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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Livro resgata prazer de matar dos soldados alemães na 2ª Guerra

O historiador Sönke Neitzel e o psicólogo Harald Wetzer resgataram um outro olhar sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial, abordando a fascinação pelo confronto bélico por parte de muitos soldados alemães.

No livro Soldaten (Soldados, em alemão), Neitzel e Wetzer acabam com o mito que o Exército alemão teve um papel supostamente respeitável na Segunda Guerra Mundial e que não tinha sido cúmplice direto dos crimes do nacional-socialismo, em contraste com as unidades especiais das SS.

O mito já tinha sido alvo com a famosa exposição "Vernichtungskrieg. Verbrecher der Wehrmacht" (Guerra de Extermínio. Crimes do Exército alemão) que percorreu a Alemanha entre 1995 e 1999, e que em algumas cidades gerou protestos.

Os testemunhos de soldados alemães publicados em seu livro por Nietzel e Wetzer não deixam dúvidas que matar e saquear não representava nenhum problema ético e, pelo contrário, gerava prazer.

As declarações foram encontradas por Neitzel em arquivos britânicos e americanos quando o historiador pesquisava sobre a guerra no Atlântico.

Trata-se de transcrições de conversas entre soldados alemães em cativeiro nas quais não escondam o prazer que sentiram ao matar, e que foram gravadas sem que eles soubessem com o objetivo de obter informação militarmente relevante.

"No segundo dia da guerra da Polônia tive que lançar bombas sobre uma estação em Posem. Não gostei. No terceiro dia, me pareceu igual, e no quarto, já passei a gostar", disse um soldado em uma conversa gravada no dia 30 de abril de 1940 que acrescentou: "Nossa diversão matutina era caçar soldados inimigos pelos campos com metralhadoras e deixá-los no chão com duas balas nas costas".

Outro soldado, ao descrever um bombardeio no qual os cavalos "voaram pelos ares", disse que senti pena dos animais, mas não sentia o mesmo pelas pessoas.

"Os cavalos me davam pena, as pessoas não. Os cavalos me deram pena até o último dia", explicou a um de seus companheiros de cativeiro.

O Holocausto, por outro lado, é pouco citado durante as conversas, uma circunstância que os autores do livro atribuem a que para os soldados não se tratava de algo especial.

Quando abordam o tema fica claro que estão informados do que ocorria, e inclusive um dos soldados conta a outro como um oficial das SS o convidou para presenciar e filmar um fuzilamento em massa de judeus.

A espontaneidade e a sinceridade é o maior "valor" das conversas frente os testemunhos diretos de soldados que participaram da Segunda Guerra Mundial, pois geralmente "maquiavam" suas verdadeiras sensações.

As cartas, por sua parte, eram, de certa forma, uma versão da guerra para as famílias, que naturalmente ocultava muitos detalhes, enquanto as memórias de veteranos da Segunda Guerra Mundial apresentam, por último, o problema da deformação, às vezes involuntária, das noções de lembranças que costumam perder com o passar dos anos, somada à necessidade dos autores de apresentar uma imagem respeitável.

Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5076381-EI8142,00-Livro+resgata+prazer+de+matar+dos+soldados+alemaes+na+Guerra.html

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Enzensberger narra a vida do general que disse não a Hitler

Em 'Hammerstein' ou 'A Obstinação', autor alemão reconta história do país pela ótica familiar

Antonio Gonçalves Filho, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Como Döblin, o poeta alemão Hans Magnus Enzensberger, que está em São Paulo, onde faz palestras amanhã e terça, às 19h30, no Instituto Goethe, poderia ter contado a história da República de Weimar e da ascensão de Hitler por meio de um romance. Não o fez. Döblin optou pela narrativa épica. Enzenzberger elegeu a investigação jornalística combinada com um diálogo entre vivos e mortos - inventado, mas baseado em pesquisas. No caso, trata-se de uma conversa com os contemporâneos de uma das figuras de proa da República de Weimar, o general Kurt von Hammerstein-Equord, personagem do novo livro de Enzensberger, Hammerstein ou A Obstinação (Companhia das Letras, tradução de Samuel Titan Jr., 344 págs., R$ 53).

A obstinação do título diz respeito ao repúdio perpétuo do barão, general de infantaria e comandante do exército alemão de 1930 a 1934, à figura de Hitler. Contra o oportunismo de seus colegas que ajudaram o ditador a erguer a máquina de guerra chamada Wermacht, Von Hammerstein resistiu ao canto da sereia e pagou alto preço por isso, sendo chutado para o banco dos reservas um ano depois de Hitler ser nomeado chanceler.

