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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Números do Holocausto - Estimativa de vítimas judaicas

Estimativas de vítimas judaicas no Holocausto

TABELA 2
ESTIMATIVAS DOS HISTORIADORES PARA PERDAS JUDAICAS EM CADA PAÍS
País
Polônia
URSS
Hungria
Romênia
Reich Alemão
Tchecoslováquia
Holanda
França
Áustria
Iugoslávia
Grécia
Bélgica
Itália
Luxemburgo
Noruega
Dinamarca
Total
Reitlinger
2.350.000-2.600.000
700.000-750.000
180.000-200.000
200.000-220.000
160.000-180.000
233.000-243.000
104.000
60.000-65.000
60.000
58.000 60.000
57.200 60.000
25.000-28.000
8.500-9.500
3.000
+1.000*
+100
4.578.800
Hilberg
3.000.000
900.000
-180.000
270.000
-120.000
260.000
-100.000
75.000
-50.000
60.000
60.000
24.000
1.000
+1.000
762
60
5.109.822
Gutman e Rozett
2.900.000-3.000.000
1.211.000-1.316.
550.000-569.000
271.000-287.000
134.500-141.000
146.150-149.150
100.000
77.320
50.000
56.200-63.300
60.000-67.000
28.900
7.680
1.950
762
60
5.859.622
W. Benz
2.700.000
2.100.000
550.000
211.214
160.000
143.000
102.000
76.134
65.459
60.000-65.000
59.185
28.518
6.513
1.200
758
116
6.269.097

*os sinais de maior que(>) e de menor que (<) foram substituídos, respectivamente, pelos sinais de somar(+) e subtrair(-) para o texto não ficar oculto devido a configuração do html do blog.


Nota: Onde são fornecidas faixas de valores, os números mais altos são usados nos totais. A maioria dos historiadores acreditam que os números mais recentes (de Gutman e Rozett e Benz) são os mais precisos. Números compilados de Gerald Reitlinger, The Final Solution (Nova York: Beechhurst Press, 1953 [1978]); Raul Hilberg, The Destruction of the European Jews (Chicago: Quadrangle Books, 1961); Yisrael Gutman e Robert Rozett, "Estimated Jewish Losses in the Holocaust," Encyclopedia of the Holocaust, vol. 4, editado por Yisrael Gutman (Nova York: Macmillan, 1990); Wolfgang Benz, Dimension des Volkermords: Die Zahl der Jüdischen Opfer des Nationalsozialismus (Munique: Deutcher Taschenbuch Verlag, 1991).

Fonte(livro): Denying History
Autores: Michael Shermer e Alex Grobman; página 177
Tradução: Marcelo Oliveira

Fonte(site): h-doc

Ver também:
Números do Holocausto - Ciganos (Estimativa do número de mortos)
Números do Holocausto - Estimativa de judeus mortos
Números do Holocausto por Raul Hilberg
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Auschwitz e os números de mortos (por Robert Jan Van Pelt)
Número de judeus húngaros gaseados na chegada a Auschwitz
Números de vítimas do Holocausto por país em relação aos números da populaçao de 1937

sábado, 17 de janeiro de 2009

Auschwitz, anatomia de um campo de morte

Nota escrita por Arlynn Nellhaus na edição internacional do Jerusalem Post de 28/1/95*

O livro Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte(Anatomy of the Auschwitz Death Camp) foi editado por I. Gutman e Michael Berenbaum (este último é Diretor do Instituto de Investigações do Holocausto dos Estados Unidos) e tem sido publicado pelo Museu Memorial do Holocausto, situado em Washington DC e pela Imprensa Universitária de Indiana. O que pode acrescentar este livro ao que já é sabido sobre os campos de extermínio? Gutman escreveu a introdução deste livro e disse: "Depois de 50 anos os fatos se converteram em história, mas o Holocausto retorna e retorna de vez em quando, e nos segue perturbando. Apresenta problemas e reflexões que nos implicam e comprometem. Define o modo em que visualizamos o mundo. Pensamos que já ouvimos tudo quando algo emerge, como por exemplo, uma informação nova sobre um alto oficial que foi Secretário Geral das Nações Unidas ou aparece um novo filme que nos mexe."

