O título do vídeo no Youtube está como "BBC] Racismo Científico Darwinismo Social e Eugenia [DUBLADO]", por isso fiz o acréscimo no título do post como um "subtítulo", mas os dois temas citados no título são tratados no documentário "Racismo: uma História" (nome original do documentário). Este está dublado em português. Pra quem quiser entender como o racismo, como ideologia e construção social, foi estruturado (já que muita gente não vai procurar um livro sério, ensaio etc sobre o assunto pra ler), vale a pena assistir o documentário. Isso se o Youtube não remover o vídeo pela turma do "copyright".
Observando a quantidade de comentários, por assim dizer, estúpidos, que abundam na internet (de forma geral) quando se toca no assunto preconceito e racismo, dá pra notar que o analfabetismo científico de boa parte da população é grande e isso é muito grave. Isso é proveniente, sobretudo, do mau ensino do assunto nas escolas do país, que nem exibir um documentário como esse costuma fazê-lo.
Serei obrigado a colocar links dos verbetes da Wikipedia em espanhol (e mesmo esses encontram problemas pois não há o rigor dos verbetes em inglês e grupos de extrema-direita "liberal" os alteram negando e distorcendo informações) porque, como ressaltei entre parênteses pra parte espanhola da Wikipedia, pessoas adulteraram verbetes da Wikipedia em português sobre alguns desses temas como o "Darwinismo social" pra negar e distorcer fatos porque afetam a "imagem" idealizada que eles usam pra defender doutrina política. Só como exemplo, consta que Herbert Spencer, darwinista social (um dos pais desse racismo ideológico) era "crítico" do Darwinismo social, isso é falso. Eu consigo reparar a distorção fácil, mas a maioria vai reparar quando lerem o verbete pela primeira vez? Obviamente, não.
O termo "liberal" citado aqui não tem a mesma conotação que o termo pode ter em outros países. Inclusive eu coloco "aspas" no termo pra destacar a crítica. O que se passa é que vários reacionários brasileiros, gente de extrema-direita (autoritários e sectários), que se diz "democrata" e "negar" o fascismo (dizem que são "contra", 'pero no mucho'), fazem campanhas de negação desses assuntos em cima de uma população/massa altamente sugestionável (mal instruída) que não tem o hábito de verificar ou ler fontes (que prestem). Não sabem distinguir um site/verbete manipulado de uma informação correta (com boas referências). Desculpando o prolongamento do texto de apresentação mas é importante destacar essas questões, ficará mais fácil compreender o vídeo.
Verbete de: Darwinismo social
No próprio verbete em espanhol sobre "Herbert Spencer" (darwinista social, um dos principais), algum liberal (como suspeitava, ao menos deixou o link) de algum desses "Mises Institute", adulterou o verbete colocando isso: "esta afirmación ha sido historiográficamente cuestionada.1". "Questionada" por um site que defende a figura do Spencer por afinidade ideológica com esse pensamento. Esses caras são uma piada (de mau gosto).
Verbetes de: Eugenia, Eugenesia, Eugenesia Nazi, Eugenesia liberal, Eugenesia en Estados Unidos, Movimento eugênico brasileiro, Higiene Racial (proveniente do "Higienismo social")
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domingo, 19 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Retificando, sobre o post "sobrou pros portugueses".
Como não tirarei o post, coloco o link pro mesmo caso alguém queira ler, foi este aqui:
Sobrou pros portugueses. A onda de ódio político que a mídia brasileira incitou faz mais vítimas
Saiu o desmentido em sites de Portugal como este Ionline da artista das organizações Globo e a afirmação sobre Portugal, de que a afirmação foi feita por uma conta falsa no Twitter. Só que o jornal ou jornais não citam a conta.
O print que foi disseminado corta a url da conta do twitter, confiram no link abaixo (caso tirem do ar eu salvei a imagem):
Assessora de atriz brasileira desmente críticas a Portugal
A conta do twitter que tiraram print foi esta abaixo do link, achei a conta por curiosidade já que citaram que se trata de uma fraude. A conta continua ativa e dando a entender que é a pessoa porque usa foto e nome apesar de não ter uma verificação que o Twitter usa pra pessoas públicas e não nega que seja uma conta falsa:
https://twitter.com/LuanaPiovaniTV/status/526504332704108544
https://twitter.com/LuanaPiovaniTV/status/526859122353143808
O erro original foi dos jornais em não verificar a origem da conta.
O que confirma o que comentei no outro post que a imprensa de Portugal e da Espanha muitas vezes se equiparam a do Brasil (quando não chega a ser pior). Não quero fazer ranking de ruindade pois todas essas imprensas se nivelam por baixo.
Como eu não iria checar a conta originalmente, exceto agora que saiu essa matéria alegando que era algo falso, não deu pra checar o hoax de cara, porque não tenho realmente paciência de ler artista de TV brasileira escrevendo abobrinha no Twitter (a maioria deles só escreve bobagem).
Pra não cometer injustiça, a acusação falsa deve ser rechaçada, embora o tom emitido pelo tweet falso replicado dê conta da radicalização que rolou nesta eleição, reproduz o clima da coisa.
A pessoa por ser pública/conhecida (como se diz habitualmente), poderia averiguar (já que a conta usa o nome e foto da pessoa se passando pela mesma) quem está usando esta conta e espalhando esses comentários, porque a conta falsa está cometendo crime. E não se trata de um "troll" querendo fazer "brincadeira", e mesmo que fosse estaria cometendo crime do mesmo jeito. Citei o termo "troll" pois eles são conhecidos por fazerem este tipo de ataque cretino, mas a conta falsa não é um "troll" e está sendo usada pra fins políticos.
O que acho estranho é os jornais ou alguém que conhece gente da redação dos jornais (pois alguém repassou isso a essas redações) seguirem essas contas falsas e não se darem conta que são falsas.
Mas mantenho a crítica que fiz no outro post com o caso anterior de outra artista do mesmo grupo de mídia (Globo), até porque há outro caso (confiram no link) do tal Mainardi falando besteira (pra variar, é só o que ele bovinamente fala) no mesmo grupo de mídia, sem qualquer chamada de atenção por parte da emissora sobre o conteúdo preconceituoso proferido.
Este segundo caso seria o outro post, mas como fiz a retificação, fica aí o link pra quem quiser ler.
Eu não me sinto ofendido por idiotices ditas por um cara chamado Mainardi, nunca senti, pois acho que esse tipo de preconceito de gente estúpida se rebate mostrando o nível de inferioridade moral e intelectual que eles demonstram mostrando a quantidade de erros que eles comentam por se sentirem "superiores" (ele e outros quando emitem este tipo de comentário dão a entender nas entrelinhas esta mentalidade, mesmo que neguem) quando a manifestação visivelmente é fruto de um recalque incontido e ignorância pesada.
À parte o que eu acho pessoalmente de figuras como ele, o fato é que é grave uma emissora de TV abrir espaço pra gente desqualificada (sem educação, sem princípios, com intelecto pra lá de questionável) como este cidadão dizer todo tipo de absurdos sem qualquer contraponto pois vigora nestas organizações Globo uma espécie de "Macartismo" onde a maioria dos comentaristas/jornalistas desta TV (fechada e aberta) são de direita ou de extrema-direita, ao mesmo tempo em que mantém uma meia dúzia de progressistas pra não ser rotulada como emissora de extrema-direita ou de "partido político". Jogada política velha e manjada que só trouxa engole.
Lembrando que emissoras exploram concessão pública, mesmo sendo grupos privados, ou seja, não podem usar a concessão pra pregação de ódio e preconceitos e deveriam ser punidas por isto.
Em outro país um indivíduo desses, depois de um ataque ridículo desses, teria sérios problemas jurídicos ou relativos à imagem dele. Mas no Brasil até quando a coisa é recriminada pela maioria aparecem meia dúzia de imbecis ou mais defendendo a boçalidade de gente como este indivíduo.
Sobrou pros portugueses. A onda de ódio político que a mídia brasileira incitou faz mais vítimas
Saiu o desmentido em sites de Portugal como este Ionline da artista das organizações Globo e a afirmação sobre Portugal, de que a afirmação foi feita por uma conta falsa no Twitter. Só que o jornal ou jornais não citam a conta.
O print que foi disseminado corta a url da conta do twitter, confiram no link abaixo (caso tirem do ar eu salvei a imagem):
Assessora de atriz brasileira desmente críticas a Portugal
A conta do twitter que tiraram print foi esta abaixo do link, achei a conta por curiosidade já que citaram que se trata de uma fraude. A conta continua ativa e dando a entender que é a pessoa porque usa foto e nome apesar de não ter uma verificação que o Twitter usa pra pessoas públicas e não nega que seja uma conta falsa:
https://twitter.com/LuanaPiovaniTV/status/526504332704108544
https://twitter.com/LuanaPiovaniTV/status/526859122353143808
O erro original foi dos jornais em não verificar a origem da conta.
O que confirma o que comentei no outro post que a imprensa de Portugal e da Espanha muitas vezes se equiparam a do Brasil (quando não chega a ser pior). Não quero fazer ranking de ruindade pois todas essas imprensas se nivelam por baixo.
Como eu não iria checar a conta originalmente, exceto agora que saiu essa matéria alegando que era algo falso, não deu pra checar o hoax de cara, porque não tenho realmente paciência de ler artista de TV brasileira escrevendo abobrinha no Twitter (a maioria deles só escreve bobagem).
Pra não cometer injustiça, a acusação falsa deve ser rechaçada, embora o tom emitido pelo tweet falso replicado dê conta da radicalização que rolou nesta eleição, reproduz o clima da coisa.
A pessoa por ser pública/conhecida (como se diz habitualmente), poderia averiguar (já que a conta usa o nome e foto da pessoa se passando pela mesma) quem está usando esta conta e espalhando esses comentários, porque a conta falsa está cometendo crime. E não se trata de um "troll" querendo fazer "brincadeira", e mesmo que fosse estaria cometendo crime do mesmo jeito. Citei o termo "troll" pois eles são conhecidos por fazerem este tipo de ataque cretino, mas a conta falsa não é um "troll" e está sendo usada pra fins políticos.
O que acho estranho é os jornais ou alguém que conhece gente da redação dos jornais (pois alguém repassou isso a essas redações) seguirem essas contas falsas e não se darem conta que são falsas.
Mas mantenho a crítica que fiz no outro post com o caso anterior de outra artista do mesmo grupo de mídia (Globo), até porque há outro caso (confiram no link) do tal Mainardi falando besteira (pra variar, é só o que ele bovinamente fala) no mesmo grupo de mídia, sem qualquer chamada de atenção por parte da emissora sobre o conteúdo preconceituoso proferido.
Este segundo caso seria o outro post, mas como fiz a retificação, fica aí o link pra quem quiser ler.
Eu não me sinto ofendido por idiotices ditas por um cara chamado Mainardi, nunca senti, pois acho que esse tipo de preconceito de gente estúpida se rebate mostrando o nível de inferioridade moral e intelectual que eles demonstram mostrando a quantidade de erros que eles comentam por se sentirem "superiores" (ele e outros quando emitem este tipo de comentário dão a entender nas entrelinhas esta mentalidade, mesmo que neguem) quando a manifestação visivelmente é fruto de um recalque incontido e ignorância pesada.
À parte o que eu acho pessoalmente de figuras como ele, o fato é que é grave uma emissora de TV abrir espaço pra gente desqualificada (sem educação, sem princípios, com intelecto pra lá de questionável) como este cidadão dizer todo tipo de absurdos sem qualquer contraponto pois vigora nestas organizações Globo uma espécie de "Macartismo" onde a maioria dos comentaristas/jornalistas desta TV (fechada e aberta) são de direita ou de extrema-direita, ao mesmo tempo em que mantém uma meia dúzia de progressistas pra não ser rotulada como emissora de extrema-direita ou de "partido político". Jogada política velha e manjada que só trouxa engole.
Lembrando que emissoras exploram concessão pública, mesmo sendo grupos privados, ou seja, não podem usar a concessão pra pregação de ódio e preconceitos e deveriam ser punidas por isto.
Em outro país um indivíduo desses, depois de um ataque ridículo desses, teria sérios problemas jurídicos ou relativos à imagem dele. Mas no Brasil até quando a coisa é recriminada pela maioria aparecem meia dúzia de imbecis ou mais defendendo a boçalidade de gente como este indivíduo.
Sobrou pros portugueses. A onda de ódio político que a mídia brasileira incitou faz mais vítimas
Pra deixar claro de novo, mas não mais farei essa explicação quando usar o termo, quando cito "mídia brasileira", pra toda vez não ter que explicar a que me refiro, refiro-me à mídia oligopolizada do país e não à toda mídia pois há exceções, embora não tantas...
Pois bem, feitas as considerações, sobrou pra Portugal a onda de ódio político que a mídia oligopolizada do Brasil incita há anos tentando criminalizar alguns partidos e a política no país, ao se comportar como "partido político" de oposição ou de direita em vez de meio de comunicação.
Uma declaração sem propósito e imbecil de uma atriz das Organizações Globo, que deve ter sucursal em Portugal e vende programação praquele país:
Fonte: Diário Digital (Portugal)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=740216
O problema é chamar isso de "interpretação de petista" pra justificar a própria boçalidade. E não é questão só de responsabilidade, é que a afirmação continua sendo uma idiotice, independente da pessoa assumir. Uma idiotice não deixa de ser menos idiotice caso alguém assuma.
A frase está reproduzida literalmente acima sem 'interpretações' ou distorções, até porque transcrevê-la literalmente faz "mais estrago", por assim dizer. Quem por caso ler, que tire suas conclusões.
Em que pese o fato da exploração portuguesa, no período em que Portugal dominou o Brasil, ser bem conhecida (o período é mais conhecido como "período colonial" ou "Brasil colônia"), qual o propósito de evocar isso pra criticar o presente? Numa eleição?
Só porque a terminação (sufixo ou prefixo) usual atribuída à Portugal na internet e em outras praças ser "PT" que coincide com a sigla do Partido dos Trabalhadores no Brasil? "Sarcasmo inteligente" é isso aí...
Mas será algum ranço anti-lusitano por ela não ser descendente de portugueses e boa parte do Brasil ser? Bom, aí já entramos no terreno da especulação e não lemos mente. Mas são no mínimo curiosas essas coincidências uma vez que não é a primeira manifestação do tipo que vejo, só que quando é alguém da mídia a coisa amplifica certas coisas que rolam na surdina.
Obviamente que nem vale a pena tentar entender "a fundo" o "pensamento" dessa figura, e isso já repercute em Portugal:
Brasil Luana Piovani usa Portugal para arrasar resultado das eleições
Actriz brasileira acusa Portugal de exploração
Conta da atriz Luana Piovani com críticas a Portugal é falsa
Luana Piovani gera polémica nas redes sociais com comentário sobre Portugal
Eu soube do caso através de um desses jornais portugueses listados acima, pois não saiu nada na imprensa brasileira a princípio. Eu pelo menos não vi (não afirmo que não tenha nada, mas não houve destaque algum).
E obviamente que a imprensa lusa não vai pegar leve, e nem deve, já que este não é o primeiro caso de insulto gratuito envolvendo artistas da Globo com Portugal, que resvala no país e não no emissor do ataque e do veículo de mídia ao qual ele faz parte. Talvez por ser um caso reincidente isto chame mais atenção.
Pra quem não sabe do outro caso com ataques a Portugal (soube desse caso pela internet e muita gente no Brasil nem sabe disso porque a imprensa brasileira abafa), isto ocorreu com outra atriz da Globo, Maitê Proença (esta com sobrenome bem português), ironizando ou ridicularizando Portugal de forma gratuita numa matéria exibida num canal fechado (GNT eu acho) da Globosat que é parte das Organizações Globo.
