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domingo, 22 de dezembro de 2013

Discórdia na Cesspit (Codoh) com Mark Weber. Mais um racha no mundo "revisionista"

Pros que não sabem o que significa o termo Cesspit, confira clicando nas tag CODOH e Cesspit.

Parece que há um visível racha no clero "revisionista", e insatisfação e suspeita com o cabeça do IHR, Mark Weber. E para não confundir, este Mark Weber não é o ex-piloto de Fórmula 1 da RBR, os dois são homônimos, apesar do ex-piloto de F1 ter dois 'bês' no sobrenome.

Em post do Codoh um "revi", com foto de jogador do leste europeu, toca no assunto expondo o texto de uma "revi" neonazi (ou "supremacista branca", sempre rio desses termos "supremacismo"), Carolyn Yeager (não sabe quem ela é? Clique aqui e aqui), a crise e insatisfação de "revis" "gurus" como Rudolf com Mark Weber: link

C.Y: 'Is the IHR a dead horse?' (O IHR é um cavalo morto?)
Texto original

A queixa deles com Weber, tradução livre minha:
Mark Weber adquiriu o controle do Instituto para "Pesquisa" Histórica (vulgo IHR)control na metade dos anos 90 e mudou todo seu propósito distante do "Revisionismo" do Holocausto para nenhuma posição ou qualquer coisa semelhante;

Weber nunca foi um "revisionista" de verdade (mesmo nos anos 80), de acordo com ambos, Berg e Rudolf;

Weber resistiu em publicar livros de Germar Rudolf, e não queria textos traduzidos de "revisionistas" alemães, e queria escrever seus próprios artigos sumários por terceiros;

Com David Irving, Weber foi observado como se comportando como um total sicofanta; ele até parecia estar "apaixonado" por Irving;

Muitos ainda pensam que o IHR sob Weber "parece bem" e então financeiramente apoia isso;

Caller Jim trouxe o "discurso de Posen" de H. Himmler, que ambos, Berg e Rudolf, consideram-no genuíno porém um mal-entendido;

Dana apresentou a questão de que a maioria das pessoas que estão de saco cheio do "holocausto" na mídia - de que ele espera que haja reação sobre o que Germar disse, mas mais na Europa que nos Estados Unidos.
E há mais duas acusações de um outro "revi" com nick de Werd (que aparenta se contentar com o stalking promovido pela dupla dona de um site tosco sobre Holocausto nos EUA) sobre Weber:
Mark Weber conspira para vender listas de email para a ADL.
http://www.vho.org/GB/c/TOK/Whistleblower.html

A visão de Rudolf sobre a crise do IHR com Weber:
http://www.vho.org/GB/c/GR/IHRCrisis.html
Resumindo: haja choro e paranoia no "mundo" "revi"*, pra variar.

O IHR, pra quem não sabe, é o principal difusor de textos de negação do Holocausto no mundo (com sede nos Estados Unidos) junto com um site também hospedado nos EUA (host de Nova York, suspeito que o host seja do Michael Santomauro), VHO, com ramificação na Europa (Bélgica etc).

Observação:


Mas se me permitem, vou fazer algumas considerações sobre essa temática do combate ao negacionismo aproveitando o post em questão. Vou reforçar coisas que já disse antes pois é bom deixar claro que não só rola problemas no "lado "revi"" como de gente que se coloca na posição de "anti-"revi"", que não é uma posição exclusiva de A, B ou C obviamente, mas a partir do momento que tentam se passar (ou insinuar) por a gente, a coisa muda de conversa. Quem age por conta própria assumindo, eu nunca critiquei embora eu posso não concordar com certos posicionamentos (em geral o pessoal é de direita e meio paranoico, e eu sou de esquerda e cético até o talo, o que gera na maioria das vezes um conflito ideológico pois não tenho muita paciência com essa direita paranoica hidrófoba lunática brasileira).

Sobre o termo "revi" (que coloquei o asterisco pra comentar), passarei a preferir essa escrita ou mesmo chamar por "revisionista" (com aspas) do que o termo "revimané", que não fomos nós que criamos, foi um colega nosso no Orkut anos atrás. A quem usa o termo aleatoriamente achando que é "criação" nossa, taí mais um detalhe que não sabiam (pra variar), que inclusive já comentei aqui antes, só que as pessoas que leem seletivamente (de forma atabalhoada, como sempre) nunca prestam atenção aos detalhes.

Há gente mal-intencionada usando fakes tentando insinuar ou se passar pelo pessoal do blog (pra causar confusão) explorando a paranoia dos "revis" usando esses termos e expressões que usamos ironizando esse pessoal. Pra alguém mais safo dá pra notar de cara a falsificação, pra gente mais "burrinha" (ou seja, a maioria...) a falsificação não é algo tão óbvio assim e disso vem o problema.

Pra alguém mais paranoico, quem escreve o termo (que já é de domínio público) "x" só existe uma dedução lógica primária (pois não vão além disso): "só pode ser esse pessoal pois eles usam o termo". Nunca passa na cabeça desses imbecis que qualquer pessoa pode usar o termo pra confundir (ou mesmo porque gostou já que não tem "copyright") e pode se esconder com fakes.

Eu não uso fakes, escrevo com meu nome, discutia com "revis" usando meu nome e já emiti o que penso (mais de uma vez) sobre esse pessoal que se borra com "revis (No Reino da Fantasia dos Trolls "Ocultos"). Penso de fato que se uma pessoa se pela de medo desses "revis" se valendo desse artifício pra tentar confundir, como já disse antes aqui, deveria parar de fazer isso ou sumir, pois além da atitude covarde (pois a impressão que se passa é essa), só vejo discussão imbecil com esses caras, com um vitimismo ridículo, uma contemporização ridícula e localizei mais ou menos de onde é um dos perfis (do estado do Ceará).

A quem pensa que só "revis" criam problema, desencanem disso, as piores brigas e confusões que vi no Orkut foram causadas por gente que se dizia "anti-"revi"" criando atrito com esses "revisionistas" e afins, entravam lá posando de "valentões" e brigões e quando algum desses "revis" (ou neos) cismavam e iam pra cima, os caras corriam com o rabo entre as pernas e vinham tentar jogar o problema pro nosso lado, principalmente quando se entocavam em comunidades sobre conflito no Oriente Médio misturando questões como conflito israelense-palestino com essa questão do negacionismo no Brasil. E vou dizer claramente, esse pessoal hoje me irrita tanto quanto os "revis".

