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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Segurança interna e o Diário de Rosenberg

Richard Widmann tentou criar aqui uma conspiração em torno do envolvimento da Segurança Interna (HSI) na localização do Diário de Rosenberg. Diz ele:
é certamente surpreendente, pelo menos para mim, que o ICE e a Segurança Interna tenham gasto seu tempo procurando documentos perdidos da Segunda Guerra Mundial
Entretanto, como pode ser visto aqui, uma simples busca pelo Google teria dito a ele que a Segurança Interna (Homeland Security) investiga artefatos culturais roubados, e os diários são claramente qualificados como roubados:
Na conclusão dos julgamentos de Nuremberg, Kempner retornou aos Estados Unidos e viveu em Lansdowne, Pa (Pensilvânia). Contrariando à lei e o procedimento adequado, Kempner removeu vários documentos, incluindo o Diário de Rosenberg, a partir de instalações do governo dos EUA em Nuremberg e os manteve até sua morte em 1993.
Investigação da HSI
Em novembro de 2012, a Procuradoria dos EUA do Distrito de Delaware e os agentes especiais da HSI (Segurança Interna) receberam informações de um especialista em segurança de arte, que estava trabalhando para o Museu Memorial do Holocausto, dos EUA, sobre a busca do Diário de Rosenberg. O Diário de Rosenberg foi posteriormente localizado e apreendido por força de um mandado emitido pelo Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Delaware.

A HSI (Dep. de Segurança Interna) desempenha um papel de liderança em investigações criminais que envolvem a importação e distribuição ilegal de bens culturais, incluindo o tráfico ilícito de bens culturais, especialmente objetos que tenham sido declarados perdidos ou roubados. O Escritório de Assuntos Internacionais da HSI, através de seus 75 escritórios adidos em 48 países, trabalha em estreita colaboração com os governos estrangeiros para realizar investigações conjuntas, sempre que possível.
Deveríamos aguardar que negadores verifiquem tais fatos antes de saltarem para conclusões paranóides?

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Homeland Security and the Rosenberg Diaries
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2013/07/homeland-security-and-rosenberg-diaries.html
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Filho de atirador de museu nos EUA diz que ódio racial arruinou família

Washington, 13 jun (EFE).- O filho de James von Brunn, acusado de assassinar um segurança do Museu do Holocausto em Washington, disse hoje que o episódio é "imperdoável", e afirmou que o ódio racial de seu pai foi uma praga que arruinou a família.

Erik von Brunn, de 32 anos, manifestou suas condolências à família do vigia negro Stephen Johns em entrevista divulgada na edição digital do jornal "The Washington Post".

James von Brunn foi acusado formalmente na quinta-feira de homicídio pelo FBI (Polícia federal americana) e pela Polícia local, e pode ser condenado à morte.

As autoridades estudam a possibilidade de apresentar acusações por crime racial e contra os direitos civis, conforme informou em entrevista coletiva na quinta-feira o diretor associado da unidade de Washington do FBI, Joseph Persichini.

Na quarta-feira, Brunn entrou no Museu do Holocausto de Washington armado com uma espingarda e disparou contra o segurança negro Stephen T. Johns, de 39 anos, que morreu em decorrência dos tiros.

O atirador também ficou gravemente ferido, após ser baleado pelos guardas do museu, um dos mais visitados da capital americana.

O filho do acusado disse ao "Washington Post" não só conheceu o pai aos 11 anos, quando Von Brunn saiu da prisão após cumprir seis anos e meio de pena por tentar sequestrar membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) em 1981.

"Naquele momento já tinha essas crenças", disse Erik von Brunn, que afirmou que o ódio racial sempre fez parte de sua vida.

O filho do atirador disse que o ataque de quarta-feira o deixou abalado, e afirmou que nunca pensou que seu pai pudesse fazer algo assim. EFE

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1193614-7084,00-FILHO+DE+ATIRADOR+DE+MUSEU+NOS+EUA+DIZ+QUE+ODIO+RACIAL+ARRUINOU+FAMILIA.html

Ler mais: 'Act of cowardice' says museum shooter James von Brunn's son

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Intolerância virtual - Racismo e neonazismo na rede

Pesquisa aponta crescimento do número de páginas com temática neonazista na internet

(Valhalla88): Uma das 12,6 mil páginas da internet com temática neonazista, racista ou revisionista identificadas pela equipe da Unicamp. A página, denunciada e retirada do ar, hoje apresenta conteúdo anti-nazista.

