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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Judeus na África do Norte: Opressão e Resistência

Judia do Marrocos, foto sem data
(anterior à segunda guerra)
Os judeus do norte da África tiveram um pouco mais de sorte que os demais: uma vez que estavam geograficamente distantes dos campos de concentração no centro e no leste europeu não tiveram o mesmo destino que os judeus da Europa. Eles também escaparam de viver sob o total domínio germânico, uma vez que os alemães nunca ocuparam o Marrocos ou a Argélia; e embora os nazistas tenham ocupado a Tunísia a partir de novembro de 1942, quando os Aliados desembarcaram no Marrocos e na Argélia, em maio de 1943, os alemães nunca tiveram tempo nem recursos para sujeitar os judeus locais às medidas implementadas nas áreas de dominação direta nazista na Europa. No entanto, no Marrocos, Argélia, e Tunísia, os tradicionais ataques de anti-semitas de europeus e nativos islâmicos contra os judeus e suas propriedades continuaram, sob o beneplácito das autoridades de Vichy.

Mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, o governo francês havia instalado campos de internação na região dos Pirineus para prender republicanos espanhóis que haviam lutado contra os rebeldes fascistas ligados a Franco durante a Guerra Civil espanhola, pessoas suspeitas ou condenadas por crimes políticos, e também judeus que não cometeram nenhum tipo de crime, mas que fugiam da Alemanha nazista e procuravam asilo na França.

Depois da assinatura do armistício com a Alemanha, as autoridades de Vichy prenderam e enviaram para os campos de trabalho na Argélia e no Marrocos os estrangeiros, inclusive judeus, que haviam lutado ao lado da França contra os alemães em 1940, bem como refugiados que haviam se apresentado como voluntários para defender o território francês. Quando lá chegavam, os refugiados recebiam auxílio dos comitês judaicos locais, do Comitê de Distribuição Comum, e do HICEM, uma organização internacional para auxílio à migração. Estas instituições também tentaram tirar vistos e organizar viagens para que os refugiados fossem para os Estados Unidos

A administração de Vichy enviou outros refugiados judeus para campos no sul do Marrocos e da Argélia para efetuarem trabalho escravo na estrada de ferro subsaariana. Naquela região existiam aproximadamente 30 campos, incluindo Hadjerat M' Guil e Bour-Arfa, no Marrocos, e os de Berrouaghia, Djelfa, e Bedeau, na Argélia. As condições eram muito difíceis para os mais de 4.000 trabalhadores judeus obrigados a trabalhar de sol-a-sol na construção daquela ferrovia.

Desde setembro de 1942 os Aliados já planejavam estabelecer uma segunda frente de batalha contra os nazistas no norte da África. A Operação Tocha utilizou as forças americanas e britânicas, sob o comando do General Dwight D. Eisenhower, para chegar às praias da Argélia e do Marrocos e tomar as cidades de Casablanca, Orão e Argel. O presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt queria que administração de Vichy se unisse aos Aliados contra a Alemanha e a Itália, e por isto opôs-se à coordenação dos Aliados com as forças da França Livre, sob o comando do General Charles de Gaulle. No dia 8 de novembro os Aliados chegaram à Argélia e ao Marrocos e, inicialmente, encontrarem uma forte resistência das forças de Vichy, só entrando em Casablanca no dia 11 de novembro.

Na Argélia, as forças francesas da resistência secreta protagonizaram um golpe de estado na capital da Argélia, Argel, e conseguiram neutralizar a 19ª Tropa do Exército francês sob o comando do governo de Vichy. O golpe em Argel foi liderado pelos judeus Bernard Karsenty e Dr. José Aboulker, além do "Comitê dos Cinco", pessoas importante que apoiavam o regime de Vichy mas eram contra os alemães. Dos 377 participante no golpe, 315 eram judias. Apesar das autoridades norte-americanas haverem prometido armas aos líderes da resistência, elas nunca foram entregues. Oficiais norte-americanos, sob as ordens de Roosevelt, negociaram um acordo com o Almirante Jean François Darlan, Comissário Superior do norte da África, para que suas tropas não mais resistisse ao desembarque dos Aliados, nos dias 10 e 11 de novembro de 1942. Os sacrificados neste acordo foram os líderes da resistência francesa, comandados por Charles de Gaulle, que não ganharam nenhum poder.

Imediatamente após a chegada dos Aliados à Argélia e ao Marrocos, os alemães invadiram a Tunísia. No dia 23 de novembro de 1942, os alemães prenderam Moises Burgel, o presidente da comunidade judaica de Túnis, além de outros judeus importantes. A solidariedade e resistência à perseguição alemã contra os judeus tunisianos veio do Residente-Geral, Almirante Estéva, que era representante de Vichy, do prefeito de Túnis, o sheique al-Madina ‘Aziz Jallouli, e dos italianos que lá viviam, todos exigindo que qualquer medida tomada contra os judeus tunisianos deveria excluir os de cidadania italiana.

