MÉXICO, D.F. (proceso.com.mx).- O fascismo costuma ser definido como um movimento conservador ou reacionário, sobretudo na literatura marxista, que o considera um fenômeno político surgido para contra-arrestar os avanços do socialismo.
Contudo, não é "nem reacionário nem conservador, mas está ligado a ambos por parentesco ideológico e por conveniência política, sobretudo no período entreguerras", assinalam Franco Savarino Roggero e João Fábio Bertonha em "El Fascismo en Brasil y América Latina" (O Fascismo no Brasil e América Latina), livro editado pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Na obra, que foi apresentada na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, os autores comentaram que o fascismo latinoamericano surgiu no início do século XX com a crise do liberalismo ocasionada pela Primeira Guerra Mundial; ante as elites liberais que perderam a força e o controle da esfera política, surgiram novas forças promovidas e impulsionadas pela classe média, nas quais se inseriu o fascismo.
O desenvolvimento desse movimento na América Latina é muito mais débil e não se dá em todos os países; basta dizer que a Ação Integralista Brasileira, similar ao Partido Fascista Italiano, ou ao Nacional-Socialista alemão, pode ser considerado o único partido e massas na região. Não tem intelectuais de renome; “talvez Vasconcelos se aproxima um pouco do fascismo, ainda que não se pode classificá-lo como fascista a secas”, considerou Savarino Roggero.
Como pensador utópico, José Vasconcelos desenvolveu a ideia de um homem nome em seu ensaio "raça cósmica", retomando o sonho de Bolívar, onde a América Latina é o centro da civilização mundial, o que soa muito próximo ao fascismo, disse o pesquisador da INAH.
Fundado por Gustavo Sáenz de Sicilia, um produtor de cinema, em 1922 nasce em ambientes católicos o Partido Fascista Mexicano. Integravam-no curas e conservadores; nessa época, a imprensa mexicana e a dos Estados Unidos denunciavam que o Episcopado Mexicano se encontrava ligado a esse partido pelos apoios que outorgavam a este. Ele desaparece praticamente em fins de 1923.
Inclusive, narram os autores, um dos motivos pelos que Obregón expulsou o delegado apostólico do México, em 1923, foi a presunção de estar impulsionando o Partido Fascista Mexicano.
Existem muitos movimentos imitadores de grupos e pessoas que tratam de ser fascistas sem sê-lo; o exemplo mexicano mais conhecido se deu em 1934 com o movimento dos Camisas Douradas, que pelo nome evocavam os Camisas Negras italianos, ou os Camisas Pardas alemães, afirmou Savarino Roggero.
“Muitos saem com a ideia de que os Camisas Douradas eram os fascistas mexicanos; até houve colegas que escreveram livros sobre isso, mas eu não estou de acordo. Estudei a documentação da diplomacia italiana e claramente ela dizia que não eram fascistas", finalizou.
A Redação; 7 de dezembro de 2014
Cultura e Espetáculos
Fonte: proceso.com.mx (México)
http://www.proceso.com.mx/?p=390142
Título original: Presentan en la FIL de Guadalajara “El Fascismo en Brasil y América Latina”
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Presentan en México una obra sobre el fascismo en Brasil y América Latina (Notimérica.com, México, editado por Europa Press)
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Apresentam na FIL de Guadalajara "El Fascismo en Brasil y América Latina" (O Fascismo no Brasil e América Latina)
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Meio século depois Hollande admite matança de argelinos em Paris
Meio século depois Hollande admite matança de argelinos em Paris |
O reconhecimento veio no 51º aniversário da manifestação de 17 de Outubro de 1961 e a pouco tempo de uma visita oficial à Argélia que o presidente francês tem agendada para o início de Dezembro. A manifestação brutalmente reprimida em 1961 fora convocada por organizações afectas ao movimento de libertação argelino FLN e dirigia-se contra o reclher obrigatório que apenas se aplicava aos argeilinos.
A manifestação terá reunido entre 20.000 e 50.000 pessoas e a maior parte dos mortos não foram vítimas de violência na rua, e sim nas esquadras, após a detenção. Um grande número foi lançado ao rio Sena, tendo os cadáveres continuado a aparecer nos dias seguintes, como denunciaram contra os desmentidos oficiais principalmente os jornais Le Monde, Libération e L'Humanité.
No lacónico comunicado do presidente Hollande, o balanço da repressão policial daquele dia é descrito como uma "tragédia" e refere-se a necessidade "não de vingança ou arrependimento, mas de do direito, por meio da verdade". O embaixador argelino em Paris, Missoum Sbih, comentou favoravelmente esta admissão do facto em si, que há muito era reivindicada pelo Governo argelino. Segundo Sbih, há no comunicado "vários sinais positivos e encorajadores".
