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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Dia Internacional em Memória das Vítimas
Humanidade recorda Holocausto
A 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético libertava o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, revelando ao mundo as atrocidades cometidas pelo regime Nazi de Adolf Hitler. Para que as vítimas não sejam esquecidas, a Organização das Nações Unidas determinou que seria o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Mais de 1 milhão de pessoas visitaram Auschwitz-Birkenau em 2008.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
ARISTIDES DE SOUSA MENDES
Data de nascimento – 19 de Junho de 1885
Data da sua morte – 3 de Abril de 1954
O cônsul português em Bordéus, durante a II Guerra Mundial, atribuiu vistos e carimbou passaportes a milhares de refugiados judeus, salvando-os da morte às mãos dos alemães. Desobedecendo a uma ordem de António Oliveira Salazar, viria a ser castigado pelo ditador, sobrevivendo à custa da solidariedade da comunidade judaica de Lisboa.
CRONOLOGIA
25 de Janeiro de 1940
- A Alemanha Nazi decide construir um campo de concentração em Auschwitz
20 de Maio de 1940
- Chegam os primeiros prisioneiros.
1 de Março de 1941
- Heinrich Himmler determina a expansão do primeiro campo e a construção de um segundo em Birkenau, a apenas 6Km de distância.
3 de Setembro de 1941
- Primeiros gazeamentos de prisioneiros em Auschwitz, com recurso a Zyklon B.
25 de Novembro de 1944
- Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel (SS), ordena a destruição dos crematórios e das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, com o objectivo de apagar as provas do genocídio.
27 de Janeiro de 1945
- Tropas soviéticas entram no complexo de Auschwitz-Birkenau libertando mais de 7 mil prisioneiros
17 de Abril de 1946
- O governo polaco resolve construir um mausoléu no campo de concentração
26 de Outubro de 1979
- O campo de concentração Auschwitz-Birkenau foi incluído na lista de património mundial da Humanidade pela UNESCO
Fonte: Correio da Manhã(Portugal, 25.01.2009)
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=A19BA293-4B24-4999-B6E2-B0E4E694BB53&channelid=00000230-0000-0000-0000-000000000230
Observação: Na matéria completa no link há números sobre o Holocausto só que sem fonte. Pra evitar distorções e manipulação de informação habituais dos mal intencionados "revisionistas" segue o link das estimativas de mortos no Holocausto feitas pelo historiador do Holocausto, já falecido, Raul Hilberg:
Números do Holocausto por Raul Hilberg
http://holocausto-doc.blogspot.com/2007/10/nmeros-do-holocausto-por-raul-hilberg.html
Mais estimativas do número de mortos no Holocausto, site H-Doc:
Fonte: Denying History
Michael Shermer e Alex Grobman
página 177
Tradução: Marcelo Oliveira
Link: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/estat.htm
Humanidade recorda Holocausto
A 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético libertava o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, revelando ao mundo as atrocidades cometidas pelo regime Nazi de Adolf Hitler. Para que as vítimas não sejam esquecidas, a Organização das Nações Unidas determinou que seria o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Mais de 1 milhão de pessoas visitaram Auschwitz-Birkenau em 2008.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
O museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947, no antigo campo de concentração, o maior do nazismo, onde entre 1940 e 1945 foram assassinados 1,1 milhões de pessoas, sendo 90% judeus.
O campo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto no mundo todo.
ARISTIDES DE SOUSA MENDES
Data de nascimento – 19 de Junho de 1885
Data da sua morte – 3 de Abril de 1954
O cônsul português em Bordéus, durante a II Guerra Mundial, atribuiu vistos e carimbou passaportes a milhares de refugiados judeus, salvando-os da morte às mãos dos alemães. Desobedecendo a uma ordem de António Oliveira Salazar, viria a ser castigado pelo ditador, sobrevivendo à custa da solidariedade da comunidade judaica de Lisboa.
CRONOLOGIA
25 de Janeiro de 1940
- A Alemanha Nazi decide construir um campo de concentração em Auschwitz
20 de Maio de 1940
- Chegam os primeiros prisioneiros.
1 de Março de 1941
- Heinrich Himmler determina a expansão do primeiro campo e a construção de um segundo em Birkenau, a apenas 6Km de distância.
3 de Setembro de 1941
- Primeiros gazeamentos de prisioneiros em Auschwitz, com recurso a Zyklon B.