No início de dezembro, os alemães exigiram que Moisés Burgel e o rabino-chefe Haïm Bellaïche dissolvessem as instituições da comunidade judaica e ordenaram que o rabino selecionasse e enviasse trabalhadores judeus para trabalhar para as forças do Eixo, e ao mesmo tempo os nazistas avisaram às autoridades de Vichy e da Tunísia que eles não mais tentassem interferir em suas decisões sobre os judeus. Dois dias depois, os líderes judaicos entregaram aos alemães uma lista com o nome de 2.500 judeus, mas apenas 128 se apresentaram ao trabalho forçado. Os nazistas então realizaram uma varredura no bairro judaico da cidade de Túnis, e mandaram os que aprisionaram para um campo de trabalhos forçados em Cheylus, próximo à cidade. Ao mesmo tempo, as SS prenderam 100 judeus com prestígio dentro da comunidade judia, como forma de chantagear e exigir que fornecessem pessoas para o trabalho forçado.

Aproximadamente 5.000 judeus tunisianos foram recrutados para quase 40 campos de detenção e áreas de trabalho forçado, dirigidos por alemães e italianos, localizados próximos às linhas da frente de batalha. Dentre estes campos o mais importante era o porto militar localizado em Bizerte, sob domínio alemão. As condições nestes campos eram terríveis, principalmente naqueles liderados pelos alemães. Os judeus organizaram comitês para tentar melhorar a vida dos internos, classificando-os como doentes ou ajudando-os a escapar. Isto foi se tornando cada vez mais fácil, pois a disciplina nos campos era diminuída à medida que a dominação dos países do Eixo ia enfraquecendo na Tunísia.

Apesar de desgastados devido aos ataques terrestres e aéreos dos Aliados no começo de 1943, as autoridades nazistas continuaram perseguindo os judeus tunisianos, como, por exemplo, através da imposição de multas às comunidades judaicas, aparentemente para recompensar as vítimas nazistas dos bombardeios Aliados. Em março de 1943, colonos franceses anti-semitas da direita saquearam casas e lojas de judeus e denunciaram 20 membros da resistência anti-Vichy, incluindo alguns judeus, para as autoridades alemãs. Os alemães transferiram os presos para campos de concentração na Europa.

Sarah Sussman
Universidade de Stanford

Fonte: site do USHMM (Museu Memorial do Holocausto)
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10007312

sábado, 11 de maio de 2013

Os mischlinge e os soldados negros franceses

Segue abaixo um trecho importante do livro "Os Soldados Judeus de Hitler", de B. M. Rigg, livro que fala sobre o problema dos Mischlinge no regime nazi. A passagem fala sobre o tratamento recebido quando alguns oficiais recebiam a informação que determinado soldado era Michlinge, mas a passagem também cita o relato de um Mischling falando do tratamento dado a soldados negros franceses prisioneiros, tema abordado aqui (Resenha do livro "As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940"). Ler mais sobre o assunto na tag.

Trecho:
A dispensa do meio judeu às vezes era traumática. alguns sofreram séria humilhação. o comandante de Wolfgang Jordan fê-lo sair da formação, com toda a companhia em posição de sentido, e explicou que ele estava sendo dispensado por ser racialmente inferior. O comandante completou a papelada, e Jordan deixou sua unidade poucas horas depois, devastado pela humilhação pública. Richard Riesse foi mandado para casa, em Viena. Ali, primeiro teve de ir a uma repartição da SS, onde mediram sua cabeça e outras partes do corpo. deram-lhe um atestado oficial de meio judeu. Riess ficou assustado. Vira a SS estourar a cabeça de prisioneiros de guerra coloniais franceses e temia o que fariam com ele, outra pessoa "racialmente inferior". A SS simplesmente lhe disse que ele era indigno de servir à Wehrmacht, e o mandou embora dizendo: "Mazel Tov".

Karl Heinz Scheffler viu o tratamento dado aos prisioneiros de guerra negros como um indícidio do que os meio judeus deviam esperar. [42] Muitos tinham visto como os judeus-poloneses haviam sido tratados em 1939 e temiam ser tratados do mesmo jeito. Alguns meio judeus não sobreviveram ao anúncio de seu status racial o suficiente para ser formalmente dispensados. Quando Wilhelm Vielberth comunicou seu status racial, seu oficial sacou a pistola e o matou a tiros. [43]
Fonte: Os Soldados Judeus de Hitler; Bryan Mark Rigg, pág

Observação: sobre as tags (marcadores) dos posts, não são mero "enfeite" pois noto que muita gente quando acessa o blog não clica nas tags pra ver se encontra outro texto sobre determinado assunto. As tags são atalhos pra interligar os posts por temas, não pare no primeiro post que ler e confira também os outros posts clicando nas tags (por assuntos).

