O Instituto de História Contemporânea de Munique está a preparar uma nova edição comentada do livro "Mein Kampf", de Adolf Hitler. A polêmica gerada em torno do projeto não é nova, mas a ideia vai mesmo ser concretizada, segundo os decisores políticos.
Os direitos autorais da obra fundamental do ditador nazi estavam, desde 1948, nas mãos do ministério das Finanças da Baviera, assim como todos os bens que pertenciam ao Führer.
Tendo em conta que os direitos sobre o livro ("Minha Luta", em tradução livre) expiram a 31 de dezembro de 2015, e de modo a evitar a publicação de novas edições financiadas pela extrema direita, o instituto de Munique conseguiu, em 2012, obter uma autorização do governo bávaro para publicar uma edição comentada do livro.
Segundo conta o jornal El País, o ambicioso projeto do Instituto esteve quase a fracassar em dezembro do ano passado quando a chefe do Executivo bávaro, Christine Haderthauer, anunciou que o governo do Estado continuaria a impedir a publicação do famoso livro, mesmo depois de caducarem os direitos autorais. "A nossa posição é de que será preciso deter também o projeto do Instituto porque não é tarefa do Estado difundir propaganda nazi", defendeu a chefe do gabinete bávaro.
No entanto, na última quarta-feira, o ministro da Cultura da Baviera, Ludwig Spaenle, anunciou, depois de um polêmico debate no parlamento regional, que Munique renunciaria a novas medidas judiciais contra a reedição, pelo instituto, de "Mein Kampf".
"Não se pode atentar contra a liberdade científica", sustentou o ministro bávaro. "[o instituto] pode publicar uma edição sob sua própria responsabilidade", acrescentou.
O livro, uma obra fundamental sobre os ideais do nacional-socialismo, foi concluído pelo autor em 1925. No último meio século, a reprodução e venda do volume estiveram proibidos na Alemanha. No final da década de setenta, uma decisão do Supremo Tribunal da então Alemanha Federal autorizou a venda, mas apenas a antiquários. Atualmente, com a difusão dos meios de edição digital não será fácil impedir a circulação daquele instrumento de propaganda nazi.
Fonte: Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=681357
Observações:
1. é importante uma publicação comentada por historiadores deste livro, é uma forma de criar uma publicação com conteúdo em contraponto à edição original que conta só com os delírios racistas do cabo da Bavária, com conteúdo pra lá de duvidoso a não ser exibir a cretinice megalomaníaca e obsessão racista dele, fora pencas de erros históricos de todo tipo.
Seria um erro grosseiro e estúpido do Estado da Bavária proibir a publicação de um livro comentado por historiadores (esta sim uma publicação interessante) ignorando que perderá o controle da publicação do livro. Se é que a tem pois dá pra encontrar pilhas de cópias deste livro na internet (em vários idiomas). Castrar a ideia genial do Instituto é no mínimo tolice ou preciosismo por parte do Estado da Bavária que acaba por criar um ar de "mistério" sobre o livro e um certo tabu, e tabus costumam atrair mais ainda gente sem formação histórica/política alguma que fará uma leitura literal do original deste livro sem as contextualizações dos historiadores, por curiosidade mórbida ou idiota, criando um público idiotizado em torno do "simbolismo" por conta desse excesso de "temor" com uma publicação comentada, edição que poderia ter saído antes mesmo da pressão em torno do livro por conta dele cair em domínio público.
2. a mídia, mais precisamente a grande mídia brasileira (jornalões, portais de notícias e TV aberta) constantemente cria mistificações e sensacionalismo barato sobre esse livro e o tema nazismo e Holocausto, o que acaba despertando a curiosidade (na maioria dos casos, estúpida) de um público leigo sem formação política alguma e que mal lê. Isto pode vir a ajudar na proliferação de doutrinas racistas.
Colocam o mercantilismo barato da notícia pela notícia acima da questão ética de publicarem um texto mais equilibrado e de fato informativo sobre o assunto. Esta questão ficará pra outro tópico a respeito do problema da mídia divulgando baboseiras sobre estes temas delicados como genocídio, nazismo e afins. Como dá pra notar, eu não sou muito "fã" da mídia brasileira (é uma generalização obviamente, alguns ainda se salvam, mas poucos...), que parece agir como um partido político do que algo voltado ao jornalismo.
Pra ilustrar o problema: esta notícia saiu há pouco tempo: E-book Mein Kampf torna-se um best-seller na Amazon. O que há de relevante na matéria? Basicamente, nada. Mas o que tem de gente "curiosa" que pipoca quando lê o nome Hitler, é demais. É mesmo necessário "saber" pela Amazon a quantidade de downloads pra se ter uma ideia de que este livro é muito baixado? E desde quando este é o pior livro com doutrina racista? Os Protocolos dos Sábios de Sião é bem pior. E ainda pior são as conclusões tiradas do "fato", lembra e muito a "história" dos 150 mil neonazis no Brasil (ler texto com entrevista do historiador René Gertz), número levantado de forma obscura pois só é possível saber disso com ordem judicial pra saber o que é baixado no país via provedores ou cada site divulgar os números.
