A BBC recentemente publicou matéria sobre uma nova lei portuguesa que dá cidadania a brasileiros descendentes de judeus, segue a matéria abaixo:
Saiba como lei portuguesa pode dar cidadania a brasileiros descendentes de judeus
Esta lei copia (ou segue) uma lei semelhante na Espanha, com o mesmo propósito:
A oferta de nacionalidade aos sefarditas satura os consulados espanhóis em Israel
Eu já comentei sobre isso aqui (post "O primo do antissemitismo (filossemitismo) e a mixórdia sobre cristãos-novos e a "concessão" de nacionalidade espanhola" e o jornal El País (Espanha) já comentou sobre a lista falsa com sobrenomes que teriam "direito", listas disseminadas a esmo por grupos evangélicos (alguns se passando por judeus, ou que 'creem' que são):
Seu sobrenome também está na lista (falsa) para obter o passaporte espanhol?
A matéria da BBC Brasil do início do post reproduz a baboseira da lista falsa (ou uma delas). Mas não só ela, basta clicar aqui pra ver outra.
A quem se questionar porque estou fazendo este post, é porque muita gente aparecia em comunidades sobre "revisionismo" vindo encher o saco com esse assunto, com uma obsessão doentia (pleonasmo) com essa questão, na crença de que se se "tornarem" judeus seriam mais "abençoados", "ficarão ricos" etc. Ou seja, o pessoal 'bem-intencionado' repete os estereótipos dos ditos "revis" sobre judeus (sobre riqueza, poder etc).
Geralmente é gente de religião evangélica, ou de algumas denominações no Brasil que criam uma verdadeira mixórdia religiosa misturando idolatria a judeus, judaísmo etc com cristianismo. A quem quiser ler mais, só no verbete em inglês, o verbete em português é entupido de proselitismo religioso.
Essa postura vem importada dos EUA, e essas pessoas ficam circulando em torno desses assuntos apenas por crendice, fanatismo religioso ou mesmo por posturas não muito louváveis (como já citado acima: acham que irão ficar "ricos" ou melhorar status social "virando" judeu). Daí começam a fantasiar sobre "origem judaica" num passado remoto (faz um "pouquinho" de tempo 'meio milênio').
A Record também embarcou na pilha e fez um programa horrível sobre isso.
Sobre o post de um dos links acima (o do filossemitismo), ele foi feito na época que a Espanha fez o mesmo tipo de lei: a de dar cidadania espanhola a quem for descendente de "judeus expulsos" da Espanha na época da Inquisição. Cidadania que torna a pessoa cidadão da União Europeia também.
Seria assunto pra outra post, mas tem a ver com o que se passa. É visível que no Brasil parte da população passa por um problema de crise identitária e fica procurando 'identidades' outras pra se auto-afirmarem ou fazer parte de algum "grupo". Alguma "ascendência nobre" etc. Em vez de se enxergarem como brasileiros ou se proclamarem brasileiros, ficam procurando identidades que julgam ter "mais status" por algum menosprezo ou ódio ao país. Esse tipo de surto não é bom pois descamba pra algum ufanismo qualquer (o extremo oposto do complexo de vira-latas) como aqueles que aconteceram esse ano, com gente urrando com a camisa da CBF (da seleção da CBF) querendo mostrar que são "mais brasileiros" que outros só por ostentarem uma camisa amarela (como se isso tornasse alguém brasileiro ou mais brasileiro que outros), quando parte desse povo sente um menosprezo profundo pelo país.
Mas indo ao ponto.
Primeiramente, um sobrenome genérico numa lista não é prova que alguém seja descendente de algum judeu/judia convertido ao cristianismo (catolicismo) na época das inquisições.
A maioria dos sobrenomes (senão todos) dessas listas eram sobrenomes também de cristãos-velhos (se há o "novo" é porque havia o "velho", dã! rs), que eram os cristãos não convertidos ou cristãos não-judeus.
Pena que perdi os links (do Orkut) que tinham alguns ensaios sobre esse tema, mas também houve muçulmanos convertidos à força ao cristianismo na Península Ibérica e havia os moçárabes. Nunca ouviu falar deles? Clique aqui e aqui. Resumidamente (pois sei que tem gente que não vai clicar nos links), moçárabes eram cidadãos ibéricos, cristãos, que adotavam a cultura da potência invasora/dominante (então árabe e muçulmana), língua etc.
Ou seja: e se você for descendente, não de judeus, mas de algum moçárabe ou muçulmano árabe convertido ao cristianismo na época da Inquisição que veio ao Brasil e Américas? Vai pular do penhasco por isso? rs.
Por que fiz esta pergunta irônica (a do "pular do penhasco" com raiva? Se você tem visto os comentários de ódio irracional, movido por ignorância extrema, desses grupos contra muçulmanos entenderá o porquê da ironia com a pergunta. Veja que no Brasil nem tocam no assunto.
Só pra dar uma ideia da extensão genética da coisa, já que não achei a matéria que saiu sobre isso há algum tempo. Segue esta matéria em espanhol sobre o DNA na Espanha, Portugal segue um padrão semelhante:
Uno de cada tres españoles tiene marcadores genéticos de Oriente Medio o el Magreb (El Mundo, Espanha)
É a parte anedótica dessa "busca" (entre aspas) por antepassados judeus no Brasil. A pessoa pode descobrir que é descendente de algum moçárabe ou muçulmano convertido ao cristianismo à força. Curioso que as matérias não tocam no assunto.
Em resumo: essas listas com sobrenomes não servem pra coisa alguma.
Causa constrangimento e vergonha alheia ver a publicação dessas listas.
Pra você provar que tem algum antepassado judeu/judia convertido de forma remota (pois faz tempo...), vai ter que fazer uma "escavação arqueológica", provar genealogicamente a coisa, até porque não irão dar cidadania por "brinde", a menos que seja um grupo minoritário que conseguiu preservar desde essa época o culto judaico etc. Além de outros problemas com o tema: houve gente que se converteu porque quis também. Não era "status" ser judeu na colonização das Américas, essa coisa de "ser judeu pra ter status" é algo recente, novo, pós-segunda guerra. Até a segunda guerra muita gente mascarava isso com medo de perseguição e preconceito/racismo.
Só lembrando: a maioria absoluta dos convertidos se assimilaram à Espanha, Portugal ou outros países em que se fixaram. Sentiam-se parte dessas sociedades, mas não como "judeus".
Não avaliem o passado com anacronismo (repassando pruma época remota valores de hoje). Não havia internet na época, rastros se apagam com certa facilidade, principalmente num "mundo" onde tudo era precário.
Muita gente na época não queria ser "judeu", a não ser por questão de fé, porque a perseguição cedo ou tarde seria inevitável. A menos que alguém seja masoquista (tirando o que permanecia judeu por convicção religiosa), não era uma boa religião (do ponto de vista de se manter vivo) pra alguém se converter ou permanecer nela.
Muitas famílias adotaram sobrenomes de cristãos-velhos e se assimilaram totalmente a esses países (Portugal e Espanha), não sendo tão fácil rastrear a mudança. Não estamos falando de algo com 50 anos e sim de meio milênio. A maioria se sentia ou português ou espanhol, ou descendentes dos mesmos, professando o cristianismo (tornavam-se católicos).
Querer escavar essas coisas (tirando o pessoal de História, arqueologia etc, o pessoal das ciências, que tem que escavar mesmo) por fanatismo religioso e oportunismo, em minha opinião, não passa de escrotice da grossa, além de uma cretinice sem tamanho.
No vídeo da Record mostra uma pessoa seguindo (imitando) ritual judaico provavelmente por ser evangélico e com base nessa ideia de que sobrenome tal torna essas pessoas judias. É um crime (mentira) o que estão fazendo com essas pessoas, fora a ignorância histórica profunda.
Em suma, eu fico com vergonha do conteúdo dos programas com conteúdo "histórico" que passam no país. Ainda mais a BBC reproduzindo essa papagaiada sem avaliar a informação que repassa. A BBC tem um histórico problemático de conteúdo, tem bons documentários mas a cobertura jornalística é enviesada, tanto como a Globo (essa nem enviesada é mais, é partidarizada mesmo). Saem copiando listas de sites evangélicos ou de "judeus messiânicos" (evangélicos que 'pensam' que são judeus, pra proselitismo religioso) na web que dizem ser de "marranos" e colocam essas coisas sem critério algum, além de atiçarem a neurose de grupos antissemitas que veem judeus na sombra, na esquina, em qualquer canto.
Por isso que disse num dos posts (não só eu) que o 'filossemitismo' anda junto do antissemitismo, são unha e carne.
Chega a ser ridículo que Espanha e Portugal apresentem uma lei dessas (de "reparação", entre aspas) 500 anos depois que mataram gente por fanatismo religioso e racismo. Era melhor só ter admitido que cometeram os crimes e pedir desculpas pelo ocorrido (e põe pedido tardio nisso) e assunto encerrado. Esses países não estão reparando coisa alguma, só sendo hipócritas.
E um adendo, porque a internet infelizmente está infestada de gente fanática: eu não tenho interesse em discutir religião/religiões com A, B ou C, tampouco sou religioso. A quem quiser pregar a "verdade" (religiosa) pra mim, está dando viagem perdida. Digo isso porque no Orkut aparecia muita gente confusa (eu diria que até "perturbada") enchendo o saco com esse tipo de assunto/neurose quando esse pessoal deveria procurar ajuda especializada pra tratar disso, já que nem interpretar um texto direito conseguem ou querem. Estou sendo duro no comentário porque chega uma hora que a coisa extrapola e irrita de verdade, a gente vai "relevando" por educação, mas uma hora estoura.
O texto acima não trata de "crença" e sim de História, trata sobretudo da proliferação do preconceito no país, que se dá também através desse fanatismo religioso sectário e disseminação de mentiras como as citadas acima (listas falsas etc).
No Brasil a mídia (generalizando) serve mais pra dinamitar o país do que ajudar no progresso do mesmo.
Mostrando postagens com marcador muçulmanos. Mostrar todas as postagens
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domingo, 13 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Sobre comentários xenófobos na DW Brasil
Estou transcrevendo pra cá o comentário extra que fiz no post sobre o chute da repórter húngara do Jobbik. Sobre comentários xenófobos na DW Brasil proferidos principalmente por brasileiros, alguns inclusive vivendo na Alemanha. Há que separar o joio do trigo pois há vários brasileiros vivendo na Alemanha que não têm nada a ver com a postura dessa minoria de imbecis, justamente por isso serve o alerta já que na versão em inglês dessa publicação ela costuma fazer uma limpa dos comentários desse tipo ou chamar atenção, fora que há órgãos alemães monitorando as verões dessas publicações em inglês e alemão, resta saber se verificam também as em português.
Os ataques xenófobos são variados. Quando há publicação sobre nazismo e Holocausto aparecem os germanófilos pró-nazi com antissemitismo e afins. Quando há publicação sobre refugiados da Síria, a xenofobia é direcionada a muçulmanos e tudo o que se possa imaginar, coisa pesada mesmo, fora os comentários dos que sofrem complexo de vira-lata agudo atacando tudo do país com uma idealização (de Cinderela) que beira o ridículo de outros países, algo sem propósito que torna a convivência com essas pessoas insuportável (impossível), fora que, é desagradável ler uma publicação e já estar entupida de porcaria xenófoba de cima abaixo. A revista não está tratando como deve o país. E por favor (a quem queira vir chiar), eu não sofro de "vira-latice", comigo esse papo de "Brasil é uma merda" não causa comoção alguma a não ser desprezo profundo. Sim, eu sei que o país tem problemas, todos os países do mundo têm, mas não é com lamúrias que vocês irão mudar isso, não é torrando a paciência alheia atacando e menosprezando o país que irão mudar coisa alguma, se é que querem pois o vira-lata convicto quer mesmo a piedade alheia e isso eu jamais darei porque é falta de vergonha na cara. Sempre houve uma diferença entre críticas (sérias) ao país e choradeira de gente com complexo de vira-lata comentando idiotice, não são coisas iguais.
