Mostrando postagens com marcador SD. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SD. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de dezembro de 2018

Dirlewanger a um investigador da SS sobre envenenamento de judeus

Em 1942, o Escritório Central da SS "investigou" as acusações lançadas pelo SD e pela SS e pelo tribunal de polícia de Cracóvia contra Oskar Dirlewanger, o comandante da infame unidade penal da SS, o Sonderkommando Dirlewanger, que incluía corrupção racial, abuso de seus próprios homens, extorsão, caça ilegal, confiscos ilegais, detenções ilegais e assassinatos ilegais no Generalgouverment ("Governo geral").

Durante seu interrogatório em 1 de setembro de 1942, Dirlewanger explicou ao oficial da corte da SS (Gerichtsoffizier) que o SD não poderia lidar com o assassinato dos judeus flagrados violando os regulamentos nazistas e que em novembro de 1941, o líder da SS e da Polícia do distro de Lublin, Odilo Globocnik, ordenou que eles fossem entregues a Dirlewanger para execução. Inicialmente, os judeus foram fuzilados, mas depois em um porão, sob a pretensa vacinação contra o tifo, eles foram mortos por injeção do veneno estricnina. Seus dentes de ouro foram quebrados para serem usados no consultório dentário da SS e as roupas entregues aos prisioneiros de guerra russos.

Vale ressaltar que Dirlewanger tentou, dentro de sua esfera de influência e em pequena escala, definir quais seriam os princípios básicos dos locais nazistas de extermínio em massa em grande escala: disfarce, veneno e roubo de pessoas mortas.
"10. Envenenamento de judeus

Por ocasião de uma noite de um 'camarada' em Brigf. Globocnik, por volta de novembro de 1941, o comandante do SD, SS-Sturmbannführer Müller, reclamou ao Brigadeführer que seus funcionários estavam sobrecarregados. De acordo com outro decreto do Generalgouverneur, os judeus que estavam andando sem braçadeira ou que usarem a ferrovia sem permissão ou deixarem a casa sem permissão devem ser executados. Todos os dias, 50 judeus eram trazidos a ele e seus oficiais escreviam um registro de cada um e não podiam mais lidar com seu trabalho. Então o Brigf. me chamou na presença do Sturmbannführer Müller, e ele ordenou que o SD transferisse esses judeus para mim. Eu saberia o que fazer com eles. Eu confirmei isso.

Inicialmente, eu tinha esses judeus mortos. Mais tarde, porém, lamentei que isso arruinasse suas roupas e que eu não pudesse usá-las para vestir os prisioneiros de guerra em um acampamento. Além disso, eu havia notado que os judeus carregavam uma grande quantidade de ouro em suas bocas, enquanto que, para os meus homens da SS, apenas o aço Krupp era disponibilizado para reparos dentais. Eu queria remediar esses erros fazendo com que os judeus injetassem estricnina, o que deveria resultar em morte imediata.

Eu coloquei os judeus no porão e ordenei que eles se despissem. Eu lhes disse que seriam vacinados contra o tifo. Então injetaram estricnina neles pelo médico da SS e os dentes foram quebrados pelo SS-O'Scha Schur (sp?), chefe do hospital da SS e da polícia. Os judeus morreram da injeção. Eles foram enterrados no dia seguinte.

Isso ajudou os prisioneiros russos a trabalharem no inverno e também forneceu ouro para o consultório dentário do hospital da SS e da polícia. As roupas foram tiradas de mim pelo SS-H'Stuf. Streibel, o líder do campo de prisioneiros de guerra em Drawniki."
(Interrogatório de Dirlewanger de 1 de setembro de 1942, BArch R 58/7633, pág. 52-53, minha tradução; cf. Pauer-Studer, Velleman, "Weil ich nun mal in gereichtigkeitsfanatiker bin": Der Fall des SS- Richters Konrad Morgen , pág. 109 no Google books)
====================================================
Comentário adicional do Nick Terry no texto (30 de abril, 2018): "Vendo a fonte real sobre este incidente faz com que o contexto cronológico surja de forma notável - isto foi em resposta ao chamado "Schiessbefehl" emitido em outubro de 1941 através do "Governo Geral", decretando a pena de morte para os judeus encontrados fora de seus "distritos residenciais".

