O tribunal da cidade alemã de Ratisbona (em alemão "Regensburg") multou o bispo católico Richard Williamson por negar o extermínio dos judeus por parte dos nazis, a imprensa alemã.
O juiz condenou o bispo, de 72 anos de idade, por incitação de ódio racial e lhe impôs uma multa equivalente ao salário de 100 dias de trabalho. O advogado do bispo declarou que apelará da setença.
De 2008 a 2010 Williamson negou a morte de seis milhões de judeus, que qualificou de "gigantesca mentira (...) sobre a qual foi montada uma nova ordem mundial".
Em fevereiro de 2009 o bispo foi expulso da Argentina, onde residia desde 2003 (atualmente vive em Londres). Suas declarações causaram atritos entre a Alemanha e o Vaticano.
Fonte: RT
http://actualidad.rt.com/ultima_hora/view/55229-obispo-catolico-integrista-britanico-multado-alemania-negar-holocausto
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
German court seeks fine against British bishop Williamson for Holocaust denial (AP/Calgary Herald, Canadá)
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sábado, 6 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Richard Williamson, o bispo negacionista, chamado a tribunal na Alemanha
Bispo lefebvriano chamado a tribunal alemão
O Bispo Williamson, da Sociedade de São Pio X (SSPX), que o ano passado afirmou numa entrevista que apenas 300 mil judeus tinham morrido no holocausto, está a braços com a justiça alemã.
Richard Williamson fez as polémicas declarações numa entrevista concedida a uma televisão sueca, mas que foi gravada na Alemanha, onde a negação do holocausto é um crime.
Por essa razão, e apesar de não residir na Alemanha nem se encontrar lá na altura, o bispo recebeu uma multa sumária no valor de 12 mil euros.
Mas o bispo, que pertence à sociedade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, recorreu da decisão pelo que agora deve comparecer diante de um tribunal para se justificar. Caso não compareça a multa passará a ter força de lei. Não sendo residente, não pode ser obrigado a pagar, mas arriscar-se-á a ser detido caso volte a pisar solo alemão.
O caso Williamson surgiu dias antes de Bento XVI levantar a excomunhão em que ele e outros três bispos da SSPX tinham incorrido automaticamente quando foram ordenados por Lefebvre, sem autorização do Papa. O levantamento da excomunhão pretendia facilitar o diálogo entre a Igreja e a SSPX e não reflectia qualquer aceitação ou apoio das opiniões de Williamson, contudo foram estas que concentraram a atenção mediática, causando embaraço a ambas as instituições e prejudicando as relações entre a Igreja e os judeus.
Tanto a Igreja Católica como a própria SSPX repudiaram a visão de Williamson sobre o holocausto.
Fonte: Renascença(Portugal)
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=89235
O Bispo Williamson, da Sociedade de São Pio X (SSPX), que o ano passado afirmou numa entrevista que apenas 300 mil judeus tinham morrido no holocausto, está a braços com a justiça alemã.
Richard Williamson fez as polémicas declarações numa entrevista concedida a uma televisão sueca, mas que foi gravada na Alemanha, onde a negação do holocausto é um crime.
Por essa razão, e apesar de não residir na Alemanha nem se encontrar lá na altura, o bispo recebeu uma multa sumária no valor de 12 mil euros.
Mas o bispo, que pertence à sociedade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, recorreu da decisão pelo que agora deve comparecer diante de um tribunal para se justificar. Caso não compareça a multa passará a ter força de lei. Não sendo residente, não pode ser obrigado a pagar, mas arriscar-se-á a ser detido caso volte a pisar solo alemão.
O caso Williamson surgiu dias antes de Bento XVI levantar a excomunhão em que ele e outros três bispos da SSPX tinham incorrido automaticamente quando foram ordenados por Lefebvre, sem autorização do Papa. O levantamento da excomunhão pretendia facilitar o diálogo entre a Igreja e a SSPX e não reflectia qualquer aceitação ou apoio das opiniões de Williamson, contudo foram estas que concentraram a atenção mediática, causando embaraço a ambas as instituições e prejudicando as relações entre a Igreja e os judeus.