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

[Pausa Musical] - Mélanie Laurent - En t'attendant (álbum)

Post "off topic", mas a música é sempre uma boa pedida para acalmar as feras. Brincadeiras à parte, acho que não há problema em usar o espaço do blog pra sugerir ou citar alguma banda, música ou cantante.

Primeira da lista, e é uma surpresa pois não vi divulgação desse disco no país, pra variar, pois com algumas exceções a programação cultural atual da TV brasileira é quase literalmente um esgoto a céu aberto de "qualidade". Mas como eu dizia, a primeira da lista é a Mélanie Laurent.

Pra quem não consegue associar o nome à pessoa, a bela francesa fez o papel da Shosanna Dreyfus no filme Bastardos Inglórios. E a mesma aparece neste filme francês lançado em 2010, sobre a deportação dos judeus franceses, La Rafle, título em português ficou como "Amor e Ódio", trailer.

En t'attendant é o álbum de estréia da moça, gostei do som, é diferente, bem produzido e arranjado. Logo abaixo, seguem alguns vídeos das músicas do disco:

Mélanie Laurent - Kiss


Mélanie Laurent - Insomnie


Música título do disco, En T'anttendant,
ao vivo no estúdio da Europe1.fr:

O clipe de En T'Anttendant.
Abaixo

Esse vídeo segue em separado pois a última música "Tango", que é tocada colada com "Circus", só saiu na edição Deluxe do disco. Abaixo as músicas executadas ao vivo também no estúdio da Europe1.fr:


Bom som a todos, mas dessa vez sem 'Au revoir, Shosanna'. (hehehehehe).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940

Documento criado em: 20 de julho de '06
Air & Space Power Journal Book Review - Primavera de 2007

Hitler's African Victims: The German Army Massacres of Black French Soldiers in 1940(As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940) por Raffael Scheck. Cambridge University Press (http://www.cambridge.org/us), 32 Avenue of the Americas, New York, New York 10013-2473, 2006, 216 páginas, $65,00 (capa dura).

Em "A Preface to History" de Carl G. Gustavson, o autor afirma que ao visualizar qualquer evento histórico, deve-se examinar e tentar compreender quaisquer e todas as influências profundas que levaram à ocorrência de um específico episódio, porque nunca tais eventos ocorrem em um vácuo e simplesmente não "apenas ocorrem". Pelo contrário, as situações sempre vão em movimento na esteira de outros acontecimentos. Em seu excelente livro "Hitler's African Victims", Raffael Scheck faz isto com perfeição e com grande efeito.

Professor adjunto de História Moderna da Europa no Colby College e titular PhD da Universidade de Brandeis, Scheck é autor dos livros "Alfred von Tirpitz and German Right Wing Politics, 1914–1930"(Alfred von Tirpitz e as políticas alemãs de extrema-direita, 1914-1930) e "Mothers of the Nation: Right-Wing Women in Weimar Germany"(Mães da Nação: as mulheres de extrema-direita na República de Weimar), juntamente com vários artigos sobre políticas da extrema-direita alemã. Em Hitler’s African Victims, Scheck traz à luz uma área da história que até agora as pessoas, ou intencionalmente teriam ignorado ou, infelizmente, esquecido.

Durante o desesperado verão de 1940, as forças alemãs avançaram largamente, sem contenção, sobre a Europa Ocidental. Um dos muitos países a sentir a fúria do exército de Hitler foi a França. Ardendo com um intenso desejo de vingança pelas abominações impostas ao povo alemão - o Tratado de Versailles - Hitler e seus asseclas assumiram uma atitude especial para impôr uma rápida e humilhante rendição à França. As fileiras do exército francês alistaram mais de 100.000 soldados negros os quais os franceses haviam recrutado e mobilizado a partir de áreas da Mauritânia, Senegal e Níger, na África Ocidental Francesa, colocando-os em regimentos só negros ou mestiços e em seguida tornando-os parte das divisões da Infantaria Colonial. Durante a árdua batalha contra os alemães, estes soldados africanos - muitas vezes armados com os temidos coupe-coupe(facões) de lâmina longa, com os quais eles abriam caminho através dos soldados inimigos no combate corpo a corpo - viram-se confrontados com o melhor que os alemães poderiam reunir. Raramente se ouve a história das perdas que os africanos impuseram aos alemães.