O título do livro é totalmente adequado. Seus vinte nove capítulos contém uma exposição lúcida e crítica sobre Auschwitz. Nathan Cohen, investigador que contribuiu com um capítulo de Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte, assinala que é o primeiro livro escrito sobre este tema depois de finalizada a Guerra Fria. Os investigadores colaboradores do livro são provenientes de distintos países, incluída a Polônia, e se teve acesso à documentação até agora desconhecida. Alguns dos autores são desde muito tempo amplamente conhecidos no mundo da língua inglesa, tais como Raul Hilberg, Martin Gilbert, Robert Jay Lifton, David Wyman, Amy Hackett. Alguns dos colaboradores são, como Israel Gutman, sobreviventes.

Gutman destaca que Auschwitz não foi só para judeus: "De um lado estava o campo de concentração para prisioneiros poloneses e de outras nacionalidades. Do outro estava Birkenau, destinado a judeus, onde a humanidade não existia. Birkenau era o pior com seu crematório... Era o lugar mais terrível." Havia outro campo: Buna. Em outros quarenta campos satélites se trabalhava para a indústria alemã: Siemens-Schuckert, Hermann Goring. Em outros campos se trabalhava nas minas. 90% das vítimas de Auschwitz foram judeus. O livro fala sobre a vida dos "prisioneiros", o modo de se relacionar na vida diária, os problemas cotidianos e sobre como um ser humano pode sobreviver em Auschwitz. A aparente falta de resistência com frequência confunde os judeus que não passaram pela experiência do Holocausto. Gutman destaca que num mundo carente de regras humanas, a palavra resistência cobra um significado distinto. Existiam duas linhas de resistência. Uma passava pela ajuda mútua. Para uma pessoa se comportar como um ser humano nessas circunstâncias já era uma expressão de resistência. A outra forma de resistência consistia em obter informação proveniente do mundo exterior. Para os judeus escaparem era algo especialmente dificultoso, dado que eram obrigados a vestir vestimentas distintivas. Na mudança os poloneses tinham acesso ao mundo exterior. Estavam em contato com a Resistência e tinham possibilidades de escapar.

Mas a verdadeira revolta foi a que foi realizada pelo "Sonderkommando" (judeus que trabalhavam no crematório), os que se destacaram num crematório e conduziram a uma fuga. Gutman fala com tom doutoral e que pese a ser ele mesmo um sobrevivente, fato este que por muitos anos ele não mencionou a seus estudantes. Aos 71 anos tem um olhar travesso e generoso de um avô, que o é, de uma pequena neta.

Apesar de suas vivências, Gutman vê o Holocausto como "um sucesso universal decisivo no desenvolvimento da sociedade humana: é importante se dar conta que algo assim é possível que ocorreu na desenvolvida Europa; que Auschwitz foi implementado por uma sociedade desenvolvida, por uma nação com um grande nível cultural. Para o desenvolvimento espiritual do homem, o Holocausto é uma experiência devastadora para o gênero humano." Creem que a recente proliferação de Museus do Holocausto em quase todo o mundo é para o bem. "São intentos de se tratar de entender o que ocorreu, de se tratar de entender o comportamento de uma sociedade organizada em períodos de crises, desde os pontos de vista dos cidadãos e dos políticos. Há que alentar todos os intentos de aprendizagem e por isso há que se alentar a fundação destes Museus."

Israel Gutman é Diretor de Yad Vashem e opina: "Yad Vashem encarna a primeira e mais profunda expressão da tragédia judia, o centro de investigação por excelência." Gutman se educou na Polônia e pertenceu ao Movimento Sionista. Tinha 16 anos quando estourou a Segunda Guerra Mundial e quase em seguida foi confinado no Gueto de Varsóvia. Sobreviveu ao levante do Gueto e, aos 21 anos, foi enviado à fábrica metalúrgica em Auschwitz. Apesar dos perigos, tomou parte da revolta organizada pelos Sonderkommando. Somente a atitude audaz dos que foram capturados, torturados e executados os salvou de sofrer esse mesmo destino. Em 18 de junho de 1945 os alemães começaram a evacuar Auschwitz, e ele foi enviado em marcha forçada na neve até Mathausen, o campo de concentração da Áustria. Ao finalizar a guerra se uniu aos integrantes da aliá "ilegal" e viveu durante 20 anos num kibutz. Quando decidiu completar sua educação na Universidade Hebraica sua vida mudou. Tal como antes da guerra, voltou a se sentir atraído pela História Judaica Moderna, e em especial pela temática do Holocausto