Também coincide cronologicamente com o estabelecimento de Belzec."

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2018/04/dirlewanger-on-poisoning-of-jews.html
Texto: Hans Metzner
Título original: Dirlewanger to an SS Investigator on Poisoning of Jews
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sobre a foto do "Último judeu de Vinnitsa (Ucrânia, 1942)". A arma usada pelo Einsatzgruppe

A quem não viu, este post "O último judeu de Vinnitsa (Ucrânia, 1942)", trata de uma foto bem conhecida do Holocausto que recebeu este nome. Até aí, nada de novo.

Mas como de costume, algum "revi" costuma inventar (ou ressuscitar) alguma idiotice em cima das fotos e fatos do genocídio da segunda guerra e como não iria ficar rebatendo indefinidamente a mesma coisa na página do Facebook, achei melhor fazer o post.

Há bastante tempo, ainda no Orkut, surgiu uma montagem, ou mais precisamente a distorção da nitidez da foto, sobre essa foto alegando que o soldado, que é um SD nos Einsatzgruppen, estava apontando o dedo à pessoa que iria morrer na foto e numa uma arma (pistola). A distorção da foto, muito grosseira por sinal, é essa (clique na imagem pra ver ampliada, colocaram restrição pra colocar o link direto, depois conserto isso):


A montagem/distorção acima foi tirada deste blog neonazista Verdade1945, abandonado (correram), do seguinte post ridículo (entre vários):
http://verdade1945.blogspot.com.br/2007/10/grande-farsa-do-holocausto-judeu.html

Curiosamente os "revis", "atrás da verdade histórica" (conteúdo irônico), omitiram a fonte da foto. Já começa daí o ato de desonestidade intelectual da tropa (mais um de milhares). Porque sabem, embora não assumam, que esse tipo de blog neonazi é "problemático".

Mas por que a menção da foto agora?

Não faz tempo, surgiu uma revoada de "revis" no post da foto original Página no Facebook, dando piti em torno da foto, com as discussões pueris (batidas) de sempre. Em pleno descenso do negacionismo no país e no mundo. A "discussão" (entre aspas, se dá pra chamar disso) começou com um e depois veio uma "tropa" dar piti em cima da foto, com um negócio tão idiota que nem os "revis" de fora deram atenção a essa tosquice do "clube "revi"" brasileiro. Mas nem isso esses revimanés sabem que existe, o pior é a petulância com que comentam, algo hilário se não fosse irritante.

Eu deduzo que, pra aparecer gente do nada em post antigo, colocaram este post em algum grupo do Facebook ou fórum pra vir um bando de uma vez pois o post é antigo, de 2014 ou de 2013 (o FB não registra o ano no post, mas não é deste ano). Ou seja, isso foi publicado faz tempo e só agora vieram encher o saco? E ainda querem que todo mundo tenha paciência com esse tipo de discussão ridícula. Por que ridícula? Prestaram atenção na foto distorcida? Eles alegam que aquilo não é uma arma e sim o "dedo" (não disseram nem qual dedo era) do soldado apontado pra cabeça do futuro fuzilado. Não tem outro termo a dar senão cretinice.

Mas voltando à foto, discutir isso com gente que só lê besteira sobre segunda guerra em sites negacionistas é um ato de tortura, é triste ver os "argumentos" da tropa. Em todo o caso, eu coloquei a foto ampliada original pra verem e a trago pra cá (cliquem pra vê-la ampliada):