Como disse acima, espero que os órgãos alemães que leem estas publicações verifiquem o conteúdo xenófobo dessa brasileirada sem noção, pois sem noção ou não, estão incitando ódio de outro país e isso é crime na Alemanha, e no Brasil, mas aqui o Ministro Soneca (o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo) nunca fez nada, nem os ministros anteriores a ele sobre esse tipo de problema, tratam o problema com descaso até acontecer algo mais sério e serem cobrados por isso.
Sem mais delongas, transcrevo o comentário que fiz no outro post abaixo, pois acho melhor colocar comentários longos como posts à parte, facilita de ler o post original. Publicado originalmente aqui:
O ataque da repórter do Jobbik (extrema-direita) na Hungria aos refugiados
_____________________________________________________________
2. Vou fazer outro relato de problema referente à xenofobia, agora vindo de brasileiros, mas se for melhor colocar num post à parte depois eu transfiro, que é sobre a presença de comentários xenófobos e racistas na edição da DW (Deutsche Welle) em português ou DW Brasil, comentários de brasileiros que fariam o cabo Adolfo (Hitler) corar de inveja com o conteúdo dos comentários. Eu acho que este segundo relato será removido depois e ficará em um post só pra retratar a DW, mas o antecipo aqui.
Não vou nem ressaltar a ignorância e estupidez da maioria dos que proferem os ataques, embora isso não "limpe a barra" deles (a intenção é a que conta), pois são muito, mas muito ignorantes. Não sabem absolutamente nada sobre o que se passa e se metem e emitir opinião cheia de preconceito pra querer "mostrar que existe". Que forma de inclusão esdrúxula esse pessoal "pratica", a pior possível, são orgulhosos da própria ignorância e falam com uma petulância fora do comum quando antes gente estúpida costumavhttps://draft.blogger.com/blogger.g?blogID=936216226993954018#allpostsa ter medo de dizer algo pra não passar por burro em público.
É uma enxurrada de comentários agressivos (xenófobos, preconceituosos etc), não são poucos. Alguns estão na Alemanha inclusive e poderiam (e deveriam) ser enquadrados em leis antirracismo naquele país, pra tomarem no mínimo vergonha na cara e não acharem que podem defecar imundície por alguma brecha que dão pois na frente dos outros devem posar de "anjinhos". Eles atacam longe dos olhos do pessoal daquele país se valendo da arena "vale-tudo" de extremismo que virou o país (Brasil) com esse Ministro da Justiça omisso (pra não usar outro termo), o Zé Cardozo ou Zé da "Justiça", o "petista" querido da mídia oligopolizada e seu "republicanismo" seletivo, uma nova "noção" de "justiça" (entre aspas).
Caso algum órgão alemão que trate dessas questões leia o blog, a DW precisa tomar uma chamada pois adota dois pesos e duas medidas no tratamento do problema. Na edição em inglês ela é cheia de dedos e corta os ataques aparentemente ou chama atenção, pra parecer zelosa, na versão do Brasil ela deixa a selvageria (racismo e xenofobia) rolar solta. Estão de "brincadeira", mas isso tem que ter fim.
Como já frisei, boa parte dos ataques xenófobos, racistas e sectários (tem ataque religioso no meio vindo de fanáticos) são feitos por brasileiros, ataques com viés de extrema-direita (o conteúdo), mas não é de gente ligada a agremiações fascistas, aparentemente (fascista no sentido literal do termo, tema tratado no blog), esse pessoal aparenta ser gente "comum", fazendo ataques e todo tipo de cretinice possíveis por estarem longe dos olhos do pessoal na Alemanha, teoricamente. Alguns residem na Alemanha o que permite o Estado alemão processá-los por crimes de ódio já que estão usando território alheio pra praticar patifaria e sujar a imagem do país, embora achem que estão "abafando", má educação e canalhice (preconceito) agora virou sinônimo de "status" pra esse pessoal.
Segue a tradução da matéria abaixo da jornalista fascista húngara pois evito, quando dá, colocar links de jornal do país justamente pela questão do oligopólio de mídia. Restou poucas mídias no Brasil pra se usar.
Os ataques xenófobos são variados. Quando há publicação sobre nazismo e Holocausto aparecem os germanófilos pró-nazi com antissemitismo e afins. Quando há publicação sobre refugiados da Síria, a xenofobia é direcionada a muçulmanos e tudo o que se possa imaginar, coisa pesada mesmo, fora os comentários dos que sofrem complexo de vira-lata agudo atacando tudo do país com uma idealização (de Cinderela) que beira o ridículo de outros países, algo sem propósito que torna a convivência com essas pessoas insuportável (impossível), fora que, é desagradável ler uma publicação e já estar entupida de porcaria xenófoba de cima abaixo. A revista não está tratando como deve o país. E por favor (a quem queira vir chiar), eu não sofro de "vira-latice", comigo esse papo de "Brasil é uma merda" não causa comoção alguma a não ser desprezo profundo. Sim, eu sei que o país tem problemas, todos os países do mundo têm, mas não é com lamúrias que vocês irão mudar isso, não é torrando a paciência alheia atacando e menosprezando o país que irão mudar coisa alguma, se é que querem pois o vira-lata convicto quer mesmo a piedade alheia e isso eu jamais darei porque é falta de vergonha na cara. Sempre houve uma diferença entre críticas (sérias) ao país e choradeira de gente com complexo de vira-lata comentando idiotice, não são coisas iguais.
Como disse acima, espero que os órgãos alemães que leem estas publicações verifiquem o conteúdo xenófobo dessa brasileirada sem noção, pois sem noção ou não, estão incitando ódio de outro país e isso é crime na Alemanha, e no Brasil, mas aqui o Ministro Soneca (o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo) nunca fez nada, nem os ministros anteriores a ele sobre esse tipo de problema, tratam o problema com descaso até acontecer algo mais sério e serem cobrados por isso.
Sem mais delongas, transcrevo o comentário que fiz no outro post abaixo, pois acho melhor colocar comentários longos como posts à parte, facilita de ler o post original. Publicado originalmente aqui:
O ataque da repórter do Jobbik (extrema-direita) na Hungria aos refugiados
_____________________________________________________________
2. Vou fazer outro relato de problema referente à xenofobia, agora vindo de brasileiros, mas se for melhor colocar num post à parte depois eu transfiro, que é sobre a presença de comentários xenófobos e racistas na edição da DW (Deutsche Welle) em português ou DW Brasil, comentários de brasileiros que fariam o cabo Adolfo (Hitler) corar de inveja com o conteúdo dos comentários. Eu acho que este segundo relato será removido depois e ficará em um post só pra retratar a DW, mas o antecipo aqui.
Não vou nem ressaltar a ignorância e estupidez da maioria dos que proferem os ataques, embora isso não "limpe a barra" deles (a intenção é a que conta), pois são muito, mas muito ignorantes. Não sabem absolutamente nada sobre o que se passa e se metem e emitir opinião cheia de preconceito pra querer "mostrar que existe". Que forma de inclusão esdrúxula esse pessoal "pratica", a pior possível, são orgulhosos da própria ignorância e falam com uma petulância fora do comum quando antes gente estúpida costumavhttps://draft.blogger.com/blogger.g?blogID=936216226993954018#allpostsa ter medo de dizer algo pra não passar por burro em público.
É uma enxurrada de comentários agressivos (xenófobos, preconceituosos etc), não são poucos. Alguns estão na Alemanha inclusive e poderiam (e deveriam) ser enquadrados em leis antirracismo naquele país, pra tomarem no mínimo vergonha na cara e não acharem que podem defecar imundície por alguma brecha que dão pois na frente dos outros devem posar de "anjinhos". Eles atacam longe dos olhos do pessoal daquele país se valendo da arena "vale-tudo" de extremismo que virou o país (Brasil) com esse Ministro da Justiça omisso (pra não usar outro termo), o Zé Cardozo ou Zé da "Justiça", o "petista" querido da mídia oligopolizada e seu "republicanismo" seletivo, uma nova "noção" de "justiça" (entre aspas).
Caso algum órgão alemão que trate dessas questões leia o blog, a DW precisa tomar uma chamada pois adota dois pesos e duas medidas no tratamento do problema. Na edição em inglês ela é cheia de dedos e corta os ataques aparentemente ou chama atenção, pra parecer zelosa, na versão do Brasil ela deixa a selvageria (racismo e xenofobia) rolar solta. Estão de "brincadeira", mas isso tem que ter fim.
Como já frisei, boa parte dos ataques xenófobos, racistas e sectários (tem ataque religioso no meio vindo de fanáticos) são feitos por brasileiros, ataques com viés de extrema-direita (o conteúdo), mas não é de gente ligada a agremiações fascistas, aparentemente (fascista no sentido literal do termo, tema tratado no blog), esse pessoal aparenta ser gente "comum", fazendo ataques e todo tipo de cretinice possíveis por estarem longe dos olhos do pessoal na Alemanha, teoricamente. Alguns residem na Alemanha o que permite o Estado alemão processá-los por crimes de ódio já que estão usando território alheio pra praticar patifaria e sujar a imagem do país, embora achem que estão "abafando", má educação e canalhice (preconceito) agora virou sinônimo de "status" pra esse pessoal.
Segue a tradução da matéria abaixo da jornalista fascista húngara pois evito, quando dá, colocar links de jornal do país justamente pela questão do oligopólio de mídia. Restou poucas mídias no Brasil pra se usar.
domingo, 17 de maio de 2015
Novamente o Oriente Médio...
A quem quiser ler os posts sobre Oriente Médio e minha opinião sobre alguns conflitos do mesmo, podem checar clicando na hashtag Oriente Médio.
Mas por que digo "Novamente o Oriente Médio..."?
Eu não ia comentar de novo meu posicionamento em relação àquela região do planeta, mas pelo que deu pra constatar é que: em função do crescimento de determinadas denominações evangélicas no Brasil, que acabam trazendo à tona o assunto Oriente Médio (na maioria ampla dos casos de forma distorcida), e por outra parte grupos radicais ou extremistas que se rotulam como "liberais" e que se alinham totalmente à política externa dos Estados Unidos ignorando a posição do próprio país, achei melhor abrir outro post sobre isso porque realmente não gostei do tom que usaram.
Eu acho absurdo a pessoa ter que repetir o mesmo posicionamento porque alguém pula de paraquedas num post, prejulgando com radicalismo, sem ter uma visão clara do tema pra tomar qualquer posição. Se fosse só uma pessoa a atacar dessa forma o caso seria de ignorar, mas infelizmente são várias que agem e pensam assim. Além de tentarem impor posicionamentos, algo que considero inaceitável.
Que fique claro (e registrado no post) que: eu não irei adotar posicionamento "x" porque um grupo radical que se rotula como "liberais", ou fundamentalistas de qualquer denominação, querem. Nem eu nem qualquer pessoa que participa do blog.
Se eu não imponho o que penso aos outros, também não admito que alguém tente impor crenças ou posições políticas porque não conseguem conviver com a divergência, por não saberem discutir. Não há meio termo nisso, é uma via de mão dupla, se eu não imponho eu também não aceito imposição.
O problema surgiu num comentário feito aqui.
Já aviso que não quero crucificar ninguém pelo teor do comentário, até porque não é posicionamento de uma só pessoa. No Orkut havia dezenas (milhares) com a mesma posição. Aquela rede acabou adquirindo má fama por conta desse bando de extremistas enchendo o saco por lá.
