O Instituto de História Contemporânea de Munique está a preparar uma nova edição comentada do livro "Mein Kampf", de Adolf Hitler. A polêmica gerada em torno do projeto não é nova, mas a ideia vai mesmo ser concretizada, segundo os decisores políticos.
Os direitos autorais da obra fundamental do ditador nazi estavam, desde 1948, nas mãos do ministério das Finanças da Baviera, assim como todos os bens que pertenciam ao Führer.
Tendo em conta que os direitos sobre o livro ("Minha Luta", em tradução livre) expiram a 31 de dezembro de 2015, e de modo a evitar a publicação de novas edições financiadas pela extrema direita, o instituto de Munique conseguiu, em 2012, obter uma autorização do governo bávaro para publicar uma edição comentada do livro.
Segundo conta o jornal El País, o ambicioso projeto do Instituto esteve quase a fracassar em dezembro do ano passado quando a chefe do Executivo bávaro, Christine Haderthauer, anunciou que o governo do Estado continuaria a impedir a publicação do famoso livro, mesmo depois de caducarem os direitos autorais. "A nossa posição é de que será preciso deter também o projeto do Instituto porque não é tarefa do Estado difundir propaganda nazi", defendeu a chefe do gabinete bávaro.
No entanto, na última quarta-feira, o ministro da Cultura da Baviera, Ludwig Spaenle, anunciou, depois de um polêmico debate no parlamento regional, que Munique renunciaria a novas medidas judiciais contra a reedição, pelo instituto, de "Mein Kampf".
"Não se pode atentar contra a liberdade científica", sustentou o ministro bávaro. "[o instituto] pode publicar uma edição sob sua própria responsabilidade", acrescentou.
O livro, uma obra fundamental sobre os ideais do nacional-socialismo, foi concluído pelo autor em 1925. No último meio século, a reprodução e venda do volume estiveram proibidos na Alemanha. No final da década de setenta, uma decisão do Supremo Tribunal da então Alemanha Federal autorizou a venda, mas apenas a antiquários. Atualmente, com a difusão dos meios de edição digital não será fácil impedir a circulação daquele instrumento de propaganda nazi.
Fonte: Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=681357
Observações:
1. é importante uma publicação comentada por historiadores deste livro, é uma forma de criar uma publicação com conteúdo em contraponto à edição original que conta só com os delírios racistas do cabo da Bavária, com conteúdo pra lá de duvidoso a não ser exibir a cretinice megalomaníaca e obsessão racista dele, fora pencas de erros históricos de todo tipo.
Seria um erro grosseiro e estúpido do Estado da Bavária proibir a publicação de um livro comentado por historiadores (esta sim uma publicação interessante) ignorando que perderá o controle da publicação do livro. Se é que a tem pois dá pra encontrar pilhas de cópias deste livro na internet (em vários idiomas). Castrar a ideia genial do Instituto é no mínimo tolice ou preciosismo por parte do Estado da Bavária que acaba por criar um ar de "mistério" sobre o livro e um certo tabu, e tabus costumam atrair mais ainda gente sem formação histórica/política alguma que fará uma leitura literal do original deste livro sem as contextualizações dos historiadores, por curiosidade mórbida ou idiota, criando um público idiotizado em torno do "simbolismo" por conta desse excesso de "temor" com uma publicação comentada, edição que poderia ter saído antes mesmo da pressão em torno do livro por conta dele cair em domínio público.
2. a mídia, mais precisamente a grande mídia brasileira (jornalões, portais de notícias e TV aberta) constantemente cria mistificações e sensacionalismo barato sobre esse livro e o tema nazismo e Holocausto, o que acaba despertando a curiosidade (na maioria dos casos, estúpida) de um público leigo sem formação política alguma e que mal lê. Isto pode vir a ajudar na proliferação de doutrinas racistas.
