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quinta-feira, 24 de julho de 2014

[Pausa Musical] - Adeus ao torcedor do Sport, Ariano Suassuna (1927-2014)

Deixar um último adeus ao célebre rubro-negro - ou como ele diria, torcedor do Sport pois rubro-negros há vários clubes e "torcidas" por aí - que nos deixou no dia de ontem, 23 de julho. Agradecer a ele, o mais pernambucano dos paraibanos, por dividir a paixão e o sentimento único que é torcer pelo Sport Club do Recife.

Ele aparece no Pausa Musical de abril com uma aula espetáculo. Caso alguém queira assistir, segue o link abaixo:
Pausa Musical - Aula Espetáculo de Ariano Suassuna

Também acho importante que as pessoas assistam essas entrevistas (há várias pelo Youtube), dele falando de seu amor pelo Brasil e pelo futebol e aqui sobre a data de fundação do clube, dia 13 de maio (que é também dia da abolição da escravidão no Brasil, link2)

Adeus Suassuna, pois como bem disse, felicidade é torcer pelo Sport. (Link2, Link3).

sábado, 12 de abril de 2014

[Pausa Musical] - Aula Espetáculo de Ariano Suassuna

Como eu coloquei o nome nesse "off topic" de "Pausa Musical" não irei alterar o nome pra adaptar pra outro assunto pois é melhor que todos esses posts "off" fiquem na mesma tag. Em todo caso, essa "pausa musical" não é sobre música e sim sobre uma aula-espetáculo dada pelo escritor, e imortal da ABL, Ariano Suassuna. Vale a pena assistir.

Uma aula da boa e autêntica literatura e cultura brasileira.

Pra quem não conhece (pois o blog é acessado por gente de vários países e podem não conhecê-lo), Ariano Suassuna é paraibano mas passou a maior parte da vida no Recife (chegou ainda adolescente). Suponho que provavelmente ele deve se identificar mais com Pernambuco que com o estado natal, embora nunca tenha renegado sua terra natal. Pra quem não conhece geograficamente e historicamente, há uma certa "simbiose" entre Pernambuco e Paraíba, principalmente na parte litorânea, embora haja diferenças, como por exemplo, nós (pernambucanos) torcemos clubes de nosso Estado e não pra clubes de outros Estados, enquanto na Paraíba a maioria da população torce pra times do Estado da maior emissora do país que ascendeu na Ditadura Militar (não vou citar o nome, quem lê dá pra deduzir qual é). O Ariano Suassuna torce também pro meu time, o que é um grande motivo de orgulho ("mal aê" pro resto de vocês, rsrsrsrs).

Sua peça mais famosas é o Auto da Compadecida, que já foi adaptada pra cinema e TV e é bem conhecida em todo o país. Ele também foi idealizador do Movimento Armorial, acho que dos anos setenta, no Recife. Dá um clique aqui e aqui pra ter uma ideia do que é Movimento Armorial.

Eu não irei discutir aqui no post minha "birra" com o termo regional pois já disse o que penso sobre isso (link) em outros posts mas falta ainda um post pra tratar do livro "A Invenção do Nordeste", ainda farei um post só tratando do assunto (algum dia, quem sabe, 2015, por aí, rs). Esses regionalismos forjados do Brasil (e esse foi criado na Ditadura Vargas) criam mais problemas do que "soluções", mitologias típicas de ideologia fascista, além de atacar a identidade de Pernambuco como Estado com significativa história e trajetória única no Brasil. Não irei abrir mão dessa identidade porque A, B ou C não gosta disso e quer massificar uma identidade oriunda de alguns Estados passando por cima até dos nomes de cada Unidade da Federação Podem ralhar e chiar pois não é algo incompatível com o Brasil (o fato de alguém se identificar com seu Estado e ser brasileiro), pelo contrário, historicamente o Brasil como nação surge em PE (Batalha dos Guararapes) (a ideia de Nação no Brasil), então dá quase no mesmo, mas fica a discussão pra outro post.

Isso não tira o mérito artístico e estético do movimento acima e da literatura criada em torno dessa ideia regional, embora não morra de amores pela ideia de divisão regional (eu detesto mesmo, por se tratar de uma imposição alheia e invenção). Essa melancolia rural tentando forjar um "bom selvagem" mitificado em contraposição a outras regiões do país (criadas na mesma época), em cima de locais que foram núcleos de colonização do Brasil (eram estados e cidades fortes) até a mudança disso em 1808 com a vinda da Coroa Portuguesa pro Brasil fugida de Portugal é um dos maiores deformadores de identidade nacional que já criaram.

Mas deixem essas divagações de lado e confiram a aula-espetáculo abaixo. Taí um Ariano que a gente deve gostar, rs.

P.S. último recado pros que ficam enchendo o saco choramingando citando as porcarias que são passadas na TV aberta brasileira (os canais com maior audiência): ao invés de ficar de choro reclamando e enchendo o saco alheio, podem ir atrás de informação sobre literatura e artes pois há cultura boa no país. Ninguém tem culpa de você não saber disso, então não reclame com afirmações de "não tem nada nesse país" por simplesmente ignorar as coisas. Agora se você espera que isso caia do céu? Continue esperando pois não vai cair, e chorando (longe). Pra quem quer algo impactante em literatura, música etc, irá encontrar sempre coisas boas, quem geralmente reclama é porque só assiste TV e fica bitolado naquele "circuito" alienante, então desligue a TV se a programação não presta. Menos choro e procurem se informar mais a respeito da cultura (literatura, música) já produzida no país.

Post começado em: 05.09.2013

Aula Espetáculo Ariano Suassuna

segunda-feira, 31 de março de 2014

A aventura de Josef Mengele na América do Sul (filme)

No terceiro e penúltimo dia da Mostra de Cinema Judaico (29/03), o argentino Wakolda ("O Médico Alemão"), de Lucia Puenzo, é um dos pontos altos. O filme, que passou pela A Certain Regard do Festival de Cannes em 2012, mostra as experiências desenvolvidas por um estranho médico na Patagônia nos anos 60.

O filme remete a um contexto histórico muito familiar aos sul-americanos: o refúgio de nazis foragidos dos aliados após o fim da 2ª Guerra Mundial. Alguns, como Adolf Eichmann, não tiveram sorte e, no caso deste ex-administrador de Auschwitz, foi sequestrado em plena Buenos Aires pela Mossad e executado em Israel. Já o sinistro Mengele deu-se melhor: acusado de experiências abomináveis com seres humanos durante a guerra, acabou por conseguir fugir sempre e terminou seus dias a viver pacificamente no litoral do Brasil, onde viria a morrer afogado em 1979.

A Wakolda do título original é uma menina que tem um problema: é muito mais pequena do que todas as outras pré-adolescentes da sua idade. Após infiltrar-se no seio da família dela, um misterioso médico vai tentando convencê-los a deixar submete-la a um método supostamente científico para ajudá-la a crescer.

A exibição do filme é precedida pela singular curta-metragem da Bielorrússia Shoes, que em poucos minutos, sem diálogos e sem mostrar rostos, filmando apenas os pés e as pernas dos "personagens", recria uma tragédia da 2ª Guerra.

Outro destaque na programação deste sábado é o documentário Os Judeus e o Dinheiro – Investigação de um Mito, que será seguido de um debate. Partindo de um homicídio que chocou a França em 2006, quando foi encontrado o cadáver de um jovem que havia sido sequestrado e torturado brutalmente durante vários dias, o realizador Lewis Cohen vai investigar um dos mais duradouros mitos relacionados com os judeus – a sua riqueza.