As imagens são parte desta reportagem da SIC de Portugal. Meu comentário foi feito com base nas imagens que são bem claras no vídeo abaixo:
Como podem ver, o que a gente critica e comenta aqui sobre esta proliferação de ódios, preconceitos no Brasil por parte da mídia é algo que já ultrapassa as fronteiras do país e o "tolerável" (se é que dá pra tolerar tanto comportamento inconsequente e irresponsável).
Já houve vídeo ofensivo contra o Paraguai fora as demais reproduções de estereótipos e comportamento mal educado (sem etiqueta) por parte desta mesma mídia, que de tão preconceituosa é incapaz de se autocriticar e acha natural certos comportamentos, pois não houve sequer reparo por parte da Globo sobre esses casos já que envolve direta ou indiretamente este grupo de mídia. Que está sujando a imagem do Brasil com esta postura.
O curioso é que quando um artista estrangeiro ironiza os arredores da Globo ou da mesma, ou fala do Brasil (e eles vestem a carapuça quando sentem que é com eles), eles prontamente se mostram indignados e "críticos do preconceito" como naquele caso do ataque racista ao jogador Daniel Alves do Barcelona, com direito a teatro por parte de artistas globais com a palhaçada "não somos macacos". Quem quiser entender o caso, cliquem aqui e aqui.
"Ah, chega...". Certo?
Você pensa que parou por aí? Quem dera...
Tem mais no próximo post... de um programa também exibido em um dos canais fechados da Globosat que é empresa do grupo Globo.
Vejam que a proliferação do ódio, preconceitos e estereótipos já foge do controle desta mídia e que a justiça brasileira ou mesmo estrangeira deveria punir estes abusos por se tratar de concessão pública e por atingir a várias coletividades.
Refiro-me à justiça de fora pois a justiça portuguesa, neste caso do GNT, poderia ter acionado a Globo se assim quisesse e não o fez. Que sejam mais duros numa próxima.
Às pessoas em Portugal, saibam que isto não é um ato do povo brasileiro, não temos controle ou uma forma de coibir abusos destes meios de comunicação no Brasil nem quando eles agem contra a população brasileira. Este foi um dos assuntos mais discutidos nestas eleições apesar do boicote tradicional da mídia oligopolizada tentando abafar a questão.
O problema da oligopolização da mídia no Brasil é muito sério, eu diria que é o problema político mais grave do país hoje e é uma das heranças mais malditas da ditadura militar brasileira (1964-1985) que ao ruir deveria ter fatiado essas empresas de comunicação em várias ao invés de deixar o oligopólio intacto ignorando o problema (cultural, econômico etc) que isto iria provocar no futuro.
Peço desculpas aos portugueses sérios pelo país, mas não por esses grupos de mídia privados que, por mim, não fariam falta alguma ao Brasil com uma programação de baixo nível cultural, preconceitos, manipulação de informação e educação de sarjeta. As TVs públicas no Brasil têm baixa audiência apesar da programação melhor, ironicamente.
Este é um assunto que remete à regulação da mídia (de novo), mas deixo isto pro próximo post.
Pois bem, feitas as considerações, sobrou pra Portugal a onda de ódio político que a mídia oligopolizada do Brasil incita há anos tentando criminalizar alguns partidos e a política no país, ao se comportar como "partido político" de oposição ou de direita em vez de meio de comunicação.
Uma declaração sem propósito e imbecil de uma atriz das Organizações Globo, que deve ter sucursal em Portugal e vende programação praquele país:
"O Brasil foi explorado tantos anos por Portugal e agora continuará sendo pelo PT! Não é à toa que a sigla de Portugal é PT! Eu votei Aécio (Neves)", escreveu Luana Piovani. Criticada pelo comentário, a atriz não retirou o que escreveu:
"Sou responsável pelo que escrevo, não pela maneira que os petistas interpretam! Falo o que penso, não o que vocês querem ouvir."
Fonte: Diário Digital (Portugal)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=740216
O problema é chamar isso de "interpretação de petista" pra justificar a própria boçalidade. E não é questão só de responsabilidade, é que a afirmação continua sendo uma idiotice, independente da pessoa assumir. Uma idiotice não deixa de ser menos idiotice caso alguém assuma.
A frase está reproduzida literalmente acima sem 'interpretações' ou distorções, até porque transcrevê-la literalmente faz "mais estrago", por assim dizer. Quem por caso ler, que tire suas conclusões.
Em que pese o fato da exploração portuguesa, no período em que Portugal dominou o Brasil, ser bem conhecida (o período é mais conhecido como "período colonial" ou "Brasil colônia"), qual o propósito de evocar isso pra criticar o presente? Numa eleição?
Só porque a terminação (sufixo ou prefixo) usual atribuída à Portugal na internet e em outras praças ser "PT" que coincide com a sigla do Partido dos Trabalhadores no Brasil? "Sarcasmo inteligente" é isso aí...
Mas será algum ranço anti-lusitano por ela não ser descendente de portugueses e boa parte do Brasil ser? Bom, aí já entramos no terreno da especulação e não lemos mente. Mas são no mínimo curiosas essas coincidências uma vez que não é a primeira manifestação do tipo que vejo, só que quando é alguém da mídia a coisa amplifica certas coisas que rolam na surdina.
Obviamente que nem vale a pena tentar entender "a fundo" o "pensamento" dessa figura, e isso já repercute em Portugal:
Brasil Luana Piovani usa Portugal para arrasar resultado das eleições
Actriz brasileira acusa Portugal de exploração
Conta da atriz Luana Piovani com críticas a Portugal é falsa
Luana Piovani gera polémica nas redes sociais com comentário sobre Portugal
Eu soube do caso através de um desses jornais portugueses listados acima, pois não saiu nada na imprensa brasileira a princípio. Eu pelo menos não vi (não afirmo que não tenha nada, mas não houve destaque algum).
E obviamente que a imprensa lusa não vai pegar leve, e nem deve, já que este não é o primeiro caso de insulto gratuito envolvendo artistas da Globo com Portugal, que resvala no país e não no emissor do ataque e do veículo de mídia ao qual ele faz parte. Talvez por ser um caso reincidente isto chame mais atenção.
Pra quem não sabe do outro caso com ataques a Portugal (soube desse caso pela internet e muita gente no Brasil nem sabe disso porque a imprensa brasileira abafa), isto ocorreu com outra atriz da Globo, Maitê Proença (esta com sobrenome bem português), ironizando ou ridicularizando Portugal de forma gratuita numa matéria exibida num canal fechado (GNT eu acho) da Globosat que é parte das Organizações Globo.
As imagens são parte desta reportagem da SIC de Portugal. Meu comentário foi feito com base nas imagens que são bem claras no vídeo abaixo:
Como podem ver, o que a gente critica e comenta aqui sobre esta proliferação de ódios, preconceitos no Brasil por parte da mídia é algo que já ultrapassa as fronteiras do país e o "tolerável" (se é que dá pra tolerar tanto comportamento inconsequente e irresponsável).
Já houve vídeo ofensivo contra o Paraguai fora as demais reproduções de estereótipos e comportamento mal educado (sem etiqueta) por parte desta mesma mídia, que de tão preconceituosa é incapaz de se autocriticar e acha natural certos comportamentos, pois não houve sequer reparo por parte da Globo sobre esses casos já que envolve direta ou indiretamente este grupo de mídia. Que está sujando a imagem do Brasil com esta postura.
O curioso é que quando um artista estrangeiro ironiza os arredores da Globo ou da mesma, ou fala do Brasil (e eles vestem a carapuça quando sentem que é com eles), eles prontamente se mostram indignados e "críticos do preconceito" como naquele caso do ataque racista ao jogador Daniel Alves do Barcelona, com direito a teatro por parte de artistas globais com a palhaçada "não somos macacos". Quem quiser entender o caso, cliquem aqui e aqui.
"Ah, chega...". Certo?
Você pensa que parou por aí? Quem dera...
Tem mais no próximo post... de um programa também exibido em um dos canais fechados da Globosat que é empresa do grupo Globo.
Vejam que a proliferação do ódio, preconceitos e estereótipos já foge do controle desta mídia e que a justiça brasileira ou mesmo estrangeira deveria punir estes abusos por se tratar de concessão pública e por atingir a várias coletividades.
Refiro-me à justiça de fora pois a justiça portuguesa, neste caso do GNT, poderia ter acionado a Globo se assim quisesse e não o fez. Que sejam mais duros numa próxima.
Às pessoas em Portugal, saibam que isto não é um ato do povo brasileiro, não temos controle ou uma forma de coibir abusos destes meios de comunicação no Brasil nem quando eles agem contra a população brasileira. Este foi um dos assuntos mais discutidos nestas eleições apesar do boicote tradicional da mídia oligopolizada tentando abafar a questão.
O problema da oligopolização da mídia no Brasil é muito sério, eu diria que é o problema político mais grave do país hoje e é uma das heranças mais malditas da ditadura militar brasileira (1964-1985) que ao ruir deveria ter fatiado essas empresas de comunicação em várias ao invés de deixar o oligopólio intacto ignorando o problema (cultural, econômico etc) que isto iria provocar no futuro.
Peço desculpas aos portugueses sérios pelo país, mas não por esses grupos de mídia privados que, por mim, não fariam falta alguma ao Brasil com uma programação de baixo nível cultural, preconceitos, manipulação de informação e educação de sarjeta. As TVs públicas no Brasil têm baixa audiência apesar da programação melhor, ironicamente.
Este é um assunto que remete à regulação da mídia (de novo), mas deixo isto pro próximo post.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Besa, o código de honra albanês que salvou centenas de judeus na Segunda Guerra Mundial
Nesses dias nos quais o fanatismo religioso vem demonstrando a miséria a que pode chegar aos que são chamados "animais racionais" - nada muito novo abaixo do sol - , trago-lhes esta história na qual diferenças religiosas ficaram de lado para que vigorassem valores como a honra, a solidariedade, a compaixão - tudo isso é precisamente o Besa. [Besa e shqiptarit nuk shitet pazarit, traduzindo: "a honra de um albanês não pode ser vendida ou comprada num bazar"]
Obs: Besa (Wikipedia, verbete em inglês)
No começo da Segunda Guerra Mundial, a Albânia era uma monarquia dependente econômica e militarmente da Itália. Assim sendo, quando os italianos a ocuparam e o Rei Zog I fugiu - com isso, com todo o ouro que pode roubar - as coisas mudaram. Nesses tempos, o número de judeus na Albânia chegava apenas aos 200... quando terminou a guerra eram mais de 3.000. Os judeus que fugiram dos países ocupados pelos nazis encontraram refúgio na Albânia... um país de maioria muçulmana. Os organismos governamentais proporcionaram documentação falsa às famílias judias que lhes permitiam se misturar ao resto da população e os albaneses proporcionaram casas e seus escassos recursos para acolhê-los.
As coisas se complicaram em 1943 quando foram os nazis os que, a pedido de Mussolini, tomaram a Albânia. Igual ao que fizeram no resto da Europa ocupada, os nazis solicitaram às autoridades locais a lista dos judeus residentes no país... mas obtiveram um não como resposta. Por que um país de maioria muçulmana se arriscou a salvar os judeus ponde em jogo sua própria vida?
Herman Bernstein, embaixador dos Estados Unidos na Albânia nos anos 30, escreveu:
Fonte: Historia de las Historias (site espanhol)
http://historiasdelahistoria.com/2014/09/16/besa-el-codigo-de-honor-albanes-que-salvo-a-cientos-de-judios-en-la-segunda-guerra-mundial
Título original: Besa, el código de honor albanés que salvó a cientos de judíos en la Segunda Guerra Mundial
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Besa: A Code Of Honor (Yad Vashem)
Obs: Besa (Wikipedia, verbete em inglês)
No começo da Segunda Guerra Mundial, a Albânia era uma monarquia dependente econômica e militarmente da Itália. Assim sendo, quando os italianos a ocuparam e o Rei Zog I fugiu - com isso, com todo o ouro que pode roubar - as coisas mudaram. Nesses tempos, o número de judeus na Albânia chegava apenas aos 200... quando terminou a guerra eram mais de 3.000. Os judeus que fugiram dos países ocupados pelos nazis encontraram refúgio na Albânia... um país de maioria muçulmana. Os organismos governamentais proporcionaram documentação falsa às famílias judias que lhes permitiam se misturar ao resto da população e os albaneses proporcionaram casas e seus escassos recursos para acolhê-los.
As coisas se complicaram em 1943 quando foram os nazis os que, a pedido de Mussolini, tomaram a Albânia. Igual ao que fizeram no resto da Europa ocupada, os nazis solicitaram às autoridades locais a lista dos judeus residentes no país... mas obtiveram um não como resposta. Por que um país de maioria muçulmana se arriscou a salvar os judeus ponde em jogo sua própria vida?
Não fizemos nada especial. Isto é Besa - assim respondem os albaneses.Segundo o professor Saimir Lloja, da Associação de Fraternidade Albano-Israel,
Besa é a regra de ouro, é um código moral, uma norma de conduta social, além de ser parte de uma antiga tradição. [...] Besa se trata, em essência, de não ser indiferentes ante alguém que sofre ou é perseguido. É uma autoexigência moral que é pedida a cada albanês que viva honestamente e que - chegado a estes casos - também se sacrifiquem.
Ali Sheqer Pashkaj, fotografado por Norman Gershman. Seu pai, também chamado Ali, salvou o jovem judeu Yasha Bayuhovio, com sombreiro mexicano em uma das fotos. |
Não há rastro de nenhum tipo de discriminação contra os judeus na Albânia [...] Albânia passou a ser um lugar raro na Europa hoje em dia, onde não existe o ódio nem os preconceitos religiosos, apesar dos albaneses mesmos serem divididos em três religiões.Por Javier Sanz em 16 de setembro de 2014
Fonte: Historia de las Historias (site espanhol)
http://historiasdelahistoria.com/2014/09/16/besa-el-codigo-de-honor-albanes-que-salvo-a-cientos-de-judios-en-la-segunda-guerra-mundial
Título original: Besa, el código de honor albanés que salvó a cientos de judíos en la Segunda Guerra Mundial
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Besa: A Code Of Honor (Yad Vashem)
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Insultos "carinhosos" e os "judeus santos" segundo os "revis"
Eu ia (e ainda vou) tentar fazer um post sobre a notícia da fuga de Hitler pra Argentina que o Daniel postou aqui, e acabei me lembrando que tem outro post, que acho que cheguei a trocar a matéria por uma 'melhorzinha', sobre o caso e gêmeos numa cidade do Rio Grande do Sul, que precisa ser citado como hoax e que algum jornalista argentino propagou esse tipo de fábula/lenda como "verdade".
Mas em parte é até bom reler esses posts antigos pois muitas vezes a pessoa nem presta atenção direito ao que fora dito antes e acaba se surpreendendo ao ler novamente os comentários. Deparei-me com esse comentário "carinhoso" aqui de um perfil "revi" que provavelmente é fake e se identificou como "Marcelo Andre", sobre "garimpar" notícias que "beneficiam" os judeus e os colocam como "santos" e outras asneiras do tipo, confiram o comentário:
Isso é só uma pequena amostra do que a gente tem que aturar.
O mais engraçado é que o cara faz uma série de acusações e generalizações ignorando totalmente o conteúdo do blog que é sobre o genocídio da segunda guerra, nazismo/fascismo e sobre a ação da extrema-direita no pós-segunda guerra, principalmente na Europa e nas Américas. Se alguém não gosta do assunto basta criar um blog e discutir sobre o que quer, cada um é livre pra isso. Por que não fazem?...