Como não dá pra colocar prints de comentários do Orkut com essas posições (a menos que alguém os tenha pois o Google eliminou o Orkut (Link backup, em 17.10.2017; Link original, passar o mouse) e muita coisa nele já havia sido apagada porque muita gente ou apagou o perfil ou foi "apagado"), há de se apontar um comentário que traz à tona o problema.
E mais outro aviso: o post é longo (quem quiser ler basta clicar abaixo pra ver o post inteiro) porque não pretendo tocar neste assunto de novo. São sempre os mesmos grupos então, mesmo que o post seja longo, fica o recado dado em um só post. O post se deve por conta de comentários ridículos sobre o Oriente Médio, fascismo e cia e como muita gente interpreta de forma equivocada essas questões, além do ranço autoritário de "ou tá comigo, ou contra mim". Não é por aí.
Mas por que digo "Novamente o Oriente Médio..."?
Eu não ia comentar de novo meu posicionamento em relação àquela região do planeta, mas pelo que deu pra constatar é que: em função do crescimento de determinadas denominações evangélicas no Brasil, que acabam trazendo à tona o assunto Oriente Médio (na maioria ampla dos casos de forma distorcida), e por outra parte grupos radicais ou extremistas que se rotulam como "liberais" e que se alinham totalmente à política externa dos Estados Unidos ignorando a posição do próprio país, achei melhor abrir outro post sobre isso porque realmente não gostei do tom que usaram.
Eu acho absurdo a pessoa ter que repetir o mesmo posicionamento porque alguém pula de paraquedas num post, prejulgando com radicalismo, sem ter uma visão clara do tema pra tomar qualquer posição. Se fosse só uma pessoa a atacar dessa forma o caso seria de ignorar, mas infelizmente são várias que agem e pensam assim. Além de tentarem impor posicionamentos, algo que considero inaceitável.
Que fique claro (e registrado no post) que: eu não irei adotar posicionamento "x" porque um grupo radical que se rotula como "liberais", ou fundamentalistas de qualquer denominação, querem. Nem eu nem qualquer pessoa que participa do blog.
Se eu não imponho o que penso aos outros, também não admito que alguém tente impor crenças ou posições políticas porque não conseguem conviver com a divergência, por não saberem discutir. Não há meio termo nisso, é uma via de mão dupla, se eu não imponho eu também não aceito imposição.
O problema surgiu num comentário feito aqui.
Já aviso que não quero crucificar ninguém pelo teor do comentário, até porque não é posicionamento de uma só pessoa. No Orkut havia dezenas (milhares) com a mesma posição. Aquela rede acabou adquirindo má fama por conta desse bando de extremistas enchendo o saco por lá.
Como não dá pra colocar prints de comentários do Orkut com essas posições (a menos que alguém os tenha pois o Google eliminou o Orkut (Link backup, em 17.10.2017; Link original, passar o mouse) e muita coisa nele já havia sido apagada porque muita gente ou apagou o perfil ou foi "apagado"), há de se apontar um comentário que traz à tona o problema.
E mais outro aviso: o post é longo (quem quiser ler basta clicar abaixo pra ver o post inteiro) porque não pretendo tocar neste assunto de novo. São sempre os mesmos grupos então, mesmo que o post seja longo, fica o recado dado em um só post. O post se deve por conta de comentários ridículos sobre o Oriente Médio, fascismo e cia e como muita gente interpreta de forma equivocada essas questões, além do ranço autoritário de "ou tá comigo, ou contra mim". Não é por aí.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Besa, o código de honra albanês que salvou centenas de judeus na Segunda Guerra Mundial
Nesses dias nos quais o fanatismo religioso vem demonstrando a miséria a que pode chegar aos que são chamados "animais racionais" - nada muito novo abaixo do sol - , trago-lhes esta história na qual diferenças religiosas ficaram de lado para que vigorassem valores como a honra, a solidariedade, a compaixão - tudo isso é precisamente o Besa. [Besa e shqiptarit nuk shitet pazarit, traduzindo: "a honra de um albanês não pode ser vendida ou comprada num bazar"]
Obs: Besa (Wikipedia, verbete em inglês)
No começo da Segunda Guerra Mundial, a Albânia era uma monarquia dependente econômica e militarmente da Itália. Assim sendo, quando os italianos a ocuparam e o Rei Zog I fugiu - com isso, com todo o ouro que pode roubar - as coisas mudaram. Nesses tempos, o número de judeus na Albânia chegava apenas aos 200... quando terminou a guerra eram mais de 3.000. Os judeus que fugiram dos países ocupados pelos nazis encontraram refúgio na Albânia... um país de maioria muçulmana. Os organismos governamentais proporcionaram documentação falsa às famílias judias que lhes permitiam se misturar ao resto da população e os albaneses proporcionaram casas e seus escassos recursos para acolhê-los.
As coisas se complicaram em 1943 quando foram os nazis os que, a pedido de Mussolini, tomaram a Albânia. Igual ao que fizeram no resto da Europa ocupada, os nazis solicitaram às autoridades locais a lista dos judeus residentes no país... mas obtiveram um não como resposta. Por que um país de maioria muçulmana se arriscou a salvar os judeus ponde em jogo sua própria vida?
Herman Bernstein, embaixador dos Estados Unidos na Albânia nos anos 30, escreveu:
Fonte: Historia de las Historias (site espanhol)
http://historiasdelahistoria.com/2014/09/16/besa-el-codigo-de-honor-albanes-que-salvo-a-cientos-de-judios-en-la-segunda-guerra-mundial
Título original: Besa, el código de honor albanés que salvó a cientos de judíos en la Segunda Guerra Mundial
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Besa: A Code Of Honor (Yad Vashem)
Obs: Besa (Wikipedia, verbete em inglês)
No começo da Segunda Guerra Mundial, a Albânia era uma monarquia dependente econômica e militarmente da Itália. Assim sendo, quando os italianos a ocuparam e o Rei Zog I fugiu - com isso, com todo o ouro que pode roubar - as coisas mudaram. Nesses tempos, o número de judeus na Albânia chegava apenas aos 200... quando terminou a guerra eram mais de 3.000. Os judeus que fugiram dos países ocupados pelos nazis encontraram refúgio na Albânia... um país de maioria muçulmana. Os organismos governamentais proporcionaram documentação falsa às famílias judias que lhes permitiam se misturar ao resto da população e os albaneses proporcionaram casas e seus escassos recursos para acolhê-los.
As coisas se complicaram em 1943 quando foram os nazis os que, a pedido de Mussolini, tomaram a Albânia. Igual ao que fizeram no resto da Europa ocupada, os nazis solicitaram às autoridades locais a lista dos judeus residentes no país... mas obtiveram um não como resposta. Por que um país de maioria muçulmana se arriscou a salvar os judeus ponde em jogo sua própria vida?
Não fizemos nada especial. Isto é Besa - assim respondem os albaneses.Segundo o professor Saimir Lloja, da Associação de Fraternidade Albano-Israel,
Besa é a regra de ouro, é um código moral, uma norma de conduta social, além de ser parte de uma antiga tradição. [...] Besa se trata, em essência, de não ser indiferentes ante alguém que sofre ou é perseguido. É uma autoexigência moral que é pedida a cada albanês que viva honestamente e que - chegado a estes casos - também se sacrifiquem.
Ali Sheqer Pashkaj, fotografado por Norman Gershman. Seu pai, também chamado Ali, salvou o jovem judeu Yasha Bayuhovio, com sombreiro mexicano em uma das fotos. |
Não há rastro de nenhum tipo de discriminação contra os judeus na Albânia [...] Albânia passou a ser um lugar raro na Europa hoje em dia, onde não existe o ódio nem os preconceitos religiosos, apesar dos albaneses mesmos serem divididos em três religiões.Por Javier Sanz em 16 de setembro de 2014
Fonte: Historia de las Historias (site espanhol)
http://historiasdelahistoria.com/2014/09/16/besa-el-codigo-de-honor-albanes-que-salvo-a-cientos-de-judios-en-la-segunda-guerra-mundial
Título original: Besa, el código de honor albanés que salvó a cientos de judíos en la Segunda Guerra Mundial
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Besa: A Code Of Honor (Yad Vashem)
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Exposição conta história de muçulmanos que salvaram judeus durante Holocausto
Realizada em Cardiff, no País de Gales, mostra quer resgatar outros casos de colaboração entre as duas comunidades religiosas
Uma exposição dedicada à história de muçulmanos que salvaram a vida de judeus no Holocausto foi inaugurada em Cardiff, no País de Gales.
Segundo Stanley Soffa, presidente do Conselho Representativo Judaico nacional e responsável por levar a mostra para o país, trata-se de uma "história heroica".
A exposição é parte do projeto Portas Abertas 2014, evento anual gratuito com diversas atrações, realizado em setembro.
The Righteous Muslim (ou "O Muçulmano Justo", em tradução livre) documenta a história dos bósnios muçulmanos que fizeram um grande esforço para preservar a tradição judaica durante a Segunda Guerra Mundial, por meio da proteção do Hagadá de Sarajevo, um manuscrito de 600 anos, que narra o êxodo do Egito e é lido na noite da Páscoa judaica.
Quando um oficial nazista veio para roubar o Hagadá, dois homens conseguiram levar os manuscritos para uma cidadezinha montanhosa acima de Sarajevo, escapando dos postos de controle nazistas.
Um religioso muçulmano manteve a peça escondida debaixo do piso de uma mesquita, até que a guerra acabasse.
"A exposição foi muito bem recebida em Londres no ano passado. Por isso, estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade de compartilhar esta história com o povo de Gales", explicou Soffa.
"Para nós, é uma história de heroísmo, a de muçulmanos salvando vidas judaicas, o que proporciona uma ligação única entre as comunidades. Espero que possamos comemorar juntos e lembrar juntos", analisou.
A exposição tem como objetivo estimular novas pesquisas sobre os casos de colaboração entre comunidades muçulmanas e judaicas.
"O Holocausto é, provavelmente, o evento mais documentado da história moderna, mas até hoje poucas pessoas sabiam sobre esse evento factual durante a Segunda Guerra Mundial, quando dois universos religiosos se uniram para salvar um deles", explica Saleem Kidwai, secretário-geral do conselho islâmico do País de Gales.
"Essas comunidades desapareceram no fim da Segunda Guerra Mundial. Como as pessoas das antigas gerações já morreram, há o medo de se perder estas histórias", diz Kidwai.
O programa é a maior celebração anual gratuita de arquitetura e patrimônio realizada no País de Gales e no Reino Unido. É, também, o maior evento de voluntariado no setor.
"O Portas Abertas oferece aos visitantes locais e estrangeiros a oportunidade de explorar o fascinante patrimônio construído no País de Gales, com eventos que conectam a história", afirma John Griffiths, ministro da Cultura do País de Gales.
Atualizado em 7 de setembro, 2014 - 21:02 (Brasília) 00:02 GMT
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140907_exposicao_judeus_muculmanos_lgb.shtml
Uma exposição dedicada à história de muçulmanos que salvaram a vida de judeus no Holocausto foi inaugurada em Cardiff, no País de Gales.
Segundo Stanley Soffa, presidente do Conselho Representativo Judaico nacional e responsável por levar a mostra para o país, trata-se de uma "história heroica".
A exposição é parte do projeto Portas Abertas 2014, evento anual gratuito com diversas atrações, realizado em setembro.
The Righteous Muslim (ou "O Muçulmano Justo", em tradução livre) documenta a história dos bósnios muçulmanos que fizeram um grande esforço para preservar a tradição judaica durante a Segunda Guerra Mundial, por meio da proteção do Hagadá de Sarajevo, um manuscrito de 600 anos, que narra o êxodo do Egito e é lido na noite da Páscoa judaica.