Direita francesa furiosa com Hollande
Embora o comunicado em momento algum admita a existência de culpas da polícia francesa ou peça perdão às famílias das vítimas, os "sinais positivos" nele lidos pelo embaixador argelino já foram suficientes para desencadear um vendaval de protestos da direita francesa.
Assim, o líder parlamentar da UMP, Christian Jacob, considerou "intolerável" que o comportamento da polícia e o conjunto da República fossem postos em causa pelo comunicado. O dirigente histórico da Frente Nacional (extrema-direita) Jean-Marie Le Pen, conhecido por ter praticado a tortura em larga escala durante a Guerra da Argélia, afirmou que Hollande não tem o direito de se pronunciar sobre alegadas culpas da França.
E o ex-primeiro-ministro Fraçois Fillon, segundo citação do diário alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, interrogou-se retoricamente: "E o que é feito dos crimes que foram cometidos na Argélia após a independência, com os massacres contra os Harkis [soldados argelinos que serviram o exército francês], o que é feito dos arquivos argelinos, que nunca foram abertos?" E logo sugeriu: "Ou bem que tudo se revela à luz do dia, ou então o melhor é esquecer todo o assunto".
Papon: primeiro genocida anti-judeu, depois anti-árabe
Seja como for, os arquivos franceses ficarão abertos e permitirão conferir os cálculos dos historiadores - geralmente entre os 50 e os 200 mortos. Um dos mais conhecidos, da autoria do historiador francês Jean-Luc Einaudi, aponta para as duas centenas.
O balanço de Einaudi, que utilizava já o termo "massacre", deu na altura origem a um processo por difamação intentado por aquele que fora o prefeito da Polícia de Paris à data da manifestação: Maurice Papon. Este viria, por sua vez, a sentar-se depois no banco dos réus, não pela repressão de 17 de Outubro, mas pela sua colaboração com os nazis com vista a organizar a deportação de judeus para os campos de extermínio.
Papon viria a ser despojado de todas as suas condecorações e condenado a dez anos de prisão em 1998, por crimes contra a humanidade cometidos ao serviço do regime colaboracionista de Vichy. Mas acabou por cumprir apenas um ano de prisão, vindo a ser libertado por razões de saúde em 2000 e morrendo em 2002.
António Louçã, RTP 18 Out, 2012, 18:15 / atualizado em 18 Out, 2012, 18:30
DR
Fonte: RTP (Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=596337&tm=7&layout=121&visual=49
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Rudy de Mérode, um colaboracionista fascista francês
Rudy de Mérode, nome real Frédéric Martin (1905, Silly-sur-Nied, Moselle - ?, provavelmente na Espanha) foi um colaboracionista francês durante a ocupação alemã da França na Segunda Guerra Mundial.
Vida
Originário de Luxemburgo, sua família emigrou para França e foram naturalizados como cidadãos franceses nos anos de 1920. Estudou engenharia em Estrasburgo e então na Alemanha, onde ele foi recrutado pela Abwehr em 1928. Em 1934 participou dos trabalhos de construção da Linha Maginot e repassou os planos (aos quais teve acesso) para os serviços da Inteligência alemã. Desmascarado como um espião em 1935, foi condenado em 1936 a 10 anos de cadeia (os quais serviu numa prisão de Clairvaux) e 20 anos de exílio da França.
Durante a queda da Batalha da França, centenas de milhares de prisioneiros fugiram pelas estradas da França. em 14 de junho, em Bar-sur-Aube, um grupo de prisioneiros foi evacuado da prisão central em Claivaux, incluindo Rudy de Mérode e outros espiões, que se aproveitaram da anarquia instalada para escapar e pedir ajuda aos alemães.
Em julho de 1940, ele retornou para Paris e organizou sozinho um centro de Inteligência militar alemão no Hotel Lutetia. Anexo a uma fonte do escritório no número 18 da rua Pétrarque em Paris como um disfarce, ele espionou para Abwehr ao lado de outro agente da SD, o holandês Gédéon van Houten (chamado de barão d'Humières).
Primeiramente ele reuniu a inteligência através de uma equipe de trinta pessoas sob suas ordens, que ele treinou por conta própria. A maioria deles eram foragidos da Justiça e ele os usou para conseguir equipamentos e para construções. Sua equipe requisitou varios apartamentos e hoteis particulares sob o pretexto de serem franceses ou (mais frequentemente) policiais alemães.
Sua especialidade era comboios bancários, de dinheiro vindo de diversas fontes ou na forma de objetos de ouro, jóias, arte ou lingotes. Em 1941, estabeleceu-se no boulevard 70 Maurice Barrès em Neuilly-sur-Seine, mas van Houten e de Mérode separaram-se após um desentendimento em 1942.
