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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vítimas negras (Holocausto). Alemães negros e o Terceiro Reich

Vítimas negras

Pergunta:

Sou um afro-britânico estudante de pós-graduação vivendo em Londres. Eu sei, de pesquisas sobre a experiência dos negros europeus, que houve muitos negros aqui antes da Segunda Guerra. Eu quero saber o que aconteceu com eles sob o Terceiro Reich. Poderia me esclarecer? Particularmente aprecio referências de qualquer livro ou sites que você considere que pode ser útil. Estou muito satisfeito que você seja tão determinado em educar as futuras gerações sobre o Holocausto, é uma lição que para todos nós, de qualquer origem "racial", não deva nunca esquecer ou permitir que seja negado ou trivializado por aqueles que não têm muito a aprender sobre a santidade que é a vida.

Harry W. Mazal OBE responde:

Eu sou um dos voluntários do Holocaust History que responde às perguntas de nossos leitores. É possível que você receba outras respostas de meus colegas.

Há um número de referências ao tratamento de negros pelos nazis, tanto por suas próprias publicações como também escritas por pesquisadores. O livro mais recente a chegar às minhas mãoes é:

The African-German Experience: Critical Essays (A experiência afro-alemã: ensaios críticos)
Carol Aisha Blackshire-Belay
c. 1996, Praeger Publishers (Westport CT)
ISBN 0-275-95079-4

O capítulo 5 é um ensaio de Susan Semples, "African Germans in the Third Reich" (Alemães africanos no Terceiro Reich). Você pode obter considerável informação sobre o assunto não apenas no texto dela, mas da vasta bibliografia que ela cita no final do capítulo. O primeiro parágrafo diz:
Embora as políticas raciais do Terceiro Reich em relação aos judeus sejam bem documentadas, o destino dos alemães africanos ou birraciais que viveram na Alemanha durante o Terceiro Reich não tem gerado muita atenção. A única exceção notável é o estudo seminal de Reiner Pommerin, o Sterilisierung der Rheinlandbastarde. Das Schicksal einer deutschen farbigen Minderheit 1918-1937 (1979), que examina a reação pública e política para estas crianças e documentos de sua esterilização forçada durante o Terceiro Reich. Mais recentemente em The Racial State: Germany 1933-1945 (O Estado Racial: Alemanha 1933-1945, de Michael Burleigh e Wolfgang Wipperman (1991) também discutiram brevemente a perseguição aos alemães negros da Renânia durante este período.
Ela prossegue dizendo (excerto):
[...] Os alemães birracais da Renânia tinham paternidade de negros (ou negros mestiços) das tropas francesas de ocupação colonial após a I Guerra Mundial que constituíram o maior grupo de alemães africanos. É comumente aceito que os negros alemães da Renânia eram em número de aproximadamente numerados entre 500 e 800 pessoas. Não existem números exatos para outros alemães africanos que foram espalhados por todo o Reich. Uma estimativa conservadora seria a de que o total combinado de todos os alemães africanos tenha sido de cerca de um mil.
Uma breve descrição da situação dos negros na Alemanha pode ser encontrado em:

The Other Victims: First Person Stories of Non-Jews Persecuted by the Nazis (As outras vítimas: primeiras histórias pessoais de não-judeus perseguidos pelos nazistas)
Ina R. Friedman
c. 1990, Houghton Mifflin (Boston)
ISBN 0-395-50212-8

O breve capítulo sobre os negros (pág. 91-93) é arrepiante. Ela começa com um comentário odioso feito por Adolf Hitler:
Os filhos mulatos surgiram do estupro ou pela mãe branca ser uma prostituta. Em ambos os casos, não há a mínima obrigação moral em relação a estes descendentes de uma raça estrangeira.
Três breves parágrafos deste capítulo:
Apesar de artistas negros terem sido populares na Alemanha antes de Hitler chegar ao poder, eles foram boicotados quando os nazistas tomaram o poder. Um livro intitulado Degenerate Music: An Accounting (Música degenerada: um conto) foi publicado em 1938. A capa mostra um músico negro com uma estrela judaica na sua lapela. O ódio de Hitler a negros foi estendido para atletas negros. Quando Jesse Owens, a estrela norte-americana das pistas, ganhou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim, Hitler se recusou a estar presente quando as medalhas foram dadas.

Embora houvesse relativamente poucos negros na Alemanha, Hitler fazia distinção entre os prisioneiros de guerra negros e brancos. Soldados negros capturados durante a II Guerra Mundial foram separados de suas unidades e baleados.

Os historiadores estão apenas começando a examinar os arquivos nazistas sobre negros. Muita da informação tem ainda de ser obtida e colocada à disposição do público. Até à data atual, as poucas publicações existentes estão disponíveis apenas em alemão.
Há uma série de livros sobre as teorias raciais alemãs que pintam um retrato cruel das minorias no país durante o Terceiro Reich. Estas incluem judeus, negros e ciganos - embora não os japoneses que foram "Arianos honorários". Um exemplo dos muitos na minha biblioteca é:

Lehrbuch der Rassenkunde (Study Book of Racial Science)
Otto Steche
c. 1933, Quelle & Mayer

Espero que esta informação seja útil em sua pesquisa.

Atenciosamente,

Harry W. Mazal OBE.

Fonte: The Holocaust History Project
Texto: Harry W. Mazal
http://www.holocaust-history.org/questions/blacks.shtml
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cidade austríaca debate futuro de casa onde Hitler nasceu

Casa onde Adolf Hitler nasceu causa dor de
cabeça para a cidade de Braunau, na Áustria
Foto: AP
A pequena cidade de Braunau, na Áustria, tem cara de cartão postal. Em frente à praça, uma casa do período renascentista permanece vazia, apesar da falta de espaço para se morar na cidade. O motivo é a aura sinistra que acompanha a construção: foi a casa onde Adolf Hitler nasceu.

A casa de mais de 500 anos normalmente seria considerada uma propriedade de alto valor, mas o estigma do nascimento de Hitler tem causado dor de cabeça para a prefeitura, que precisa decidir o que fazer com este marco intimamente ligado ao mal. Com o espaço vazio, o prefeito da cidade, Johannes Waidbacher, declarou que gostaria de transformar o lugar em apartamentos ao invés de um memorial do Holocausto.

Porém, o conselho da cidade teme que, convertido em apartamentos, o local poderia se encher de adoradores de Hitler. "Estas certamente não são o tipo de pessoa que queremos aqui", afirmou Harry Buchmayr, um membro do conselho da cidade, apontando que a maioria das pessoas que visita o local não são turistas normais, mas neonazistas prestando homenagem à Hitler.

A casa é um dos poucos locais ainda diretamente ligados à Hitler. Uma casa perto da cidade de Leonding, onde Hitler passou parte da adolescência, agora é usada como depósito de caixões para o cemitério da cidade. No cemitério, as tumbas dos pais de Adolf Hitler foram removidas depois de virarem local de peregrinação de neonazistas. O bunker onde Hilter cometeu suicídio foi destruído depois da guerra.

No final das contas, o destino da casa será decido pela dona do local, uma senhora de 60 anos que pede para permanecer no anonimato. O Ministério do Interior da Áustria aluga o local desde 1972. A dona se opõe em transformar a construção em um memorial do holocausto, o que significa que apartamentos ainda podem ser construídos na construção. Para Buchmayr, isso seria um pesadelo.

Fonte: AP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6185145-EI8142,00-Cidade+austriaca+debate+futuro+de+casa+onde+Hitler+nasceu.html

terça-feira, 5 de junho de 2012

À Espera de Turistas: a relação entre um alemão e um sobrevivente do Holocausto

O incômodo convívio entre as nações na região turística do campo de concentração de Auschwitz.

Léo Freitas

A Segunda Guerra já rendeu mais filmes do que se pode imaginar, mas, vez ou outra, um cineasta trata da questão por um ponto de vista peculiar. É o caso de “À Espera de Turistas”, do alemão Robert Thalheim, que esteve na seleção oficial Um Certo Olhar em 2007. Com atraso de cinco anos, a obra estreia em circuito nacional e preza pela simplicidade ao expor a relação entre um jovem alemão e um idoso polonês sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, um dos maiores e mais cruéis do regime nazista.