Quando um oficial nazista veio para roubar o Hagadá, dois homens conseguiram levar os manuscritos para uma cidadezinha montanhosa acima de Sarajevo, escapando dos postos de controle nazistas.
Um religioso muçulmano manteve a peça escondida debaixo do piso de uma mesquita, até que a guerra acabasse.
"A exposição foi muito bem recebida em Londres no ano passado. Por isso, estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade de compartilhar esta história com o povo de Gales", explicou Soffa.
"Para nós, é uma história de heroísmo, a de muçulmanos salvando vidas judaicas, o que proporciona uma ligação única entre as comunidades. Espero que possamos comemorar juntos e lembrar juntos", analisou.
Judeus iugoslavos foram alvos das forças da Alemanha nazista |
"O Holocausto é, provavelmente, o evento mais documentado da história moderna, mas até hoje poucas pessoas sabiam sobre esse evento factual durante a Segunda Guerra Mundial, quando dois universos religiosos se uniram para salvar um deles", explica Saleem Kidwai, secretário-geral do conselho islâmico do País de Gales.
"Essas comunidades desapareceram no fim da Segunda Guerra Mundial. Como as pessoas das antigas gerações já morreram, há o medo de se perder estas histórias", diz Kidwai.
O programa é a maior celebração anual gratuita de arquitetura e patrimônio realizada no País de Gales e no Reino Unido. É, também, o maior evento de voluntariado no setor.
"O Portas Abertas oferece aos visitantes locais e estrangeiros a oportunidade de explorar o fascinante patrimônio construído no País de Gales, com eventos que conectam a história", afirma John Griffiths, ministro da Cultura do País de Gales.
Atualizado em 7 de setembro, 2014 - 21:02 (Brasília) 00:02 GMT
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140907_exposicao_judeus_muculmanos_lgb.shtml
terça-feira, 21 de maio de 2013
Dominique Venner - Ensaísta francês de extrema-direita mata-se na Notre-Dame de Paris
Ensaísta francês de extrema-direita mata-se na Notre-Dame de Paris
AFP e PÚBLICO. 21/05/2013 - 18:05. (atualizado às 23:15)
Dominique Venner tinha 78 anos. Justificou o suicídio com a necessidade de "despertar as consciências adormecidas", mostrando-se contra a imigração.
A catedral de Notre-Dame foi esvaziada pela polícia PATRICK KOVARIK/AFP
Europa. França
O ensaísta e historiador de extrema-direita Dominique Venner, antigo membro da Organização Secreta Armada, matou-se na tarde desta terça-feira na catedral de Notre-Dame, em Paris.
De acordo com os media franceses, Venner, que tinha 78 anos, entrou na igreja, colocou-se atrás do altar e disparou um tiro na boca. Eram 16h. A catedral, uma das principais atracções turisticas da cidade, foi esvaziada e a polícia entrou para encontrar uma carta junto ao corpo.
Mais tarde, um outro ativista de extrema-direita leu numa rádio francesa uma mensagem deixada por Venner: "Sinto o dever de agir, enquanto ainda tenho força. Creio ser necessário sacrificar-me para quebrar a letargia que nos oprime. Escolhi um lugar altamente simbólico, que respeito e admiro. O meu gesto encarna uma vontade ética. Dou-me à morte para despertar as consciências adormecidas. Embora defenda a identidade de todos os povos em casa deles, insurjo-me contra o crime que visa substituir os nossas populações".
Esta manifestação anti-imigração já tinha também ficado evidente no blogue de Dominique Venner. No seu último post, publicado nesta terça-feira, escreveu um texto chamado "A manif de 26 de Março e Heidegger" em que diz que "os manifestantes [contra o casamento homossexual em França] têm razão em apregoar a sua impaciência . "A grande substituição da população da França e da Europa, como denunciou o escritor Renaud Camus, é um perigo verdadeiramente catastrófico para o futuro".
O texto diz que a França corre o risco de "cair nas mãos dos islamistas" e acusa todos os partidos à excepção da Frente Nacional (extrema-direita) de serem responsáveis por isso. "Desde há 40 anos que os políticos e os governos de todos os partidos (menos da Frente Nacional), com o patrocinio da Igreja, trabalharam activamente nesse sentido, acelerando por todos os meios a imigração afro-magrebina".
"São certamente precisos gestos novos, espectaculares e simbólicos, para agitar as sonolências, sacudir as consciências anestesiadas e reavivar na memória as nossas origens", escreveu o ensaísta.
Inicialmente, o suicídio de Venner foi associado a um protesto contra o casamento gay, mas o editor do ensaísta, Pierre-Guillaume de Roux, questionou imediatamente essa ligação: "Não acredito que o seu suicídio possa ser ligado ao casamento gay, isto vai muito mais além", disse à AFP Roux, acrescentando ter falado com o ensaísta por telefone na segunda-feira à noite para discutir a próxima obra deste, prevista para sair em Junho. Na sua opinião, o suicídio na Nôtre-Dame revela "uma essência simbólica extremamente forte que o aproxima a Mishima". A referência é ao escritor japonês Yukio Mishima, ligado à extrema-direita e ao movimento nacionalista nipónico, que se suicidou em 1970.
Venner foi paraquedista na guerra com a Argélia e, em 1962, escreveu o ensaio Pour une critique positive, que, segundo o Libération, foi importante para uma parte da extrema-direita, ao expor o que chamava de necessidade de refundação intelectual após o fim da guerra.
Pouco conhecido do grande público em França, mas muito respeitado na extrema-direita, o ensaísta foi autor de várias obras sobre a história (política e militar), armas de fogo e caça, destaca o Le Monde, acrescentando que Venner chegou a ser sondado para liderar a Frente Nacional, logo a após a sua criação, em 1972, posto que seria ocupado por Jean-Marie Le Pen.
Marine Le Pen, filha de Jean-Marie e actual dirigente da Frente Nacional, já reagiu no Twitter, qualificando este suicídio como "um gesto, eminentemente político, que deve ter tido o objectivo de despertar o povo francês".
Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/ensaista-frances-de-extremadireita-matase-na-notredame-de-paris-1595084
Ver mais:
Dominique Venner, le père de l’extrême droite moderne, s’est suicidé (Droites Extremes, Le Monde, França)
Man kills himself inside Notre-Dame cathedral in Paris (BBC)
Far-right French historian, 78-year-old Dominique Venner, commits suicide in Notre Dame in protest against gay marriage (The Independent, Reino Unido)
Notre Dame Cathedral suicide by French writer Dominique Venner a 'gay marriage protest' (news.com.au, Austrália)
AFP e PÚBLICO. 21/05/2013 - 18:05. (atualizado às 23:15)
Dominique Venner tinha 78 anos. Justificou o suicídio com a necessidade de "despertar as consciências adormecidas", mostrando-se contra a imigração.
A catedral de Notre-Dame foi esvaziada pela polícia PATRICK KOVARIK/AFP
Europa. França
O ensaísta e historiador de extrema-direita Dominique Venner, antigo membro da Organização Secreta Armada, matou-se na tarde desta terça-feira na catedral de Notre-Dame, em Paris.
De acordo com os media franceses, Venner, que tinha 78 anos, entrou na igreja, colocou-se atrás do altar e disparou um tiro na boca. Eram 16h. A catedral, uma das principais atracções turisticas da cidade, foi esvaziada e a polícia entrou para encontrar uma carta junto ao corpo.
Mais tarde, um outro ativista de extrema-direita leu numa rádio francesa uma mensagem deixada por Venner: "Sinto o dever de agir, enquanto ainda tenho força. Creio ser necessário sacrificar-me para quebrar a letargia que nos oprime. Escolhi um lugar altamente simbólico, que respeito e admiro. O meu gesto encarna uma vontade ética. Dou-me à morte para despertar as consciências adormecidas. Embora defenda a identidade de todos os povos em casa deles, insurjo-me contra o crime que visa substituir os nossas populações".
Esta manifestação anti-imigração já tinha também ficado evidente no blogue de Dominique Venner. No seu último post, publicado nesta terça-feira, escreveu um texto chamado "A manif de 26 de Março e Heidegger" em que diz que "os manifestantes [contra o casamento homossexual em França] têm razão em apregoar a sua impaciência . "A grande substituição da população da França e da Europa, como denunciou o escritor Renaud Camus, é um perigo verdadeiramente catastrófico para o futuro".
O texto diz que a França corre o risco de "cair nas mãos dos islamistas" e acusa todos os partidos à excepção da Frente Nacional (extrema-direita) de serem responsáveis por isso. "Desde há 40 anos que os políticos e os governos de todos os partidos (menos da Frente Nacional), com o patrocinio da Igreja, trabalharam activamente nesse sentido, acelerando por todos os meios a imigração afro-magrebina".
"São certamente precisos gestos novos, espectaculares e simbólicos, para agitar as sonolências, sacudir as consciências anestesiadas e reavivar na memória as nossas origens", escreveu o ensaísta.
Inicialmente, o suicídio de Venner foi associado a um protesto contra o casamento gay, mas o editor do ensaísta, Pierre-Guillaume de Roux, questionou imediatamente essa ligação: "Não acredito que o seu suicídio possa ser ligado ao casamento gay, isto vai muito mais além", disse à AFP Roux, acrescentando ter falado com o ensaísta por telefone na segunda-feira à noite para discutir a próxima obra deste, prevista para sair em Junho. Na sua opinião, o suicídio na Nôtre-Dame revela "uma essência simbólica extremamente forte que o aproxima a Mishima". A referência é ao escritor japonês Yukio Mishima, ligado à extrema-direita e ao movimento nacionalista nipónico, que se suicidou em 1970.
Venner foi paraquedista na guerra com a Argélia e, em 1962, escreveu o ensaio Pour une critique positive, que, segundo o Libération, foi importante para uma parte da extrema-direita, ao expor o que chamava de necessidade de refundação intelectual após o fim da guerra.
Pouco conhecido do grande público em França, mas muito respeitado na extrema-direita, o ensaísta foi autor de várias obras sobre a história (política e militar), armas de fogo e caça, destaca o Le Monde, acrescentando que Venner chegou a ser sondado para liderar a Frente Nacional, logo a após a sua criação, em 1972, posto que seria ocupado por Jean-Marie Le Pen.
Marine Le Pen, filha de Jean-Marie e actual dirigente da Frente Nacional, já reagiu no Twitter, qualificando este suicídio como "um gesto, eminentemente político, que deve ter tido o objectivo de despertar o povo francês".
Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/ensaista-frances-de-extremadireita-matase-na-notredame-de-paris-1595084
Ver mais:
Dominique Venner, le père de l’extrême droite moderne, s’est suicidé (Droites Extremes, Le Monde, França)
Man kills himself inside Notre-Dame cathedral in Paris (BBC)
Far-right French historian, 78-year-old Dominique Venner, commits suicide in Notre Dame in protest against gay marriage (The Independent, Reino Unido)
Notre Dame Cathedral suicide by French writer Dominique Venner a 'gay marriage protest' (news.com.au, Austrália)
sábado, 27 de outubro de 2012
Sarajevo, 1941-1945. Muçulmanos, cristãos e judeus na Europa de Hitler
Sarajevo, 1941-1945. Muçulmanos, cristãos e judeus na Europa de Hitler
Em 15 de abril de 1941, Sarajevo caiu com a 16ª Divisão de Infantaria Motorizada da Alemanha. A cidade, como o resto da Bósnia, foi incorporada ao Estado Independente da Croácia, um dos mais brutais países entre os estados-satélites nazis governado pelo regime ultranacionalista croata Ustasha. A ocupação colocou uma extraordinária quantidade de desafios à cultura cosmopolita de Sarajevo e sua consciência cívica; esses desafios incluíam crises humanitárias e políticas e tensões sobre a identidade nacional. Como detalhado pela primeira vez no livro de Emily Greble, o complexo mosaico de confissões da cidade (Católico, Ortodoxo, Muçulmano, Judaico) e etnias (Croata, sérvio, judeu, muçulmano bósnio, Roma, e várias outras minorias nacionais) começaram a fraturar sob o violento assalto do regime Ustasha sobre os "sérvios, judeus e roma" — contestadas categorias de identidade neste espaço multiconfessional — atravessando as tradições mais básicas da cidade. Também não houve unanimidade dentro dos vários grupos étnicos e confessionais: alguns croatas católicos detestavam o regime Ustasha, enquanto outros caminharam para poder dentro dele; muçulmanos discutiam sobre a melhor forma de se posicionar no mundo do pós-guerra, e alguns lançaram sua sorte com Hitler e entraram para a malfadada divisão muçulmana da Waffen-SS.