Mas tentar obrigar os outros a seguir "pauta" só por capricho, isso é desatino e coisa de gente sem noção, pois ninguém é obrigado a discutir algo só porque algum fulaninho mimado quer. Pior, discutir em tom acusatório. Não há debate algum nesses termos mas muita gente no país de uns tempos pra cá acha que isso é "discussão" e que se "aprende" muito com isso (com troca de farpas).
O blog não é sobre discussão de Oriente Médio como já foi dito várias vezes antes (link, esse post só foi ilustrativo), embora eu posso discutir o assunto sem problema, mas fica uma pergunta: alguém veio discutir isso? O cara no comentário faz acusações mas não discute e quer que a gente comente sem nem haver uma discussão? Poço de incoerência desses caras. Cobram algo, enchem o saco e depois somem.
Há outro problema que é o fato de alguns posts antigos terem notícias que eu hoje não as colocaria, só que não as removo porque acho que independente deu concordar ou não com elas, perderia-se o sentido do que foi publicado em determinada ocasião. A não ser que seja algo extremamente dispensável, é bom deixar a maioria do que foi postado como está.
Eu colocava às vezes as coisas como algo informativo ou pra ter discussão, não necessariamente concordando com o conteúdo do texto, e isso é engraçado pois recentemente tive que ler um piti porque fui crítico aos Estados Unidos (em relação à política externa daquele país) e vendo agora algumas matérias que coloquei por conta do genocídio, eu seria atacado por algum extremista como "pró-EUA" mesmo sem ser. Ou seja, você recebe ataque de tudo quanto é extremo e pensamento binário. Vi que falta matérias mais críticas sobre a questão do Oriente Médio mesmo, mas foi intencional não misturar o assunto (que muita gente no Orkut misturava de forma idiota), algo que corrigirei quando e se for possível. Mas isso se deu por eu querer manter a distância certos grupos radicais que discutiam isso no Orkut, o tipo de discussão que essas pessoas faziam por lá satura qualquer pessoa.
Mas voltando ao comentário destacado acima, algumas considerações:
1. Caro "Marcelo Andre", eu não "garrimpo" notícias que beneficiam judeus, isso é sua interpretação distorcida do assunto. O genocídio ou nazismo não SÓ afetou judeus e não é coisa só de interesse de judeus pois o nazismo envolveu vários países, incluindo o Brasil, e a discussão do racismo do nazismo (a ideia) tem sido difundida e repassada no país por gente que simpatiza com isso. Então não se faça de "ignorante" por não entender o problema. Esse tipo de mentalidade racista existe no Brasil, se você quer ignorar, problema seu, mas não sou obrigado a fazê-lo por capricho de gente que comenta uma vez (com fakes) e some.
2. Eu não discuto o assunto segunda guerra/Holocausto por conta da comunidade judaica, mesmo que o evento histórico também diga respeito diretamente a mesma. O assunto não é restritivo a ela pois como disse acima, a ideologia nazista não afeta apenas judeus, o fascismo não fez vítimas apenas judeus, a ideia de supremacismo racial contida no nazismo pode ser adaptada por qualquer grupo pra determinados fins, a mesma já era bem difundida nos Estados Unidos com a Klan sem partido nazista algum, o Brasil teve quase 4 séculos de escravidão sem "partido nazista" e programa de eugenia pra branquear o povo, então é um assunto abrangente e que qualquer pessoa pode discuti-lo. O problema é que há gente obcecada com judeus e que vê tudo em torno deles, ideia fixa. Quanto a isso não posso fazer nada, não irei curar obsessão alheia. Quem quiser surtar com isso, fique a vontade. Quem acha que nazismo só diz respeito a judeus, das duas uma: ou é idiota/ignorante ou antissemita/filossemita.
3. Quem nasce em Israel é israelense, mesmo com a definição que este país costuma repassar de que é um "Estado judeu", eu sei que o termo confunde porque até sites ligados a Israel criam confusão com o termo e muitos não esclarecem nada, mas judeu é relativo a povo, Israel é Estado, e naquele Estado não só nasce judeus, como árabes e outros grupos minoritários. Se você não sabe a diferença de Estado e nação, não sou eu que irei explicar a você algo tão banal e básico.
5. Eu nunca disse que o fato de alguém ser judeu que isso seja sinônimo de "santo", tem gente safada e escrota em qualquer grupo político ou étnico, incluindo judeus. Só idiotas preconceituosos, que ficam hierarquizando tudo, é que ficam com essa neurose de achar que por alguém comentar sobre genocídio que isso transforma alguém em "santo". É uma ideia e afirmação tão estúpida que chega a dar raiva comentar isso.
Mas ao menos esses comentários servem pra isso, pra mostrar o que o senso comum das pessoas reproduz como sendo "verdade" por lerem sites sem terem senso crítico suficiente pra filtrar o que leem e por terem forte preconceito. Ao menos você veio comentar, tem gente que pensa exatamente isso (e besteiras de outro tipo) e não comenta.
Mas em parte é até bom reler esses posts antigos pois muitas vezes a pessoa nem presta atenção direito ao que fora dito antes e acaba se surpreendendo ao ler novamente os comentários. Deparei-me com esse comentário "carinhoso" aqui de um perfil "revi" que provavelmente é fake e se identificou como "Marcelo Andre", sobre "garimpar" notícias que "beneficiam" os judeus e os colocam como "santos" e outras asneiras do tipo, confiram o comentário:
Marcelo Andre disse...E o cara ainda inventou um verbo novo: "garrimpar", rsrsrs.
"Estranhamente" esse blog só garrimpa notícias que beneficiam os judeus (os coloca sempres como "santos", inocentes). Gostaria de ver um pouco de imparcialidade.
Que tal postar notícias, que mostram ações dos "santinhos" também?
Posso indicar/garrimpar pra vcs, se os mesmos não encontram(?)
http://altamiroborges.blogspot.com/2009/01/eua-bancam-o-terrorismo-de-israel.html
esse foi um de que me lembrei de ter lido a poucos dias.
Mas posso indicar muito mais, conforme minhas "surfadas" pela internet, e olha que não são poucos os artigos condenando esses "santos".
Não entendo como vcs não conseguem acha-los.
Vai ver é tudo mentira desses anti-semitas "duma-figa", não é?
Isso é só uma pequena amostra do que a gente tem que aturar.
O mais engraçado é que o cara faz uma série de acusações e generalizações ignorando totalmente o conteúdo do blog que é sobre o genocídio da segunda guerra, nazismo/fascismo e sobre a ação da extrema-direita no pós-segunda guerra, principalmente na Europa e nas Américas. Se alguém não gosta do assunto basta criar um blog e discutir sobre o que quer, cada um é livre pra isso. Por que não fazem?...
Mas tentar obrigar os outros a seguir "pauta" só por capricho, isso é desatino e coisa de gente sem noção, pois ninguém é obrigado a discutir algo só porque algum fulaninho mimado quer. Pior, discutir em tom acusatório. Não há debate algum nesses termos mas muita gente no país de uns tempos pra cá acha que isso é "discussão" e que se "aprende" muito com isso (com troca de farpas).
O blog não é sobre discussão de Oriente Médio como já foi dito várias vezes antes (link, esse post só foi ilustrativo), embora eu posso discutir o assunto sem problema, mas fica uma pergunta: alguém veio discutir isso? O cara no comentário faz acusações mas não discute e quer que a gente comente sem nem haver uma discussão? Poço de incoerência desses caras. Cobram algo, enchem o saco e depois somem.
Há outro problema que é o fato de alguns posts antigos terem notícias que eu hoje não as colocaria, só que não as removo porque acho que independente deu concordar ou não com elas, perderia-se o sentido do que foi publicado em determinada ocasião. A não ser que seja algo extremamente dispensável, é bom deixar a maioria do que foi postado como está.
Eu colocava às vezes as coisas como algo informativo ou pra ter discussão, não necessariamente concordando com o conteúdo do texto, e isso é engraçado pois recentemente tive que ler um piti porque fui crítico aos Estados Unidos (em relação à política externa daquele país) e vendo agora algumas matérias que coloquei por conta do genocídio, eu seria atacado por algum extremista como "pró-EUA" mesmo sem ser. Ou seja, você recebe ataque de tudo quanto é extremo e pensamento binário. Vi que falta matérias mais críticas sobre a questão do Oriente Médio mesmo, mas foi intencional não misturar o assunto (que muita gente no Orkut misturava de forma idiota), algo que corrigirei quando e se for possível. Mas isso se deu por eu querer manter a distância certos grupos radicais que discutiam isso no Orkut, o tipo de discussão que essas pessoas faziam por lá satura qualquer pessoa.
Mas voltando ao comentário destacado acima, algumas considerações:
1. Caro "Marcelo Andre", eu não "garrimpo" notícias que beneficiam judeus, isso é sua interpretação distorcida do assunto. O genocídio ou nazismo não SÓ afetou judeus e não é coisa só de interesse de judeus pois o nazismo envolveu vários países, incluindo o Brasil, e a discussão do racismo do nazismo (a ideia) tem sido difundida e repassada no país por gente que simpatiza com isso. Então não se faça de "ignorante" por não entender o problema. Esse tipo de mentalidade racista existe no Brasil, se você quer ignorar, problema seu, mas não sou obrigado a fazê-lo por capricho de gente que comenta uma vez (com fakes) e some.
2. Eu não discuto o assunto segunda guerra/Holocausto por conta da comunidade judaica, mesmo que o evento histórico também diga respeito diretamente a mesma. O assunto não é restritivo a ela pois como disse acima, a ideologia nazista não afeta apenas judeus, o fascismo não fez vítimas apenas judeus, a ideia de supremacismo racial contida no nazismo pode ser adaptada por qualquer grupo pra determinados fins, a mesma já era bem difundida nos Estados Unidos com a Klan sem partido nazista algum, o Brasil teve quase 4 séculos de escravidão sem "partido nazista" e programa de eugenia pra branquear o povo, então é um assunto abrangente e que qualquer pessoa pode discuti-lo. O problema é que há gente obcecada com judeus e que vê tudo em torno deles, ideia fixa. Quanto a isso não posso fazer nada, não irei curar obsessão alheia. Quem quiser surtar com isso, fique a vontade. Quem acha que nazismo só diz respeito a judeus, das duas uma: ou é idiota/ignorante ou antissemita/filossemita.
3. Quem nasce em Israel é israelense, mesmo com a definição que este país costuma repassar de que é um "Estado judeu", eu sei que o termo confunde porque até sites ligados a Israel criam confusão com o termo e muitos não esclarecem nada, mas judeu é relativo a povo, Israel é Estado, e naquele Estado não só nasce judeus, como árabes e outros grupos minoritários. Se você não sabe a diferença de Estado e nação, não sou eu que irei explicar a você algo tão banal e básico.
3.1 Existem explicações rápidas e curtas na própria Wikipedia, por que você não lê isso pra ficar menos tapado ao invés de vir fazer acusações com base em confusões de conceitos? Sim, conceitos existem mesmo quer você goste ou não, e discussões são travadas em cima deles. Como alguém discute algo sem ter noção de coisas básicas como essa? Um exemplo: uma pessoa que nasce no Brasil é brasileiro por definição (nacionalidade), judeu, árabe ou não (isso é referente ao que se entende hoje como "etnia"), a nacionalidade brasileira é definida desta forma, pelo nascimento ou naturalização ou filhos de pais brasileiros nascidos no exterior (podem requisitar a nacionalidade brasileira). Se você discorda disso, "crie" uma "lei de sangue" e tente passar o projeto no congresso, só quero ver que sangue irá prevalecer nessa "proposta" levando em conta as pilhas de grupos étnicos presentes no Brasil, com predominância de alguns.4. Sim, eu sei do problema que se passa na Palestina e em Israel, eu já comentei, tardiamente (admito) isso no post que coloquei o link acima. Já comentei que não aprovo a ocupação israelense pós-1967 e que não visualizo qualquer solução pacífica e futura pro problema ali sem que Israel acate a resolução de dois Estados e saia das áreas ocupadas após a guerra dos seis dias. Só que o fato deu dizer isso não quer dizer que o governo daquele país irá fazer o que eu digo ou condeno, obviamente. É esse o problema central desse pessoal discutindo esse assunto na rede, eles se apegam totalmente ao idealismo, a coisas abstratas, ignorando o que se passa de fato (a correlação de forças) em uma determinada região. Eu chamo isso de alienação. Você pode tomar partido político por uma causa de emancipação política em outros países mas não deve se alienar achando que o simples fato de tomar partido disso irá mudar algo. Pra mudar precisa de algo mais robusto como pressão política externa, e principalmente pressão política interna em alguns países (que têm força nesse problema) pra pressionar o governo de Israel a ceder. O Brasil não tem força política pra forçar uma mudança nesse assunto e até espero que não se meta nisso de forma incisiva pois já temos problemas internos demais pra cuidar, pra arrumar mais sarna pra se coçar, ou seja, pro governo se meter numa peleja dessas que dura mais de 60 anos e sem horizonte seria uma atitude tola do ponto de vista da política externa do país, fora a animosidade da própria mídia brasileira com a questão já que ficaram contra qualquer posição do governo brasileiro.
5. Eu nunca disse que o fato de alguém ser judeu que isso seja sinônimo de "santo", tem gente safada e escrota em qualquer grupo político ou étnico, incluindo judeus. Só idiotas preconceituosos, que ficam hierarquizando tudo, é que ficam com essa neurose de achar que por alguém comentar sobre genocídio que isso transforma alguém em "santo". É uma ideia e afirmação tão estúpida que chega a dar raiva comentar isso.
5.1 Caro "Marcelo Andre", eu não crio idealizações sobre povos, deixo isso pra você fazer, eu avalio pessoas individualmente embora posso levar em conta que fatores grupais e étnicos possam influenciar o comportamento de alguns indivíduos com cabeça mais fraca e caráter 'flexível' (frouxo). Digo isso porque não sei de onde você tirou essa ideia já que nem eu e ninguém no blog jamais comentamos isso. Fico impressionado com o prejulgamento que essas pessoas fazem, mas são as mesmas a aderirem campanhas supostamente "antirracistas" como aquela palhaçada da banana publicitária feita em cima da digníssima atitude que o Daniel Alves (jogador do Barcelona) teve em campo (presença de espírito formidável) quando um cara jogou uma banana pra ele. Sórdido ver parte dessa classe "artística" brasileira e outro jogador banalizarem isso como fizeram.6. Sim, Marcelo Andre, a maioria dos antissemitas mentem mesmo, porque são movidos por preconceito. Mas podem, vez ou outra, comentar alguma verdade ou meia verdade, principalmente sobre o assunto do conflito árabe-israelense, pois há pilhas de críticas em jornais e na rede sobre o que se passa em torno desse conflito. Não é necessário ler besteira em sites enviesados pra se informar sobre essa questão. Pelo contrário, ao invés de você apenas "surfar" (passou parafina também na cabeça? rs), tente ler algum livro sobre o assunto ou assistir algum documentário sobre o conflito (espero ainda fazer um post sobre isso), pra se aprofundar mais sobre o que critica. Pois se ficar só nessas críticas rasas, veja o que acontece com tua crítica, dá pra triturá-la facilmente pois tem tanta generalização, prejulgamentos e erros que foi constrangedor ler aquilo.
5.2 O assunto racismo é sério demais pra um bando de idiotas, que nunca se engajam em coisa alguma, ficarem fazendo média em cima disso por oportunismo e autopromoção, quando os mesmos não abrem a boca pra criticar e condenar casos de preconceito explícito no próprio país com parte da justiça brasileira passando a mão na cabeça de quem agride.