Nos últimos anos, cresceu o número de páginas na internet, blogs e chats destinados à exaltação da superioridade da ‘raça’ ariana e à disseminação do ódio a outras etnias e grupos sociais, como homossexuais e judeus. Uma análise detalhada do discurso ideológico presente em páginas virtuais neonazistas, feita por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra como elas conseguem conquistar cada vez mais simpatizantes.

O estudo, fruto da tese de mestrado da antropóloga Adriana Dias no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, identificou quem são os neonazistas na internet, como eles operam na rede e em que páginas se encontram. Segundo a pesquisadora, há na internet mais de doze mil páginas e aproximadamente 200 comunidades no Orkut (uma página virtual de relacionamentos) associadas a temáticas racistas, neonazistas e revisionistas (que negam a existência do holocausto na Segunda Guerra Mundial).

Para a pesquisa, Dias selecionou as páginas virtuais mais acessadas, com maior visibilidade e que estão disponíveis em inglês, português e espanhol. Segundo ela, um dos maiores desafios foi driblar as estratégias usadas para dificultar a identificação imediata do conteúdo.

“Os sites racistas são em geral muito densos, tanto em hipertextualidade (há páginas com mais de 500 links), como no uso de multimídia (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes). Há muito mais links internos do que externos, o que dificulta a localização de grande parte do conteúdo, geralmente de caráter mais agressivo, por meio de motores de busca”, explica Dias. Para superar esse obstáculo, ela usou em sua pesquisa uma ferramenta de análise de tráfego que permite identificar links mais internos e páginas de difícil acesso.

Rede de articulação

O aumento significativo no número de páginas virtuais neonazistas mostra que a internet é uma das grandes facilitadoras da comunicação e articulação entre os diversos grupos ou ativistas de movimentos desse tipo. Ela possibilita a formação de uma rede de apoio entre eles e ainda confere o anonimato necessário para que seus integrantes e suas ações não sejam identificados. Segundo Dias, além de irradiar idéias racistas, neonazistas e revisionistas, a internet faz com que a cada dia esses movimentos conquistem mais adeptos, principalmente entre os jovens.

A pesquisadora ressalta que esses grupos constroem ou se apropriam de discursos para validar suas visões e suas ações. Um deles é o discurso genômico, que afirma que os indivíduos pertencentes à ‘raça ariana’ possuem genes superiores e foram escolhidos por Deus para promover o desenvolvimento da humanidade e hierarquizar o mundo.

(National Alliance): A página norte-americana National Alliance, que se preocupa com a atuação política na luta pelos ‘direitos brancos’, exibe a imagem do deus nórdico Thor, mito apropriado pelo movimento nazista para legitimar a 'raça' ariana.

Em outra vertente, há o discurso mitológico, que se apropria de mitos já existentes, como o de Thor (deus da mitologia germânica), o da suástica e o da runa algiz (letra do alfabeto nórdico), e cria outros, como o do sangue ariano, para dar força à ideologia nazista. “O deus nórdico Thor é apontado como o responsável pela legitimação da 'raça ariana', a suástica é usada como símbolo da identidade ariana e da pureza racial e a runa algiz é utilizada para a proteção da família”, explica Dias.

Segundo a antropóloga, no mito do sangue ariano estaria a chave para compreender os mitos criados para defender a superioridade biológica, psíquica, cultural e espiritual da ‘raça’ ariana sobre outros povos. É ainda esse mito do sangue o responsável pela suposta conexão transcendental entre os membros da ‘raça’ ariana, que os faz desprezar o conceito de nação. “Para eles, a raça é a nação.”

A análise evidenciou as diferentes abordagens existentes entre os grupos neonazistas. Uma das mais correntes é a de que a raça ariana estaria ameaçada pela mistura racial. “Esses grupos têm uma ideologia de ódio ao outro, ao não ariano, principalmente a negros e judeus. O discurso adquire um tom religioso e messiânico, em que a raça ariana precisa ser preservada a todo custo”, afirma Dias.

Após o estudo, muitas páginas virtuais de conteúdo neonazista foram denunciadas e até retiradas do ar. A antropóloga alerta que a única forma de combater a formação do pensamento racista e discriminatório é a construção de uma educação conscientizadora que desmitifique o conceito de raça e pregue a solidariedade entre os povos.

Rachel Rimas
Fonte: Ciência Hoje On-line(08/01/2008)
http://cienciahoje.uol.com.br/109282

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