Clique pra vê-la ampliada
O que eles alegam que é um "dedo" (pra que um soldado vai apontar um dedo numa foto imitando uma pistola? com um "dedo avantajado"), é uma pistola Walther PPK (o formato) usada pelos Einsatzgruppen no extermínio de judeus em território soviético na segunda guerra, como descreve o uso desse tipo de armamento o autor Richard Rhodes no livro "Mestres da Morte" (Masters of Death) sobre o extermínio dos Einsatzgruppen nessas áreas. Trecho do livro (depois eu traduzo):
Weapons, MacLean proposes, would have included Luger, Mauser Model 1910 and Walther P-38 pistols for officers and Mauser Kar 98b rifles for enlisted men. Machine pistols (“Bergmann 9mm Model 35/Is or MP 38s”) were commonly used by both officers and enlisted men. Machine guns would control perimeters; hand grenades would flush victims from hideouts. There was no need for large arms, MacLean concludes: “The mission of the Einsatzkommando, after all, was execution, not combat.
Neste fórum sobre segunda guerra (não sei a linha política do fórum, mas estou colocando pra reforçar a citação acima), novamente o destaque pra pistola Walther PPK:
Serial Number List of PPKs to the Einsatzgruppen of the RSHA

E aqui, citação do livro The Writer's Guide to Weapons: A Practical Reference for Using Firearms and Knives in Fiction:
Link

Se alguém achou a arma familiar, ela era usada pelo James Bond.

Walther PPK
Inclusive o cabo Adolfo (Hitler) se matou com uma pistola desse tipo.

Eu achei a menção do livro do Rhodes depois de ver sites de pistolas de segunda guerra. Por sinal, isto é uma referência bem negligenciada em textos sobre genocídio na segunda guerra (o tipo de armas, munição), e os "revisionistas" costumam atacar esses pontos pouco abordados.

Se for possível depois eu dou um zoom na foto original pra mostrar só em destaque a mão com a arma do SD do Einsatzgruppen na Ucrânia.

O que os "revis" alegam que é um dedo, além de ser uma arma (acima) o que eles alegam ser mais dedos não passa da fivela do cinto do soldado de preto atrás na foto.

É algo tão óbvio, visível, que chega a beira da cretinice discutir isso. E eles não entendem que estão sendo ridículos e continuam com a petulância ignorante deles. Só leem besteira negacionista na internet, só conhecem coisas rasteiras, não possuem interesse de fato no tema. São apenas idólatras da Alemanha nazi e da estética nazista com um conhecimento precário disso, tosco.

Um inclusive usa uma foto de Mengele jovem como avatar.

Eles acham que alguém tem medo disso? Piada. "Vou pôr uma foto de Mengele pra ver se ficam com medo", ui! Só rindo, rs.

O que passa na cabeça de alguém nascido no Brasil pra ter um culto por um regime onde a maioria deles sequer seriam considerados gente? Deixa pra lá, dá pra ter uma ideia do porquê (não é assunto do post).

Pegam uma foto antiga, bem conhecida, só distorcida grosseiramente com algum programa de imagem, colocada até no Orkut na época das comunidades de discussão disso (faz tempo), que depois foi repassada prum blog neonazista, abandonado provavelmente porque o dono (ou donos) tiveram medo de denúncia, e chamam isso de "procura pela verdade história" ou de "conhecimento". Estão de brincadeira e enchendo a paciência alheia, pois discutir coisas nesse "nível" é ridículo até com "revis".

É grotesco demais. Que esse pessoal leia um livro de História da segunda guerra em vez de ficar hoax negacionista requentado e velho, que já foi discutido antes.

Tocam no assunto como se fosse algo "novo", como se ninguém aqui tivesse visto antes, daí o porquê do termo petulante com o comportamento deles. É a famosa petulância ignorante. Mas nunca admitem que erraram. Vêm acusar, não mostram prova alguma e ainda querem que você "prove". Gente tosca.

Agora podem ralhar a vontade, fiquem negando a foto pois provas, que é bom, não mostraram nenhuma a não ser uma porcaria de foto distorcida com números de um blog neonazista, que não é levado a sério nem pela tropa revimané (negacionista) de fora do país, que em tese alguns pelo menos têm mais "conhecimento" (são menos toscos) que esses "revis" brasileiros.

