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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Vice-ministra retrata-se pelos seus pronunciamentos anti-semitas

Joanesburgo - A vice-ministra sul-africana dos negócios estrangeiros, Fatima Hajaig, apresentou hoje (terça-feira), em Joanesburgo, as suas desculpas por ter declarado que "o dinheiro judeu controlava os Estados Unidos ".

"Apresento as minhas desculpas sem equívocos pela dor que poderei ter causado aos habitantes desse país e à comunidade judia em particular ", escreveu num comunicado, assegurando " condenar o anti-semitismo em todas as suas formas ".

A governante sul-africana tinha declarado durante um encontro em meados de Janeiro que "o controlo da América, tal como o da maior parte dos países ocidentais, estava entre as mãos do dinheiro judeu ".

Essas declarações, haviam suscitado uma forte indignação no país e a Associação judia "Board of deputy", colocou em causa a Comissão dos direitos Humanos, um órgão consultivo criado pela Constituição pós-apartheid.

"Num dado momento do meu discurso, e sem nenhuma ligação com a comunidade sul-africana, fiz referência entre as pressões sionistas e a influência judia. Lamento que algumas pessoas tenham concluido de que sou anti-semita", explicou-se Hajaig.

Fonte: Angola Press
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/africa/Vice-ministra-retrata-pelos-seus-pronunciamentos-anti-semitas,f45fdee1-454d-4f45-8a7a-afc237d5860b.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Para americano, Hollywood descarta valores

Pesquisa

A maioria dos americanos acha que a indústria do entretenimento não compartilha de seus valores. É o que aponta pesquisa encomendada pela Liga Anti-Difamação, grupo dos Estados Unidos de combate ao anti-semitismo. A sondagem, intitulada "Atitudes americanas na religião, valores morais e Hollywood", foi realizada pelo grupo Marttila Communications, que ouviu 1.000 adultos em todo o país.

Dos ouvidos, 61% disseram que os valores religiosos americanos estão "sob ataque", e 59% afirmaram crer que as pessoas à frente dos estúdios e das redes de TV americanas não possuem os valores morais e religiosos do resto do país. Mais: 43% acreditam que o cinema e a mídia americana orquestrem juntos uma campanha para "enfraquecer a influência da religião sobre a nação". Além disso, cerca de 40% apóiam a posição de banir "idéias perigosas" das bibliotecas escolares e outros quase 40% vêem com bons olhos a censura aos livros.

Quase metade da população (49%) acha que os EUA estão se tornando "tolerantes demais a diferentes idéias e estilos de vida". Mas um número muito próximo, 47%, discorda dessa tese. Também em contraponto à maioria que enxerga a mídia como uma ameaça aos valores americanos, 36% dos entrevistados não crêem num ataque maciço sobre os valores.

Com relação ao anti-semitismo, a sondagem detectou uma mudança positiva. Nesta edição da pesquisa, 63% discordaram da idéia de que a indústria do cinema e da TV seja concentrada nas mãos dos judeus, contra 22% que vêem as coisas desse modo. Na primeira vez que a Liga Anti-Difamação realizou o levantamento, em 1964, quase metade dos ouvidos ficou com a primeira opção.

Fonte: Veja(Brasil, 17 de novembro de 2008)
http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/americanos-hollywood-nao-compartilha-seus-valores-402267.shtml

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Crise financeira americana atiça anti-semitismo na internet

Crise financeira americana atiça anti-semitismo na internet (associação)
Da France Presse

NOVA YORK(AFP) - A crise financeira americana provoca um forte aumento do número de mensagens de caráter anti-semita emitidas nos fóruns, blogs e outros sites da internet, alertou nesta quinta-feira a Liga Anti-Difamação (ADL).

"Centenas de mensagens anti-semitas relacionadas ao Lehman Brothers e a outras instituições atingidas pela crise do 'subprime' foram publicadas em fóruns de discussão sobre finanças", indica a ADL em um comunicado.

"As mensagens atacam os judeus em geral, algumas os acusam de controlar o governo e as finanças, de fazer parte de uma 'ordem judaica mundial', e de serem por conseqüência responsáveis pela crise econômica", acrescenta a ADL, uma das mais importantes organizações de luta contra o anti-semitismo e o racismo nos Estados Unidos.

"Aprendemos na história moderna que a cada vez que há uma queda da economia mundial, há um aumento do anti-semitismo e da intolerância, e é o que vemos neste momento", considera o diretor nacional da Liga, Abraham H. Foxman.