A título de curiosidade: o que pinta de perfil no Facebook postando besteira sobre nazismo em grupos de segunda guerra, francamente, a gente fica enojado ou de saco cheio, e não é nem com o conteúdo em si e sim com a futilidade e banalidade como estas pessoas tratam essas questões, a falta de interesse em ler um livro (e ainda ficam com raiva quando a gente sugere, por puro recalque dessas pessoas, pois acham que quem sugere está "disputando" conhecimento) e por aí vai.
3. tentarei, mas não prometo, procurar depois esta matéria do El País (Espanha) pra ver se está mais completa. Tem mais outro assunto relacionado ao Mein Kampf que fica prum próximo post, só pra reforçar e mostrar o quanto estas matérias sensacionalistas são toscas.
4. não se deve tratar este tipo de assunto com histeria, tabu, pânico e sensacionalismo e sim de forma racional e objetiva, a quantidade de atrocidades do evento segunda guerra por si só se encarrega de gerar uma consciência crítica e humanista nas pessoas, a não ser que a pessoa seja um sociopata. Caso você seja uma pessoa que quer transformar um sociopata em humanista, sinto lhe informar: você está sendo cretino e pouco sensato (como se diz no popular: você está gastando vela com defunto ruim). Digo isso pois já vi gente fazendo isso, tentando dialogar cordialmente com esses fascistas achando que vão "humanizar" postura patológica de alguns deles, o que acaba sendo interpretado por eles como um ato de covardia ou mesmo provocação por parte de quem age assim.
Histeria e pânico não educam ninguém além de parir gente histérica, surtada, delirante, insensata e raivosa.
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domingo, 26 de janeiro de 2014
terça-feira, 22 de março de 2011
6 anos de prisão para Demjanjuk. Último julgamento de criminoso de guerra nazi na Alemanha
Promotores alemães pedem seis anos de prisão para acusado nazi
terça-feira 22 de março de 2011 16:59 GYT
Por Christian Kraemer
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - Promotores alemães pediram nesta terça-feira seis anos de cárcere para John Demjanjuk, acusado de ajudar a matar 27.900 judeus no Holocausto, ao final do que provavelmente seja o último julgamento por crimes de guerra no país.
O promotor do Estado Hans-Joachim Lutz disse ante o tribunal de Munique, ao final do julgamento que durou 16 meses, que Demjanjuk, de 90 anos, foi "parte da maquinária nazi" e cúmplice do assassinato de judeus.
"Qualquer um com tanta culpa como esta deve ser castigado, apesar de uma idade tão avançada e inclusive 60 anos depois do crime", disse Lutz em seus argumentos finais. Os promotores podiam ter pedido uma condenação de até 15 anos.
Demjanjuk negou qualquer papel no Holocausto. Declarou que foi recrutado pelo exército soviético em 1941, e que se converteu em um prisioneiro de guerra alemão e que trabalhou em campos de prisioneiros alemães.
Os promotores acusam Demjanjuk, que esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, de ajudar nas mortes no campo de extermínio de Sobibor, onde é apontado que cerca de 250.000 judeus foram assassinados. O acusado nega haver ali trabalhado.
Sua família disse que estava demasiado frágil para se submeter a um julgamento, que começou em novembro de 2009 na cadeira de rodas e ao qual compareceu acamado.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e combateu no Exército Vermelho antes que os nazis o capturassem e o recrutassem como guarda do campo. Emigrou para os Estados Unidos em 1951 e se naturalizou em 1958.
Lutz disse que baseia seu pedido de seis anos de prisão pelo alto número de vítimas. Também afirmou que muitos outros prisioneiros de guerra que se converteram em guardas haviam conseguido escapar.
"O acusado poderia ter tentado escapar", disse e acrescentou que Demjanjuk participou voluntariamente e por convicção na aniquilação de judeus.
O promotor disse que quanto maior for o crime, maior era a necessidade de se evitá-lo se tentar escapar fosse arriscado.
Demjanjuk foi sentenciado à morte em Israel en 1988 depois de que os sobreviventes do Holocausto disseram que era o célebre guarda apeliado de "Ivan o terrível" no campo de Treblinka, onde morreram 870.000 pessoas.
O Supremo Tribunal de Israel anulou depois a condenação quando novas provas demonstraram que outro homem foi provavelmente o guarda de Treblinka.
(Reportagem de Christian Kraemer; Traduzido para o espanhol por Raquel Castillo na Redação de Madrid)
Fonte: Reuters (América Latina)
http://lta.reuters.com/article/worldNews/idLTASIE72L15720110322
http://lta.reuters.com/article/worldNews/idLTASIE72L15720110322?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira 22 de março de 2011 16:59 GYT
Por Christian Kraemer
John Demjanjuk |
O promotor do Estado Hans-Joachim Lutz disse ante o tribunal de Munique, ao final do julgamento que durou 16 meses, que Demjanjuk, de 90 anos, foi "parte da maquinária nazi" e cúmplice do assassinato de judeus.
"Qualquer um com tanta culpa como esta deve ser castigado, apesar de uma idade tão avançada e inclusive 60 anos depois do crime", disse Lutz em seus argumentos finais. Os promotores podiam ter pedido uma condenação de até 15 anos.