Ligando presente e passado, Cohen evita a superficialidade dos telejornais e dá ao crime, aparentemente cometido contra aquele jovem porque pensavam que ele, por ser judeu, "tinha dinheiro" (na verdade era o proprietário de uma pequena loja de telemóveis*), uma dimensão diferente. Para isso mergulha no passado para encontrar a origem deste mito – contando para isso com comentários de Jacques Le Goff, um dos maiores medievalistas de sempre, além de outros historiadores.

Já O Casamenteiro, de Avi Nesher, que teve no ano passado o seu trabalho mais recente exibido em Portugal, The Wonders, foi um grande sucesso em Israel, enquanto o alemão Os Vivos e os Mortos traz uma jovem em peregrinação por vários países em busca da sua identidade – o que a vai levar até a 2ª Guerra Mundial e o holocausto.

Fora do âmbito do cinema, a Judaica terá uma homenagem a Jan Karski, que contará com a presença do embaixador da Polônia. Karski foi um judeu polaco que durante a 2ª Guerra teve como missão de um grupo de resistência aos nazis um périplo por diversos países para alertar seus governos de que o holocausto estava a acontecer na Alemanha.

Fonte: c7nema.net (site)
http://www.c7nema.net/artigos/item/41263-judaica-a-aventura-de-josef-mengele-na-america-do-sul.html

*telemóvel: é como chamam telefone celular em Portugal

Observação: coloquei mais este texto por conta da citação do documentário do Lewis Cohen "Os judeus e o dinheiro" que desconhecia até ler o texto acima. Gosto de documentários que abordam a origem dos preconceitos mostrando como se formam os estereótipos e o que há de "verdades" nos mesmos, o rapaz morto era um vendedor de celular na França e foi sequestrado e morto porque a gangue que o fez achava que ele seria rico por ser judeu, seguindo à risca um estereótipo sem nem se questionarem que o mesmo poderia ser falso.

Esse tipo de documentário também geraria uma discussão de como combater o preconceito, via repressão simplesmente, como muitos defendem ignorando que não se desacredita uma ideia errada simplesmente por caneta, ou se desconstruindo o preconceito mostrando as falácias e erros neste tipo de discurso, que é o que eu acho que funciona de fato embora no país o combate a preconceitos praticamente inexiste como prática do Estado brasileiro, unidades da federação e instituições, principalmente Universidades.

Ver mais:
Resenha Crítica: "Os Judeus e o Dinheiro" (Jews & Money)
Os Judeus e o Dinheiro: Investigação de um Mito

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Documentário sobre o Holocausto é recuperado e restaurado (Bergen-Belsen)

quarta, 27 novembro 2013 13:23. Publicado por Jorge Pereira
Fonte: Screen Daily

Um documentário inédito sobre o Holocausto, em que Alfred Hitchcock serviu como consultor, está a ser restaurado com a ajuda do realizador Stephen Frears. O filme, executado em 1945 pelo exército britânico, mas nunca terminado, mostra a libertação dos detidos no campo de concentração de Bergen-Belsen, apresentando mesmo imagens bastante chocantes que tinham como objetivo impedir que os alemães negassem as atrocidades cometidas na 2ª Guerra Mundial.

O anúncio foi feito durante o Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), estando confirmada a chegada da produção aos cinemas (provavelmente em festivais) e à TV em 2015, data em que se assinalam os 70 anos da libertação da Europa.

A acompanhar este trabalho estará ainda uma outra longa-metragem documental, intitulada Night Will Fall. Nesta produção, realizada por André Singer, o produtor executivo de The Act of Killing, acompanha-se a elaboração do documentário e também a forma como ele foi abruptamente cancelado e «escondido» durante décadas. Consta que o Governo Britânico e o Departamento de Estado dos EUA impossibilitaram a finalização da produção devido a esta ser bastante penalizadora para a reconstrução da «nova» Alemanha.

No inicio dos anos 80, a fita foi «descoberta» no Imperial War Museum em Londres e em 1985 chegou mesmo a ser apresentada na TV americana (PBS) sob o titulo Memories Of War, com a narração do ator Trevor Howard.

O filme foi agora recuperado, restaurado e editado de forma cronológica pelo Dr Toby Haggith, que finalizou assim o projeto original.

Fonte: site C7nema
http://www.c7nema.net/producao/item/40580-documentario-sobre-o-holocausto-e-recuperado-e-restaurado.html

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Holocausto segundo Jerry Lewis (O dia que o palhaço chorou)

EFE / Fotos: Especial
O Holocausto segundo Jerry Lewis
13/08/2013 06:38

Fragmentos de filme inédito do comediante Jerry Lewis sobre o Holocausto, 'The Day The Clown Cried' (O dia que o palhaço chorou), aparecem no YouTube

O filme trata de um palhaço que acaba em um campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.

NOVA YORK, 13 de agosto.- Dias depois do descobrimento do debut inédito de Orson Welles atrás das câmaras, apareceu na internet fragmentos de The Day The Clown Cried, filme que Jerry Lewis produziu e protagonizou em 1972 sobre um palhaço no Holocausto nazi e que, depois de uns desastrosos testes com o público, decidiu não lançar.

Com uma pequena aparição de Serge Gainsbourg, com Harriet Andersson e Claude Bolling no reparto, The Day The Clown Cried era a história de Helmut Doork, um palhaço que acaba num campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.
"Era ruim e era ruim, porque eu havia perdido a magia. Nunca a verão. Ninguém a assistirá jamais, porque me envergonho por este trabalho pobre", assegurou Jerry Lewis
Havia nascido como um dos projetos mais queridos do comediante estadounidense, e Lewis havia perdido mais de 15 quilos a base de comer só uvas durante seis semanas e foi para a Suécia para rodá-la, onde para acabá-la teve que pôr dinheiro de seu próprio bolso.

175 mil visitas tem o filme no YouTube em apenas 2 dias

Contudo, a recepção nas projeções de prova com o público tiveram uma acolhida tão fria que Lewis decidiu não lançá-la nunca.

Agora, no portal de vídeos YouTube se pode assistir um "como foi feito" (making of) e algumas cenas de The Day The Clown Cried com legendas em flamenco, realizadas antes de que fosse cancelada sua estreia, e que agora, em dois dias, alcançou mais de 175 mil visitas.

O dia que o palhaço chorou

No vídeo se pode ver um Lewis consciencioso explicando o método de trabalho, citando inclusive os conselhos que lhe foram dados por Charlie Chaplin (ou Charles, Charlie é apelido pra Charles); maquiando-se para seu papel de palhaço crepuscular e também uma cena na qual tenta acender em vão um cigarro com uma vela de chama intermitente.

"Perfeita em sua monstruosidade", assim a descreveu o ator Harry Shearer

The Day the Clown Cried, que significa em inglês "O dia que o palhaço chorou", foi vista por muito pouca gente, mas entre eles estava o ator Harry Shearer, a quem a descreveu como um filme "perfeito em sua monstruosidade".

Guarda uma cópia em sua caixa forte

Jerry Lewis duvidou muito se ele era um ator idôneo para este projeto, e por isso sondou a Laurence Olivier, Dick Van Dyke e Bobby Darin antes de assumir o papel ele mesmo.

