terça-feira, 22 de abril de 2008

Técnicas dos Negadores do Holocausto - O significado de Tratamento Especial (Parte 1)

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
Parte 1 de 3

Autores: Jamie McCarthy y Ken McVay

Em março de 1994, Dan Gannon respondeu [1] a uma série de dez perguntas que haviam sido enviadas a Usenet durante um período de quase dois anos.

Em sua resposta a diversas perguntas sobre a descrição do Zyklon-B como material empregado para o "reassentamento" e "tratamento especial" dos judeus, e sobre o significado dos termos "tratamento especial" e "ação especial", o Sr. Gannon invocou os ridículos argumentos da negação do Holocausto.

Respondemos perguntando ao Sr. Gannon se queria dizer que as palavras "tratamento especial", "reassentamento", etc. nunca foram usadas para camuflar as intenciones nazistas de levar a cabo o extermínio em massa. Solicitamos que examinasse as provas que apresentamos aqui, e que as refutasse ponto por ponto.

Cremos que está claro que o Sr. Gannon fez esta afirmação, como evidência na frase seguinte:
"Tratamento especial" ("Sonderbehandlung") não era uma "palavra chave" e não queria dizer especificamente "assassinato". Se referia a um grande número de coisas... [2]
O Sr. Gannon citou então dois ou três exemplos de vários negadores do Holocausto, que têm catalogado obscuras definições de palavras chave, queriam dizer coisas muito diferentes de seus significados habituais.
Com esta tática, cremos que o Sr. Gannon tratou de confundir sua audiência, em lugar de enfrentar o assunto. Os casos especiais são irrelevantes, e não tem nenhum impacto no significado principal destas palavras chave, que documentaremos aqui.
Foi pedido ao Sr. Gannon que apresentasse casos que empregaram "tratamento especial" e outros eufemismos com referência ao trabalho de extermínio nazista.
Estes casos foram enumerados assim:
  1. "Tratamento especial se referia aos assassinatos, todo mundo sabia", disse Eichmann.
  2. Para salvar vidas, Kaltenbrunner pede que "o tratamento especial se limite ao mínimo".
  3. Tratamento especial é "eliminação", escreveu Heydrich.
  4. Um relatório do Escritório Principal de Segurança do Reich explica "tratamento especial" com a anotação "execução".
  5. O tratamento especial deveria realizar-se com enforcamento, disse Himmler.
  6. Um relatório da frente Leste iguala tratamento especial a "liquidação".
  7. "Não significa nada que não seja assassinar", disse o ex-general de divisão das SS Mazuw.
  8. "Todo mundo sabia o que significava", disse o ex-tenente das SS Hamann.
  9. Em uma carta a Korherr, Himmler pede que não se use o termo "tratamento especial" uma vez que o significado é demasiado conhecido.
  10. Um capitão das SS pede mais furgões de gaseamento para que os judeus sejam "tratados de uma maneira especial".
  11. Um relatório da Gestapo pede que as pessoas "objeto de tratamento especial" sejam incineradas.
Aqui falaremos especificamente da palavra-chave Sonderbehandlung, que significa literalmente "tratamento especial" ou "manejo especial". É provavelmente a mais freqüente. Outras palavras-chave:

Umsiedlung, literalmente "reassentamento"
Sonderaktion, literalmente "ação especial" Evakuierung, literalmente "evacuação" e, supostamente,
die Endlösung der Judenfrage, literalmente "solução final do
problema judaico".
Em sua resposta, o Sr. Gannon oferecia os comentários de Kaltenbrunner sobre a obtenção de diplomas de francês como significado do "tratamento especial" assinado aos judeus da Europa - a mente dele ficou louca com este giro lógico.
Espera que os leitores traguem a afirmação de Faurisson segundo a qual o "tratamento especial" dos nazistas era para manter com vida os judeus. Isto é, obviamente, o contrário da realidade. Os nazistas usaram os judeus e outras pessoas como trabalhadores escravos, fazendo-lhes trabalhar literalmente até a morte:
A fome era um hóspede permanente em Auschwitz. A dieta que se proporcionava aos internos destinados ao trabalho forçado, que incluía a famosa "sopa Buna" - uma ajuda nutricional de que não dispunham outros prisioneiros - provocava uma perda de peso média em cada indivíduo entre dois e três quilos por semana.

