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domingo, 22 de junho de 2014

Direita pró-Dugin versus Direita Radical Anticomunista (e outras direitas radicais) no Brasil

O "embate" do século... esse "quebra pau" (entre aspas) vou assistir da arquibancada (rsrsrs).

Procurando algo sobre o Dugin (Link2), acabo me deparando com essa peça de 'humor involuntário' que mostra o quanto o extremismo surtado, com base em distorções e senso comum, radicalizado ao extremo (inflado pela grande mídia brasileira que tem incitado esse tipo de extremismo, principalmente em algumas revistas e jornais conhecidos, publicando literalmente idiotices e propaganda da guerra fria em pleno século XXI), torna-se algo caricato em si mesmo, quando não representa um risco real à integridade de grupos num país.

A direita brigando pra ver quem é a "verdadeira direita" ou quem está mais à direita lembra aqueles embates da esquerda radical (por exemplo, o PSTU) querendo se mostrar como a "verdadeira esquerda", rs.

Uma outra amostra se encontra aqui nos comentários. É o tipo de "discussão" perdida porque esse pessoal é tão bitolado que ao invés de tentarem entender a divisão do que se entende por direita ficam tentando pregar ou desvencilhar o fascismo (nazismo é um tipo de fascismo) da própria direita (neste caso por desonestidade e panfletagem). O fascismo é um dos seguimentos de direita, não o único. Mesmo que você aponte um teórico (historiador) como o francês René Rémond (que era de direita) num dos comentários, que teorizou essas divisões de direita na França (mostrou como ela se divide na França, o modelo serve pra outros países como o Brasil que segue mais as divisões ideológicas da Europa), esse pessoal continua ignorando e fazendo pregação estéril.

Se alguém quiser rir (tem tanta besteira que acho que até os "revis" vão discordar do seu "irmão de armas"), pode acessar o link abaixo do Stormfront. O Stormfront, é um site/fórum racista dos EUA criado por um ex-"guru" da Klan, talvez o maior fórum supremacista (neonazi) do mundo. Eles abriram uma seção em português quando esses negacionistas começaram a ter destaque no Brasil com a ascensão do Orkut. Pelo menos foi quando a coisa começou a ter algum destaque na mídia e pela web no Brasil.

Pra adiantar, o post é de um "revi" se queixando do "esquerdismo" (rsrsrs) do resto dos "revis" ou como ele chama, da "direita revisionista", vendo "comunismo" em tudo. Tudo o que ele discordar é "comunismo". É mais ou menos a retórica rasa que é difundida em parte da mídia brasileira, rotula-se tudo mesmo sem dizer o que significa ou sem saber o significado das coisas, puro fanatismo e ignorância pesada. Caso dê pra comentar, depois eu coloco o texto inteiro no post e destaco (ou noutro post), mas salvei em pdf caso apaguem. Segue abaixo:

Sua opinião sobre a 'direita revisionista'

Só um trecho:
"Em 2008 lá estavam eles no orkut espalhando a idéia de que haviam negros na SS, usando como 'provas' meia dúzia de fotos de soldados negros com capacetes alemães. Em 2010 eles já estavam apoiando cotas para negros nas universidades brasileiras, baseando-se na idéia de que, se haviam negros na SS alemã, então também deveriam haver negros nas universidades brasileiras."
Essa da propaganda sobre negros na Waffen-SS (que seria uma divisão da SS) ocorreu e ocorre sim, e não é algo original do Brasil. Foi feita uma tradução de propaganda de fora. Tem alguns fóruns neonazis russos com pilhas de fotos disso, que na verdade são divisões árabes (do Norte da África) e indianos na Waffen-SS etc.

A questão foi rebatida neste texto sobre estrangeiros na Waffen-SS e suas tropas "multiétnicas", mas havia sim esse tipo de besteirol no Orkut, inclusive com uma comunidade fácil de achar (se não apagaram com medo) de um cara (muito idiota. por sinal) com fake e nick sugestivo exótico de ditador africano espelhando essas idiotices.