Quando decide prestar serviços sociais na região de Auschwitz em uma alternativa para fugir do serviço militar em seu país, o jovem Sven (Alexander Fehling) vê-se incumbido de realizar pequenos trabalhos para o sr. Krzeminski (Ryszard Ronczewski), um octogenário que se recusa a sair do campo, onde fica o museu em homenagem aos mortos pelo Holocausto.

Enquanto auxilia o polonês com atividades como compras de supermercados, reparos no dormitório e serviços de motorista para pequenas palestras ministradas aos turistas (com detalhes que só um sobrevivente é capaz de oferecer), Sven se sente descolado em uma região onde é visto como eterna persona non grata. A ironia de prestar serviços sociais a poloneses em nome do Exército Alemão faz com que o deboche dos poloneses que o rodeiam seja inevitável.

Com seu jeito carrancudo e introspectivo, Sr. Krzeminski nunca fala do assunto diante do rapaz que, de ajudante, assume o posto de, praticamente, um servo. Suas poucas palavras de ordem, regadas a cigarros e a um olhar perdido mirando o horizonte de sua janela, dão ainda maior desconforto em Sven, que sente que não há nada a ser feito, a não ser cumprir seu ano de serviço.

Para distrair-se nas suas horas de folga, vai a shows, passeia por pontos históricos que se dedicam, obviamente, à tragédia que assolou o local há mais de 70 anos. Em uma de suas saídas, conhece Ania (Barbara Wysocka), que dará margem a um envolvimento amoroso e uma relação não muito amistosa com o irmão dela, Krzysztof (Piotr Rogucki).

Deslocado por estar rodeado de poloneses, Sven vai morar com os dois irmãos e o envolvimento amoroso com Ania, mais do que previsível, esbarra nos projetos desencontrados de ambos. Surge, ainda, Zofia (Halina Kwiatkowska), a simpática irmã de Krzeminski, que, morando em uma região rural da Polônia, se esforça para levar o irmão consigo, cada dia mais consumido pelas lembranças de sua época como prisioneiro. Ele, porém, não consegue se imaginar longe daquele local, onde viveu grande parte de sua vida.

Além de expor o desconforto de duas nações separadas e unidas pela Segunda Guerra, “À Espera de Turistas” trata da questão com delicadeza e humanidade, embora não ofereça nada de novo com relação à direção. Esforça-se em seu roteiro, com frases pontuais, onde boa parte dos diálogos não se conclui. Seja para dar margem a interpretações do público ou, simplesmente, por explicitar ainda mais a questão difícil de conviver mesmo após sete décadas, o longa cativa, embora seja pouco para sua 1h20min de projeção. O distanciamento soa como proposital, justamente para não tomar lados e dividir opiniões em um contexto que soaria mais do que equivocado entre bons versus maus.

Afinal, as cicatrizes da guerra estão em seus protagonistas, seja em Krzeminski, que viveu diante do horror, seja em Sven, que carrega nas costas o peso de um passado da qual não fez parte mas tem de carregar nas costas o tempo todo. E assim, o filme reforça a questão de que o passado, por mais difícil que seja, deve ser lembrado para que não se repita.

Após “À Espera de Turistas”, outras obras – mais contundentes – também lidaram com temas semelhantes. No documentário para a TV “Hitlers Angriff – Wie der Zweite Weltkrieg Begann”, a mundialmente conhecida empresa de comunicação Deutsche Welle se uniu à TVP polonesa para tratar dos horrores cometidos por Hitler. Já“In Darkness”, indicado ao Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro e sem previsão de estreia no Brasil, mostra a saga de um oficial alemão que abriga judeus poloneses durante a Segunda Guerra.

Tomando o viés cara a cara da complicada relação humana dos personagens, é um exemplo tímido de redenção diante da grande mancha negra da Alemanha que, até os dias de hoje, assombra as nações envolvidas. Assim, sem explorar os horrores do conflito, “À Espera de Turistas” usa os silêncios e a interpretação de seu trio de atores (Alexander Fehlin recebeu, inclusive, o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Munique) em lembranças ocultas que perdurarão nas memórias de alemães e poloneses, independente do tempo e espaço que façam parte.

Filmado na região onde realmente esteve Auschwitz (hoje, rodeado de belas paisagens que nada lembram os horrores do enorme grupo de campos de concentração do conflito), “À Espera de Turistas” é um filme simples, porém delicado e sincero em sua proposta, e que surge para amenizar as cicatrizes de uma guerra que, mais do que “milhões de mortos”, tirou a vida até mesmo daqueles que sobreviveram.

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Léo Freitas formou-se em Jornalismo em 2008 pela Universidade Anhembi Morumbi. Cinéfilo desde a adolescência e apaixonado por cinema europeu, escreve sobre cinema desde 2009. Atualmente é correspondente do CCR em São Paulo e desejaria que o dia tivesse 72 horas para consumir tudo que a capital paulista oferece culturalmente.

Fonte: Cinema Com Rapadura
http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/267539/a-espera-de-turistas-a-relacao-entre-um-alemao-e-um-sobrevivente-do-holocausto/

Ver mais:
À Espera de Turistas reflete sobre as lembranças do holocausto (Pipoca Moderna)

domingo, 29 de abril de 2012

Baviera vai publicar edição comentada do livro de Hitler

Objetivo é reduzir o aproveitamento comercial de "Minha luta", que cairá em domínio público em 2015. Edição comentada ajudará também a desmistificar o panfleto nazista.

O estado alemão da Baviera vai publicar uma edição comentada do livro Minha luta (Mein Kampf), do ditador nazista Adolf Hitler, em 2015, quando os direitos autorais do principal panfleto do nazismo se tornarem de domínio público.

Segundo o governo da Baviera, a decisão é uma tentativa de desmistificar o livro, bem como de reduzir o aproveitamento comercial da obra oferecendo uma edição com comentários de especialistas. A edição comentada já está sendo preparada, afirmou o governo bávaro.

"O objetivo é desmistificar o Mein Kampf e elucidar os alunos sobre o caráter da obra, porque a abolição dos direitos autorais pode levar a uma propagação mais ampla dela junto aos jovens", declarou o secretário das Finanças da Baviera, Markus Soeder, nesta terça-feira (24/04) em Munique.

Até hoje, o estado da Baviera havia impedido qualquer tentativa de publicar o livro ou trechos dele na Alemanha. A Baviera detém os direitos sobre o livro porque o estado foi o último domicílio de Hitler.

"Queremos tornar claro o grande disparate que é o Mein Kampf, mas um disparate com consequências funestas", acrescentou Soeder, aludindo ao genocídio de 6 milhões de judeus pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Recentemente, o Tribunal Regional de Munique proibiu o editor britânico Peter McGee de publicar trechos comentados de Minha luta no seu semanário Zeitungszeugen, a pedido do estado da Baviera.

A primeira edição de Minha luta surgiu em 1925 e, até 1945, foram vendidos na Alemanha 9,8 milhões de exemplares da obra, sobretudo porque, após a chegada dos nazistas ao poder, em 1933, o livro passou a ser oferecido a cada casal, durante o registro civil do matrimônio.

AS/lusa/dpa/epd
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,15908019,00.html

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alemanha barra publicação de trechos da obra de Hitler

Decisão judicial sobre 'Mein Kampf' retoma debate sobre capacidade do país de lidar com obra que semeou o antissemitismo

The New York Times | 01/02/2012 08:01

Imagem de dezembro de 1938 mostra
Hitler em Berlim, na Alemanha (Foto: AP)
Na semana passada as autoridades alemãs conseguiram mais uma vitória numa batalha contínua para impedir que o livro "Mein Kampf", famosa obra de Adolf Hitler, seja publicada na Alemanha. Um tribunal da Baviera decidiu que uma editora britânica não poderia publicar trechos anotados do livro.