P.S. faltou colocar a descrição da foto com o SD etc que tem no site do Yad Vashem, depois coloco. Deu uma má vontade incrível de fazer esse post pois esse era um assunto tão ridículo que até os "revis" no Orkut deixaram de lado logo, e ressuscitam agora em pleno 2015.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Goebbels: os nacionalistas dos estados bálticos e da Ucrânia, influenciados pelos judeus

Um dos paradoxos do pensamento nazi: Goebbels acusa "os judeus" das dificuldades que começam a ter os alemães com os nacionalistas da Letônia, Estônia, Lituânia e Ucrânia. Vários nacionalistas em boa proporção colaboraram com os nazis para matar e saquear seus compatriotas judeus. As cifras de judeus são dadas nas atas da "Conferência Wannsee" de 20 de janeiro passado são muito esclarecedoras. Dos 11 milhões de judeus que estimam ainda existir na Europa, só há uma única região que consideram completamente "livre de judeus": a Estônia.
6 de março de 1942

Um relatório do SD dá conta de forma minuciosa da situação na Rússia ocupada. É muito mais inquietante do que geralmente se crê. O perigo partisan aumenta semana a semana. os partisans judeus detentores de algumas grandes zonas da Rússia ocupada, implementaram nelas um regime de terror. Os movimentos nacionalistas, por sua parte, adquiriram maior insolência do que supúnhamos a princípio. E isto pode se aplicar tanto aos estados bálticos como na Ucrânia. Em todas as partes os judeus se movem procurando nos criar dificuldades. É compreensível, portanto, que muitos deles tenham que pagar seus delitos com sua vida. De qualquer forma, estou convencido que quanto maior for o número de judeus que liquidemos, mais consolidaremos a vida na Europa depois da guerra. Não é possível se deixar levar pelo sentimentalismo. Os judeus são a desgraça da Europa. Precisam ser eliminados; caso contrário correremos perigo de sermos eliminados por eles.

A situação alimentar é muito difícil nas zonas ocupadas do Leste. Milhares e dezenas de milhares de pessoas morrem de fome sem se atrever a mover um dedo. Durante muitos anos teremos que fazer frente a grandes problemas e excepcionais dificuldades. Muita água passará pelo Reno antes que essa zona tenha sido integrada na economia europeia e seus ricos produtos estejam a disposição do nosso povo.
Joseph Goebbels: Diarios (The Goebbels Diaries. Edição de Louis P. Lochner)
Tradução de Eduardo de Guzmán. Editora Los libros de Nuestro Tiempo, José Janés diretor. Barcelona 1949. pág. 128.

Fonte: blog antirrevisionismo (Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2008/05/14/goebbels-los-nacionalistas-de-los-estados-balticos-y-ucrania-influenciados-por-los-judios/
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 2 de outubro de 2011

A biografia de Heydrich, o demônio louro

Se pairam dúvidas sobre Erwin Rommel ter sido "bom" ou "mau" nazista, Reinhard Heydrich está acima de qualquer discussão. O "idealizador do mal", "o demônio louro" ou ainda o "planejador do Holocausto", o general é também conhecido por sua extrema frieza. Era ele quem ordenava ações de extermínio de judeus enquanto ouvia músicas de Richard Wagner.

A primeira biografia de Heydrich, de autoria do historiador Robert Gerwarth, acaba de ser lançada na Alemanha. O livro, de 480 páginas, conta como o chefe da polícia do serviço de segurança (SD, iniciais do nome em alemão), se tornou conhecido como a "face demoníaca do mal", entre tantos outros epítetos.

Rommel e Heydrich eram militares da mesma geração, que se aproximaram do Partido Nacional Socialista por puro carreirismo.

Nas discussões entre neonazistas na internet circula a tese de que Hitler perdeu a guerra porque Heydrich morreu cedo, quando tinha 38 anos de idade, em maio de 1942, vítima de um atentado em Praga, onde era chefe do Protetorado da Boêmia, o governo de ocupação nazista instalado na capital tcheca depois da ocupação. A tese é que se Heydrich não tivesse morrido tão cedo, Hitler teria, como planejara, conquistado quase o mundo inteiro.

Heydrich recebeu de Hermann Göring a tarefa de cuidar da "solução final da questão judaica", o extermínio. Quando passou a comandar o Protetorado da Boêmia (o governo de ocupação instalado na capital tcheca), Heydrich passou a usar os métodos mais brutais para matar judeus.