É estranha essa germanofilia que esse pessoal manifesta que confunde uma idolatria à Alemanha com idolatria ao nazismo. Aliás, eles de fato são idólatras do nazismo, tanto faz se o nazismo fosse alemão ou não. Eles acham que Alemanha (país) e nazismo (ideologia) são uma coisa só, quando país/Estado é uma coisa e ideologia/regime é outra coisa, e nação também é outra coisa, confusão que os nazistas pregaram a exaustão mas só repete quem quer. Parece banal ter que comentar isso mas muita gente de fato não faz distinção entre os termos, que não são sinônimos.

Acesso à informação está aí a disposição de quase todo mundo, não há desculpa da maioria hoje não saber dessas coisas quando são indagados sobre essas questões, basta procurar o significado e assimilar (aprender). O que existe é uma falta de interesse real em aprender e uma procura demasiada em ler retórica pra passar por "esperto", "culto", "sabichão", algo que só impressiona pessoas extremamente tolas.

Mas essa das cotas é nova, não sabia disso (que tinha "revi" NS defendendo isso), rsrsrsrs.

Mas é 'curioso' o comentário do cara, por ele então não haveria negros nas Universidades brasileiras (dá pra deduzir isso)... interessante... ah, esses "revis" sempre defendendo o "interesse" da "coletividade" brasileira. E obviamente no entendimento dessas criaturas, o termo "coletivo" é coisa de comunista. Fora as outras bizarrices (idiotices) ao tentar criar mitificações em cima de crenças racistas pessoais ignorando a própria história/formação do país.

É aquele velho ponto que bato na tecla sobre o ensino brasileiro deixar de lado a discussão dessas questões (da formação do país, do ensino de História do Brasil que é uma verdadeira calamidade, pois se fosse bom não haveria essa proliferação de gente pregando besteira sem um mínimo de conhecimento porque não aprenderam nada no colégio), com um roteiro ultrapassado e que continua propagando a mitificação (imagem) feita do Brasil na Era Vargas. Como se já não bastasse a mídia fazer isso.

O próprio negacionismo e racismo no país se prolifera em cima dessa ignorância sobre História do Brasil, aí partem pra remendar o problema criando leis de criminalização, que é isso mesmo: remendo e não solução. Leis pra criminalizar não irão reparar (minar a crença racista que se propaga no desconhecimento e ignorância) ou conter um contingente de gente que cresceu ouvindo bobagem (senso comum, racismo, preconceito regional etc) como "verdades absolutas", isso é feito pela educação e não pela criminalização simplesmente, não menosprezando o valor da legislação antirracista do Brasil, mas eu considero aquilo um remendo e não uma solução. Coloca-se uma lei avançada e tende a se achar que com isso irão acabar com o racismo deixando o ensino precário repetindo as mesmas idiotices de geração em geração, fora a questão do ambiente doméstico que muitas vezes agrava ainda mais essas crenças.

Coisas como a ideologia do branqueamento nem sequer são mencionadas em escolas, o que é algo criminoso já que cria uma realidade mitificada do país em cima de distorções históricas, como se o Brasil nunca tivesse tido racismo institucional na escravidão e como se o país tivesse "começado" a existir na ascensão do Rio de Janeiro (cidade) e São Paulo (século XIX e século XX) quando na realidade o país surge em 1500 do choque entre índios (nativos) e portugueses, mais de meio milênio de história já se passaram até o presente e não um século e meio como fazem nesse recorte regional que a mídia adora martelar pra moldar a cultura do povo.

P.S. e está havendo Copa, por sinal, uma das melhores Copas da história até o momento. Os "pessimistas" atacaram tanto a Copa que o veneno que lançaram acabou se voltando contra eles. Ainda farei um post sobre essa questão da mídia e das "teorias da conspiração" que os "revis" seguem ou propagam pois em virtude da idiotice deles qualquer crítica ao sistema ou à mídia acaba caindo em descrédito ou pode vir a ser manipulada por quem não gosta de tais críticas. Pra turma do #naovaitercopa, fiquem aí se contorcendo de raiva já que a sabotagem de vocês não deu certo (e depois ainda vão negar que um dia fizeram isso) e o povo finalmente rechaçou firmemente essa propaganda cretina que parte da mídia brasileira e parte da mídia estrangeira (com destaque bastante negativo pra imprensa espanhola que não vi fazer uma notícia positiva sobre o mundial) fizeram junto com os grupos mercenários mascarados, apoiados por partidecos com interesses "difusos", fazendo baderna dentro do país.

sábado, 7 de junho de 2014

Moscou-Paris-Viena: as reuniões de Aymeric Chauprade, o conselheiro de Marine Le Pen

Aleksandr Dugin
O novo eurodeputado do Rassemblement Bleu Marine (RBM)*, Aymeric Chauprade, sabe escolher seus aliados. Ele foi convidado, no último sábado, 31 de maio, a uma estranha reunião em Viena (Áustria) - onde vive e trabalha como consultor - com a presença de autoridades russas menos relevantes. O tema desta reunião, que foi realizada no Palácio Liechtenstein, foi: os 200 anos da Santa Aliança liderada pelo Império Russo, o Império Austríaco e o Reino da Prússia.