Segundo a página de cinema Internet Movie Database, o ator e diretor, nascido em Newark (Nova Jersey) em 16 de março de 1926, guarda todavia em sua caixa forte uma cópia do filme.

cmd

Os fragmentos do filme no Youtube:


Fonte: Excelsior (México)
http://www.excelsior.com.mx/funcion/2013/08/13/913419
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 14 de julho de 2013

[Pausa Musical] - La Marseillaise (Casablanca)

Dia 14 de julho, data da Queda da Bastilha, nada mais justo do que fazer uma "homenagem" aos "revis" (os pimpolhos autoritários viúvas do bigodinho raivoso da Áustria) com esta cena do filme Casablanca. Assistam abaixo:



Link: https://www.youtube.com/watch?v=HM-E2H1ChJM

terça-feira, 2 de julho de 2013

Até onde foi Hollywood para ajudar os nazis?

PÚBLICO. 01/07/2013 - 16:46

A Oeste Nada de Novo (Nada de Novo no Front),
o filme com que tudo começou DR
Novo livro defende que nos anos 1930 os grandes estúdios “colaboraram” com o regime de Hitler, o ditador que não gostava de Chaplin mas que sabia que o cinema era uma arma poderosa.

Ben Urwand passou uma década mergulhado em arquivos alemães e americanos para contar um “episódio escondido da história de Hollywood”, diz ao semanário britânico The Observer – o da relação dos patrões dos grandes estúdios de cinema com o regime nazi nos anos 1930. O resultado da sua pesquisa será publicado em Outubro pela Harvard University Press, com o título The Collaboration: Hollywood’s Pact with Hitler, e promete instalar a polémica.

O envolvimento da indústria com os estúdios já era conhecido, mas agora o investigador garante que o material reunido lhe permite concluir que a “colaboração” – termo usado dos dois lados para descrever a natureza da sua ligação – entre Hitler e a indústria norte-americana de cinema envolvia autocensura nos filmes já produzidos e o abandono de projectos que poderiam conter críticas aos nazis.

Segundo Urwand, a relação era tão emaranhada que a MGM, o maior dos estúdios da época, chegou a investir no rearmamento alemão para assim contornar restrições à circulação de capitais (havia uma lei alemã que impedia a saída de dinheiro estrangeiro do país). “Não se pode ir mais longe do que ter o maior dos estúdios da América a financiar armamento um mês depois da Noite de Cristal [9 de Novembro de 1938, data em que várias lojas, sinagogas e outros lugares ligados aos judeus na Alemanha e na Áustria foram destruídos por ordem do regime]”, diz o historiador. A Paramount, por seu lado, aplicava parte dos lucros que fazia com o mercado germânico em pequenos documentários noticiosos que muitas vezes enalteciam os nazis.

Thomas P. Doherty, autor de Hollywood and Hitler, 1933-1939, outra obra lançada recentemente, lembra, no entanto, que há documentos que mostram que a atitude da MGM respeitava indicações do próprio Departamento do Comércio dos Estados Unidos. E o também historiador Steven Ross sublinha que os mesmos patrões colaboracionistas financiavam o combate à espionagem nazi em Hollywood.

“Nos anos 1930, os estúdios não colaboravam só recusando-se a fazer filmes que atacassem os nazis – também não defendiam os judeus nem tocavam no tema da perseguição alemã aos judeus”, diz o académico da Universidade de Harvard ao Observer. Na relação entre o Reich e Hollywood era bem claro que a última palavra pertencia sempre aos alemães, defende Urwand, com base em documentação até aqui inédita. A indústria, acrescenta ao diário americano The New York Times, colaborava “com Adolf Hitler, a pessoa, o ser humano”.

O mais paradoxal, sublinha o investigador, é que a maioria dos grandes estúdios estava na mão de imigrantes judeus, muitos chegados aos Estados Unidos para fugir aos nazis. Para o jovem Urwand, de 35 anos, tudo se resumia a uma questão de dinheiro: “Eles sentiam que Hitler poderia vir a ganhar a guerra e, por isso, queriam trabalhar com os nazis para preservarem os seus negócios.”

O começo de tudo

O receio de que o mercado alemão virasse as costas a Hollywood começou em Dezembro de 1930, quando o Partido Nazi protestou contra a exibição de A Oeste Nada de Novo (All Quiet on the Western Front, no original), filme de Lewis Milestone baseado no romance homónimo de Erich Maria Remarque, em que o autor escreve sobre o cansaço físico e mental dos soldados alemães durante a Primeira Grande Guerra (Óscar para Melhor Realizador e Melhor Produção, pela primeira vez na história da Academia). Encorajados por Joseph Goebbels, homem de confiança de Hitler que viria a ser ministro da Propaganda do Reich, membros do partido soltaram ratos e lançaram bombas de mau cheiro nas salas berlinenses onde o filme de Milestone estava a ser exibido.

Com medo de perder novas oportunidades de negócio, os patrões dos estúdios começaram a aceder aos pedidos do Governo alemão, explica-se na sinopse do livro The Collaboration disponível na Internet. E quando Hitler – que sabia reconhecer como poucos políticos do seu tempo o impacto que o cinema podia ter na opinião pública – chegou ao poder, os patrões da indústria cinematográfica passaram a lidar directamente com os seus representantes. O diálogo – mantido muitas vezes em reuniões entre executivos dos estúdios e o cônsul alemão em Hollywood, Georg Gyssling – podia acontecer ao mais alto nível, tendo chegado a envolver o próprio Goebbels e Louis B. Mayer, o lendário produtor a quem se atribui a criação do star system nos anos dourados da MGM.

“Não quis que o que eu escrevi sobre os judeus fosse generalizado, mas há certos judeus no negócio do cinema que decidiram trabalhar com líderes nazis”, continua o académico, lembrando que três dos maiores estúdios – a MGM, a Paramount e a 20th-Century Fox – só saíram da Alemanha em meados da década de 1940.

Urwand descobriu uma carta datada de Janeiro de1938, e assinada “heil Hitler”, em que a delegação alemã da 20th-Century Fox se manifesta interessada nas opiniões do führer sobre os filmes americanos. Explica ainda o investigador que Hitler gostava de produções que girassem à volta de líderes fortes, como Lanceiros da Índia ou Revolta na Bounty, e detestava Chaplin e o seu O Grande Ditador, como seria de esperar.

Deborah Lipstadt, historiadora do Holocausto da Universidade de Emory, está ansiosa por ler o livro do jovem Urwand e diz que ele pode ter em mãos um verdadeiro blockbuster. Em declarações ao New York Times a académica elogia-lhe a “audacidade da história” que tem para contar.

Ben Urwand, nascido na Austrália e com antepassados judeus (os seus avós maternos fugiram da Hungria e passaram os anos da guerra escondidos), começou o projecto que agora vai dar um livro em 2004, quando deu com uma entrevista em que o argumentista Budd Schulberg se referia vagamente a reuniões entre o produtor Louis B. Mayer e o cônsul alemão em Los Angeles para discutir cortes nos filmes.