25 de Novembro de 1944
- Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel (SS), ordena a destruição dos crematórios e das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, com o objectivo de apagar as provas do genocídio.
27 de Janeiro de 1945
- Tropas soviéticas entram no complexo de Auschwitz-Birkenau libertando mais de 7 mil prisioneiros
17 de Abril de 1946
- O governo polaco resolve construir um mausoléu no campo de concentração
26 de Outubro de 1979
- O campo de concentração Auschwitz-Birkenau foi incluído na lista de património mundial da Humanidade pela UNESCO
Fonte: Correio da Manhã(Portugal, 25.01.2009)
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=A19BA293-4B24-4999-B6E2-B0E4E694BB53&channelid=00000230-0000-0000-0000-000000000230
Observação: Na matéria completa no link há números sobre o Holocausto só que sem fonte. Pra evitar distorções e manipulação de informação habituais dos mal intencionados "revisionistas" segue o link das estimativas de mortos no Holocausto feitas pelo historiador do Holocausto, já falecido, Raul Hilberg:
Números do Holocausto por Raul Hilberg
http://holocausto-doc.blogspot.com/2007/10/nmeros-do-holocausto-por-raul-hilberg.html
Mais estimativas do número de mortos no Holocausto, site H-Doc:
Fonte: Denying History
Michael Shermer e Alex Grobman
página 177
Tradução: Marcelo Oliveira
Link: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/estat.htm
sábado, 17 de janeiro de 2009
Auschwitz, anatomia de um campo de morte
Nota escrita por Arlynn Nellhaus na edição internacional do Jerusalem Post de 28/1/95*
O livro Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte(Anatomy of the Auschwitz Death Camp) foi editado por I. Gutman e Michael Berenbaum (este último é Diretor do Instituto de Investigações do Holocausto dos Estados Unidos) e tem sido publicado pelo Museu Memorial do Holocausto, situado em Washington DC e pela Imprensa Universitária de Indiana. O que pode acrescentar este livro ao que já é sabido sobre os campos de extermínio? Gutman escreveu a introdução deste livro e disse: "Depois de 50 anos os fatos se converteram em história, mas o Holocausto retorna e retorna de vez em quando, e nos segue perturbando. Apresenta problemas e reflexões que nos implicam e comprometem. Define o modo em que visualizamos o mundo. Pensamos que já ouvimos tudo quando algo emerge, como por exemplo, uma informação nova sobre um alto oficial que foi Secretário Geral das Nações Unidas ou aparece um novo filme que nos mexe."
O título do livro é totalmente adequado. Seus vinte nove capítulos contém uma exposição lúcida e crítica sobre Auschwitz. Nathan Cohen, investigador que contribuiu com um capítulo de Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte, assinala que é o primeiro livro escrito sobre este tema depois de finalizada a Guerra Fria. Os investigadores colaboradores do livro são provenientes de distintos países, incluída a Polônia, e se teve acesso à documentação até agora desconhecida. Alguns dos autores são desde muito tempo amplamente conhecidos no mundo da língua inglesa, tais como Raul Hilberg, Martin Gilbert, Robert Jay Lifton, David Wyman, Amy Hackett. Alguns dos colaboradores são, como Israel Gutman, sobreviventes.
Gutman destaca que Auschwitz não foi só para judeus: "De um lado estava o campo de concentração para prisioneiros poloneses e de outras nacionalidades. Do outro estava Birkenau, destinado a judeus, onde a humanidade não existia. Birkenau era o pior com seu crematório... Era o lugar mais terrível." Havia outro campo: Buna. Em outros quarenta campos satélites se trabalhava para a indústria alemã: Siemens-Schuckert, Hermann Goring. Em outros campos se trabalhava nas minas. 90% das vítimas de Auschwitz foram judeus. O livro fala sobre a vida dos "prisioneiros", o modo de se relacionar na vida diária, os problemas cotidianos e sobre como um ser humano pode sobreviver em Auschwitz. A aparente falta de resistência com frequência confunde os judeus que não passaram pela experiência do Holocausto. Gutman destaca que num mundo carente de regras humanas, a palavra resistência cobra um significado distinto. Existiam duas linhas de resistência. Uma passava pela ajuda mútua. Para uma pessoa se comportar como um ser humano nessas circunstâncias já era uma expressão de resistência. A outra forma de resistência consistia em obter informação proveniente do mundo exterior. Para os judeus escaparem era algo especialmente dificultoso, dado que eram obrigados a vestir vestimentas distintivas. Na mudança os poloneses tinham acesso ao mundo exterior. Estavam em contato com a Resistência e tinham possibilidades de escapar.