Tanto a Igreja Católica como a própria SSPX repudiaram a visão de Williamson sobre o holocausto.
Fonte: Renascença(Portugal)
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segunda-feira, 23 de março de 2009
O Holocausto e o negacionismo("revisionismo")
O Holocausto e o negacionismo - as metas cinistras do "revisionismo" na luta pela reabilitação do nazismo
La vuelta al mundo
O Holocausto e o negacionismo
Rogelio Alaniz
O bispo lefebvriano Richard Williamson pediu desculpas. Contudo, até o próprio Vaticano considerou que as desculpas foram incompletas, entre outras coisas porque não diziam uma palavra acerca de suas afirmações sobre a inexistência do Holocausto. Williamson seguramente foi pressionado por seus superiores para que arrume a desavença, entre outras coisas porque os lefebvrianos são os mais interessados em voltar ao seio da Igreja Católica e não querem deixar passar essa oportunidade que consideram um tema do passado.
Williamson não está só em sua igreja e muito menos no ambiente onde ele se movimenta com muita comodidade, quer dizer, a ultradireita política e religiosa, corrente ideológica que nos pontos mais diferentes do mundo sustenta que o Holocausto não existiu e que mais que uma realidade foi um invenção dos judeus para financiar o Estado de Israel, para continuar desenvolvendo sua estratégia de domínio do mundo tal como estabelecem “Os protocolos dos Sábios de Sião”, libelo publicado por sua vez pela polícia do Czar russo para legitimar os pogroms contra os judeus.
Na Igreja Católica e no cristianismo em geral, o tema do antissemitismo está oficialmente superado e poderia se dizer sem exagerar que a maioria dos sacerdotes e pastores condenam sinceramente o Holocausto e lamentam a tragédia sofrida pelo povo judeu. Nas margens dessas igrejas todavia pululam fundamentalistas de diversas matrizes que seguem crendo com fé de fanáticos que os judeus são um povo deicida, os responsáveis da crucificação de Cristo, e que durante séculos se dedicaram a sequestrar crianças para lhes extrair o sangue com o qual amassavam o pão pascoal.
Os argumentos podem parecer delirantes, na realidade o são, mas circulam como moeda muito bem cotada entre os setores cristãos de extrema-direita. Posicionados nesse lugar, em nada lhe deveriam chamar a atenção o fato de considerarem que o Holocausto não existiu ou que é mais uma campanha publicitária instrumentada por um povo pérfido e deicida.
Nos Estados Unidos, a principal espada do negacionismo é o senhor David Duke, militante da Ku Klux Klan e antissemita confesso. Na Europa, o conhecido direitista francês Jean Marie Le Pen é um dos políticos que com mais entusiasmo nega o Holocausto. Algo parecido fazia Jörg Haider na Áustria. Posições semelhantes sustentam os ultradireitistas ingleses, poloneses e alemães. Nos últimos tempos, a variante do ultradireitismo tem se somado à correntes da ultraesquerda.
Roger Garaudy, um reconhecido comunista francês de outros tempos, um intelectual que polemizou mão a mão com Sartre e Jeanson em defesa do marxismo e que hoje tem passado com armas e bagagens as trincheiras do Islã, dedica os anos de sua velhice a disparatar contra os judeus e negar o Holocausto. No Irã, posições parecidas sustentam o senhor Ahmadinejad, o primeiro-ministro que não só nega o Holocausto como também promete a destruição do Estado de Israel.
Numerosos historiadores tem dado letra à ultradireita neste tema. O mais importante é David Irving, historiador inglês que acaba de cumprir uma condenação judicial depois de haver perdido um julgamento contra uma historiadora dos Estados Unidos. Na ocasião, esta historiadora demonstrou a deliberada manipulação dos documentos.