Demjanjuk negou qualquer papel no Holocausto. Declarou que foi recrutado pelo exército soviético em 1941, e que se converteu em um prisioneiro de guerra alemão e que trabalhou em campos de prisioneiros alemães.
Os promotores acusam Demjanjuk, que esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, de ajudar nas mortes no campo de extermínio de Sobibor, onde é apontado que cerca de 250.000 judeus foram assassinados. O acusado nega haver ali trabalhado.
Sua família disse que estava demasiado frágil para se submeter a um julgamento, que começou em novembro de 2009 na cadeira de rodas e ao qual compareceu acamado.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e combateu no Exército Vermelho antes que os nazis o capturassem e o recrutassem como guarda do campo. Emigrou para os Estados Unidos em 1951 e se naturalizou em 1958.
Lutz disse que baseia seu pedido de seis anos de prisão pelo alto número de vítimas. Também afirmou que muitos outros prisioneiros de guerra que se converteram em guardas haviam conseguido escapar.
"O acusado poderia ter tentado escapar", disse e acrescentou que Demjanjuk participou voluntariamente e por convicção na aniquilação de judeus.
O promotor disse que quanto maior for o crime, maior era a necessidade de se evitá-lo se tentar escapar fosse arriscado.
Demjanjuk foi sentenciado à morte em Israel en 1988 depois de que os sobreviventes do Holocausto disseram que era o célebre guarda apeliado de "Ivan o terrível" no campo de Treblinka, onde morreram 870.000 pessoas.
O Supremo Tribunal de Israel anulou depois a condenação quando novas provas demonstraram que outro homem foi provavelmente o guarda de Treblinka.
(Reportagem de Christian Kraemer; Traduzido para o espanhol por Raquel Castillo na Redação de Madrid)
Fonte: Reuters (América Latina)
http://lta.reuters.com/article/worldNews/idLTASIE72L15720110322
http://lta.reuters.com/article/worldNews/idLTASIE72L15720110322?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0
Tradução: Roberto Lucena
domingo, 30 de maio de 2010
1920: Lançado o programa do partido de Hitler
Em 24 de fevereiro de 1920, o Partido Alemão dos Trabalhadores apresenta um programa nacionalista, anti-semita e anticapitalista. No mesmo dia, torna-se Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP).
(Foto)Hitler discursa em Reichenberg
"Essa risível pequena criação, com seus poucos filiados, me pareceu ter a vantagem de ainda não ter se solidificado numa 'organização'. Aqui ainda se podia trabalhar, e quanto menor o movimento fosse, tanto mais ele estaria apto a ser conduzido à forma certa. Aqui o conteúdo, o objetivo e o meio ainda podiam ser determinados." Palavras de Adolf Hitler em seu livro Mein Kampf (Minha Luta).
A "risível pequena criação" mencionada era o Partido Alemão dos Trabalhadores (DAP), um partido de direita, no qual Hitler ingressou em setembro de 1919. Como narra o historiador Eberhard Jäckel, de Stuttgart:
"Era realmente um grupo muito pequeno e insignificante de Munique, de fundo bávaro. Chamava-se então Partido Alemão dos Trabalhadores. Hitler entrou em contato com ele apenas alguns meses depois da fundação."
Hitler fazia parte de um comando militar que passou a controlar Munique após o breve período de regime socialista aí instaurado por Kurt Eisner, assassinado em fevereiro de 1919. Nesse mesmo ano, Hitler filiou-se ao pequeno partido, fundado pelo ferroviário Anton Drexler e o jornalista Karl Harrer. Não demorou para que assumisse a chefia do departamento de propaganda da agremiação. Sua influência sobre o partido foi tão grande que escreveu de próprio punho o programa de 25 pontos, apresentado em 1920.
Reivindicações populistas
O programa exigia, em primeiro lugar, a unificação de todos os alemães numa Grande Alemanha. Exigia a aquisição de colônias e o cancelamento do Tratado de Versalhes, que selou a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Além disso, só teria o direito de ser cidadão alemão quem tivesse "sangue alemão". Os não alemães não teriam acesso aos órgãos públicos e estariam sujeitos a leis especiais.
As diretrizes socialistas do programa concentravam-se na estatização das empresas e na exigência de participação nos lucros de grandes firmas. No aspecto da política interna, citava apenas palavras de ordem, sem oferecer estratégias definidas. Pregava, por exemplo, o combate "à mentira política" ou "melhorias na saúde da população".
Em suma, um apanhado de reivindicações populistas, apresentadas na época diante de 2 mil pessoas, na famosa cervejaria Hofbräuhaus de Munique. Hitler aproveitou para mudar o nome do partido para Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (Nazionalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), de onde foi retirada a sigla nazi, pela qual passou a ser identificado.
O pequeno partido nazista começou a arregimentar elementos das mais variadas tendências e classes sociais. O próprio partido se via como "movimento" que representava os anseios da população. Um movimento em que Hitler foi tomando as rédeas, até assumir a presidência, em 1921.
Dois anos depois, fracassou na tentativa de golpe que ficou conhecida como "o putsch da cervejaria de Munique", para derrubar a República de Weimar. Hitler foi condenado a cinco anos de prisão, mas só cumpriu nove meses.