Mas a verdadeira revolta foi a que foi realizada pelo "Sonderkommando" (judeus que trabalhavam no crematório), os que se destacaram num crematório e conduziram a uma fuga. Gutman fala com tom doutoral e que pese a ser ele mesmo um sobrevivente, fato este que por muitos anos ele não mencionou a seus estudantes. Aos 71 anos tem um olhar travesso e generoso de um avô, que o é, de uma pequena neta.
Apesar de suas vivências, Gutman vê o Holocausto como "um sucesso universal decisivo no desenvolvimento da sociedade humana: é importante se dar conta que algo assim é possível que ocorreu na desenvolvida Europa; que Auschwitz foi implementado por uma sociedade desenvolvida, por uma nação com um grande nível cultural. Para o desenvolvimento espiritual do homem, o Holocausto é uma experiência devastadora para o gênero humano." Creem que a recente proliferação de Museus do Holocausto em quase todo o mundo é para o bem. "São intentos de se tratar de entender o que ocorreu, de se tratar de entender o comportamento de uma sociedade organizada em períodos de crises, desde os pontos de vista dos cidadãos e dos políticos. Há que alentar todos os intentos de aprendizagem e por isso há que se alentar a fundação destes Museus."
Israel Gutman é Diretor de Yad Vashem e opina: "Yad Vashem encarna a primeira e mais profunda expressão da tragédia judia, o centro de investigação por excelência." Gutman se educou na Polônia e pertenceu ao Movimento Sionista. Tinha 16 anos quando estourou a Segunda Guerra Mundial e quase em seguida foi confinado no Gueto de Varsóvia. Sobreviveu ao levante do Gueto e, aos 21 anos, foi enviado à fábrica metalúrgica em Auschwitz. Apesar dos perigos, tomou parte da revolta organizada pelos Sonderkommando. Somente a atitude audaz dos que foram capturados, torturados e executados os salvou de sofrer esse mesmo destino. Em 18 de junho de 1945 os alemães começaram a evacuar Auschwitz, e ele foi enviado em marcha forçada na neve até Mathausen, o campo de concentração da Áustria. Ao finalizar a guerra se uniu aos integrantes da aliá "ilegal" e viveu durante 20 anos num kibutz. Quando decidiu completar sua educação na Universidade Hebraica sua vida mudou. Tal como antes da guerra, voltou a se sentir atraído pela História Judaica Moderna, e em especial pela temática do Holocausto
E esta se converteu em sua área acadêmica específica. É um renomado especialista no tema do Holocausto. Seu livro "Os Judeus de Varsóvia 1939-1942", foi publicado pela Universidade de Indiana. Em 1993 publicou "Resistência, a história do levante do Gueto de Varsóvia." Como historiador, Gutman regressou à Polônia mas "por pouco tempo e depois de tantos anos" a agrega com um sorriso amargo, mas a Polônia de minha juventude bate em meu coração. É um verdadeiro milagre quando você pensa em como, desde a profundidade da tragédia e da destruição, pudemos reorganizar nossas vidas. "
Em tom conciliatório diz: "Milhares de poloneses também morreram em Auschwitz, a elite intelectual e religiosa. A maioria das vítimas foram judias, mas também foi lugar de tragédia para pessoas de outras nacionalidades. Até 1942 Auschwitz foi um campo de concentração para poloneses. O capítulo judeu de mortes em massa começou a partir de 1942. Assim que, como você pode ver, em Auschwitz há 2 capítulos." O jornalista pergunta a Gutman: "Como o Sr. pôde se dedicar a investigação do Holocausto, havendo estado envolvido e tendo perdido sua família, sem entrar num estado de depressão?" Sua resposta é decepcionalmente simples: "Não comecei a investigar até depois de um período de reabilitação. Recentemente quando senti que não era diferente de outro cidadão, quando estabeleci uma família, quando fiz amigos, comecei a estudar; pois foi possível criar dentro de mim uma distância emocional. Claro que isto é artificial pois estou envolvido, mas meu dever como judeu é relatar o que se passou. Não tenho grandes planos para o futuro, senão um pequeno: escrever a história dos judeus entre as duas guerras mundiais." Seguramente, como historiador, sei que cada sucesso constitui um tijolo indispensável na construção da história judaica. E nessa história está a sua própria.