Com a ajuda do DSK (Devisenschutzkommando) abriu cofres de bancos, comprando objetos de ouro e prata de seus proprietários a um preço subvalorizado ou, no caso deles se recusassem a cooperar, ele os deportaria. Se a propriedade pertencesse a judeus, era totalmente confiscada e da Gestapo levava o proprietário preso e, muitas vezes deportava. A equipe da "gestapo de Neuilly" confiscou mais de 4 toneladas de ouro, e a rede de 'de Mérode' acumulou enormes somas de prata e prendeu e deporou mais de 500 pessoas.
Fuga pra Espanha
No início de 1944, a Abwehr o acusou de secretamente ter montado um escritório na Espanha. Primeiramente se alojou em Saint-Jean-de-Luz, em meados de 1945, inicialmente era para ficar em San Sebastián antes de chegar a Madrid, onde ele se autoproclamou como "o príncipe de Mérode". Em 1953, ele ainda vivia na Espanha, agora a 60 km ao norte de Madrid em uma fábrica de tijolos. Ele nunca voi levado à justiça e a data da sua morte permanece desconhecida até hoje.
Referências
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais em:
BS Encyclopédie (em francês)
Seção sobre nazismo e Holocausto:
Les grandes idéologies. Le nazisme et la shoah
Vida
Originário de Luxemburgo, sua família emigrou para França e foram naturalizados como cidadãos franceses nos anos de 1920. Estudou engenharia em Estrasburgo e então na Alemanha, onde ele foi recrutado pela Abwehr em 1928. Em 1934 participou dos trabalhos de construção da Linha Maginot e repassou os planos (aos quais teve acesso) para os serviços da Inteligência alemã. Desmascarado como um espião em 1935, foi condenado em 1936 a 10 anos de cadeia (os quais serviu numa prisão de Clairvaux) e 20 anos de exílio da França.
Durante a queda da Batalha da França, centenas de milhares de prisioneiros fugiram pelas estradas da França. em 14 de junho, em Bar-sur-Aube, um grupo de prisioneiros foi evacuado da prisão central em Claivaux, incluindo Rudy de Mérode e outros espiões, que se aproveitaram da anarquia instalada para escapar e pedir ajuda aos alemães.
Em julho de 1940, ele retornou para Paris e organizou sozinho um centro de Inteligência militar alemão no Hotel Lutetia. Anexo a uma fonte do escritório no número 18 da rua Pétrarque em Paris como um disfarce, ele espionou para Abwehr ao lado de outro agente da SD, o holandês Gédéon van Houten (chamado de barão d'Humières).
Primeiramente ele reuniu a inteligência através de uma equipe de trinta pessoas sob suas ordens, que ele treinou por conta própria. A maioria deles eram foragidos da Justiça e ele os usou para conseguir equipamentos e para construções. Sua equipe requisitou varios apartamentos e hoteis particulares sob o pretexto de serem franceses ou (mais frequentemente) policiais alemães.
Sua especialidade era comboios bancários, de dinheiro vindo de diversas fontes ou na forma de objetos de ouro, jóias, arte ou lingotes. Em 1941, estabeleceu-se no boulevard 70 Maurice Barrès em Neuilly-sur-Seine, mas van Houten e de Mérode separaram-se após um desentendimento em 1942.
Com a ajuda do DSK (Devisenschutzkommando) abriu cofres de bancos, comprando objetos de ouro e prata de seus proprietários a um preço subvalorizado ou, no caso deles se recusassem a cooperar, ele os deportaria. Se a propriedade pertencesse a judeus, era totalmente confiscada e da Gestapo levava o proprietário preso e, muitas vezes deportava. A equipe da "gestapo de Neuilly" confiscou mais de 4 toneladas de ouro, e a rede de 'de Mérode' acumulou enormes somas de prata e prendeu e deporou mais de 500 pessoas.
Fuga pra Espanha
No início de 1944, a Abwehr o acusou de secretamente ter montado um escritório na Espanha. Primeiramente se alojou em Saint-Jean-de-Luz, em meados de 1945, inicialmente era para ficar em San Sebastián antes de chegar a Madrid, onde ele se autoproclamou como "o príncipe de Mérode". Em 1953, ele ainda vivia na Espanha, agora a 60 km ao norte de Madrid em uma fábrica de tijolos. Ele nunca voi levado à justiça e a data da sua morte permanece desconhecida até hoje.