Resolveu então chegar ao poder através de eleições e começou a reorganizar seu pequeno partido. Na grave crise econômica de 1929, a classe média e os industriais, temerosos do avanço do comunismo, viram a salvação nos nazistas. Em 1930, o partido foi o segundo mais votado no país, com seis milhões de votos.
Heinz Dylong (rw)
Fonte: Deustche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,445953,00.html
(Foto)Hitler discursa em Reichenberg
"Essa risível pequena criação, com seus poucos filiados, me pareceu ter a vantagem de ainda não ter se solidificado numa 'organização'. Aqui ainda se podia trabalhar, e quanto menor o movimento fosse, tanto mais ele estaria apto a ser conduzido à forma certa. Aqui o conteúdo, o objetivo e o meio ainda podiam ser determinados." Palavras de Adolf Hitler em seu livro Mein Kampf (Minha Luta).
A "risível pequena criação" mencionada era o Partido Alemão dos Trabalhadores (DAP), um partido de direita, no qual Hitler ingressou em setembro de 1919. Como narra o historiador Eberhard Jäckel, de Stuttgart:
"Era realmente um grupo muito pequeno e insignificante de Munique, de fundo bávaro. Chamava-se então Partido Alemão dos Trabalhadores. Hitler entrou em contato com ele apenas alguns meses depois da fundação."
Hitler fazia parte de um comando militar que passou a controlar Munique após o breve período de regime socialista aí instaurado por Kurt Eisner, assassinado em fevereiro de 1919. Nesse mesmo ano, Hitler filiou-se ao pequeno partido, fundado pelo ferroviário Anton Drexler e o jornalista Karl Harrer. Não demorou para que assumisse a chefia do departamento de propaganda da agremiação. Sua influência sobre o partido foi tão grande que escreveu de próprio punho o programa de 25 pontos, apresentado em 1920.
Reivindicações populistas
O programa exigia, em primeiro lugar, a unificação de todos os alemães numa Grande Alemanha. Exigia a aquisição de colônias e o cancelamento do Tratado de Versalhes, que selou a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Além disso, só teria o direito de ser cidadão alemão quem tivesse "sangue alemão". Os não alemães não teriam acesso aos órgãos públicos e estariam sujeitos a leis especiais.
As diretrizes socialistas do programa concentravam-se na estatização das empresas e na exigência de participação nos lucros de grandes firmas. No aspecto da política interna, citava apenas palavras de ordem, sem oferecer estratégias definidas. Pregava, por exemplo, o combate "à mentira política" ou "melhorias na saúde da população".
Em suma, um apanhado de reivindicações populistas, apresentadas na época diante de 2 mil pessoas, na famosa cervejaria Hofbräuhaus de Munique. Hitler aproveitou para mudar o nome do partido para Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (Nazionalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), de onde foi retirada a sigla nazi, pela qual passou a ser identificado.
O pequeno partido nazista começou a arregimentar elementos das mais variadas tendências e classes sociais. O próprio partido se via como "movimento" que representava os anseios da população. Um movimento em que Hitler foi tomando as rédeas, até assumir a presidência, em 1921.
Dois anos depois, fracassou na tentativa de golpe que ficou conhecida como "o putsch da cervejaria de Munique", para derrubar a República de Weimar. Hitler foi condenado a cinco anos de prisão, mas só cumpriu nove meses.
Resolveu então chegar ao poder através de eleições e começou a reorganizar seu pequeno partido. Na grave crise econômica de 1929, a classe média e os industriais, temerosos do avanço do comunismo, viram a salvação nos nazistas. Em 1930, o partido foi o segundo mais votado no país, com seis milhões de votos.
Heinz Dylong (rw)
Fonte: Deustche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,445953,00.html
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Ex-nazista é condenado à prisão perpétua por crimes de guerra
Nesta terça-feira, Josef Scheungraber, ex-comandante de infantaria do exército nazista de Hitler, agora com 90 anos, foi sentenciado a prisão perpétua. A pena é referente a participação de Scheungraber no assassinato de dez civis em um vilarejo em Toscana, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar do ex-militar negar as acusações, e alegar ter passado a guarda dos tais civis para outros militares alemãs, e não saber o que se deu com eles depois, um tribunal em Munique, condenou o idoso. O julgamento durou cerca de onze meses e aconteceu em um tribunal especial de guerras.
O crime aconteceu em 26 de junho de 1944, quando Scheungraber tinha 25 anos. Apenas uma testemunha prestou depoimento. Gino Massetti, que tinha apenas 15 anos na época, contou que soldados nazistas fuzilaram uma senhora de 74 anos e mais três homens. Ele aformou que mais onze pessoas foram presas.
O condenado, que vive há muitos anos em Ottobrunn, Munique, era tenente comandante de uma tropa de engenheiros de infantaria e chegou a receber homenagens de autoridades locais por seus feitos na segunda Guerra.
Fonte: Redação SRZD
http://www.sidneyrezende.com/noticia/50740+ex+nazista+e+condenado+a+prisao+perpetua+por+crimes+de+guerra
Apesar do ex-militar negar as acusações, e alegar ter passado a guarda dos tais civis para outros militares alemãs, e não saber o que se deu com eles depois, um tribunal em Munique, condenou o idoso. O julgamento durou cerca de onze meses e aconteceu em um tribunal especial de guerras.