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mark Weber - Biografias - "revisionistas" 05


Mark Weber

Mais do que qualquer propagandista, Mark Weber, 45 anos, personifica o movimento de negação do Holocausto. Um articulador, porta voz, com um mestrado em História pela Universidade de Indiana, Weber começou sua carreira como um radical de direita em 1978, quando assumiu i cargo de editor de notícias para a National Vanguard, uma publicação neonazista da National Alliance. Em 1979 Weber também começou a contribuir regularmente para o The Spotlight uma revista semanal produzida por Willis Carto da organização Liberty Lobby. Seu envolvimento com o IHR também intensificou progressivamente ao longo dos anos, trabalhando inicialmente como contribuinte no hoje extinto IHR Newsletter, em 1984 começou a servir como mestre de cerimônias das conferências anuais do grupo. Em 1985 se tornou membro do Comitê Consultivo do IHR e em 1992 tornou-se o editor do Journal of Historical Review. Após o rompimento de Carto com o IHR e a saída subseqüente da maioria dos membros do staff em 1993, Weber tornou-se diretor da organização e com um staff pessoal e profissional para serví-lo.

O compromisso de Weber com extremistas, mais abertamente à supremacia branca não diminuiu durante a sua ascensão de hierarquia no IHR. Ao longo da década de 80, ele menteve contato com a National Alliance, servindo, segundo documentos oficiais como tesoureira da organização “Cosmotheist Church”.

Da mesma forma em 1987, os graduados de quatro colégios privados em Atlanta receberam cópias de um livro racista e anti-semita de 584 páginas, The Dispossessed Majority, com uma cara assinada por Weber que afirmava, “você e seus colegas podem esperar para enfrentar graves problemas políticos, econômicos e sociais. Não haverá discriminação aberta contra você, como você competir para a admissão às melhores faculdades. Não-Brancos menos qualificados e com menor nota acadêmica serão empurrados à sua frente por meio das cotas raciais e bolsas de estudo de 4 anos.” Em 1989, os cadetes da Universidade de Auburn receberam correspondência idêntica de Weber. No mesmo ano, Weber foi entrevistado por The Sower, um estudante de jornalismo da Universidade de Nebraska, Na entrevista Weber afirmou, “Estou preocupado com o futuro da (branca) raça e estou preocupado com o futuro do nosso país.” Ele também advertiu contra a América que está se tornando, “uma espécie Mexicanizada, país Porto Ricanizado...Eu não acredito que é possível para os negros americanos serem assimilados pela sociedade branca.”

No entanto, é como um negador do Holocausto que Weber tem encontrado seu nicho na direita radical, e através do IHR ele encontrado a plataforma para prosseguir cada vez mais solitário, mas na persistente missão de propagando de ódio.

Fonte: The Coordination Forum for Countering Antisemitism

Link: http://www.antisemitism.org.il/eng/Mark%20Weber

Tradução: Leo Gott

quarta-feira, 25 de março de 2009

Carta de David Cole sobre Faurisson e Roques - Parte 1 - Introdução

Introdução por Jamie McCarthy


(grifos do tradutor)


David Cole, o único conhecido “revisionista” judeu, recentemente respondeu às críticas de seus “colegas”, especificamente Robert Faurisson e Henri Roques, em uma carta de dezesseis páginas. Ele descreve uma enxurrada de críticas a Robert Faurisson e o auxílio e a cumplicidade deste com outros “revisionistas” como Bradley Smith e Mark Weber. Como o Sr.Cole descreve, ele tem respondido em privado por muitos anos, mas agora sente que é a hora de jogar ao ar suas frustrações com o movimento “revisionista”, e em particular com Faurisson, publicamente.

As primeiras sete páginas da carta são dedicadas a atacar os pontos que Faurisson fez no passado. Nas próximas seis páginas depois de Cole defender sua reputação contra os encargos de Faurisson e a confecção de roubo – um pouco confusa porque eu não tinha visto a história do roubo, e Cole argumenta sobre pormenores que não significam nada pra mim. De qualquer maneira, em toda a carta, particularmente do início ao fim, o Sr.Cole cria um Faurisson bastante desonesto. Estou contente por ver que ele de repente decidiu revelar as dúvidas que ele tinha de todos esses anos, embora eu não entenda porque ele esperou tanto tempo. Dirijo-me a ele uma carta resposta de oito páginas, que vai seguir em um artigo separado.

Para despertar a sua curiosidade, aqui estão alguns trechos da carta de Cole:

...muitos dos pontos que Faurisson fez sobre o Krema I são perigosamente fraudulentos.

...eu tinha acreditado, após uma meticulosa investigação das alegações de Faurisson, que as “garantias” de Faurisson não devem ser aceitas sem críticas, mas imediatamente bastante suspeitas.

“Revisionistas” querem os dois lados, eles querem: A) alegação que o Krema I no seu estado atual é uma criação pós-guerra e B) utilização do Krema I no seu estado atual como prova de que gaseamentos não poderiam ter ocorrido no mesmo.

Faurisson ALTEROU seu fax e MUDOU a história...substituindo a palavra “forno” por “câmara de gás”.

...como já demonstrado, Faurisson não está por cima, alterando seus próprios textos se a situação exige...

(Historiadores vêm dizendo isso acima hà anos).

Para ouvir Fritz [Berg]["revisionista"] dizer que, Faurisson foi duro com ele em manter seus artigos fora das publicações revisionistas. E o crime de Fritz? Ele se atreveu a apontar alguns erros factuais de Faurisson.

O vídeo de minha viagem de 92 nunca foi vendido, apenas dei livremente para os simpatizantes mais próximos de Bradley [Smith].

(Dan Gannon ["revisionista"]disse em outubro de 1994 que vendeu por US$ 50,00)

Cada vez que eu salientei minha oposição ao racismo e nazismo, cada vez que eu salientei que minhas visões revisionistas eram produto da curiosidade intelectual e não pró-fascistas, eu fui abraçado ainda mais pela extrema-direita, porque, afinal, quem melhor ter como aliado do que alguém do campo oposto?

...pessoas que à meses anteriores davam-me o ridículo elogio como “grande homem” estão agora a dar-me igualmente o ridículo desprezo por ser um “vira-casaca” agora que eu ousava sair do padrão do dogma.

(“Dogma”? O impulso motivador do “revisionismo” do Holocausto é a suposição de ser anti-dogma!)

Eu estou realmente perplexo pela surpresa que alguns de vocês [negadores do Holocausto] estão demonstrando sobre as minhas declarações sobre Struthof. Parem de agir com se estivessem trombando, rapazes. Um dia me deixaram claro que sou esquerdista, mestiço, judeu ateu que não tem lealdade a nenhum dogma e que iria concordar com prazer que haviam câmaras de gás, se a prova pudesse ser encontrada. Não é culpa minha se alguns de vocês pensaram que eu estava dizendo essas coisas só para enganar o público e privadamente eu era “um de vocês”.

Faurisson está...citando uma passagem, e em seguida DIZENDO-NOS aquilo que acabou de ler, na esperança de que nós não iremos notar qualquer incongruência entre a passagem e a explanação dele. Faurisson está citando uma passagem que fala em parte de extermínio – PELO MENOS em parte, e então ele nos DIZ que temos de fato, NÃO TEMOS que ler o que nós lemos...