*Tradução Ing. Noemí Rychte
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/3/ausanatomia.htm
Tradução(espanhol): Noemí Rychte
Tradução(português): Roberto Lucena
O livro Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte(Anatomy of the Auschwitz Death Camp) foi editado por I. Gutman e Michael Berenbaum (este último é Diretor do Instituto de Investigações do Holocausto dos Estados Unidos) e tem sido publicado pelo Museu Memorial do Holocausto, situado em Washington DC e pela Imprensa Universitária de Indiana. O que pode acrescentar este livro ao que já é sabido sobre os campos de extermínio? Gutman escreveu a introdução deste livro e disse: "Depois de 50 anos os fatos se converteram em história, mas o Holocausto retorna e retorna de vez em quando, e nos segue perturbando. Apresenta problemas e reflexões que nos implicam e comprometem. Define o modo em que visualizamos o mundo. Pensamos que já ouvimos tudo quando algo emerge, como por exemplo, uma informação nova sobre um alto oficial que foi Secretário Geral das Nações Unidas ou aparece um novo filme que nos mexe."
O título do livro é totalmente adequado. Seus vinte nove capítulos contém uma exposição lúcida e crítica sobre Auschwitz. Nathan Cohen, investigador que contribuiu com um capítulo de Anatomia de Auschwitz - Campo da Morte, assinala que é o primeiro livro escrito sobre este tema depois de finalizada a Guerra Fria. Os investigadores colaboradores do livro são provenientes de distintos países, incluída a Polônia, e se teve acesso à documentação até agora desconhecida. Alguns dos autores são desde muito tempo amplamente conhecidos no mundo da língua inglesa, tais como Raul Hilberg, Martin Gilbert, Robert Jay Lifton, David Wyman, Amy Hackett. Alguns dos colaboradores são, como Israel Gutman, sobreviventes.
Gutman destaca que Auschwitz não foi só para judeus: "De um lado estava o campo de concentração para prisioneiros poloneses e de outras nacionalidades. Do outro estava Birkenau, destinado a judeus, onde a humanidade não existia. Birkenau era o pior com seu crematório... Era o lugar mais terrível." Havia outro campo: Buna. Em outros quarenta campos satélites se trabalhava para a indústria alemã: Siemens-Schuckert, Hermann Goring. Em outros campos se trabalhava nas minas. 90% das vítimas de Auschwitz foram judeus. O livro fala sobre a vida dos "prisioneiros", o modo de se relacionar na vida diária, os problemas cotidianos e sobre como um ser humano pode sobreviver em Auschwitz. A aparente falta de resistência com frequência confunde os judeus que não passaram pela experiência do Holocausto. Gutman destaca que num mundo carente de regras humanas, a palavra resistência cobra um significado distinto. Existiam duas linhas de resistência. Uma passava pela ajuda mútua. Para uma pessoa se comportar como um ser humano nessas circunstâncias já era uma expressão de resistência. A outra forma de resistência consistia em obter informação proveniente do mundo exterior. Para os judeus escaparem era algo especialmente dificultoso, dado que eram obrigados a vestir vestimentas distintivas. Na mudança os poloneses tinham acesso ao mundo exterior. Estavam em contato com a Resistência e tinham possibilidades de escapar.
Mas a verdadeira revolta foi a que foi realizada pelo "Sonderkommando" (judeus que trabalhavam no crematório), os que se destacaram num crematório e conduziram a uma fuga. Gutman fala com tom doutoral e que pese a ser ele mesmo um sobrevivente, fato este que por muitos anos ele não mencionou a seus estudantes. Aos 71 anos tem um olhar travesso e generoso de um avô, que o é, de uma pequena neta.
Apesar de suas vivências, Gutman vê o Holocausto como "um sucesso universal decisivo no desenvolvimento da sociedade humana: é importante se dar conta que algo assim é possível que ocorreu na desenvolvida Europa; que Auschwitz foi implementado por uma sociedade desenvolvida, por uma nação com um grande nível cultural. Para o desenvolvimento espiritual do homem, o Holocausto é uma experiência devastadora para o gênero humano." Creem que a recente proliferação de Museus do Holocausto em quase todo o mundo é para o bem. "São intentos de se tratar de entender o que ocorreu, de se tratar de entender o comportamento de uma sociedade organizada em períodos de crises, desde os pontos de vista dos cidadãos e dos políticos. Há que alentar todos os intentos de aprendizagem e por isso há que se alentar a fundação destes Museus."