Ao passar um mês, as mudanças do aspecto dos prisioneiros eram muito visíveis; passados dois meses, era impossível reconhecer os internos, convertidos em umas caricaturas de seres humanos formadas por pele e ossos, quase sem carne; depois de três meses, o haviam morto, ou eram tão incapazes de trabalhar que eram enviados às câmaras de gás de Birkenau. Dois médicos que estudaram os efeitos da dieta dos internos assinalaram que "o prisioneiro alimentado normalmente com Buna poderia completar as carências com seu próprio corpo durante uns três meses..."

Se condenavam os prisioneiros a consumir seu corpo trabalhando e, se não se não apresentassem alguma infecção ou enfermidade, morreria de exaustão. [3]
É esta a idéia que tem o Sr. Gannon de um comportamento que pretendia "manter com vida os judeus"? As fontes de Gannon para este texto sem sentido foi o ensaio de Robert Faurisson "Resposta a um Historiador de Papel" e o livro de Carlos Porter Not Guilty at Nuremberg (Inocentes em Nuremberg)- citam a mesma seção da transcrição do Julgamento de Nuremberg em que aparece a declaração de Kaltenbrunner. A única outra "prova" que Gannon cita indiretamente é que Faurisson disse que Sonderbehandlung às vezes queria dizer "transporte", mas Faurisson no aponta nenhuma prova - só uma nota de rodapé de um outro

Técnicas de Negação do Holocausto - Relatórios "Forenses"

Relatórios "Forenses"
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/forensic.html

Autor: Richard Green

Esta página é uma breve análise dos relatórios "forenses" de Leuchter e Rudolf que provam supostamente que não aconteceram assassinatos em massa por exposição a cianeto de hidrogênio do Zyklon-B das câmaras de gás do complexo de Auschwitz-Birkenau.

Os links abaixo levam a análises mais profundas sobre estes relatórios “forenses”:
  • A FAQ sobre Leuchter analisa as afirmações do Relatório Leuchter com mais detalhes.
  • Markiewicz, Gubala, e Labedz, do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia, Polônia, publicaram um verdadeiro relatório forense intitulado "Estudo do Conteúdo de Componentes de Cianeto nos Muros das Câmaras de Gás dos Antigos Campos de Concentração de Auschwitz e Birkenau", que joga por terra as conclusões dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • O ensaio Leuchter, Rudolf, e os Azuis de Ferro falam da química que constitui a falha principal dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • A segunda parte da FAQ sobre o cianeto de hidrogênio fala do Azul da Prússia e sua formação.
  • A FAQ sobre o Cianeto de Hidrogênio fala deste e se sua toxicidade.
    Diversas investigações forenses realizadas em Auschwitz-Birkenau desde 1945 encontraram provas do extermínio em massa que aconteceu ali.
    [1]
    Apesar destas provas e dos testemunhos
    [2],[3], Leuchter, Rudolf e outros negadores do Holocausto afirmam que os assassinatos em massa por exposição ao Cianeto de Hidrogênio (HCN) que contém no Zyklon-B não poderiam ocorrer nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau.
Os negadores utilizam duas linhas de argumentação em suas reivindicações:
  • Dizem que não existem traços medíveis de Cianeto de Hidrogênio nas câmaras de gás.
  • Dizem que os gaseamento com Zyklon-B eram fisicamente impossíveis.

Ambas as afirmações são falsas.

Em apoio da primeira afirmação, citam os relatórios de Rudolf e Leuchter que mediram quantidades maiores de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento do que nas encontradas nas câmaras de gás empregadas para o extermínio.

Markiewicz, Gubala, e Labedz[4] fizeram medições por sua conta. Encontraram traços de cianeto nas câmaras de extermínio com níveis significativos comparados com os de outros edifícios do complexo de Auschwitz-Birkenau. Escreveram:
Este estudo demonstra que apesar de ter transcorrido um período de tempo considerável (uns 45 anos), nos muros das instalações que um dia estiveram em contato com o cianeto de hidrogênio foram conservadas quantidades de vestígios dos compostos que forma este componente do Zyklon-B. Isto é certo também para as ruínas das antigas câmaras de gás. Os compostos de cianeto aparecem nos materiais de construção só localmente, nos lugares onde tiveram condições para se formarem e permaneceram durante tanto tempo.