A ADL cita, por exemplo, uma mensagem acusando os judeus de "terem se infiltrado em Wall Street e no governo, e de terem arruinado" os Estados Unidos.

A Liga elogia a postura dos moderadores de alguns sites, que repudiam rapidamente as mensagens.

"A boa notícia é que os provedores da internet, os moderadores de fóruns e até mesmo os internautas, reagem rapidamente quando o anti-semitismo surge em uma discussão", afirma Foxman.

A ADL, criada em 1913, tem uma longa tradição de cooperação com a Polícia americana para identifidar e fornecer informações sobre grupos extremistas.

Fonte: AFP/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL782775-9356,00.html

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Negação do Holocausto, uma Definição

Negação do Holocausto, uma Definição
por Andrew E. Mathis(do 'The Holocaust History Project')

Esta entrada sobre a Negação do Holocausto aparece em 'Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia'(Teorias da Conspiração na História Americana: Uma Enciclopédia). Escrita por um membro do The Holocaust History Project, trata da história desta crença de conspiração na Europa e EUA. Nós agradecemos o reconhecimento da ABC-CLIO pela permissão em reproduzi-la aqui.

O Holocausto nazista é um dos eventos da história que recebeu o maior escrutínio. Enquanto historiadores discordam em diferentes aspectos deste fenômeno, é basicamente aceito que o Holocausto pode ser corretamente definido como se segue: (1) o Holocausto foi o assassinato intencional dos judeus europeus pelo governo Nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial como uma matéria de política; (2) este assassinato em massa empregou câmaras de gás, entre outros métodos, como um método de assassinato; e (3) o total de mortes dos Judeus europeus no fim da Segunda Guerra era de aproximadamente 6 milhões. Não surpreendentemente, com um grupo de eventos históricos tão penosamente estudados como o Holocausto, teorias de conspiração sobre este período abundam. Entretando, a mais proeminente teoria de conspiração dos EUA em relação ao Holocausto é sua negação.

Antes de discutir como a negação do Holocausto constitui uma teoria de conspiração, e como a teoria é claramente americana, é importante entender o que que quer dizer o termo "negação do Holocausto." Negadores do Holocausto, ou "revisionistas," como eles chamam a si mesmos, questionam todos os três maiores pontos de definição do Holocausto nazista. Primeiro, eles argúem que, enquanto assassinatos em massa de judeus ocorriam (ainda que eles disputam ambos a intencionalidade daqueles assassinatos como também o suposto mérito destes assassinatos), não houve nenhuma política oficial Nazi para matar judeus. Segundo, e talvez a mais proeminente, eles alegam que não houve nenhuma câmara de gás homicida, particularmente em Auschwitz-Birkenau, onde os principais historiadores acreditam que cerca de 1 milhão de judeus foram assassinados, primeiramente em câmaras de gás. E terceiro, Negadores do Holocausto alegam que o total de mortos dis judeus europeus durante a Segunda Guerra foi bem abaixo de 6 milhões. Os números dos negadores flutuam na casa dos 300.000 e 1.5 milhão, como regra geral.

Enquanto a negação do Holocausto começou como uma teoria da conspiração alemã e francesa, seus antecedentes são ambos especificamente norte-americano e uma encapsulação de 2.000 anos de anti-semitismo europeu. Direcionando ao primeiro ponto, mais antigo, a teoria de conspiração que alega que judeus manipulam não-judeus de várias maneiras, condições, e formas é aproximadamente tão antiga quanto o judaísmo em si. De acordo com anti-semitas, judeus (não apenas a elite judaica que governava no primeiro século, mas todos os judeus) assassinaram Jesus, envenenaram poços, propagaram a Peste Negra, assassinaram crianças cristãs para preparar as matzohs da Páscoa com seu sangue, e foram os principais articuladores por detrás do movimento comunista no leste europeu. Se um único texto abarca todo anti-semitismo europeu, é o anônimo Protocolos dos Sábios de Sião, com as aparentes minutas de um encontro de líderes da judaria internacional no qual a destruição da cultura não-judaica é discutida. Tendo origem na Rússia no começo do século XX, os Protocolos foram, de fato, um plágio alterado do "Dialogue aux Enfers entre Montesquieu et Machiavel"(Um diálogo no Inferno entre Montesquieu e Maquiavel)de Maurice Joly, escrito nos anos de 1860s como um ataque contra Luís Napoleão III (Ridgeway, 50)02.