Hammerstein ou a Obstinação é uma conclusão involuntária de Berlin Alexanderplatz, no sentido de revelar os bastidores políticos que levaram os alemães a apoiar um lunático. Curiosamente, o livro de Enzensberger começa em 1929, quando o livro de Döblin foi publicado. Nesse mesmo ano, o herói de Hammerstein foi escolhido chefe do Estado Maior das Forças Armadas, sendo rechaçado por partidos de direita, que não o viam como "patriota" - o militar, conhecido como o "general vermelho", era atacado como esquerdista pelo Völkischer Beobacher, jornal dos nazistas.

Enzensberger conta a história da Alemanha sob o nazismo por meio da história pessoal de Hammerstein, um pouco à maneira de Simon Schama no recente O Futuro da América, em que o historiador elege a figura do general Montgomery C. Meigs, herói da Guerra Civil americana, como ponto de partida para entender a tradição bélica dos EUA. Com melhores resultados do que Schama, evoque-se. Embora tenha começado sua pesquisa um pouco tarde, uma vez que muitas testemunhas dessa história já haviam morrido, o poeta consegue apresentar uma explicação mais que razoável para o colapso da República de Weimar, o fracasso da Resistência e o fascínio que até nobres como os filhos do general tinham pela utopia comunista. De certo modo, os filhos seguiram em frente na luta contra Hitler, engajando-se na Resistência. Enzensberger conclui que, sem famílias como as do general Hammerstein, a história alemã seria tragicamente outra.

Veja também: Leia trecho do livro

Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,enzensberger-narra-a-vida-do-general-que-disse-nao-a-hitler,387172,0.htm

sábado, 31 de maio de 2008

Parlamento alemão reabilita homossexuais e desertores

(Foto)O desertor Albert Laucke chora na inauguração de um memorial aos desertores da Wehrmacht

Quase 60 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, os homossexuais e desertores condenados pela Justiça nazista serão plenamente reabilitados.

A reabilitação legal está assegurada com uma reforma da lei que anulou as injustiças judiciais dos nazistas, aprovada pelo Parlamento da Alemanha (Bundestag)nesta sexta-feira (17).

Os partidos Social Democrático (SPD) e Verde – da coalizão governamental – e o Partido do Socialismo Democrático, o PDS neocomunista, votaram a favor. Os partidos oposicionistas de centro-direita - União Democrata-Cristã (CDU), Social-Cristã (CSU) e o Partido Liberal (FDP) - votaram contra a reabilitação dos homosssexuais e desertores. A lei não precisa mais de aprovação da câmara alta do Legislativo alemão (Bundesrat).

Assim estão anuladas as sentenças contra 50 mil homossexuais e 22 mil penas de morte contra desertores das Forças Armadas (Wehrmacht), pronunciadas pelo regime de Hitler. Até então, a reabilitação dependia do exame individual dos casos. Todos as outras sentenças dos nazistas já haviam sido anuladas por uma lei de 1998.

A ministra alemã da Justiça, Herta Däubler-Gmelin (SPD), admitiu que "já estava mais do que na hora" para uma tal lei. Contudo, mesmo chegando tão tarde, ela é essencial, pois "devemos isto às vítimas da injustiça nazista".

Fonte: Deutsche Welle(17.05.2002)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,522676,00.html

terça-feira, 17 de julho de 2007

Judenzählung, 1916

28/09/04. Judenzählung, 1916.
Tópico: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=2216046

Um dos mitos da ideologia nacional-socialista dizia que os judeus alemães não lutaram pelo seu paísdurante a Primeira Guerra Mundial.

Dos cerca de 500 mil judeus alemães da época, cercade 100 mil participaram eram soldados, dos quaiscerca de 10 mil morreram lutando pela Reichswehr(o Exército Alemão).

Apesar disso, em 1916 os anti-semitas nacionalistasdas forças armadas alemãs empreenderam uma "contagemde judeus" (Judenzählung) de todos os escalões das forças armadas, desde os soldados até os líderes militares, para tentar classificar os militares judeus alemães como "soldados inferiores" ou como covardes que evitavam o front para ficar na retaguarda.

A contagem demonstrou que os judeus alemães eram tão patriotas quanto os não-judeus. Mas, por motivos óbvios,o resultado nunca foi publicado.Os judeus alemães foram humilhados, tanto no front quanto no regresso aos seus lares, já que eles foramresponsabilizados pela derrota de seu país.