Acho que existe uma probabilidade muito elevada com base no meu próprio e rigoroso padrão de provas documentais, que a câmara de gás de Struthof foi realmente utilizada para matar judeus...

Em uma carta para mim, Sr.Cole também atacou o seu antigo colega de trabalho, Bradley Smith, por defender Faurisson à partir de sua crítica. Mark Weber, Robert Countess e o próprio Faurisson também são atacados por Cole. Aparentemente, todos eles pensam que as críticas à Faurisson deveriam ser poupadas devido ao seu sofrimento às mãos do governo francês e assim por diante.

Estranho. Contrasta isto com a sidebar de março de 1995, item do “Relatório Smith”, em que o Sr.Smith escreve:

Aqueles que protestam que é mais importante ser “sensível” para com os “sobreviventes”[do Holocausto] do que ser verdadeiros com os registros históricos representam uma visão do mundo que é estrangeiro para uma sociedade livre.

Mas quem pensa que é mais importante ser sensível ao sofrimento de negadores do Holocausto do que verdadeiros...isso é perfeitamente correto, aparentemente, de acordo com o Sr.Smith.

Na sua carta, o Sr.Cole justamente salienta que os sobreviventes do Holocausto sofreram muito pior sofrimento do que Faurisson já conheceu.

Gostaria de postar a carta na Usenet, mas estou aguardando autorização do Sr.Cole (novamente, ver minha carta resposta). Gostaria também de incluir toda a questão do “Relatório Smith” de março aqui, o que inclui a curta nota de Faurisson assim como a longa resposta de Cole, que precedeu a disputa Cole-Faurisson que transparece abaixo. A taxa de revelação-por-palavra é inferior à carta de 16 páginas de Cole, porém, não posso por-me a escrevê-la por agora. Talvez quando eu tiver mais tempo.

Favor notarem que a publicação de minha carta aqui, sem apreciação e comentários, não é certamente pelo endosso da posição do Sr. Cole. Minha falta de comentário é devido à falta de tempo, e não à falta de parecer. Isso leva o dobro de tempo para a longa discussão da “teoria da conspiração do roubo de Cole” das páginas 8 a 13, que considero absolutamente absurdas e indignas de mencionar – mas aqui eu gostaria de apresentar a carta de Cole na sua totalidade, além do mais, isto é aparentemente o assunto que levou o Sr. Cole a escrever esta carta a todos.

Todas as observações entre colchetes (números de página e “sic”s) são meus. Quaisquer erros não assinalados com “[sic]” são meus. Dois erros assinalados com “(sic)”, são de Cole e “sic” para erros de Faurisson. E agora, a carta em si:



**Comentários: A carta está sendo traduzida e será publicada em breve, antes eu gostaria de saber o que os "revisionistas" têm a dizer sobre a carta, e também a repercussão da mesma.

Fonte: The Nizkor Project

Arquivo: http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/c/cole.david/cole-vs-faurisson-struthof

Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A “expertise” de Fred Leuchter



Por Leo Gott

Alguns “revisionistas” tentam passar a imagem de que o “expert” em “métodos de execução” Fred Leuchter era engenheiro, coisa que até o próprio Fred Leuchter admitiu que não era. Mesmo assim eles insistem em dizer que Fred Leuchter é “expert” em “câmaras de gás” através de “experiências empíricas”, será que é “expert” mesmo?

Segundo o “revisionista” Mark Weber, diretor do IHR, Leuchter é “expert” em qualquer método de execução, além de projetar uma nova câmara de gás para o estado de Missouri e uma máquina de injeção letal para New Jersey(grifos meus):

During the past 14 years, Leuchter has been a consultant to several state governments on equipment used to execute convicted criminals, including hardware for execution by lethal injection, electrocution, gassing and hanging. In the course of this work, he designed a new gas chamber for the state of Missouri, and he designed and constructed the first lethal injection machine for New Jersey. Leuchter has also been a consultant on execution procedures. He has held a research medical license from both state and federal governments, and has supplied the necessary drugs for use in execution support programs.

Minha tradução:

Durante os últimos 14 anos, Leuchter foi consultor de vários governos estaduais sobre o equipamento utilizado para executar criminosos condenados, incluindo hardware para a execução por injeção letal, eletrocussão, gaseamento e enforcamento. No decorrer de seu trabalho, ele projetou uma nova câmara de gás para o estado do Missouri, e ele projetou e construiu a primeira máquina de injeção letal para New Jersey. Leuchter também foi consultor para a execução dos procedimentos. Ele realizou uma pesquisa de licenças médicas para os governos federal e estadual, e têm fornecido medicamentos necessários para uso nos programas de execução.

Neste mesmo artigo Mark Weber vai além para falar sobre a “expertise” de Fred Leuchter, chegando a afirmar que a sua “expertise” “foi abundantemente confirmada” (grifos meus):

Leuchter's expertise as the nation's foremost specialist of execution hardware, including gas chambers, has been abundantly confirmed. William Armontrout, warden of the Missouri State Penitentiary, testified on this matter during the 1988 "Holocaust Trial" of Ernst Zündel. As warden, Armontrout supervised the state's execution gas chamber.

Minha tradução:

A expertise de Leuchter como o principal especialista da nação em equipamentos de execução, incluindo câmaras de gás, foi abundantemente confirmada. William Armontrout, Warden [Warden é o Chefe Administrativo de uma Penitenciária] da Penitenciária Estadual do Missouri, testemunhou sobre o assunto durante o "Holocausto Trial" em 1988, de Ernst Zündel.Como Warden, Armontrout supervisiona as execuções por câmaras de gás no Estado.

A última execução em câmaras de gás no estado do Missouri ocorreu em 26 de janeiro de 1965 (Fred Leuchter, então com 22 anos estava cursando a faculdade de História, é "revisionistas", por incrível que pareça, Fred Leuchter é formado em História, e não em engenharia), conforme página oficial da pena de morte do Estado do Missouri:

The last execution in Missouri by means of lethal gas was that of Lloyd Leo Anderson on 26 January 1965 for the murder of a 15 year old delivery boy during a robbery in a St. Louis drugstore.


Minha tradução:


A última execução no Missouri por meio de gás letal foi a de Lloyd Leo Anderson em 26 de janeiro de 1965 pelo assassinato de um entregador de 15 anos de idade, durante um assalto à Farmácia St.Louis.


Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 como é que Fred Leuchter prestou consultoria à Penitenciária de Missouri?

Teria sido na nova câmara de gás como nos diz Mark Weber?