De uma forma estranha, apesar das conexões atuais entre alguns negadores do Holocausto e extremistas violentos, havia uma via do movimento anti-guerra da Primeira Guerra Mundial que plantou as sementes da negação do Holocausto nos Estados Unidos. Este processo foi dobrado. Primeiramente, o industrial anti-semita dos EUA Henry Ford trouxe os Protocolos aos Estados Unidos depois de uma visita à Europa durante a Primeira Guerra planejando promover uma resolução pacífica para o conflito. Ford o leu e tornou-se convicto de que os "industriais judeus" eram antes de tudo responsáveis pela guerra. A introdução deste documento deu-se numa nação onde membros da Ku Klux Klan estavam na ascensão de adicionar o anti-semitismo ao sentimento corrente nativista, racista e anti-católico. Ford publicou os Protocolos em seu jornal, o Dearborn Independent, ao longo de um período de sete anos entre as duas guerras, dando legitimidade à conspiração da Cabala judaica que buscava propagar guerra como uma operação para ganhar dinheiro.

No mesmo período, historiadores anti-guerra, notavelmente Harry Elmer Barnes, começaram a sugerir motivações conspiracionistas na área dos poderosos da guerra. Como a historiadora Deborah Lipstadt apontou, Barnes e seus colegas foram corretos em muitas de suas suposições, por exemplo, de que a Alemanha não era unicamente culpada pela guerra (a Servia havia, depois de tudo, aberto o fogo); muita propaganda anti-alemã que circulou durante e depois da guerra foi, de fato, falsa; e houve exploradores de guerra que fizeram fortunas nos massacres da guerra (Lipstadt, (33-34)01). Entretanto, isto não mudou essencialmente a natureza imperial da guerra em si. Porém, sem dúvida que Barnes e seu grupo produziu através do método histórico, a denúncia de que as atrocidades alemãs cometidas durante a Segunda Guerra (desta vez, verdadeiramente) seriam tratadas com o maior ceticismo. Barnes, que viveu até o final dos anos de 1960s, foi um dos primeiros norte-americanos a abraçar a negação do Holocausto.

A parte à óbvia negação das atrocidades nazistas pelos próprios perpetradores, o francês Paul Rassinier, um esquerdista que fora internado em Buchenwald e Dora, foi o primeiro a promover a negação do Holocausto com maior vociferously. (a influência de Rassinier na cultura da negação do Holocausto é sentida ainda hoje, com seu discípulo Robert Faurisson protagonizando o movimento de negação na França). Entretando, isto não manteve a negação fora do alcance dos Estados Unidos. O primeiro maior negador do Holocausto foi Austin App, um acadêmico de literatura situado na Pensilvânia. Começando quase que imediatamente ao fim da guerra, App começou uma campanha na imprensa para expôr o que ele acreditava que eram exageros sobre o tratamento dos nazistas com os judeus. Enquanto que sua própria etnicidade germânica era provavelmente o principal atrativo para sua negação, o próprio anti-semitismo e suscetibilidade à teorias de conspiração de App dizia muito de seus escritos. Por exemplo, App freqüentemente usava qualquer combinação dos termos "talmudista", "bolchevique" e "sionista" em seus textos como indicadores que judeus estavam por trás do que ele julgava como uma fraude de que os nazistas tinham assassinado 6 milhões de judeus. Desta forma, ele podia implicar que judeus religiosos, judeus ateus comunistas e judeus nacionalistas estavam todos conspirando juntos para difusão desta crença de um assassinato em massa contra judeus. Além disso, App colocava a culpa de que a mídia judaica controlava continuamente a crença nesta fraude (Lipstadt, 94-96)01, e isto continua a ser um tema de textos anti-semitas e de negação. Se, como John Zimmerman e outros observadorers notaram, o intento da negação do Holocausto é reabilitar o nacional-socialismo, então é adequado que App et al.(entre outros)reiterassem a maioria dos temas anti-semitas de Hitler em seus textos (Zimmerman, 119)04.

O título do maior trabalho de App sobre o Holocausto, 'The Six Million Swindle'(O Engano dos Seis Milhões), é informativo porque implica na própria existência de uma conspiração de judeus para perpetrar uma fraude contra os não-judeus para ganho monetário. Este ganho monetário, especificamente, seria de reparações pagas pela Alemanha Ocidental pelos crimes cometidos contra os judeus durante a guerra. O que App e mais tarde outros negadores falharam em tratar foi de um simples fato: as reparações foram pagas desde os anos de 1950s não baseadas no número de mortes de judeus durante a Segunda Guerra, mas no número de judeus que sobreviveram e daqueles custos de se assentar em outro lugar (primeiramente Israel) que precisavam ser pagos. O historiador Michael Shermer assinalou que o Holocausto fora verdadeiramente uma fraude planejada por sionistas para obter dinheiro para a recente criação do Estado de Israel, então os sionistas teriam inflacionado o número de sobreviventes e não o número de mortos (Shermer and Grobman, 106)03.