O crime aconteceu em 26 de junho de 1944, quando Scheungraber tinha 25 anos. Apenas uma testemunha prestou depoimento. Gino Massetti, que tinha apenas 15 anos na época, contou que soldados nazistas fuzilaram uma senhora de 74 anos e mais três homens. Ele aformou que mais onze pessoas foram presas.
O condenado, que vive há muitos anos em Ottobrunn, Munique, era tenente comandante de uma tropa de engenheiros de infantaria e chegou a receber homenagens de autoridades locais por seus feitos na segunda Guerra.
Fonte: Redação SRZD
http://www.sidneyrezende.com/noticia/50740+ex+nazista+e+condenado+a+prisao+perpetua+por+crimes+de+guerra
domingo, 9 de novembro de 2008
Merkel lembra horror nazista contra judeus e pede que ninguém se cale
Da EFE
Gemma Casadevall.
Berlim, 9 nov (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou hoje o "horror" gerado pelos "pogroms" nazistas contra os judeus, e defendeu não se calar diante do anti-semitismo presente, sejam provenientes da extrema-direita ou dos que questionam o direito de Israel existir, seja do "Hamas, Hisbolá ou Irã".
"Os 'pogroms' - ondas de atos violentos contra judeus na Alemanha e na Áustria em diferentes ocasiões durante o Terceiro Reich - não foram o primeiro capítulo do anti-semitismo nazista, mas abriram as portas para a catástrofe das catástrofes", disse Merkel na sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, nos 70 anos da "Noite dos Cristais" (Kristallnacht").
"Naquela noite, as sinagogas queimaram, depois queimou toda a Alemanha, depois toda a Europa", prosseguiu. Merkel pediu que ninguém cometa o erro de ontem e não se cale agora diante de outras formas de anti-semitismo.
A grande vergonha do cidadão da época foi "não dar um grito" enquanto arrancavam seus vizinhos judeu, comunista, social-democrata ou cigano de suas casas, "pois achava que a coisa não era com ele". Da mesma forma, seria vergonhoso agora não se fazer nada diante de quem "ameaça a existência de Israel", afirmou.
"A xenofobia, o racismo e o anti-semitismo não devem ter mais cabimento na Europa", disse, e isso deve se estender também ao mundo árabe e a outras partes do planeta.
Merkel lembrou os "pogroms" de 9 de novembro de 1938 como "a noite que representa o início do Holocausto", enquanto a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, sua experiência, como uma menina de 6 anos de Munique.
"O medo de percorrer essas ruas de comércios devastados com meu pai me acompanhou por toda a vida", disse. "O medo continua", acrescentou, seja pelas lembranças ou diante do aumento das forças dos neonazistas, para quem a Alemanha não pode "baixar a guarda".
Da sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha, Merkel e Knobloch traçaram uma parábola do horror do Terceiro Reich ao anti-semitismo atual. Da mesma forma que quase todos os templos judeus, esta sinagoga foi incendiada durante os "pogroms". As chamas não a destruíram, mas os nazistas a reduziram a estábulo para cavalos.
No ano passado, a sinagoga reabriu suas portas, restaurada com o retorno da Torá (livro de lei dos judeus), em um ato que simbolizou o milagre do lento, mas efetivo, retorno da comunidade judaica ao país do Holocausto.
A "Noite dos Cristais" representou o incêndio de mais de mil sinagogas na Alemanha e na Áustria. Cerca de 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil comércios judeus foram destruídos e 91 pessoas morreram.
No dia seguinte, aconteceu a prisão e deportação de 30 mil judeus para campos de concentração. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), o número era de milhões.
O ministro da propaganda nazista da época, Joseph Goebbels, falou de uma "explosão espontânea de ira" pelo assassinato, em Paris, do diplomata alemão Ernst von Rath por um jovem judeu.
Ele próprio se encarregou de propagar uma onda anti-semita a partir da Prefeitura de Munique. Depois, houve uma operação articulada pela Gestapo (Polícia secreta), SA (guarda do Exército) e SS (guarda especial), em meio à cumplicidade e ao entusiasmo de parte da população e à passividade ou à impotência de outros.
O dia 9 de novembro concentra grande carga histórica na Alemanha. Essa data recorda a "Noite dos Cristais", 70 anos atrás, e também a queda do Muro de Berlim, em 1989.
"A noite da alegria, a noite da vergonha", resumiu hoje o jornal "Der Tagesspiegel", diante das duas datas.
Os "pogroms" de 1938 continuam envergonhando a Alemanha atual, pois simbolizam o início de uma perseguição que levou ao Holocausto, que deixou o saldo de 6 milhões de judeus mortos.
A queda do Muro de Berlim representou não só o fim de décadas de divisão na Guerra Fria, mas também a bipolaridade em blocos da Alemanha e do resto do mundo.
Para Berlim, foi uma façanha heróica, o triunfo da revolução pacífica contra o regime comunista de Moscou.
A comemoração da queda do Muro de Berlim foi discreta este ano. Apenas uma oferenda floral na Bernauerstrasse, uma das ruas que foi dividida pelo Muro e onde ainda se conserva um fragmento dele.