Colocam o mercantilismo barato da notícia pela notícia acima da questão ética de publicarem um texto mais equilibrado e de fato informativo sobre o assunto. Esta questão ficará pra outro tópico a respeito do problema da mídia divulgando baboseiras sobre estes temas delicados como genocídio, nazismo e afins. Como dá pra notar, eu não sou muito "fã" da mídia brasileira (é uma generalização obviamente, alguns ainda se salvam, mas poucos...), que parece agir como um partido político do que algo voltado ao jornalismo.
Pra ilustrar o problema: esta notícia saiu há pouco tempo: E-book Mein Kampf torna-se um best-seller na Amazon. O que há de relevante na matéria? Basicamente, nada. Mas o que tem de gente "curiosa" que pipoca quando lê o nome Hitler, é demais. É mesmo necessário "saber" pela Amazon a quantidade de downloads pra se ter uma ideia de que este livro é muito baixado? E desde quando este é o pior livro com doutrina racista? Os Protocolos dos Sábios de Sião é bem pior. E ainda pior são as conclusões tiradas do "fato", lembra e muito a "história" dos 150 mil neonazis no Brasil (ler texto com entrevista do historiador René Gertz), número levantado de forma obscura pois só é possível saber disso com ordem judicial pra saber o que é baixado no país via provedores ou cada site divulgar os números.
A título de curiosidade: o que pinta de perfil no Facebook postando besteira sobre nazismo em grupos de segunda guerra, francamente, a gente fica enojado ou de saco cheio, e não é nem com o conteúdo em si e sim com a futilidade e banalidade como estas pessoas tratam essas questões, a falta de interesse em ler um livro (e ainda ficam com raiva quando a gente sugere, por puro recalque dessas pessoas, pois acham que quem sugere está "disputando" conhecimento) e por aí vai.
3. tentarei, mas não prometo, procurar depois esta matéria do El País (Espanha) pra ver se está mais completa. Tem mais outro assunto relacionado ao Mein Kampf que fica prum próximo post, só pra reforçar e mostrar o quanto estas matérias sensacionalistas são toscas.
4. não se deve tratar este tipo de assunto com histeria, tabu, pânico e sensacionalismo e sim de forma racional e objetiva, a quantidade de atrocidades do evento segunda guerra por si só se encarrega de gerar uma consciência crítica e humanista nas pessoas, a não ser que a pessoa seja um sociopata. Caso você seja uma pessoa que quer transformar um sociopata em humanista, sinto lhe informar: você está sendo cretino e pouco sensato (como se diz no popular: você está gastando vela com defunto ruim). Digo isso pois já vi gente fazendo isso, tentando dialogar cordialmente com esses fascistas achando que vão "humanizar" postura patológica de alguns deles, o que acaba sendo interpretado por eles como um ato de covardia ou mesmo provocação por parte de quem age assim.
Histeria e pânico não educam ninguém além de parir gente histérica, surtada, delirante, insensata e raivosa.
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domingo, 26 de janeiro de 2014
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Alemanha barra publicação de trechos da obra de Hitler
Decisão judicial sobre 'Mein Kampf' retoma debate sobre capacidade do país de lidar com obra que semeou o antissemitismo
The New York Times | 01/02/2012 08:01
Na semana passada as autoridades alemãs conseguiram mais uma vitória numa batalha contínua para impedir que o livro "Mein Kampf", famosa obra de Adolf Hitler, seja publicada na Alemanha. Um tribunal da Baviera decidiu que uma editora britânica não poderia publicar trechos anotados do livro.
A editora Peter McGee havia planejado publicar cerca de 100 mil cópias do livro com passagens importantes anotadas a partir de quinta-feira como parte de um projeto mais amplo de divulgar publicações históricas da era nazista. Mas uma ordem do tribunal estadual de Munique decidiu que a publicação do livro violaria direitos autorais da obra, que pertencem ao Estado da Baviera até 2015.
No começo da quarta-feira, ao antecipar a decisão, a editora com sede em Londres afirmou que iria segurar a publicação de trechos da obra.