Com o tempo, essas forças centrípetas foram envolvidas pela guerra civil na Iugoslávia, um conflito civil de vários lados onde havia luta entre partisans comunistas, Chetniks (nacionalistas sérvios), Ustashas, e uma série de outros grupos menores. A ausência de um conflito militar em Sarajevo permite que Greble explore os diferentes lados do conflito civil, lançando luz sobre os caminhos que as crises humanitárias contribuíram para aumentar as tensões civis e as formas com que os grupos marginalizados procuravam o poder político dentro do sistema político em mudança. Há muito drama nestas páginas: nos dias finais da guerra, os líderes da Ustasha, percebendo que seu jogo havia acabado, transformou a cidade num matadouro antes de fugirem do país. A chegada dos partisans comunistas em abril de 1945 marcou o início de uma nova era revolucionária, e que foi recebida com cautela pelas pessoas da cidade. Greble conta esta história complexa, com notável clareza. Ao longo do livro, ela enfatiza as medidas que os líderes da cidade tomaram para preservarem o pluralismo cultural e religioso que por muito tempo permitiu diversas populações da cidade prosperarem juntas.
Título original: Sarajevo, 1941–1945. Muslims, Christians, and Jews in Hitler's Europe
Autora: Emily Greble
Fonte: Cornell University Press
http://www.cornellpress.cornell.edu/book/?GCOI=80140100324500
Tradução: Roberto Lucena
Em 15 de abril de 1941, Sarajevo caiu com a 16ª Divisão de Infantaria Motorizada da Alemanha. A cidade, como o resto da Bósnia, foi incorporada ao Estado Independente da Croácia, um dos mais brutais países entre os estados-satélites nazis governado pelo regime ultranacionalista croata Ustasha. A ocupação colocou uma extraordinária quantidade de desafios à cultura cosmopolita de Sarajevo e sua consciência cívica; esses desafios incluíam crises humanitárias e políticas e tensões sobre a identidade nacional. Como detalhado pela primeira vez no livro de Emily Greble, o complexo mosaico de confissões da cidade (Católico, Ortodoxo, Muçulmano, Judaico) e etnias (Croata, sérvio, judeu, muçulmano bósnio, Roma, e várias outras minorias nacionais) começaram a fraturar sob o violento assalto do regime Ustasha sobre os "sérvios, judeus e roma" — contestadas categorias de identidade neste espaço multiconfessional — atravessando as tradições mais básicas da cidade. Também não houve unanimidade dentro dos vários grupos étnicos e confessionais: alguns croatas católicos detestavam o regime Ustasha, enquanto outros caminharam para poder dentro dele; muçulmanos discutiam sobre a melhor forma de se posicionar no mundo do pós-guerra, e alguns lançaram sua sorte com Hitler e entraram para a malfadada divisão muçulmana da Waffen-SS.
Com o tempo, essas forças centrípetas foram envolvidas pela guerra civil na Iugoslávia, um conflito civil de vários lados onde havia luta entre partisans comunistas, Chetniks (nacionalistas sérvios), Ustashas, e uma série de outros grupos menores. A ausência de um conflito militar em Sarajevo permite que Greble explore os diferentes lados do conflito civil, lançando luz sobre os caminhos que as crises humanitárias contribuíram para aumentar as tensões civis e as formas com que os grupos marginalizados procuravam o poder político dentro do sistema político em mudança. Há muito drama nestas páginas: nos dias finais da guerra, os líderes da Ustasha, percebendo que seu jogo havia acabado, transformou a cidade num matadouro antes de fugirem do país. A chegada dos partisans comunistas em abril de 1945 marcou o início de uma nova era revolucionária, e que foi recebida com cautela pelas pessoas da cidade. Greble conta esta história complexa, com notável clareza. Ao longo do livro, ela enfatiza as medidas que os líderes da cidade tomaram para preservarem o pluralismo cultural e religioso que por muito tempo permitiu diversas populações da cidade prosperarem juntas.
Título original: Sarajevo, 1941–1945. Muslims, Christians, and Jews in Hitler's Europe
Autora: Emily Greble
Fonte: Cornell University Press
http://www.cornellpress.cornell.edu/book/?GCOI=80140100324500
Tradução: Roberto Lucena
segunda-feira, 19 de março de 2012
Assassino em série da França seria paranóico racista (extrema-direita)
Perita trabalha na cena do crime em frente à escola judaica Ozar Hatorah, em Toulouse. Foto: AFP
19 de março de 2012 • 15h50 • atualizado às 16h31
O assassino que horrorizou a França, após matar em oito dias crianças em uma escola judaica e militares, tem um perfil de assassino em série que "atribuiu a si mesmo uma missão" em uma lógica de "guerra", com "um aumento de poder" em cada um de seus crimes, apontaram criminologistas e especialistas. "Serial killer", paranóico racista de extrema direita, que acredita estar em uma "missão", desequilibrado "desprovido de ideologia": todas as hipóteses são apresentadas para tentar definir a personalidade de um assassino, que age sozinho e que sabe manusear armas para atingir suas vítimas.
O assassino - que circula com uma scooter e usa uma arma de calibre 11,43 - primeiro atacou militares de origem norte-africana e um de seus companheiros negro, antes de atacar uma escola judaica no sudoeste do país. Um homem determinado, que mostrou ter sangue frio, matou a cada quatro dias. Ele poderia ser militar ou paramilitar, ativo ou não, motivado por "um desejo de destruir algumas categorias de pessoas", disse o ex-policial Jean-François Abgrall.
A cada ato "aumentou sua força na agressão", afirma o analista criminal que se tornou investigador, mencionando "um personagem que vai para a guerra". "Sua primeira vítima, um paraquedista, caiu em uma armadilha (em Toulouse no dia 11 de março). Em seguida, repetiu o ato ao atacar três outros paraquedistas (em Montauban na quinta-feira). Os militares tinham em comum o fato de poderem ser percebidos como estrangeiros", o que pode ser para ele "insuportável", acredita Abgrall.
"Finalmente, na segunda-feira, chegou a perseguir suas vítimas no interior de uma escola judaica", onde matou três crianças e um professor. "Há, definitivamente um gatilho. Não podemos dizer qual seria, mas estamos em um clima de campanha política e falamos de problemas sociais que podem ter significados diferentes para ele", acrescentou Abgrall. Para o psiquiatra criminologista Coutanceau Roland, a mais forte hipótese é a de "terrorismo reduzido a um homem", racista ou não.
"Seria uma pessoa que, em vez de ter uma doença mental, tem apenas uma personalidade paranóica. Ele desenvolveu uma forma de crença ideológica absoluta, inabalável na privacidade de sua imaginação. De maneira megalomaníaca, ele atribui a si a tarefa de agir: ele pode afirmar 'eu tinha que fazer isso!'". "Ao se tratar de uma lógica abstrata de combate, o ato é cometido de maneira fria, organizada, com uma insensibilidade para com as pessoas que ele mata", afirma Coutanceau.
Para ele, esse assassino certamente não é um "assassino em massa em sua forma clássica, como na escola de Columbine (EUA, 1999), porque esse tipo de assassino permanece no local e procura, de alguma maneira, ser morto pela polícia". O psiquiatra também considera a possibilidade de ser um "doente mental, com um desenvolvimento do caráter paranóico, como o assassino de Oslo (o norueguês Breivik que matou 77 pessoas em julho de 2011, ndlr.) Alguém que tem um delírio, enquanto o resto de sua personalidade funciona 'normalmente', tornando-o capaz de organizar com inteligência sua estratégia".
Autor de dezenas de livros sobre crimes, Stephane Bourgoin descreveu o autor dos ataques como um "assassino em série". "Se não for parado, vai continuar, é indiscutível. Mas este tipo de assassino é difícil de ser pego, pois não tem conexão alguma com suas vítimas". A pista de terrorismo, que ninguém quer descartar, não é privilegiada pelos especialistas nem pelos investigadores, mesmo que a seção anti-terrorista tenha sido chamada por causa do "clima de intimidação e terror" gerado pelos ataques.
Fonte: AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5673616-EI8142,00-Assassino+em+serie+da+Franca+seria+paranoico+racista.html
Ver mais:
França: atirador pode ser o autor de três chacinas (A Tarde online)
19 de março de 2012 • 15h50 • atualizado às 16h31
O assassino que horrorizou a França, após matar em oito dias crianças em uma escola judaica e militares, tem um perfil de assassino em série que "atribuiu a si mesmo uma missão" em uma lógica de "guerra", com "um aumento de poder" em cada um de seus crimes, apontaram criminologistas e especialistas. "Serial killer", paranóico racista de extrema direita, que acredita estar em uma "missão", desequilibrado "desprovido de ideologia": todas as hipóteses são apresentadas para tentar definir a personalidade de um assassino, que age sozinho e que sabe manusear armas para atingir suas vítimas.
O assassino - que circula com uma scooter e usa uma arma de calibre 11,43 - primeiro atacou militares de origem norte-africana e um de seus companheiros negro, antes de atacar uma escola judaica no sudoeste do país. Um homem determinado, que mostrou ter sangue frio, matou a cada quatro dias. Ele poderia ser militar ou paramilitar, ativo ou não, motivado por "um desejo de destruir algumas categorias de pessoas", disse o ex-policial Jean-François Abgrall.
A cada ato "aumentou sua força na agressão", afirma o analista criminal que se tornou investigador, mencionando "um personagem que vai para a guerra". "Sua primeira vítima, um paraquedista, caiu em uma armadilha (em Toulouse no dia 11 de março). Em seguida, repetiu o ato ao atacar três outros paraquedistas (em Montauban na quinta-feira). Os militares tinham em comum o fato de poderem ser percebidos como estrangeiros", o que pode ser para ele "insuportável", acredita Abgrall.
"Finalmente, na segunda-feira, chegou a perseguir suas vítimas no interior de uma escola judaica", onde matou três crianças e um professor. "Há, definitivamente um gatilho. Não podemos dizer qual seria, mas estamos em um clima de campanha política e falamos de problemas sociais que podem ter significados diferentes para ele", acrescentou Abgrall. Para o psiquiatra criminologista Coutanceau Roland, a mais forte hipótese é a de "terrorismo reduzido a um homem", racista ou não.
"Seria uma pessoa que, em vez de ter uma doença mental, tem apenas uma personalidade paranóica. Ele desenvolveu uma forma de crença ideológica absoluta, inabalável na privacidade de sua imaginação. De maneira megalomaníaca, ele atribui a si a tarefa de agir: ele pode afirmar 'eu tinha que fazer isso!'". "Ao se tratar de uma lógica abstrata de combate, o ato é cometido de maneira fria, organizada, com uma insensibilidade para com as pessoas que ele mata", afirma Coutanceau.