A grande ocasião para recordar a noite mais famosa na história da Berlim recente fica para 2009, coincidindo com o 20º aniversário da abertura de fato da fronteira inter-alemã. EFE
Fonte: G1/EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL855486-7084,00-MERKEL+LEMBRA+HORROR+NAZISTA+CONTRA+JUDEUS+E+PEDE+QUE+NINGUEM+SE+CALE.html
Gemma Casadevall.
Berlim, 9 nov (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou hoje o "horror" gerado pelos "pogroms" nazistas contra os judeus, e defendeu não se calar diante do anti-semitismo presente, sejam provenientes da extrema-direita ou dos que questionam o direito de Israel existir, seja do "Hamas, Hisbolá ou Irã".
"Os 'pogroms' - ondas de atos violentos contra judeus na Alemanha e na Áustria em diferentes ocasiões durante o Terceiro Reich - não foram o primeiro capítulo do anti-semitismo nazista, mas abriram as portas para a catástrofe das catástrofes", disse Merkel na sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, nos 70 anos da "Noite dos Cristais" (Kristallnacht").
"Naquela noite, as sinagogas queimaram, depois queimou toda a Alemanha, depois toda a Europa", prosseguiu. Merkel pediu que ninguém cometa o erro de ontem e não se cale agora diante de outras formas de anti-semitismo.
A grande vergonha do cidadão da época foi "não dar um grito" enquanto arrancavam seus vizinhos judeu, comunista, social-democrata ou cigano de suas casas, "pois achava que a coisa não era com ele". Da mesma forma, seria vergonhoso agora não se fazer nada diante de quem "ameaça a existência de Israel", afirmou.
"A xenofobia, o racismo e o anti-semitismo não devem ter mais cabimento na Europa", disse, e isso deve se estender também ao mundo árabe e a outras partes do planeta.
Merkel lembrou os "pogroms" de 9 de novembro de 1938 como "a noite que representa o início do Holocausto", enquanto a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, sua experiência, como uma menina de 6 anos de Munique.
"O medo de percorrer essas ruas de comércios devastados com meu pai me acompanhou por toda a vida", disse. "O medo continua", acrescentou, seja pelas lembranças ou diante do aumento das forças dos neonazistas, para quem a Alemanha não pode "baixar a guarda".
Da sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha, Merkel e Knobloch traçaram uma parábola do horror do Terceiro Reich ao anti-semitismo atual. Da mesma forma que quase todos os templos judeus, esta sinagoga foi incendiada durante os "pogroms". As chamas não a destruíram, mas os nazistas a reduziram a estábulo para cavalos.
No ano passado, a sinagoga reabriu suas portas, restaurada com o retorno da Torá (livro de lei dos judeus), em um ato que simbolizou o milagre do lento, mas efetivo, retorno da comunidade judaica ao país do Holocausto.
A "Noite dos Cristais" representou o incêndio de mais de mil sinagogas na Alemanha e na Áustria. Cerca de 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil comércios judeus foram destruídos e 91 pessoas morreram.
No dia seguinte, aconteceu a prisão e deportação de 30 mil judeus para campos de concentração. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), o número era de milhões.
O ministro da propaganda nazista da época, Joseph Goebbels, falou de uma "explosão espontânea de ira" pelo assassinato, em Paris, do diplomata alemão Ernst von Rath por um jovem judeu.
Ele próprio se encarregou de propagar uma onda anti-semita a partir da Prefeitura de Munique. Depois, houve uma operação articulada pela Gestapo (Polícia secreta), SA (guarda do Exército) e SS (guarda especial), em meio à cumplicidade e ao entusiasmo de parte da população e à passividade ou à impotência de outros.
O dia 9 de novembro concentra grande carga histórica na Alemanha. Essa data recorda a "Noite dos Cristais", 70 anos atrás, e também a queda do Muro de Berlim, em 1989.
"A noite da alegria, a noite da vergonha", resumiu hoje o jornal "Der Tagesspiegel", diante das duas datas.
Os "pogroms" de 1938 continuam envergonhando a Alemanha atual, pois simbolizam o início de uma perseguição que levou ao Holocausto, que deixou o saldo de 6 milhões de judeus mortos.
A queda do Muro de Berlim representou não só o fim de décadas de divisão na Guerra Fria, mas também a bipolaridade em blocos da Alemanha e do resto do mundo.
Para Berlim, foi uma façanha heróica, o triunfo da revolução pacífica contra o regime comunista de Moscou.
A comemoração da queda do Muro de Berlim foi discreta este ano. Apenas uma oferenda floral na Bernauerstrasse, uma das ruas que foi dividida pelo Muro e onde ainda se conserva um fragmento dele.
A grande ocasião para recordar a noite mais famosa na história da Berlim recente fica para 2009, coincidindo com o 20º aniversário da abertura de fato da fronteira inter-alemã. EFE
Fonte: G1/EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL855486-7084,00-MERKEL+LEMBRA+HORROR+NAZISTA+CONTRA+JUDEUS+E+PEDE+QUE+NINGUEM+SE+CALE.html
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sábado, 8 de novembro de 2008
Maurice Bavaud - Suíça homenageia estudante que tentou matar Hitler
O presidente suíço lamentou esta sexta-feira que o seu país tenha falhado todas as vias diplomáticas para impedir que os nazis executassem um estudante suíço que tentou matar Hitler há 70 anos
Maurice Bavaud era estudante de teologia e tinha 25 anos quando foi executado na famosa prisão de Ploetzensee, em Berlim, depois de ter levado a cabo uma tentativa falhada de assassinar Adolf Hitler numa parada nazi em Munique a 9 de Novembro de 1938.