Esta controvérsia faz parte do confronto ideológico que a Alemanha moderna enfrenta ao ter que lidar com uma obra que plantou as sementes do Holocausto. Cópias na oficiais de "Mein Kampf" são facilmente encontradas na internet e a publicação do livro é legalmente permitida no exterior, inclusive nos Estados Unidos.
Esta semana o governo divulgou os resultados de um estudo que durou dois anos e mostrou que um em cada cinco alemães ainda mantém crenças antissemitas, apesar de décadas em que as crianças foram educadas nas escolas do país sobre o judaísmo e a tolerância, além de uma forte rejeição ao antissemitismo por parte dos partidos políticos que governam o país.
"Apesar dos muitos programas em andamento e dos esforços feitos para lidar com isso, é incrível como é difícil mudar as crenças sobre esse assunto", disse Aycan Demirel, que lidera um grupo em Berlim que luta contra a propagação do antissemitismo entre os jovens imigrantes da Alemanha.
Mas a editora McGee, que queria publicar trechos do livro "Mein Kampf" em sua revista semanal, a Zeitungszeugen, diz que o livro tem uma reputação "mítica e carrega um significado injustificado só porque foi por muito tempo escondido, banido e proibido."
"Queremos que o 'Mein Kampf' esteja acessível às pessoas para que elas possam vê-lo pelo que ele é, e então descartá-lo", ele disse à agência de notícias Reuters na semana passada.
Mas muitas pessoas na Alemanha acreditam que disponibilizar o livro que Hitler escreveu para aqueles que ainda apoiam o que ele fez pode ser algo perigoso.
Cerca de 26 mil extremistas de direita são reconhecidos pelo governo, apenas uma pequena fração de uma população de 82 milhões de habitantes. Mas pela internet eles conseguem atingir um maior número da população em geral.
Um estudo feito pelo governo, divulgado na segunda-feira, constatou que os apoiadores da extrema-direita da Alemanha continuam sendo a fonte mais importante de disseminação de uma ideologia antissemita na Alemanha.
Em novembro, os alemães ficaram chocados quando autoridades descobriram um grupo de neonazistas que operou durante anos sem que ninguém tivesse qualquer consciência de suas ações, chegando a matar nove alemães de ascendência turca e grega entre 2000 e 2006, entre outros crimes. Um inquérito concluiu que estes membros tiveram ajuda de outros apoiadores do movimento que permitiram que eles vivessem escondidos.
Na quarta-feira, a polícia do Estado da Saxônia revistou a casa de algumas pessoas que eram suspeitas de ter fornecido armas e explosivos ao grupo.
São estes tipos de casos que deixam Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus em Berlim, dividido sobre "Mein Kampf" ainda dever ser considerado perigoso.
"Fico dividido sobre o assunto", disse ele, reconhecendo todo o esforço que foi feito para banir a ideologia nazista. "Se não podemos confiar na população alemã atual para lidar com o 'Mein Kampf' de uma maneira madura, então os anos que passamos tentando educar as pessoas sobre o Holocausto foram em vão.”
Por Melissa Eddy
Fonte: The New York Times/Último Segundo IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/alemanha-barra-publicacao-de-trechos-da-obra-de-hitler/n1597608100034.html
The New York Times | 01/02/2012 08:01
Imagem de dezembro de 1938 mostra Hitler em Berlim, na Alemanha (Foto: AP) |
A editora Peter McGee havia planejado publicar cerca de 100 mil cópias do livro com passagens importantes anotadas a partir de quinta-feira como parte de um projeto mais amplo de divulgar publicações históricas da era nazista. Mas uma ordem do tribunal estadual de Munique decidiu que a publicação do livro violaria direitos autorais da obra, que pertencem ao Estado da Baviera até 2015.
No começo da quarta-feira, ao antecipar a decisão, a editora com sede em Londres afirmou que iria segurar a publicação de trechos da obra.
Esta controvérsia faz parte do confronto ideológico que a Alemanha moderna enfrenta ao ter que lidar com uma obra que plantou as sementes do Holocausto. Cópias na oficiais de "Mein Kampf" são facilmente encontradas na internet e a publicação do livro é legalmente permitida no exterior, inclusive nos Estados Unidos.
