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domingo, 15 de novembro de 2015

Hilmar Wäckerle, primeiro comandante de Dachau

Hilmar Wäckerle na batalha de
Grebbeberg, Países Baixos. Original
de waroverholland.nl
Hilmar Wäckerle nasceu em 24 de novembro de 1899 em Forchheim, no norte da Baviera. Aos catorze anos, já começava a Grande Guerra, entrou na escola de oficiais do exército bávaro. Depois de três anos, antes de completar os 18, foi destinado ao regimento de infantaria da Bavária nº2, "Príncipe herdeiro" em agosto de 1917, um dos regimentos mais prestigiados (e com maior índice de baixas) do antigo Reino da Bavária.

Em setembro de 1918, o alferes (Fähnrich) Wäckerle foi ferido gravemente. Recuperou-se do armistício no hospital, longe do front, compartilhando desta forma a mesma experiência de Hitler. No pós-guerra, depois de ingressar no Freikorps Oberland, de 1921 a 1924, estudou engenharia agrícola na Universidade Técnica de Munique, ainda que não consta se se relacionou com quem fora seu condiscípulo de 1919 a 1922, Heinrich Himmler, um ano mais jovem. Hilmar também ingressou no NSDAP um ano antes que Himmler, mas deixou de pagar as cotas e se distanciou da política ao terminar seus estudos. Não solicitou ingressar na SS até 1929, quando Heinrich já era seu Reichsführer. Depois de dois anos de teste, foi admitido como SS-Mann com o número 9.729. Também voltou a ingressar no NSDAP em 1 de maio de 1931, com o número de 500.715. Hilmar nesses momentos era administrador de uma propriedade agrícola em Kempten. Seu irmão, Emil, também era membro da SS.

Em fevereiro de 1933, com Hitler recém nomeado chanceler em 30 de janeiro, Wäckerle chega a SS-Hauptsturmführer (capitão). Em março, Freidrich Jeckeln, chefe da SS do sul da Alemanha, nomeia-o comandante do primeiro campo de concentração da SS, em Dachau. Desde 30 de janeiro, por toda a Alemanha proliferou todo tipo de cárceres "selvagens", casas ou prisões onde Gauleiters (chefes do partido) e grupos da SA detinham e torturaram seus inimigos políticos. Nesses momentos o cargo oficial de Himmler é o de chefe da polícia da Bavária, e decide criar um grande campo centralizado para "reeducar" esquerdistas e inimigos do Estado. A desculpa é o incêndio do Reichstag, que se supõe a um chamamento de um levante comunista. Na realidade quem se levanta são os homens do NSDAP, com o apoio de outros grupos de extrema-direita, como o Stahlhelm.

A primeira denúncia contra Hilmar Wäckerle, como comandante de Dachau, foi feita por Sophie Handschuch pela morte de seu filho. Outros prisioneiros que morreram nesses primeiros dias foram o doutor Rudolf Benario, Fritz Dressel, Sepp Götz, Ernest Goldmann, Arthur Kahn e Erwin Kahn, além de Karl Lehrburger e Wilhelm Aron, judeus. A promotoria também determinou que Herbert Hunglinge havia se suicidado por não poder aguentar as condições de sua reclusão. Em maio, as investigações do promotor se ampliaram para as mortes de Sbastian Nefzger, Leonard Hausmann, o doutor Alfred Strauss e Louis Schloss, esses dois últimos, judeus.

Supõe-se que Himmler destituiu Hilmar Wäckerle de seu cargo em Dachau por todas essas mortes, ainda que só o fez pra manter as aparências. Também é possível que influíra que se conseguisse fugir um deputado comunista, que publicou em agosto o primeiro escrito sobre a vida e morte nos campos de concentração da Alemanha. De todas as formas, Wäckerle foi elevado a SS-Sturmbannführer (comandante) em 01 de março de 1934, menos de um ano depois de sua destituição em Dachau.

Desenvolveu o resto de sua carreira na Waffen-SS, e teve seu momento de glória na invasão dos Países Baixos, em maio de 1940, ao comando do III batalhão do regimento Der F6uhrer. Disfarçou seus homens com uniformes holandeses para tomar pontes de surpresa, e utilizou prisioneiros de guerra como escudos humanos. Estima-se que uns cinquenta prisioneiros holandeses morreram por este tipo de tática. Foi ferido duas vezes, e ainda que fora indicado para a cruz de cavalheiro da cruz de ferro, teve que se conformar com a cruz de ferro de 1ª classe.

Morreu numa emboscada no começo da Barbarossa, no comando da SS-Infanterie-Regiment Westland, da SS-Division (mot) Wiking próximo da atual Lviv, Ucrânia (Lemberg para os alemães, Lvov para os poloneses), em 2 de julho de 1941. Sua morte desencadeou um pogrom em 9 de julho na zona, no qual soldados de sua unidade mataram a uns 600 judeus.