Em suas tergiversações deste relatório, os negadores do Holocausto citaram com frequência a seguinte frase:

No que diz respeito às ruínas, foi demonstrado a presença de cianeto na Câmara do Crematório II de Birkenau, evitando mencionar que esta frase se refere somente a um estudo preliminar realizado em 1990.
Depois de conhecer o Relatório Leuchter, os autores levaram a cabo um estudo mais detalhado.
Os resultados são mostrados em várias tabelas, e levam por terra as afirmações de Leuchter e Rudolf.

Os negadores assinalam que Leuchter e Rudolf mediram concentrações muito superiores de compostos de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento. Que os negadores meçam mais compostos de cianeto nas amostras das manchas azuis não é surpreendente, assumindo que estas manchas estão formadas por compostos de azul de ferro como o "azul da Prussia", como afirmam Leuchter e Rudolf. Markiewicz et. al. tiveram o cuidado de separar estes compostos de azul de ferro em sua comparação dos níveis de cianeto. A razão, é muito simples, é que a origem das manchas azuis não está ainda de todo claro, e não existem razões para assumir que a formação destes compostos tenha lugar sempre nos materiais de construção que ficam expostos ao HCN.

Para fazer credível que era impossível cometer o extermínio em massa utilizando Zyklon-B, os negadores se apoiam em umas poucas táticas. Assinalam corretamente que o cianeto de hidrogênio é líquido à temperatura ambiente. Eles negligenciam mencionar que a pressão de vapor em equilíbrio deste líquido a temperaturas baixas de várias ordens de magnitude maior que sua concentração letal. 300 ppm de HCN são rapidamente mortais. Na tabela seguinte [5] mostra a pressão de vapor em equilíbrio do HCN em função da temperatura:




Quando se revela esta treta, os negadores dizem que o HCN não se evapora o suficientemente rápido do Zyklon-B para alcançar uma pressão letal em um tempo razoável. G. Peters tem demonstrado que não é assim, inclusive em temperaturas baixas.[6]

Alternativamente, os negadores dizem que o HCN é demasiado perigoso que os homens das SS não dispunham de equipes suficientemente sofisticadas para manejá-lo com segurança, e que haveria levado muito tempo para ventilar a câmara. Ainda que havia um verdadeiro risco para os operários das câmaras se não fossem cuidadosos, tem que se assinalar vários pontos. Os Sonderkommandos que atuavam como operários eram prisioneiros, e o nível de segurança com que as SS tinham que trabalhar não é equivalente de maneira alguma com os padrões atuais nos Estados Unidos; as câmaras subterrâneas contavam com sistemas de ventilação; e às vezes entregavam máscaras anti-gás aos Sonderkommandos. Pressac[7]descreve um gaseamento que aconteceu em 13 de março de 1943:

Nessa mesma noite,1.492 mulheres, crianças e idosos selecionados de um comboio de 2.000 judeus do gueto de Cracóvia foram assassinados no novo crematório.133 Utilizaram seis quilos de Zyklon-B nas bocas das quatro colunas de metal situadas entre os pilares que sustentavam a sala.133 Em cinco minutos todas as vítimas estavam mortas. Colocaram em funcionamento o sistema de ventilação (8.000 m3 por hora) e o de extração (com a mesma potência), e depois de 15 e 20 minutos, o ar, que tinha sido renovado quase completamente depois três ou quatro minutos, já era suficientemente puro para que os membros do Sonderkommando entraram na agonizante e quente câmara de gas. Durante este primeiro gaseamento [na câmara nova do Krema II], os Sonderkommandos levaram máscaras anti-gás por precaução. Retiraram os cadáveres os levaram à plataforma. Lhes cortaram o cabelo, retiraram os dentes de ouro e também as alianças e as jóias que levavam.

Talvez a única questão que resta por responder aos negadores é se conhecem as provas que têm contra suas teorias ou se eles crêem de verdade no que dizem ou se são perfeitamente conscientes das falhas de suas teorias.

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O Documento de Friedrich Paul Berg comentado
Parte 6 de 6
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-06.html

[Berg:]
Existe uma certa complexidade técnica neste tema.