Israel Gutman é Diretor de Yad Vashem e opina: "Yad Vashem encarna a primeira e mais profunda expressão da tragédia judia, o centro de investigação por excelência." Gutman se educou na Polônia e pertenceu ao Movimento Sionista. Tinha 16 anos quando estourou a Segunda Guerra Mundial e quase em seguida foi confinado no Gueto de Varsóvia. Sobreviveu ao levante do Gueto e, aos 21 anos, foi enviado à fábrica metalúrgica em Auschwitz. Apesar dos perigos, tomou parte da revolta organizada pelos Sonderkommando. Somente a atitude audaz dos que foram capturados, torturados e executados os salvou de sofrer esse mesmo destino. Em 18 de junho de 1945 os alemães começaram a evacuar Auschwitz, e ele foi enviado em marcha forçada na neve até Mathausen, o campo de concentração da Áustria. Ao finalizar a guerra se uniu aos integrantes da aliá "ilegal" e viveu durante 20 anos num kibutz. Quando decidiu completar sua educação na Universidade Hebraica sua vida mudou. Tal como antes da guerra, voltou a se sentir atraído pela História Judaica Moderna, e em especial pela temática do Holocausto
E esta se converteu em sua área acadêmica específica. É um renomado especialista no tema do Holocausto. Seu livro "Os Judeus de Varsóvia 1939-1942", foi publicado pela Universidade de Indiana. Em 1993 publicou "Resistência, a história do levante do Gueto de Varsóvia." Como historiador, Gutman regressou à Polônia mas "por pouco tempo e depois de tantos anos" a agrega com um sorriso amargo, mas a Polônia de minha juventude bate em meu coração. É um verdadeiro milagre quando você pensa em como, desde a profundidade da tragédia e da destruição, pudemos reorganizar nossas vidas. "
Em tom conciliatório diz: "Milhares de poloneses também morreram em Auschwitz, a elite intelectual e religiosa. A maioria das vítimas foram judias, mas também foi lugar de tragédia para pessoas de outras nacionalidades. Até 1942 Auschwitz foi um campo de concentração para poloneses. O capítulo judeu de mortes em massa começou a partir de 1942. Assim que, como você pode ver, em Auschwitz há 2 capítulos." O jornalista pergunta a Gutman: "Como o Sr. pôde se dedicar a investigação do Holocausto, havendo estado envolvido e tendo perdido sua família, sem entrar num estado de depressão?" Sua resposta é decepcionalmente simples: "Não comecei a investigar até depois de um período de reabilitação. Recentemente quando senti que não era diferente de outro cidadão, quando estabeleci uma família, quando fiz amigos, comecei a estudar; pois foi possível criar dentro de mim uma distância emocional. Claro que isto é artificial pois estou envolvido, mas meu dever como judeu é relatar o que se passou. Não tenho grandes planos para o futuro, senão um pequeno: escrever a história dos judeus entre as duas guerras mundiais." Seguramente, como historiador, sei que cada sucesso constitui um tijolo indispensável na construção da história judaica. E nessa história está a sua própria.
*Tradução Ing. Noemí Rychte
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/3/ausanatomia.htm
Tradução(espanhol): Noemí Rychte
Tradução(português): Roberto Lucena
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segunda-feira, 27 de agosto de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 31
Traduzido por Leo Gott
31. O comandante de Auschwitz, Höss, disse que seus homens entravam nas câmara de gás dez minutos depois que os judeus haviam morrido e levavam os cadáveres como se explica isto?
O IHR diz:
Não se pode explicar, porque se de fato ocorreu isto a mesma sorte iria ocorrer aos ocupantes da câmara.
Nizkor responde:
Pode-se explicar muito facilmente, e isto foi explicado muitas vezes em estudos disponíveis em uma boa biblioteca. E se não, qualquer um que pare um pouco para para pensar veria qual era a solução.
O método que utilizado pelo nazistas nas maiores câmaras de gás era instalar sistemas de ventilação que podiam renovar o ar em no máximo cinco minutos (ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, p. 232).
