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quarta-feira, 23 de março de 2011

Bispo negacionista Williamson enfrentará novamente a justiça alemã

O bispo negacionista Williamson enfrenta novamente a justiça alemã

O prelado é acusado de incitação ao ódio racial e contratou para sua defesa um advogado de ideias neonazistas
LAURA LUCCHINI - Berlim - 23/03/2011

Um novo processo contra o bispo lefebvriano britânico Richard Williamson terá lugar a partir do próximo mês de julho na cidade de Ratisbona, na Alemanha, segundo deu-se a conhecer hoje a Promotoria. Williamson, que é conhecido por suas teses negacionistas do Holocausto judeu, é acusado na Alemanha de incitação ao ódio racial. O julgamento, inicialmente programado para novembro de 2010, foi adiado porque Williamson quis trocar de advogado.

As acusações contra Williamson se centram em uma entrevista realizada na Alemanha pela televisão sueca na qual o polêmico bispo, de 71 anos, pôs em dúvida o número de vítimas do Holocausto e a existência das câmaras de gás: "Creio que as provas históricas falam fortemente contra o fato de que seis milhões de judeus foram gaseados intencionalmente nas câmaras de gás como estratégia aleivosa de Adolf Hitler. (...) Creio que não houve câmaras de gás". Segundo o bispo, as vítimas judias do regime nazi na Alemanha não superariam a 200 ou 300.000.

Ainda que a entrevista não fosse destinada ao público alemão, foi realizada em Zaitzkofen, próximo de Ratisbona, onde está a sede da Irmandade Pio X a qual pertence Williamson, e por esta razão se considera que a justiça local é a quem deve processar Williamson.

Na Alemanha, negar o Holocausto ou suas fases é considerado um delito de incitação ao ódio racial e é passível de processo de até seis anos de reclusão. Em abril de 2010 o tribunal de Ratisbona condenou a Williamson o pagamento de uma multa de 12.000 euros, a qual a juíza Karin Frahm rebaixou para 10.000 euros. Tanto o bispo como a Promotoria recorreram desta decisão.

As controvertidas declarações, retransmitidas na Suécia em princípios de 2009, provocaram um grande escândalo já que coincidiram com o levantamento por parte do Vaticano da excomunhão que pesava, desde 1988, sobre o bispo britânico e outros três seguidores do cismático francês Marcel Lefebvre, fundador da Irmandade Pio X. O alvoroço que esta história causou na Alemanha obrigou a chanceler democrata-cristã Angela Merkel a confrontar o Papa Benedito XVI: "Se uma decisão do Vaticano chega a causar a impressão de que o Holocausto pode ser negado, esta decisão tem que ser esclarecida. Por parte do Papa e do Vaticano têm que se afirmar muito claramente que não se pode haver negação", condenou então Merkel.

Depois, Ratzinger reconheceu erros no levantamento da excomunhão deste religioso, e disse que se inteirou de suas teses negacionistas só depois de haver revogado sua excomunhão. Tanto a questão do caso Williamson como o escândalo dos abusos sexuais a menores no seio da Igreja Católica estão entre os momentos mais críticos do pontificado de Benedito XVI.

Em novembro passado, a revista Der Spiegel denunciou que Williamson escolheu para dirigir sua defesa, Wolfram Nahrath, notório membro da extrema-direita alemã, filiado ao neonazi Partido Nacional Democrata (NPD) e último chefe da proibida organização juvenil ultradireitista Wiking Jugend (Juventude Viking).

Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/obispo/negacionista/Williamson/enfrenta/nuevamente/justicia/alemana/elpepusoc/20110323elpepusoc_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
El polémico obispo negacionista del Holocausto será juzgado en Alemania (laverdad.es/EFE, Espanha)

domingo, 8 de novembro de 2009

Bispo negacionista vai a tribunal e poderá pagar 12 mil euros de multa

Integrista Richard Williamson acusado de incitação ao ódio racial

A justiça alemã anunciou ontem que vai processar o bispo integrista Richard Williamson pelas suas declarações a 21 de Janeiro a uma televisão suíça, em que punha em causa a existência do Holocausto.

O procurador da cidade de Ratisbona acusa o prelado da organização católica integrista Fraternidade São Pio X de incitação ao ódio racial. Segundo um elemento do tribunal, Williamson pode ser condenado a multa. Se o tribunal considerar procedente a acusação, o clérigo poderá escolher entre aceitar a multa ou contestar, o que o seu advogado já admitiu dever ser a opção do seu cliente. Williamson declarou na entrevista não acreditar nas câmaras de gás, dizendo que não teriam morrido mais de 300 mil judeus nos campos de concentração.

Fonte: Diário de Notícias(Portugal, 16.10.2009)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1392166&seccao=Europa

Complemento em outros jornais nos links abaixo: multa estipulada em 12 mil euros.

Mais:
La Voz(Argentina); Confirmado.net(Equador); elPeriodico.com(Catalunha); ElNacional(Venezuela); swissinfo.ch(Suíça)

Detalhe que pode passar desapercebido da maioria mas que aqui não passará: nenhum jornal no Brasil noticiou essa notícia(considerando apenas jornais disponibilizados em meios eletrônicos). Mas também não vi a notícia em canto algum(mídia aberta) a não ser na internet(na versão de jornais).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

'Vítima' de ataque neo-nazi inventou história

A alemã que ganhou um prémio por alegadamente ter salvo uma criança imigrante de um ataque neo-nazi foi condenada sexta-feira a 40 horas de serviço comunitário, depois das autoridades terem concluído que a jovem mentiu

Rebecca, de 18 anos, recebeu em Fevereiro um prémio de uma associação berlinense contra a violência neo-nazi, por alegadamente ter salvo uma criança imigrante que estaria a fugir de um grupo de militantes de extrema-direita.

A história originalmente contada por Rebecca tinha contornos de heroísmo. A jovem tinha sido agredida pelos neo-nazis, que lhe cravaram uma suástica na coxa, segundo contou às autoridades.

A suástica é real, mas a história é falsa, diz agora a justiça alemã. Uma análise de médicos forenses concluiu que foi a própria Rebecca a cravar a suástica no corpo. A jovem alemã terá que cumprir 40 horas de serviço comunitário por mentir às autoridades.

Rebecca é agora duramente criticada pela imprensa alemã, que a acusa de oportunismo e de brincar com um problema real.

Os crimes de ódio subiram 15% na Alemanha só em 2007, e desde a reunificação do país, no início dos anos 90, mais de 30 pessoas foram assassinadas por grupos de extrema-direita.

Fonte: SOL(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=116781

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