Irving é o historiador profissional mais reconhecido pelo que se conhece como "revisionismo" histórico. Não é o único e nem sequer o mais sério, mas seus livros vendem como pão quente nos ambientes de extrema-direita, e uma de suas fontes de renda econômica são precisamente as conferências que dá em diferentes capitais da Europa, divulgando suas teses a aguerridas plateias antissemitas.
No geral, os negacionistas não negam que na guerra houve excessos e que os judeus foram perseguidos em alguns lugares. O que se propõem é reduzir ao mínimo essas perseguições e “normalizá-las”, em outras palavras, considerá-las como habituais em qualquer guerra. Irving concretamente - e esta é seguramente a fonte de Williamson - considera que houve algo em torno de 300.00 judeus mortos na guerra, uma cifra que nada teria a ver com os seis milhões que denunciam os organismos internacionais.
A operação política é clara: o que se pretende é persuadir a opinião pública de que o sucedido é o que habitualmente ocorre em todas as guerras. Os nazis portanto não teriam sido exceção. É verdade que cometeram excessos, não muito diferentes dos que cometeram os Aliados bombardeando Dresden, Hamburgo, Berlim ou jogando uma bomba atômica em Hiroshima ou massacrando os prisioneiros em Katyn. O único problema dos nazis - dizem com um toque de cinismo - é que perderam a guerra, porque se a houvessem ganho seriam eles os heróis e os criminosos seriam os aliados.
Cínico ou perverso, o argumento é uma peça de luxo do senso comum. Distraída, dona Rosa poderia ler o texto e crer nele ao pé da letra. Acaso na guerra não se mata e se morre? Acaso não há vencedores e perdedores? Por que tanto se leu por uns mortos mais que menos de outros mortos?
A afirmação mais importante que possui a hipótese negacionista é que falta-lhe a verdade. Nada mais, nada menos. O Holocausto existiu, as provas de sua existência são irrefutáveis. Em Yad Vashem - a instituição destinada a investigar e apoiar a memória daqueles anos terríveis -, está registrado com testemunhas e documentos o desaparecimento de algo em torno de quatro milhões de judeus. Depois estão os testemunhos de testemunhas, familiares, amigos e nazis arrependidos. Seis milhões é uma tentativa de estimativa que pode ser superada em um punhado de milhares ou ser reduzida em outro punhado de milhares, mas o que está fora de discussão é que os campos de concentração e extermínio existiram, que a Solução Final foi uma política deliberada dos nazis e que para isto se dispôs de uma maquinária burocrática, militar e científica destinada a cumprir com estes fins.
Como o que é evidente não se pode negar, nem sequer o negacionista mais decidido se anima a fazê-lo, o que se faz é reduzi-lo a sua mínima expressão, considerá-lo como o resultado inevitável da guerra ou o preço que pagam os derrotados. A manobra não é inocente. Como muito bem dissera um historiador de Yad Vashem, se a experiência dos nazis é despojada do Holocausto, o nazismo deixa de ser uma das manifestações monstruosas do século vinte para transforma-se em uma experiência política apenas.
Bons e maus sempre têm percorrido o intinerário da história. Muitas vezes os maus de de ontem são os bons de hoje e o inverso. O que transforma os nazis em uma experiência inédita é o genocídio, a vontade de aniquilar um povo não pelo que ele faça ou deixe de fazer senão pelo que ele é, e a disponibilidade para essa tarefa dos avanços científicos e técnicos mais importantes de seu tempo.