Em 2 de junho de 1988 o governador do Missouri John Ascroft assinou a lei que instituía somente o uso de injeção letal para execuções no estado de Missouri, abolindo de vez o uso de câmaras de gás (grifos meus):

The 84th General Assembly of the Missouri legislature approved a change in the statute allowing capital punishment to be administered either by means of lethal gas or lethal injection at the discretion of the Director of the Department of Corrections. Since then lethal injection has been selected as the method of carrying out the death penalty sentence in Missouri. The bill was signed into law by Governor John Ashcroft on June 2, 1988 and became effective August 13, 1988.

Minha Tradução:

A 84a Assembléia Geral do Missouri aprovou a mudança no estatuto permitindo que a pena capital fosse administrada por meio de gás letal ou injeção letal [ficando] à critério do Diretor do Diretor do Departamento de Correção. Desde então a injeção letal foi selecionada como o método de execução da sentença de pena de morte no Missouri. O projeto de lei foi assindo pelo Governador John Ashcroft em 2 de junho de 1988 e tornou-se efetivo em 13 de agosto de 1988.

Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 e à partir de 1988 ela foi abolida para que o Estado do Missouri precisaria de uma nova câmara de gás?


Por incrível que pareça o argumento mais sólido sobre a “expertise’ de Leuchter, veio de Robert Jan Van Pelt (que os “revisionistas” odeiam) no documentário Mr.Death, The rise and fall of Fred Leuchter Jr. de Errol Morris onde ele diz que “A única experiência de Leuchter com câmaras de gás foi uma pequena alteração de projeto na câmara de gás da Penitenciária de Jacksonville no Missouri.” E desde quando uma “alteração” de qualquer importância credencia uma pessoa como “expert”?

Se mesmo assim os “revisionistas” não estão satisfeitos com relação ao Missouri, faço aqui uma pergunta que poderia comprovar a “expertise” de Leuchter:

Porque Fred Leuchter NÃO apresentou UM ÚNICO contrato de prestação de serviços/consultoria/projeto/outros referentes à câmara de gás de sua empresa com o Estado do Missouri?

No Julgamento de Zundel, o advogado do mesmo convocou Leuchter como testemunha de defesa de Zundel, segue abaixo mais duas tentativas desesperadas de Fred Leuchter de provar sua “expertise”. [Q/P=Pergunta do advogado de Zundel e A/R=Resposta de Fred Leuchter] (grifos meus):

Q: And what is your relationship with the operation of those facilities [i.e. gas chambers] in those two States [California and North Carolina]?
A: We consulted with both States, California primarily on a heart monitoring system to replace the older type mechanical diagraph stethoscope that's presently in use. We will be shipping to them shortly and installing a new heart monitor for both chairs in their gas chamber.
Q: You are consulted by the State, I understand?
A: Yes, Juan Vasquez.
Q: I see. And in North Carolina?
A: North Carolina. My discussions and work was with one Nathan Reise, and he had some work done by their maintenance personnel on their gas chamber two years ago, and they had a problem with the gasket on a door leaking. At which point, we discussed it with him and recommended remedial procedures to change the gas chamber.
Q: And he consults you in regard to those matters?
A: He does.

Minha tradução:

P: E qual é a sua relação com a operação destas instalações [câmaras de gás] nestes dois estados [Califórnia e Carolina do Norte]?
R: Nós fomos consultados por ambos Estados, principalmente a Califórnia, no sistema de monitoramento cardíaco e na substituição de um antigo estetoscópio do tipo mecânico, que atualmente está em uso. Em breve estaremos enviando e instalando um novo monitor cardíaco para as cadeiras da câmara de gás.
P: Você foi consultado pelo Estado, eu entendo?
R: Sim, Juan Vasquez.
P: Entendo. E na Carolina do Norte?
R: Carolina do Norte. Minhas discussões e trabalho foram com Nathan Reise, e ele tinha feito algum trabalho com o pessoal de manutenção sobre a câmara de gás dois anos atrás, e eles tinham um problema de vedação e vazamento na porta. Neste ponto, nós discutimos com ele e recomendamos mudança nos procedimentos de reparação da câmara de gás.
P: E ele consultou você a respeito destes problemas?
R: Ele consultou.

O Projeto Nizkor (no mesmo link) fez uma pesquisa com os Wardens, o Warden de San Quentin na California respondeu (grifos meus):

"I can inform you, however, that San Quentin has not contracted with Fred A.Leuchter Jr., for the installation of a heart monitoring system or for any other work." Signed: DANIEL B. Vasquez, Warden (California)
Minha tradução:
“Posso informa-vos, entretanto, que San Quentin não contratou Fred A. Leuchter Jr para a instalação do sistema de monitoramento cardíaco tampouco para outro trabalho.” Assinado: DANIEL B. Vasquez, Warden (California).

Leuchter não sabia nem o nome da pessoa com quem ele supostamente assinou um contrato.

Nada diferente disso aconteceu com a Carolina do Norte(grifos meus):

"I discussed your request with Mr. Nathan A. RICE, Former Warden, and he stated that he vaguely recalled a telephone conversation between him and a gentleman professing to be an expert on execution chambers. Mr. Rice further states that the gentleman called him for the purpose of selling a lethal injection machine...

Also, our records do not support that Mr. Leuchter performed either consulting or any service...I can attest that the planning and work was performed by the Department of Correction Engineering Section and our institution maintenance department." Signed: Gary T. Dixon, Warden (North Carolina)

Minha tradução:

“Discuti sua solicitação com o Sr. Nathan A. RICE, antigo Warden, e ele disse que recorda vagamente de uma conversa por telefone entre ele e um cavalheiro que professava ser um perito em câmaras de execução. Mr.Rice afirma ainda que o cavalheiro em questão o chamou com o propósito de vender-lhe uma máquina de injeção letal...

Além disso, nossos registros não confirmam que o Sr.Leuchter realizou consulta ou qualquer serviço...Eu posso atestar que o planejamento e o trabalho foram executados pelo Departamento de Correção – Seção de Engenharia e nosso departamento de manutenção.” Assinado: Gary T. Dixon, Warden (Carolina do Norte)

Com isso o Projeto Nizkor descobriu que nem na Califórnia ou na Carolina do Norte, Leuchter foi consultado relativo a câmaras de gás. Leuchter não sabia nem o nome dos Wardens, e claramente mentiu a respeito de suas relações “profissionais” com os mesmos.
Em um tópico no RODOH FORUM o Dr. Nick Terry apresentou uma lista de pessoas executadas nos EUA, desde 1608 a 2002, entre os anos 70 e 90 (provavelmente os anos em que Fred Leuchter poderia se tornar um "expert" em câmaras de gás) somente 4 pessoas foram executadas por meio de gás letal são elas:
Jimmy Gray em 02/09/1983 no Mississipi
Edward E.Johnson em 25/05/1987 no Mississipi
Connie Ray Evans em 08/07/1987 no Mississipi
Jesse Bishop em 23/10/1979 em Nevada
Fred Leuchter não disse e nem os "revisionistas" disseram que ele prestou consultoria nestes estados, mesmo se ele tivesse prestado a consultoria, como é que poderíamos avaliar a "expertise" com tão "pouco uso do equipamento"?
Só nos resta uma pergunta para o Sr. Mark Weber, ONDE ESTÃO AS PROVAS ABUNDANTES DA “EXPERTISE” DE FRED LEUCHTER?

domingo, 18 de janeiro de 2009

A implosão do CODOH

Janeiro parece ser o mês das Facas Longas na Cesspit[1]. O ponto é que rapidamente aproxima-se a situação onde os únicos residentes que restaram no asilo serão o psicopata Greg Gerdes, aquele cujos hobbies não são recomendados para jovens, e o residente moderador, Jonnie 'Hannover' Hargis. O que tem acontecido para aumentar a pressão no Fuehrerbunker?