Parte 2
http://www.historiker.de/projekte/hdbg/kriegsgraeber/english/einleitung.htm

"Already at the outbreak of the war - especially in Prussia - many officials had reservations against Jews, a fact that was visible in their promotion procedures. Only during the second half of the war, when even the strictest anti-semite must have realised that a Jew was as good a soldier as a Christian (if not a better one!) were promotions handled in a fairer manner.This fact provoked the hatred of anti-semites who were to be found in nationalistic circles as well as in parts of the military leadership, especially in the Prussian Ministry of War. They prepared to deal the Jewish soldiers of all ranks - from private to highest officer - a first mean blow. The notorious "count of Jews" (Judenzählung) was implemented in 1916.The aim of this action was to classify the Jewish soldiers as inferior, those who would not be found in the field but in the back area, those who tried to avoid the dangerous fight at the front line. This count was the beginning of a terrible sufferings of the German soldiers of Jewish faith: they had the feeling that a stigma had been left on them, and fell they into dispair and mistrust. "

Ricardo: 04/10/04. Os Judeus na 1a Guerra mundial lutaram de todos os lados, tanto pela Alemanha, como França, Inglaterra, Russia, Imp Austro Hungaro, etc. Houveram casos comprovados de judeus matando judeus por defenderem países opostos. Meus 4 bisavós lutaram pelo lado da Alemanha na 1a Guerra sendo que um deles era Major, ganhou a Cruz de Ferro exclusiva para soldados gravemente feridos. Em 36 ao mesmo tempo em que era proibido de exercer sua profissão, tinha seus bens confiscados e todas outras sanções que haviam contra os judeus, recebeu uma homenagem que foi feita a todos veteranos de guerra do seu nível. Meu avô tem até hoje guardado uma carta do governo nazista agrdecendo a ele por seus seviços prestados a nação na 1a Guerra. 2 anos depois ele foi enviado a Dachau.Já na 2a Guerra a história era bem diferente. Qualquer pessoa com pelo menos 1 dos 4 avós judeus era assim considerado e não tinha a menor chance. Houveram raríssimas exeções, onde alemães que tinham apenas 1 avô semita e não se consideravam nem um pouco judeus eram poupados. Normalmente porque tinham alguma alta qualificação dificil de ser substituida ou tinham costas quentes. Em alguns casos, de cientistas e até esportistas de alto nível que eram 100% judeus foi oferecido assinar um termo de renúncia a fé judaica e assim poder prestar ao Reich. Einstein foi um dos convidados. Desconheço qualquer caso de alguem que o tenha aceito.

04/10/04. Helmut Shmidt. O caso mais famoso de soldado "judeu" da Wermarcht foi o do ex chanceler Helmut Schmidt. Ele nasceu como bastardo, fruto de um romance de dois adolecentes judeus. Devido ao escândalo que foi na época, o bebê (Shmidt) foi entregue para adoção em uma família Cristã.Sua origem biológica sempre foi um segredo para qualquer um de fora da sua família (ele sempre soube). E na 2a Guerra serviu no exército alemão como todo jovem em idade militar, mas os Nazis desconheciam sua verdadeira origem e ele obviamente guradou esse segredo que significaria a perda de sua vida se desvendado. Mesmo após a guerra continuou ocultando suas origens pois isso provavelmente teria inviabilizado sua carreira política no pós Guerra, onde no final dos anos 70 chegou ao mais alto posto político na Alemanha (Cahnceler que equivale a 1o ministro). Só após vários anos depois de aposentado ele escreveu sua auto-biografia, revelando ao mundo esses fatos, inclusive a identidade de seus país biológicos. Quem me contou essa história foi meu avô, que se surprendeu o ler esse livro ver o nome do seu pai como o do adolecente pai de Helmut. Ou seja são meio irmãos e ele seria meu meio tio avô. Foi enviada uma carta ele, que confirmou o parentesco, mas educadamente deixou claro que não havia o menor interesse em conhecer pessoalmente seus parentes judeus no Brasil.

Cartaz da Federação de Soldados Judeus do Front Alemão (RjF) da Primeira Guerra Mundial:
http://www.dhm.de/lemo/objekte/pict/d2942779/index.jpg

Durante a Primeira Guerra, cerca de 100 mil soldados judeus lutaram pela Alemanha, cerca de 78 mil soldados judeus lutaram na linha de frente, 12 mil morreram na guerra e 30 mil foram condecorados por bravura.

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