Fonte: El Litoral(Argentina)
El Holocausto y el negacionismo
http://www.ellitoral.com/index.php/diarios/2009/03/03/opinion/OPIN-05.html
Tradução(português): Roberto Lucena
La vuelta al mundo
O Holocausto e o negacionismo
Rogelio Alaniz
O bispo lefebvriano Richard Williamson pediu desculpas. Contudo, até o próprio Vaticano considerou que as desculpas foram incompletas, entre outras coisas porque não diziam uma palavra acerca de suas afirmações sobre a inexistência do Holocausto. Williamson seguramente foi pressionado por seus superiores para que arrume a desavença, entre outras coisas porque os lefebvrianos são os mais interessados em voltar ao seio da Igreja Católica e não querem deixar passar essa oportunidade que consideram um tema do passado.
Williamson não está só em sua igreja e muito menos no ambiente onde ele se movimenta com muita comodidade, quer dizer, a ultradireita política e religiosa, corrente ideológica que nos pontos mais diferentes do mundo sustenta que o Holocausto não existiu e que mais que uma realidade foi um invenção dos judeus para financiar o Estado de Israel, para continuar desenvolvendo sua estratégia de domínio do mundo tal como estabelecem “Os protocolos dos Sábios de Sião”, libelo publicado por sua vez pela polícia do Czar russo para legitimar os pogroms contra os judeus.
Na Igreja Católica e no cristianismo em geral, o tema do antissemitismo está oficialmente superado e poderia se dizer sem exagerar que a maioria dos sacerdotes e pastores condenam sinceramente o Holocausto e lamentam a tragédia sofrida pelo povo judeu. Nas margens dessas igrejas todavia pululam fundamentalistas de diversas matrizes que seguem crendo com fé de fanáticos que os judeus são um povo deicida, os responsáveis da crucificação de Cristo, e que durante séculos se dedicaram a sequestrar crianças para lhes extrair o sangue com o qual amassavam o pão pascoal.
Os argumentos podem parecer delirantes, na realidade o são, mas circulam como moeda muito bem cotada entre os setores cristãos de extrema-direita. Posicionados nesse lugar, em nada lhe deveriam chamar a atenção o fato de considerarem que o Holocausto não existiu ou que é mais uma campanha publicitária instrumentada por um povo pérfido e deicida.
Nos Estados Unidos, a principal espada do negacionismo é o senhor David Duke, militante da Ku Klux Klan e antissemita confesso. Na Europa, o conhecido direitista francês Jean Marie Le Pen é um dos políticos que com mais entusiasmo nega o Holocausto. Algo parecido fazia Jörg Haider na Áustria. Posições semelhantes sustentam os ultradireitistas ingleses, poloneses e alemães. Nos últimos tempos, a variante do ultradireitismo tem se somado à correntes da ultraesquerda.
Roger Garaudy, um reconhecido comunista francês de outros tempos, um intelectual que polemizou mão a mão com Sartre e Jeanson em defesa do marxismo e que hoje tem passado com armas e bagagens as trincheiras do Islã, dedica os anos de sua velhice a disparatar contra os judeus e negar o Holocausto. No Irã, posições parecidas sustentam o senhor Ahmadinejad, o primeiro-ministro que não só nega o Holocausto como também promete a destruição do Estado de Israel.
Numerosos historiadores tem dado letra à ultradireita neste tema. O mais importante é David Irving, historiador inglês que acaba de cumprir uma condenação judicial depois de haver perdido um julgamento contra uma historiadora dos Estados Unidos. Na ocasião, esta historiadora demonstrou a deliberada manipulação dos documentos.
Irving é o historiador profissional mais reconhecido pelo que se conhece como "revisionismo" histórico. Não é o único e nem sequer o mais sério, mas seus livros vendem como pão quente nos ambientes de extrema-direita, e uma de suas fontes de renda econômica são precisamente as conferências que dá em diferentes capitais da Europa, divulgando suas teses a aguerridas plateias antissemitas.
No geral, os negacionistas não negam que na guerra houve excessos e que os judeus foram perseguidos em alguns lugares. O que se propõem é reduzir ao mínimo essas perseguições e “normalizá-las”, em outras palavras, considerá-las como habituais em qualquer guerra. Irving concretamente - e esta é seguramente a fonte de Williamson - considera que houve algo em torno de 300.00 judeus mortos na guerra, uma cifra que nada teria a ver com os seis milhões que denunciam os organismos internacionais.