A resposta curta é que Mark Weber admitiu a derrota acerca do IHR[2] e isto levou a que o senil Nazi Fritz Berg pedisse uma petição para que Weber fosse expulso de sua confortável posição. Hargis se opôs a petição pela razão óbvia de que ele não quer expôr sua própria posição para a possibilidade de crítica. Se negadores podem abrir fogo contra seus próprios gurus, alguém deveria escrever para Bradley Smith e assinalar que o assistente de biblioteca que modera o site dirigiu um firme declínio do tráfego do site e deveria portanto ser trocado por alguém com um QI de triplo-dígito que seja menos propenso a só apertar a tecla apagar.

Desde que Weber postou seu artigo, Berg e outros regulares na Cesspit postaram pelo menos seis discussões atacando Weber. A maioria disto está salvo nesta 'Memory Hole'("Buraco de Memória, linguagem de informática) da discussão. Até esta data, Hargis apagou duas discussões, trancou duas outras e mutilou uma de outras com apagamentos malucos. Enquanto isso a primeira página ainda tem uma discussão de Hargis chamada "O que homens sensatos dizem sobre debates e opiniões livres" - postado sem ironia.

Nesta taxa de regressão, Hargis está em perigo de tornar o CODOH[3] num dueto entre ele mesmo e Gerdes, um homem tão desonesto que finge que a "prova conclusiva" em historigrafia deva ir além da dúvida desarrazoada e não apenas da dúvida razoável. Como Fischer nos lembrou:

Se historiadores, como advogados, devem respeitar a doutrina da dúvida razoável, eles devem igualmente serem capazes de reconhecer uma dúvida desarrazoada quando veem uma.
O CODOH, que transformou uma dúvida desarrazoada num dogma religioso, está entrando em colapso através e dentro de suas próprias falácias e eventualmente desaparecerá. Até mesmo Bradley começou a se dar conta de que é questão de tempo para encerrar esta farsa e despejar Jonnie de seu bunker.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonatan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/codoh-implodes.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Mini-dicionário sobre termos usados com "revisionistas"(negadores do Holocausto), familiarize-se com eles:

1- Cesspit: Cesspit é como a equipe do blog Holocaust Controversies, muito adequadamente, apelidou o fórum dos negadores do Holocausto, CODOH. Ou seja, quando for mencionado o termo Cesspit nos textos do blog, este provavelmente se referirá ao fórum de negação do Holocausto CODOH

2- IHR: sigla do 'Institute for Historic Review', um Instituto revimané("revisionista")localizado nos Estados Unidos, principal grupo que vende, fabrica e distribui material de negação do Holocausto, em formato de textos na internet ou impresso.

3- CODOH: ver Cesspit. Fórum que alega propriciar um debate aberto sobre o Holocausto entre anti-"revisionistas" e negadores do Holocausto, mas que na prática funciona como local de discussão e propagação de textos e discussões de negadores do Holocausto, cujo intento é diminuir ou mesmo apagar via distorção de fontes ou mentiras, os crimes nazistas.

Aproveitando a deixa do post, fica feita uma advertência para quem ainda não está familiarizado ou não sabe da proliferação de sites neonazistas na internet, pois muita gente se 'contenta' com o primeiro resultado que aparece nas buscas por uma palavra-chave como nazismo, Holocausto, etc.

O assunto Holocausto na rede é campo minado, pelo menos praqueles que realmente queiram entender e aprender História, para encontrar sites bons precisa garimpar no meio de muito lixo "revisionista"(neonazista). Pros que só querem arrumar "argumentos"(idiotices)para bancar o "rebelde sem causa" ou "bancar o esperto" com alguma polêmica idiota e por vezes racista, qualquer porcaria basta.

Lembre-se do dito da 'Grande Lesma da Montanha'(ela foi inspirada nas atitudes "revisionistas", mas tanto o dito como o personagem foram criados agora mesmo): "por mais que um idiota queira ou se esforce para não parecer um idiota, ele continuará sendo um idiota".

Voltando ao que discutíamos, no caso o campo minado sobre o Holocausto e a internet, de um lado há sites que usam referências acadêmicas de especialistas e historiadores que estudam o Holocausto, e do outro lado há uma proliferação de sites racistas(antissemitas), de apologia ao nazismo e supremacia racial que tem ligação aberta com a negação do Holocausto.

É preciso saber que há sim uma espécie de "divisão" dos sites sobre este tema, é necessário que isto fique claro pois há um despreparo e falta de informação(e má vontade em ler) galopante no Brasil sobre este assunto, mas é preciso deixar claro que, apesar de haver um campo minado, é fácil detectar um site "revisionista" e um site não "revisionista" e em hipótese alguma um lado é comparável ao outro em qualquer patamar de qualidade ou estudo e principalmente honestidade. Quando se vai verificar uma fonte, é preciso saber que há fontes disponíveis na internet que são confiáveis(com referências em textos acadêmicos) e há "fontes" não confiáveis(provenientes de textos de grupos extremistas e racistas).

Pode parecer banal este tipo de aviso, pra muitos é, mas muita gente "confia" demais no primeiro site "lindinho", "rebuscado" e "pomposo" ou "eloquente" que aparece com o resultado desejado quando se procura em algum site de buscas, na tela de seu computador.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Não mencione Lebensraum

Numa recente leitura de Mark Weber, e uma resposta adequada por Michael Shermer, expuseram algumas contradições de como negadores aproximam a motivação de Hitler em invadir a Polônia e a URSS. Resumi três dessas contradições abaixo.

Primeiramente, negadores pretendem fingir que as ações de Hitler eram defensivas. Ele estava rodeado por outras forças; ele precisava recuperar a terra roubada da Alemanha em Versailles; e Stalin estava acelerando por um ataque a oeste. As óbvias refutações desses pontos - o fato de que a aproximação britânica era apaziguar em vez de provocar; o fato de que Stalin estava expurgando seus generais; o fato de que Hitler sempre tomou muito mais território do que estava em disputa e declarou sua intenção de tomar isso permanentemente - sempre caiu como surdez aos ouvidos pró-nazis.