Usavam também diversas grades para eliminar o Zyklon-B das câmaras, melhorando assim o processo de ventilação.
Outras câmaras de gás que não tinham sistemas de ventilação, e os primeiros que entravam nestas câmaras levavam máscaras anti-gás até que o ar se fizesse respirável.
Era importante ventilar as câmaras de gás rapidamente para retirar os cadáveres e incinerá-los - este último era o que levava um tempo maior. O gaseamento só durava alguns minutos.
Ver tambem a pergunta 30.
31. O comandante de Auschwitz, Höss, disse que seus homens entravam nas câmara de gás dez minutos depois que os judeus haviam morrido e levavam os cadáveres como se explica isto?
O IHR diz:
Não se pode explicar, porque se de fato ocorreu isto a mesma sorte iria ocorrer aos ocupantes da câmara.
Nizkor responde:
Pode-se explicar muito facilmente, e isto foi explicado muitas vezes em estudos disponíveis em uma boa biblioteca. E se não, qualquer um que pare um pouco para para pensar veria qual era a solução.
O método que utilizado pelo nazistas nas maiores câmaras de gás era instalar sistemas de ventilação que podiam renovar o ar em no máximo cinco minutos (ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, p. 232).
Usavam também diversas grades para eliminar o Zyklon-B das câmaras, melhorando assim o processo de ventilação.
Outras câmaras de gás que não tinham sistemas de ventilação, e os primeiros que entravam nestas câmaras levavam máscaras anti-gás até que o ar se fizesse respirável.
Era importante ventilar as câmaras de gás rapidamente para retirar os cadáveres e incinerá-los - este último era o que levava um tempo maior. O gaseamento só durava alguns minutos.
Ver tambem a pergunta 30.
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 30
Traduzido por Leo Gott
30. Quanto tempo se leva para ventilar uma área fumigada com Zyklon-B?
O IHR diz:
Normalmente, umas 20 horas. O procedimento completo é extremamente complicado e técnico. Tem que usar máscaras anti-gás e só pode ser executado por técnicos muito bem preparados.
Nizkor responde:
Não. O número de "20 horas" é irrelevante por determinadas razões.
Em primeiro lugar, a cifra é aplicada a edifícios normais, sem sistemas de ventilação, comerciais ou residenciais.
Não se deve entrar em um edifício normal durante esse período de tempo, já que existe muito pouca, se é que existe, ventilação forçada.
Mais ainda, objetos como almofadas, cortinas,móveis... aumentam o tempo necessário para recuperar o ar limpo. Em troca, as câmaras de gás nazistas eram cômodos vazios de cimento com sistemas de ventilação, pelo que bastava cinco minutos para ventilá-las (ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, p. 232).
Algumas câmaras de gás não tinham sistemas de ventilação; nestas, os encarregados de recolher os cadáveres usavam máscaras anti-gás.
Assim mesmo, esta cifra depende muito de normas estritas de segurança para ser real. As normas de segurança não se aplicam em tempos de guerra, especialmente quando o fim é matar mil pessoas o mais rápido possível. Os alemães possuíam uma grande experiência no uso de gases em geral, e do Zyklon em particular, uma vez que se usava frequentemente para despiolhar.
Talvez a próxima afirmação dos negadores do Holocausto será que os alemães nunca derrubaram aviões aliados porque é impossíble disparar com a metralhadora de um bombardeiro sem se se poste adequadamente um cinto de segurança de acordo com as normas da Administração Federal de Aviação (FAA).
30. Quanto tempo se leva para ventilar uma área fumigada com Zyklon-B?
O IHR diz:
Normalmente, umas 20 horas. O procedimento completo é extremamente complicado e técnico. Tem que usar máscaras anti-gás e só pode ser executado por técnicos muito bem preparados.
Nizkor responde:
Não. O número de "20 horas" é irrelevante por determinadas razões.
Em primeiro lugar, a cifra é aplicada a edifícios normais, sem sistemas de ventilação, comerciais ou residenciais.
Não se deve entrar em um edifício normal durante esse período de tempo, já que existe muito pouca, se é que existe, ventilação forçada.
Mais ainda, objetos como almofadas, cortinas,móveis... aumentam o tempo necessário para recuperar o ar limpo. Em troca, as câmaras de gás nazistas eram cômodos vazios de cimento com sistemas de ventilação, pelo que bastava cinco minutos para ventilá-las (ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, p. 232).