Mas ao menos esses comentários servem pra isso, pra mostrar o que o senso comum das pessoas reproduz como sendo "verdade" por lerem sites sem terem senso crítico suficiente pra filtrar o que leem e por terem forte preconceito. Ao menos você veio comentar, tem gente que pensa exatamente isso (e besteiras de outro tipo) e não comenta.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais
Alarmante situação na Rússia. Grupo neonazi tortura e humilha jovens gays para postar vídeos e imagens em redes sociais.
Aviso: vídeo abaixo contém cenas violentas, não recomendável a visualização por quem se choca muito com imagens de espancamento e tortura.
Um jovem homossexual foi agredido na Rússia por difundir propaganda de relações do mesmo sexo em redes sociais.
Os agressores que dizem lutar contra os pecados da sociedade contatam suas vítimas através de contas falsas do Facebook para acordar sitas com jovens e adultos homossexuais, e depois os obrigam a realizar atividades vergonhosas, humilham-nos e os golpeiam.
Artem Gorodilov é uma das últimas vítimas do grupo “Occupy Pedofilyaj” que foi ultrajado e obrigado a subir em um carro e viajar até o cemitério local de Kamensk-Uralsky, onde os agressores o submetiam a insultos e ameaças por ser homossexual e difundir propaganda gay através da internet.
Seus captores o obrigaram a ficar ao lado da tumba de outro garoto homossexual que havia cometido suicídio meses antes depois de ter sido agredido também por este grupo.
Os ataques são colocados na internet para satisfação dos algozes.
Este e outros casos de agressão são provas evidentes da gravíssima situação que vivem os homossexuais na Rússia depois da aprovação da lei que proíbe a chamada «propaganda homossexual».
A despreocupação do governo e de 84% da população em relação aos ataques a pessoas homossexuais permite que isto continua acontecendo a cada dia mais atos como este na Rússia.
Este é um dos vídeos que mostra o abuso por parte do grupo neonazi a pessoas homossexuais.
Yotube/JohnAravosis
Publicado em 11 de setembro de 2013
Fonte: Redação NTN24
Fonte: NTN24 (Colômbia)
http://www.ntn24.com/noticias/en-rusia-un-grupo-neonazi-tortura-y-humilla-jovenes-gais-y-luego-postea-videos-de-las-victimas-en
Tradução: Roberto Lucena
Aviso: vídeo abaixo contém cenas violentas, não recomendável a visualização por quem se choca muito com imagens de espancamento e tortura.
Foto tomada de: inoutpost.com |
Os agressores que dizem lutar contra os pecados da sociedade contatam suas vítimas através de contas falsas do Facebook para acordar sitas com jovens e adultos homossexuais, e depois os obrigam a realizar atividades vergonhosas, humilham-nos e os golpeiam.
Artem Gorodilov é uma das últimas vítimas do grupo “Occupy Pedofilyaj” que foi ultrajado e obrigado a subir em um carro e viajar até o cemitério local de Kamensk-Uralsky, onde os agressores o submetiam a insultos e ameaças por ser homossexual e difundir propaganda gay através da internet.
Foto de: inoutpost.com |
Os ataques são colocados na internet para satisfação dos algozes.
Este e outros casos de agressão são provas evidentes da gravíssima situação que vivem os homossexuais na Rússia depois da aprovação da lei que proíbe a chamada «propaganda homossexual».
A despreocupação do governo e de 84% da população em relação aos ataques a pessoas homossexuais permite que isto continua acontecendo a cada dia mais atos como este na Rússia.
Este é um dos vídeos que mostra o abuso por parte do grupo neonazi a pessoas homossexuais.
Yotube/JohnAravosis
Publicado em 11 de setembro de 2013
Fonte: Redação NTN24
Fonte: NTN24 (Colômbia)
http://www.ntn24.com/noticias/en-rusia-un-grupo-neonazi-tortura-y-humilla-jovenes-gais-y-luego-postea-videos-de-las-victimas-en
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira, 9 de abril de 2013
Um dos casos mais grotescos desde a redemocratização do país em 1985 (congresso brasileiro)
O assunto poderia ser "off topic" (assunto fora do tema do blog) mas não é tão "off" assim, se é que chega a ser.
Eu já achava a presença deste cidadão na presidêcia da Comissão de Direitos Humanos do congresso uma aberração (não só na presidência dela como na mesma), uma coisa grotesca e talvez um dos casos mais aberrantes desde a redemocratização do país em 1985 com o fim da ditadura, pra não citar as declarações com racismo e homofobia já exibidas na mídia, mas o vídeo de ontem deve ser a cereja do bolo em cima da aberração que é esse caso grotesco, simplesmente repulsivo: ‘Ninguém afronta Deus e sobrevive', diz Feliciano sobre morte de John Lennon. Podem ver nesse link também.
No final do vídeo é dito isso: "Eu queria estar lá no dia em que descobriram o corpo dele, ia tirar o pano de cima e ia dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho e esse é em nome do Espírito Santo".
Dizer o quê de um discurso lunático e amoral desses?
O músico britânico não foi morto com 3 tiros e sim com 5 tiros a queima-roupa por um psicopata chamado Mark Chapman que está preso até hoje pelo assassinato banal que praticou motivado (declarações do mesmo) pela busca da fama (assassino de Lennon queria fama, BBC), Mark Chapman, o assassino, queria ficar famoso matando alguém conhecido, e acabou ficando (se é que alguém 'são' quer esse tipo de "fama").
A frase do Lennon (assunto também citado no vídeo) nos anos sessenta foi feita como uma crítica ao sucesso desmedido da banda na época, em "off", pruma jornalista que publicou a frase fora de contexto pra criar polêmica e vender jornal (coisa que parte da mídia faz até hoje), criando consequentemente o estrago pois os grupos fanáticos da época nos EUA (que era onde os Beatles fazia mais sucesso) usaram o caso pra extravazar a fúria religiosa que professavam (é fácil encontrar vídeos no youtube com gente da Klan dando declarações e gente no Sul dos EUA queimando os discos da banda por fanatismo religioso, confiram no link) e que pelo visto o caso serve até hoje como retórica pra discurso religioso fanático e amoral. Esse caso pode ser visto facilmente (caso alguém queira assistir mais detalhes) na Antologia dos Beatles (saiu em DVD e tem espalhada pelo youtube) ou no documentário britânico The Compleat Beatles.
É tanta estupidez, distorção e conduta reprovável (justificar o assassinato feito por um psicopata pra "impressionar" plateia, metendo religião no meio) que a gente se pergunta se deve comentar um caso desses pois pode acabar aumentando a audiência disso num país onde uma parte da população não age civicamente, não se engaja em quase nada, e essas mesmas pessoas que não agem civicamente costumam cobrar de todo mundo que o povo do país deva ser "assim e assado", um "modelo" ou "exemplo", quando os mesmos não costumam dar exemplo algum ou só ficam resmungando dizendo que nada no país presta com um discurso moralista, vitimista, complexado e nauseante. Sem mencionar o crescimento desse tipo de fanatismo religioso no país.
Com esse caso a gente se pergunta até que ponto o descaso com o combate ao racismo vai chegar se uma pessoa dessas, além de assumir a presidência dessa comissão no congresso, nem sequer foi removido pelos deputados que já fizeram a sacanagem com a população de pô-lo na presidência disto.
Muita gente chega perguntando como o negacionismo do Holocausto e extremismo de direita cresce no país, este caso é ilustrativo pois o crescimento desse tipo de extremismo cresce por isso: por descaso, omissão (de entidades, sociedade civil, partidos, governos, Ministério Publico etc), comportamentos anti-humanista, falta de educação e apego ao conhecimento, falta de civismo etc.
Eu já achava a presença deste cidadão na presidêcia da Comissão de Direitos Humanos do congresso uma aberração (não só na presidência dela como na mesma), uma coisa grotesca e talvez um dos casos mais aberrantes desde a redemocratização do país em 1985 com o fim da ditadura, pra não citar as declarações com racismo e homofobia já exibidas na mídia, mas o vídeo de ontem deve ser a cereja do bolo em cima da aberração que é esse caso grotesco, simplesmente repulsivo: ‘Ninguém afronta Deus e sobrevive', diz Feliciano sobre morte de John Lennon. Podem ver nesse link também.
No final do vídeo é dito isso: "Eu queria estar lá no dia em que descobriram o corpo dele, ia tirar o pano de cima e ia dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho e esse é em nome do Espírito Santo".
Dizer o quê de um discurso lunático e amoral desses?
O músico britânico não foi morto com 3 tiros e sim com 5 tiros a queima-roupa por um psicopata chamado Mark Chapman que está preso até hoje pelo assassinato banal que praticou motivado (declarações do mesmo) pela busca da fama (assassino de Lennon queria fama, BBC), Mark Chapman, o assassino, queria ficar famoso matando alguém conhecido, e acabou ficando (se é que alguém 'são' quer esse tipo de "fama").
A frase do Lennon (assunto também citado no vídeo) nos anos sessenta foi feita como uma crítica ao sucesso desmedido da banda na época, em "off", pruma jornalista que publicou a frase fora de contexto pra criar polêmica e vender jornal (coisa que parte da mídia faz até hoje), criando consequentemente o estrago pois os grupos fanáticos da época nos EUA (que era onde os Beatles fazia mais sucesso) usaram o caso pra extravazar a fúria religiosa que professavam (é fácil encontrar vídeos no youtube com gente da Klan dando declarações e gente no Sul dos EUA queimando os discos da banda por fanatismo religioso, confiram no link) e que pelo visto o caso serve até hoje como retórica pra discurso religioso fanático e amoral. Esse caso pode ser visto facilmente (caso alguém queira assistir mais detalhes) na Antologia dos Beatles (saiu em DVD e tem espalhada pelo youtube) ou no documentário britânico The Compleat Beatles.
É tanta estupidez, distorção e conduta reprovável (justificar o assassinato feito por um psicopata pra "impressionar" plateia, metendo religião no meio) que a gente se pergunta se deve comentar um caso desses pois pode acabar aumentando a audiência disso num país onde uma parte da população não age civicamente, não se engaja em quase nada, e essas mesmas pessoas que não agem civicamente costumam cobrar de todo mundo que o povo do país deva ser "assim e assado", um "modelo" ou "exemplo", quando os mesmos não costumam dar exemplo algum ou só ficam resmungando dizendo que nada no país presta com um discurso moralista, vitimista, complexado e nauseante. Sem mencionar o crescimento desse tipo de fanatismo religioso no país.
Com esse caso a gente se pergunta até que ponto o descaso com o combate ao racismo vai chegar se uma pessoa dessas, além de assumir a presidência dessa comissão no congresso, nem sequer foi removido pelos deputados que já fizeram a sacanagem com a população de pô-lo na presidência disto.
Muita gente chega perguntando como o negacionismo do Holocausto e extremismo de direita cresce no país, este caso é ilustrativo pois o crescimento desse tipo de extremismo cresce por isso: por descaso, omissão (de entidades, sociedade civil, partidos, governos, Ministério Publico etc), comportamentos anti-humanista, falta de educação e apego ao conhecimento, falta de civismo etc.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Pode um memorial acabar com o preconceito contra os sinti e roma?
Durante décadas os sinti e roma alemães lutaram por um memorial, por terem sido vítimas de um genocídio e por serem discriminados até hoje em várias regiões da Europa. Agora ele foi inaugurado em Berlim.
"O trágico no fato de o memorial ser inaugurado hoje é que muitos dos sobreviventes não podem mais vivenciar esse reconhecimento", declarou Silvio Peritore, membro da direção do Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha.
O Estado alemão levou muito tempo para reconhecer o genocídio dos sinti e roma – para muitos, tempo demais. Por exemplo para Franz Rosenbach. Ele foi obrigado a prestar trabalhos forçados, sobreviveu a Auschwitz e foi a escolas alemãs relatar tudo o que viveu. Ele foi um dos maiores defensores do memorial. Há poucos dias, Rosenbach faleceu, aos 85 anos.
Uma exposição em Heidelberg retrata o genocídio dos sinti e roma no período nazista. Ela foi inaugurada em 1997. Um ano depois, Peritore passou a fazer parte do grupo do centro cultural e de documentação. "Em muitos memoriais, o genocídio dos sinti e roma era apenas uma nota de rodapé na história do Holocausto judeu, porque, durante décadas, pesquisadores em parte esqueceram esse tema, em parte o ignoraram conscientemente", afirma.
Não se trata de opor o número de vítimas: seis milhões de judeus europeus contra 500 mil sinti e roma, argumenta. "O que um memorial representa? O reconhecimento das vítimas, a responsabilidade para com a história que resultou do Holocausto."
Aparentemente, os sinti e roma são, até hoje, uma minoria indesejada. Por isso, o reconhecimento de que foram vítimas, a memória do genocídio foi por muito tempo recusada para eles. Ao menos essa é a impressão que pessoas como Franz Rosenbach têm. "As pessoas se perguntam: por que eles não querem isso?" Eles são os outros, o que inclui a maioria da sociedade alemã.
Preconceito e exclusão seculares
Cerca de 15 mil pessoas por ano visitam a exposição sobre o genocídio dos sinti e roma alemães em Heidelberg: turmas de escolas, universitários e também policiais, que na sua profissão têm de lidar com os "ciganos", frequentemente tachados de criminosos. Como diz Armin Ulm, pesquisador no centro de documentação, esses clichês existem há séculos.
"Esse é um fenômeno que existe na Europa desde a chegada dos sinti e roma, nos séculos 14 e 15. Havia também atribuições positivas, como o clichê romântico representado na figura de Carmen (a 'cigana' apaixonada da ópera de Georg Bizet), mas a maioria são atribuições negativas: o 'cigano' ladrão, a 'cigana' que lê a mão."
Essas ideias se perpetuaram com o passar do tempo. A expressão 'cigano' pode ser encontrada já nas crônicas da Idade Média: "A palavra aparece, por exemplo, na crônica da cidade de Hildesheim." Em diversos documentos é possível encontrar diferentes formas de escrita, porém não é claro sobre quem se está falando, pois nem os sinti nem os roma se descreviam como ciganos. A maioria rejeita esse termo por considerá-lo discriminatório.
"Como é possível que a tradição dos clichês "ciganos" se perpetue até hoje numa sociedade esclarecida?", pergunta Peritore. A pergunta não é retórica. Há 12 milhões de sinti e roma vivendo na Europa, e em muitos países eles continuam sendo excluídos, também em países da União Europeia.
"Em países como Hungria, Romênia, República Tcheca e Eslováquia, os sinti e roma são privados de direitos humanos elementares. Eles não possuem o mesmo direito de acesso a fatores essenciais para a vida, como emprego, serviço de saúde pública e moradia digna", diz Peritore.
Membros da etnia sinti e roma são discriminados, criminalizados e estilizados com inimigos em muitos países do sul e do centro da Europa. Em vez de investimentos em infraestrutura, o que tornaria a vida dos sinti e roma mais fácil em suas terras natais, o dinheiro da União Europeia some por caminhos obscuros, denuncia Peritore.
Ele não economiza críticas aos políticos e à sociedade da Europa Ocidental. "Se ouvimos falar aqui na Alemanha sobre o 'problema dos roma', então trata-se de pessoas que vêm para cá procurando uma vida mais segura e melhores oportunidades de emprego. Essa é um desejo legítimo." Mas também aqui ele são considerados um risco para a segurança e frequentemente criminalizados, como aconteceu na França em 2010, quando o então presidente Nicolas Sarkozy afrontou a lei francesa e europeia e deportou os sinti e roma.