Onde a contradição aparece é no fato de que negadores então afirmam (como Weber fez quando entrevistado por Shermer) que o mundo teria sido um lugar melhor se a Alemanha houvesse ganho a guerra e o comunismo houvesse sido destruído. De repente uma guerra de auto-defesa torna-se uma guerra justificável de aniquilação. A pretensa defensiva não é nem de perto mantida quando a vitória gloriosa sobre o comunismo é tratada.

Em segundo lugar, segue-se as lágrimas derramadas sobre a derrota nazi em que na medida teria sido necessário para assegurar a vitória - incluindo fome em massa da população soviética e dos judeus - tornaria-se justificável. Ninguém não pode desejar os fins sem desejar os meios.

Terceiro, negadores são também assim forçados a aceitar aquilo que eles não podem mencionar: Lebensraum(Espaço Vital) e Holocausto. O anti-comunismo para Hitler era ipso facto uma reordenação étnica da Europa usando (apropriando a excelente frase de Nick Terry) "uma economia política de valor racial." Weber satisfeito reconhece que negadores compartilham esta fantasia eugênica, mesmo assim uma vez mais eles se esquivam das conclusões óbvias: nenhum Lebensraum poderia ter sido alcançado sem assassínio em massa. Não havia nenhum lugar para enviar os judeus uma vez que se tornou óbvio que os soviéticos não iriam simplesmente dobrar-se.

A falácia da 'defensiva de Hitler' não é portanto apenas apologia: é negação dos fatos que emanam da realidade agressiva de Hitler.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/dont-mention-lebensraum.html
Tradução: Roberto Lucena

Definição de Lebensraum: em português "Espaço Vital", de maneira simples, seria o espaço geográfico ou territorial reivindicado ou reclamado pelo regime nazista para expandir o Reich ariano no qual a "raça ariana" desenvolveria-se e se utilizaria de todos os recursos naturais dos territórios conquistados, mediante a expulsão, eliminação ou escravização dos povos conquistados(eslavos, judeus, etc).

Na wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_vital

Fotos: BBC, site da Casa da Conferência Wannsee
http://www.ghwk.de/2006-neu/haeftlinge.jpg
sobre a foto do cartão russo para tropas alemães, fonte
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:48439

Mais sobre Lebensraum(Espaço Vital):
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/hitler_lebensraum_01.shtml

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Negação do Holocausto, uma Definição

Negação do Holocausto, uma Definição
por Andrew E. Mathis(do 'The Holocaust History Project')

Esta entrada sobre a Negação do Holocausto aparece em 'Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia'(Teorias da Conspiração na História Americana: Uma Enciclopédia). Escrita por um membro do The Holocaust History Project, trata da história desta crença de conspiração na Europa e EUA. Nós agradecemos o reconhecimento da ABC-CLIO pela permissão em reproduzi-la aqui.

O Holocausto nazista é um dos eventos da história que recebeu o maior escrutínio. Enquanto historiadores discordam em diferentes aspectos deste fenômeno, é basicamente aceito que o Holocausto pode ser corretamente definido como se segue: (1) o Holocausto foi o assassinato intencional dos judeus europeus pelo governo Nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial como uma matéria de política; (2) este assassinato em massa empregou câmaras de gás, entre outros métodos, como um método de assassinato; e (3) o total de mortes dos Judeus europeus no fim da Segunda Guerra era de aproximadamente 6 milhões. Não surpreendentemente, com um grupo de eventos históricos tão penosamente estudados como o Holocausto, teorias de conspiração sobre este período abundam. Entretando, a mais proeminente teoria de conspiração dos EUA em relação ao Holocausto é sua negação.

Antes de discutir como a negação do Holocausto constitui uma teoria de conspiração, e como a teoria é claramente americana, é importante entender o que que quer dizer o termo "negação do Holocausto." Negadores do Holocausto, ou "revisionistas," como eles chamam a si mesmos, questionam todos os três maiores pontos de definição do Holocausto nazista. Primeiro, eles argúem que, enquanto assassinatos em massa de judeus ocorriam (ainda que eles disputam ambos a intencionalidade daqueles assassinatos como também o suposto mérito destes assassinatos), não houve nenhuma política oficial Nazi para matar judeus. Segundo, e talvez a mais proeminente, eles alegam que não houve nenhuma câmara de gás homicida, particularmente em Auschwitz-Birkenau, onde os principais historiadores acreditam que cerca de 1 milhão de judeus foram assassinados, primeiramente em câmaras de gás. E terceiro, Negadores do Holocausto alegam que o total de mortos dis judeus europeus durante a Segunda Guerra foi bem abaixo de 6 milhões. Os números dos negadores flutuam na casa dos 300.000 e 1.5 milhão, como regra geral.

Enquanto a negação do Holocausto começou como uma teoria da conspiração alemã e francesa, seus antecedentes são ambos especificamente norte-americano e uma encapsulação de 2.000 anos de anti-semitismo europeu. Direcionando ao primeiro ponto, mais antigo, a teoria de conspiração que alega que judeus manipulam não-judeus de várias maneiras, condições, e formas é aproximadamente tão antiga quanto o judaísmo em si. De acordo com anti-semitas, judeus (não apenas a elite judaica que governava no primeiro século, mas todos os judeus) assassinaram Jesus, envenenaram poços, propagaram a Peste Negra, assassinaram crianças cristãs para preparar as matzohs da Páscoa com seu sangue, e foram os principais articuladores por detrás do movimento comunista no leste europeu. Se um único texto abarca todo anti-semitismo europeu, é o anônimo Protocolos dos Sábios de Sião, com as aparentes minutas de um encontro de líderes da judaria internacional no qual a destruição da cultura não-judaica é discutida. Tendo origem na Rússia no começo do século XX, os Protocolos foram, de fato, um plágio alterado do "Dialogue aux Enfers entre Montesquieu et Machiavel"(Um diálogo no Inferno entre Montesquieu e Maquiavel)de Maurice Joly, escrito nos anos de 1860s como um ataque contra Luís Napoleão III (Ridgeway, 50)02.

De uma forma estranha, apesar das conexões atuais entre alguns negadores do Holocausto e extremistas violentos, havia uma via do movimento anti-guerra da Primeira Guerra Mundial que plantou as sementes da negação do Holocausto nos Estados Unidos. Este processo foi dobrado. Primeiramente, o industrial anti-semita dos EUA Henry Ford trouxe os Protocolos aos Estados Unidos depois de uma visita à Europa durante a Primeira Guerra planejando promover uma resolução pacífica para o conflito. Ford o leu e tornou-se convicto de que os "industriais judeus" eram antes de tudo responsáveis pela guerra. A introdução deste documento deu-se numa nação onde membros da Ku Klux Klan estavam na ascensão de adicionar o anti-semitismo ao sentimento corrente nativista, racista e anti-católico. Ford publicou os Protocolos em seu jornal, o Dearborn Independent, ao longo de um período de sete anos entre as duas guerras, dando legitimidade à conspiração da Cabala judaica que buscava propagar guerra como uma operação para ganhar dinheiro.