Notas:

1. Tom Segev: Soldiers of Evil, Berkley Books, 1991, pg. 64-68
2. George H. Stein, Las Waffen-SS, pg. 272
3. Richard Rhodes, Los amos de la muerte. Los Einsatzgruppen y la solución final, Seix Barral pg. 109-111
4. A descrição mais detalhada do massacre para vingar sua morte, em Pontolillo, pg. 162
5. Site: http://www.waroverholland.nl/index.php?page=chapter-11---myth-and-reality

Fonte: Blog Antirrevisionismo (Espanha)
https://antirrevisionismo.wordpress.com/2015/11/14/hilmar-wackerle-primer-comandante-de-dachau/
Título original: Hilmar Wäckerle, primer comandante de Dachau
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 15 de setembro de 2013

Declarações de guerra judaicas contra a Alemanha

Após as eleições para o Reichstag de 05 de março de 1933, começaram as agressões violentas por parte da SA contra advogados, médicos e empresários judeus em vários lugares [na Alemanha]. Frequentemente também havia ações de boicote contra as firmas judaicas e armazéns. Em Berlim e em outros lugares os atos de violência também tiraram a vida de vários judeus, e muitos judeus foram presos. A imprensa estrangeira relatou em detalhes esta situação, com exageros ocasionais, especialmente em artigos anti-nazistas escritos escritos por imigrantes alemães. Contra tais relatórios, o jornal nacional-socialista Völkischer Beobachter circulou em 17 de março 1933 com um polêmico artigo sob o título "Começa a guerra judaica". Nas semanas seguintes a propaganda antijudaica da imprensa nacional-socialista e a polêmica antinazista de alguns jornais ingleses e norte-americanos se esbarraram.

Em 24 de março de 1933, o jornal Inglês boulevard Daily Express apareceu com o título "Judeia declara guerra à Alemanha" (Judea declares War on Germany"). Sob este título, no entanto, o jornal meramente fornecia relatórios sobre os protestos e ameaças de medidas de boicote por judeus ingleses e norte-americanos como uma reação às ações antijudaicas dos nacional-socialistas. Do lado nacional-socialista estas manchetes e outros relatórios, menos espetaculares, foram alegremente usados como um pretexto para uma grande ação de boicote contra os judeus alemães em 1 de Abril de 1933. O relatório sensacional do Völkischer Beobachter de 27 de março de 1933 com 200 carros com os dizeres de "Judeia declara guerra à Alemanha" pedindo boicotar produtos alemães e conduzidos através de Londres não foi em canto algum confirmado e nem mesmo comprovado com fotografias. Pelo contrário, a representação dos judeus residentes na Grã-Bretanha, o Conselho Judaico dos Deputados, declarou que não queria interferir com assuntos internos alemães (The Times de 27 de Março 1933). Ele deixou claro que as medidas de boicote e reuniões de protesto foram surtos espontâneos de indignação por pessoas individualmente, mas não organizadas pelo Conselho.

Como é sabido, as medidas antijudaicas da liderança nacional-socialista e a remoção dos judeus da sociedade alemã aumentaram nos anos seguintes e culminaram já antes da guerra no bárbaro massacre da Reichskristallnacht (Noite dos Cristais) em 8/9 de novembro de 1938.
Considerando esta atitude obviamente hostil do regime de Hitler contra os judeus, não é surpreendente que o presidente do Congresso Sionista Mundial e chefe da Agência Judaica para a Palestina, Dr. Chaim Weizmann, tenha dito ao primeiro-ministro britânico em agosto de 1939, tendo em vista o surto muito provável de guerra, que em caso de conflito os judeus estariam do lado da Grã-Bretanha e das outras democracias. A carta de Weizmann a Neville Chamberlain de 29 de agosto de 1939 teve a seguinte redação (que foi publicada junto com a resposta de Chamberlain no Times em 06 de setembro de 1939):
Muito honrado Sr. Primeiro-ministro,
Nesta hora de extrema crise, a consciência de que os judeus têm uma contribuição a dar para a defesa dos valores sagrados me impele a escrever-lhe esta carta. Desejo da forma mais expressa, reiterar a declaração de que eu e meus colegas de trabalho tenhamos emitido durante os últimos meses e, especialmente, na semana passada: de que os judeus ficarão ao lado da Grã-Bretanha e vão lutar ao lado das democracias.

É nosso desejo urgente fazer essas efetivas declarações. Gostaríamos de fazer isso de uma maneira que esteja em plena conformidade com os planos britânicos para ações e, portanto, subordinar a nós mesmos, em questões grandes e pequenas, à liderança de coordenação do governo de Sua Majestade. A Agência Judaica está preparada para participar da preparação imediata para o uso de trabalho judaico, capacitação técnicas, no que signifique auxílio etc.

A Agência Judaica ultimamente tem tido conflitos com o Mandato (Palestina) no campo político. Gostaríamos de deixar essas diferenças de opinião para trás em face dos problemas atuais maiores e mais urgentes. Viemos por este meio lhe pedir para receber essa declaração no espírito na qual foi feita.

