Udo Voigt foi o único eleito pelo NPD, o partido de cariz neonazi alemão que Berlim quis banir no ano passado.
Aos 62 anos, Udo Voigt torna-se o primeiro alemão neonazi a entrar no Parlamento Europeu.
O partido NPD só teve 1% dos votos nas Europeias de domingo, mas conseguiu eleger um eurodeputado para a próxima legislatura em Estrasburgo.
Filho de um membro da divisão de assalto nazi, Voigt teve a base de formação em engenharia aeronáutica antes de decidir seguir ciência política. Entre 1996 e 2011 foi o líder do NPD, num período em que foi condenado (2004) por promover o nazismo depois de definir Hitler como um "grande homem".
Desde então é uma das vozes alemãs que exige a devolução dos territórios perdidos pela Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial e questiona o número de vítimas do Holocausto.
Em 2011, Voigt protagonizou mais um episódio polêmico: num cartaz surgiu sentado numa moto ao lado da frase "dá-lhe gás". Muitos interpretaram o cartaz como uma alusão aos milhões de mortos nas câmaras de gás até porque foram espalhados junto ao museu judeu de Berlim.
"Antidemocrático, xenófobo, antissemita e anticonstitucional" foram palavras usadas pelo porta-voz da chanceler Angela Merkel.
A câmara alta do parlamento alemão tentou banir, pela segunda vez numa década, o partido fundado em 1964, mas sem sucesso. O Tribunal Constitucional alemão travou essa intenção política e, mais tarde, até abriu a porta aos partidos mais pequenos ao retirar a fasquia dos 3% de votos para que pudessem ser eleitos. A fasquia continua a existir, no entanto, para as legislativas e até é mais elevada : 5%.
"A Europa está a ser inundada de povos estrangeiros", avisa o NPD, que durante a campanha apostou em cartazes a defender "Dinheiro para a pátria, em vez de Sinti e Roma".
Gisa Martinho (gisa.martinho@economico.pt)
27 Mai 2014
Fonte: Económico (Portugal)
http://economico.sapo.pt/noticias/eurodeputado-alemao-ja-foi-condenado-por-definir-hitler-como-um-grande-homem_194295.html
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sábado, 31 de maio de 2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Extrema-direita francesa promete bloquear UE se vencer eleições em maio
Eleições/Parlamento UE - Artigo publicado em 27 de Janeiro de 2014 - Atualizado em 27 de Janeiro de 2014.
O vice-presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), Florian Philippot, disse nesta segunda-feira (27) que a legenda vai "bloquear o funcionamento da União Europeia", se sair vencedora das eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para o mês de maio. "Será uma crise salutar", declarou o número 2 do partido de Marine Le Pen, após a divulgação de uma pesquisa apontando a extrema-direita em primeiro lugar nas intenções de voto entre os eleitores franceses.
Uma pesquisa do instituto Ifop divulgada no domingo (26), no jornal francês JDD, revela que as listas dos partidários da FN têm 23% de intenções de voto, contra 21% para o partido de direita UMP e 18% do Partido Socialista (PS) e do Partido Radical de Esquerda (PRE).
"Na noite de 25 de maio [dia da votação], os patriotas serão o primeiro partido da França", festejou Philippot. O político de 32 anos é uma das "caras novas" do partido de extrema-direita "reformulado" por Marine Le Pen, filha de Jean-Marie Le Pen, fundador da legenda xenófoba e isolacionista que a nova geração tenta transformar num partido frequentável.
Historicamente, a Frente Nacional é identificada como um partido de extrema-direita xenófobo, antissemita e anti-imigração, particularmente com a proveniente de países muçulmanos do norte da África.
"Somos o único partido que encarna uma outra via. Todos os demais partidos, da UMP ao PS e seus satélites, seguem uma linha euro-fanática", disse Philippot. Ele acrescentou que o "patriotismo está crescendo em vários países da Europa, como Áustria, Dinamarca, Suécia, Grã-Bretanha, Holanda e Bélgica". "Nossa intenção é de bloquear a Europa e faremos isso sem nenhum peso na consciência", declarou Philippot.
"Se houver uma crise na União Europeia, ela será salutar", concluiu o número 2 da FN.
Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20140127-extrema-direita-francesa-promete-bloquear-ue-se-vencer-eleicoes-em-maio
Ver mais:
Extrema-direita à frente para as europeias em França (Expresso, Portugal)
Vitória da extrema-direita em eleição local na França é advertência para socialistas e conservadores (RFI)
Florian Philippot, vice-presidente da Frente Nacional. RFI |
Uma pesquisa do instituto Ifop divulgada no domingo (26), no jornal francês JDD, revela que as listas dos partidários da FN têm 23% de intenções de voto, contra 21% para o partido de direita UMP e 18% do Partido Socialista (PS) e do Partido Radical de Esquerda (PRE).
"Na noite de 25 de maio [dia da votação], os patriotas serão o primeiro partido da França", festejou Philippot. O político de 32 anos é uma das "caras novas" do partido de extrema-direita "reformulado" por Marine Le Pen, filha de Jean-Marie Le Pen, fundador da legenda xenófoba e isolacionista que a nova geração tenta transformar num partido frequentável.
Historicamente, a Frente Nacional é identificada como um partido de extrema-direita xenófobo, antissemita e anti-imigração, particularmente com a proveniente de países muçulmanos do norte da África.
"Somos o único partido que encarna uma outra via. Todos os demais partidos, da UMP ao PS e seus satélites, seguem uma linha euro-fanática", disse Philippot. Ele acrescentou que o "patriotismo está crescendo em vários países da Europa, como Áustria, Dinamarca, Suécia, Grã-Bretanha, Holanda e Bélgica". "Nossa intenção é de bloquear a Europa e faremos isso sem nenhum peso na consciência", declarou Philippot.
"Se houver uma crise na União Europeia, ela será salutar", concluiu o número 2 da FN.
Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20140127-extrema-direita-francesa-promete-bloquear-ue-se-vencer-eleicoes-em-maio
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Extrema-direita à frente para as europeias em França (Expresso, Portugal)
Vitória da extrema-direita em eleição local na França é advertência para socialistas e conservadores (RFI)
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quinta-feira, 26 de março de 2009
Negacionista Le Pen impedido de presidir sessão inaugural do Parlamento Europeu
Acordo no Parlamento Europeu para impedir Le Pen de presidir a sessão inaugural
25.03.2009 - 16h07 PÚBLICO, Agências
Se for reeleito em Junho, Le Pen será o mais velho eurodeputado em funções
Actualização - líder da extrema-direita francesa diz que câmaras de gás foram um "detalhe"
As duas maiores forças políticas do Parlamento Europeu (PE) chegaram a acordo para impedir que Jean-Marie Le Pen possa presidir à próxima sessão inaugural, depois de o líder da extrema-direita francesa ter dito hoje no hemiciclo que as câmaras de gás foram “um detalhe” na história da II Guerra Mundial.
Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia anunciou que vai apoiar a proposta dos socialistas e dos Verdes no sentido de “adoptar todas as medidas que se impõem” para impedir que Le Pen, enquanto eurodeputado mais velho em funções, possa presidir à primeira sessão após as eleições europeias de Junho. Ontem, as duas formações de esquerda tinham proposto mudar os regulamentos do PE para evitar esta possibilidade, inevitável à luz das actuais regras caso o líder da extrema-direita francesa seja reeleito.
Irritado com o anúncio, o presidente da Frente Nacional tomou hoje a palavra no hemiciclo para dizer que foi vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”.
“Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.
A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi.
Em Abril do ano passado, repetiu a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo.
Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370866&idCanal=11
25.03.2009 - 16h07 PÚBLICO, Agências
Se for reeleito em Junho, Le Pen será o mais velho eurodeputado em funções
Actualização - líder da extrema-direita francesa diz que câmaras de gás foram um "detalhe"
As duas maiores forças políticas do Parlamento Europeu (PE) chegaram a acordo para impedir que Jean-Marie Le Pen possa presidir à próxima sessão inaugural, depois de o líder da extrema-direita francesa ter dito hoje no hemiciclo que as câmaras de gás foram “um detalhe” na história da II Guerra Mundial.
Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia anunciou que vai apoiar a proposta dos socialistas e dos Verdes no sentido de “adoptar todas as medidas que se impõem” para impedir que Le Pen, enquanto eurodeputado mais velho em funções, possa presidir à primeira sessão após as eleições europeias de Junho. Ontem, as duas formações de esquerda tinham proposto mudar os regulamentos do PE para evitar esta possibilidade, inevitável à luz das actuais regras caso o líder da extrema-direita francesa seja reeleito.
Irritado com o anúncio, o presidente da Frente Nacional tomou hoje a palavra no hemiciclo para dizer que foi vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”.
“Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.
A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi.
Em Abril do ano passado, repetiu a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo.
Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370866&idCanal=11
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