No mesmo período, historiadores anti-guerra, notavelmente Harry Elmer Barnes, começaram a sugerir motivações conspiracionistas na área dos poderosos da guerra. Como a historiadora Deborah Lipstadt apontou, Barnes e seus colegas foram corretos em muitas de suas suposições, por exemplo, de que a Alemanha não era unicamente culpada pela guerra (a Servia havia, depois de tudo, aberto o fogo); muita propaganda anti-alemã que circulou durante e depois da guerra foi, de fato, falsa; e houve exploradores de guerra que fizeram fortunas nos massacres da guerra (Lipstadt, (33-34)01). Entretanto, isto não mudou essencialmente a natureza imperial da guerra em si. Porém, sem dúvida que Barnes e seu grupo produziu através do método histórico, a denúncia de que as atrocidades alemãs cometidas durante a Segunda Guerra (desta vez, verdadeiramente) seriam tratadas com o maior ceticismo. Barnes, que viveu até o final dos anos de 1960s, foi um dos primeiros norte-americanos a abraçar a negação do Holocausto.

A parte à óbvia negação das atrocidades nazistas pelos próprios perpetradores, o francês Paul Rassinier, um esquerdista que fora internado em Buchenwald e Dora, foi o primeiro a promover a negação do Holocausto com maior vociferously. (a influência de Rassinier na cultura da negação do Holocausto é sentida ainda hoje, com seu discípulo Robert Faurisson protagonizando o movimento de negação na França). Entretando, isto não manteve a negação fora do alcance dos Estados Unidos. O primeiro maior negador do Holocausto foi Austin App, um acadêmico de literatura situado na Pensilvânia. Começando quase que imediatamente ao fim da guerra, App começou uma campanha na imprensa para expôr o que ele acreditava que eram exageros sobre o tratamento dos nazistas com os judeus. Enquanto que sua própria etnicidade germânica era provavelmente o principal atrativo para sua negação, o próprio anti-semitismo e suscetibilidade à teorias de conspiração de App dizia muito de seus escritos. Por exemplo, App freqüentemente usava qualquer combinação dos termos "talmudista", "bolchevique" e "sionista" em seus textos como indicadores que judeus estavam por trás do que ele julgava como uma fraude de que os nazistas tinham assassinado 6 milhões de judeus. Desta forma, ele podia implicar que judeus religiosos, judeus ateus comunistas e judeus nacionalistas estavam todos conspirando juntos para difusão desta crença de um assassinato em massa contra judeus. Além disso, App colocava a culpa de que a mídia judaica controlava continuamente a crença nesta fraude (Lipstadt, 94-96)01, e isto continua a ser um tema de textos anti-semitas e de negação. Se, como John Zimmerman e outros observadorers notaram, o intento da negação do Holocausto é reabilitar o nacional-socialismo, então é adequado que App et al.(entre outros)reiterassem a maioria dos temas anti-semitas de Hitler em seus textos (Zimmerman, 119)04.

O título do maior trabalho de App sobre o Holocausto, 'The Six Million Swindle'(O Engano dos Seis Milhões), é informativo porque implica na própria existência de uma conspiração de judeus para perpetrar uma fraude contra os não-judeus para ganho monetário. Este ganho monetário, especificamente, seria de reparações pagas pela Alemanha Ocidental pelos crimes cometidos contra os judeus durante a guerra. O que App e mais tarde outros negadores falharam em tratar foi de um simples fato: as reparações foram pagas desde os anos de 1950s não baseadas no número de mortes de judeus durante a Segunda Guerra, mas no número de judeus que sobreviveram e daqueles custos de se assentar em outro lugar (primeiramente Israel) que precisavam ser pagos. O historiador Michael Shermer assinalou que o Holocausto fora verdadeiramente uma fraude planejada por sionistas para obter dinheiro para a recente criação do Estado de Israel, então os sionistas teriam inflacionado o número de sobreviventes e não o número de mortos (Shermer and Grobman, 106)03.

Contudo, a perspectiva da conspiração sionista continuou a ser reproduzida por negadores e continua até o presente. Depois de App, a negação do Holocausto nos EUA foi levada a cabo por Arthur Butz, um professor de engenharia elétrica da Universidade de Northwestern nos arredores de Chicago. No seu livro de 1976 'The Hoax of the Twentieth Century'(A Fraude do Século Vinte), Butz reitera a noção de que o Holocausto é conscientemente uma perpetração da falsificação da história. Entretanto Butz é mais sutil que App na culpabilização dos judeus por esta fraude (ele não ataca os judeus religiosos da mesma forma que App, ele não descreve todos os judeus como comunistas), ele alveja os sionistas especificamente como os fraudadores no decorrer dos governos dos Aliados (particularmente a União Soviética), organizações de refugiados e sobreviventes, e até o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Lipstadt, 126)01.

O que Butz e outros negadorers fracassaram em compreender é o relativa fraqueza do movimento sionista antes, durante e depois da Segunda Guerra. O Sionismo era considerado herético pela maioria dos movimentos religiosos judaicos, e aqueles judeus que se assentaram na Palestina antes da fundação do Estado de Israel em 1948 eram em grande parte refugiados sem nenhum lugar para ir, ao invés de ideolólohos políticos inclinados na criação de um Estado judeu na Palestina. Certamente, muito da recente pesquisa de Israel sobre o Holocausto tem mostrado que algumas das maiores figuras no movimento sionista se importavam muito pouco sobre a grave situação dos judeus na Europa durante a Segunda Guerra. Por exemplo, Menachem Begin, primeiro-ministro de Israel de 1977 à 1983, foi preso pelas autoridades soviéticas por atividades sionistas até a invasão nazista em 1941. Entretanto, ao invés de ficar na Europa para lutar contra os nazistas, Begin partiu para Palestina, onde ele participo de uma guerrilha por cinco anos em nome do Sionismo. Begin não foi o único em sua decisão de lutar pelo Sionismo em vez de lutar pela sobrevivência dos judeus europeus.

Notavelmente, o anti-semitismo da maioria dos negadores os conduzem a denunciar a escolha de Begin enquanto, ao mesmo tempo, preferem continuar a acreditar que este fracionado movimento chamado Sionismo poderia perpetrar uma fraude mundial. Quase todos os maiores negadores, de fato, compartilham uma obsessão redobrada com o Holocausto, com o Sionismo e com o Estado de Israel. O carro-chefe da propaganda de negação nos Estados Unidos está situado na Califórnia, o Institute for Historical Review (IHR, Instituto pela Revisão Histórica), que vende não apenas livros de negação do Holocausto e panfletos, como também críticas ao Sionismo e à religião judaica. Willis Carto, cabeça do Liberty Lobby(Lobby da Liberdade), e de um grupo político de ação anti-Israel situado em Washington, D.C., fundou o IHR. Enquanto tem ocorrido muita luta fraticida ao longo das duas últimas décadas no IHR por causa de dinheiro, as visões de Carto e dos diretores presentes (que incluem Mark Weber, um notório e antigo propagandista neonazi) não estão muito distantes umas das outras. Em outra volta, ao longo do curso de sua batalha com os atuais líderes do IHR, Carto, de forma conspiracionista, acusou Weber de ser um agente sionista.