Peritore denuncia também a prática alemã de deportar sinti e roma de volta para o Kosovo, mesmo que lá eles corram o risco de ser perseguidos e na Alemanha já tenha há muito se integrado na sociedade. Onde os sinti e roma tiveram chances iguais, argumenta, seguiram os mesmos caminhos que seguem os outros integrantes da sociedade.
"Isso contradiz principalmente as afirmações generalizadas daqueles que são contra os sinti e roma e dizem que de nada adiantam todos os programas e projetos, pois supostamente eles são contrários à cultura desses povos. Isso mostra que essas afirmações são mentiras, pois podemos ver que é possível quando as pessoas recebem chances iguais e justas."
Um memorial em Berlim
A exposição sobre o genocídio dos sinti e roma mostra também fotos de sinti e roma alemães antes de 1933. São cenas da vida familiar, bons civis, quase caretas. Elas mostram que essas pessoas faziam parte da sociedade. Isso não as salvou da perseguição e da morte.
"Pesquisadores sérios já mostraram há muito tempo que houve um segundo Holocausto: eram as mesmas motivações político-raciais, o mesmo aparelho criminoso, os mesmos métodos de extermínio nos mesmos locais, executados de forma sistemática e eficiente." Contudo, somente o chanceler federal alemão Helmut Schmidt reconheceu esse fato, em 1982.
Após a decisão parlamentar de que não haveria um memorial único para todas as vítimas do Holocausto, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) autorizou em 1992 a construção de um memorial para os sinti e roma. O que se seguiu foi uma longa discussão: governo, historiadores e também os representantes dos sinti e roma não conseguiram chegar a um acordo sobre os detalhes.
Para o Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha não se trata somente de um reconhecimento tardio, mas também de responsabilidade com o presente e o futuro, para evitar a discriminação e a exclusão. "Se for para aprender algo, então que seja isso. Mas talvez essa seja uma pretensão muito grande", diz Peritore, e na sua voz é possível reconhecer um tom de tristeza.
Autora: Birgit Görtz (cn)
Revisão: Alexandre Schossler
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/pode-um-memorial-acabar-com-o-preconceito-contra-os-sinti-e-roma/a-16328944
"O trágico no fato de o memorial ser inaugurado hoje é que muitos dos sobreviventes não podem mais vivenciar esse reconhecimento", declarou Silvio Peritore, membro da direção do Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha.
O Estado alemão levou muito tempo para reconhecer o genocídio dos sinti e roma – para muitos, tempo demais. Por exemplo para Franz Rosenbach. Ele foi obrigado a prestar trabalhos forçados, sobreviveu a Auschwitz e foi a escolas alemãs relatar tudo o que viveu. Ele foi um dos maiores defensores do memorial. Há poucos dias, Rosenbach faleceu, aos 85 anos.
Uma exposição em Heidelberg retrata o genocídio dos sinti e roma no período nazista. Ela foi inaugurada em 1997. Um ano depois, Peritore passou a fazer parte do grupo do centro cultural e de documentação. "Em muitos memoriais, o genocídio dos sinti e roma era apenas uma nota de rodapé na história do Holocausto judeu, porque, durante décadas, pesquisadores em parte esqueceram esse tema, em parte o ignoraram conscientemente", afirma.
Não se trata de opor o número de vítimas: seis milhões de judeus europeus contra 500 mil sinti e roma, argumenta. "O que um memorial representa? O reconhecimento das vítimas, a responsabilidade para com a história que resultou do Holocausto."
Aparentemente, os sinti e roma são, até hoje, uma minoria indesejada. Por isso, o reconhecimento de que foram vítimas, a memória do genocídio foi por muito tempo recusada para eles. Ao menos essa é a impressão que pessoas como Franz Rosenbach têm. "As pessoas se perguntam: por que eles não querem isso?" Eles são os outros, o que inclui a maioria da sociedade alemã.
Preconceito e exclusão seculares
Família sinti e roma alemã |
"Esse é um fenômeno que existe na Europa desde a chegada dos sinti e roma, nos séculos 14 e 15. Havia também atribuições positivas, como o clichê romântico representado na figura de Carmen (a 'cigana' apaixonada da ópera de Georg Bizet), mas a maioria são atribuições negativas: o 'cigano' ladrão, a 'cigana' que lê a mão."
Essas ideias se perpetuaram com o passar do tempo. A expressão 'cigano' pode ser encontrada já nas crônicas da Idade Média: "A palavra aparece, por exemplo, na crônica da cidade de Hildesheim." Em diversos documentos é possível encontrar diferentes formas de escrita, porém não é claro sobre quem se está falando, pois nem os sinti nem os roma se descreviam como ciganos. A maioria rejeita esse termo por considerá-lo discriminatório.
"Como é possível que a tradição dos clichês "ciganos" se perpetue até hoje numa sociedade esclarecida?", pergunta Peritore. A pergunta não é retórica. Há 12 milhões de sinti e roma vivendo na Europa, e em muitos países eles continuam sendo excluídos, também em países da União Europeia.
"Em países como Hungria, Romênia, República Tcheca e Eslováquia, os sinti e roma são privados de direitos humanos elementares. Eles não possuem o mesmo direito de acesso a fatores essenciais para a vida, como emprego, serviço de saúde pública e moradia digna", diz Peritore.
Membros da etnia sinti e roma são discriminados, criminalizados e estilizados com inimigos em muitos países do sul e do centro da Europa. Em vez de investimentos em infraestrutura, o que tornaria a vida dos sinti e roma mais fácil em suas terras natais, o dinheiro da União Europeia some por caminhos obscuros, denuncia Peritore.
Deportação de sinti e roma em Colônia na época nazista |
Peritore denuncia também a prática alemã de deportar sinti e roma de volta para o Kosovo, mesmo que lá eles corram o risco de ser perseguidos e na Alemanha já tenha há muito se integrado na sociedade. Onde os sinti e roma tiveram chances iguais, argumenta, seguiram os mesmos caminhos que seguem os outros integrantes da sociedade.
"Isso contradiz principalmente as afirmações generalizadas daqueles que são contra os sinti e roma e dizem que de nada adiantam todos os programas e projetos, pois supostamente eles são contrários à cultura desses povos. Isso mostra que essas afirmações são mentiras, pois podemos ver que é possível quando as pessoas recebem chances iguais e justas."
Um memorial em Berlim
Estas duas meninas foram deportadas para a Polônia |
"Pesquisadores sérios já mostraram há muito tempo que houve um segundo Holocausto: eram as mesmas motivações político-raciais, o mesmo aparelho criminoso, os mesmos métodos de extermínio nos mesmos locais, executados de forma sistemática e eficiente." Contudo, somente o chanceler federal alemão Helmut Schmidt reconheceu esse fato, em 1982.
Após a decisão parlamentar de que não haveria um memorial único para todas as vítimas do Holocausto, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) autorizou em 1992 a construção de um memorial para os sinti e roma. O que se seguiu foi uma longa discussão: governo, historiadores e também os representantes dos sinti e roma não conseguiram chegar a um acordo sobre os detalhes.
Para o Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha não se trata somente de um reconhecimento tardio, mas também de responsabilidade com o presente e o futuro, para evitar a discriminação e a exclusão. "Se for para aprender algo, então que seja isso. Mas talvez essa seja uma pretensão muito grande", diz Peritore, e na sua voz é possível reconhecer um tom de tristeza.
Autora: Birgit Görtz (cn)
Revisão: Alexandre Schossler
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
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sábado, 23 de abril de 2011
A discriminação: um enfoque psicoanalítico
A discriminação
Dr. José E. Milmaniene *
Um enfoque psicoanalítico
Todo grupo humano se consolida através da sublimação dos vínculos de amor que unem aos membros do grupo entre si. Os inevitáveis componentes fanáticos de ódio ou agressão necessitam se expressar e mover-se afora, até o alheio, até o Outro extranho. O grupo se afirma e a coesão como tal com tanto o ódio é projetado, preservando-se assim seus integrantes da emergência da hostilidade intragrupal. A análise concreta de cada situação particular nos revelará porque se escolhe tal ou qual grupo ou setor para a projeção das impulsos destrutivas.
Uma família húngara
Seguramente faz-se sobre o grupo que é mais funcional ao imaginário social em cada situação histórica dada. Parafraseando a Sartre diria que sem o grupo discriminado não existisse ele seria inventado, dada a necessidade de coesão do grupo majoritário discriminador. Nesse sentido Freud escreve com lucidez em "O mal-estar na cultura": não é fácil para os seres humanos, evidentemente, renunciar a satisfazer esta sua inclinação agressiva; não se sentem bem nessa renúncia. Não deve menospresar-se a vantagem que um círculo cultural menor oferece uma fulga ao impulso na hostilização a estranhos. Sempre é possível conectar no amor a uma multidão maior de seres humanos, contanto que outros fiquem de fora para manifestar-lhes a agressão".
Por outro lado, o que nos revela a psicoanálise é que este sadismo descontrolado fazia aos perseguidos contar, muitas vezes, com a cumplicidade inconsciente das mesmas vítimas. Masoquismo mediante, está conectado perversamente ao sadismo do opressor, ligando-se as vezes ao extremo da identificação com este, tal como se confirmam as freqüentes expressões de auto-ódio e falta de autenticidade dos marginalizados, ou ainda a colaboração com os algozes na perseguição ou discriminação dos outros grupos marginalizados.
Para a psicoanálise os homens buscam desesperadamente e a qualquer preço preencher sua falta-em-ser.
Para lograr este objetivo resulta de grande utilidade um Outro discriminado, que assinalado e conhecido em forma positiva e certa, permite ao perseguidor dar-se um pouco de ser. Pois, que seria de um racista, de um autoritário de um machista se deixassem de existir os judeus, os negros, os débeis, as mulheres? Acaso o que odeia não teme inconscientemente que o desaparecimento da vítima suma na indeterminação, ou na nadificação que o angustia? Necessita do humilhado não se preencher da covardia moral para preocupar-se com algo de ser. Quero dizer, o sadismo e o desprezo permitem uma subjetivação prepotente, emblemática onipotente.
O perseguidor pretende excluir assim de seu horizonte a finitude, a carência, a falta, os defeitos - ao que se supõe ser patrimônio exclusivo dos outros - intentando consolidar-se deste modo numa certeza arrogante e irredutível. Por isso recria, uma e outra vez a perseguição, no entanto esta não lhe resolve nada, dado que pelo contrário se abre mão constantemente o risco de reintrojetar o expulso, com o conseguinte temor do próprio aniquilamento.
Sua ordem é então: "sou forte, perfeito, eterno, invulnerável, no entanto o Outro é o débil, o enfermo, o defeituoso, o aleijado". Compêndio de todos seus defeitos projetados, os discriminados são assim a garantia de um modo de ser que se afirma no ódio, com uma absoluta incapacidade para assumir a própia castração.
Precisamente este é para Freud o problema teórico central, dado que o sujeito busca desesperadamente negar suas inconseqüências, excluir de si suas carências e suas imperfeições, para sustentar sobre si mesmo a ilusão de um ideal fálico, pleno e autosuficiente, sem fissuras que denuciem seus própios limites e debilidades. O que discrimina ataca ao Outro, que no entanto diferentemente evoca a temida castração.
Pretende assumir a plenitude fálica no marco de um universo homogêneo, onde nada se fala da diferença, do distinto, do heterogêneo, em cima da capacidade de ser outro respeitosamente reconhecida. Os Outros se fazem depositários do ódio que tanto encarnam a própria e intolerável castração projetada.
Entende-se: se é atribuído ao Outro - por projeção - a castração insuportável e se a ataca com a convicção delirante de aniquilar a própia parte castrada no Outro, para assumir assim finalmente o gozo pleno da perfeição do narcisismo. Elege-se inconscientemente as vítimas e no entanto estas evocam simbólica ou realmente, distintos aspectos ou modos da castração: podendo ser as mujeres, os judeus circuncisos, os aleijados, as minorias étnicas, etc...
Este ataque impiedoso a todos aqueles que relembram a diferença - que tanto marca da castração - configura o fundamento mesmo de um sujeito paranóico, que se sabe que é fraco e inseguro, e que tem terror de suas debilidades e suas carências, e as projeta e as ataca no Outro."
*Médico psiquiatra psicoanalista
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/1/ladiscri.htm
Tradução: Roberto Lucena
Dr. José E. Milmaniene *
Um enfoque psicoanalítico
Todo grupo humano se consolida através da sublimação dos vínculos de amor que unem aos membros do grupo entre si. Os inevitáveis componentes fanáticos de ódio ou agressão necessitam se expressar e mover-se afora, até o alheio, até o Outro extranho. O grupo se afirma e a coesão como tal com tanto o ódio é projetado, preservando-se assim seus integrantes da emergência da hostilidade intragrupal. A análise concreta de cada situação particular nos revelará porque se escolhe tal ou qual grupo ou setor para a projeção das impulsos destrutivas.
Uma família húngara
Seguramente faz-se sobre o grupo que é mais funcional ao imaginário social em cada situação histórica dada. Parafraseando a Sartre diria que sem o grupo discriminado não existisse ele seria inventado, dada a necessidade de coesão do grupo majoritário discriminador. Nesse sentido Freud escreve com lucidez em "O mal-estar na cultura": não é fácil para os seres humanos, evidentemente, renunciar a satisfazer esta sua inclinação agressiva; não se sentem bem nessa renúncia. Não deve menospresar-se a vantagem que um círculo cultural menor oferece uma fulga ao impulso na hostilização a estranhos. Sempre é possível conectar no amor a uma multidão maior de seres humanos, contanto que outros fiquem de fora para manifestar-lhes a agressão".
Por outro lado, o que nos revela a psicoanálise é que este sadismo descontrolado fazia aos perseguidos contar, muitas vezes, com a cumplicidade inconsciente das mesmas vítimas. Masoquismo mediante, está conectado perversamente ao sadismo do opressor, ligando-se as vezes ao extremo da identificação com este, tal como se confirmam as freqüentes expressões de auto-ódio e falta de autenticidade dos marginalizados, ou ainda a colaboração com os algozes na perseguição ou discriminação dos outros grupos marginalizados.
Para a psicoanálise os homens buscam desesperadamente e a qualquer preço preencher sua falta-em-ser.
Para lograr este objetivo resulta de grande utilidade um Outro discriminado, que assinalado e conhecido em forma positiva e certa, permite ao perseguidor dar-se um pouco de ser. Pois, que seria de um racista, de um autoritário de um machista se deixassem de existir os judeus, os negros, os débeis, as mulheres? Acaso o que odeia não teme inconscientemente que o desaparecimento da vítima suma na indeterminação, ou na nadificação que o angustia? Necessita do humilhado não se preencher da covardia moral para preocupar-se com algo de ser. Quero dizer, o sadismo e o desprezo permitem uma subjetivação prepotente, emblemática onipotente.
O perseguidor pretende excluir assim de seu horizonte a finitude, a carência, a falta, os defeitos - ao que se supõe ser patrimônio exclusivo dos outros - intentando consolidar-se deste modo numa certeza arrogante e irredutível. Por isso recria, uma e outra vez a perseguição, no entanto esta não lhe resolve nada, dado que pelo contrário se abre mão constantemente o risco de reintrojetar o expulso, com o conseguinte temor do próprio aniquilamento.
Sua ordem é então: "sou forte, perfeito, eterno, invulnerável, no entanto o Outro é o débil, o enfermo, o defeituoso, o aleijado". Compêndio de todos seus defeitos projetados, os discriminados são assim a garantia de um modo de ser que se afirma no ódio, com uma absoluta incapacidade para assumir a própia castração.