A editora Peter McGee havia planejado publicar cerca de 100 mil cópias do livro com passagens importantes anotadas a partir de quinta-feira como parte de um projeto mais amplo de divulgar publicações históricas da era nazista. Mas uma ordem do tribunal estadual de Munique decidiu que a publicação do livro violaria direitos autorais da obra, que pertencem ao Estado da Baviera até 2015.

No começo da quarta-feira, ao antecipar a decisão, a editora com sede em Londres afirmou que iria segurar a publicação de trechos da obra.

Esta controvérsia faz parte do confronto ideológico que a Alemanha moderna enfrenta ao ter que lidar com uma obra que plantou as sementes do Holocausto. Cópias na oficiais de "Mein Kampf" são facilmente encontradas na internet e a publicação do livro é legalmente permitida no exterior, inclusive nos Estados Unidos.

Esta semana o governo divulgou os resultados de um estudo que durou dois anos e mostrou que um em cada cinco alemães ainda mantém crenças antissemitas, apesar de décadas em que as crianças foram educadas nas escolas do país sobre o judaísmo e a tolerância, além de uma forte rejeição ao antissemitismo por parte dos partidos políticos que governam o país.

"Apesar dos muitos programas em andamento e dos esforços feitos para lidar com isso, é incrível como é difícil mudar as crenças sobre esse assunto", disse Aycan Demirel, que lidera um grupo em Berlim que luta contra a propagação do antissemitismo entre os jovens imigrantes da Alemanha.

Mas a editora McGee, que queria publicar trechos do livro "Mein Kampf" em sua revista semanal, a Zeitungszeugen, diz que o livro tem uma reputação "mítica e carrega um significado injustificado só porque foi por muito tempo escondido, banido e proibido."

"Queremos que o 'Mein Kampf' esteja acessível às pessoas para que elas possam vê-lo pelo que ele é, e então descartá-lo", ele disse à agência de notícias Reuters na semana passada.

Mas muitas pessoas na Alemanha acreditam que disponibilizar o livro que Hitler escreveu para aqueles que ainda apoiam o que ele fez pode ser algo perigoso.

Cerca de 26 mil extremistas de direita são reconhecidos pelo governo, apenas uma pequena fração de uma população de 82 milhões de habitantes. Mas pela internet eles conseguem atingir um maior número da população em geral.

Um estudo feito pelo governo, divulgado na segunda-feira, constatou que os apoiadores da extrema-direita da Alemanha continuam sendo a fonte mais importante de disseminação de uma ideologia antissemita na Alemanha.

Em novembro, os alemães ficaram chocados quando autoridades descobriram um grupo de neonazistas que operou durante anos sem que ninguém tivesse qualquer consciência de suas ações, chegando a matar nove alemães de ascendência turca e grega entre 2000 e 2006, entre outros crimes. Um inquérito concluiu que estes membros tiveram ajuda de outros apoiadores do movimento que permitiram que eles vivessem escondidos.

Na quarta-feira, a polícia do Estado da Saxônia revistou a casa de algumas pessoas que eram suspeitas de ter fornecido armas e explosivos ao grupo.

São estes tipos de casos que deixam Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus em Berlim, dividido sobre "Mein Kampf" ainda dever ser considerado perigoso.

"Fico dividido sobre o assunto", disse ele, reconhecendo todo o esforço que foi feito para banir a ideologia nazista. "Se não podemos confiar na população alemã atual para lidar com o 'Mein Kampf' de uma maneira madura, então os anos que passamos tentando educar as pessoas sobre o Holocausto foram em vão.”

Por Melissa Eddy

Fonte: The New York Times/Último Segundo IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/alemanha-barra-publicacao-de-trechos-da-obra-de-hitler/n1597608100034.html

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"Mein Kampf", de Hitler, volta às bancas da Alemanha

BERLIM, 16 Jan (Reuters) - O livro de Adolf Hitler "Mein Kampf" (Minha Luta), banido das livrarias alemãs, em breve estará disponível em bancas de jornal. Um editor britânico disse que publicará trechos do texto na Alemanha.

O Estado da Bavária, porém, que detém os direitos autorais da visão nazista sobre a supremacia racial ariana, disse que considera a possibilidade de entrar na Justiça para bloquear a publicação.

A republicação da autobiografia do ditador nazista, que expõe sua ambição de tomar vastas áreas de terra no leste da Europa para proporcionar espaço para a chamada raça superior, está proibida na Alemanha, a não ser para estudo acadêmico.

O primeiro dos três trechos de 16 páginas do livro, acompanhado por um comentário crítico, será publicado neste mês com uma tiragem de 100 mil cópias, disse à Reuters Peter McGee, chefe da editora Albertas Ltd, com sede em Londres.

"É um assunto delicado na Alemanha, mas o incrível é que a maioria dos alemães não tem acesso ao 'Mein Kampf' porque há um tabu, essa 'magia negra' que o cerca", afirmou ele.

"Queremos que o 'Mein Kampf' seja acessível para que as pessoas o vejam pelo que ele é, e depois o descartem. Uma vez exposto, ele pode retornar à lata de lixo da literatura", disse ele.

Os excertos serão distribuídos como um suplemento de uma publicação semanal da empresa, uma polêmica série chamada "Zeitungszeugen" ou "Testemunha do Jornal", que republica páginas dos jornais nazistas datados dos anos 1920 e 1930, com um comentário.

A mais recente edição da série, lançada na semana passada, vendeu até agora 250 mil exemplares, de acordo com McGee.

A secretaria de Finanças do Estado bávaro no sul da Alemanha, porém, que detém os direitos autorais, disse nesta segunda-feira que o suplemento da revista fere a lei dos direitos autorais.

"O ministério das Finanças bávaro atualmente estuda tomar medidas legais contra essa publicação", disse um porta-voz da secretaria num comunicado.

McGee, entretanto, defendeu o suplemento e disse que sua empresa age totalmente dentro da lei dos direitos autorais.

A divulgação da ideologia nazista para propósitos não educacionais está proibida na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Suásticas e a saudação nazista estão proibidas.

(Reportagem de Alice Baghdjian)

Fonte: Reuters Brasil
http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRSPE80F06O20120116

Ver mais:
Proibido, livro de Hitler deve ter trechos publicados na Alemanha (Terra, Brasil)
Excertos de "Mein Kampf" prestes a ser editados na Alemanha (Público, Portugal)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Jantar debate Lisboa e Berlim sob domínio de Hitler

A associação cultural Academia Prima Folia organiza, no próximo sábado, dia 12 de Novembro, às 20:00, um jantar debate sob o tema "Portugal e a Alemanha Nazi" com o jornalista e historiador António Louçã.

António Louçã tem diversos livros publicados, entre eles "Negócios com os nazis. Ouro e outras pilhagens", "Hitler e Salazar. Comércio em tempos de guerra", "Portugal visto pelos nazis. Documentos. 1933-1945", "Conspiradores e traficantes. Portugal no tráfico de armas e de divisas nos anos do nazismo. 1933-1945" e "O segredo da Rua d'O Século.Ligações perigosas de um dirigente judeu com a Alemanha nazi (1935-1939)”.

Louçã, actualmente jornalista na RTP, foi correspondente do Diário Popular, diretor da revista mensal Versus, chefe de redação do Semana Informática e editor da revista História.
(ES)

Fonte: Jornal HARDMUSICA (Portugal)
http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=10622

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Removida tumba de Rudolf Hess, lugar de perigrinação neonazi

Removida a tumba de Rudolf Hess, substituto de Hitler
Sua sepultura em Wunsiedel havia se convertido num centro de peregrinação neonazi
JUAN GÓMEZ - Berlim - 21/07/2011

A tumba de Rudolf Hess em Wunsiedel (Alemanha) antes
de ser desmantelada- MICHAEL DALDER (REUTERS)
A sepultura do figurão nazi Rudolf Hess em Wunsiedel, Baviera, foi removida entre as quatro e seis da madrugada da quarta-feira, segundo publicou hoje o diário de Munique Süddeutsche Zeitung. Desaparece assim a tumba do comparsa ao qual Adolf Hitler ditou "Minha Luta", o programa político do regime que organizou o Holocausto. Seus restos mortais serão queimados e espalhados em alta mar, depois da comunidade cristã evangélica de Wunsiedel denegar a seus descendentes o prolongamento do arrendamento do sepulcro.