Weber também defende a ferro e fogo a identificação dos judeus com a Revolução Bolchevique, uma prática iniciada por App entre os negadores norte-americanos mas provocando uma revolução entre observadores na Europa e nos Estados Unidos. Enquanto Weber é capaz de aproveitar-se de certas verdades sobre o partido bolchevique que podem se conectar, pelo menos a primeira vista, aos judeus (como aqueles mais proeminentes líderes bolcheviques, incluindo Leon Trotsky, Lev Kamenev, e Grigori Zinoviev, que eram judeus de nascimento), Zimmerman assinalou que a maioria dos judeus russos era mais atraída ao nacionalista judeu, sionista, ou partidos socialistas democráticos (Zimmerman, 128) que em relação aos comunistas radicais como os bolcheviques. Weber também repete o erro de App de equiparar sionismo e comunismo. Enquanto existiam partidos marxistas-sionistas, particularmente nos primeiros dias do estado israelense, o apoio da União Soviética para países hostis a Israel depois da guerra árabe-israelense de 1967 foi um golpe final à qualquer aliança entre duas ideologias que são, por natureza, diametralmente opostas (Sionismo é uma forma de nacionalismo, enquanto o comunismo é internacionalista em suas metas).

É então visível que a negação do Holocausto é uma teoria de conspiração que busca colocar os judeus por detrás de um movimento internacional para promover uma farsa para ganho monetário. Desta forma, a negação do Holocausto não é diferente de muitas outras formas de anti-semitismo que imputam aos judeus cobiça por dinheiro como também de manter um clima conspiracionista. Além da forma caótica com a qual negadores escolhem englobar todos os judeus juntos, independente de sua confissão religiosa ou orientação política como perpetradores desta "fraude", negadores também se engajam em esforços com pseudo-ciência para tentar provar seus pontos de vista em relação o Holocausto. Para constar, nenhum de seus esforços alteraram qualquer impressão duradoura sobre a historiografia do Holocausto. Enquanto o observador racional concluirá que isto é um testamento sobre a verdade da história do Holocausto, para negadores do Holocausto, isto é meramente um pedaço a mais de evidência de uma conspiração para sufocar o que eles acreditam ser uma "verdade real" sobre o sina dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Referências:

1. Lipstadt, Deborah E., Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory. New York: Plume.

2. Ridgeway, James. 1990. Blood in the Face. New York: Thunder's Mouth Press.

3. Shermer, Michael, and Alex Grobman. 2000. Denying History: Who Says the Holocaust Never Happened and Why Do They Say It? Berkeley: University of California Press.

4. Zimmerman, John C. 2000. Holocaust Denial: Demographics, Testimonies, and Ideologies. New York: University Press of America.

Nota de citação

A informação de citação para este artigo é: Mathis, Andrew E. 2003. "Holocaust, Denial of." Pp. 321-324 in Conspiracy Theories in American History: An Encyclopedia, edited by Peter Knight. Santa Barbara, CA: ABC-CLIO.

Última modificação: 2 de Julho de 2004
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Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/denial/abc-clio/
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 19

Traduzido por Leo Gott

19. Se Auschwitz não era um campo de extermínio, por que o comandante do campo, Rudolf Höss, confessou que era?

O IHR diz (edição original):

Porque foi torturado por interrogadores judeus com uniforme britânico, tal e como posteriormente admitiu um deles.

Na edição revisada:

Foi torturado pela Polícia Militar britânica, tal e como admitiu posteriormente um de seus interrogadores.

Na versão da Editora Samisdat (Ernst Zündel):

Empregaram métodos tradicionais para dizer o que seus captores queriam ouvir.

Nizkor responde:

Um momento! A história fica mais vaga a cada revisão?.

O que admitiu exatamente o suposto torturador?

A primeira afirmação do IHR dizia que os interrogadores eram agentes judaicos com uniformes britânicos falsos. Se um destes interrogadores supostamente admitiu, por que o IHR muda a história e converte estes agentes judaicos em verdadeiros policiais militares britânicos?

A verdadeira resposta é que esta afirmação não aparece em nenhuma outra obra da literatura negadora do Holocausto. Só aparece aqui nas "66 Perguntas & Respostas". Não existem provas que os apoiem.

Em outras palavras, alguém inventou. Mais tarde, alguém decidiu que era melhor fazer desaparecer esta história cuidadosamente. Quantas das outras 65 perguntas foram elaboradas da mesma maneira? Não podemos saber, porque não proporcionam provas que os respaldem.

E quanto a confissão de Höss:

Devemos considerar todas as informações em seu contexto. Existem numerosos testemunhos que confirmam os fatos essenciais da confissão de Höss. Existem documentos que falam claramente de gaseamentos e fuzilamentos em massa. A lista segue e segue; para ver uns poucos exemplos, ver a resposta à pergunta 1.

As teses negadoras defendem em sua grande maioria a suposta coação a Höss para que contasse uma história falsa. Mas só têm duas “provas”:

Um escabroso e sensacionalista libro de um tal Rupert Butler entitulado Legions of Death ("Legiones de Muerte"). Butler disse que viu que golpearam Höss quando lhe encontraram. Por exemplo não diz em nenhum momento que os interrogadores foram agentes judeus com uniformes britânicos.

E o mais importante de tudo, a versão de Butler sobre o que ocorreu contradiz a hipótese negadora segundo a qual Höss disse o que queriam que ele dissesse. O livro de Butler não menciona em lugar nenhum, simplesmente diz que golpearam Höss.

Um "testemunho de ouvido" foi supostamente incluído em um documento secreto que o "revisionista" Robert Faurisson “não está pronto para trazer-nos a luz”.

(E no caso de “sair a luz”, seria a primeira vez que os negadores aceitam um "testemunho de ouvido" como válido...)

(Ver nota 2 do ensaio de Mark Weber intitulado "Let's Hear Both Sides" ("Escutemos ambas as partes"), no site de Greg Raven, e "Different Views on the Holocaust" ("Diferentes visões do Holocausto"), no site de Ernst Zündel.)

Com este par de “verdades” escusas, os negadores depreciem e ignoram a confissão de Höss, seu testemunho, suas memórias, e tudo o que disse e escreveu sobre os gaseamentos e o programa de extermínio. Aqui temos alguns excertos de seu testemunho e suas memórias.

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