Tragicamente, durante o período de luta mais difícil na campanha da França, acima de 3.000 desses prisioneiros Tirailleurs Senegalais foram evidentemente massacrados por soldados alemães. O assassinato de prisioneiros inimogos - por membros de ambos os lados - ocorreu durante a guerra, mas o grande número de perdas cometidas pelos Tirailleurs durante em um período relativamente curto de tempo levanta sérias questões. O autor faz um trabalho magistral de extraordinária e coerente informação do acontecimento para explicar as circunstâncias que cercam esses massacres.

Como parte de sua análise, Scheck discusses muitos aspectos da história do racismo na Alemanha que provavelmente levaram a atitudes predominantes dentro da sociedade nazista daquele tempo — por exemplo, o que ficou conhecido como "Terror Negro"(Black Horror), envolvendo o estacionamento de soldados negros na Renânia logo após a Primeira Guerra. Vários incidentes ocorreram entre estes soldados e a população nativa, especialmente os nascimentos de muitas crianças mestiças. Estarrecida, a liderança nazi pediu pela esterelização forçada destas crianças e a propaganda alemã trabalhava a exaustão para retratar negros como selvagens e "loucos pervertidos sexuais". Por conta destes esforços, uma forte fundação antinegra surgiu na nova Alemanha. Da mesma forma, como um poder colonial na África (1904–1907), a Alemanha eliminou mais de 150.000 negros durante uma série de levantes. Além disso, os alemães deram tratamento similar ao dos negros apanhados lutando pela União durante a Guerra Civil Norte-Americana, bem como o tratamento dos EUA a mexicanos, norte-americanos nativos e filipinos durante os conflitos com esses povos.

Todos esses fatores ajudaram a criar uma atmosfera propícia para cometer as atrocidades descritas neste livro. O autor explica eloqüentemente conceitos tais como o critério para o massacre sancionado e cinco fatores situacionais que conduziram ao assassínio de prisioneiros negros. Curiosamente, a pesquisa de Scheck revelou que quando tudo estiver dito e feito, aparentemente nenhuma diretiva do governo alemão ordenou que os soldados matassem esses prisioneiros. Muito provavelmente, a ferocidade da batalha, o racismo latente e os efeitos de terem visto colegas soldados mortos em combate - muitos cortados e separados por africanos ocidentais armados a faca - combinaram para motivar os alemães a agir como agiram. Na verdade, muitas unidades alemãs se recusaram a matar os prisioneiros negros absolutamente, e depois de agosto de 1940 - o período mais desesperador para alemães e franceses - pouco ou nenhum assassinato de prisioneiros ocorreu.

Apesar deu tecer louvores a este livro, eu tenho algumas discordâncias com o autor. Scheck afirma que os alemães iriam "atirar imediatamente nos negros dispersos sem lhes dar a oportunidade de se render. Isto era ilegal como um massacre, mas mais fácil para encobrir. . . . A prática de não dar alojamentos a soldados negros, embora ilegal, foi certamente facilitada pelo fato de que as disposições legais para se render poderiam ser difíceis de se aplicar no combate corpo a corpo"(páginas 61 e 66). De acordo com a Lei de Conflito Armado, no entanto, não é ilegal matar soldados em fuga ou dispersar os soldados. Só depois deles terem se rendido e o inimigo tomar o controle deles, eles se tornariam imunes de serem mortos. Da mesma forma, é legal dizimar toda formações de soldados inimigos - por não matá-los hoje, em vez de tê-los que enfrentar amanhã. Apesar de ser "descortês" poder matar soldados em fuga ou dizimar uma formação inteira inimiga, continua a ser perfeitamente aceitável e legal fazê-lo.

No geral, os pontos de menor importância em nada diminuem o grosso deste excelente livro. Não é sempre que se encontra um estudo da Segunda Guerra Mundial que revela uma página inteiramente nova da história. Completo com dez fotografias, quatro páginas de tabelas que descrevem os assassinatos e um mapa das áreas em questão, Hitler's African Victims deixa sua marca como uma importante contribuição para uma já desordenada história da guerra.

Tenente-Coronel Robert F. Tate, FAEUA(USAFR)
Base(AFB) de Maxwell, Alabama

Aviso

As conclusões e opiniões expressas neste documento são as que o autor manifesta de acordo com sua liberdade de expressão e no ambiente acadêmido da Academia da Força Aérea(Air University). Elas não refletem a posição oficial do Governo dos EUA, do Departamento de Defesa, da Força Aérea dos EUA ou da Academia da Força Aérea(Air University).

Fonte: Air & Space Power Journal Book Review(da Academia da Força Aérea dos EUA)
http://www.airpower.au.af.mil/airchronicles/bookrev/scheck.html
Tradução: Roberto Lucena

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