Referências
- Magazine Historia Hors Série n°26 1972 por Jacques Delarue
- Les comtesses de la Gestapo ed. Grasset, 2007 by Cyril Eder, ISBN 978-2-246-67401-6
- Baptiste Roux, Figures de l'Occupation dans l'œuvre de Patrick Modiano, Paris, L'Harmattan, 1999, 334 p. (ISBN 2-7384-8486-7)
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais em:
BS Encyclopédie (em francês)
Seção sobre nazismo e Holocausto:
Les grandes idéologies. Le nazisme et la shoah
sábado, 18 de fevereiro de 2012
França: Le Pen é condenado por declarações sobre a 2ª Guerra (extrema-direita)
Jean-Marie Le Pen, Front Nacional (partido da extrema-direita francesa) |
No dia 8 de fevereiro de 2008, o Tribunal Penal de Paris considerou Le Pen culpado de "apologia a crimes de guerra" e "contestação de crime contra a Humanidade", após uma declaração sua publicada em janeiro de 2005 na revista de extrema direita Rivarol.
Le Pen tinha declarado: "Na França, pelo menos, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, mesmo acontecendo erros, inevitáveis em um país de 550 mil km quadrados". Várias vezes candidato a presidente, Le Pen hoje é eurodeputado.
Jean-Marie Le Pen, 83 anos, passou a liderança de seu partido, em janeiro de 2011, para sua filha Marine, que é candidata à presidência na eleição de abril-maio de 2012.
Fonte: Terra/AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5616606-EI8142,00-Franca+Le+Pen+e+condenado+por+declaracoes+sobre+a+Guerra.html
Ver mais:
Jean-Marie Le Pen condenado a três meses de prisão com pena suspensa (Correio da Manhã, Portugal)
quinta-feira, 26 de março de 2009
Negacionista Le Pen impedido de presidir sessão inaugural do Parlamento Europeu
Acordo no Parlamento Europeu para impedir Le Pen de presidir a sessão inaugural
25.03.2009 - 16h07 PÚBLICO, Agências
Se for reeleito em Junho, Le Pen será o mais velho eurodeputado em funções
Actualização - líder da extrema-direita francesa diz que câmaras de gás foram um "detalhe"
As duas maiores forças políticas do Parlamento Europeu (PE) chegaram a acordo para impedir que Jean-Marie Le Pen possa presidir à próxima sessão inaugural, depois de o líder da extrema-direita francesa ter dito hoje no hemiciclo que as câmaras de gás foram “um detalhe” na história da II Guerra Mundial.
Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia anunciou que vai apoiar a proposta dos socialistas e dos Verdes no sentido de “adoptar todas as medidas que se impõem” para impedir que Le Pen, enquanto eurodeputado mais velho em funções, possa presidir à primeira sessão após as eleições europeias de Junho. Ontem, as duas formações de esquerda tinham proposto mudar os regulamentos do PE para evitar esta possibilidade, inevitável à luz das actuais regras caso o líder da extrema-direita francesa seja reeleito.
Irritado com o anúncio, o presidente da Frente Nacional tomou hoje a palavra no hemiciclo para dizer que foi vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”.
“Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.
A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi.
Em Abril do ano passado, repetiu a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo.
Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370866&idCanal=11
25.03.2009 - 16h07 PÚBLICO, Agências
Se for reeleito em Junho, Le Pen será o mais velho eurodeputado em funções
Actualização - líder da extrema-direita francesa diz que câmaras de gás foram um "detalhe"
As duas maiores forças políticas do Parlamento Europeu (PE) chegaram a acordo para impedir que Jean-Marie Le Pen possa presidir à próxima sessão inaugural, depois de o líder da extrema-direita francesa ter dito hoje no hemiciclo que as câmaras de gás foram “um detalhe” na história da II Guerra Mundial.
Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia anunciou que vai apoiar a proposta dos socialistas e dos Verdes no sentido de “adoptar todas as medidas que se impõem” para impedir que Le Pen, enquanto eurodeputado mais velho em funções, possa presidir à primeira sessão após as eleições europeias de Junho. Ontem, as duas formações de esquerda tinham proposto mudar os regulamentos do PE para evitar esta possibilidade, inevitável à luz das actuais regras caso o líder da extrema-direita francesa seja reeleito.
Irritado com o anúncio, o presidente da Frente Nacional tomou hoje a palavra no hemiciclo para dizer que foi vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”.
“Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.
A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi.
Em Abril do ano passado, repetiu a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo.
Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370866&idCanal=11
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Corte francesa confirma pena contra ultradireitista(fascista) francês que defendeu nazismo
Corte confirma pena contra ultradireitista francês que defendeu nazismo
O Tribunal de Apelação de Paris confirmou hoje a pena de três meses de prisão livre de cumprimento e dez mil euros de multa ao líder ultradireitista Jean-Marie Le Pen por ter dito, em entrevista em 2005, que a ocupação nazista da França "não foi particularmente desumana".
Em 8 de fevereiro, Le Pen recebeu a mesma pena em primeira instância pelo Tribunal Correcional de Paris, que o considerou culpado de "cumplicidade de apologia de crimes de guerra" e "negação de crime contra a humanidade".
Os advogados de Le Pen anunciaram que recorrerão da sentença na Suprema Corte.