A operação política é clara: o que se pretende é persuadir a opinião pública de que o sucedido é o que habitualmente ocorre em todas as guerras. Os nazis portanto não teriam sido exceção. É verdade que cometeram excessos, não muito diferentes dos que cometeram os Aliados bombardeando Dresden, Hamburgo, Berlim ou jogando uma bomba atômica em Hiroshima ou massacrando os prisioneiros em Katyn. O único problema dos nazis - dizem com um toque de cinismo - é que perderam a guerra, porque se a houvessem ganho seriam eles os heróis e os criminosos seriam os aliados.
Cínico ou perverso, o argumento é uma peça de luxo do senso comum. Distraída, dona Rosa poderia ler o texto e crer nele ao pé da letra. Acaso na guerra não se mata e se morre? Acaso não há vencedores e perdedores? Por que tanto se leu por uns mortos mais que menos de outros mortos?
A afirmação mais importante que possui a hipótese negacionista é que falta-lhe a verdade. Nada mais, nada menos. O Holocausto existiu, as provas de sua existência são irrefutáveis. Em Yad Vashem - a instituição destinada a investigar e apoiar a memória daqueles anos terríveis -, está registrado com testemunhas e documentos o desaparecimento de algo em torno de quatro milhões de judeus. Depois estão os testemunhos de testemunhas, familiares, amigos e nazis arrependidos. Seis milhões é uma tentativa de estimativa que pode ser superada em um punhado de milhares ou ser reduzida em outro punhado de milhares, mas o que está fora de discussão é que os campos de concentração e extermínio existiram, que a Solução Final foi uma política deliberada dos nazis e que para isto se dispôs de uma maquinária burocrática, militar e científica destinada a cumprir com estes fins.
Como o que é evidente não se pode negar, nem sequer o negacionista mais decidido se anima a fazê-lo, o que se faz é reduzi-lo a sua mínima expressão, considerá-lo como o resultado inevitável da guerra ou o preço que pagam os derrotados. A manobra não é inocente. Como muito bem dissera um historiador de Yad Vashem, se a experiência dos nazis é despojada do Holocausto, o nazismo deixa de ser uma das manifestações monstruosas do século vinte para transforma-se em uma experiência política apenas.
Bons e maus sempre têm percorrido o intinerário da história. Muitas vezes os maus de de ontem são os bons de hoje e o inverso. O que transforma os nazis em uma experiência inédita é o genocídio, a vontade de aniquilar um povo não pelo que ele faça ou deixe de fazer senão pelo que ele é, e a disponibilidade para essa tarefa dos avanços científicos e técnicos mais importantes de seu tempo.
Fonte: El Litoral(Argentina)
El Holocausto y el negacionismo
http://www.ellitoral.com/index.php/diarios/2009/03/03/opinion/OPIN-05.html
Tradução(português): Roberto Lucena
domingo, 22 de março de 2009
Ex-seminarista diz que Williamson ensinava antissemitismo
CIDADE DO VATICANO, 3 MAR (ANSA) - No início da década de 1980, o bispo católico tradicionalista Richard Williamson já declarava publicamente suas posições antissemitas, revelou o reverendo John Rizzo, que foi seminarista de Williamson naquele período.
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Expulso da Argentina, bispo que negou Holocausto chega a Londres
LONDRES - O bispo católico que criou polêmica de repercussão internacional ao negar o Holocausto chegou nesta quarta ao Reino Unido, sua terra natal, depois de ter sido expulso pelo governo da Argentina, onde morava. Richard Williamson desembarcou no aeroporto de Heathrow cercado por um grupo de policiais armados e seguranças particulares. Ele se recusou a responder a perguntas de repórteres antes de deixar o aeroporto em um carro que o esperava.
Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/25/expulso-da-argentina-bispo-que-negou-holocausto-chega-londres-754577260.asp
Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/25/expulso-da-argentina-bispo-que-negou-holocausto-chega-londres-754577260.asp
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Estaria Williamson treinando pra virar um hooligan?
Que todos já sabem que o 'bispo' Richard Williamson(lefebvriano)negou o Holocausto repetindo o conteúdo panfletário da extrema-direita xenófoba e teve sua excomunhão revogada há pouco tempo pelo Papa, é algo de conhecimento público.
Mas como "pouca pólvora" é pouco prum fanático religioso, eis mais um episódio intempestivo do bispo negador do Holocausto em sua saída da Argentina. Imagens do canal argentino TN da saída do bispo britânico cerrando o punho prum jornalista argentino no aeroporto de Buenos Aires, rumo à Inglaterra:
http://www.youtube.com/watch?v=aeywYKwSqew
Site do canal:
http://www.tn.com.ar/
Mas como "pouca pólvora" é pouco prum fanático religioso, eis mais um episódio intempestivo do bispo negador do Holocausto em sua saída da Argentina. Imagens do canal argentino TN da saída do bispo britânico cerrando o punho prum jornalista argentino no aeroporto de Buenos Aires, rumo à Inglaterra:
http://www.youtube.com/watch?v=aeywYKwSqew
Site do canal:
http://www.tn.com.ar/
Bispo que negou Holocausto deixa a Argentina
O bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado colocou em dúvida a existência do Holocausto durante uma entrevista, deixou a Argentina nesta terça-feira após ter recebido um prazo de dez dias do governo para deixar o país.
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Bispo diz que nao vai retirar negação de Holocausto
Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.
O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.
O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Crise no Vaticano continua, Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"
Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"
Cidade do Vaticano, 6 fev (EFE).- O chefe dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, desafiou a exigência da Santa Sé de que o Concílio Vaticano II seja reconhecido pelo grupo ao afirmar que ele "é uma heresia, uma droga".
"O Concílio Vaticano II foi pior que uma heresia, já que significa tomar uma parte da verdade, fazê-la absoluta e negar o resto. Nesse contexto digo que foi uma droga, a maior", afirmou o sacerdote tradicionalista em declarações ao canal de televisão "Canale Italia".
Dois dias depois de o Vaticano ter endurecido sua postura com os lefebvrianos e ter exigido deles que aceitem o concílio para readmiti-los, e que o bispo que negou o Holocausto se retrate publicamente, as declarações de Abrahamowicz são vistas por observadores do Vaticano como um "desafio aberto" dos tradicionalistas ao papa e à Santa Sé.
Estas declarações foram conhecidas ao mesmo tempo em que - segundo publicou ontem o semanário alemão "Kolner Stadt Anzeiger" - o superior da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, deve ordenar novos sacerdotes.
Fellay - um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão -, segundo o meio alemão citado pelos italianos, já teria ordenado vários diáconos.
Embora Fellay já não esteja excomungado, o Vaticano disse há dois dias que tanto ele como os outros três prelados ordenados em 1988 pelo arcebispo Marcel Lefebvre, que causou um cisma na Igreja, continuam suspensos "a divinis" (não podem celebrar missa, nem administrar os sacramentos, nem fazer sermões).
Segundo os observadores vaticanos, as novas manifestações de Abrahamowicz, unidas ao fato de que o bispo Richard Williamson - que negou o Holocausto - ainda não se tenha retratado publicamente como lhe exigiu o papa e as eventuais novas ordenações representam um "forte obstáculo" no caminho para o retorno dos lefebvrianos ao redil.
Fontes vaticanas, por sua parte, não descartam que detrás dessas manifestações se esconda "o desejo" de uma parte dos tradicionalistas de boicotar o retorno à Igreja Católica Apostólica Romana.