Na origem deste evento, está o oligarca e patrono russo ortodoxo Konstantin Malofeev, cujo nome foi mencionado várias vezes no caso dos separatistas pró-russos em Donetsk na Ucrânia (Le Monde em 28 e 31 de maio).

De acordo com o jornal suíço de Zurique, o Tages Anzeiger, que revelou a existência do encontro, o encontro também foi uma oportunidade para discutir a forma de salvar a Europa do liberalismo e do "lobby homossexual".

De acordo com este jornal, disse o Sr. Chauprade, entre os convidados estava notavelmente Heinz-Christian Strache, líder do FPÖ (Partido da Liberdade da Áustria) (aliado Marine Le Pen), e Volen Siderov do partido de extrema-direita búlgaro Ataka (com quem a Sra. Le Pen recusa a tratar). Mas o convidado de honra foi Aleksandr Dugin, eminência parda de Putin, propagador do eurasianismo. O Sr. Dugin é uma referência para a extrema-direita radical, e verdadeira coqueluche dos revolucionários nacionalistas de todo o mundo.

"A Terceira Roma, o Terceiro Reich e a Terceira Internacional"

Místico ortodoxo, tradicionalista esotérico, muito influente em alguns círculos do poder em Moscou, Aleksandr Dugin é o papa do eurasianismo, uma doutrina que promove a formação de uma grande bloco continental da Eurásia para lutar contra o poder anglo-saxão. Dugin diz: "a ordem marítima (Cartago, Atenas, Reino Unido) está em oposição à ordem terrestre (Roma, Esparta, Rússia)."

Uma das frases do teórico russo que melhor resume seu pensamento político, segundo o pesquisador Nicolas Lebourg, é a seguinte: "A Terceira Roma, o Terceiro Reich e a Terceira Internacional são elementos que devem ser conectados em uma revolta contra o mundo moderno."

Tudo isto não é lá muito uma "demonização", mesmo vinda de um russófilo pró-Putin assumido como Aymeric Chauprade. Além disso, um de seus membros próximos minimiza a reunião: "Eles apenas dizem "olá", temos um pouco a discutir, e isso é tudo. Eles não possuem um projeto político em comum a seguir pela frente.".

Marion Maréchal-Le Pen no parlamento francês
A deputada de Vaucluse, Marion Maréchal-Le Pen**, passou alguns instantes no jantar, fechando o dia. Sua comitiva diz que ela não se encontrou com o Sr. Dugin. "Foi um fim de semana em Viena, por motivos pessoais, Heinz-Christian Strache sugeriu a Aymeric Chauprade que o convidasse para vir à noite, isso é tudo. Ela não participou de nada durante o dia", assegura-nos a FN (Frente Nacional).

Esta não é a primeira vez que o Sr. Chauprade aceita o convite do movimento pró-Putin mais radical. Sendo assim, em 16 de março, durante o referendo sobre a anexação da Crimeia pela Rússia. Ele foi um dos "observadores ocidentais" convidados por uma misteriosa ONG que reivindica - não por acaso - também o eurasianismo: o Observatório da Eurásia para Democracia e Eleições (o EODE). Esta ONG é dirigida por Luc Michel, chefe do Partido da Comunidade Europeia Nacional (NCP), metade porta dos fundos (elaborando complôs), metade um grupelho marrom-avermelhado que continua a obra do neofascista Jean Thiriart.

Os observadores convidados pela EODE são bastante diversificados, variando entre um membro do Partido Comunista Grego (KKE) ou um membro do Die Linke (Partido de Esquerda alemão), um eleito da Forza Italia (que havia convidado o neofascista Gabriele Adinolfi para apresentar seu livro para o Parlamento Europeu), até um membro do Vlaams Belang (partido de extrema-direita belga) ou ainda Enrique Ravello da Plataforma pela Catalunha. Este último é um veterano da CEDADE, onde se reuniram por muito tempo os espanhóis neonazistas.