Contudo, a perspectiva da conspiração sionista continuou a ser reproduzida por negadores e continua até o presente. Depois de App, a negação do Holocausto nos EUA foi levada a cabo por Arthur Butz, um professor de engenharia elétrica da Universidade de Northwestern nos arredores de Chicago. No seu livro de 1976 'The Hoax of the Twentieth Century'(A Fraude do Século Vinte), Butz reitera a noção de que o Holocausto é conscientemente uma perpetração da falsificação da história. Entretanto Butz é mais sutil que App na culpabilização dos judeus por esta fraude (ele não ataca os judeus religiosos da mesma forma que App, ele não descreve todos os judeus como comunistas), ele alveja os sionistas especificamente como os fraudadores no decorrer dos governos dos Aliados (particularmente a União Soviética), organizações de refugiados e sobreviventes, e até o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Lipstadt, 126)01.

O que Butz e outros negadorers fracassaram em compreender é o relativa fraqueza do movimento sionista antes, durante e depois da Segunda Guerra. O Sionismo era considerado herético pela maioria dos movimentos religiosos judaicos, e aqueles judeus que se assentaram na Palestina antes da fundação do Estado de Israel em 1948 eram em grande parte refugiados sem nenhum lugar para ir, ao invés de ideolólohos políticos inclinados na criação de um Estado judeu na Palestina. Certamente, muito da recente pesquisa de Israel sobre o Holocausto tem mostrado que algumas das maiores figuras no movimento sionista se importavam muito pouco sobre a grave situação dos judeus na Europa durante a Segunda Guerra. Por exemplo, Menachem Begin, primeiro-ministro de Israel de 1977 à 1983, foi preso pelas autoridades soviéticas por atividades sionistas até a invasão nazista em 1941. Entretanto, ao invés de ficar na Europa para lutar contra os nazistas, Begin partiu para Palestina, onde ele participo de uma guerrilha por cinco anos em nome do Sionismo. Begin não foi o único em sua decisão de lutar pelo Sionismo em vez de lutar pela sobrevivência dos judeus europeus.

Notavelmente, o anti-semitismo da maioria dos negadores os conduzem a denunciar a escolha de Begin enquanto, ao mesmo tempo, preferem continuar a acreditar que este fracionado movimento chamado Sionismo poderia perpetrar uma fraude mundial. Quase todos os maiores negadores, de fato, compartilham uma obsessão redobrada com o Holocausto, com o Sionismo e com o Estado de Israel. O carro-chefe da propaganda de negação nos Estados Unidos está situado na Califórnia, o Institute for Historical Review (IHR, Instituto pela Revisão Histórica), que vende não apenas livros de negação do Holocausto e panfletos, como também críticas ao Sionismo e à religião judaica. Willis Carto, cabeça do Liberty Lobby(Lobby da Liberdade), e de um grupo político de ação anti-Israel situado em Washington, D.C., fundou o IHR. Enquanto tem ocorrido muita luta fraticida ao longo das duas últimas décadas no IHR por causa de dinheiro, as visões de Carto e dos diretores presentes (que incluem Mark Weber, um notório e antigo propagandista neonazi) não estão muito distantes umas das outras. Em outra volta, ao longo do curso de sua batalha com os atuais líderes do IHR, Carto, de forma conspiracionista, acusou Weber de ser um agente sionista.

Weber também defende a ferro e fogo a identificação dos judeus com a Revolução Bolchevique, uma prática iniciada por App entre os negadores norte-americanos mas provocando uma revolução entre observadores na Europa e nos Estados Unidos. Enquanto Weber é capaz de aproveitar-se de certas verdades sobre o partido bolchevique que podem se conectar, pelo menos a primeira vista, aos judeus (como aqueles mais proeminentes líderes bolcheviques, incluindo Leon Trotsky, Lev Kamenev, e Grigori Zinoviev, que eram judeus de nascimento), Zimmerman assinalou que a maioria dos judeus russos era mais atraída ao nacionalista judeu, sionista, ou partidos socialistas democráticos (Zimmerman, 128) que em relação aos comunistas radicais como os bolcheviques. Weber também repete o erro de App de equiparar sionismo e comunismo. Enquanto existiam partidos marxistas-sionistas, particularmente nos primeiros dias do estado israelense, o apoio da União Soviética para países hostis a Israel depois da guerra árabe-israelense de 1967 foi um golpe final à qualquer aliança entre duas ideologias que são, por natureza, diametralmente opostas (Sionismo é uma forma de nacionalismo, enquanto o comunismo é internacionalista em suas metas).