Os neonazis seguem considerando-o um "mártir"

Desde que Hess se enforcou com um cabo en sua cela de Spandau em 1987, o local havia se convertido numa meca de romarias neonazis. Os ultradireitistas do partido NPD e outros grupelhos de mesma ideologia nazi organizavam uma marcha comemorativa a cada 17 de agosto, na qual se homenageava o "mártir" Hess. Este havia se livrado da forca nos Julgamentos de Nuremberg por haver protagonizado um extravagante salto de paraquedas sobre a Escócia em 1941. Segundo alegou, para negociar a paz com o Reino Unido. Sua conhecida participação nos crimes do nazismo lhe valeu, não obstante, uma condenação à prisão perpétua em 1946. Ele a cumpriu até os 93 anos sob vigilância de soldados aliados na prisão de criminosos de guerra de Berlim-Spandau.

Hess se enforcou em sua cela 42 anos depois de seu chefe dar um tiro em seu bunker situado poucos quilômetros ao sudeste de Spandau. Foi o único prisioneiro de Spandau a partir de 1966, quando saíram em liberdade os também destacados nazis Albert Speer e Baldur von Schirach. Ao contrário de Speer ou Karl Dönitz, com os quais compartilhou o pátio da prisão de Spandau, Hess não maquiou sua biografia nem negou seus entusiasmos nazis. Assim, os neonazis seguem o considerando um "mártir", sobre cujas vida e morte seguem espalhando falsidades e lendas. No fim das contas, Hess se encarregou de pôr por escrito os dislates antissemitas, racistas e belicistas de seu amigo Hitler, com quem esteve preso depois do fracassado putsch de Munique de 1923. O livro resultante, que chamaram de "Minha luta", foi uma best-seller nos 12 anos que durou a ditadura nazi.

A proibição das marchas comemorativas desde 2005 não impediu que Wunsiedel, pitoresca localidade de 10.000 habitantes próxima à fronteira com a República Tcheca a qual Hess ia nas férias, contasse até esta semana entre os principais lugares de perigrinação para neonazis de todo o mundo. Segundo o Süddeutsche Zeitung, uma das netas de Hess se opôs primeiro a que removessem os restos mortais de seu avô. As autoridades locais conseguiram convencê-la para que aceitasse a exumação de seus restos e evitar de uma vez por todas que o sepulcro familiar continuasse atraindo grupos de neonazis e simpatizantes da ideologia de seu avô. Depois de sua morte foi demolida também a prisão de Spandau.

Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/internacional/Desmantelada/tumba/Rudolf/Hess/lugarteniente/Hitler/elpepuint/20110721elpepuint_1/Tes
Tradução: Roberto Lucena

Ver também:
Túmulo de Rudolf Hess é destruído para pôr fim à peregrinação neonazista (avidanofront/DW)
Preventing Neo-Nazi Pilgrimages (Spiegel, Alemanha)
Desmantelan la tumba del lugarteniente de Hitler (infobae.com)
Restos mortais de vice de Adolf Hitler são queimados (AP/Paraná Online)

Vídeo(matéria, em espanhol):
Rudolf Hess se queda sin tumba y los neonazis sin lugar...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hitler sabia do Holocausto. "Todas as medidas contra os judeus devem ser discutidas diretamente com o Führer"

Em 6 de dezembro de 1939 Heinrich Himmler desejava discutir na chancelaria do Führer, sob o comando de Rudolf Hess, uma série de medidas contra os judeus.

O Chefe de Gabinete da Chancelaria é Martin Bormann, que está acostumado a trabalhar diretamente com Hitler e é especialista em lhe livrar de miudezas. Um ano e meio mais tarde, quando Hess decidiu voar até a Escócia, Bormann se verá recompensado con a chefia suprema da Chancelaria.

Mas regressemos a dezembro de 1939. A segunda guerra mundial tinha três meses de andamento. Está se tentando chegar a algum tipo de acordo com o Reino Unido e a França, agora que a Polônia não mais existe. Há que renegociar com a URSS as linhas de influência. E a ocupação da Polônia. As medidas as quais Himmler deseja fazer, em concreto, são sobre o que fazer com as linhas de telefone que ainda são propiedade de judeus, e se se deve adotar algum tipo de insígnia para os identificar.

A resposta de Bormann está conservada no Bundesarchiv Berlin NS 18alt/842: “o Reichshführer SS discutirá todas as medidas contra os judeus diretamente com o Führer”.

Fonte do livro: Peter Longerich: The Unwritten Order. Hitler’s Role in the Final Solution. Tempus, Charleston 2001. pg. 45-46.
Fonte: blog antirrevisionismo(Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2011/07/09/todas-las-medidas-contra-los-judios-han-de-ser-discutidas-directamente-con-el-fuhrer/
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 21 de junho de 2011

Misterioso álbum com fotografias inéditas de Hitler é encontrado em Nova York

Um misterioso álbum que contém dezenas de fotografias inéditas da Segunda Guerra Mundial, nas quais aparecem desde Adolf Hitler a prisioneiros de um campo de concentração na Bielorrúsia, foi descoberto em Nova York.
O jornal "The New York Times" teve acesso ao livro fotográfico, do qual se desconhece tanto o autor das imagens como seu proprietário - sabe-se apenas que este último é um "homem da indústria da moda que trabalha em Manhattan" e que preferiu ficar no anonimato, segundo matéria publicada nesta terça-feira pelo jornal nova-iorquino.

As fotos em preto e branco não apresentam nenhuma referência de quando ou onde foram tiradas, o que levou o jornal a pedir a seus leitores que ajudem a resolver o mistério de quem estava por trás da câmera.

A particularidade deste álbum não é apenas o fato de ter permanecido em segredo durante vários anos, mas por reunir tanto soldados nazistas como as vítimas do extermínio em massa, todas elas registradas de perto, o que demonstra que o fotógrafo tinha acesso tanto às tropas de Hitler como aos campos de concentração.

Em uma das páginas do álbum pode ser visto um prisioneiro do que parece ser um campo em Minsk (Bielorrúsia) por volta de 1941, muito magro e coberto por uma manta enegrecida, ao lado de outra imagem na qual aparece um grupo de prisioneiros com a Estrela de Davi pintada sobre a roupa.

Adolf Hitler aparece em quatro páginas do livro, rodeado de militares, esperando em uma estação de trem a chegada do então regente da Hungria, Miklós Horthy, segundo as averiguações do "The New York Times".

O autor das imagens também documentou o trajeto pelo Leste Europeu de um ônibus do Partido Nazista, um grupo de enfermeiras saudando Hitler em uma estação de trem, uma família com seis filhos imersa na pobreza e as ruínas de uma cidade destruída após bombardeios.

"Este álbum se diferença da maioria dos demais pela qualidade de suas fotografias", disse ao jornal a diretora da coleção de fotografia do Museu do Holocausto dos Estados Unidos, Judith Cohen.

A especialista garantiu também que o autor das imagens "era claramente um profissional e sabia o que fazia", por isso "provavelmente" integrava o comitê de propaganda do Partido Nazista.

"Eu sabia que tinha um pedaço de História", reconheceu o proprietário do álbum, que agora quer vendê-lo para sair de uma situação econômica desfavorável.

"Estava muito preocupado que caísse nas mãos erradas. Mas agora minha necessidade é grande demais", disse o misterioso proprietário ao jornal.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5198524-EI188,00-Misterioso+album+com+fotografias+ineditas+de+Hitler+e+encontrado+em+Nova+York.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lars Von Trier é banido de Cannes


As desculpas não adiantaram. Depois de falar durante entrevista coletiva ontem que entendia Hitler, o diretor dinamarquês Lars Von Trier foi banido do Festival de Cannes. De acordo com um comunicado divulgado hoje pelos organizadores do evento, desde já o cineasta é "persona non grata" no festival.