Para ele, esse assassino certamente não é um "assassino em massa em sua forma clássica, como na escola de Columbine (EUA, 1999), porque esse tipo de assassino permanece no local e procura, de alguma maneira, ser morto pela polícia". O psiquiatra também considera a possibilidade de ser um "doente mental, com um desenvolvimento do caráter paranóico, como o assassino de Oslo (o norueguês Breivik que matou 77 pessoas em julho de 2011, ndlr.) Alguém que tem um delírio, enquanto o resto de sua personalidade funciona 'normalmente', tornando-o capaz de organizar com inteligência sua estratégia".
Autor de dezenas de livros sobre crimes, Stephane Bourgoin descreveu o autor dos ataques como um "assassino em série". "Se não for parado, vai continuar, é indiscutível. Mas este tipo de assassino é difícil de ser pego, pois não tem conexão alguma com suas vítimas". A pista de terrorismo, que ninguém quer descartar, não é privilegiada pelos especialistas nem pelos investigadores, mesmo que a seção anti-terrorista tenha sido chamada por causa do "clima de intimidação e terror" gerado pelos ataques.
Fonte: AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5673616-EI8142,00-Assassino+em+serie+da+Franca+seria+paranoico+racista.html
Ver mais:
França: atirador pode ser o autor de três chacinas (A Tarde online)
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Livro com teorias racistas coloca em xeque SPD e Banco Central alemão
A expulsão de Thilo Sarrazin do SPD é provável. Banco Central se mostra hesitante quanto a uma punição. Para políticos de todos os partidos, não resta dúvida de que sua argumentação evoca teorias raciais nazistas.
(Foto)Controverso autor Thilo Sarrazin no lançamento de seu livro em Berlim
O Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) abriu um processo nesta segunda-feira (30/08) para expulsar Thilo Sarrazin da agremiação, por causa de suas declarações sobre a predisposição genética de determinados grupos da sociedade.
O presidente do SPD, Sigmar Gabriel, justificou a decisão, afirmando que os conceitos utilizados por Sarrazin em seu recém-publicado livro Deutschland schafft sich ab (A Alemanha extingue a si mesma) "beiram a higiene racial". Com isso, Sarrazin se excluiu automaticamente da comunidade de valores social-democratas, argumentou Gabriel.
O diretório nacional do SPD decidiu por unanimidade abrir um processo intrapartidário para expulsar o político, que também integra a direção do Banco Central alemão (Bundesbank).
O Bundesbank, por sua vez, anunciou que ainda não entrará com um processo para destituir Sarrazin do cargo, mas o convocará para conversar sobre suas declarações antimuçulmanas e sua assertiva sobre a constituição genética dos judeus. A diretoria do Banco Central declarou que o posicionamento de Sarrazin, agora registrado em livro e em entrevistas recentes à imprensa alemã, prejudicou a imagem da instituição.
Com suas declarações depreciativas, Sarrazin teria faltado "contínua e crescentemente" com sua responsabilidade perante o banco. Em 2009, reagindo a declarações xenófobas de Sarrazin, o Banco Central reduziu suas atribuições e competências, mas não chegou a demiti-lo.
No fim de semana, um porta-voz do governo em Berlim declarou que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, considera a imagem do Bundesbank prejudicada por Sarrazin. O banco deveria refletir bem sobre o caso, disse. O ex-secretário das Finanças da cidade-Estado de Berlim teria se "exaltado em teorias genéticas totalmente abstrusas", comunicou o porta-voz.
Alarmismo sobre Alemanha dominada por muçulmanos
Já antes do lançamento oficial, nesta segunda-feira, o livro Deutschland schafft sich ab havia gerado uma ampla polêmica no país por causa de teses nele contidas divulgadas de antemão pela imprensa.
(Foto)Thilo Sarrazin
Segundo o autor, a longo prazo, os muçulmanos representarão a maioria da população alemã, em consequência da alta taxa de natalidade entre esse grupo da sociedade. A partir dessa premissa, impossível de ser fundamentada por estatísticas, Sarrazin, de 65 anos, deduz o risco de uma contração biológico-demográfica da população autóctone alemã.
Além de temer uma descaracterização da sociedade autóctone pelo aumento da participação demográfica estrangeira, sobretudo islâmica, Sarrazin acusa os muçulmanos de serem ociosos e desprovidos de iniciativa própria, o que acarretaria enormes custos ao Estado.
"Em todos os países da Europa, os migrantes muçulmanos, com sua baixa participação no mercado de trabalho e sua alta requisição de assistência social, mais custam aos cofres do Estado do que contribuem com mais-valia econômica", afirma Sarrazin.
Além de não se basear em números comprováveis, essa afirmação ignora dados estatísticos atuais, como os da associação turco-alemã de empresários TDU, segundo a qual a Alemanha tem cerca de 100 mil empresários de origem turca, que geram cerca de 300 mil empregos.
(Foto)'Cale a boca!', diz cartaz de manifestante em protesto ao livro 'A Alemanha extingue a si mesma'
Para Sarrazin, muçulmanos emburrecem a Alemanha
Além de acusar a população muçulmana de desfalcar a economia alemã, o livro de Sarrazin causou escândalo por suas especulações genéticas, segundo as quais o aumento da participação islâmica na população alemã implicaria uma queda do nível de inteligência. Ao defender em entrevistas essa afirmação contida no livro, Sarrazin acirrou ainda mais a polêmica.
Numa entrevista divulgada neste domingo com o autor do polêmico livro, o jornal Welt am Sonntag perguntou se ele achava que a burrice seria geneticamente condicionada. Sua resposta: "Na comunidade científica existe o consenso de que 50% a 80% da inteligência são hereditários". Ao ouvir do entrevistador que essa opinião transparecia modelos de argumentação próximos do nazismo, Sarrazin negou ser racista.
Na mesma entrevista, publicada no domingo, o autor do polêmico livro disse acreditar na identidade genética: "Todos os judeus têm um gene específico, os bascos têm um gene específico que os diferencia dos outros".
Ataques a pobres e estrangeiros
Thilo Sarrazin, reconhecido na Alemanha como perito em finanças, já provocou vários escândalos com sua constante depreciação de estrangeiros, muçulmanos e beneficiários da ajuda social do Estado.
Em setembro de 2009, Sarrazin declarou que um problema da capital alemã seria o fato de 40% dos nascimentos ocorrerem na classe baixa. Na mesma ocasião, ele afirmou que 70% dos turcos e 90% dos árabes residentes em Berlim rejeitam o Estado alemão e não cuidam direito da educação de seus filhos. Na época, o Bundesbank sugeriu indiretamente que Sarrazin renunciasse ao seu posto no banco.
Em junho deste ano, o social-democrata afirmou temer que o baixo nível educacional de muitos imigrantes vindos da Turquia ou da África viesse a ter um efeito negativo sobre a Alemanha. "Por vias naturais, estamos nos tornando cada vez mais burros". Essa declaração levou a Promotoria Pública de Darmstadt a abrir um inquérito contra Sarrazin por incitamento popular.
Ao lançar seu livro em Berlim nesta segunda-feira, Sarrazin negou todas as acusações de racismo que recebeu nas últimas semanas, sem no entanto relativizar suas virulentas teses. Em seu livro, ele adverte que os alemães podem tornar-se "estranhos em seu próprio país".
Políticos social-democratas e de todos os partidos alemães reconhecem na argumentação de Sarrazin, além de "racismo", "um determinismo biológico irresponsável", "a proximidade das ideologias nazistas" e "um profundo anti-islamismo".
Autora: Simone Lopes (dw, dpa, afp, epd)
Revisão: Roselaine Wandscheer
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5957261,00.html
Ver mais:
Sarrazin pede afastamento do Bundesbank após livro com teorias racistas (Deutsche Welle)
(Foto)Controverso autor Thilo Sarrazin no lançamento de seu livro em Berlim
O Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) abriu um processo nesta segunda-feira (30/08) para expulsar Thilo Sarrazin da agremiação, por causa de suas declarações sobre a predisposição genética de determinados grupos da sociedade.
O presidente do SPD, Sigmar Gabriel, justificou a decisão, afirmando que os conceitos utilizados por Sarrazin em seu recém-publicado livro Deutschland schafft sich ab (A Alemanha extingue a si mesma) "beiram a higiene racial". Com isso, Sarrazin se excluiu automaticamente da comunidade de valores social-democratas, argumentou Gabriel.
O diretório nacional do SPD decidiu por unanimidade abrir um processo intrapartidário para expulsar o político, que também integra a direção do Banco Central alemão (Bundesbank).
O Bundesbank, por sua vez, anunciou que ainda não entrará com um processo para destituir Sarrazin do cargo, mas o convocará para conversar sobre suas declarações antimuçulmanas e sua assertiva sobre a constituição genética dos judeus. A diretoria do Banco Central declarou que o posicionamento de Sarrazin, agora registrado em livro e em entrevistas recentes à imprensa alemã, prejudicou a imagem da instituição.
Com suas declarações depreciativas, Sarrazin teria faltado "contínua e crescentemente" com sua responsabilidade perante o banco. Em 2009, reagindo a declarações xenófobas de Sarrazin, o Banco Central reduziu suas atribuições e competências, mas não chegou a demiti-lo.
No fim de semana, um porta-voz do governo em Berlim declarou que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, considera a imagem do Bundesbank prejudicada por Sarrazin. O banco deveria refletir bem sobre o caso, disse. O ex-secretário das Finanças da cidade-Estado de Berlim teria se "exaltado em teorias genéticas totalmente abstrusas", comunicou o porta-voz.
Alarmismo sobre Alemanha dominada por muçulmanos
Já antes do lançamento oficial, nesta segunda-feira, o livro Deutschland schafft sich ab havia gerado uma ampla polêmica no país por causa de teses nele contidas divulgadas de antemão pela imprensa.
(Foto)Thilo Sarrazin
Segundo o autor, a longo prazo, os muçulmanos representarão a maioria da população alemã, em consequência da alta taxa de natalidade entre esse grupo da sociedade. A partir dessa premissa, impossível de ser fundamentada por estatísticas, Sarrazin, de 65 anos, deduz o risco de uma contração biológico-demográfica da população autóctone alemã.
Além de temer uma descaracterização da sociedade autóctone pelo aumento da participação demográfica estrangeira, sobretudo islâmica, Sarrazin acusa os muçulmanos de serem ociosos e desprovidos de iniciativa própria, o que acarretaria enormes custos ao Estado.
"Em todos os países da Europa, os migrantes muçulmanos, com sua baixa participação no mercado de trabalho e sua alta requisição de assistência social, mais custam aos cofres do Estado do que contribuem com mais-valia econômica", afirma Sarrazin.
Além de não se basear em números comprováveis, essa afirmação ignora dados estatísticos atuais, como os da associação turco-alemã de empresários TDU, segundo a qual a Alemanha tem cerca de 100 mil empresários de origem turca, que geram cerca de 300 mil empregos.
(Foto)'Cale a boca!', diz cartaz de manifestante em protesto ao livro 'A Alemanha extingue a si mesma'
Para Sarrazin, muçulmanos emburrecem a Alemanha
Além de acusar a população muçulmana de desfalcar a economia alemã, o livro de Sarrazin causou escândalo por suas especulações genéticas, segundo as quais o aumento da participação islâmica na população alemã implicaria uma queda do nível de inteligência. Ao defender em entrevistas essa afirmação contida no livro, Sarrazin acirrou ainda mais a polêmica.