Abrahamowicz surgiu na opinião pública no dia 29 de janeiro ao relançar as teses revisionistas sobre o Holocausto feita pelo bispo Williamson ao assegurar que a única coisa segura em relação às câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar.
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não o sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, já que não aprofundei sobre o tema", disse o sacerdote a um jornal italiano.
Williamson, por sua vez, afirmou que não existiram as câmaras de gás e que apenas cerca de 300.000 judeus e não seis milhões morreram nos campos de concentração nazistas, mas nenhum por gás, o que deixa a situação em pé de guerra com a comunidade judaica, levantando vários protestos de políticos famosos e obrigando o papa a reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam. EFE
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL990015-5602,00-LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CONCILIO+VATICANO+II+FOI+UMA+HERESIA.html
Foto: Vaticano, Concílio Vaticano II(1962-1965)
Cidade do Vaticano, 6 fev (EFE).- O chefe dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, desafiou a exigência da Santa Sé de que o Concílio Vaticano II seja reconhecido pelo grupo ao afirmar que ele "é uma heresia, uma droga".
"O Concílio Vaticano II foi pior que uma heresia, já que significa tomar uma parte da verdade, fazê-la absoluta e negar o resto. Nesse contexto digo que foi uma droga, a maior", afirmou o sacerdote tradicionalista em declarações ao canal de televisão "Canale Italia".
Dois dias depois de o Vaticano ter endurecido sua postura com os lefebvrianos e ter exigido deles que aceitem o concílio para readmiti-los, e que o bispo que negou o Holocausto se retrate publicamente, as declarações de Abrahamowicz são vistas por observadores do Vaticano como um "desafio aberto" dos tradicionalistas ao papa e à Santa Sé.
Estas declarações foram conhecidas ao mesmo tempo em que - segundo publicou ontem o semanário alemão "Kolner Stadt Anzeiger" - o superior da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, deve ordenar novos sacerdotes.
Fellay - um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão -, segundo o meio alemão citado pelos italianos, já teria ordenado vários diáconos.
Embora Fellay já não esteja excomungado, o Vaticano disse há dois dias que tanto ele como os outros três prelados ordenados em 1988 pelo arcebispo Marcel Lefebvre, que causou um cisma na Igreja, continuam suspensos "a divinis" (não podem celebrar missa, nem administrar os sacramentos, nem fazer sermões).
Segundo os observadores vaticanos, as novas manifestações de Abrahamowicz, unidas ao fato de que o bispo Richard Williamson - que negou o Holocausto - ainda não se tenha retratado publicamente como lhe exigiu o papa e as eventuais novas ordenações representam um "forte obstáculo" no caminho para o retorno dos lefebvrianos ao redil.
Fontes vaticanas, por sua parte, não descartam que detrás dessas manifestações se esconda "o desejo" de uma parte dos tradicionalistas de boicotar o retorno à Igreja Católica Apostólica Romana.
Abrahamowicz surgiu na opinião pública no dia 29 de janeiro ao relançar as teses revisionistas sobre o Holocausto feita pelo bispo Williamson ao assegurar que a única coisa segura em relação às câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar.
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não o sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, já que não aprofundei sobre o tema", disse o sacerdote a um jornal italiano.
Williamson, por sua vez, afirmou que não existiram as câmaras de gás e que apenas cerca de 300.000 judeus e não seis milhões morreram nos campos de concentração nazistas, mas nenhum por gás, o que deixa a situação em pé de guerra com a comunidade judaica, levantando vários protestos de políticos famosos e obrigando o papa a reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam. EFE
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL990015-5602,00-LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CONCILIO+VATICANO+II+FOI+UMA+HERESIA.html
Foto: Vaticano, Concílio Vaticano II(1962-1965)
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Crise no Vaticano longe do fim, líder italiano da seita de Marcel Lefebvre nega o Holocausto
Sacerdote lefebvriano diz que câmaras de gás foram usadas para desinfetar
Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- O líder dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, voltou a defender hoje as teses revisionistas sobre o Holocausto ao afirmar que a "única coisa certa sobre as câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar".