O Conselho de Diretores de Cannes realizou uma reunião extraordinária nesta quinta-feira para debater os comentários de Von Trier. Ao falar com jornalistas sobre seu filme na competição oficial, "Melancolia", o cineasta se complicou ao falar da influência germânica em sua vida. “Eu achava que era judeu, era muito feliz por isso. Mas aí descobri que era nazista, quer dizer, minha família era alemã”, disse. “Eu entendo Hitler. Claro que ele fez algumas coisas erradas. Mas eu o compreendo. Claro que não sou a favor da Segunda Guerra, não sou contra judeus, nem Susanne Bier [a diretora de “Em um Mundo Melhor”, que lança filmes pela produtora de Von Trier], Israel é complicado. Mas e agora, como termino essa frase?”

Segundo o comunicado, Cannes lamenta que o festival tenha sido usado para "expressar comentários que são inaceitáveis, intoleráveis e contrários aos ideiais de humanidade e generosidade" que guiam a existência do evento. "O Festival de Cannes oferece a artistas de todo o mundo um fórum excepcional para apresentar seus trabalhos e defender liberdade de expressão e criação", diz o texto, que condena as falas de Von Trier.

Depois de perceber a má impressão que deixou na entrevista, Von Trier veio a público desculpar-se. "Se eu ofendi alguém esta manhã com as palavras que disse na coletiva de imprensa, peço desculpas sinceras", afirmou o diretor em um email enviado à agência de notícias AFP ."Não sou antissemita ou racista de qualquer maneira, e muito menos nazista", disse.

O diretor dinamarquês ganhou a Palma de Ouro em 2000 com "Dançando no Escuro" e já havia concorrido outras oito vezes ao prêmio – tradicionalmente, Cannes servia como plataforma de lançamento de seus filmes. Polêmico, Von Trier foi um dos fundadores do Movimento Dogma, que impunha diversas regras para a produção de longas-metragens. Entre seus trabalhos estão "Europa" (91), "Os Idiotas" (98), "Dogville" (2003) e "Anticristo" (2009).

Clicar abaixo para ver a entrevista



Fonte: Portal IG

Link: http://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/lars+von+trier+e+banido+de+cannes/n1596964441212.html

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cartas sobre o programa de eutanásia

Tradução de algumas cartas trocadas entre autoridades do III Reich e/ou representantes de setores da sociedade alemã sobre o extermínio sistemático de deficientes físicos e mentais.

Estas cartas foram publicadas nos volumes da compilação A History in Documents and EyeWitness Accounts, entre outras. As traduções do alemão para o inglês se encontram nesta página:
http://www.remember.org/witness/links.let.eut.html
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Cartas sobre a Eutanásia

Carta do chefe da instituição de deficientes mentais em Stetten para o Ministro da Justiça do Reich Dr. Frank, 06 de Setembro de 1940 [ToWC, Vol. I, p. 854]

Caro Ministro do Reich,

A medida sendo tomada no presente com os pacientes mentais de todos os tipos têm causado uma completa falta de confiança na justiça entre grandes grupos de pessoas. Sem o consentimento dos parentes ou guardiões, tais pacientes estão sendo transferidos para diferentes instituições. Após um período curto eles são notificados de que tal pessoa morreu de alguma doença... Se o estado realemente quer levar a cabo o extermínio destes ou pelo menos de alguns pacientes mentais, não deveria uma lei ser promulgada, que possa ser justificada perante a estas pessoas - uma lei que daria a todos a garantia de exame cuidadoso tanto para ser destinado a morrer ou entitulado a viver e também ser dados aos parentes uma chance de serem ouvidos, de modo similar, como previsto por lei para a prevenção de Progenia Hereditária Afetada?

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Carta do Dr. Wurm, da Igreja Provincial Evangélica de Wuerttemberg, para o Ministro do Interior do Reich, Dr. Frich, 05 de Setembro de 1940 [NCaA, Supp. A, p. 1223]

Caro Ministro do Reich,

Em 19 de Julho eu enviei uma carta sobre o extermínio sistemático de lunáticos, débeis mentais e pessoas epiléticas. Desde então esta prática alcançou proporções tremendas: Recentemente os internos de abrigos de idosos têm sido incluídos. A base para esta prática parece ser que em uma nação eficiente não deverá haver lugar para pessoas fracas ou frágeis. É evidente por muitos relatórios que estamos recebendo que o sentimento das pessoas esta sendo profundamente ferido pelas medidas ordenadas e que o sentimento de insegurança legal está se espalhando e é pesaroso sob o ponto de vista dos interesses nacionais e do estado.

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Carta do Bispo da Igreja Católica Romana de Limburg ao Ministro da Justiça do Reich, 13 de Agosto de 1941 [ToWC, Vol. I, p. 845]

Onibus chegam a Hadamar várias vêzes por semana com um grande número destas vítimas. Crianças das escolas das redondezas conhecem estes veículos e dizem: "Lá vai o vagão assassino". Após a chegada de tais veículos os cidadãos de Hadamar então vêem a fumaça vindo da chaminé e estão magoados pelos constantes pensamentos sobre as pobres vítimas especialmente quando, dependendo da direção do vento, eles têm que suportar o odor revoltante. A consequência dos princípios sendo praticados aqui é que as crianças, quando reunidas com outras, fazem comentários do tipo: "Você é obtuso, você será posto num forno em Hadamar". Pessoas que não querem se casar ou não tiveram a oportunidade dizem: "Casar? Sem problemas. Ponha crinaças em um mundo que então vai acabar dentro de uma chaminé". Pessoas idosas estão dizendo "de forma alguma eu vou para um hospital do estado! Depois dos débeis mentais, os idosos serão os próximos na fila como bocas inúteis a serem alimentadas".

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Extraído do diário do General Halder, Setembro a Novembro de 1941 [ToWC, Vol. X, p. 1195]

26 de Setembro de 1941:....h.

Instituições mentais no Grupo de Exércitos Norte. Russos consideram débeis mentais como seres sagrados. Matá-los é necessário, nada menos.
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Fonte: A History in Documents and EyeWitness Accounts
http://www.remember.org/witness/links.let.eut.html
Tradução: Antonio Freire

Ler também:
A decisão de Kurt Gerstein de entrar para as Waffen-SS (blog avidanofront)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Descendentes de nazis e do Holocausto reunidos no mesmo filme

"Crianças de Hitler" reúne descendentes de nazis e de sobreviventes do Holocausto. Documentário revela que sobrinha-neta de um dos braços direitos de Hitler evitou ter filhos para não perpetuar o DNA "de um monstro".

Maria Luiza Rolim(http://www.expresso.pt/), com agências
Quinta feira, 10 de Fevereiro de 2011

Em Crianças de Hitler, Monika Goth diz
que perguntou à mãe quantos judeus
o pai, Amon Goth, matou
Quando tiveram conhecimento das atrocidades cometidas pelo tio, o oficial nazi alemão Hermann Goering, Betina Goering e o seu irmão decidiram submeter-se a uma esterilização para não perpetuarem o DNA "de um monstro". O depoimento da sobrinha-neta do comandante da Luftwaffe - o segundo homem mais importante na hierarquia do Terceiro Reich de Adolf Hitler -, e de outros descendentes nazis, é um dos momentos mais surpreendentes do novo e controverso documentário do israelita Chanoch Zeevi.

Pela primeira vez, num mesmo filme, as gerações pós-guerra encontram-se. O palco dos confrontos é Auschwitz. O filme "Crianças de Hitler" estará concluído até ao final deste ano. Os interessados poderão participar na sua produção, bastando para isso comprar, por antecipação, uma cópia do documentário, em suporte DVD, que será enviada posteriormente pela Maya Productions.

"Fascinantes familiaridades"

Chanoch Zeevi, realizador também de "Nadia's Friends", confessa ter encontrado "fascinantes familiaridades" entre os filhos da segunda geração do Holocausto. Ou seja, entre os descendentes dos líderes nazis - um pequeno grupo de homens e mulheres alemães que aceitaram falar sobre a vergonha pelos crimes cometidos pelos seus pais, tios e avós, e sobre como descobriram a verdade sobre o Holocausto -, e os que descendem das vítimas do genocídio.