O político foi condenado com base nas seguintes declarações reproduzidas no semanário ultradireitista "Rivarol": "Na França, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, apesar de ter havido alguns atropelos, inevitáveis em um país de 550 mil quilômetros quadrados".
Para os juízes, essa declaração "busca criar dúvidas" sobre os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas na França, "como a deportação de judeus ou a perseguição de resistentes".
Na mesma entrevista, Le Pen afirmou que a Gestapo (Polícia secreta do regime nazista) desempenhou em algumas ocasiões um papel positivo.
Ele citou como exemplo o caso de quando, de acordo com ele, os agentes impediram o massacre de Villeneuve d''Ascq, cometido na noite de 1º de abril de 1944 por um oficial alemão que estava furioso porque um de seus esquadrões tinha sofrido um atentado.
Segundo a Corte, com essas palavras o líder ultradireitista cometeu "uma falsificação histórica deliberada" que dá à Gestapo "uma imagem positiva", a qual "esconde" os crimes que cometeu.
Não é a primeira vez que Le Pen é condenado por suas polêmicas declarações.
Em 2005, foi obrigado a pagar uma multa de dez mil euros por declarações contra os imigrantes e, em 1998, recebeu uma pena similar por defender a desigualdade de raças.
Já em 1997 ele foi condenado por dizer que as câmaras de gás foram "um detalhe da história", enquanto oito anos antes tinha sido punido por negar a existência deste instrumento de extermínio nazista.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3463140-EI188,00-Corte+confirma+pena+contra+ultradireitista+frances+que+defendeu+nazismo.html
O julgamento do fascista Jean-Marie Le Pen por apologia ao regime nazista, matéria do Telegraph(Inglaterra) de 2007:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1572656/Jean-Marie-Le-Pen-Nazi-trial-begins.html
O Tribunal de Apelação de Paris confirmou hoje a pena de três meses de prisão livre de cumprimento e dez mil euros de multa ao líder ultradireitista Jean-Marie Le Pen por ter dito, em entrevista em 2005, que a ocupação nazista da França "não foi particularmente desumana".
Em 8 de fevereiro, Le Pen recebeu a mesma pena em primeira instância pelo Tribunal Correcional de Paris, que o considerou culpado de "cumplicidade de apologia de crimes de guerra" e "negação de crime contra a humanidade".
Os advogados de Le Pen anunciaram que recorrerão da sentença na Suprema Corte.
O político foi condenado com base nas seguintes declarações reproduzidas no semanário ultradireitista "Rivarol": "Na França, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, apesar de ter havido alguns atropelos, inevitáveis em um país de 550 mil quilômetros quadrados".
Para os juízes, essa declaração "busca criar dúvidas" sobre os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas na França, "como a deportação de judeus ou a perseguição de resistentes".
Na mesma entrevista, Le Pen afirmou que a Gestapo (Polícia secreta do regime nazista) desempenhou em algumas ocasiões um papel positivo.
Ele citou como exemplo o caso de quando, de acordo com ele, os agentes impediram o massacre de Villeneuve d''Ascq, cometido na noite de 1º de abril de 1944 por um oficial alemão que estava furioso porque um de seus esquadrões tinha sofrido um atentado.
Segundo a Corte, com essas palavras o líder ultradireitista cometeu "uma falsificação histórica deliberada" que dá à Gestapo "uma imagem positiva", a qual "esconde" os crimes que cometeu.
Não é a primeira vez que Le Pen é condenado por suas polêmicas declarações.
Em 2005, foi obrigado a pagar uma multa de dez mil euros por declarações contra os imigrantes e, em 1998, recebeu uma pena similar por defender a desigualdade de raças.
Já em 1997 ele foi condenado por dizer que as câmaras de gás foram "um detalhe da história", enquanto oito anos antes tinha sido punido por negar a existência deste instrumento de extermínio nazista.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3463140-EI188,00-Corte+confirma+pena+contra+ultradireitista+frances+que+defendeu+nazismo.html
O julgamento do fascista Jean-Marie Le Pen por apologia ao regime nazista, matéria do Telegraph(Inglaterra) de 2007:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1572656/Jean-Marie-Le-Pen-Nazi-trial-begins.html
domingo, 9 de novembro de 2008
Senador belga acusado de antissemitismo
Um senador belga associado à extrema-direita é acusado de fazer a apologia do Holocausto.
Michel Delacroix surge num vídeo registado num local público, onde adultera a letra de uma canção de Guy Béart para descrever “uma pequena judia, que saiu do gueto para ser queimada viva”.
A revelação do momento não tardou a gerar críticas severas de várias associações e partidos políticos.
O senador ecologista Josy Dubié classificou a prestação de Delacroix como “inaceitável e passível de ser punida pela lei: é a negação e a apologia dos crimes de guerra e do genocídio”.