E esta se converteu em sua área acadêmica específica. É um renomado especialista no tema do Holocausto. Seu livro "Os Judeus de Varsóvia 1939-1942", foi publicado pela Universidade de Indiana. Em 1993 publicou "Resistência, a história do levante do Gueto de Varsóvia." Como historiador, Gutman regressou à Polônia mas "por pouco tempo e depois de tantos anos" a agrega com um sorriso amargo, mas a Polônia de minha juventude bate em meu coração. É um verdadeiro milagre quando você pensa em como, desde a profundidade da tragédia e da destruição, pudemos reorganizar nossas vidas. "

Em tom conciliatório diz: "Milhares de poloneses também morreram em Auschwitz, a elite intelectual e religiosa. A maioria das vítimas foram judias, mas também foi lugar de tragédia para pessoas de outras nacionalidades. Até 1942 Auschwitz foi um campo de concentração para poloneses. O capítulo judeu de mortes em massa começou a partir de 1942. Assim que, como você pode ver, em Auschwitz há 2 capítulos." O jornalista pergunta a Gutman: "Como o Sr. pôde se dedicar a investigação do Holocausto, havendo estado envolvido e tendo perdido sua família, sem entrar num estado de depressão?" Sua resposta é decepcionalmente simples: "Não comecei a investigar até depois de um período de reabilitação. Recentemente quando senti que não era diferente de outro cidadão, quando estabeleci uma família, quando fiz amigos, comecei a estudar; pois foi possível criar dentro de mim uma distância emocional. Claro que isto é artificial pois estou envolvido, mas meu dever como judeu é relatar o que se passou. Não tenho grandes planos para o futuro, senão um pequeno: escrever a história dos judeus entre as duas guerras mundiais." Seguramente, como historiador, sei que cada sucesso constitui um tijolo indispensável na construção da história judaica. E nessa história está a sua própria.

*Tradução Ing. Noemí Rychte

Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/3/ausanatomia.htm
Tradução(espanhol): Noemí Rychte
Tradução(português): Roberto Lucena

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Documentos envolvendo a Wehrmacht e o Holocausto

Ordem do Comandante-em-Chefe do 6º Exército, Von Reichenau

10 de outubro de 1941
Altamente confidencial
Quartel-General do 6º Exército

A Conduta das Tropas nos Territórios do Leste

...A questão da atitude de nossos militares com relação ao sistema bolchevique continua incerta em muitos casos. O objetivo principal da campanha contra o sistema judaico-bolchevique é a derrota e aniquilação completa da influência asiática sobre a cultura européia. Assim, as forças armadas estão enfrentando tarefas que não pertencem
ao domínio das tarefas costumeiras dos militares. Um membro das forças armadas nos territórios do leste não é apenas um soldado, lutando segundo as regras de combate, mas o portador do pensamento nacional e um vingador por todas as calamidades inflingidas sobre os alemães e os povos aparentados a eles.

É por isso que um soldado deveria estar profundamente consciente da necessidade da punição severa mas justificada dos judeus. Um outro objetivo é cortar pela raiz as rebeliões na retaguarda das Forças Armadas Alemãs. Essas rebeliões são sempre inspiradas, como nossa experiência mostra, pelos judeus.