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/cultura/noticia/ate-onde-foi-hollywood-para-ajudar-os-nazis-1598898

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Diferentes abordagens do holocausto dominam mostra de cinema judaico em Lisboa

terça, 21 maio 2013 11:15. Publicado por Roni Nunes

Será a 1ª edição de uma mostra totalmente dedicada ao cinema judaico

A Judaica, como foi intitulada, ocorre em Lisboa, no cinema São Jorge, entre os dias 22 e 25 de maio, contando com oito longas-metragens de ficção e quatro documentários. Os filmes são provenientes de diversos países e todos, sem exceção, são fortemente marcados por possuir um pano de fundo histórico e social relevante.

Como dificilmente poderia ser de outra forma, o doloroso tema do holocausto domina o evento – mas com abordagens muito diferentes das habituais tragédias sentimentais do cinema de Hollywood. Conforme esclarece a diretora executiva do evento, Elena Piatok, “o tema pesa e há muitos títulos focados nele, que é incontornável. Mas as obras escolhidas não mostram o habitual, aquilo que já se viu em outros filmes. Tentei evitar a abordagem no estilo de Hollywood”, salientou.

Os filmes foram escolhidos dentro de eventos do mesmo género lhe pareceram mais adequados a um público alargado, com temáticas mais universais. “Tentei que fosse a mais abrangente possível – que falasse de música, de humor, que incluísse documentários. Espero que as pessoas gostem. Tentei abrir ao máximo o leque dentro das minhas poucas possibilidades em termos de orçamento”. A ideia da mostra partiu de uma constatação muito simples: eventos semelhantes existem por toda a Europa, tanto na ocidental como na oriental, para além dos Estados Unidos. “Até em Xangai existe. A cultura judaica é internacional, não tem fronteiras”, observa.

As honras da sessão de abertura cabem ao filme Comboio da Vida, segunda obra do realizador franco-romeno de origem judaica Radu Mihaileanu, que o ano passado esteve em cartaz em Portugal com A Fonte das Mulheres. Entre a programação de ficção, três obras recentes merecem destaque: Lore, de Cate Shortland, Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta, e Zaytoun, o novo filme de Eran Riklis – realizador de A Viagem do Diretor, que esteve em cartaz por cá em 2011. Mahler no Divã (Felix Adlon e Percy Adlon), O Tempo Perdido (Anna Justice), O Quinto Céu (Dina Zvi-Riklis) e Simon e Os Carvalhos (Lisa Ohlin) completam a programação de ficção.

Entre os documentários, destaque para O Apartamento, uma incrível história do pós-2ª Guerra reconstituída a partir dos restos de cartas e fotografias de uma idosa recém falecida, e Hava Nagila, obra que utiliza do humor para reconstruir, a partir da mais famosa música judaica, a história da cultura do seu povo através dos tempos. A Mala de Hana, uma versão sobre o holocausto direcionada aos mais jovens, e Nunca te Esqueças de Mentir, filme sobre a infância na Polónia ocupada pelos nazis, são os outros trabalhos selecionados.

Fonte: C7nema (Portugal)
http://www.c7nema.net/festival/item/39029-diferentes-abordagens-do-holocausto-dominam-mostra-de-cinema-judaico-em-lisboa.html

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

[Pausa Musical] - Mélanie Laurent - En t'attendant (álbum)

Post "off topic", mas a música é sempre uma boa pedida para acalmar as feras. Brincadeiras à parte, acho que não há problema em usar o espaço do blog pra sugerir ou citar alguma banda, música ou cantante.

Primeira da lista, e é uma surpresa pois não vi divulgação desse disco no país, pra variar, pois com algumas exceções a programação cultural atual da TV brasileira é quase literalmente um esgoto a céu aberto de "qualidade". Mas como eu dizia, a primeira da lista é a Mélanie Laurent.

Pra quem não consegue associar o nome à pessoa, a bela francesa fez o papel da Shosanna Dreyfus no filme Bastardos Inglórios. E a mesma aparece neste filme francês lançado em 2010, sobre a deportação dos judeus franceses, La Rafle, título em português ficou como "Amor e Ódio", trailer.

En t'attendant é o álbum de estréia da moça, gostei do som, é diferente, bem produzido e arranjado. Logo abaixo, seguem alguns vídeos das músicas do disco:

Mélanie Laurent - Kiss


Mélanie Laurent - Insomnie


Música título do disco, En T'anttendant,
ao vivo no estúdio da Europe1.fr:

O clipe de En T'Anttendant.
Abaixo

Esse vídeo segue em separado pois a última música "Tango", que é tocada colada com "Circus", só saiu na edição Deluxe do disco. Abaixo as músicas executadas ao vivo também no estúdio da Europe1.fr:


Bom som a todos, mas dessa vez sem 'Au revoir, Shosanna'. (hehehehehe).

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Correção na parte de filmes sobre o Holocausto (filmografia)

Correção: só um aviso, já que passou desapercebido a listagem desse filme junto com os outros na seção sobre filmes sobre o Holocausto, nazismo etc. Página: Filmes - Holocausto - Nazismo - Fascismo - Segunda Guerra.

O filme "Ilsa", com o título original em inglês "Ilsa: She-Wolf of the SS", não é um filme histórico, trata-se de um filme "Nazi exploitation", um "gênero" de filme erótico muito comum nos anos 70.

Título no Brasil: Ilsa
Titulo Original: Ilsa: She-Wolf of the SS
País: EUA
Ano: 1974
Diretor: Don Edmonds

Por engano, ao colocar o nome de vários filmes de uma vez não chequei este, creio que pela associação óbvia do nome do filme com essa nazi conhecida (Ilse Koch) e também porque só fui ver do que se trata o filme bem depois da listagem dos filmes mas não me lembrava de que o mesmo estava listado. Não foi algo que passou batido só comigo, muita gente lê a listagem de filmes e não comentou sobre esse filme na lista pois a parte de comentários serve para isto (se tivessem visto ou notado, poderiam ter comentado, mas isso não aconteceu).

De qualquer forma, peço desculpas pelo engano. Como não há uma atualização da página de filmes há muito tempo, quando passei uma vista nesta página novamente, acabei tomando um susto com a presença desse filme na lista.

O nome filme será removido depois da Página com uma atualização, colocando no lugar o filme francês chamado 'La Rafle' (título original) que no Brasil saiu com o título de 'Amor e Ódio', sobre a deportação dos judeus franceses na França ocupada pela Alemanha nazi, na visão dos franceses.

Trailer do filme: Amor e Ódio (La Rafle), legendado

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis (baseado no livro IBM e o Holocausto)

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis
Publicado por Jorge Pereira

Brad Pitt vai produzir e (provavelmente protagonizar) a adaptação ao cinema de "IBM and the Holocaust" (IBM e o Holocausto), um livro baseado em fatos reais assinado por Edwin Black.

Na obra vemos como a IBM se uniu aos nazis em 1933, contribuindo para que estes conseguissem identificar e catalogar, na década de 1930 e 1940, os judeus. Claro está que nesta época ainda não existiam os computadores, mas a IBM desenvolveu um sistema – Hollerith – de cartões perfurados adaptáveis a cada cliente. Foi com eles que Hitler foi capaz de automatizar a perseguição aos judeus, a rápida segregação e mesmo o extermínio.

Desconhece-se para já quando começam as filmagens da obra, mas sabe-se que o projeto é prioritário e que já se procura um realizador com créditos firmados.

