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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Documentação fotográfica do assassinato de uma mulher e uma criança em Miropol

Esta fotografia foi tirada pelo soldado eslovaco, Skrovina Lubomir, em Miropol, na Ucrânia, em outubro de 1941. É uma das duas fotografias conhecidas que documentam o fuzilamento de mulheres e crianças de perto em um parque público por policiais ucranianos anexados ao Batalhão de Polícia da Ordem 303. Lubomir testemunhou em Praga em 1958 que estava em uma unidade de pontes de guarda quando ele e dois outros foram designados para participar da execução, no qual 94 judeus (incluindo 49 crianças) foram assassinados. Os dois atiradores na foto são ucranianos, os 3 comandantes da Polícia da Ordem são alemães.

A fonte da foto é o USHMM, originalmente do Security Services Archive (Arquivo de Serviço de Segurança), Praga, H-770-3.0020. A fonte do contexto e referência arquivística é de Wendy Lower, "'Axis Collaboration, Operation Barbarossa, and the Holocaust in Ukraine'" ('Colaboração do Eixo, Operação Barbarossa e Holocausto na Ucrânia'), em A. Kay, J. Rutherford e D. Stahel (eds.), "Nazi Policy on the Eastern Front, 1941: Total War, Genocide, and Radicalization" (Política Nazi na Frente Oriental, 1941: Guerra Total, Genocídio e Radicalização), Boydell & Brewer, 2012, p.200.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2017/11/photographic-documentation-of-shooting.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Photographic Documentation of the Shooting of a Woman and Child in Miropol
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Os Diários de Joseph Goebbels Online

O texto não iria tratar propriamente deste acesso online aos diários de Goebbels no site da Univ. de Oxford (Reino Unido), mas como o link pode servir de referência, colocarei a tradução do post de outro blog (da própria Oxford) abaixo (que facilitou a enumeração, pois já havia salvo textos sobre isso mas pra reler as informações de novo é complicado/ruim).

Há uma edição lançada em alemão com cinco volumes dos diários de Goebbels, sem tradução pra outro idioma. Confiram (tive que colocar o link pra Amazon mesmo porque não encontrei descrição no skoob ou Google Books):
Joseph Goebbels, Ralf G. Reuth ed., "Joseph Goebbels. Tagebücher 1924 - 1945. 5 Vol."

Fui atrás de um "review" (crítica/resenha) desta coleção pra colocar aqui e não achei (nada razoável), exceto isso (extenso demais pra traduzir), por isso estou colocando o texto de outra série abaixo, pois no site da Oxford apontam que o número de volumes do diário é muito superior a cinco volumes, mas pode ocorrer desses volumes a mais estarem condensados nesta edição de cinco volumes (hipótese), mas não tenho informação sobre isso (pra confirmar).

O fato é que não há tradução em editoras nacionais (brasileiras) de nenhuma parte lançada do Diário de Goebbels em outros idiomas (inclusive o espanhol), sendo que há edições conhecidas. Pelo menos não que eu lembre de alguma. Já vi edição lançada em Portugal de edições lançadas em inglês, e em espanhol, como esta. Mas são pedaços, fragmentos.

Num momento de "histeria" sobre o relançamento de "Mein Kampf" (Minha Luta) de Hitler, o post serve pra ilustrar como esta histeria é irracional e datada/anacrônica, pois é uma histeria seletiva: por que há uma grita com o livro de Hitler e não sobre as outras publicações de outros nazistas? Seriam os outros mais "leves" (menos antissemitas) que Hitler? A destruição do nazismo se deveu a uma única pessoa? Ainda há essa crença? Isto se deve à ignorância ou à cabeça de quem resume nazismo e III Reich a Hitler. Quem acompanha o blog já deve ter visto alguns comentários que ilustram bem isso que eu digo, com o diálogo travado por histeria.

Eu sou contra a proibição da edição do "Minha Luta" no Brasil, a proibição só serve pra carregar a pecha de censura e não serve pra absolutamente nada pois qualquer pessoa encontra esses livros fácil pela web. Deveriam se preocupar em tentar traduzir uma edição comentada (há duas lançadas em Portugal e Espanha, só pra constar, uma em cada país) em vez de ficar com essa postura anacrônica como se ninguém tivesse acesso ao livro com internet à disposição. Achar que livros ainda só são repassados pelo meio físico é ignorância pesada. Não se combate racismo e preconceito por decreto e sim com conhecimento (ou acesso a ele, como é feito em sites de Univ. dos EUA como este que tem o processo Lipstadt x Irving todo disponível, com muita informação de gente de peso), desmontando esse tipo de pregação.
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Novo: Os Diários de Joseph Goebbels Online
Publicado em 10 de janeiro de 2013 por iholowaty

Os usuários do site da Oxford agora têm acesso ao "Die Tagebücher von Joseph Goebbels Online" (The Diaries of Joseph Goebbels Online/ Diários de Joseph Goebbels Online).

Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler para o Reich entre 1933-45. Como membro destacado do Partido Nacional-Socialista Alemão e Ministro da Propaganda do governo de Hitler de 1933-1945, os diários de Joseph Goebbels são uma fonte chave para entender o Terceiro Reich e a história do Partido Nazista e até mesmo do próprio Hitler.

Esta edição em alemão é publicada pelo Institut für Zeitgeschichte (IFZ). Ela inclui a transcrição de todos as entradas manuscritas dos anos de 1923 até julho de 1941 e as subsequentes citações até 1945, e é baseada na reprodução dos diários completos em microficha – comissionada pelo próprio Goebbels - que foi descoberto por Elke Fröhlich no antigo arquivo especial em Moscou.

Pela primeira vez, este banco de dados dá a pesquisadores a chance de acessar os diários de Joseph Goebbels eletronicamente (digitalmente) usando o valioso índice por assuntos que até então estava disponível apenas em edição impressa.

Séria publicada na Biblioteca Bodleian:

Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil I, Aufzeichnungen 1923-1941. 9 vols.

Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil II, Diktate 1941-1945. 15 vols.

Die Tagebücher von Joseph Goebbels : sämtliche Fragmente. Teil 1, Aufzeichnungen 1924-1941. 4 vols.

Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil III, Register 1923-1945. 3 vols.

Fonte: blog da Bodleian History Faculty Library, Universidade de Oxford (Inglaterra)
http://blogs.bodleian.ox.ac.uk/history/2013/01/10/newgoebbelsdiaries/
Título original: New: The Diaries of Joseph Goebbels Online
Tradução: Roberto Lucena

Adendo: os "revisionistas" (negacionistas) tem uma neura com esses diários de Goebbels, tem ou tinham... eles alegam (pelo menos os de fora) que os diários são falsificações ou "cria" dos Aliados, por isso que você dificilmente encontrará cópias digitalizadas desses diários em sites "revis" ou neonazis. Eu nunca vi. Não sei em que pé anda essa "neura" deles atualmente com os diários, mas historicamente eles sempre manifestaram esta posição.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A mente de Rosenberg, ideólogo do Holocausto, exposta. "Alfred Rosenberg. Diarios (1934-1944)" [livro]

Madrid, 7 set (EFE).- Pela primeira vez serão publicados mais de 400 páginas do diário de cabeceira do nazista Alfred Rosenberg com o título de "Alfred Rosenberg. Diarios (1934-1944)", o testemunho inédito em primeira pessoa de uma dos ideólogos do Holocausto, a quem foi apelidado por Hitler como "o pai da Igreja nacional-socialista".

Assim, esses diários, que saem amanhã em castelhano, num volume publicado pela Crítica (editora), completam-se com um amplo prólogo e 23 documentos com os discursos e artigos do nazi e os comentários dos editores do livro, os alemães Jürgen Matthäus e Frank Bajohr.

Além disso, o volume, que ocupa mais de 700 páginas, inclui também outros arquivos que ajudam a completar esta radiografia de uma das mentes mais influentes do Partido Nacional-Socialista da Alemanha.

E é um desses documentos, precisamente, onde se recolhe a proposta de Rosenberg (Talim, 1893 - Nuremberg, 1946) de levar a cabo o "extermínio biológico de todo o povo judeu na Europa".

Contudo, chama a atenção a sutileza desses "Diários" na hora de se referir ao Holocausto por parte de Rosenberg, a quem se cuidou de não incluir em suas memórias comentários explícitos sobre o extermínio judeu.

Mas isto não é algo novo nas memórias que se conhecem dos dirigentes nazistas, pois o mesmo cuidado se pode observar nos diários de Josef Goebbels, competidor, de fato, de Rosenberg, a quem mostra sua aversão pelo ministro da Propaganda de Adolf Hitler, referindo-se a ele, por exemplo, como "foco de pus".