Delacroix, que abandonou as funções de presidente da formação de extrema-direita Frente Nacional, vai ser interrogado por uma comissão do Senado.
Patrick Charlier, do Centro para a Igualdade de Oportunidades e para a Luta contra o Racismo diz que o “carácter público [do vídeo] está estabelecido. É filmado na esplanada de um café ou restaurante. É um senador com responsabilidades e que ocupa uma função pública, que deve conhecer a lei, o que justifica ainda mais uma queixa”.
A instituição de Charlier apresentou o caso à Justiça. Segundo dois jornais flamengos, Delacroix terá também renunciado ao lugar no Senado, mas ainda não houve confirmação oficial.
Fonte: Euronews
http://www.euronews.net/pt/article/06/11/2008/outrage-over-belgian-politicians-holocaust-song/
Michel Delacroix surge num vídeo registado num local público, onde adultera a letra de uma canção de Guy Béart para descrever “uma pequena judia, que saiu do gueto para ser queimada viva”.
A revelação do momento não tardou a gerar críticas severas de várias associações e partidos políticos.
O senador ecologista Josy Dubié classificou a prestação de Delacroix como “inaceitável e passível de ser punida pela lei: é a negação e a apologia dos crimes de guerra e do genocídio”.
Delacroix, que abandonou as funções de presidente da formação de extrema-direita Frente Nacional, vai ser interrogado por uma comissão do Senado.
Patrick Charlier, do Centro para a Igualdade de Oportunidades e para a Luta contra o Racismo diz que o “carácter público [do vídeo] está estabelecido. É filmado na esplanada de um café ou restaurante. É um senador com responsabilidades e que ocupa uma função pública, que deve conhecer a lei, o que justifica ainda mais uma queixa”.
A instituição de Charlier apresentou o caso à Justiça. Segundo dois jornais flamengos, Delacroix terá também renunciado ao lugar no Senado, mas ainda não houve confirmação oficial.
Fonte: Euronews
http://www.euronews.net/pt/article/06/11/2008/outrage-over-belgian-politicians-holocaust-song/
sábado, 11 de outubro de 2008
Acidente mata o líder austríaco de extrema-direira Jörg Haider aos 58 anos
Carro do nacionalista governador da Coríntia saiu da pista em estrada.
Ele liderava partido populista com 10,7% das cadeiras no parlamento.
O líder austríaco de extrema-direita Jörg Haider morreu na manhã deste sábado (11) em um acidente rodoviário em Klagenfurt, segundo a polícia local.
Haider era desde 1999 governador do estado austríaco da Caríntia (sul da Áustria) e chefe da Aliança pelo Futuro da Áustria, um partido populista de direita.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial, viajando pelo sul da capital da Caríntia, quando o veículo saiu da estrada por razões desconhecidas.
O carro capotou várias vezes, e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo depois.
Cena do acidente em que Jörg Haider, líder austríaco de extrema-direita, morreu neste sábado aos 58 anos. (Foto: AFP)
Haider iria participar neste sábado da festa de 80 anos de sua mãe, também na Caríntia.
"Para nós é o fim do mundo", disse o porta-voz e vice-presidente da Aliança pelo Futuro da Áustria, Stefan Petzner.
Nas eleições de 28 de setembro passado, Haider, que havia assumido a liderança do partido no final de agosto, conseguiu transformar a sigla, criada em 2005, na quarta força política da Áustria, com 10,7% dos votos, triplicando o número de cadeiras no Parlamento.
Sua ascensão política se deve a sua atuação no Partido Liberal da Áustria, do qual assumiu a chefia em 1986, com um discurso crítico aos sucessivos governos da coalizão entre democratas-cristãos e social-democratas.
Conquistou grande parte do voto operário, tradicionalmente fiel aos social-democratas. Para isso, adotou uma campanha xenófoba que aproveitou os temores de uma imigração em massa procedente dos países do Leste da Europa.
Em sua busca pelo poder, também prometeu em sua campanha defender as "raízes austríacas" contra o perigo da "islamização" da sociedade.
Aém disso, criou um novo modelo de política ultradireitista que influenciou o resto do continente. Haider era fotogênico, dinâmico e ambíguo, capaz de defender suas mais duras idéias de uma maneira suave.
Com esta calculada ambivalência e com a intenção de "defender o homem da rua dos excessos do capitalismo" (apesar de ele mesmo ter sido um fazendeiro milionário na Caríntia), conseguiu renovar as bases da extrema-direita, que já não sobrevive mais graças a velhos nostálgicos do nazismo, mas a muitos jovens austríacos.
Em 1999, teve quase 27% dos votos. No ano seguinte, o partido integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel, chamando atenção internacional para Haider.
Suas declarações anti-semitas custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria, incluindo um "congelamento" de contratos bilaterais por oito meses.