Mais uma vez, o Sr. Chauprade jura que não sabia nada sobre o "pedigree" dos outros observadores. "Eu não conheço o Sr. Luc Michel que está na entrada do hotel. Por definição, o areópago de observadores é bem extenso. Sou apenas responsável pela sensibilidade da minha parte", disse-nos Chauprade sobre isso.

*Rassemblement Bleu Marine (RBM): Agrupamento Azul-Marinho (facção da Frente Nacional) que usa o trocadilho com o nome de Marine Le Pen. Marine (Marinho) como emblema.
** Marion Maréchal-Le Pen: fascista, neta e sobrinha dos também fascistas Jean-Marie Le Pen e Marine Le Pen (pai e filha)

Fonte: Droites Extremes (França, Le Monde)
Título original: Moscou-Paris-Vienne : les rencontres d’Aymeric Chauprade, conseiller de Marine Le Pen
http://droites-extremes.blog.lemonde.fr/2014/06/04/moscou-paris-vienne-les-rencontres-daymeric-chaupradeconseiller-de-marine-le-pen/#xtor=RSS-32280322
Tradução: Roberto Lucena
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Observação: esse blog 'Droite(s) Extreme(s)', obviamente sobre extrema-direita, do Le Monde (jornal francês) é um dos melhores sobre extrema-direita na Europa, principalmente sobre a extrema-direita francesa. Faço o destaque (pra distinguir) porque a edição do Le Monde Diplomatique (a edição brasileira), salvo exceções, é carregada de chavões da extrema-esquerda trotskista francesa e certas avaliações rasas nos textos, principalmente quando o assunto é o Brasil.

O assunto Dugin pode ter ficado mais evidente com o conflito Ucrânia-Rússia-UE-EUA, mas já circula há algum tempo em parte da extrema-direita europeia que tenta se "desvencilhar" da imagem do nazismo (exemplo: o próprio Front National francês) e busca uma "renovação" do fascismo ou do tipo de fascismo que seguem. Ele tem 'adeptos' no Brasil (rs), embora, politicamente falando, o que mais tem no país são posers, gente que repete discurso sem nem saber o que está dizendo, ou porque se identificou com alguma ideia radical banalizada (do sentido adquirido no "senso comum"), pra "posar" de rebelde etc (pra aparecer mesmo, chamar atenção). O termo "poser" que me refiro não chega a ser exatamente o do sentido literal do link acima que coloquei, mas a ideia original do termo vem disso e pode ser adaptada.

Exemplo típico de "poser", citando um caso musical (matéria): "Modinha", camisetas do Ramones são banalizadas no Rock in Rio (Terra)

Destaco o trecho:

""Eu já escutava a banda antes de comprar essa camiseta", garantiu a estudante A. G., 19 anos, óculos escuros, batom vermelho, camiseta branca da banda, short e cinto de couro. Questionada pela reportagem sobre o seu álbum preferido dos Ramones, respondeu: "não sou fanática". Ao ser indagada, então, sobre uma canção predileta, confessou: "você me pegou"."

Ou seja, segundo a matéria podemos concluir com o trecho acima que a pessoa estava usando a camisa por modismo e não por gostar da banda, pois nunca ouviu nada da banda e nem tem ideia do que tocam. Ou seja, num exemplo hipotético radical: se alguém cismar de achar bonito uma camiseta com alguma coisa esdrúxula escrita em outro idioma (como merda), vai usar sem ligar pra isso, por futilidade e outros adjetivos não muito bons.

O mesmo ocorre com os Beatles (que é uma banda muito mais popular e conhecida), o que tem de "poser" dessa banda chega a dar agonia, além de ser um agrupamento bastante antipático. Um adendo, eu não gosto de Ramones, eu diria mais que desconheço a banda, tirando uma música ou outra.