Fonte: C7nema (Portugal)
http://www.c7nema.net/index.php?option=com_content&view=article&id=11023:brad-pitt-produz-e-protagoniza-filme-em-torno-da-alianca-da-ibm-e-os-nazis&catid=2:cinema-americano&Itemid=2

Ver mais:
Brad Pitt, productor y posible estrella de “IBM and the Holocaust”
Brad Pitt suena para 'IBM and the Holocaust', una película con nazis y... ¿Ordenadores?
Brad Pitt quiere volver a la Segunda Guerra Mundial (Fotogramas.es Espanha)
Brad Pitt Signs On for "IBM and the Holocaust" (Worst Previews, EUA)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lars Von Trier é banido de Cannes


As desculpas não adiantaram. Depois de falar durante entrevista coletiva ontem que entendia Hitler, o diretor dinamarquês Lars Von Trier foi banido do Festival de Cannes. De acordo com um comunicado divulgado hoje pelos organizadores do evento, desde já o cineasta é "persona non grata" no festival.

O Conselho de Diretores de Cannes realizou uma reunião extraordinária nesta quinta-feira para debater os comentários de Von Trier. Ao falar com jornalistas sobre seu filme na competição oficial, "Melancolia", o cineasta se complicou ao falar da influência germânica em sua vida. “Eu achava que era judeu, era muito feliz por isso. Mas aí descobri que era nazista, quer dizer, minha família era alemã”, disse. “Eu entendo Hitler. Claro que ele fez algumas coisas erradas. Mas eu o compreendo. Claro que não sou a favor da Segunda Guerra, não sou contra judeus, nem Susanne Bier [a diretora de “Em um Mundo Melhor”, que lança filmes pela produtora de Von Trier], Israel é complicado. Mas e agora, como termino essa frase?”

Segundo o comunicado, Cannes lamenta que o festival tenha sido usado para "expressar comentários que são inaceitáveis, intoleráveis e contrários aos ideiais de humanidade e generosidade" que guiam a existência do evento. "O Festival de Cannes oferece a artistas de todo o mundo um fórum excepcional para apresentar seus trabalhos e defender liberdade de expressão e criação", diz o texto, que condena as falas de Von Trier.

Depois de perceber a má impressão que deixou na entrevista, Von Trier veio a público desculpar-se. "Se eu ofendi alguém esta manhã com as palavras que disse na coletiva de imprensa, peço desculpas sinceras", afirmou o diretor em um email enviado à agência de notícias AFP ."Não sou antissemita ou racista de qualquer maneira, e muito menos nazista", disse.

O diretor dinamarquês ganhou a Palma de Ouro em 2000 com "Dançando no Escuro" e já havia concorrido outras oito vezes ao prêmio – tradicionalmente, Cannes servia como plataforma de lançamento de seus filmes. Polêmico, Von Trier foi um dos fundadores do Movimento Dogma, que impunha diversas regras para a produção de longas-metragens. Entre seus trabalhos estão "Europa" (91), "Os Idiotas" (98), "Dogville" (2003) e "Anticristo" (2009).

Clicar abaixo para ver a entrevista



Fonte: Portal IG

Link: http://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/lars+von+trier+e+banido+de+cannes/n1596964441212.html

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Documentário de Hitchcock sobre o Holocausto - Liberação dos campos de extermínio, série de I-IV

Documentário com narrativa de Alfred Hitchcock da liberação dos campos de extermínio, série de vídeos de I a IV.


Parte I


Parte II


Parte III


Parte IV


Com uma ajuda do site The Holocaust History Project que organizou os vídeos do Youtube em uma página só:
http://www.holocaust-history.org/multimedia/liberation/

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Documentário: Pessah - Sobreviventes do Holocausto

Divulgação; Documentário: "Pessah - Sobreviventes do Holocausto"

Descrição do Trailer Promocional - Primeira Parte (depoimentos captados no RJ e RS) Longa-Documentário "Pessach - Sobreviventes do Holocausto".
Direção: Denise Sganzerla
Idioma: Português
País: Brasil

sábado, 26 de dezembro de 2009

Filmes - Holocausto - Nazismo - Fascismo - Segunda Guerra

Filmografia do Holocausto, segue abaixo uma lista de filmes, documentários e séries sobre o tema.

FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO

Título no Brasil: Marcas da Guerra
Título em inglês: Fateless
Título Original: Sorstalanság
País: Hungria
Ano: 2005
Gênero: Drama
Diretor: Lajos Koltai

Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Diretor: Edward Zwick

Título no Brasil: Contrato Arriscado
Titulo Original: The Aryan Couple
País: Inglaterra
Ano: 2006
Diretor: John Daly

Título no Brasil: A Lista de Schindler
Titulo Original: The Schindler’s List
País: EUA
Ano: 1993
Diretor: Steven Spielberg

Título no Brasil: Cinzas da Guerra
Titulo Original: The Grey Zone
País: EUA
Ano: 2001
Diretor: Tim Blake Nelson

Título no Brasil: O Pianista
Titulo Original: The Pianist
País: EUA
Ano: 2002
Diretor: Roman Polanski

Título no Brasil: Kapo - Uma História do Holocausto
Titulo Original: Kapò
País: Itália/Iugoslávia/França
Ano: 1959
Diretor: Gillo Pontecorvo

Título no Brasil: Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Judgment at Nuremberg
País: EUA
Ano: 1961
Diretor: Stanley Kramer

Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Titulo Original: Nuremberg
País: EUA/Canadá
Ano: 2000
Diretor: Yves Simoneau

Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Titulo Original: The Diary of Anne Frank
País: EUA
Ano: 1967
Diretor: Alex Segal

Titulo em inglês(sem tradução pro português): Seventeen Moments of Spring
Título Original: Semnadtsat mgnovenij vesny
País: União Soviética
Ano: 1973
Diretor: Tatiana Lioznova

Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Titulo Original: Escape from Sobibor
País: Reino Unido/Iugoslávia
Ano: 1987
Diretor: Jack Gold

Título no Brasil: Adeus, meninos
Titulo Original: Au Revoir, Les Enfants
País: França
Ano: 1987
Diretor: Louis Malle

Título no Brasil: Europa Europa
Titulo Original: Europa Europa
País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 1990
Diretor: Agnieszka Holland

Título no Brasil: Trem da Vida
Titulo Original: Train de Vie
País: Bélgica/França/Holanda/Israel/Romênia
Ano: 1998
Diretor: Radu Mihaileanu

Título no Brasil: A Espiã
Titulo Original: Zwartboek
País: Alemanha/Holanda/Reino Unido
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven

Título no Brasil: O Refúgio Secreto
Titulo Original: The Hiding Place
País: EUA
Ano: 1975
Diretor: James F. Collier

Título no Brasil: Caçada a um criminoso
Titulo Original: The Man Who Captured Eichmann
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: William A. Graham

Título Original: Warsaw Story
País: EUA
Ano: 1996
Diretor: Amir Mann

Título no Brasil: Bent
Titulo Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias

Título no Brasil: Perlasca, um herói italiano
Titulo Original: Perlasca, un eroe italiano
País: Itália
Ano: 2002
Diretor: Alberto Negrin

Título no Brasil: O Homem do prego
Titulo Original: The Pawnbroker
País: EUA
Ano: 1964
Diretor: Sidney Lumet

Título no Brasil: Amém
Titulo Original: Amen
País: França/Alemanha
Ano: 2002
Diretor: Costa-Gravas

Título no Brasil: Sophie Scholl - Os Últimos Dias
Titulo Original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Diretor: Marc Rothemund