Fonte: Documentos de Nuremberg D-411, cf. citado em Yitzak Arad, ed.,
Unichtozhenie Evreev SSR vgody nemetskoi okkupatsii (1941 - 1944)
(Jerusalem: Yad Vashem, 1991), p. 52

Gitelman, Zvi, Bitter Legacy: Confronting the Holocaust in the USSR.
Bloomington: Indiana University Press. 1997. p. 255
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Ordem de Keitel proibindo contato com judeus nos territórios ocupados do leste, 12 de setembro de 1941


Alto Comando da Wehrmacht
WFST [Quadro Operacional das Forças Armadas] Div. L (IV/Qu)
No. 02041/41 Secreto
Quartel-General do Führer, 12 de setembro de 1941
Re: Judeus nos territórios ocupados no leste


...A luta contra o bolchevismo exige ação cruel e enérgica, e em primeiro lugar também contra os judeus, como condutores principais do bolchevismo. Esta, portanto, não será uma cooperação, qualquer que seja, entre a Wehrmacht e a população judaica, cuja atitude é abertamente ou secretamente anti-alemã, e de nada servirão indivíduos
judeus, para quaisquer serviços preferenciais para a Wehrmacht. Sob nenhuma circunstância serão emitidos documentos por escritórios militares para judeus, confirmando que eles estão empregados para os propósitos da Wehrmacht.

A única exceção a ser feita é o uso de judeus em colunas de trabalho especialmente organizadas, que somente serão empregadas sob supervisão alemã.

É solicitado levar esta ordem ao conhecimento das tropas.

[assinado]Keitel

Fonte: Documentos de Nuremberg NOKW-3292, cf. citado em Yitzak Arad, Yisrael Gutman and Abraham Margaliot, eds. Documents on the Holocaust (Jerusalem and Oxford: Yad Vashem and Pergamon Press, 1987) p. 387 (Document 175).

Gitelman, Zvi, Bitter Legacy: Confronting the Holocaust in the USSR.
Bloomington: Indiana University Press. 1997. pp. 261 - 262
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A Wehrmacht e as ações das Einsatzgruppen, setembro de 1941 - ordem de von Rundstedt


Alto Comando
Grupo de Exércitos Sul
Ic/AO (Abw. III)
Q.G., 24 de Setembro de 1941

Re: A Luta Contra Elementos Hostis ao Reich

A investigação e luta contra tendências e elementos hostis ao Reich (comunistas, judeus, etc.), visto que eles não são parte da força militar hostil é, nas áreas ocupadas, tarefa exclusivamente do Sonderkommando [Unidade Especial] da Polícia de Segurança e da SD, que tomarão as medidas necessárias sob sua própria responsabilidade e as levarão a cabo.

Ações individuais de membros da Wehrmacht ou participação de membros da Wehrmacht em excessos da população ucraniana contra os judeus são proibidas; eles também são proibidos de assistir ou fotografar medidas tomadas pelo Sonderkommando.

Esta proibição deve ser levada ao conhecimento dos membros de todas as unidades. [Comandantes] encarregados da disciplina em todos os níveis são responsáveis pela implantação desta proibição. Em caso de violações, deve ser investigado em todos os casos se o comandante falhou ao executar sua tarefa de supervisão, e quando necessário ele deve ser severamente punido.

[assinado] von Rundstedt

Distribuição:
AOK [Comando de Inteligência, Grupo de Tankes PzGr]
Bef rückw [Comando de Retaguarda]
Befehlsstelle Süd [Comando Sul]
Abt. des Stabes u. Wach-Kp [Departamento de Staff e Companhias de
Guarda]
Nachr.: Luftflotte [info: Força Aérea]


Fonte: Documentos Nuremberg NOKW-541, cf. citado em Yitzak Arad, Yisrael Gutman and Abraham Margaliot, eds. Documents on the Holocaust (Jerusalem and Oxford: Yad Vashem and Pergamon Press, 1987) p. 388 (Document 176).