Precisamente este é para Freud o problema teórico central, dado que o sujeito busca desesperadamente negar suas inconseqüências, excluir de si suas carências e suas imperfeições, para sustentar sobre si mesmo a ilusão de um ideal fálico, pleno e autosuficiente, sem fissuras que denuciem seus própios limites e debilidades. O que discrimina ataca ao Outro, que no entanto diferentemente evoca a temida castração.
Pretende assumir a plenitude fálica no marco de um universo homogêneo, onde nada se fala da diferença, do distinto, do heterogêneo, em cima da capacidade de ser outro respeitosamente reconhecida. Os Outros se fazem depositários do ódio que tanto encarnam a própria e intolerável castração projetada.
Entende-se: se é atribuído ao Outro - por projeção - a castração insuportável e se a ataca com a convicção delirante de aniquilar a própia parte castrada no Outro, para assumir assim finalmente o gozo pleno da perfeição do narcisismo. Elege-se inconscientemente as vítimas e no entanto estas evocam simbólica ou realmente, distintos aspectos ou modos da castração: podendo ser as mujeres, os judeus circuncisos, os aleijados, as minorias étnicas, etc...
Este ataque impiedoso a todos aqueles que relembram a diferença - que tanto marca da castração - configura o fundamento mesmo de um sujeito paranóico, que se sabe que é fraco e inseguro, e que tem terror de suas debilidades e suas carências, e as projeta e as ataca no Outro."
*Médico psiquiatra psicoanalista
Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/1/ladiscri.htm
Tradução: Roberto Lucena
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Ciganos têm história marcada pelo preconceito
Grupo faz parte de uma das minorias étnicas mais marginalizadas na Europa
Foto: Crianças ciganas do grupo Rom sorriem em acampamento na periferia de Sofia, capital da Bulgária
Nikolay Doychinov/19.08.2010/AFP
Muitos, quando ouvem a palavra “cigano”, pensam em povos nômades que prevêem o futuro. Há diversas teorias sobre a origem destes povos, pois não existem muitos registros sobre sua história inicial.
Somente a partir de meados do século 18, os primeiros livros sobre os ciganos europeus foram publicados, e quase todos os autores reforçaram ainda mais os estereótipos negativos. Muitos acreditam que sua origem vem do Egito, outros da Índia ou do Paquistão.
Hoje, eles vivem espalhados pelo mundo, e grande parte deles se concentra na Europa, continente no qual sofreram o maior massacre de sua história.
No período da Alemanha nazista, eles foram um dos principais alvos do massacre contra minorias. Além dos judeus, os ciganos foram exterminados durante o Holocausto (1939-1945) e alguns historiadores apontam que 25% de tal população desapareceu. Os ciganos foram também reprimidos e perseguidos em outros locais na Europa como Itália e Espanha.
Os ciganos fazem parte de uma das minorias étnicas mais marginalizadas da Europa. A Suíça foi um dos primeiros países a instituir leis contra os ciganos em seu território, por volta de 1470.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), grande parte da população cigana migrou para os Estados Unidos, onde aglomera cerca de 1 milhão de ciganos. Aproximadamente 8 milhões vivem na Europa e, hoje, formam a maior minoria sem um país.
Atualmente uma das maiores ameaças contra o grupo está no movimento neonazista e em outros de caráter nacionalista. A rede CNN veiculou recentemente um programa especial sobre a minoria. As crianças ciganas desacompanhadas são o principal alvo de grupos nacionalistas violentos, de acordo com a série.
Segundo o jornal The New York times, a crise econômica mundial de 2008 intensificou as discriminação contra os ciganos, pelo velho estereótipo dos ciganos de praticar pequenos crimes.
O relatório do Banco Mundial (BM) de 2008 afirma que em alguns casos os ciganos são até dez vezes mais pobres que o resto da população europeia. Sua expectativa de vida é entre 10 e 15 anos menor que a média e sofrem altos níveis de discriminação nos setores de educação, trabalho, casa e saúde.
Em 2006, o Conselho da Europa iniciou uma campanha para tentar combater a questão.
Confira também
França inicia deportação de ciganos
Fonte: AFP/R7(Brasil)
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/ciganos-tem-historia-marcada-pelo-preconceito-20100819.html
Foto: Crianças ciganas do grupo Rom sorriem em acampamento na periferia de Sofia, capital da Bulgária
Nikolay Doychinov/19.08.2010/AFP
Muitos, quando ouvem a palavra “cigano”, pensam em povos nômades que prevêem o futuro. Há diversas teorias sobre a origem destes povos, pois não existem muitos registros sobre sua história inicial.
Somente a partir de meados do século 18, os primeiros livros sobre os ciganos europeus foram publicados, e quase todos os autores reforçaram ainda mais os estereótipos negativos. Muitos acreditam que sua origem vem do Egito, outros da Índia ou do Paquistão.
Hoje, eles vivem espalhados pelo mundo, e grande parte deles se concentra na Europa, continente no qual sofreram o maior massacre de sua história.
No período da Alemanha nazista, eles foram um dos principais alvos do massacre contra minorias. Além dos judeus, os ciganos foram exterminados durante o Holocausto (1939-1945) e alguns historiadores apontam que 25% de tal população desapareceu. Os ciganos foram também reprimidos e perseguidos em outros locais na Europa como Itália e Espanha.
Os ciganos fazem parte de uma das minorias étnicas mais marginalizadas da Europa. A Suíça foi um dos primeiros países a instituir leis contra os ciganos em seu território, por volta de 1470.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), grande parte da população cigana migrou para os Estados Unidos, onde aglomera cerca de 1 milhão de ciganos. Aproximadamente 8 milhões vivem na Europa e, hoje, formam a maior minoria sem um país.
Atualmente uma das maiores ameaças contra o grupo está no movimento neonazista e em outros de caráter nacionalista. A rede CNN veiculou recentemente um programa especial sobre a minoria. As crianças ciganas desacompanhadas são o principal alvo de grupos nacionalistas violentos, de acordo com a série.
Segundo o jornal The New York times, a crise econômica mundial de 2008 intensificou as discriminação contra os ciganos, pelo velho estereótipo dos ciganos de praticar pequenos crimes.
O relatório do Banco Mundial (BM) de 2008 afirma que em alguns casos os ciganos são até dez vezes mais pobres que o resto da população europeia. Sua expectativa de vida é entre 10 e 15 anos menor que a média e sofrem altos níveis de discriminação nos setores de educação, trabalho, casa e saúde.
Em 2006, o Conselho da Europa iniciou uma campanha para tentar combater a questão.
Confira também
França inicia deportação de ciganos
Fonte: AFP/R7(Brasil)
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/ciganos-tem-historia-marcada-pelo-preconceito-20100819.html
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Aposentado é preso por racismo contra servidora
Homem de 55 anos recusou atendimento de funcionária do guichê da Prefeitura alegando que "preto é tudo safado"
Agência Anhanguera de Notícias
Acusado foi enviado para cadeia do 2º DP
(Foto: Carlos Bassan/AAN)
O aposentado Ariovaldo Luiz Filier, de 55 anos foi preso, acusado de racismo, anteontem (10/09), em Campinas. Ele ofendeu uma atendente da Prefeitura, defronte ao guichê no Paço Municipal. A funcionária vítima de racismo, A.V.S., de 30 anos, chamou a senha do aposentado, e ao ver que a moça, que é negra, o atenderia, Filier começou a xingar. “Ele disse: não quero ser atendido por preto. Eu quero ser atendido por uma das duas branquinhas. Preto é tudo safado, não faz nada direito, não vale nada”, lembra a atendente.
Detido, Filier foi levado por guardas municipais para o 13º Distrito Policial, onde foi autuado em flagrante por crime de racismo, e encaminhado para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial, no bairro São Bernardo. Essa não é a primeira vez que o aposentado é acusado de crime deste tipo.
A funcionária contou que tinha terminado um atendimento e, quando chamou a senha, viu o senhor que estava com documentos nas mãos para entregar no guichê em que ela trabalha. “Ele começou a gritar. As pessoas ficaram assustadas e sem entender o que acontecia. Minha supervisora até tentou falar com ele que as outras atendentes estavam ocupadas e eu poderia atendê-lo. Mas ele continuou a ofender a minha raça. Dizia: ‘hoje não vou ser atendido por preto. A sua raça é mentirosa’”, conta a mulher ainda constrangida com a situação.
INAFIANÇÁVEL
A funcionária disse ao aposentado que o que ele fazia era crime inafiançável e afirmou que chamaria a polícia. Ele continuou gritando e chegou a correr. GMs o detiveram na Rua Benjamin Constant. Levado até a delegacia, o aposentado disse ter esquecido o que tinha acontecido, que teve “um branco”. Mas, depois, falou que estava nervoso com serviço prestado pela Prefeitura e por isto ofendeu a mulher. “Deparei com a moça de cor e fiz a ofensa. Mas, se fosse atendido pelas brancas, também teria ofendido”, disse em depoimento, antes de ser levado à cadeia.
“Não podia deixar isso passar, pois ele não ofendeu só a mim, e sim toda minha raça. Acho que isso servirá como exemplo para muitas outras pessoas que acreditam que negros são inferiores”, desabafou a funcionária pública.
Fonte: Agência Anhanguera
http://www.cosmo.com.br/noticia/37274/2009-09-11/aposentado-e-preso-por-brracismo-contra-servidora.html
Agência Anhanguera de Notícias
Acusado foi enviado para cadeia do 2º DP
(Foto: Carlos Bassan/AAN)
O aposentado Ariovaldo Luiz Filier, de 55 anos foi preso, acusado de racismo, anteontem (10/09), em Campinas. Ele ofendeu uma atendente da Prefeitura, defronte ao guichê no Paço Municipal. A funcionária vítima de racismo, A.V.S., de 30 anos, chamou a senha do aposentado, e ao ver que a moça, que é negra, o atenderia, Filier começou a xingar. “Ele disse: não quero ser atendido por preto. Eu quero ser atendido por uma das duas branquinhas. Preto é tudo safado, não faz nada direito, não vale nada”, lembra a atendente.
Detido, Filier foi levado por guardas municipais para o 13º Distrito Policial, onde foi autuado em flagrante por crime de racismo, e encaminhado para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial, no bairro São Bernardo. Essa não é a primeira vez que o aposentado é acusado de crime deste tipo.
A funcionária contou que tinha terminado um atendimento e, quando chamou a senha, viu o senhor que estava com documentos nas mãos para entregar no guichê em que ela trabalha. “Ele começou a gritar. As pessoas ficaram assustadas e sem entender o que acontecia. Minha supervisora até tentou falar com ele que as outras atendentes estavam ocupadas e eu poderia atendê-lo. Mas ele continuou a ofender a minha raça. Dizia: ‘hoje não vou ser atendido por preto. A sua raça é mentirosa’”, conta a mulher ainda constrangida com a situação.
INAFIANÇÁVEL
A funcionária disse ao aposentado que o que ele fazia era crime inafiançável e afirmou que chamaria a polícia. Ele continuou gritando e chegou a correr. GMs o detiveram na Rua Benjamin Constant. Levado até a delegacia, o aposentado disse ter esquecido o que tinha acontecido, que teve “um branco”. Mas, depois, falou que estava nervoso com serviço prestado pela Prefeitura e por isto ofendeu a mulher. “Deparei com a moça de cor e fiz a ofensa. Mas, se fosse atendido pelas brancas, também teria ofendido”, disse em depoimento, antes de ser levado à cadeia.
“Não podia deixar isso passar, pois ele não ofendeu só a mim, e sim toda minha raça. Acho que isso servirá como exemplo para muitas outras pessoas que acreditam que negros são inferiores”, desabafou a funcionária pública.
Fonte: Agência Anhanguera
http://www.cosmo.com.br/noticia/37274/2009-09-11/aposentado-e-preso-por-brracismo-contra-servidora.html
domingo, 12 de julho de 2009
A ignorância "revisionista" explicitada e Pío Moa - parte 1
Acho que não vai dar pra comentar em um post só porque primeiro é preciso contextualizar o ocorrido pra depois apontar as grosserias feitas no texto.
Mas pra adiantar, esse post e o subsequente dirão respeito a um texto postado sobre um historiador espanhol, "Pío Moa, o David Irving Espanhol"(título original da matéria com o historiador Francisco Espinosa Maestre: "Desmontando Pío Moa", em espanhol, traduzido para o blog), texto esse atacado por um "revisionista" chucro que fica inventando uma série de mentiras pra difamar porque a "distância" assim o permite, com uma quantidade de mentiras e distorções(e besteiras) considerável, várias delas baseadas em puro chute conforme palavras do próprio dono de um blog na parte dos comentários, que sequer sabia quem era o Pío Moa mas mesmo assim emitiu uma série de opiniões como se fosse "entendido" no assunto (tirei prints pois vários comentários em resposta as asneiras dele foram apagados restando os comentários do mesmo, pois covardemente não assume os ataques e provocações que faz e depois tenta se passar por vítima):
Vários comentários postados em resposta foram apagados pelo dono do blog depois que ironizei a ignorância dele em alguns deles e noutros revidei os ataques ofensivos, alguns xenofóbicos e outros baixaria pura(respondi na mesma moeda), pois no afã de me atacar sequer sabia o que estava comentando, por isso poderia ter poupado a todos de passar um vexame como esse achando que os outros se sentem ofendidos com preconceitos vindo de uma pessoa tão ignorante e estúpida. O preconceito foi sim dirigido a brasileiros pra depois o mesmo ficar negando(com uma imagem provando o contrário) e achando que os outros não têm direito de atingi-lo da mesma forma, e ficou barato perto das agressões proferidas por eles. Já fora deixado aqui um comentário xenofóbico e racista aludindo que escreviam aqui em "pretoguês", mas o Joãozinho se "sente ofendido"(mentindo) por ter sido usado o termo Cesspit lusa, pois o blog dele se localiza em Portugal, da próxima eu chamo de Cesspit da Chechênia pois quem sabe assim ele não entende a ironização com a canalhice dele(rs).
Só pra registrar, o comentário sobre a imagem com preconceito contra brasileiros não causa qualquer constrangimento a mim uma vez que aquilo depõe mais contra a imagem dele(se é que tem uma), pois existe o dito que diz que o "que vem debaixo não atinge", pois é o que ocorre nesse caso. Mas deixo registrado pros outros brasileiros(que são a maioria a ler esses blogs em português) o caráter preconceituoso do autor do blog que provoca e não quer ler os revides que foram leves diante das agressões feitas por ele, uma inclusive atacando a mãe da pessoa, coisa que só um colegial chucro seria capaz de aprontar.
Além do fato do mesmo mentir cinicamente e descaradamente como no caso de afirmar que eu disse que eu era tradutor(pode me mostrar onde tem isso escrito?), a não ser que o parvo(estúpido) Joãozinho ache que indicar ao final de um texto, "tradução: fulano de tal" seja o mesmo que afirmar que a pessoa é tradutora, mais um atestado da estupidez e ignorância desse indivíduo. Fica difícil de crer que alguém possa ser tão estúpido assim, até prum "revi".