Esta semana o governo divulgou os resultados de um estudo que durou dois anos e mostrou que um em cada cinco alemães ainda mantém crenças antissemitas, apesar de décadas em que as crianças foram educadas nas escolas do país sobre o judaísmo e a tolerância, além de uma forte rejeição ao antissemitismo por parte dos partidos políticos que governam o país.
"Apesar dos muitos programas em andamento e dos esforços feitos para lidar com isso, é incrível como é difícil mudar as crenças sobre esse assunto", disse Aycan Demirel, que lidera um grupo em Berlim que luta contra a propagação do antissemitismo entre os jovens imigrantes da Alemanha.
Mas a editora McGee, que queria publicar trechos do livro "Mein Kampf" em sua revista semanal, a Zeitungszeugen, diz que o livro tem uma reputação "mítica e carrega um significado injustificado só porque foi por muito tempo escondido, banido e proibido."
"Queremos que o 'Mein Kampf' esteja acessível às pessoas para que elas possam vê-lo pelo que ele é, e então descartá-lo", ele disse à agência de notícias Reuters na semana passada.
Mas muitas pessoas na Alemanha acreditam que disponibilizar o livro que Hitler escreveu para aqueles que ainda apoiam o que ele fez pode ser algo perigoso.
Cerca de 26 mil extremistas de direita são reconhecidos pelo governo, apenas uma pequena fração de uma população de 82 milhões de habitantes. Mas pela internet eles conseguem atingir um maior número da população em geral.
Um estudo feito pelo governo, divulgado na segunda-feira, constatou que os apoiadores da extrema-direita da Alemanha continuam sendo a fonte mais importante de disseminação de uma ideologia antissemita na Alemanha.
Em novembro, os alemães ficaram chocados quando autoridades descobriram um grupo de neonazistas que operou durante anos sem que ninguém tivesse qualquer consciência de suas ações, chegando a matar nove alemães de ascendência turca e grega entre 2000 e 2006, entre outros crimes. Um inquérito concluiu que estes membros tiveram ajuda de outros apoiadores do movimento que permitiram que eles vivessem escondidos.
Na quarta-feira, a polícia do Estado da Saxônia revistou a casa de algumas pessoas que eram suspeitas de ter fornecido armas e explosivos ao grupo.
São estes tipos de casos que deixam Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus em Berlim, dividido sobre "Mein Kampf" ainda dever ser considerado perigoso.
"Fico dividido sobre o assunto", disse ele, reconhecendo todo o esforço que foi feito para banir a ideologia nazista. "Se não podemos confiar na população alemã atual para lidar com o 'Mein Kampf' de uma maneira madura, então os anos que passamos tentando educar as pessoas sobre o Holocausto foram em vão.”
Por Melissa Eddy
Fonte: The New York Times/Último Segundo IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/alemanha-barra-publicacao-de-trechos-da-obra-de-hitler/n1597608100034.html
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
"Mein Kampf", de Hitler, volta às bancas da Alemanha
BERLIM, 16 Jan (Reuters) - O livro de Adolf Hitler "Mein Kampf" (Minha Luta), banido das livrarias alemãs, em breve estará disponível em bancas de jornal. Um editor britânico disse que publicará trechos do texto na Alemanha.
O Estado da Bavária, porém, que detém os direitos autorais da visão nazista sobre a supremacia racial ariana, disse que considera a possibilidade de entrar na Justiça para bloquear a publicação.
A republicação da autobiografia do ditador nazista, que expõe sua ambição de tomar vastas áreas de terra no leste da Europa para proporcionar espaço para a chamada raça superior, está proibida na Alemanha, a não ser para estudo acadêmico.
O primeiro dos três trechos de 16 páginas do livro, acompanhado por um comentário crítico, será publicado neste mês com uma tiragem de 100 mil cópias, disse à Reuters Peter McGee, chefe da editora Albertas Ltd, com sede em Londres.