Chanooch Zeevi, cujos avós morreram num campo de concentração nazi, diz que quando teve a ideia do filme "nessa noite não consegui pregar o olho. Sentia-me como uma criança que levou uma tareia. Primeiro, tentamos fazer algo para minorar a dor, mas depois tomamos consciência de que é preciso ir atrás de quem nos bateu. Entendemos que devemos sempre ouvir o outro lado. Os sobreviventes podem não ter forças para o fazer. mas os descendentes têm. E esses encontros ajudam-nos a seguir em frente".

O realizador Chanoch Zeevi prevê que o seu filme vá ser duramente criticado em Israel. "Muitas pessoas defendem que nos devemos concentrar apenas nas vítimas. Nunca ouvi nenhuma história do lado nazi, qual era o papel exato de cada líder, quais eram as sua responsabilidades e quanta influência Hitler tinha sobre eles, Na minha ótica, é impossível entender o Holocausto sem tentar ver de onde vieram as raízes do mal e como elas cresceram".

Zeevi confessa que não foi fácil conseguir pessoas dispostas a dar a cara. "Muitas, simplesmente desligaram o telefone. Ainda há quem se orgulhe desse passado e defenda a ideia nazi".

Descendente nazi casa com judeu

Mais de 60 anos depois da II Guerra Mundial, outro dos protagonistas do documentário, Ricardo, filho de Adolf Eichmann, disse que simplesmente não consegue compreender porque o seu pai se tornou o "arquiteto" do Holocausto.

O passado também dominou a vida de Niklas Frank, que também dá o seu depoimento. O afilhado de Hitler e filho de Hans Frank - que foi chefe do governo na parte ocupada da Polónia e responsável pelos campos de extermínio no país -, dedicou boa parte do seu tempo a pesquisar e a escrever sobre o seu pai, e hoje faz conferências e palestras sobre o tema para jovens alemães.

"Sinto-me responsável pelas ações do meu pai, envergonho-me delas. Não posso amar um pai que fez o que ele fez. Existem duas maneiras de sobreviver como filho de um criminoso de guerra: defendê-lo até ao fim como o fazem os meus irmãos mais velhos, ou confrontar as suas ações e admitir: sim, o nosso pai foi um assassino", diz Niklas Frank no documentário.

O filme mostra, ainda, o confronto de Monika Hertwig, filha de Amon Goeth -chefe de Plaszów, campo de concentração, imortalizado no filme "Lista de Schindler", de Ralf Fiennes -, com um homem que lhe diz que o seu pai matou mulheres e crianças "por desporto". Durante muito tempo, ela acreditava que o pai tinha sido um soldado comum, que morrera no front russo. Amon Goeth foi julgado em 1946 e condenado à forca. Monika conta, ainda, como conheceu, aos 13 anos, o primeiro judeu.

Muitas outras histórias de vida são mostradas no documentário de Zeevi. Como a de Katrin Himmler, sobrinha-neta de Heirich Himmler, o segundo na lista abaixo de Hitler no Terceiro Reich.

Katrin casou-se com um judeu, israelita, filho de sobreviventes polacos, e confessa que isso ainda hoje provoca admiração.

Betina Goering, que laqueou as trompas aos 30 anos por não desejar ter filhos que perpetuassem o sangue nazi, disse que o seu pai, falecido em 1981, nunca conversou com ela sobre o Holocausto. Nem sobre o seu tio, Hermann Goering, condenado à morte em 1946 junto com outros 11 pelo Tribunal de Nuremberga, mas que acabou por se suicidar.

Já a sua avó, Edda Goering, afilhada de Hitler, adorava o pai. "Recordo-me de estarmos a assistir a um documentário na televisão sobre o Holocausto e de ela ter dito que (o genocídio) não passava de uma mentira, que nada daquilo tinha acontecido", acrescentou Betina, que vive atualmente em Santa Fé, Novo México, onde é naturopata.

Fonte: Expresso(Portugal)
http://aeiou.expresso.pt/descendentes-de-nazis-e-do-holocausto-reunidos-no-mesmo-filme=f631127

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cão que imitava Hitler enfureceu nazis

Documentos revelam tentativa de vingança
Cão que imitava Hitler enfureceu nazis

Tor Borg junto ao seu cão,
cujo nome 'oficial' era 'Jackie'
Poucos meses antes de Hitler ordenar a invasão da União Soviética, o governo alemão tinha outro problema: um cão rafeiro 'batizado' com o nome do ditador e que tinha o hábito de levantar a pata direita como se estivesse a fazer a saudação nazi.

Segundo documentos oficiais recentemente encontrados em Berlim, o regime nazi tentou arruinar o dono do cão, um empresário do setor farmacêutico na Finlândia, país escandinavo que mantinha a neutralidade em 1942 apesar de ter fortes ligações à Alemanha.

Dono do grupo Tamro, que ainda hoje existe, Tor Borg era casado com uma alemã insuspeita de simpatias pelos nacionais-socialistas, que deu o nome ao cão após verificar que este levantava a pata da mesma forma que a maioria dos seus compatriotas erguiam o braço enquanto diziam 'Heil Hitler'.

Nos arquivos do regime nazi foi encontrada uma carta do vice-cônsul em Helsínquia em que este denunciava que "uma testemunha, que não quis ser identificada", testemunhou a polémica habilidade do cão de Tor Borg.

O empresário foi chamado à embaixada da Alemanha em Helsinque e negou que o cão se chamasse 'Hitler', embora tenha reconhecido que a sua mulher o tratava assim.

No entanto, Tor Borg salientou que a imitação da saudação nazi só tinha ocorrido algumas vezes em 1933, pouco depois de Hitler tomar o poder na Alemanha.

Acrescentou ainda que nunca havia feito "nada que pudesse ser considerado um insulto contra o Reich", mas não conseguiu convencer o embaixador.

Um documento do Ministério da Economia germânico revela que o grupo químico IG Farben, que era um dos principais fornecedores da farmacêutica finlandesa, se ofereceu para deixar de fazer negócios com Tor Borg.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tentou pôr o empresário em tribunal pelos insultos a Hitler mas nunca conseguiu convencer nenhuma testemunha ocular das façanhas do seu rafeiro.

O historiador responsável pela pesquisa não encontrou provas irrefutáveis de que o caso tenha chegado aos ouvidos do próprio Adolf Hitler. De qualquer forma, o cão (cujo verdadeiro nome era 'Jackie') morreu de causas naturais e Tor Borg faleceu em 1959, 12 anos antes da sua mulher.

Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/cao-que-imitava-hitler-enfureceu-nazis

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

No Parlamento alemão, cigano lembra o "Holocausto esquecido"

O cigano holandês Zoni Weisz, sobrevivente do
Holocausto, discursa no Parlamento alemão. Foto: AFP
O cigano holandês Zoni Weisz foi nesta quinta-feira o principal orador no Bundestag, Parlamento alemão, na comemoração da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz há 66 anos no dia em que a Alemanha presta homenagem às vítimas do Holocausto.

Seu discurso foi dedicado antes de tudo a lembrar o que ele classificou como "o Holocausto esquecido", em alusão ao cerca de 500 mil de Sinti e Roma, as grandes famílias de ciganos centro-europeus, vítimas da máquina nazista.

O Holocausto dos ciganos só começou a ser alvo de pesquisa histórica há pouco, lembrou Weisz, quem sobreviveu à perseguição nazista devido a uma série de casualidades.

Em 16 de maio de 1944, em uma série de batida policial, seus pais e irmãos, que viviam na pequena cidade holandesa de Zutphen, foram detidos pelas forças de ocupação nazistas.

Zoni Weisz, com sete anos, não foi detido porque estava de visita na casa de uma tia fora da cidade, mas posteriormente os nazistas o encontraram, e com outras nove pessoas.

No caminho a Auschwitz, em uma estação onde deviam mudar de trem, um policial holandês ajudou-o a ele e a seus companheiros a fugir.

Weisz sobreviveu no último ano da ocupação escondido e no final da guerra soube que seus pais e seus irmãos haviam morrido no campo de concentração.

Apesar de Weisz garantir que sua família foi normal e feliz até 1944, ressaltou que a perseguição dos ciganos havia começado muito antes da chegada ao poder dos nazistas e que em muitos países europeus ainda não terminou.