Nos anos 199, ele chegou a dizer que "o Terceiro Reich praticou uma política de ocupação correta" e qualificou como "centros penais" os campos de concentração nazistas, o que gerou ondas de indignação em todo o mundo.
Apesar de sua demagogia populista de ares xenófobos e de sua ambigüidade a respeito do nacional-socialismo, nos últimos anos ele moderou seu discurso para atrair os eleitores democratas-cristãos.
(Foto)Jörg Haider em foto de 9 de março de 2005. (Foto: AFP)
Mesmo assim, ele deixava claro que desejava uma "Áustria para os austríacos", e defendeu a expansão ao resto do país da proibição de construir mesquitas e minaretes, o que já está em vigor na Caríntia.
"Temos de proteger nossos valores, a cultura majoritária e nossas tradições da crescente islamização", argumentou um sorridente Haider em milhares de cartazes eleitorais nas últimas eleições.
Casado e pai de duas filhas, Haider nasceu em uma família modesta na localidade de Bad Goisern, no Estado da Alta Áustria.
Seu pai, um sapateiro, militou nas tropas de assalto nazistas (SA), uma organização paramilitar, e sua mãe foi uma das líderes locais do Partido Nacional Socialista.
Entre 1969 e 1973, Haider cursou Direito e se graduou pela Universidade de Viena, onde iniciou também sua militância no Partido Liberal, que na época era uma legenda liberal de pouca importância no país.
Fonte: G1, com agências internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL794645-5602,00.html
Ele liderava partido populista com 10,7% das cadeiras no parlamento.
O líder austríaco de extrema-direita Jörg Haider morreu na manhã deste sábado (11) em um acidente rodoviário em Klagenfurt, segundo a polícia local.
Haider era desde 1999 governador do estado austríaco da Caríntia (sul da Áustria) e chefe da Aliança pelo Futuro da Áustria, um partido populista de direita.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial, viajando pelo sul da capital da Caríntia, quando o veículo saiu da estrada por razões desconhecidas.
O carro capotou várias vezes, e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo depois.
Cena do acidente em que Jörg Haider, líder austríaco de extrema-direita, morreu neste sábado aos 58 anos. (Foto: AFP)
Haider iria participar neste sábado da festa de 80 anos de sua mãe, também na Caríntia.
"Para nós é o fim do mundo", disse o porta-voz e vice-presidente da Aliança pelo Futuro da Áustria, Stefan Petzner.
Nas eleições de 28 de setembro passado, Haider, que havia assumido a liderança do partido no final de agosto, conseguiu transformar a sigla, criada em 2005, na quarta força política da Áustria, com 10,7% dos votos, triplicando o número de cadeiras no Parlamento.
Sua ascensão política se deve a sua atuação no Partido Liberal da Áustria, do qual assumiu a chefia em 1986, com um discurso crítico aos sucessivos governos da coalizão entre democratas-cristãos e social-democratas.
Conquistou grande parte do voto operário, tradicionalmente fiel aos social-democratas. Para isso, adotou uma campanha xenófoba que aproveitou os temores de uma imigração em massa procedente dos países do Leste da Europa.
Em sua busca pelo poder, também prometeu em sua campanha defender as "raízes austríacas" contra o perigo da "islamização" da sociedade.
Aém disso, criou um novo modelo de política ultradireitista que influenciou o resto do continente. Haider era fotogênico, dinâmico e ambíguo, capaz de defender suas mais duras idéias de uma maneira suave.
Com esta calculada ambivalência e com a intenção de "defender o homem da rua dos excessos do capitalismo" (apesar de ele mesmo ter sido um fazendeiro milionário na Caríntia), conseguiu renovar as bases da extrema-direita, que já não sobrevive mais graças a velhos nostálgicos do nazismo, mas a muitos jovens austríacos.
Em 1999, teve quase 27% dos votos. No ano seguinte, o partido integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel, chamando atenção internacional para Haider.
Suas declarações anti-semitas custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria, incluindo um "congelamento" de contratos bilaterais por oito meses.
Nos anos 199, ele chegou a dizer que "o Terceiro Reich praticou uma política de ocupação correta" e qualificou como "centros penais" os campos de concentração nazistas, o que gerou ondas de indignação em todo o mundo.
Apesar de sua demagogia populista de ares xenófobos e de sua ambigüidade a respeito do nacional-socialismo, nos últimos anos ele moderou seu discurso para atrair os eleitores democratas-cristãos.
(Foto)Jörg Haider em foto de 9 de março de 2005. (Foto: AFP)
Mesmo assim, ele deixava claro que desejava uma "Áustria para os austríacos", e defendeu a expansão ao resto do país da proibição de construir mesquitas e minaretes, o que já está em vigor na Caríntia.