Titulo Original: Ghetto
País: Alemanha/Lituânia
Ano: 2006
Diretor: Audrius Juzenas

Título no Brasil: Amor e Ódio
Titulo Original: La Rafle
País: França
Ano: 2010
Diretor: Rose Bosch
Trailer: Amor e Ódio (legendado)

Título no Brasil: Os Falsários
Titulo em inglês: The Conterfeiters
Título Original: Die Fälscher
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2007
Diretor: Stefan Ruzowitzky

Título no Brasil: Bent
Título Original: Bent
País: Reino Unido
Ano: 1997
Diretor: Sean Mathias

Título no Brasil: A Fita Branca
Título em inglês: The White Ribbon
Título Original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
País: Áustria/Alemanha/França/Itália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Diretor: Michael Haneke
Crítica: Omelete

Mais filmes? Confira o link:
http://www.orizamartins.com/Filmesguerra-.html

Registrar mais dois:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3810514,00.html

DOCUMENTÁRIOS

Título no Brasil: Arquitetura da Destruição
Titulo Original: The Architecture of Doom
País: Suécia
Ano: 1989
Gênero: Documentário
Diretor: Peter Cohen

Título no Brasil: O Inimigo do meu Inimigo
Título em inglês:
Titulo Original: Mon Meilleur Ennemi
País: Franca, Grã-bretanha
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Diretor: Kevin Macdonald
Sinopse: "Em O Inimigo do meu Inimigo é revelada uma história paralela do mundo no pós guerra. Nesta versão há um nítido contraste de tudo que nos foi contado sobre a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista mais conhecido como o Açougueiro de Lyon, foi um espião americano e uma importante ferramenta de regimes repressivos da direita na América Latina após a Segunda Guerra Mundial. A verdadeira relação entre os governos "ocidentais" e o fascismo se mostra de forma emblemática e simbólica."

Título Original: Anne Frank Remembered
País: Estados Unidos, Holanda, Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Diretor: Jon Blair

Título no Brasil: Hôtel Terminus
Títulos em inglês: Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie
Título Original: Hôtel Terminus: Klaus Barbie, sa vie et son temps
País: França, EUA
Ano: 1988
Gênero: Documentário
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar(melhor documentário)
Diretor: Marcel Ophüls
Sinopse: "Documentário sobre Klaus Barbie, o chefe de Gestapo de Lyon, e a vida dele depois da Segunda Guerra."

Título no Brasil(tradução livre): Ascensão e Queda de Fred A. Leuchter
Título Original: The Rise and Fall of Fred A. Leuchter
País: EUA
Ano:
Gênero: Documentário
Diretor: Errol Morris
Verbete do filme na Wikipedia: Mr. Death

Título no Brasil: Noite e Neblina
Titulo Original: Nuit et Brouillard
País: França
Ano: 1955
Gênero: Documentário
Diretor: Alain Resnais

SÉRIES

Série: Apocalipse da Segunda Guerra Mundial
Título Original: Apocalypse: The Second World War
Episódios: 06
Produção: National Geographic Channel
http://www.natgeo.pt/programas/apocalipse-segunda-guerra-mundial
http://www.natgeo.pt/programas/especial-segunda-guerra-mundial
http://www.ngcasia.com/programmes/apocalypse-the-second-world-war

Série: Auschwitz - Os Nazis e a Solução Final
Título Original: Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'
Episódios: 06
Produção: BBC
http://www.dvdpt.com/a/auchwitz_os_nazis_e_a_solucao_final.php

Série: Coleção Holocausto e Crimes da 2ª Guerra - Volumes 1, 2 e 3
Volume 1, documentários: "Nunca Mais", "Libertação 1945", "Eu Nunca te Esqueci"
Volume 2, documentários: "Genocídio", "Heróis Invisíveis", "Músicas do Coração"
Volume 3, documentários: "Em Busca da Paz", "O Longo Caminho para Casa", "Ecos do Passado"
País da produção: EUA

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O impacto do discurso no totalitarismo nazi

Prof. David Bankier
Conferência 28/06/2001

Análise da ausência do discurso antissemita nos meios controlados pelos nazis. Tudo o que se faz aos judeus na Alemanha não aparece, apenas se se ver o que ocorre no exterior.

Minha conferência de hoje não se refere ao discurso nazi no geral, senão ao discurso nazi sobre a questão judaica. E começarei com alguns dados básicos que devemos conhecer. É interessante perguntar-se quanto tempo era dedicado a questão judaica, ou melhor dizendo a política antissemita do regime nazi, nos noticiários que se projetavam nos cinemas da Alemanha nazi.

Seria lógico supôr que os nazis aproveitaram estes noticiários para apresentar sua política acerca dos judeus para os milhões de alemães que iam todas as semanas ao cinema. Não obstante, o surpreendente é que desde abril de 1933, que é o começo de uma política antissemita com um boicote que os nazis fizeram a profissionais e a lojas de judeus, até abril de 1945, não há mais de um minito e meio de temática judia nos noticiários. Agora, o que é que há nesse minuto e meio? Há o boicote como oitavo item no noticiário de 7 de abril de 1933 e logo um silêncio absoluto até 1939.

Todos conhecemos que um dos eventos mais importantes na história da política antissemita dos nazis é a proclamação das leis raciais, as assim chamadas “leis de Nuremberg”, em 15 de setembro de 1935. Como se apresentou este fato ao público que assistia aos cinemas? A resposta é que não foram exibidas. A promulgação das leis raciais de 1935 não aparece em nenhum noticiário. Não é demais dizer que nos anos seguintes, 1936 e 1937, não aparece nos noticiários política antijudaica de nenhum tipo.

Não me extranha que nada do acontecido no pogrom de novembro de 1938 não seja mostrado nos noticiários, porque os nazis mesmos se deram conta de que este pogrom atuaria como um bumerangue, que em lugar de criar apoio a sua política criaria desagrado, mas por que não se apresentava outras medidas que não foram recebidas de forma negativa?

Em 1939 estoura a guerra, e a Polonia cae em três semanas. Um ano mais tarde se começa com a “guetificação” dos judeus e se cria o gueto de Varsóvia. Quanto do que ocorreu com o judaísmo polonês é apresentado ao público na Alemanha? Eu calculo que entre 1939 e 1940 há algo em torno de uns 40 segundos que abordam a questão judaica nos distintos noticiários. O que se vê nesses 40 segundos? Se vêem algunas tomadas de Varsóvia, algumas tomadas de judeus limpando escombros devido aos bombardeios em Varsóvia, uma tomada de uns três segundos do muro do gueto de Cracóvia, e isso é tudo. Em 1941, quando começa a campanha contra a União Soviética e também começa o assassinato sistemático dos judeus, quanto de política antissemita nos territórios conquistados da URSS aparece nos noticiários? Não mais de uns trinta segundos. Estes incluem algumas tomadas de prisão de judeus em Lemberg, acusados de haver colaborado com o serviço de inteligência soviético em atrocidades contra a populaçao ucraniana local, o incêndio da sinagoga em Riga e judeus trabalhando na limpeza de escombros em cidades bombardeadas no Báltico, e isso é tudo. E desde 1941 até 1945, quando se leva a cabo a grande destruição do judaísmo europeu, nada disto é projetado em nenhum noticiário alemão. São os noticiários uma exceção? Vejamos como se apresenta a política antissemita noutro meio de comunicação, a imprensa. Se revisarmos a imprensa a partir da Noite dos Cristais, desde novembro de 1938 até 1945, acerca daa política antissemita dos nazis, o que é que encontramos?

