25 de janeiro de 2008)
http://carnaval2008.terra.com.br/interna/0,,OI2271514-EI10735,00.html

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