"Temos de proteger nossos valores, a cultura majoritária e nossas tradições da crescente islamização", argumentou um sorridente Haider em milhares de cartazes eleitorais nas últimas eleições.
Casado e pai de duas filhas, Haider nasceu em uma família modesta na localidade de Bad Goisern, no Estado da Alta Áustria.
Seu pai, um sapateiro, militou nas tropas de assalto nazistas (SA), uma organização paramilitar, e sua mãe foi uma das líderes locais do Partido Nacional Socialista.
Entre 1969 e 1973, Haider cursou Direito e se graduou pela Universidade de Viena, onde iniciou também sua militância no Partido Liberal, que na época era uma legenda liberal de pouca importância no país.
Fonte: G1, com agências internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL794645-5602,00.html
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A natureza fascista do salazarismo
Obra de historiador Manuel Loff descrita por Fernando Rosas como «inovadora e refrescante»
Por: Redação/ HB
Apresentação do livro «O Nosso Século é Fascista»
Como é que a direita portuguesa de Salazar e a espanhola de Franco se tornaram fascistas? Esta é uma das questões a que o historiador Manuel Loff propõe uma resposta, ao longo de quase mil páginas, no seu livro «O Nosso Século é Fascista», apresentado esta tarde em Lisboa pelo também historiador Fernando Rosas.
Na livraria Círculo de Letras, Rosas descreveu a obra, que resulta de «10 anos de investigação», como «um trabalho incontornável sobre a natureza destes regimes» do sul da Europa. «É inovadora e refrescante no velho debate que temos vindo a travar acerca da natureza destes regimes», acrescentou, realçando que foi feito um trabalho de consulta de arquivos «de Portugal, Espanha, Itália, Grã-Bretanha e EUA».
Fernando Rosas salientou de forma particular a forma como Manuel Loff explora o «processo ideológico de fascistização das direita portuguesa, espanhola e italiana». «Como é que se dá esse fenómeno em que honrados católicos, republicanos, conservadores respeitáveis, se transformam em apoiantes do nazismo e fascismo, como é que as direitas se rendem à necessidade de liquidar o estado liberal, de reprimir o movimento operário, de acabar com o parlamentarismo do demo-liberalismo, como é que esse processo de reconversão ideológico se dá num quadro da hegemonia das ideias da nova ordem, que se tornam as ideias de um vasto sector da direita unificada», resumiu desta forma as questões levantadas pela obra.
Manuel Loff, doutorado pelo Instituto Universitário Europeu, em Florença, defende que o regime salazarista se trata de um fascismo, à semelhança do que aconteceu na Espanha de Franco, na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler, com base na investigação dos processos que levaram a uma transformação das sociedades da época, devido à «contaminação que as ideias da nova ordem» exerceram.
Fonte: Diário(Portugal)
http://diario.iol.pt/sociedade/salazarismo-fascismo-livro-iol-salazar-estado-novo/998427-4071.html
Por: Redação/ HB
Apresentação do livro «O Nosso Século é Fascista»
Como é que a direita portuguesa de Salazar e a espanhola de Franco se tornaram fascistas? Esta é uma das questões a que o historiador Manuel Loff propõe uma resposta, ao longo de quase mil páginas, no seu livro «O Nosso Século é Fascista», apresentado esta tarde em Lisboa pelo também historiador Fernando Rosas.
Na livraria Círculo de Letras, Rosas descreveu a obra, que resulta de «10 anos de investigação», como «um trabalho incontornável sobre a natureza destes regimes» do sul da Europa. «É inovadora e refrescante no velho debate que temos vindo a travar acerca da natureza destes regimes», acrescentou, realçando que foi feito um trabalho de consulta de arquivos «de Portugal, Espanha, Itália, Grã-Bretanha e EUA».
Fernando Rosas salientou de forma particular a forma como Manuel Loff explora o «processo ideológico de fascistização das direita portuguesa, espanhola e italiana». «Como é que se dá esse fenómeno em que honrados católicos, republicanos, conservadores respeitáveis, se transformam em apoiantes do nazismo e fascismo, como é que as direitas se rendem à necessidade de liquidar o estado liberal, de reprimir o movimento operário, de acabar com o parlamentarismo do demo-liberalismo, como é que esse processo de reconversão ideológico se dá num quadro da hegemonia das ideias da nova ordem, que se tornam as ideias de um vasto sector da direita unificada», resumiu desta forma as questões levantadas pela obra.
Manuel Loff, doutorado pelo Instituto Universitário Europeu, em Florença, defende que o regime salazarista se trata de um fascismo, à semelhança do que aconteceu na Espanha de Franco, na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler, com base na investigação dos processos que levaram a uma transformação das sociedades da época, devido à «contaminação que as ideias da nova ordem» exerceram.
Fonte: Diário(Portugal)
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