"É um assunto delicado na Alemanha, mas o incrível é que a maioria dos alemães não tem acesso ao 'Mein Kampf' porque há um tabu, essa 'magia negra' que o cerca", afirmou ele.
"Queremos que o 'Mein Kampf' seja acessível para que as pessoas o vejam pelo que ele é, e depois o descartem. Uma vez exposto, ele pode retornar à lata de lixo da literatura", disse ele.
Os excertos serão distribuídos como um suplemento de uma publicação semanal da empresa, uma polêmica série chamada "Zeitungszeugen" ou "Testemunha do Jornal", que republica páginas dos jornais nazistas datados dos anos 1920 e 1930, com um comentário.
A mais recente edição da série, lançada na semana passada, vendeu até agora 250 mil exemplares, de acordo com McGee.
A secretaria de Finanças do Estado bávaro no sul da Alemanha, porém, que detém os direitos autorais, disse nesta segunda-feira que o suplemento da revista fere a lei dos direitos autorais.
"O ministério das Finanças bávaro atualmente estuda tomar medidas legais contra essa publicação", disse um porta-voz da secretaria num comunicado.
McGee, entretanto, defendeu o suplemento e disse que sua empresa age totalmente dentro da lei dos direitos autorais.
A divulgação da ideologia nazista para propósitos não educacionais está proibida na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Suásticas e a saudação nazista estão proibidas.
(Reportagem de Alice Baghdjian)
Fonte: Reuters Brasil
http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRSPE80F06O20120116
Ver mais:
Proibido, livro de Hitler deve ter trechos publicados na Alemanha (Terra, Brasil)
Excertos de "Mein Kampf" prestes a ser editados na Alemanha (Público, Portugal)
O Estado da Bavária, porém, que detém os direitos autorais da visão nazista sobre a supremacia racial ariana, disse que considera a possibilidade de entrar na Justiça para bloquear a publicação.
A republicação da autobiografia do ditador nazista, que expõe sua ambição de tomar vastas áreas de terra no leste da Europa para proporcionar espaço para a chamada raça superior, está proibida na Alemanha, a não ser para estudo acadêmico.
O primeiro dos três trechos de 16 páginas do livro, acompanhado por um comentário crítico, será publicado neste mês com uma tiragem de 100 mil cópias, disse à Reuters Peter McGee, chefe da editora Albertas Ltd, com sede em Londres.
"É um assunto delicado na Alemanha, mas o incrível é que a maioria dos alemães não tem acesso ao 'Mein Kampf' porque há um tabu, essa 'magia negra' que o cerca", afirmou ele.
"Queremos que o 'Mein Kampf' seja acessível para que as pessoas o vejam pelo que ele é, e depois o descartem. Uma vez exposto, ele pode retornar à lata de lixo da literatura", disse ele.
Os excertos serão distribuídos como um suplemento de uma publicação semanal da empresa, uma polêmica série chamada "Zeitungszeugen" ou "Testemunha do Jornal", que republica páginas dos jornais nazistas datados dos anos 1920 e 1930, com um comentário.
A mais recente edição da série, lançada na semana passada, vendeu até agora 250 mil exemplares, de acordo com McGee.
A secretaria de Finanças do Estado bávaro no sul da Alemanha, porém, que detém os direitos autorais, disse nesta segunda-feira que o suplemento da revista fere a lei dos direitos autorais.
"O ministério das Finanças bávaro atualmente estuda tomar medidas legais contra essa publicação", disse um porta-voz da secretaria num comunicado.
McGee, entretanto, defendeu o suplemento e disse que sua empresa age totalmente dentro da lei dos direitos autorais.
A divulgação da ideologia nazista para propósitos não educacionais está proibida na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Suásticas e a saudação nazista estão proibidas.
(Reportagem de Alice Baghdjian)
Fonte: Reuters Brasil
http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRSPE80F06O20120116
Ver mais:
Proibido, livro de Hitler deve ter trechos publicados na Alemanha (Terra, Brasil)
Excertos de "Mein Kampf" prestes a ser editados na Alemanha (Público, Portugal)
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