Numa entrevista divulgada neste domingo com o autor do polêmico livro, o jornal Welt am Sonntag perguntou se ele achava que a burrice seria geneticamente condicionada. Sua resposta: "Na comunidade científica existe o consenso de que 50% a 80% da inteligência são hereditários". Ao ouvir do entrevistador que essa opinião transparecia modelos de argumentação próximos do nazismo, Sarrazin negou ser racista.
Na mesma entrevista, publicada no domingo, o autor do polêmico livro disse acreditar na identidade genética: "Todos os judeus têm um gene específico, os bascos têm um gene específico que os diferencia dos outros".
Ataques a pobres e estrangeiros
Thilo Sarrazin, reconhecido na Alemanha como perito em finanças, já provocou vários escândalos com sua constante depreciação de estrangeiros, muçulmanos e beneficiários da ajuda social do Estado.
Em setembro de 2009, Sarrazin declarou que um problema da capital alemã seria o fato de 40% dos nascimentos ocorrerem na classe baixa. Na mesma ocasião, ele afirmou que 70% dos turcos e 90% dos árabes residentes em Berlim rejeitam o Estado alemão e não cuidam direito da educação de seus filhos. Na época, o Bundesbank sugeriu indiretamente que Sarrazin renunciasse ao seu posto no banco.
Em junho deste ano, o social-democrata afirmou temer que o baixo nível educacional de muitos imigrantes vindos da Turquia ou da África viesse a ter um efeito negativo sobre a Alemanha. "Por vias naturais, estamos nos tornando cada vez mais burros". Essa declaração levou a Promotoria Pública de Darmstadt a abrir um inquérito contra Sarrazin por incitamento popular.
Ao lançar seu livro em Berlim nesta segunda-feira, Sarrazin negou todas as acusações de racismo que recebeu nas últimas semanas, sem no entanto relativizar suas virulentas teses. Em seu livro, ele adverte que os alemães podem tornar-se "estranhos em seu próprio país".
Políticos social-democratas e de todos os partidos alemães reconhecem na argumentação de Sarrazin, além de "racismo", "um determinismo biológico irresponsável", "a proximidade das ideologias nazistas" e "um profundo anti-islamismo".
Autora: Simone Lopes (dw, dpa, afp, epd)
Revisão: Roselaine Wandscheer
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5957261,00.html
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Sarrazin pede afastamento do Bundesbank após livro com teorias racistas (Deutsche Welle)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Voto xenofóbico anti-Islã dá força ao partido extremista de direita SVP e é vitorioso em referendo na Suíça
Proibição a minaretes indica "nova onda de direita" na Suíça
Por Sam Cage
ZURIQUE (Reuters) - O voto suíço para proibir a construção de novos minaretes no país põe os holofotes sobre as divisões políticas e sociais do país alpino e pode significar uma nova onda de sentimento antiimigrante e populista.
O surpreendente voto e o alto comparecimento ao referendo de domingo dá força ao Partido do Povo Suíço (SVP), de direita, uma força política relativamente nova.
"Pode significar o início de uma nova onda de direita", disse Clive Church, especialista em política suíça da Universidade de Kent.
O SVP, que cresceu rapidamente desde os anos 1980 e se tornou o maior partido da Suíça, foi acusado de racismo por suas campanhas estridentes contra a imigração, incluindo um cartaz que mostrava uma ovelha branca chutando uma negra de uma bandeira suíça.
A legenda fez campanha contra estender os direitos de cidadãos da União Europeia trabalharem e viverem na Suíça, um país que não é membro da UE, mas os cidadãos aprovaram a medida.
O SVP obteve a maior parte dos votos em uma eleição geral de 2007, mas desde então sua sorte parecia ter mudado: uma facção se separou e formou outro partido, ele perdeu todas as cadeiras no gabinete e obteve poucos votos nos referendos. Até agora.
O cartaz do SVP sobre a votação de domingo mostrava uma bandeira suíça coberta com minaretes na forma de mísseis e o retrato de uma mulher coberta com um chador negro e um véu, vestimenta associada ao Islã rígido.
Embora a comunidade muçulmana da Suíça de cerca de 300 mil pessoas seja comparativamente pequena, há uma preocupação cada vez maior sobre a imigração em um país onde os estrangeiros formam mais de um quinto da população de 7,7 milhões.
O comparecimento no referendo de domingo ficou em 53 por cento, e 22 dos 26 cantões, ou províncias, votaram a favor da iniciativa.
CRISE DE IDENTIDADE
A Suíça sofreu uma crise de identidade desde que o fim da Guerra Fria roubou o significado de sua neutralidade, ajudando a alimentar o crescimento do SVP.
A relação da Suíça com o mundo muçulmano já está desgastada por causa da prisão de dois empresário suíços na Líbia, em retaliação à prisão em Genebra do filho de Muamar Kadhafi por maltratar funcionários de um hotel.
Em um editorial, o jornal argelino Le Soir disse que a Suíça deveria combater a intolerância religiosa e não os muçulmanos que querem praticar sua fé em paz.
"Essa votação é chocante porque acontece em um país que defende o secularismo e que se orgulha de tratar todas as religiões da mesma forma", disse o Le Soir.
Os protestos contra a votação em Zurique e Berna atraíram poucas pessoas, enquanto os simpatizantes estavam contentes.
"Vamos celebrar com certeza", disse Nadja Pieren, que compareceu a um comício de apoio à proibição.
"(A votação) mostra que não queremos o Islã político na Suíça. Não temos problemas com as pessoas que oram em mesquitas".
(Reportagem adicional de Christian Lowe em Argel, Catherine Bosley em Berna e Sophie Hardach em Paris)
Fonte: Reuters/Brasil Online/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/30/proibicao-minaretes-indica-nova-onda-de-direita-na-suica-914985904.asp
Países criticam Suíça por proibir construção de minarete
AE - Agencia Estado
GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".
No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.
Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-construcao-de-minarete,474316,0.htm
Leia mais:
Direita populista ganha referendo. Suíços banem minaretes das mesquitas do país
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1434393&seccao=Europa
Partidos da direita populista tentam relançar debate da integração
Presidência da UE preocupada com a proibição dos minaretes na Suíça
http://www.publico.clix.pt/Mundo/ue-preocupada-com-a-proibicao-dos-minaretes-na-suica_1412062
Mais: EFE, Correio do Brasil, AFP, Terra Brasil, Lusa, EFE, Lusa
Por Sam Cage
ZURIQUE (Reuters) - O voto suíço para proibir a construção de novos minaretes no país põe os holofotes sobre as divisões políticas e sociais do país alpino e pode significar uma nova onda de sentimento antiimigrante e populista.
O surpreendente voto e o alto comparecimento ao referendo de domingo dá força ao Partido do Povo Suíço (SVP), de direita, uma força política relativamente nova.
"Pode significar o início de uma nova onda de direita", disse Clive Church, especialista em política suíça da Universidade de Kent.
O SVP, que cresceu rapidamente desde os anos 1980 e se tornou o maior partido da Suíça, foi acusado de racismo por suas campanhas estridentes contra a imigração, incluindo um cartaz que mostrava uma ovelha branca chutando uma negra de uma bandeira suíça.
A legenda fez campanha contra estender os direitos de cidadãos da União Europeia trabalharem e viverem na Suíça, um país que não é membro da UE, mas os cidadãos aprovaram a medida.
O SVP obteve a maior parte dos votos em uma eleição geral de 2007, mas desde então sua sorte parecia ter mudado: uma facção se separou e formou outro partido, ele perdeu todas as cadeiras no gabinete e obteve poucos votos nos referendos. Até agora.
O cartaz do SVP sobre a votação de domingo mostrava uma bandeira suíça coberta com minaretes na forma de mísseis e o retrato de uma mulher coberta com um chador negro e um véu, vestimenta associada ao Islã rígido.
Embora a comunidade muçulmana da Suíça de cerca de 300 mil pessoas seja comparativamente pequena, há uma preocupação cada vez maior sobre a imigração em um país onde os estrangeiros formam mais de um quinto da população de 7,7 milhões.
O comparecimento no referendo de domingo ficou em 53 por cento, e 22 dos 26 cantões, ou províncias, votaram a favor da iniciativa.
CRISE DE IDENTIDADE
A Suíça sofreu uma crise de identidade desde que o fim da Guerra Fria roubou o significado de sua neutralidade, ajudando a alimentar o crescimento do SVP.
A relação da Suíça com o mundo muçulmano já está desgastada por causa da prisão de dois empresário suíços na Líbia, em retaliação à prisão em Genebra do filho de Muamar Kadhafi por maltratar funcionários de um hotel.
Em um editorial, o jornal argelino Le Soir disse que a Suíça deveria combater a intolerância religiosa e não os muçulmanos que querem praticar sua fé em paz.
"Essa votação é chocante porque acontece em um país que defende o secularismo e que se orgulha de tratar todas as religiões da mesma forma", disse o Le Soir.
Os protestos contra a votação em Zurique e Berna atraíram poucas pessoas, enquanto os simpatizantes estavam contentes.
"Vamos celebrar com certeza", disse Nadja Pieren, que compareceu a um comício de apoio à proibição.
"(A votação) mostra que não queremos o Islã político na Suíça. Não temos problemas com as pessoas que oram em mesquitas".
(Reportagem adicional de Christian Lowe em Argel, Catherine Bosley em Berna e Sophie Hardach em Paris)
Fonte: Reuters/Brasil Online/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/30/proibicao-minaretes-indica-nova-onda-de-direita-na-suica-914985904.asp
Países criticam Suíça por proibir construção de minarete
AE - Agencia Estado
GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".
No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.
Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-construcao-de-minarete,474316,0.htm
Leia mais:
Direita populista ganha referendo. Suíços banem minaretes das mesquitas do país
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1434393&seccao=Europa
Partidos da direita populista tentam relançar debate da integração
Presidência da UE preocupada com a proibição dos minaretes na Suíça
http://www.publico.clix.pt/Mundo/ue-preocupada-com-a-proibicao-dos-minaretes-na-suica_1412062
Mais: EFE, Correio do Brasil, AFP, Terra Brasil, Lusa, EFE, Lusa
Minaretes: autoridades suíças preocupadas com reações dos países muçulmanos
A Suíça mostrou-se preocupada, nesta segunda-feira, com as consequências para suas relações comerciais e diplomáticas com os países muçulmanos da proibição da construção de novos minaretes, num país que abriga 400.000 muçulmanos - um dia depois do voto surpreendente, em massa, de 57,5% de seus cidadãos. E tentou tranquilizá-los.
A ministra suíça dos Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, explicou nesta segunda-feira ter recebido os embaixadores de países muçulmanos para explicar-lhes os resultados do referendo.
"Estamos tentando conversar sobre os resultados do voto, em particular aos países árabes e islâmicos. Encontrei os embaixadores dos países envolvidos (...) em Berna", declarou a ministra à rádio francesa RTL.
"O governo suíço teme efetivamente que este resultado tenha consequências para as exportações e o setor de turismo", reconheceu a ministra da Justiça e da Polícia suíças, Eveline Widmer-Schlumpf.
Na realidade, para o cientista político Pascal Sciariani da Universidade de Genebra, não haverá necessariamente apelo explícito dos governos destes países para boicotar a Suíça, mas pode haver reações individuais ou da elite pedindo aos muçulmanos que reduzam sua fortuna gerada na Suíça e suas viagens turísticas, principalmente a Genebra, complicando as relações comerciais com a Suíça".
O imame da mesquita de Genebra, uma das quatro únicas na Suíça com um minarete, fez nesta segunda-feira "um apelo à calma": "Os muçulmanos do mundo devem respeitar essa decisão, sem no entanto acatá-la. Caso contrário, nós seremos as primeiras vítimas", declarou o imame Youssef Ibram cuja mesquita foi visada por atos de vandalismo durante a campanha.