Em meio à polêmica causada pelo bispo britânico Richard Williamson, que acabou de ter sua excomunhão revogada, Abrahamowicz disse hoje ao jornal "La Tribuna" que "junto com a versão oficial (sobre o número de mortos) existe outra baseada nas observações dos primeiros técnicos aliados que entraram nos campos (de extermínio)".
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, pois não me aprofundei sobre o tema", declarou.
Sobre a afirmação de terem sido seis milhões os mortos pelos nazistas, o sacerdote disse que "não a coloca em dúvida", que basta que uma pessoa seja assassinada injustamente que já é demais, "é como dizer que um é igual a seis milhões".
"Falar de números não muda nada com relação à essência do genocídio, que é sempre um exagero", acrescentou o sacerdote, que afirmou que estes números "derivam do que o chefe da comunidade judaica alemã disse às tropas anglo-americanas após a libertação".
Segundo ele, o chefe judeu "soltou um número no meio do ardor". O padre se perguntou "como podia saber este número".
Abrahamowicz acrescentou que a crítica que pode ser feita é "sobre o modo como foi administrada a tragédia do Holocausto, à qual se deu uma supremacia em relação a outros genocídios".
"Caso o monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por turcos os jornais não teriam falado como estão fazendo", declarou Abrahamowicz, que citou também "a ordem dada por Winston Churchill de bombardear Dresden (Alemanha) com fósforo". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL977441-5602,00-SACERDOTE+LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CAMARAS+DE+GAS+FORAM+USADAS+PARA+DESINFETAR.html
Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- O líder dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, voltou a defender hoje as teses revisionistas sobre o Holocausto ao afirmar que a "única coisa certa sobre as câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar".
Em meio à polêmica causada pelo bispo britânico Richard Williamson, que acabou de ter sua excomunhão revogada, Abrahamowicz disse hoje ao jornal "La Tribuna" que "junto com a versão oficial (sobre o número de mortos) existe outra baseada nas observações dos primeiros técnicos aliados que entraram nos campos (de extermínio)".
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, pois não me aprofundei sobre o tema", declarou.
Sobre a afirmação de terem sido seis milhões os mortos pelos nazistas, o sacerdote disse que "não a coloca em dúvida", que basta que uma pessoa seja assassinada injustamente que já é demais, "é como dizer que um é igual a seis milhões".
"Falar de números não muda nada com relação à essência do genocídio, que é sempre um exagero", acrescentou o sacerdote, que afirmou que estes números "derivam do que o chefe da comunidade judaica alemã disse às tropas anglo-americanas após a libertação".
Segundo ele, o chefe judeu "soltou um número no meio do ardor". O padre se perguntou "como podia saber este número".
Abrahamowicz acrescentou que a crítica que pode ser feita é "sobre o modo como foi administrada a tragédia do Holocausto, à qual se deu uma supremacia em relação a outros genocídios".
"Caso o monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por turcos os jornais não teriam falado como estão fazendo", declarou Abrahamowicz, que citou também "a ordem dada por Winston Churchill de bombardear Dresden (Alemanha) com fósforo". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL977441-5602,00-SACERDOTE+LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CAMARAS+DE+GAS+FORAM+USADAS+PARA+DESINFETAR.html
sábado, 31 de janeiro de 2009
Teólogo pede a renúncia do papa após reabilitação de negador do Holocausto
Berlim, 31 jan (EFE).- O teólogo heterodoxo suíço Hans Küng pediu a renúncia do papa Bento XVI após o escândalo gerado pela reabilitação à Igreja Católica do bispo Richard Williamson, que nega o Holocausto e recentemente teve sua excomunhão suspensa.
Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.
"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".
"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.
O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.
Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.
Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE
rz/sc
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html
Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.
"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".
"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.
O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.
Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.
Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE
rz/sc
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html
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