Para a publicação desses "Diários", seus editores elaboraram uma primeira parte de moto que a introdução aporta pequenas pinceladas sobre a vida de Rosenberg e de seu papel num dos episódios mais terríveis da História do século XX.

Neste sentido, também abarca a história do paradeiro dos diários, que foram encontrados em 2003 depois de ter estado até 1993 em poder de Robert M.W. Kempner, um dos assessores legais estadunidenses durante os julgamentos no Tribunal Militar de Nuremberg e promotor no procedimento conhecido como "o caso dos ministérios".

Depois da morte de Kempner, em 93, o Museu do Holocausto estive mais de uma década buscando os documentos que faltavam, entre eles este diário, que o promotor havia retido ilegalmente, foi encontrado completo em 2013 e passou a fazer parte do Museu do Holocausto.

Depois desta introdução, as páginas dão passo ao conteúdo "reproduzido" dos diários de Rosenberg. Inclusive conservam seus "erros de ortografia, abreviaturas, rasuras, sublinhados e incoerências", segundo indicam os editores.

As anotações daquele que foi ministro para Assuntos do Leste do Führer se interrompem em 3 de dezembro de 1944, última data na qual Rosenberg escreve, a partir de seu refúgio em Berlim.

Alfred Rosenberg nasceu em Talim (Estônia) no seio de uma família germano-báltica e posteriormente cursou Arquitetura em Riga e Moscou e chegou à Alemanha em 1918, onde não tardou para se introduzir nos círculos nacionalistas alcançando certo renome como autor de textos políticos de orientação antissemita e anticomunista, antes de se unir ao regime nazista.

Ao fim de seus dias, foi acusado em Nuremberg de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, participação na preparação de uma guerra de agressão e crimes contra a paz, acusações das quais foi declarado culpado e condenado à pena de morte. Foi executado na forca, em 16 de outubro de 1946.

Os editores do livro foram Frank Bajohr, desde 2013 diretor de pesquisa do Centro de Estudos do Holocausto no Institut für Zeitgeschichte em Munique, e Jürgen Matthäus, que desenvolve seu trabalho profissional no Museu Memorial do Holocausto em Washington DC.

eca/crs/ram
Cultura | 07/09/2015 - 16:38h
Elena Cortés.

Fonte: La Vanguardia (Espanha)
http://www.lavanguardia.com/cultura/20150907/54436319188/la-mente-de-rosenberg-ideologo-del-holocausto-al-descubierto.html
Título original: La mente de Rosenberg, ideólogo del Holocausto, al descubierto
Tradução: Roberto Lucena

Observação: este diário havia sido divulgado, online, pelo USHMM, anos atrás. Só que pelo tamanho do livro o material exibido pelo museu na época não foi integral (suponho).

Esta edição em espanhol saiu primeiro que a edição em inglês do livro, pelo menos no site de uma loja de vendas grande dos EUA o título em inglês ainda está em reserva. Tanto que já saíram algumas matérias do lançamento do livro todas em jornais da Espanha. Redundante dizer, mas... (tem gente que só entende com a menção), não saiu o título traduzido no Brasil e nem indicação de que irá sair.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Segurança interna e o Diário de Rosenberg

Richard Widmann tentou criar aqui uma conspiração em torno do envolvimento da Segurança Interna (HSI) na localização do Diário de Rosenberg. Diz ele:
é certamente surpreendente, pelo menos para mim, que o ICE e a Segurança Interna tenham gasto seu tempo procurando documentos perdidos da Segunda Guerra Mundial
Entretanto, como pode ser visto aqui, uma simples busca pelo Google teria dito a ele que a Segurança Interna (Homeland Security) investiga artefatos culturais roubados, e os diários são claramente qualificados como roubados:
Na conclusão dos julgamentos de Nuremberg, Kempner retornou aos Estados Unidos e viveu em Lansdowne, Pa (Pensilvânia). Contrariando à lei e o procedimento adequado, Kempner removeu vários documentos, incluindo o Diário de Rosenberg, a partir de instalações do governo dos EUA em Nuremberg e os manteve até sua morte em 1993.
Investigação da HSI
Em novembro de 2012, a Procuradoria dos EUA do Distrito de Delaware e os agentes especiais da HSI (Segurança Interna) receberam informações de um especialista em segurança de arte, que estava trabalhando para o Museu Memorial do Holocausto, dos EUA, sobre a busca do Diário de Rosenberg. O Diário de Rosenberg foi posteriormente localizado e apreendido por força de um mandado emitido pelo Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Delaware.