Os suíços aprovaram no domingo por 57,5% dos votos a proibição da construção de novos minaretes, em resposta a uma campanha da direita populista, que as considera um "símbolo político-religioso" do islã.
A União Europeia (UE) e o Vaticano criticaram a decisão.
"É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho nenhuma dúvida", declarou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, cujo país preside a UE durante o semestre.
apo/lm/sd
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/11/30/minaretes+autoridades+suicas+preocupadas+com+reacoes+dos+paises+muculmanos+9187482.html
A ministra suíça dos Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, explicou nesta segunda-feira ter recebido os embaixadores de países muçulmanos para explicar-lhes os resultados do referendo.
"Estamos tentando conversar sobre os resultados do voto, em particular aos países árabes e islâmicos. Encontrei os embaixadores dos países envolvidos (...) em Berna", declarou a ministra à rádio francesa RTL.
"O governo suíço teme efetivamente que este resultado tenha consequências para as exportações e o setor de turismo", reconheceu a ministra da Justiça e da Polícia suíças, Eveline Widmer-Schlumpf.
Na realidade, para o cientista político Pascal Sciariani da Universidade de Genebra, não haverá necessariamente apelo explícito dos governos destes países para boicotar a Suíça, mas pode haver reações individuais ou da elite pedindo aos muçulmanos que reduzam sua fortuna gerada na Suíça e suas viagens turísticas, principalmente a Genebra, complicando as relações comerciais com a Suíça".
O imame da mesquita de Genebra, uma das quatro únicas na Suíça com um minarete, fez nesta segunda-feira "um apelo à calma": "Os muçulmanos do mundo devem respeitar essa decisão, sem no entanto acatá-la. Caso contrário, nós seremos as primeiras vítimas", declarou o imame Youssef Ibram cuja mesquita foi visada por atos de vandalismo durante a campanha.
Os suíços aprovaram no domingo por 57,5% dos votos a proibição da construção de novos minaretes, em resposta a uma campanha da direita populista, que as considera um "símbolo político-religioso" do islã.
A União Europeia (UE) e o Vaticano criticaram a decisão.
"É a expressão de um preconceito e talvez de um medo, mas está claro que se trata de um sinal negativo, não tenho nenhuma dúvida", declarou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, cujo país preside a UE durante o semestre.
apo/lm/sd
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/11/30/minaretes+autoridades+suicas+preocupadas+com+reacoes+dos+paises+muculmanos+9187482.html
terça-feira, 14 de julho de 2009
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
Racismo
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
A população da cidade alemã de Dresden homenageou, este sábado, a cidadão egípcia, Marwa El-Sherbini, assassinada em pleno tribunal, por um alemão.
A vítima contava 31 anos, era farmacêutica, tinha um filho e estava grávida.
Hoje, a sua memória foi recordada por cerca de 800 pessoas, que se juntaram em frente da sede do município da cidade.
O assassino tinha sido acusado de crime xenófobo contra a vítima. Quando se encontraram no Tribunal a 1 de Julho, o réu desferiu-lhe várias facadas.
“Eu penso que é importante estar aqui e dizer que é totalmente inaceitável que um ser humano faça qualquer outra coisa de semelhante, somente porque alguém é diferente, ou estrangeiro ou de outra religião”.
“Estamos aqui a expressar a nossa solidariedade e condenar o que aconteceu à mártir Marwa EL-Sherbiny, puro terrorismo”.
Em Teerão, também se recordou Marwa El-Sherbini. 150 pessoas concentraram-se, em frente da Embaixada Alemã e acusaram o governo de Angela Merkel de indiferença, perante um crime xenófobo.
Uma manifestação que condenou igualmente a discrição com que os media ocidentais trataram o assunto.
Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2009/07/11/milhares-de-alemaes-se-manifestam-contra-o-racismo-em-dresden/
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
A população da cidade alemã de Dresden homenageou, este sábado, a cidadão egípcia, Marwa El-Sherbini, assassinada em pleno tribunal, por um alemão.
A vítima contava 31 anos, era farmacêutica, tinha um filho e estava grávida.
Hoje, a sua memória foi recordada por cerca de 800 pessoas, que se juntaram em frente da sede do município da cidade.
O assassino tinha sido acusado de crime xenófobo contra a vítima. Quando se encontraram no Tribunal a 1 de Julho, o réu desferiu-lhe várias facadas.
“Eu penso que é importante estar aqui e dizer que é totalmente inaceitável que um ser humano faça qualquer outra coisa de semelhante, somente porque alguém é diferente, ou estrangeiro ou de outra religião”.
“Estamos aqui a expressar a nossa solidariedade e condenar o que aconteceu à mártir Marwa EL-Sherbiny, puro terrorismo”.
Em Teerão, também se recordou Marwa El-Sherbini. 150 pessoas concentraram-se, em frente da Embaixada Alemã e acusaram o governo de Angela Merkel de indiferença, perante um crime xenófobo.
Uma manifestação que condenou igualmente a discrição com que os media ocidentais trataram o assunto.
Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2009/07/11/milhares-de-alemaes-se-manifestam-contra-o-racismo-em-dresden/
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Cresce preconceito contra judeus e muçulmanos na Europa
da Folha Online
O preconceito contra judeus e muçulmanos cresceu na Europa nos últimos anos, revela um estudo americano divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a sondagem, realizada na Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Polônia e Rússia pelo instituto Pew Research Center, o anti-semitismo aumentou em todos estes países, exceto no Reino Unido.
O crescimento foi "particularmente espetacular na Espanha, onde as opiniões desfavoráveis [aos judeus] dobraram nos últimos três anos, passando de 21% em 2005 para 46% este ano", destaca o Pew Research Center.
A pesquisa revela que mais de um terço dos poloneses e dos russos têm sentimentos anti-semitas, assim como 25% dos alemães e 20% dos franceses. Apenas no Reino Unido a rejeição se manteve estável, em 9%.
"Na Europa ocidental, as atitudes negativas em relação aos judeus são mais comuns entre os mais velhos e os menos educados", destaca a pesquisa.
Em relação aos muçulmanos, os sentimentos são ainda mais negativos, com opiniões desfavoráveis da metade dos alemães, quase a metade de poloneses e franceses, 33% dos russos e 25% dos britânicos.
Na Espanha e na Alemanha há uma redução deste sentimento negativo em relação aos muçulmanos a partir de 2006.
Enquanto 60% dos espanhóis tinham sentimentos contra os muçulmanos em 2006, este índice caiu a 52% este ano. Entre os alemães, a queda foi de 54% para 50%.
Fonte: Folha Online(19.09.2008)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u443510.shtml
O preconceito contra judeus e muçulmanos cresceu na Europa nos últimos anos, revela um estudo americano divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a sondagem, realizada na Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Polônia e Rússia pelo instituto Pew Research Center, o anti-semitismo aumentou em todos estes países, exceto no Reino Unido.
O crescimento foi "particularmente espetacular na Espanha, onde as opiniões desfavoráveis [aos judeus] dobraram nos últimos três anos, passando de 21% em 2005 para 46% este ano", destaca o Pew Research Center.
A pesquisa revela que mais de um terço dos poloneses e dos russos têm sentimentos anti-semitas, assim como 25% dos alemães e 20% dos franceses. Apenas no Reino Unido a rejeição se manteve estável, em 9%.
"Na Europa ocidental, as atitudes negativas em relação aos judeus são mais comuns entre os mais velhos e os menos educados", destaca a pesquisa.
Em relação aos muçulmanos, os sentimentos são ainda mais negativos, com opiniões desfavoráveis da metade dos alemães, quase a metade de poloneses e franceses, 33% dos russos e 25% dos britânicos.
Na Espanha e na Alemanha há uma redução deste sentimento negativo em relação aos muçulmanos a partir de 2006.
Enquanto 60% dos espanhóis tinham sentimentos contra os muçulmanos em 2006, este índice caiu a 52% este ano. Entre os alemães, a queda foi de 54% para 50%.
Fonte: Folha Online(19.09.2008)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u443510.shtml
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Partido fascista britânico faz campanha explorando 'inimizade histórica' entre judeus e muçulmanos
RIO - O grupo de extrema-direita Partido Nacional Britânico (BNP), acusado de promover a xenofobia e o racismo no país, começou a fazer campanha a partir da "inimizade histórica" entre judeus e muçulmanos na Grã-Bretanha. Segundo o jornal inglês "Guardian", o grupo nacionalista tenta convencer os eleitores judeus a votar no BNP para reduzir as comunidades muçulmanas do país. Pat Richardson, o único candidato judeu do partido, defendeu a proposta:
- Estou no BNP porque ninguém mais fala contra a 'Islamização' de nosso país. Ser judeu só ajuda em minha preocupação sobre esta agressividade que ameaça nossos valores seculares e tradições cristãs - declarou Richardson.
A medida gerou duras críticas por parte de organizações judaicas do país, para quem o BNP "continua sendo anti-semita e racista". O Conselho de Líderes Judaicos, o London Jewish Forum e a Comunidade pela Segurança Judaica lançaram uma campanha junto a outros grupos culturais e minorias étnicas, para combater "a ameaça do BNP". Ruth Smeeth, porta-voz da Comunidade pela Segurança Judaica, declarou que o sítio da internet do BNP "é agora um dos mais sionistas da web".
Segundo Smeeth, o grupo nacionalista "faz campanhas ativas nas comunidades judaicas, em especial de Londres, apoiando Israel e atacando os muçulmanos. É uma campanha venenosa, que mostra uma enorme sofisticação eleitoral", continuou.
Em um ensaio recente, Nick Griffin, líder do BNP, escreveu que o Holocausto "é uma mescla de propaganda das forças aliadas, uma mentira muito lucrativa, e uma histeria moderna". Ele disse ainda que manter uma postura islamofóba "parece agradar muita gente, inclusive os jornalistas, e produzirá maior cobertura jornalística que se apoiasse o Irã e falasse do 'poder judaico', que garantirá críticas de virtualmente cada um dos jornalistas do mundo ocidental".
Fonte: O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/04/10/partido_britanico_faz_campanha_explorando_inimizade_historica_entre_judeus_muculmanos-426777232.asp
- Estou no BNP porque ninguém mais fala contra a 'Islamização' de nosso país. Ser judeu só ajuda em minha preocupação sobre esta agressividade que ameaça nossos valores seculares e tradições cristãs - declarou Richardson.
A medida gerou duras críticas por parte de organizações judaicas do país, para quem o BNP "continua sendo anti-semita e racista". O Conselho de Líderes Judaicos, o London Jewish Forum e a Comunidade pela Segurança Judaica lançaram uma campanha junto a outros grupos culturais e minorias étnicas, para combater "a ameaça do BNP". Ruth Smeeth, porta-voz da Comunidade pela Segurança Judaica, declarou que o sítio da internet do BNP "é agora um dos mais sionistas da web".
Segundo Smeeth, o grupo nacionalista "faz campanhas ativas nas comunidades judaicas, em especial de Londres, apoiando Israel e atacando os muçulmanos. É uma campanha venenosa, que mostra uma enorme sofisticação eleitoral", continuou.
Em um ensaio recente, Nick Griffin, líder do BNP, escreveu que o Holocausto "é uma mescla de propaganda das forças aliadas, uma mentira muito lucrativa, e uma histeria moderna". Ele disse ainda que manter uma postura islamofóba "parece agradar muita gente, inclusive os jornalistas, e produzirá maior cobertura jornalística que se apoiasse o Irã e falasse do 'poder judaico', que garantirá críticas de virtualmente cada um dos jornalistas do mundo ocidental".
Fonte: O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/04/10/partido_britanico_faz_campanha_explorando_inimizade_historica_entre_judeus_muculmanos-426777232.asp
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