Me sinto muito honrado, caro Sr. Primeiro-ministro,
Atenciosamente, Ch. W.
Com esta carta Weizmann reforçou a declaração do 25º Congresso Sionista, em Genebra (16 de 25 de agosto de 1939), que havia emitido e também afirmado que, apesar de todas as diferenças com o governo britânico relacionado com o seu mandato sobre a Palestina, a organização sionista nestes tempos ficaria ao lado da Grã-Bretanha e lutaria ao lado das democracias. Alguns dias mais tarde, depois que Hitler tinha de fato desencadeado a guerra e a Grã-Bretanha entrou em cumprimento das suas obrigações, a Agência Judaica emitiu o slogan "Essa guerra também é nossa guerra".

Em sua carta a Chamberlain, Weizmann pode, naturalmente, só falar em nome da organização que ele representava. A Organização Sionista Mundial, em 1939, composta por pouco mais de um milhão de judeus (pouco mais de 6 por cento de toda a população mundial judaica) e apenas uma fração dos judeus confessionais que viviam na época na Alemanha. Por isso, é absurdo afirmar que os judeus declararam guerra contra Hitler, em 1939, como foi feito pela propaganda nacional-socialista, e mais tarde pelos círculos da extrema direita, para justificar a destruição dos judeus na área de dominação nacional-socialista (nazista). A declaração de guerra só pode ser emitida pelo governo de um estado, nunca por uma organização de direito privado.

Além disso, o próprio Hitler em um discurso perante o Reichstag em 30 de janeiro de 1939 (ou seja, sete meses antes do início da guerra) tinha anunciado a destruição dos judeus da Europa. Ele disse textualmente (Völkischer Beobachter, edição de Munique, 31 de janeiro 1939):
E uma coisa que eu gostaria de afirmar neste dia vale a pena lembrar, talvez, não apenas para nós alemães: Eu, em minha vida, muitas vezes fui um profeta e, por isso fui ridicularizado. No tempo da minha luta pelo poder era a maioria do povo judeu que ria das minhas profecias de que eu iria um dia assumir a liderança do Estado e, portanto, de todo o povo na Alemanha e, em seguida, entre muitos outros problemas também resolver o judeu problema. Eu acredito que os judeus na Alemanha, entretanto se engasgaram com suas gargalhadas nesse momento.

Vou hoje voltar a ser um profeta: se a judiaria financeira internacional dentro e fora da Europa conseguir mais uma vez mergulhar as nações em uma guerra mundial, então o resultado não será um governo bolchevista na terra e, assim, a vitória dos judeus, mas a aniquilação da raça judaica na Europa.
Portanto, seria mais correto dizer que Hitler declarou guerra aos judeus, e não o contrário.

Eu traduzi o texto acima de um artigo de Hellmuth Auerbach publcado no livro de Wolfgang Benz et al, Legenden, Lügen, Vorurteile, 12ª edição 2002 pela dtv Munich, páginas 122-124.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: traduzido do alemão pro inglês por Roberto Muehlenkamp
Título: Jewish Declarations of War against Germany
http://holocaustcontroversies.yuku.com/topic/1834/Jewish-Declarations-of-War
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

[Vídeo] Hitler profetiza o Holocausto no Reichstag em 1939

Hitler profetiza o extermínio em 30/01/1939

Eis o discurso de Hitler "profetizando" a aniquilação da 'raça judia'(judeus) da Europa. Esse discurso ocorreu em 30 de janeiro de 1939 no Reichstag(Parlamento alemão).

O vídeo com o registro:


O texto com a tradução(em inglês) do que ele dizia no Parlamento no vídeo:

Adolf Hitler: "In the course of my life I have very often been a prophet, and have usually been ridiculed for it. During the time of my struggle for power it was in the first instance only the Jewish race that received my prophecies with laughter when I said that I would one day take over the leadership of the State, and with it that of the whole nation, and that I would then among other things settle the Jewish problem. Their laughter was uproarious, but I think that for some time now they have been laughing on the other side of their face. Today I will once more be a "prophet": if the international Jewish financiers in and outside Europe should succeed in plunging the nations once more into a world war, then the result will not be the Bolshevizing of the earth, and thus the victory of Jewry, but the annihilation of the Jewish race in Europe!"A tradução em português:

Adolf Hitler: "No curso de minha vida eu muito frequentemente fui um profeta, e geralmente ridicularizado por isso. Durante o período de minha luta pelo poder foi apenas a raça judaica, no primeiro momento, que recebeu minhas profecias com risos quando eu disse que um dia eu tomaria o comando do Estado, e com isso a nação inteira, e que então eu, entre outras coisas, resolveria o problema judaico. Seus risos eram hilários, mas eu penso que por agora eles estejam rindo com o outro lado de sua face. Hoje eu mais uma vez serei um "profeta": se o financismo(finanças) internacional judaico dentro e fora da Europa sucederem mais uma vez em mergulhar as nações numa guerra mundial, então o resultado disso não será a vitória da 'judaria', mas sim na aniquilação da raça judia da Europa!"

Texto em inglês: The History Place (Holocaust Timeline)
http://www.historyplace.com/worldwar2/holocaust/h-threat.htm

Ver mais:
O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas
Vídeos do Holocausto e de depoimentos de nazistas

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