Parece algo banal aparentemente essa postura, mas não é, é sintoma da alienação de uma época. Como alguém veste algo, um símbolo etc, e não sabe o significado do mesmo? E pior, não teve nem a curiosidade de saber o que é com o acesso à informação que se tem hoje. "Ah, a pessoa achou o símbolo bonito e tal...", pode ser, mas quando é algo com forte conotação política ou de movimento, é bem complicada essa postura de "achei bonito" ignorando o fator simbólico da coisa, porque é uma banalização por modismo e futilidade.

Eu usei um exemplo da música por ser mais fácil caracterizar a questão e não vir algum "radical" mala encher o saco discutindo o espectro político disso, mas o problema descrito acima também ocorre na política. Os "revis" mesmo são um exemplo claro disso (grande parte dos grupos que se denominam "revis" são bastante excêntricos e ideologicamente dispersos, exóticos). Tem muito poser "politizado" no país (atenção pras aspas), panfletários do senso comum raivoso e irracional apesar de achar que não são. São uma salada ideológica ou manifestação de uma postura meramente excêntrica/exótica, sem relevância política, sem identificação com o país e geralmente rasos (sem conteúdo ou mera cópia de panfletos extremistas de outros países).

Os grupos mais organizados de extrema-direita se proliferam culturalmente justamente neste ambiente de forte alienação, anomia, radicalização e niilismo, à parte a questão das crises econômicas e culturais/identitárias que podem escancarar pra valer esse problema. Esses grupos neofascistas abordam constantemente essa questão da identidade nacional para excluir quem eles julgam como "algo à parte", e por notarem que existe uma crise em torno dessa questão, acentuada por crises econômicas.

As pessoas imersas nessa alienação e vazio, com perda de identidade ou sentido, vivem em busca de "gurus" ou seguindo "gurus", gente que se apresenta como "iluminado" ou "sábio" e tendem a se comportar como seguidores de seita. Tive que procurar outro site-dicionário pro termo "seita" pra pôr como link pois alteraram de forma ridícula o verbete da Wikipedia (em português), algum fanático religioso adulterou.

Curiosamente, os grupos "revis" brasileiros (e em geral, o pessoal conservador raivoso), salvo exceções, costumam manifestar abertamente um certo ódio do Brasil e em ser brasileiros, fora os regionalismos obtusos (mitológicos, construídos com base em preconceitos e distorções), usam simbologias de outros países mesmo não tendo ligação alguma com os mesmos, o que torna a coisa mais esdrúxula (e ridícula) ainda (em comparação ao caso "revi" externo). Embora este fenômeno também ocorra nos EUA.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

"Pedem que judeus ucranianos deixem Kiev depois que Yanukovych foi deposto pelo Parlamento"

Fiz este post sobre o grupo de extrema-direita (fascista) que encabeça a baderna na Ucrânia, apoiado pelo governo dos Estados Unidos e da União Europeia sob liderança do governo alemão, com o título "A crise da Ucrânia: fascistas (extrema-direita) perto do poder (Black Blocs atuam)". O que era hipótese virou fato. Só um adendo antes se prosseguir, o post é de minha responsabilidade (opinião).

Primeira consequência da mudança política naquele país do leste europeu pode ser lida abaixo. Brincam com fogo, como comentei antes, brincam achando que controlam um bando de fanáticos pra tirar proveito político disso, tal qual fizeram em outras ocasiões e as consequências foram desastrosas.

Pior ainda é o destaque do governo alemão neste episódio pois é o país líder da União Europeia e não dá pra se esconder sob o manto da UE. Angela Merkel e outros líderes europeus terão o desplante de visitar memoriais do Holocausto falando que "não toleram nazismo" depois de apoiarem um grupo fascista a derrubar presidente eleito em um país? Um dos fatos mais graves desde a segunda guerra mundial.

Barack Obama, primeiro presidente negro dos EUA, do Partido Democrata (o partido mais bélico dos EUA), é um dos responsáveis políticos pela ajuda dada a um grupo nazifascista para derrubar um governo eleito na Ucrânia visando o conflito (reedição mal-ajambrada da guerra fria) com a Rússia. Nem W. Bush conseguiria tal "proeza".

O engraçado é ler de um bando de "revis" idiotas (pleonasmo) do país, dizendo que o governo alemão é "sionista" e mais neuroses deles rotulando tudo de "sionista" porque veem judeus em todo canto por conta do antissemitismo psicótico e não conseguem entender nada do que se passa ao redor porque só visualizam o mundo através de "crenças", superstições e preconceitos (a muleta dos idiotas).