Por coincidência, Bavaud levou a cabo o atentado horas antes da Kristallnacht, ou Noite de Cristal, na qual os nazis destruíram sinagogas e lojas de judeus em toda a Alemanha e Áustria. «Ele parece ter antecipado a tragédia que Hitler traria para o mundo inteiro», afirmou o presidente Pascal Couchepin num comunicado no seu site oficial. «Por isto ele merece a nossa lembrança e reconhecimento».
Bavaud, que considerava o líder nazi um perigo para a Suíça, para o Cristianismo e para toda a Humanidade, foi preso alguns dias depois do seu atentado e, depois de ter sido torturado pela polícia secreta Gestapo, confessou os seus planos.
A Suíça, que seguiu uma política de neutralidade em relação à Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial, falhou na intervenção do caso Bavaud que foi guilhotinado em Maio de 1941.
A história deste estudante é pouco conhecida fora da Suíça, ao contrário do grupo de militares alemães que tentaram matar Hitler em 1944, quase seis anos depois do atentado de Bavaud. Este último serve de mote ao filme Valkyrie, de Tom Cruise, no qual o actor norte-americano desempenha o papel principal.
Fonte: Sol(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=115926
História de Maurice Bavaud e sua carta:
http://www.cyranos.ch/bavaud-e.htm
Maurice Bavaud era estudante de teologia e tinha 25 anos quando foi executado na famosa prisão de Ploetzensee, em Berlim, depois de ter levado a cabo uma tentativa falhada de assassinar Adolf Hitler numa parada nazi em Munique a 9 de Novembro de 1938.
Por coincidência, Bavaud levou a cabo o atentado horas antes da Kristallnacht, ou Noite de Cristal, na qual os nazis destruíram sinagogas e lojas de judeus em toda a Alemanha e Áustria. «Ele parece ter antecipado a tragédia que Hitler traria para o mundo inteiro», afirmou o presidente Pascal Couchepin num comunicado no seu site oficial. «Por isto ele merece a nossa lembrança e reconhecimento».
Bavaud, que considerava o líder nazi um perigo para a Suíça, para o Cristianismo e para toda a Humanidade, foi preso alguns dias depois do seu atentado e, depois de ter sido torturado pela polícia secreta Gestapo, confessou os seus planos.
A Suíça, que seguiu uma política de neutralidade em relação à Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial, falhou na intervenção do caso Bavaud que foi guilhotinado em Maio de 1941.
A história deste estudante é pouco conhecida fora da Suíça, ao contrário do grupo de militares alemães que tentaram matar Hitler em 1944, quase seis anos depois do atentado de Bavaud. Este último serve de mote ao filme Valkyrie, de Tom Cruise, no qual o actor norte-americano desempenha o papel principal.
Fonte: Sol(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=115926
História de Maurice Bavaud e sua carta:
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Salvadores Alemães 7 - Karl Schörghofer e Paul Seele
Karl Schörghofer
Karl Schörghofer trabalhava desde 1923 como administrador do novo cemitério judeu de Munique. Ali mesmo vivia com sua família.
Desde 1935 a família Schörghofer tinha problemas com a administração nacional-socialista. As leis de raça de Nuremberg proibiam aos arianos trabalhar para judeus.
Karl Schörghofer escondeu no cemitério artigos de valor que pertenciam a judeus emigrados. Quando em 1944 lhe pediram para ajudar a uma criança judia órfã, foi buscar apoio junto a sua filha Martha Schleipfer. Ela acolheu a criança em sua casa num pequeno povoado da Baviera.
Apesar das frequentes batidas da Gestapo, em janeiro de 1944 os Schörghofer esconderam um refugiado judeu no sótão de sua casa. Em fevereiro de 1945 deram refúgio a outros cinco judeus clandestinos.
Em fins de fevereiro de 1945, os Schörghofer e os judeus que estavam escondidos em sua casa foram denunciados. Kurt Kahn e Klara Schwalb foram presos numa batida, mas pouco tempo depois conseguiram escapar da Gestapo e voltar ao terreno do cemitério. Junto com os demais aí escondidos sobreviveram até o fim da guerra.
Finalizado o conflito bélico Karl Schörghofer ajudou aos judeus sobreviventes do Holocausto alojados num acampamento próximo para pessoas refugiadas.
Ao se encontrar bens de contrabando no terreno do cemitério e ao descobrirem que Karl Schrörghofer havia permitido o sacrifício ilegal de animais, ele e seu filho Karl foram acusados e condenados à penas de vários meses.
Bibliografia:
Kurt R. Grossmann, Die unbesungenen Helden, Berlin 1957, S. 132f.
Anton Maria Keim (Hrsg.), Yad Vashem, Die Judenretter aus Deutschland, Mainz/München 1983, S.130.
Paul Seele
Paul Seele (à esq.) Paul Seele, social-democrata e anteriormente sindicalista, vivia em Berlim e mantinha amizade com as famílias judias Heimann e Herz a quem seguiu dando apoio mesmo depois de começarem a repressão.