A HSI (Dep. de Segurança Interna) desempenha um papel de liderança em investigações criminais que envolvem a importação e distribuição ilegal de bens culturais, incluindo o tráfico ilícito de bens culturais, especialmente objetos que tenham sido declarados perdidos ou roubados. O Escritório de Assuntos Internacionais da HSI, através de seus 75 escritórios adidos em 48 países, trabalha em estreita colaboração com os governos estrangeiros para realizar investigações conjuntas, sempre que possível.
Deveríamos aguardar que negadores verifiquem tais fatos antes de saltarem para conclusões paranóides?

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Homeland Security and the Rosenberg Diaries
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2013/07/homeland-security-and-rosenberg-diaries.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Descobertas cartas íntimas de um dos mentores do Holocausto (Himmler)

Descobertas cartas íntimas de um dos mentores do Holocausto
Nicolau Ferreira. 26/01/2014 - 19:21

Himmler, em primeiro plano, ao lado
de Adolf Hitler Corbis/Reuters
Cineasta israelita detém cartas, fotografias e diários da família de Heinrich Himmler a que um semanário alemão teve acesso. Documentário sobre Himmler estreia-se a 9 de Fevereiro, na 64.ª edição do Festival de Cinema de Berlim.

A vida privada de uma das figuras de topo do regime nazi vai ser observada à lupa nas próximas semanas. Cartas, fotografias e diários de Heinrich Himmler — um dos orquestradores do Holocausto, responsável pela morte de cerca de seis milhões de judeus durante a II Guerra Mundial (1939-1945) — e da sua mulher, Margarete Himmler, vieram a público. O comandante das SS vai ser revisto, a partir deste espólio, num documentário israelita a estrear no Festival de Cinema de Berlim a 9 de Fevereiro. Um semanário alemão começou neste domingo a lançar uma série de artigos sobre a figura histórica.

A partir do material, é possível conhecer detalhes da vida e do relacionamento entre Heinrich e Margarete Himmler, os passeios ao campo que faziam já em plena guerra ou as opiniões antissemitas que partilhavam. “Estou a caminho de Auschwitz. Beijos do teu Heini”, lê-se numa das cartas, citada pelo jornal britânico The Guardian. O tom cândido do excerto contrasta com os acontecimentos que tiveram lugar no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde 1,1 milhões de pessoas foram mortas, a maioria judeus, a maioria em câmaras de gás.

Heinrich Himmler e Margarete Boden conheceram-se em 1927, ano em que Himmler fazia 27 anos — Margarete era sete anos mais velha. Em 1928 casaram-se. Quando se conheceram, Himmler já pertencia ao Partido Nazi desde 1923. Em 1933, quando se iniciou o III Reich de Adolf Hitler, Himmler era comandante das SS, a polícia política nazi, cargo que manteve até 1945, quando pediu a Hitler para se render. O alemão acabou por se suicidar a 23 de Maio de 1945 em Luneburgo, na Alemanha, já depois de ter sido capturado pelas forças britânicas.

Quanto ao percurso das mais de 70 cartas, um diário, fotografias, livros de receitas e outras notas agora conhecidas, sabe-se menos.

Segundo o semanário alemão Welt am Sonntag — que neste domingo publicou o primeiro de oito longos artigos sobre Himmler e os novos documentos —, dois soldados norte-americanos encontraram o material em Maio de 1945 na casa do comandante nazi na Baviera. Décadas depois, no início dos anos de 1980, o material surgiu nas mãos de Chaim Rosenthal, um sobrevivente do Holocausto que vivia em Israel.

Não se sabe como Rosenthal obteve este material. Mas a polêmica que se instalou em 1983 devido à publicação de Os diários de Hitler pela revista alemã Stern e pelo jornal britânico The Sunday Times — mais tarde soube-se que os diários eram falsos — ofuscou os documentos de Himmler.

Em 2007, o pai de Vanessa Lapa, uma cineasta israelita, comprou o material a Chaim Rosenthal, oferecendo-o depois à filha. A cineasta produziu com este espólio um documentário que vai ser estreado mundialmente na Berlinale, o festival de cinema de Berlim. Vanessa Lapa partilhou ainda o material com o jornal alemão Welt am Sonntag, que confirmou a autenticidade dos documentos, enviando-os para historiadores e especialistas alemães sobre o período nazi.