O que se imprime é que um judeu foi preso por estar envolvido no mercado negro. Depois de alguns meses pôde aparecer que outro judeu foi preso por haver ocultado comestíveis dentro de um sótão. Ou que um terceiro judeu foi detido por haver trocado seus documentos de identidade, para provar que não era um judeu completo e sim um meio judeu, segundo suas origens, e portanto tentando lograr eximir-se da deportação. Isso é tudo o que há. E se alguém se perguntar quantas vezes é noticiado na imprensa o fato de que desde outubro de 1941 se deporta os judeus da Alemanha, a resposta a isto é categórica: nenhuma vez. O que se menciona da política antissemita? O que é que se nomeia? O que se menciona é que na Romênia é imposto leis antissemitas, e que na Bulgária é imposto restrições aos judeus, e que em Vichy começam a deportar judeus, etc. Tudo o que é feito aos judeus em outros lugares aparece na imprensa, mas nunca o que se faz com eles na Alemanha. Revisar a imprensa colaboracionista fora da Alemanha conduz a mesma conclusão. Por exemplo, revisar os noticiários da França ocupada desde 1940 até 1944. Se alguém se perguntar quantas vezes aparece nos noticiários de Vichy o que está sucedendo com os judeus franceses, o que se diz de fato é que en julho de 1942 são detidos mais de 10.000 judeus, e são enviados a Drancy e daí a Auschwitz, e de que no verão de 1942 se impõe aos judeus o remendo amarelo, a estrela de David, a resposta a estas perguntas é que nunca se diz nada. E se tomar-se a imprensa francesa colaboracionista, que era antissemita antes da guerra e agora recebe todo o subsídio dos alemães, não existem rastros da deportação dos judeus da França em 1942. Como se não houvesse existido. Se alguém fizer o mesmo exercício na Tchecoslováquia, onde a primeira deportação de judeus ocorre em outubro de 1939, depois de haver estourado a guerra, a resposta é a mesma. Nada.

Contudo, enquanto isso a imprensa francesa ocultava o que sucedia na França e publicava o que passava na Noruega, Hungria, Bulgária e Romênia; quer dizer, tinha um comportamento similar ao da imprensa alemã. Ou seja, o discurso oficial dos nazis, tanto na imprensa como nos noticiários cinematográficos, dirigido tanto a sua própria população como a dos países sob ocupação ou colaborando com eles, oculta-se tudo o que se referia a sua política antissemita e se escrevia o que os outros faziam. A imprensa colaboracionista norueguesa chega a dizer aos cidadãos de seu país que os judeus tem sido deportados em Paris, mas não que se está deportando os judeus da Noruega. A imprensa colaboracionista da Bélgica e Holanda chega a contar a seus leitoes que está sendo feito com os judeus da Bulgária ou Grécia, mas nunca o que estão fazendo com os judeus belgas ou holandeses.

Passemos agora aos filmes feitos pelos nazis. Quanto do que é filmado pelo ministério de propaganda, ou pelas companhias de propaganda do exército na Europa oculpada, fazem-se chegar ao público? Sabemos que filmaram. Sabemos por fotos tomadas pelos mesmos alemães, nas quais se vêem equipes nazis de filmagem, eles são vistos com câmaras de filmagem, nas fotos de execuções de judeus, por exemplo. Também por fontes judias sabemos que filmaram. Uma dessas fontes é o diário do presidente do Conselho da comunidade judia de Varsóvia, Cherniakow, que anota que desde maio de 1942 a junho de 1942, circulou pelo gueto uma equipe de filmagem alemã, e que os obrigou, nas sessões do Conselho, a posar para serem filmados. E que logo esta equipe de filmagem registrou distintas seqüências de filme em outras locações: no mikveh, numa escola, no cemitério, etc. Deste filme feito pelos alemães de maio a junho de 1942 nunca se fez um filme que tenha sido projetado para o público.

E o que temos é algo em torno de oitenta minutos de matéria-prima sem que se haja feito nunca uma edição deste material para apresentar ao público em geral. Em 1944, devido à visita da Cruz Vermelha à Teresienstadt, também se preparou um filme sobre a vida dos judeus neste gueto, para enganar ao mundo mostrando que os judeus viviam bem. Este material tampouco fora jamais projetado ao público. Agora, resumindo toda esta informação, alguém tem que se perguntar: Por que os nazis faziam isto? Por que juntavam material filmográfico e não apresentavam a seu público? Por que não apresentavam nos noticiários notícias concretas do que se estava fazendo com os judeus? Por que na imprensa não se fazia oficial esta política antissemita?

Creio que há três razões. Em primeiro lugar, para manter no engano as vítimas. Não iam publicar nos diários da Bulgária, Romênia, Hungria, França ou Grécia que havia um programa de destruição dos judeus. Em segundo lugar, para não dar munição a propaganda antinazi dos aliados. Para que os ingleses e os americanos não tratassem de influir sobre os países neutros mostrando que os nazis estavam conduzindo um programa genocida. E finalmente, provavelmente mesmo os nazis e seus colaboradores nos países conquistados, não sabiam em que medida podiam contar com o apoio incondicional da população geral, ainda que dos próprios alemães, na política genocida. Sabiam que a politica antissemita podia contar com o apoio da grande maioria da população da Europa e de Alemanha, mas até o limite do extermínio. Sabiam que a maioria não ia se opôr à apropriação de bens judeus, que não iam se opôr a deportação de judeus, menos ainda a uma legislação antissemita. Mas, quantos iam estar dispostos a participar ativamente, conscientemente, de um programa genocida? Não é parte da conduta normal de uma pessoa, ainda daquele que se aproveitava da desgraça alheia, ser cúmplice de um ato genocida. Ainda que uma conduta normal para uma pessoa seja calar a boca quando outro comete o genocídio.

Isso é dito expressamente por Himmler num discurso, em outubro de 1943, quando declara que toda essa campanha de extermínio dos judeus é uma página gloriosa na história alemã, que não escreveram e nunca vão poder escrever, e que tudo o que estão fazendo será levado para a tumba.

Fonte: Fundación Memoria del Holocausto
http://www.fmh.org.ar/revista/19/elimpa.htm
Texto original(espanhol): Prof. David Bankier
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Napoleão e holocausto, por Kubrick?

(BR Press) - Os 13 longa-metragens que Stanley Kubrick realizou ao longo de sua carreira são amplamentes conhecidos pela mídia e o público. Obras como Laranja Mecânica, 2001: Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado têm uma horda de fãs tão grande que criticá-las é quase uma ousadia. O que poucos cinéfilos conhecem, no entanto, são os filmes que Kubrick quis fazer mas não conseguiu.

Entre os arquivos doados pela família de Kubrick à Universidade de Artes de Londres, em 2007, estão diversos documentos relativos a, por exemplo, Aryan Papers, um filme sobre o holocausto que nunca saiu do papel. Segundo uma reportagem do jornal espanhol El País, a quantidade de material sobre o tema acumulada pelo diretor sugere um gigantesca dedicação ao projeto.

Kubrick, um judeu não praticante, se debruçou sobre diversos textos e fotos da época e chegou a fazer a prova fotográfica do figurino daquela que seria a personagem principal da obra: um judia polonesa que, junto com seu sobrinho, se passa por católica para fugir à perseguição nazista. Apesar do empenho do diretor, o projeto de Aryan Papers acabou abandonado definitivamente em 1993, depois que Spielberg lançou A Lista de Schindler.