Mais ridículo ainda será ver a crise do "lado eurasiano" dessa extrema-direita do Brasil, que idolatra o Putin e seguem ideologicamente um "Rasputin" de extrema-direita/fascista, Aleksandr Dugin, "líder" do grupo neonazi russo Nazbol (uma alegoria com o termo "bolchevique", sendo na prática outro grupo neonazi misturando termos pra tentar se dissociar da imagem do nazismo), sem saberem que posição tomar sobre a crise na Ucrânia, pois os fascistas da Ucrânia odeiam russos e o governo russo (ídolos deles), tendo ligações com os nazistas na segunda guerra que tinham política de extermínio de eslavos. O Dugin merece até um post à parte com a "Third Position" dessa patota (isso é fascismo por outro nome).
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Pedem que Judeus ucranianos deixem Kiev depois que Yanukovych foi deposto pelo Parlamento

Judeus ucranianos foram instados a deixar Kiev, e se possível a Ucrânia, pouco antes de o Parlamento do país votar para derrubar o presidente Viktor Yanukovich do poder.

Crédito: Wikimedia Commons.
(JNS.org) Na esteira de uma escalada de confrontos entre manifestantes e forças do governo ucraniano, que já causou a morte de mais de 120 pessoas na semana passada, o Parlamento da Ucrânia votou neste sábado a remoção do presidente Viktor Yanukovych do cargo e da realização de uma nova eleição em 25 de maio. O Parlamento também votou a favor da libertação da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que foi, então, solta sábado do hospital da prisão, informou a Reuters. Yanukovych fugiu de seu escritório em Kiev.

Na sexta-feira, o rabino ucraniano Moshe Reuven Azman pediu que os judeus de Kiev deixassem a cidade e, se possível, o país, devido a temores de que os judeus possam se tornar alvo no caos em curso. Informou a Israel National News na sexta-feira que algumas lojas judaicas foram vandalizadas.

"Eu disse a minha congregação para deixar o centro da cidade ou a cidade todos juntos e, se possível, o país também ... Eu não quero abusar da sorte ... mas há avisos constantes a respeito das intenções de atacar instituições judaicas:" disse Rabi Azman ao Maariv .

Os manifestantes primeiro inundaram a Praça da Independência de Kiev, conhecido como "Maidan", em novembro de 2013 para protestar contra a decisão de Yanukovych para congelar planos de entrar em um acordo de livre comércio com a União Europeia. Em vez disso, Yanukovych apontou uma intenção de se juntar à União Aduaneira da Eurásia, uma união econômica idealizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que é visto como um precursor de uma União Eurasiática de países do Leste Europeu e do Cáucaso.

Até segunda-feira, a oposição e o governo ucraniano pareciam estar trabalhando em direção a um acordo, mas o negócio caiu completamente. Na terça-feira, manifestantes e forças do governo se enfrentaram violentamente novamente, levando a muitas baixas em ambos os lados do conflito na semana passada.

"Contactamos o ministro (israelense) das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, solicitando que ele nos ajude com a segurança da comunidade", disse Edward Dolinsky, chefe da organização de apoio de judeus da Ucrânia.

Fonte: JNS.org
Título original: Ukrainian Jews urged to leave Kiev as Yanukovych is ousted by Parliament
http://www.jns.org/news-briefs/2014/2/22/ukrainian-jews-urged-to-leave-kiev-as-yanukovich-is-ousted-by-parliament
Tradução: Roberto Lucena

Pra quem quiser ler mais, não foi possível traduzir e o post acabaria com excesso de informação, segue os links:
'Estarei combatendo judeus e russos até eu morrer': militantes da extrema-direita ucraniana visando o poder (RT, edição em inglês)
Ucrânia: Agência Judaica envia fundos para garantir segurança dos judeus no país (Expresso, Portugal)
Jewish Agency to send emergency aid to Ukraine’s Jews (Times of Israel)
Jewish Agency offering emergency help to Ukraine Jews (JTA)
Ucrânia: não faça de bode expiatório seus judeus e muçulmanos (Jewish Daily Forward)
Na crise da Ucrânia, não esqueçam da segurança das minorias judaica e muçulmana (Huffington Post)
Israeli agency sends funds to aid Ukrainian Jews' security (Yahoo!)

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