Ajudou muito especialmente a Liselotte Marquardt, nascida Heimann, quando foi presa em 1941 e conduzida ao lugar de reunião de onde partiam os transportes até os campos de concentração, na rua Levetzow, em Berlim-Tiergarten. Imediatamente depois da prisão de "Lilo" Heimann, foi à empresa onde ela trabalhava de contadora para pedir uma solicitação de liberação temporária para que Liselotte pudesse repassar ordenadamente suas funções a sua sucessora no posto. Logo após conseguir o certificado se dirigiu à Gestapo e conseguiu que a liberassem. Imediatamente escondeu Lilo em sua casa para mais tarde ser acolhida por outros conhecidos de Seele.
Com a ajuda de seu companheiro de partido Franz Marquardt, (a quem posteriormente se casou com Lilo), Seele organizou um esconderijo numa horta nos arredores de Berlim. Ali permaneceu oculta até o fim da guerra. Paul Seele e sua mulher Erika também abasteceram regularmente de alimentos e outros víveres a Lilo Marquardt, mesmo quando depois de 1943 Seele esteve aquartelado como soldado fora de Berlim. Dessa maneira, Lilo Marquardt conseguiu esconder-se por três anos e meio em Berlim e sobreviveu ao Holocausto.
Fonte: The International Raoul Wallenberg Foundation (website, seção em espanhol)
Karl Schörghofer
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504016
Paul Seele
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504017
Tradução: Roberto Lucena
Ver também:
Salvadores Alemães 8 - Otto Weidt
Karl Schörghofer trabalhava desde 1923 como administrador do novo cemitério judeu de Munique. Ali mesmo vivia com sua família.
Desde 1935 a família Schörghofer tinha problemas com a administração nacional-socialista. As leis de raça de Nuremberg proibiam aos arianos trabalhar para judeus.
Karl Schörghofer escondeu no cemitério artigos de valor que pertenciam a judeus emigrados. Quando em 1944 lhe pediram para ajudar a uma criança judia órfã, foi buscar apoio junto a sua filha Martha Schleipfer. Ela acolheu a criança em sua casa num pequeno povoado da Baviera.
Apesar das frequentes batidas da Gestapo, em janeiro de 1944 os Schörghofer esconderam um refugiado judeu no sótão de sua casa. Em fevereiro de 1945 deram refúgio a outros cinco judeus clandestinos.
Em fins de fevereiro de 1945, os Schörghofer e os judeus que estavam escondidos em sua casa foram denunciados. Kurt Kahn e Klara Schwalb foram presos numa batida, mas pouco tempo depois conseguiram escapar da Gestapo e voltar ao terreno do cemitério. Junto com os demais aí escondidos sobreviveram até o fim da guerra.
Finalizado o conflito bélico Karl Schörghofer ajudou aos judeus sobreviventes do Holocausto alojados num acampamento próximo para pessoas refugiadas.
Ao se encontrar bens de contrabando no terreno do cemitério e ao descobrirem que Karl Schrörghofer havia permitido o sacrifício ilegal de animais, ele e seu filho Karl foram acusados e condenados à penas de vários meses.
Bibliografia:
Kurt R. Grossmann, Die unbesungenen Helden, Berlin 1957, S. 132f.
Anton Maria Keim (Hrsg.), Yad Vashem, Die Judenretter aus Deutschland, Mainz/München 1983, S.130.
Paul Seele
Paul Seele (à esq.) Paul Seele, social-democrata e anteriormente sindicalista, vivia em Berlim e mantinha amizade com as famílias judias Heimann e Herz a quem seguiu dando apoio mesmo depois de começarem a repressão.
Ajudou muito especialmente a Liselotte Marquardt, nascida Heimann, quando foi presa em 1941 e conduzida ao lugar de reunião de onde partiam os transportes até os campos de concentração, na rua Levetzow, em Berlim-Tiergarten. Imediatamente depois da prisão de "Lilo" Heimann, foi à empresa onde ela trabalhava de contadora para pedir uma solicitação de liberação temporária para que Liselotte pudesse repassar ordenadamente suas funções a sua sucessora no posto. Logo após conseguir o certificado se dirigiu à Gestapo e conseguiu que a liberassem. Imediatamente escondeu Lilo em sua casa para mais tarde ser acolhida por outros conhecidos de Seele.
Com a ajuda de seu companheiro de partido Franz Marquardt, (a quem posteriormente se casou com Lilo), Seele organizou um esconderijo numa horta nos arredores de Berlim. Ali permaneceu oculta até o fim da guerra. Paul Seele e sua mulher Erika também abasteceram regularmente de alimentos e outros víveres a Lilo Marquardt, mesmo quando depois de 1943 Seele esteve aquartelado como soldado fora de Berlim. Dessa maneira, Lilo Marquardt conseguiu esconder-se por três anos e meio em Berlim e sobreviveu ao Holocausto.
Fonte: The International Raoul Wallenberg Foundation (website, seção em espanhol)
Karl Schörghofer
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504016
Paul Seele
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504017
Tradução: Roberto Lucena
Ver também:
Salvadores Alemães 8 - Otto Weidt
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