Gitelman, Zvi, Bitter Legacy: Confronting the Holocaust in the USSR.
Bloomington: Indiana University Press. 1997. pp. 264 - 265
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De um Relatório da Wehrmacht sobre o extermínio de judeus na Ucrânia

2 de Dezembro de 1941
Armamentos na Ucrânia
Inspetor


Confidencial
Para: Escritório do Wi Rü [Departamento de Armamento Industrial]
OKW [Alto Comando da Wehrmacht]
General da Infantaria Thomas
Berlim


...c. A Questão Judaica

Resolver a Questão Judaica na Ucrânia tem sido mais difícil porque nas cidades os judeus constituem uma parte importante da população. O que nós temos aqui portanto é - assim como no Governo Geral - um problema de política de enorme população. Muitas cidades têm mais de 50 por cento de judeus. Somente os judeus ricos escaparam antes
da chegada das tropas alemãs. A grande maioria da massa judaica ficou sob a Administração Alemã. A situação toda foi complicada pelo fato de que esses judeus executavam quase todo o trabalho especializado e até mesmo forneciam parte do trabalho para pequenas e médias indústrias; sem contar os ofícios, alguns dos quais se
tornaram supérfluos como resultado dos efeitos diretos ou indiretos da guerra. [A sua] eliminação foi portanto compelida a ter conseqüências econômicas profundas, incluindo até efeitos diretos na economia militar (suprimentos para tropas).

De início, a atitude da população judaica era ansiosa-voluntária. Eles tentaram evitar qualquer coisa que pudesse desagradar à Administração Alemã. Que eles odiassem a Administração Alemã e o Exército do fundo de seus corações é óbvio e não surpreende.
Entretanto, não há evidência de que os judeus, ou como corpo, ou mesmo em quaisquer números consideráveis, tenham tomado parte em sabotagem, etc. Sem dúvida têm havido alguns terroristas e sabotadores entre eles, assim como têm havido entre os ucranianos. Mas não se pode alegar que os judeus como tais apresentam qualquer tipo de perigo para a Wehrmacht Alemã. As tropas e a Administração Alemã têm estado satisfeitas com o produto do trabalho dos judeus, que estão certamente motivados por nenhuma outra emoção que não o medo.

Imediatemante depois das operações militares, a população judaica continuou tranqüila no início. Foi só depois de semanas, em alguns casos meses, que o fuzilamento sistemático dos judeus foi executado pelas unidade da Polícia de Ordem, especialmente estabelecida para este propósito. Esta Aktion agiu principalmente do leste para o
oeste. Ela o conduziu inteiramente em público, com a assistência da milícia ucraniana; em muitos casos, lamentavelmente, também com a participação voluntária de membros da Wehrmacht. Estas Aktionen incluíam velhos, mulheres, e crianças de todas as idades, e a maneira na qual elas foram executadas foi apavorante. O número
gigantesco de execuções envolvidas nesta Aktion é muito maior que qualquer medida similar conduzida na União Soviética até agora. No total, cerca de 150.000 a 200.000 judeus podem ter sido executados na seção da Ucrânia pertencente ao RK [Reichskommissariat]; até agora, nenhuma consideração foi dada aos interesses da economia.

Para resumir, poder-se-ia dizer que a solução da Questão Judaica conforme conduzida na Ucrânia, evidentemente motivada por princípios ideológicos, tem tido as seguintes conseqüências:


a) Eliminação de alguns, em parte inúteis, comedores nas cidades.
b) Eliminação da uma parte da população que sem dúvida nos odeia.
c) Eliminação de artesãos urgentemente necessários, que eram em muitos casos indispensáveis para as exigências da Wehrmacht.
d) Conseqüências em conexão com propaganda estrangeira que são óbvias.
e) Efeitos adversos sobre soldados que em qualquer caso tiveram contato indireto com execuções.
f) Efeitos embrutecedores nas unidades (Polícia de Ordem) que conduziram as execuções...


Fonte: Documentos de Nuremberg PS-3257, cf. citado em Yitzak Arad, Yisrael Gutman and Abraham Margaliot, eds. Documents on the Holocaust (Jerusalem and Oxford: Yad Vashem and Pergamon Press, 1987) p. 417 (Document 190).

Gitelman, Zvi, Bitter Legacy: Confronting the Holocaust in the
USSR. Bloomington: Indiana University Press. 1997. pp. 273 - 274
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Fonte: http://www.einsatzgruppenarchives.com
Tradução: Marcelo Oliveira
Publicado em: http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6093

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