[Verdadeiro. Berg espera que as pessoas sintam confusão ante a sua ciência e que creiam em tudo que ele diz, sem se preocupar em analisar por ser demasiado complicado para entender. ]
[Berg:]
Os exterminacionistas que possuem enormes recursos disponíveis têm sido muito vagos - por dizer de uma maneira suave.

[Aqui está a chave. Berg está certo em uma coisa – o mundo inteiro assumiu que havia um motor, e o monóxido de carbono foi a causa da morte. É uma das coisas que "todo o mundo sabe". O problema foi que os assassinos nazistas desfizeram as provas.
Os tribunais e os historiadores acreditaram nos testemunhos que disseram que os gaseamentos aconteceram. Eram licenciados em Direito e historiadores, não engenheiros mecânicos. Não, as coisas não se ajustaram ao habitual na medicina legal empregada nos tribunais americanos da atualidade. Mas isto não prova que os gaseamento não aconteceram. A única prova da causa exata da morte, pode ser ligeiramente diferente do que a gente pensa que foi.]
[Berg:]
Antes de acusar alguém de assassinato, é necessário que a arma do delito funcione.

[Sofisma declarado. Um assassinato não tem sentido, não tem mais o que falar. Mas cometeram assassinatos. Ocorreram em Treblinka, Sobibor, e Belzec. Ocorreram em Auschwitz. Os armênios sofreram. Sofreram os milhões de Kulaks que morreram de fome durante as coletivizações forçadas de Stalin. Ocorreu no Camboja e em Ruanda.
Os nazistas usaram os motores à diesel porque dispunham deles. Provavelmente nunca se deram conta de que poderia ser uma estupidez. Teria sentido para as pessoas que o fizeram. Funcionou. Isso é tudo o que necessitavam saber. Eram assassinos, não engenheiros mecânicos.
[Berg:]
Certamente, estarão vocês de acordo que para construir uma câmara de gás com um motor diesel que fosse letal faltavam muito mais coisas do que uma simples conexão do tubo de escapamento de um tanque ou caminhão com motor à diesel em uma sala fechada. Se não, somente se conseguirá provocar dores de cabeça.

[Ou a asfixia, ou a morte por edema pulmonar provocado por envenenamento com NOx, ou alguma combinação de efeitos tóxicos. Berg deveria ter lido o documento de Holtz e Elliot e deveria ter investigado mais em toxicologia. Para construir una teoria científica, é necessário ler mais coisas do que uma simples leitura de um gráfico baseado em dois motores, passando por cima da toxicologia. ]
[Berg:]
Certamente, estarão vocês de acordo que para construir uma câmara de gás com um motor à diesel que seja letal faltam muito mais coisas a respeito de limitar a entrada de ar do motor. Se não, só conseguiram uns efeitos dificilmente apreciáveis. (Ver minha tabela de Henderson e Haggard).

[Holtz e Elliot demonstram que é muito possível. Pfannenstiel se deu conta de que havia um efeito. E o chamou de asfixia. Gerstein se deu conta de que havia um efeito. E o chamou de morte. E os judeus também se deram conta dele, ainda que a última coisa que fizeram.
[Berg:]
O fato, que talvez você nunca admita (e isso é inteiramente por sua conta e risco), é que o método da câmara de gás com motor diesel é um absurdo.

[Os assassinatos em massa são um absurdo, seja qual for o método. Mas ocorreram. Depois de ler Holtz e Elliot, e estudando com mais profundidade toxicologia, fica claro que não é o melhor método possível, mas também fica claro que aconteceu.
[Berg:]
Alguém pode verdadeiramente acreditar que os alemães usaram os escapamentos de um motor à diesel como fonte de CO, quando poderiam de 18% e 35% de CO de um motor a gasolina? Eram as mesmas pessoas que construíram os primeiros aviões à propulsão, os primeiros mísseis balísticos, os que inventaram o motor a gasolina, o motor a diesel e inclusive o automóvel.

[Sim, mas estes não são os que construíram as câmaras de gás. Berg está tratando com nula honradez de fazer pensar que qualquer alemão sabia tanto sobre estes assuntos técnicos como os inventores. Os cientistas especialistas em foguetes estavam em Peenemunde, construindo foguetes. A que estavam se dedicando Wirth e Globocnik antes da guerra? Eram engenheiros mecânicos?