Um casal malvado

A pilha de documentos está escondida num cofre de um banco em Tel Aviv. Mas o pouco que já se conhece do seu conteúdo ajuda a pintar o quadro de uma família antissemita. “Todo estes negócios dos judeus, quando é que esta gente se vai embora para que nós possamos apreciar as nossas vidas?”, lê-se no diário de Margarete Himmler, citado pelo The Guardian, numa entrada em Novembro de 1938, um ano antes da guerra começar.

“Minha pobre querida, que tem de discutir com aqueles miseráveis judeus por causa de dinheiro”, escreve o marido, a 28 de Abril de 1928, em plena República de Weimar, antes da Grande Depressão. “Odeio e irei sempre odiar o sistema de Berlim, que nunca te irá estrangular, a ti, mulher pura e virtuosa”, escreveu Himmler em Dezembro de 1927. “Berlim está contaminado. Toda a gente só fala de dinheiro”, escreveria a mulher, um ano mais tarde.

Nos documentos, Margarete descreveu o marido como “um homem mau com um coração duro e rude”, mas que era “uma mulher de sorte por ter um bom homem tão mau que ama tanto a sua malvada mulher como ela o ama a ele”, volta a citar o The Guardian.

“Esta colecção é importante porque a questão de como o Holocausto foi humanamente possível continua no ar desde o final da guerra”, explica Haim Gertner à Associated Press. Gertner é diretor da Divisão de Arquivos da Yad Vashem, que contém uma das maiores coleções de documentos sobre o Holocausto. Apesar disso, para o especialista, nem os documentos privados de uma das figuras mais importantes na hierarquia do Partido Nazi ajudariam a compreender completamente aquele acontecimento.

No entanto, para Haim Gardner estes documento privados ajudam a comparar dois lados de Himmler: “Alguém que vive em privado uma vida aparentemente normal, ao mesmo tempo que é o líder público de um assassinato em massa”.

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/cultura/noticia/descobertas-cartas-intimas-de-um-dos-mentores-do-holocausto-1621191

Observação: fiz algumas correções (não sei se todas) em palavras porque não estão no novo acordo ortográfico em vigor.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Museu exibe carta inédita de Hitler

O Museu de Tolerância de Los Angeles, nos Estados Unidos, começou a exibir uma carta inédita de Adolf Hitler, datada de 1919. O documento mostra que o ódio pelos judeus já fazia parte do mentor do holocausto desde que ele era apenas um cabo do Exército alemão.

A veracidade da carta, de quatro páginas, assinada por Hitler, na época um sobrevivente da 1ª Guerra Mundial, foi comprovada por um especialista em caligrafia.

Na carta, o futuro ditador alemão afirma que um governo poderoso poderia reduzir a ameaça dos judeus se negasse a eles os seus direitos. Mas o objetivo final seria a eliminação de todos os judeus juntos.

Sobreviventes do holocausto foram os primeiros a ver a carta exibida no museu.

Fonte: Correio do Estado/G1
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/museu-exibe-carta-inedita-de-hitler_127272/

Ver mais:
Early anti-Semitic Hitler letter on display in LA (abc7)
1919 Hitler letter unveiled at Museum of Tolerance (dailybreeze.com)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ehri - Lançado site de buscas europeu sobre o Holocausto

BRUXELAS, 16 Nov 2010 (AFP) - Um novo site de buscas voltado ao Holocausto, financiado pela União Europeia, foi lançado nesta terça-feira em Bruxelas para permitir a "preservação da memória" desta tragédia, no momento em que desaparecem os últimos sobreviventes dos campos de extermínio nazis.

Batizado de Ehri (European Holocaust Research Infrastructure), o site, que alcançará sua máxima eficácia operacional em 2014, tem a ambição de agrupar as bases de dados de um grupo de vinte instituições, museus ou bibliotecas, dispersos em doze países europeus e em Israel, entre elas o Memorial da Shoah, na França e o Yad Vashem em Israel,

A UE autorizou um montante inicial de sete milhões de euros para financiar este projeto.

Os pesquisadores, professores e estudantes, terão acesso online a esta fonte única de documentos sobre o Holocausto.

Este site na web deverá permitir igualmente às famílias encontrar pistas de parentes assassinados nos campos nazis, ou ao público buscar informações sobre este período negro da história.

aje/pm/jo

Fonte: Univision.com
http://www.univision.com/contentroot/wirefeeds/noticias/8324137.shtml
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Ehri [http://www.ehri-project.eu/]
Launch European Holocaust Archives (EHRI)

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