"Apesar dos 500 mil provenientes de Sinti e Roma assassinados pelo nazismo, a sociedade não aprendeu nada disso. Caso contrário, agora teria um comportamento mais responsável em direção a nós", disse Weisz.

"Somos europeus e devemos ter os mesmos direitos que os outros", acrescentou o sobrevivente do Holocausto.

Ressaltou que resulta especialmente preocupante que em países como na Bulgária e Romênia os Sinti e Roma tenham que seguir levando uma existência indigna.

Na Hungria, segundo Weisz, a minoria cigana é perseguida abertamente por ultradireitistas com uniformes negros e em outros países da Europa Oriental existem restaurantes com letreiros que dizem "Proibida entrada de ciganos".

O presidente do Bundestag, Norbert Lammert, ressaltou que os ciganos seguem sendo "a minoria maior e mais discriminada na Europa".

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4913989-EI8142,00-No+Parlamento+alemao+cigano+lembra+o+Holocausto+esquecido.html

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Biografia mostra Goebbels perturbado e em busca de reconhecimento

'Vocês querem a guerra total?',
perguntava Goebbels após a
derrota de Stalingrado
Joseph Goebbels foi o arquiteto da propaganda nazista. Um historiador teve pela primeira vez acesso a todos os diários do ministro da Propaganda de Hitler e concluiu que ele era uma pessoa perturbada e dependente.

Em fevereiro de 1943, quando a derrota de Estalingrado tornara evidente que seria absurdo prosseguir a Segunda Guerra Mundial e que a Alemanha não tinha como vencê-la, o ministro da Propaganda do Reich, Joseph Goebbels, fez um comício no Sportpalast de Berlim, perguntando ao microfone: "Vocês querem a guerra total?". "Sim", gritou a massa em uníssono.


Grave transtorno de personalidade

Goebbels discursa para 100 mil
pessoas em Zweibrücken, em 1934
Esse era o ponto forte de Joseph Goebbels. O ministro da Propaganda de Hitler sabia como mobilizar as massas, inflamá-las e manipulá-las a serviço da ideologia nazista. Eram famosas as suas incitações contra os judeus, com as quais ele preparara o terreno para a política de extermínio nacional-socialista.

Em sua biografia de 900 páginas Joseph Goebbels - Biographie, o historiador Peter Longerich esboça, no entanto, um Goebbels bem distinto do homem poderoso do regime nazista. Longerich foi o primeiro historiador a investigar todos os diários de Goebbels que restaram. Em suas anotações de 1924 até o seu suicídio em 1945, o político registrou pensamentos, observações e acontecimentos, escrevendo assim uma cronologia do nazismo através de uma ótica pessoal.

A partir desses testemunhos, Longerich reúne indícios de que Goebbels sofria de um grave transtorno de personalidade. O grande propagador do nazismo buscava de forma extrema o reconhecimento por parte de outras pessoas, indica o historiador.

Uma possível origem disso pode ter sido a deficiência provinda de uma doença da medula óssea em sua infância. Goebbels tinha baixa estatura e era aleijado. Durante toda a vida, o estrategista de Hitler lutou por reconhecimento, mesmo que se mostrasse forte e superior.

Uma religião chamada nacional-socialismo

Nascido na Renânia, uma região predominantemente católica, Goebbels se afastou da religião desde cedo. E o nacional-socialismo acabou se tornando para ele um substituto da religião. Seu novo redentor se chamava Adolf Hitler.

"Ao que tudo indica, ele considerava Hitler realmente um enviado de Deus, um homem com habilidades super-humanas", explica Longerich a completa fixação de Goebbels em seu ídolo. O partido e Hitler lhe propiciaram a ascenção social e o reconhecimento que ele ansiava. E assim Goebbels se tornou o mais leal adepto e uma pessoa de absoluta confiança do ditador nazista.

Em sua biografia, Longerich traça a trajetória de Goebbels desde o início de sua carreira fracassada como escritor e jornalista doutorado, passando pela fase em que ele se tornou um agitador do movimento nacional-socialista. O livro acompanha seu percurso como ministro da Propaganda do Reich, uma função na qual procurou obter domínio completo sobre a cultura e a opinião pública, e por fim como plenipotenciário da "guerra total".

A receita de sucesso de Goebbels foi usar e aperfeiçoar os métodos da agitação de massa empregados nas disputas eleitorais da República de Weimar. Quanto à mídia, conseguiu mantê-la sob controle por meio da censura.

Fixação em Hitler

Ao assumir o controle sobre todos os âmbitos da cultura, do teatro ao cinema, passando pela música, ele se projetou como político cultural. O biógrafo Longerich considera peculiar essa posição de poder que Goebbels insistiu em assumir. "Embora ele certamente tenha sido a figura dominante da propaganda nazista, nunca conseguiu controlar absolutamente o aparato. Medido por seus próprios padrões de qualidade, no fundo não foi tão longe".

Mas sem o ministro da Propaganda Goebbels, responsável por ter estabelecido Hitler como uma "marca", a política nazista jamais teria tido o alcance que teve. O estrategista recorreu ao lema "Um Führer – Um Povo", usando virtuosamente as mídias novas da época, o rádio e o cinema, como canais de manipulação.

Magda, esposa de Goebbels,
com seus filhos
A biografia de Longerich esboça o retrato de um homem que sacrificaria tudo para obter reconhecimento e êxito, até mesmo sua própria família. Em 1º de maio de 1945, pouco depois de Hitler se matar e alguns dias antes de a Alemanha capitular, Goebbels e sua mulher Magda cometeram suicídio.

Pouco antes, o casal assassinara seus seis filhos. Esse cínico homicídio colocou um ponto final desesperado a uma vida de identificação incondicional com Adolf Hitler.

Autora: Sigrid Hoff (sl)
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte: Deutsche Welle (versão pt-br)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6290524,00.html

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

[Vídeo] Hitler profetiza o Holocausto no Reichstag em 1939

Hitler profetiza o extermínio em 30/01/1939

Eis o discurso de Hitler "profetizando" a aniquilação da 'raça judia'(judeus) da Europa. Esse discurso ocorreu em 30 de janeiro de 1939 no Reichstag(Parlamento alemão).

O vídeo com o registro:


O texto com a tradução(em inglês) do que ele dizia no Parlamento no vídeo:

Adolf Hitler: "In the course of my life I have very often been a prophet, and have usually been ridiculed for it. During the time of my struggle for power it was in the first instance only the Jewish race that received my prophecies with laughter when I said that I would one day take over the leadership of the State, and with it that of the whole nation, and that I would then among other things settle the Jewish problem. Their laughter was uproarious, but I think that for some time now they have been laughing on the other side of their face. Today I will once more be a "prophet": if the international Jewish financiers in and outside Europe should succeed in plunging the nations once more into a world war, then the result will not be the Bolshevizing of the earth, and thus the victory of Jewry, but the annihilation of the Jewish race in Europe!"A tradução em português:

Adolf Hitler: "No curso de minha vida eu muito frequentemente fui um profeta, e geralmente ridicularizado por isso. Durante o período de minha luta pelo poder foi apenas a raça judaica, no primeiro momento, que recebeu minhas profecias com risos quando eu disse que um dia eu tomaria o comando do Estado, e com isso a nação inteira, e que então eu, entre outras coisas, resolveria o problema judaico. Seus risos eram hilários, mas eu penso que por agora eles estejam rindo com o outro lado de sua face. Hoje eu mais uma vez serei um "profeta": se o financismo(finanças) internacional judaico dentro e fora da Europa sucederem mais uma vez em mergulhar as nações numa guerra mundial, então o resultado disso não será a vitória da 'judaria', mas sim na aniquilação da raça judia da Europa!"