- Heydrich era a combinação do pior possível: frio, carreirista, eficiente, e, ao mesmo tempo, um fanático ideológico com disposição para o crime - diz Gerwarth.

Fonte: O Globo
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/10/01/a-biografia-de-heydrich-demonio-louro-925486305.asp

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Einsatzgruppen: Testemunho do Schutzpolizist Togel

Depoimento de Schutzpolizist Togel - Einsatzkommando 10a

Um outro incidente do qual me recordo foi uma execução em grande escala pelo esquadrão de fuzilamento que ocorreu em uma vala no caminho para Kachowa. Havia uma cavidade na estepe medindo de seis a sete metros na borda superior. Perto haviam pilhas de grãos em fileiras.

Os grãos deviam ser pilhas de feno ou réstias de cereal secando ao sol ou algo assim. Nós, Schutzpolizisten, fomos conduzidos a esta vala em caminhões de tropa. Não havia uma única vila a vista em muitas milhas. Não havia sequer um silo ou celeiro na vizinhança. As vítimas - várias centenas, ou mesmo um milhar delas, homens e mulheres - foram transportadas em caminhões de carga. Não lembro se
haviam crianças. Estas pessoas foram ordenadas a permanecer a cerca de cem metros da vala em uma depressão que havia sido cavada pela chuva e a deixarem seus vestimentos lá. A seguir elas foram alinhadas, dez de cada vez, ao lado da vala e fuziladas por um pelotão de fuzilamento com dez atiradores, incluindo a mim. Quando alvejadas essas pessoas caiam para dentro da vala. Algumas vezes eles estavam tão apavorados que saltavam dentro dela vivos. O pelotão de fuzilamento foi revezado inúmeras vezes. Por causa das pressões psicológicas as quais eu também era exposto durante os fuzilamentos eu não consigo dizer hoje em dia, por mais que eu tente, quantas vezes eu fiquei naquele pelotão e quantas vezes eu fui substituido daquela função.

Obviamente aquelas execuções não ocorriam na forma calma na qual a discutimos hoje em dia. As mulheres gritavam e choravam e os homens também. As vezes algumas pessoas tentavam escapar. As pessoas cuja função era mante-las na beira da vala tambem gritavam igualmente alto. Se as vítimas não faziam como era ordenado, elas eram
espancadas. E lembro particularmente de um homem ruivo da SD que possuia um pedaço de cabo que usava para bater nas pessoas quando a ação não ocorria como devia. Muitos, entretanto, vinham sem resistência para o local de execução. Era como se eles não tivessem outra alternativa.

O pelotão de fuzilamento na vala era composto por Schutzpolizisten, pessoal da Waffen-SS e membros da SD. Nós, da Schutzpolizisten, usávamos nossas próprias carabinas, os homens da SD usavam sub-metralhadoras e pistolas. De uma forma geral, cada usava sua própria arma. Toda a munição que precisávamos era mantida pronta em caixas. O local de execução proporcionava uma vista terrível. O chão em torno
da vala estava coberto de sangue; haviam também pedaços de cérebro no chão que as vítimas tinham que pisar em cima para alcançar o local de execução. Mas não era nesse ponto que elas se davam conta do que as aguardava. Elas podiam ouvir os tiros e os gritos do local onde ficavam aguardando...

Demorou aproximadamente uma tarde antes que a última vítima jazesse na vala. Uma coisa que eu ainda relembro nitidamente sobre esta execução é que após o pessoal da SD se embebedou, o que significa que eles receberam uma ração especial de bebida. Nós da Schutzpolizisten não recebemos nada e eu lembro que ficamos muito irritados com isso.

Klee, Ernst, Willi Dressen and Volker Riess, editors. The Good Old Days. New York: The Free Press. 1988. pp. 61-62

Fonte: http://www.einsatzgruppenarchives.com/togel.html

[traduzido por Ahmed]
Publicado em: http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6349
Foto de: http://www.holocaustresearchproject.org/holoprelude/RSHA/rsha.html

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...