O curiso do post, sem comentar detalhadamente ponto a ponto dele(ficara pro próximo), é que primeiro o autor do post achou que iria me atingir com este tipo de galhofa replicando de imediato um texto de um historiador espanhol sobre o Pío Moa(autor de direita) sobre a Guerra Civil espanhola(tema que a princípio não teria conexão com o dito "revisionismo" do Holocausto a não ser pela desonestidade do autor) e segundo porque considerou a comparação do Moa com o Irving algo ofensivo ao "historiador" britânico e não o oposto(uma ofensa ao espanhol), pois pra azar dele(já que não lê pensamento e ainda se acha capacitado de adivinhar o que os outros escrevem antecipadamente) há um detalhe na comparação que fiz: quando fiz a associação do Pío Moa ao Irving, a associação é pejorativa ao Moa e não ao Irving pois o David Irving é modelo e referência de desonestidade e arauto da extrema-direita que nega o Holocausto (perdeu um julgamento que moveu na Inglaterra contra a historiadora Lipstadt por pura desonestidade ao tentar intimidá-la metendo um processo contra ela por conta de seu livro), pois em sua pressa em querer me atacar e ao artigo, sequer prestou atenção ao que estava escrito, demonstrado sua total ignorância e má interpretação de textos. Depois esses caras se acham em condições de discutir de igual pra igual esses assuntos.
Por sinal, os "revis" costumam "supôr"("achar") demais e fazer afirmações esdrúxulas sobre História e Política que quando são confrontadas, não gostam muito de fundamentar o que afirmam fora negarem que disseminam antissemitismo e xenofobia, além do fato de que se tratariam de "super-homens" se por um acaso pudessem ler o que a gente pensa sem sequer deixar um comentário sem nada subentendido em um post que visava comentar aspectos da Guerra Civil espanhola e não(a princípio) a respeito de negação do Holocausto.
Mas parece que alguns deles acham que tem o poder de delimitar o que a gente posta ou deixa de postar aqui.
Já foi avisado antes, mas é bom deixar claro uma coisa: quem posta ou deixa de postar aqui são os membros do blog, ponto. Se algum "revisionista" não gosta do que é escrito é um direito deles mas não é problema de ninguém aqui, apenas, repito, ninguém irá se submeter a chantagem psicológica e chiliques e intimidações via provocações de um bando de fascistinhas. Que fique bem claro isso pois a impressão que se tem é de que passaram a achar que possuem algum tipo de controle sobre o conteúdo do blog ou do que é postado quando não possuem. Fica o recado dado novamente já que pelo visto têm dificuldade de entender de primeira, não apostem muito no direito de soltar pérolas racistas que aqui não será espaço pra disseminação desse lixo "revisionista" antissemita e apologista do nazismo, se querem discussão há locais apropriados pra isso conforme deixei claro em outro post, se ignoram o que é dito problema de vocês, não nosso, se apenas querem atenção e plateia, não terão(isso é comportamento de troll).
Parte 2
Mas pra adiantar, esse post e o subsequente dirão respeito a um texto postado sobre um historiador espanhol, "Pío Moa, o David Irving Espanhol"(título original da matéria com o historiador Francisco Espinosa Maestre: "Desmontando Pío Moa", em espanhol, traduzido para o blog), texto esse atacado por um "revisionista" chucro que fica inventando uma série de mentiras pra difamar porque a "distância" assim o permite, com uma quantidade de mentiras e distorções(e besteiras) considerável, várias delas baseadas em puro chute conforme palavras do próprio dono de um blog na parte dos comentários, que sequer sabia quem era o Pío Moa mas mesmo assim emitiu uma série de opiniões como se fosse "entendido" no assunto (tirei prints pois vários comentários em resposta as asneiras dele foram apagados restando os comentários do mesmo, pois covardemente não assume os ataques e provocações que faz e depois tenta se passar por vítima):
Vários comentários postados em resposta foram apagados pelo dono do blog depois que ironizei a ignorância dele em alguns deles e noutros revidei os ataques ofensivos, alguns xenofóbicos e outros baixaria pura(respondi na mesma moeda), pois no afã de me atacar sequer sabia o que estava comentando, por isso poderia ter poupado a todos de passar um vexame como esse achando que os outros se sentem ofendidos com preconceitos vindo de uma pessoa tão ignorante e estúpida. O preconceito foi sim dirigido a brasileiros pra depois o mesmo ficar negando(com uma imagem provando o contrário) e achando que os outros não têm direito de atingi-lo da mesma forma, e ficou barato perto das agressões proferidas por eles. Já fora deixado aqui um comentário xenofóbico e racista aludindo que escreviam aqui em "pretoguês", mas o Joãozinho se "sente ofendido"(mentindo) por ter sido usado o termo Cesspit lusa, pois o blog dele se localiza em Portugal, da próxima eu chamo de Cesspit da Chechênia pois quem sabe assim ele não entende a ironização com a canalhice dele(rs).
Só pra registrar, o comentário sobre a imagem com preconceito contra brasileiros não causa qualquer constrangimento a mim uma vez que aquilo depõe mais contra a imagem dele(se é que tem uma), pois existe o dito que diz que o "que vem debaixo não atinge", pois é o que ocorre nesse caso. Mas deixo registrado pros outros brasileiros(que são a maioria a ler esses blogs em português) o caráter preconceituoso do autor do blog que provoca e não quer ler os revides que foram leves diante das agressões feitas por ele, uma inclusive atacando a mãe da pessoa, coisa que só um colegial chucro seria capaz de aprontar.
Além do fato do mesmo mentir cinicamente e descaradamente como no caso de afirmar que eu disse que eu era tradutor(pode me mostrar onde tem isso escrito?), a não ser que o parvo(estúpido) Joãozinho ache que indicar ao final de um texto, "tradução: fulano de tal" seja o mesmo que afirmar que a pessoa é tradutora, mais um atestado da estupidez e ignorância desse indivíduo. Fica difícil de crer que alguém possa ser tão estúpido assim, até prum "revi".
O curiso do post, sem comentar detalhadamente ponto a ponto dele(ficara pro próximo), é que primeiro o autor do post achou que iria me atingir com este tipo de galhofa replicando de imediato um texto de um historiador espanhol sobre o Pío Moa(autor de direita) sobre a Guerra Civil espanhola(tema que a princípio não teria conexão com o dito "revisionismo" do Holocausto a não ser pela desonestidade do autor) e segundo porque considerou a comparação do Moa com o Irving algo ofensivo ao "historiador" britânico e não o oposto(uma ofensa ao espanhol), pois pra azar dele(já que não lê pensamento e ainda se acha capacitado de adivinhar o que os outros escrevem antecipadamente) há um detalhe na comparação que fiz: quando fiz a associação do Pío Moa ao Irving, a associação é pejorativa ao Moa e não ao Irving pois o David Irving é modelo e referência de desonestidade e arauto da extrema-direita que nega o Holocausto (perdeu um julgamento que moveu na Inglaterra contra a historiadora Lipstadt por pura desonestidade ao tentar intimidá-la metendo um processo contra ela por conta de seu livro), pois em sua pressa em querer me atacar e ao artigo, sequer prestou atenção ao que estava escrito, demonstrado sua total ignorância e má interpretação de textos. Depois esses caras se acham em condições de discutir de igual pra igual esses assuntos.
Por sinal, os "revis" costumam "supôr"("achar") demais e fazer afirmações esdrúxulas sobre História e Política que quando são confrontadas, não gostam muito de fundamentar o que afirmam fora negarem que disseminam antissemitismo e xenofobia, além do fato de que se tratariam de "super-homens" se por um acaso pudessem ler o que a gente pensa sem sequer deixar um comentário sem nada subentendido em um post que visava comentar aspectos da Guerra Civil espanhola e não(a princípio) a respeito de negação do Holocausto.
Mas parece que alguns deles acham que tem o poder de delimitar o que a gente posta ou deixa de postar aqui.
Já foi avisado antes, mas é bom deixar claro uma coisa: quem posta ou deixa de postar aqui são os membros do blog, ponto. Se algum "revisionista" não gosta do que é escrito é um direito deles mas não é problema de ninguém aqui, apenas, repito, ninguém irá se submeter a chantagem psicológica e chiliques e intimidações via provocações de um bando de fascistinhas. Que fique bem claro isso pois a impressão que se tem é de que passaram a achar que possuem algum tipo de controle sobre o conteúdo do blog ou do que é postado quando não possuem. Fica o recado dado novamente já que pelo visto têm dificuldade de entender de primeira, não apostem muito no direito de soltar pérolas racistas que aqui não será espaço pra disseminação desse lixo "revisionista" antissemita e apologista do nazismo, se querem discussão há locais apropriados pra isso conforme deixei claro em outro post, se ignoram o que é dito problema de vocês, não nosso, se apenas querem atenção e plateia, não terão(isso é comportamento de troll).
Parte 2
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terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Iniciada construção de monumento por ciganos mortos pelo nazismo
Iniciada construção de monumento por ciganos mortos pelo nazismo
(Foto)Sinto e rom: indesejados em toda a Europa
Somente quatro décadas após o final da Segunda Guerra eles foram reconhecidos como vítimas, ao lado dos judeus e homossexuais. Mais 20 anos passados, e os sinto e rom receberão um memorial. Apenas um (bom) começo.
Somente quatro décadas após o final da Segunda Guerra eles foram reconhecidos como vítimas, ao lado dos judeus e homossexuais. Mais 20 anos passados, e os sintos e rom receberão um memorial: apenas um primeiro gesto.
O ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, iniciou simbolicamente nesta sexta-feira (19/12), em Berlim, a construção do memorial para os representantes das etnias sinto e rom ("ciganos") assassinados pelo nacional-socialismo. Sob chuva torrencial, ele louvou o futuro monumento como sinal de lembrança e de consternação por este grupo de vítimas, esquecido durante tão longo tempo.
Nomes, uma fonte, uma placa, uma poesia
A menos de 100 passos do Reichstag, o prédio do Parlamento alemão, e à vista do Portão de Brandemburgo encontra-se um gramado. Lá se construirá, nos próximos meses, o memorial para os sintos e rom – etnias popularmente designadas como ciganos – vítimas do nazismo. O projeto é do arquiteto israelense Dani Karavan.
Os nomes dos campos de concentração e extermínio Auschwitz, Treblinka e Buchenwald serão gravados no pavimento. Eles levam a uma fonte, em cuja borda se lê um fragmento da poesia Auschwitz, do músico italiano Santino Spinelli.
faces encovadas
olhos apagados
lábios frios
silêncio
um coração arrancado
sem palavras
nenhuma lágrima
De uma placa consta a epígrafe: "Recordamos todos os rom que tombaram vítimas do genocídio planejado, na Europa ocupada pelos nacional-socialistas". Uma cronologia histórica descreve o processo de exclusão, perseguição e assassínio dos sinto, rom e outros grupos nômades.
Termo controverso
(Foto)Bernd Neumann (e) e prefeito Klaus Wowereit na cerimônia em Berlim
Uma versão anterior da inscrição incluía o termo "ciganos". Este é, contudo, rejeitado pelo Conselho Central dos Sinto e Rom Alemães, sendo considerado por Romani Rose, seu presidente há vários anos, como discriminatório e depreciativo. Rose insiste que se use o termo "sinto e rom", supostamente politicamente correto.
Nem todas as associações são da mesma opinião. Os membros da Aliança Sinto da Alemanha fazem questão de se denominar altivamente "ciganos". Segundo sua presidente, Natascha Winter, o memorial não é apenas para as duas etnias citadas, mas sim para todos os ciganos.
"Defino-me com orgulho como cigana, por que minha gente, meus pais, avós, todos os meus parentes foram perseguidos como ciganos. Portamos esta palavra, "cigano", com orgulho", afirmou.
"Rom" significa simplesmente "homem" ou "ser humano" no idioma romani. Os sintos constituem o grupo étnico mais numeroso nos países germanófonos. Porém há outros que não se sentem absolutamente incluídos pela expressão "sinto e rom", como, por exemplo, os lovari ou os manuche.
Reconhecimento tardio
Transcorreu longo tempo, até esses grupos serem sequer admitidos como vítimas do nacional-socialismo na Alemanha. No tocante ao governo federal, isto só se deu no início dos anos 80. Seguiu-se, em meados da década seguinte, seu reconhecimento como "minoria nacional".
Desde então, a mostra permanente do Memorial Resistência Alemã reverencia o papel dos sinto e rom no nazismo, assim como – somente em 2004 – também o Memorial Sachsenhausen. Desde que foi criada a iniciativa para o memorial dos judeus assassinados da Europa, ficou cada vez mais claro que outros grupos de vítimas – sobretudo os homossexuais e os ciganos – também têm o direito à memória e ao tributo pela nação e pela sociedade.
Porém monumentos de concreto ou pedra não esgotam a questão: a memória cultural deve ser prática social e não um ritual.
Michael Schornstheimer (av)
Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.org/dw/article/0,,3890213,00.html
(Foto)Sinto e rom: indesejados em toda a Europa
Somente quatro décadas após o final da Segunda Guerra eles foram reconhecidos como vítimas, ao lado dos judeus e homossexuais. Mais 20 anos passados, e os sinto e rom receberão um memorial. Apenas um (bom) começo.
Somente quatro décadas após o final da Segunda Guerra eles foram reconhecidos como vítimas, ao lado dos judeus e homossexuais. Mais 20 anos passados, e os sintos e rom receberão um memorial: apenas um primeiro gesto.
O ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, iniciou simbolicamente nesta sexta-feira (19/12), em Berlim, a construção do memorial para os representantes das etnias sinto e rom ("ciganos") assassinados pelo nacional-socialismo. Sob chuva torrencial, ele louvou o futuro monumento como sinal de lembrança e de consternação por este grupo de vítimas, esquecido durante tão longo tempo.
Nomes, uma fonte, uma placa, uma poesia
A menos de 100 passos do Reichstag, o prédio do Parlamento alemão, e à vista do Portão de Brandemburgo encontra-se um gramado. Lá se construirá, nos próximos meses, o memorial para os sintos e rom – etnias popularmente designadas como ciganos – vítimas do nazismo. O projeto é do arquiteto israelense Dani Karavan.
Os nomes dos campos de concentração e extermínio Auschwitz, Treblinka e Buchenwald serão gravados no pavimento. Eles levam a uma fonte, em cuja borda se lê um fragmento da poesia Auschwitz, do músico italiano Santino Spinelli.
faces encovadas
olhos apagados
lábios frios
silêncio
um coração arrancado
sem palavras
nenhuma lágrima
De uma placa consta a epígrafe: "Recordamos todos os rom que tombaram vítimas do genocídio planejado, na Europa ocupada pelos nacional-socialistas". Uma cronologia histórica descreve o processo de exclusão, perseguição e assassínio dos sinto, rom e outros grupos nômades.
Termo controverso
(Foto)Bernd Neumann (e) e prefeito Klaus Wowereit na cerimônia em Berlim
Uma versão anterior da inscrição incluía o termo "ciganos". Este é, contudo, rejeitado pelo Conselho Central dos Sinto e Rom Alemães, sendo considerado por Romani Rose, seu presidente há vários anos, como discriminatório e depreciativo. Rose insiste que se use o termo "sinto e rom", supostamente politicamente correto.
Nem todas as associações são da mesma opinião. Os membros da Aliança Sinto da Alemanha fazem questão de se denominar altivamente "ciganos". Segundo sua presidente, Natascha Winter, o memorial não é apenas para as duas etnias citadas, mas sim para todos os ciganos.
"Defino-me com orgulho como cigana, por que minha gente, meus pais, avós, todos os meus parentes foram perseguidos como ciganos. Portamos esta palavra, "cigano", com orgulho", afirmou.
"Rom" significa simplesmente "homem" ou "ser humano" no idioma romani. Os sintos constituem o grupo étnico mais numeroso nos países germanófonos. Porém há outros que não se sentem absolutamente incluídos pela expressão "sinto e rom", como, por exemplo, os lovari ou os manuche.