Texto em inglês: The History Place (Holocaust Timeline)
http://www.historyplace.com/worldwar2/holocaust/h-threat.htm

Ver mais:
O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas
Vídeos do Holocausto e de depoimentos de nazistas

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Richard Overy - À beira do abismo

Faz apenas alguns dias que a Alemanha terminou de pagar as reparações devidas a outros países por conta da I Guerra Mundial. Hitler havia suspendido o pagamento da mesma em 1933 com a finalidade de dar a seu país o oxigênio necessário para o esforço armamentista que necessitava. Por outro lado, a crise atual tem uma de suas de bases na diferente estrutura econômica surgida da II Guerra Mundial. Com estes dados queremos dizer que "À beira do abismo" não é nem um pouco história morta, senão que segue sendo plenamente atual mais de setenta anos depois. (ler mais)

À beira do abismo conta com o ímpeto dos minutos de um partida de basquete os dez dias prévios ao começo da guerra declarada pelo Reino Unido e França contra a Alemanha pela invasão da Polônia.

Richard Overy não se alia a ninguém e acaba com tudo. Com fatos contrastáveis questiona quem teve a culpa da contenda mais além do evidente. Está claro que foi Hitler quem invadiu o corredor polonês (antes alemão) mas a atitude beligerante polonesa contribuiu decisivamente para falta de negociação sobre o assunto.

Em outro âmbito a posição diletante do Reino Unido por um lado, e a pacifista França permitiram que a invasão começasse primeiro e se frutificasse depois.

Queria Hitler uma guerra contra o resto da Europa? Sabia que o Ocidente lhe declararia guerra ou acreditava que tentariam negociar? Pensavam os ingleses e franceses que a Polônia era digna de que a defendessem ou foi tudo uma posição que lhes saiu mal?

Perguntas cuja resposta deve atender o leitor em função da informação bem documentada deste livro que contribui para clarificar o tema mais além dos demônios do fascismo, nazismo e comunismo.

Eletrizante, sem descanso nem respiração, este livro é um exemplo de história contada do melhor modo possível. Este "À beira do abismo" é o melhor livro de história deste ano.

Pepe Rodríguez

RESENHA da editora

Desde fins de agosto até começo de setembro de 1939, las chancelarias e governos das potências europeias viveram uma atividade frenética ante uma guerra perante todas as luzes era iminente e cujas consequências imprevisíveis mantinham apreensiva a Europa inteira. Desde há muito tempo, parecia evidente que Hitler queria recuperar a cidade alemã de Danzig, declarada «cidade livre» pelo Tratado de Versalhes e rodeada agora pelo território polonês. Enquanto o exército desse país se prestava a uma heroica defesa de suas fronteiras, o ditador alemão apenas se detinha a uma aparente firmeza de britânicos e franceses para cumprir seus compromissos de ajuda mútua com a Polônia; mas ante a opinião pública ocidental se alçava ao espectro do pacto entre Hitler e Stalin.

Nesta eletrizante obra, o prestigiado historiador Richard Overy reconstrói passo a passo a terrível guerra de nervos entabulada nos dias que precederam ao estouro do conflito, caracterizados pelas ameaças entre governos, o jogo estratégico de adivinhar até onde seria capaz de chegar o contrário e a crescente suspeita de que o mundo, à beira do abismo, afrontava um de seus momentos mais sombrios.

Ficha do livro(em espanhol)

NOTAS BIOGRÁFICAS (Overy, Richard)
Richard Overy nasceu em Londres em 1946. Doutor em história pela Universidade de Cambridge, é há vinte e cinco anos professor de história europeia contemporânea no Kings’s College de Londres. Escreveu mais de dez títulos relacionados com as origens e desenvolvimento da segunda guerra mundial. Na atualidade é considerado o maior especialista na história da Alemanha entre 1900 e 1945 e é sem dúvida um dos autores chave dentro da historiografia do século XX. Em "Ditadores", Overy demonstra como nos anos trinta do século passado se romperam definitivamente os diques da civilização que pareciam tão firmes às gerações anteriores.

Book Trailer de "À beira do abismo"(Al borde del abismo) - Richard Overy


Fonte: El Placer de la Lectura
http://www.elplacerdelalectura.com/2010/11/al-borde-del-abismo-richard-overy.html
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O CODOH precisa de dinheiro

O erroneamente nomeado "Comitê para o Livre Debate sobre o Holocausto" agora saúda os visitantes de seu site com um pedido de ajuda.

Screenshot(captura de imagem de tela) tirado esta manhã (clique para aumentá-lo):



Doações, alguém?

No dia que o CODOH começar a cumprir sua promessa de debate aberto e de troca de ideias livremente (duas coisas que estes "revisionistas" hipócritas temem tanto quanto vampiros à luz do sol), outras pessoas além dos odiadores de judeus e/ou viúvas/adoradores de Hitler poderiam estar dispostos a ajudar.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2010/11/codoh-needs-money.html
Texto(inglês): Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: o título do post também poderia ser '"Revisionismo" em tempos de crise global', pois também seria adequado. Em todo caso, resta saber se a trupe fanática "revi", com sua verborragia habitual na rede, irá deixar seus gurus do Codoh minguarem junto com a indústria do negacionismo.

Ver também:
A implosão do CODOH

sábado, 13 de novembro de 2010

Biografia HITLER - Ian Kershaw

Quando foram publicados, em 1998 e 2000, os dois volumes da monumental biografia de Hitler escrita por Ian Kershaw foram imediatamente saudados em todo o mundo como obras fundamentais sobre a figura mais sinistra da história do século XX. A presente tradução foi realizada a partir da versão condensada elaborada pelo autor, que eliminou cerca de quatrocentas páginas de notas e referências - destinadas sobretudo ao público acadêmico -, sem no entanto prejudicar a força da narrativa e o poder de seu argumento.

Kershaw escreve baseado na farta documentação já conhecida e em novas fontes, como o surpreendente diário de Goebbels, redescoberto no início da década de 1990, que traz revelações mais íntimas sobre as atitudes, as hesitações e o comportamento de Hitler no poder. A trajetória inteira desse indivíduo que parecia destinado ao fracasso e que acabou na direção de um dos países mais desenvolvidos, cultos e complexos da Europa é esmiuçada pelo autor, em busca de uma explicação para essa incrível trajetória ascendente, para o domínio que Hitler exerceu sobre as elites alemãs e para a catástrofe que causou em seu país e no resto do mundo.

Sem desprezar os traços de personalidade do ditador na explicação da história, o autor enfatiza os aspectos sociais, políticos e econômicos da sociedade alemã traumatizada pela derrota na Primeira Guerra, a instabilidade política, a miséria econômica e a crise cultural. E, em vários momentos, Kershaw permite-se fazer exercícios contrafactuais, perguntando-se como tudo poderia ter sido diferente se, por exemplo, a elite conservadora alemã tivesse se comportado de outra maneira, ou se as potências ocidentais não tivessem hesitado tanto, ou mesmo se Hitler simplesmente não tivesse tido tanta sorte (sua sobrevivência a vários atentados, por exemplo, se deveu muitas vezes ao acaso).

De um lado, o autor evita as simplificações de alguns críticos do nazismo, mas por outro contesta, utilizando para isso um exame detalhadíssimo de documentos e eventos, as teorias revisionistas que tentam “absolver” Hitler do Holocausto. Ele mostra que, de fato, não existe uma ordem escrita por Hitler para a execução da “solução final para a questão judaica”, mas isso não o isenta da responsabilidade pelo extermínio de milhões de judeus, pois, além de estimular verbalmente essa “aniquilação” (palavra que usava com prodigalidade), ele estava perfeitamente a par do que se passava nos campos de concentração (“Não faço nada que o Führer não saiba”, disse o carrasco-mor Himmler).

Em suma, trata-se da biografia mais completa e abrangente do homem que levou o racismo, o desprezo pela vida humana, a insensatez política e o desvario militar a extremos tais que o romancista Norman Mailer chegou a ver nele a pura encarnação do demônio.

Supera todos os relatos anteriores. É o tipo de biografia magistral que somente um historiador de primeira linha é capaz de escrever.” - The Observer

Quem quiser entender o Terceiro Reich deve ler Kershaw, pois ninguém fez mais do que ele para desnudar a psique mórbida de Hitler.” - Sunday Telegraph

Será a biografia clássica de Hitler para o nosso tempo.” - The New York Review of Books

Fonte: Companhia das Letras
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12507

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