É então visível que a negação do Holocausto é uma teoria de conspiração que busca colocar os judeus por detrás de um movimento internacional para promover uma farsa para ganho monetário. Desta forma, a negação do Holocausto não é diferente de muitas outras formas de anti-semitismo que imputam aos judeus cobiça por dinheiro como também de manter um clima conspiracionista. Além da forma caótica com a qual negadores escolhem englobar todos os judeus juntos, independente de sua confissão religiosa ou orientação política como perpetradores desta "fraude", negadores também se engajam em esforços com pseudo-ciência para tentar provar seus pontos de vista em relação o Holocausto. Para constar, nenhum de seus esforços alteraram qualquer impressão duradoura sobre a historiografia do Holocausto. Enquanto o observador racional concluirá que isto é um testamento sobre a verdade da história do Holocausto, para negadores do Holocausto, isto é meramente um pedaço a mais de evidência de uma conspiração para sufocar o que eles acreditam ser uma "verdade real" sobre o sina dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Referências:

1. Lipstadt, Deborah E., Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory. New York: Plume.

2. Ridgeway, James. 1990. Blood in the Face. New York: Thunder's Mouth Press.

3. Shermer, Michael, and Alex Grobman. 2000. Denying History: Who Says the Holocaust Never Happened and Why Do They Say It? Berkeley: University of California Press.

4. Zimmerman, John C. 2000. Holocaust Denial: Demographics, Testimonies, and Ideologies. New York: University Press of America.

Nota de citação

A informação de citação para este artigo é: Mathis, Andrew E. 2003. "Holocaust, Denial of." Pp. 321-324 in Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia, edited by Peter Knight. Santa Barbara, CA: ABC-CLIO.

Última modificação: 2 de Julho de 2004
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Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org


Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/denial/abc-clio/
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 28 de julho de 2007

O Complô - A História Secreta dos Protocolos

O Complô — A História Secreta dos Protocolos
Por André Pereira


Tópico(Data: 09.02.2007): http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=2514806727378012743

"Última graphic novel escrita e desenhada pelo mestre Will Eisner (1917-2005) — e publicada apenas após sua morte —, O Complô — A História Secreta dos Protocolos dos Sábios do Sião foi lançado no Brasil pela Companhia das Letras (148 págs.). Eisner conta em quadrinhos a história de uma das mais famosas e persistentes falsificações do mundo contemporâneo, os Protocolos dos Sábios do Sião, um suposto dossiê que exporia um plano de líderes judaicos para dominar o mundo. O documento, na verdade, foi criado por agentes russos em Paris, no final do século 19 — plagiando descaradamente um livro de 1864 do francês Maurice Joly, O Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu —, para difamar os judeus. Embora delatado como fraude desde 1920 pelo Times de Londres, a obra continua a ser editada e citada para propósitos anti-semitas. Eisner pesquisou as informações sobre o complô durante anos para preparar sua obra. O próprio autor escreveu: “É meu desejo que, talvez, este trabalho fixe outro prego no caixão dessa fraude tenebrosa e vampiresca”.

A edição brasileira tem tradução de André Conti e introdução do italiano Umberto Eco.

O que já se disse:

“O Ministério Público de São Paulo fez, nesta terça-feira (17/1/06), uma operação de busca e apreensão em uma editora acusada da prática de neonazismo. Foram apreendidos 1.680 exemplares do livro Os Protocolos dos Sábios do Sião, da Editora Centauro.” (Claudio Julio Tognolli no site Consultor Jurídico)"
http://www.bravonline.com.br/noticias.php?id=2229

quarta-feira, 25 de julho de 2007

A História dos "Protocolos dos Sábios de Sião"

09.02.2007. Anti-semitismo; Os Protocolos dos Sábios de Sião
Tópico: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=2514806727378012743

"Adolf Hitler e seu Ministério da Propaganda usaram os "Protocolos" para justificar a necessidade do extermínio de judeus mais de 10 anos antes da Segunda Guerra Mundial.