Algumas câmaras de gás não tinham sistemas de ventilação; nestas, os encarregados de recolher os cadáveres usavam máscaras anti-gás.
Assim mesmo, esta cifra depende muito de normas estritas de segurança para ser real. As normas de segurança não se aplicam em tempos de guerra, especialmente quando o fim é matar mil pessoas o mais rápido possível. Os alemães possuíam uma grande experiência no uso de gases em geral, e do Zyklon em particular, uma vez que se usava frequentemente para despiolhar.
Talvez a próxima afirmação dos negadores do Holocausto será que os alemães nunca derrubaram aviões aliados porque é impossíble disparar com a metralhadora de um bombardeiro sem se se poste adequadamente um cinto de segurança de acordo com as normas da Administração Federal de Aviação (FAA).
Indispensável dizer que não lhes importava muito se os Sonderkommandos iriam sofrer os efeitos dos restos do gás.
Além de que trabalhavam sob pena de morte - a primeira coisa que havia de serviço para um novo Sonderkommando era queimar os cadáveres dos homens do Sonderkommando que ocupavam anteriormente seu posto.
Se o "período de ventilação de 20 horas" for certo, isto significa que os cadáveres dos condenados à morte executados com HCN nas câmaras de gás dos Estados Unidos permaneceriam atados ao cinto por 20 horas depois de morrer.
Veja também a pergunta 31, e a seção apropriada da FAQ sobre Auschwitz.
Leitura recomendada: Anatomy of the Auschwitz Death Camp (Anatomia do Campo da Morte de Auschwitz)
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 14
Traduzido por Leo Gott
14. Quantas câmaras de gás destinadas a matar pessoas havia em Auschwitz?
O IHR diz:
Nenhuma.
Nizkor responde:
Incorreto como sempre, nenhuma prova como sempre.
Existiram cinco "Kremas", cada um deles com, entre outras coisas, uma câmara de gás de extermínio e fornos para incinerar as vítimas. A primeira foi reformada para desempenhar esta função. As outras quatro foram projetadas como câmaras de gás desde o princípio.
(Para toda a informação completa: um investigador aficcionado, de grande talento e muitíssimo respeitado que se chama Jean-Claude Pressac crê que as dos Kremas maiores foram projetadas originalmente como morgues para pouco depois de construídas, convertê-las em câmaras de gas, ainda está em minoria de um este planejamento). Para acesso à obra prima de Jean-Claude Pressac, clicar aqui.
Haviam outras duas instalações de extermínio chamadas "Bunker I", ou a "casinha vermelha", e "Bunker II", ou a "casinha branca".
E novamente para dar informação completa: o primeiro gaseamento foi executado no sótão do Bloco 11, e existiu um sexto Krema que nunca foi mais além dos primeiros projetos.
Leituras recomendadas: Anatomy of the Auschwitz Death Camp, Gutman et al., pp. 157-245, y, para uma excelente perspectiva histórica, Auschwitz: 1270 to the Present
14. Quantas câmaras de gás destinadas a matar pessoas havia em Auschwitz?
O IHR diz:
Nenhuma.
Nizkor responde:
Incorreto como sempre, nenhuma prova como sempre.
Existiram cinco "Kremas", cada um deles com, entre outras coisas, uma câmara de gás de extermínio e fornos para incinerar as vítimas. A primeira foi reformada para desempenhar esta função. As outras quatro foram projetadas como câmaras de gás desde o princípio.
(Para toda a informação completa: um investigador aficcionado, de grande talento e muitíssimo respeitado que se chama Jean-Claude Pressac crê que as dos Kremas maiores foram projetadas originalmente como morgues para pouco depois de construídas, convertê-las em câmaras de gas, ainda está em minoria de um este planejamento). Para acesso à obra prima de Jean-Claude Pressac, clicar aqui.
Haviam outras duas instalações de extermínio chamadas "Bunker I", ou a "casinha vermelha", e "Bunker II", ou a "casinha branca".
E novamente para dar informação completa: o primeiro gaseamento foi executado no sótão do Bloco 11, e existiu um sexto Krema que nunca foi mais além dos primeiros projetos.
Leituras recomendadas: Anatomy of the Auschwitz Death Camp, Gutman et al., pp. 157-245, y, para uma excelente perspectiva histórica, Auschwitz: 1270 to the Present
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