Além do filme sobre o holocausto, Kubrick se envolveu também na produção de uma obra sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte. E, de acordo com o El País, o teria feito durante nada menos que 30 anos. O altíssimo custo de realização do projeto, porém, teria sido a causa de seu insucesso.

Fonte: BR Press/Yahoo! Brasil
http://br.noticias.yahoo.com/s/14012009/11/entretenimento-napoleao-holocausto-kubrick.html

Tom Cruise diz que odeia Hitler e que sempre quis matá-lo

Seul, 18 jan (EFE).- O ator americano Tom Cruise confessou hoje em Seul que está muito satisfeito com seu papel no filme "Operação Valquíria", dado o ódio que sente por Adolf Hitler.

"Sempre quis matar Hitler", afirmou o intérprete, de 47 anos, em uma entrevista coletiva por ocasião do longa, no qual interpreta um coronel alemão que planeja o assassinato do ditador nazista.

"Quando era pequeno, me perguntava por que ninguém tinha decidido matá-lo", afirmou Cruise, que foi recebido por uma multidão em Seul, segundo a agência sul-coreana "Yonhap".

Na entrevista, o ator disse que a história de "Operação Valquíria" o fascina e que chegou a admirar o personagem que interpreta.

"Embora se passe durante a Segunda Guerra Mundial, a história não tem idade. Foi uma experiência maravilhosa que não esquecerei", declarou o marido de Katie Holmes durante a apresentação de seu filme na Coreia do Sul.

Fonte: EFE/Yahoo! Brasil
http://br.noticias.yahoo.com/s/18012009/40/entretenimento-tom-cruise-diz-odeia-hitler.html

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Diretor de 'The reader' é apontado como candidato ao Oscar

NOVA YORK - Os dois primeiros filmes de Stephen Daldry lhe valeram indicações ao Oscar de melhor direção, e seu trabalho mais recente, "The Reader", estréia esta semana nos Estados Unidos já acompanhado de uma dose de especulações envolvendo os prêmios da Academia.

Baseado no romance "O Leitor", de Bernhard Schlink, "The Reader" conta a história de um garoto alemão de 15 anos que se envolve num caso amoroso com uma mulher que tem duas vezes sua idade e que esconde um segredo sombrio - seu envolvimento no Holocausto.

"Este não é um filme sobre o Holocausto - é sobre a segunda geração, sobre como se conciliar com o passado e como se pode abordar a vida e o amor numa sociedade que se envolveu com o genocídio", disse Daldry em entrevista.

Estrelado por Kate Winslet e Ralph Fiennes, o filme - que estréia na quarta-feira nas maiores cidades americanas e em janeiro em outras - vem recebendo críticas divididas, mas de modo geral positivas, e vários críticos prevêem que fará parte dos candidatos a Oscar.

Todd McCarthy, do Variety, disse que "The Reader" "foi feito com sensibilidade e é dramaticamente convincente, mas passa a impressão de uma experiência essencialmente cerebral".

O crítico Rex Reed, do New York Observer, descreveu o filme como "obra-prima", e Tom O'Neil, do Los Angeles Times, o considerou "candidato sério em todas as categorias principais do Oscar".

Ralph Fiennes representa o garoto Michael depois de adulto. Ele comentou que Daldry "não tem uma idéia fixa prévia, mas tem noções e instintos fortes em relação a como cada cena deve ser representada".

Daldry disse que passou muito tempo na Alemanha quando jovem e adulto e que se sentiu atraído por "O Leitor" e as questões que o livro suscita.

Para o papel do garoto, Daldry escolheu o estudante alemão David Kross, que tinha 16 anos quando fez um teste para o papel e completou 18 anos durante as filmagens, quando foram rodadas as cenas amorosas entre ele e Kate Winslet. Ele também precisou aprender a falar inglês.

"The Reader" é o primeiro filme de Daldry depois de "As Horas", que mostra como um romance de Virginia Woolf afeta três gerações de mulheres e que deu um Oscar a Nicole Kidman.

Seu primeiro filme foi "Billy Elliot", sobre um menino que quer ser bailarino numa cidade mineira do norte da Inglaterra.

Nos últimos anos Daldry vem dirigindo "Billy Elliot the Musical", para o qual Elton John compôs a música. O musical já foi encenado em Londres, onde recebeu vários prêmios Lawrence Olivier, em Sydney, e, mais recentemente, estreou na Broadway, em Nova York, onde foi aclamado pela crítica.

Fonte: Reuters(08.12.2008)
http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/cultura_filme_reader_oscar

Foto: http://www.awardsdaily.com/?tag=the-reader

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Paródia sobre nazismo pretende acabar com tabu alemão

BERLIM (Reuters) - Uma sátira ao nazismo feita na Alemanha parodia o épico de 1981 "O Barco, Inferno no Mar" ao tentar provar que o Terceiro Reich deixou de ser um terreno proibido para os comediantes alemães.

No "U-900," do diretor Seven Unterwaldt, o comediante Atze Schroeder interpreta um alemão obrigado a fugir da Alemanha nazista depois de ter sido flagrado com a filha de um figurão nazista, cuja vida ele mais tarde consegue salvar ao sequestrar o "U-Boot 900" (submarino 900).

A paródia, que estréia em toda a Alemanha na quinta-feira, não é a primeira tragicomédia a tratar dos nazistas.

No ano passado, o filme "Mein Fuehrer - The Truly Truest Truth about Adolf Hitler", (Mein Fuehrer - a verdade mais verdadeira sobre Adolf Hitler), do diretor judeu Dani Levy, foi duramente atacado pela crítica mesmo que, surpreendentemente, tenha saído-se bem nas bilheterias.

A sátira sobre Hitler atraiu a atenção dos meios de comunicação porque, sem meias palavras, retrata o ditador nazista como um drogado dado a urinar na cama.

Schroeder, um ex-dono de banca de jornal que recentemente se transformou no mais popular comediante alemão do tipo "stand up", disse estar ciente do trauma existente no país em relação ao Holocausto.

"Fazer troça dos nazistas -isso é algo nobre para um comediante mesmo que nestes dias e neste momento", afirmou o ator à revista alemã TV Spielfilm.

"Não se trata de dar uma aula de história, mas de fazer piada com um cara que consegue se safar de todas as encrencas imagináveis."

Ao longo dos 60 anos de culpa e vergonha pelos crimes nazistas cometidos por seus avós, os alemães acostumaram-se a identificar a história com algo doloroso e os cineastas evitaram retratar de forma dramática o passado recente. A era nazista foi deixada a cargo dos documentaristas.

"O Barco", de Wolfgang Petersen, um premiado filme sobre a malfadada tripulação de um submarino, representou uma rara exceção até que a proibição auto-imposta começou a ruir, em 2004, ano de lançamento de "A Queda". Desde então, os alemães realizaram outros filmes sobre a era nazista.

Schroeder navegou ele próprio nessas água em seu programa humorístico, com um episódio chamado "Schroeder's List" (a lista de Schroeder), uma paródia do filme de Steven Spielberg, de 1993, "A Lista de Schindler".

Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/10/09/parodia_sobre_nazismo_pretende_acabar_com_tabu_alemao-548634495.asp

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