Reconhecimento tardio
Transcorreu longo tempo, até esses grupos serem sequer admitidos como vítimas do nacional-socialismo na Alemanha. No tocante ao governo federal, isto só se deu no início dos anos 80. Seguiu-se, em meados da década seguinte, seu reconhecimento como "minoria nacional".
Desde então, a mostra permanente do Memorial Resistência Alemã reverencia o papel dos sinto e rom no nazismo, assim como – somente em 2004 – também o Memorial Sachsenhausen. Desde que foi criada a iniciativa para o memorial dos judeus assassinados da Europa, ficou cada vez mais claro que outros grupos de vítimas – sobretudo os homossexuais e os ciganos – também têm o direito à memória e ao tributo pela nação e pela sociedade.
Porém monumentos de concreto ou pedra não esgotam a questão: a memória cultural deve ser prática social e não um ritual.
Michael Schornstheimer (av)
Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.org/dw/article/0,,3890213,00.html
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Declaração de Brasil, Argentina e Venezuela sobre Discriminação e Intolerância na Costa do Sauípe
Declaração dos Presidentes da República Argentina, da República Federativa do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela de condenação ao racismo, à discriminação e intolerância religiosa, à discriminação racial e a outras formas correlatas de intolerância.
Os Presidentes da República Argentina, da República Federativa do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela, reunidos na Costa do Sauípe, Brasil, no dia 16 de dezembro de 2008: Observam com grande preocupação que, no início do terceiro milênio, um número imenso de seres humanos continuam sendo vítimas do racismo, da discriminação e da intolerância religiosas, em particular do anti-semitismo e do antiislamismo da discriminação racial, e de outras formas correlatas de intolerância, e que ressurgiram ou persistem ideologias e práticas racistas e discriminatórias em diversas regiões do mundo.
Reafirmam os princípios de igualdade e não-discriminação, reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Americana sobre os Direitos e Deveres do Homem, e reconhecem a importância fundamental do pleno cumprimento das obrigações derivadas da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Por esse motivo, os Presidentes declaram sua mais enérgica condenação ao racismo, ao anti-semitismo, ao antiislamismo, à discriminação racial e a outras formas correlatas de intolerância, e renovam seu compromisso de continuar trabalhando, em âmbito nacional, regional e internacional, para fortalecer os mecanismos de promoção e proteção dos direitos humanos, a fim de assegurar seu pleno respeito, sem distinção de raça, cor, sexo, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra índole.
Fonte: Portal Fator Brasil(19.12.2008)
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=62972
Os Presidentes da República Argentina, da República Federativa do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela, reunidos na Costa do Sauípe, Brasil, no dia 16 de dezembro de 2008: Observam com grande preocupação que, no início do terceiro milênio, um número imenso de seres humanos continuam sendo vítimas do racismo, da discriminação e da intolerância religiosas, em particular do anti-semitismo e do antiislamismo da discriminação racial, e de outras formas correlatas de intolerância, e que ressurgiram ou persistem ideologias e práticas racistas e discriminatórias em diversas regiões do mundo.
Reafirmam os princípios de igualdade e não-discriminação, reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Americana sobre os Direitos e Deveres do Homem, e reconhecem a importância fundamental do pleno cumprimento das obrigações derivadas da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Por esse motivo, os Presidentes declaram sua mais enérgica condenação ao racismo, ao anti-semitismo, ao antiislamismo, à discriminação racial e a outras formas correlatas de intolerância, e renovam seu compromisso de continuar trabalhando, em âmbito nacional, regional e internacional, para fortalecer os mecanismos de promoção e proteção dos direitos humanos, a fim de assegurar seu pleno respeito, sem distinção de raça, cor, sexo, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra índole.
Fonte: Portal Fator Brasil(19.12.2008)
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=62972
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Cresce preconceito contra judeus e muçulmanos na Europa
da Folha Online
O preconceito contra judeus e muçulmanos cresceu na Europa nos últimos anos, revela um estudo americano divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a sondagem, realizada na Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Polônia e Rússia pelo instituto Pew Research Center, o anti-semitismo aumentou em todos estes países, exceto no Reino Unido.
O crescimento foi "particularmente espetacular na Espanha, onde as opiniões desfavoráveis [aos judeus] dobraram nos últimos três anos, passando de 21% em 2005 para 46% este ano", destaca o Pew Research Center.
A pesquisa revela que mais de um terço dos poloneses e dos russos têm sentimentos anti-semitas, assim como 25% dos alemães e 20% dos franceses. Apenas no Reino Unido a rejeição se manteve estável, em 9%.
"Na Europa ocidental, as atitudes negativas em relação aos judeus são mais comuns entre os mais velhos e os menos educados", destaca a pesquisa.
Em relação aos muçulmanos, os sentimentos são ainda mais negativos, com opiniões desfavoráveis da metade dos alemães, quase a metade de poloneses e franceses, 33% dos russos e 25% dos britânicos.
Na Espanha e na Alemanha há uma redução deste sentimento negativo em relação aos muçulmanos a partir de 2006.
Enquanto 60% dos espanhóis tinham sentimentos contra os muçulmanos em 2006, este índice caiu a 52% este ano. Entre os alemães, a queda foi de 54% para 50%.
Fonte: Folha Online(19.09.2008)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u443510.shtml
O preconceito contra judeus e muçulmanos cresceu na Europa nos últimos anos, revela um estudo americano divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a sondagem, realizada na Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Polônia e Rússia pelo instituto Pew Research Center, o anti-semitismo aumentou em todos estes países, exceto no Reino Unido.
O crescimento foi "particularmente espetacular na Espanha, onde as opiniões desfavoráveis [aos judeus] dobraram nos últimos três anos, passando de 21% em 2005 para 46% este ano", destaca o Pew Research Center.
A pesquisa revela que mais de um terço dos poloneses e dos russos têm sentimentos anti-semitas, assim como 25% dos alemães e 20% dos franceses. Apenas no Reino Unido a rejeição se manteve estável, em 9%.
"Na Europa ocidental, as atitudes negativas em relação aos judeus são mais comuns entre os mais velhos e os menos educados", destaca a pesquisa.
Em relação aos muçulmanos, os sentimentos são ainda mais negativos, com opiniões desfavoráveis da metade dos alemães, quase a metade de poloneses e franceses, 33% dos russos e 25% dos britânicos.
Na Espanha e na Alemanha há uma redução deste sentimento negativo em relação aos muçulmanos a partir de 2006.
Enquanto 60% dos espanhóis tinham sentimentos contra os muçulmanos em 2006, este índice caiu a 52% este ano. Entre os alemães, a queda foi de 54% para 50%.
Fonte: Folha Online(19.09.2008)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u443510.shtml
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Intolerância virtual - Racismo e neonazismo na rede
Pesquisa aponta crescimento do número de páginas com temática neonazista na internet
(Valhalla88): Uma das 12,6 mil páginas da internet com temática neonazista, racista ou revisionista identificadas pela equipe da Unicamp. A página, denunciada e retirada do ar, hoje apresenta conteúdo anti-nazista.
Nos últimos anos, cresceu o número de páginas na internet, blogs e chats destinados à exaltação da superioridade da ‘raça’ ariana e à disseminação do ódio a outras etnias e grupos sociais, como homossexuais e judeus. Uma análise detalhada do discurso ideológico presente em páginas virtuais neonazistas, feita por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra como elas conseguem conquistar cada vez mais simpatizantes.
O estudo, fruto da tese de mestrado da antropóloga Adriana Dias no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, identificou quem são os neonazistas na internet, como eles operam na rede e em que páginas se encontram. Segundo a pesquisadora, há na internet mais de doze mil páginas e aproximadamente 200 comunidades no Orkut (uma página virtual de relacionamentos) associadas a temáticas racistas, neonazistas e revisionistas (que negam a existência do holocausto na Segunda Guerra Mundial).
Para a pesquisa, Dias selecionou as páginas virtuais mais acessadas, com maior visibilidade e que estão disponíveis em inglês, português e espanhol. Segundo ela, um dos maiores desafios foi driblar as estratégias usadas para dificultar a identificação imediata do conteúdo.
“Os sites racistas são em geral muito densos, tanto em hipertextualidade (há páginas com mais de 500 links), como no uso de multimídia (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes). Há muito mais links internos do que externos, o que dificulta a localização de grande parte do conteúdo, geralmente de caráter mais agressivo, por meio de motores de busca”, explica Dias. Para superar esse obstáculo, ela usou em sua pesquisa uma ferramenta de análise de tráfego que permite identificar links mais internos e páginas de difícil acesso.
Rede de articulação
O aumento significativo no número de páginas virtuais neonazistas mostra que a internet é uma das grandes facilitadoras da comunicação e articulação entre os diversos grupos ou ativistas de movimentos desse tipo. Ela possibilita a formação de uma rede de apoio entre eles e ainda confere o anonimato necessário para que seus integrantes e suas ações não sejam identificados. Segundo Dias, além de irradiar idéias racistas, neonazistas e revisionistas, a internet faz com que a cada dia esses movimentos conquistem mais adeptos, principalmente entre os jovens.
A pesquisadora ressalta que esses grupos constroem ou se apropriam de discursos para validar suas visões e suas ações. Um deles é o discurso genômico, que afirma que os indivíduos pertencentes à ‘raça ariana’ possuem genes superiores e foram escolhidos por Deus para promover o desenvolvimento da humanidade e hierarquizar o mundo.
(National Alliance): A página norte-americana National Alliance, que se preocupa com a atuação política na luta pelos ‘direitos brancos’, exibe a imagem do deus nórdico Thor, mito apropriado pelo movimento nazista para legitimar a 'raça' ariana.
Em outra vertente, há o discurso mitológico, que se apropria de mitos já existentes, como o de Thor (deus da mitologia germânica), o da suástica e o da runa algiz (letra do alfabeto nórdico), e cria outros, como o do sangue ariano, para dar força à ideologia nazista. “O deus nórdico Thor é apontado como o responsável pela legitimação da 'raça ariana', a suástica é usada como símbolo da identidade ariana e da pureza racial e a runa algiz é utilizada para a proteção da família”, explica Dias.
Segundo a antropóloga, no mito do sangue ariano estaria a chave para compreender os mitos criados para defender a superioridade biológica, psíquica, cultural e espiritual da ‘raça’ ariana sobre outros povos. É ainda esse mito do sangue o responsável pela suposta conexão transcendental entre os membros da ‘raça’ ariana, que os faz desprezar o conceito de nação. “Para eles, a raça é a nação.”
A análise evidenciou as diferentes abordagens existentes entre os grupos neonazistas. Uma das mais correntes é a de que a raça ariana estaria ameaçada pela mistura racial. “Esses grupos têm uma ideologia de ódio ao outro, ao não ariano, principalmente a negros e judeus. O discurso adquire um tom religioso e messiânico, em que a raça ariana precisa ser preservada a todo custo”, afirma Dias.
Após o estudo, muitas páginas virtuais de conteúdo neonazista foram denunciadas e até retiradas do ar. A antropóloga alerta que a única forma de combater a formação do pensamento racista e discriminatório é a construção de uma educação conscientizadora que desmitifique o conceito de raça e pregue a solidariedade entre os povos.
Rachel Rimas
Fonte: Ciência Hoje On-line(08/01/2008)
http://cienciahoje.uol.com.br/109282
(Valhalla88): Uma das 12,6 mil páginas da internet com temática neonazista, racista ou revisionista identificadas pela equipe da Unicamp. A página, denunciada e retirada do ar, hoje apresenta conteúdo anti-nazista.
Nos últimos anos, cresceu o número de páginas na internet, blogs e chats destinados à exaltação da superioridade da ‘raça’ ariana e à disseminação do ódio a outras etnias e grupos sociais, como homossexuais e judeus. Uma análise detalhada do discurso ideológico presente em páginas virtuais neonazistas, feita por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra como elas conseguem conquistar cada vez mais simpatizantes.
O estudo, fruto da tese de mestrado da antropóloga Adriana Dias no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, identificou quem são os neonazistas na internet, como eles operam na rede e em que páginas se encontram. Segundo a pesquisadora, há na internet mais de doze mil páginas e aproximadamente 200 comunidades no Orkut (uma página virtual de relacionamentos) associadas a temáticas racistas, neonazistas e revisionistas (que negam a existência do holocausto na Segunda Guerra Mundial).
Para a pesquisa, Dias selecionou as páginas virtuais mais acessadas, com maior visibilidade e que estão disponíveis em inglês, português e espanhol. Segundo ela, um dos maiores desafios foi driblar as estratégias usadas para dificultar a identificação imediata do conteúdo.
“Os sites racistas são em geral muito densos, tanto em hipertextualidade (há páginas com mais de 500 links), como no uso de multimídia (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes). Há muito mais links internos do que externos, o que dificulta a localização de grande parte do conteúdo, geralmente de caráter mais agressivo, por meio de motores de busca”, explica Dias. Para superar esse obstáculo, ela usou em sua pesquisa uma ferramenta de análise de tráfego que permite identificar links mais internos e páginas de difícil acesso.
Rede de articulação
O aumento significativo no número de páginas virtuais neonazistas mostra que a internet é uma das grandes facilitadoras da comunicação e articulação entre os diversos grupos ou ativistas de movimentos desse tipo. Ela possibilita a formação de uma rede de apoio entre eles e ainda confere o anonimato necessário para que seus integrantes e suas ações não sejam identificados. Segundo Dias, além de irradiar idéias racistas, neonazistas e revisionistas, a internet faz com que a cada dia esses movimentos conquistem mais adeptos, principalmente entre os jovens.
A pesquisadora ressalta que esses grupos constroem ou se apropriam de discursos para validar suas visões e suas ações. Um deles é o discurso genômico, que afirma que os indivíduos pertencentes à ‘raça ariana’ possuem genes superiores e foram escolhidos por Deus para promover o desenvolvimento da humanidade e hierarquizar o mundo.
(National Alliance): A página norte-americana National Alliance, que se preocupa com a atuação política na luta pelos ‘direitos brancos’, exibe a imagem do deus nórdico Thor, mito apropriado pelo movimento nazista para legitimar a 'raça' ariana.
Em outra vertente, há o discurso mitológico, que se apropria de mitos já existentes, como o de Thor (deus da mitologia germânica), o da suástica e o da runa algiz (letra do alfabeto nórdico), e cria outros, como o do sangue ariano, para dar força à ideologia nazista. “O deus nórdico Thor é apontado como o responsável pela legitimação da 'raça ariana', a suástica é usada como símbolo da identidade ariana e da pureza racial e a runa algiz é utilizada para a proteção da família”, explica Dias.
Segundo a antropóloga, no mito do sangue ariano estaria a chave para compreender os mitos criados para defender a superioridade biológica, psíquica, cultural e espiritual da ‘raça’ ariana sobre outros povos. É ainda esse mito do sangue o responsável pela suposta conexão transcendental entre os membros da ‘raça’ ariana, que os faz desprezar o conceito de nação. “Para eles, a raça é a nação.”
A análise evidenciou as diferentes abordagens existentes entre os grupos neonazistas. Uma das mais correntes é a de que a raça ariana estaria ameaçada pela mistura racial. “Esses grupos têm uma ideologia de ódio ao outro, ao não ariano, principalmente a negros e judeus. O discurso adquire um tom religioso e messiânico, em que a raça ariana precisa ser preservada a todo custo”, afirma Dias.
Após o estudo, muitas páginas virtuais de conteúdo neonazista foram denunciadas e até retiradas do ar. A antropóloga alerta que a única forma de combater a formação do pensamento racista e discriminatório é a construção de uma educação conscientizadora que desmitifique o conceito de raça e pregue a solidariedade entre os povos.
Rachel Rimas
Fonte: Ciência Hoje On-line(08/01/2008)
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