O livro apócrifo "Os Protocolos dos Sábios de Sião" é uma fraude feita na Rússia pela Okhrana (polícia secreta do czar Nicolau II), que culpa os judeus pelos males do país. Ele foi publicado privadamente em 1897 e tornado público em 1905. É copiado de uma novela do século XIX (Biarritz, 1868) e afirma que uma cabala secreta judaica conspira para conquistar o mundo.

A base da história foi criada por um novelista anti-semita alemão chamado Hermann Goedsche, que usou o pseudônimo de Sir John Ratcliffe. Goedsche roubou a idéia de outro escritor, Maurice Joly, cujos "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" (1864) envolviam uma conspiração do inferno contra Napoleão III. A contribuição original de Goedsche consistiu na introdução dos judeus como os conspiradores para a conquista do mundo.

O Império Russo usou partes da tradução russa da novela de Goedsche, publicando-as separadamente como os "Protocolos", e afirmando que se tratava de atas autênticas de reuniões secretas de judeus. O seu propósito era político: reforçar a posição do czar Nicolau II, apresentando os seus oponentes como aliados de uma gigantesca conspiração para a conquista do mundo. O czar já via o "Manifesto Comunista" de Marx e Engels (de 1848) como uma ameaça. Como Marx era judeu de nascimento, apesar de não seguir a religião e de propor um regime político onde ela seria banida, a origem dele poderia ser usada para fundamentar a "ameaça judaica".

Os "Protocolos" são uma fraude de uma ficção plagiada. Eles foram denunciados como fraude em 1921 por Philip Graves, um correspondente do "London Times"; por Herman Bernstein em "The Truth About The Protocols of Zion: A Complete Exposure" (Ktav Publishing House, New York, 1971); e por Lucien Wolf em "The Jewish Bogey and the Forged Protocols of the Learned Elders of Zion" (Londres: Press Committee of the Jewish Board of Deputies, 1920).

"Os "Protocolos" foram publicados nos EUA num jornal de Michigan cujo proprietário era Henry Ford (o criador dos automóveis Ford), ele mesmo autor de um livro tremendamente anti-semita chamado "O Judeu Internacional". Mesmo após a sua denúncia como fraude, o jornal continuou a citar o documento.

Adolf Hitler e seu Ministério da Propaganda usaram os "Protocolos" para justificar a necessidade do extermínio de judeus mais de 10 anos antes da Segunda Guerra Mundial. Segundo a retórica nazista, a conquista do mundo pelos judeus, descoberta pelos russos em 1897, estava obviamente sendo levada a cabo 33 anos depois.

Os "Protocolos" continuam a enganar pessoas e ainda são citados por indivíduos e grupos racistas, supremacistas brancos, nazistas e neo-nazistas como a causa dos males dos povos, quer estejam sob governos democráticos, ditatoriais, de esquerda, de direita, teocráticos ou de qualquer outro regime.

Os "Protocolos" foram publicados em várias línguas, inclusive português, espanhol, inglês, russo, vários idiomas da Europa Oriental, árabe, línguas asiáticas, etc. Enquanto Hitler os usou para "provar" que os judeus eram culpados pela Revolução Comunista na Rússia em 1917, os neo-nazistas russos e os nacionalistas-comunistas russos os usam atualmente para provar que os judeus são os responsáveis pela queda do comunismo e pela democratização do país.

O texto falso, a fraude feita por um governo imperial decadente e cruel com seu próprio povo, é tão convincente que, passados mais de 100 anos, ainda é apresentado como uma das maiores revelações que todo bom racista deveria conhecer.

"Pequena crononologia dos "Protocolos"

1848 "Manifesto Comunista".1864 "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" contra Napoleão III.
1868 Herman Goedsche reescreve os diálogos e troca os conspiradores por judeus.
1897 A Okhrana publica os "Protocolos" de forma restrita na Rússia.
1905 Os "Protocolos" são publicados na Rússia.
1917 Revolução Russa.1920 Denunciados pela primeira vez em Londres.
1921 Denunciados pela segunda vez em Nova Iorque.1923 Hitler escreve "Mein Kampf" ["Minha Luta"] na prisão.
1971 Trabalho completo sobre os "Protocolos" publicado em Nova Iorque.
1994 Começa a tradução e divulgação dos "Protocolos" pela internet em várias línguas.
2000 Grupos de extrema-direita e extrema-esquerda, além dos países árabes, usam os "Protocolos" para justificar seu ódio aos judeus para fins políticos.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, julho de 2002
http://www.beth-shalom.com.br/artigos/protocolos.shtml

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