O argumento de Berg só teria sentido se as pessoas que trataram de usar os motories à diesel sabiam que era uma má escolha.

De fato, Berg utiliza argumentos distintos para cada lado. Por una parte, nos diz o quanto é terrivelmente complicado trocar a composição dos gases do escapamento de um motor à diesel, provando que possivelmente os assassinos não teriam intentado fazê-lo. Por outra parte, nos diz que os brilhantes cientistas e engenheiros alemães, provando - que poderiam fazer correto?
Bom, não. Não de todo. Berg afirma que não o teriam feito, porque havia melhores métodos. Sua razão lhe diz que sua idéia é a melhor, e que os nazistas só teriam feito as coisas perfeitamente, assim que qualquer outra historia é uma "suja invenção judaica". No entanto, como diz o eminente historiador revisionista Greg Raven, editor associado do Journal for Historical Review (e Berg diz às pessoas a todo momento que o comprem):

É puro sofisma proclamar que algo tem que ocorrer de uma maneira porque sua "razão" o demanda.

Com o "melhor método" de Berg (os veículos com motor a gasolina, que produzem entre 18% e 35% de CO), não só se produzia uma concentração de CO tão alta que haveria perigo de explosão (como ele mesmo admitiu sem reconhecer sua importância em uma parte não citada de seu artigo na Usenet), sendo que ademais esses veículos teriam um uso alternativo mais importante como veículos.

Os motores a diesel dos tanques soviéticos capturados não serviam para nada – ainda que o exército alemão usara alguns tanques capturados, dificilmente logravam satisfazer as demandas de manutenção de seus próprios tanques, por que milhares de tanques soviéticos caíram no campo de batalha durante toda a guerra.

Mais ainda, o óleo diesel tem uma fabricação menos custosa que a gasolina - não é um combustível tão refinado como esta. Assim quando Berg diz que havia métodos melhores, está falando somente de um ponto de vista técnico. Se tivermos em conta o ponto de vista econômico, de repente tem muito sentido.

Assim com toda sua arrogância intelectual, Berg não analisa o assunto completamente - não tem em conta todos os aspectos da questão.
Agora o final científico e o final analítico. Mas todavia existe outro aspecto mais importante. Outros testemunhos. Berg ignora os testemunhos de Gerstein, de Pfannenstiel, de Suchomel, e o de Fuchs. Diz que são uns mentirosos, ou uns lunáticos, ou vítimas de torturas e coações.
Suchomel apareceu diante das câmeras no documentário de Lanzmann "Shoah", e não negou nada. Poderia ter se negado a aparecer. Ele foi torturado pelo diretor do documentário?

Gerstein tratou de dizer que conhecera a história Durante a guerra. Ele disse aos suecos que estavam assassinando judeus em Belzec, Sobibor e Treblinka. Ele disse a seus amigos de confiança que os assassinatos estavam acontecendo. Assim sendo, ele foi torturado pelos soviéticos para dizer isso?

Pfannenstiel testemunhou muitas vezes, e como assinala o próprio documento de Berg, seu testemunho sempre foi apoiado nas afirmações de Gerstein. Berg na realidade simplificou tudo - Pfannenstiel contradiz a Gerstein em alguns detalhes, mas não no assunto dos gaseamentos.
Porque que Berg fez uma "teoría" científica que "prova" que as câmaras de gás com motor à diesel eram uma "estupidez", todos os testemunhos oculares devem ser invalidados?
Bom, alguém "provou" que os besouros não podem voar. Você vê besouros voando em todas as partes?

Quando fatos contradizem sua teoria, Berg revisa os fatos. Não é um cientista honesto.

Demonstramos com este documentos que os motores à diesel foram usados em Treblinka? Não. Só provamos que, contra as afirmações de Berg, temos razões suficientes para crer que é tecnicamente possível. Tratar de afirmar qualquer outra coisa seria cometer as mesmas violações dos princípios científicos que comete
Berg. ]

Shmuel Krakowski e os Arquivos Yad Vashem

O seguinte fragmento, de Dan Gannon, à obra de Portland, é um exemplo típico da Tergiversação de Krakowski:
Se o "Holocausto" é realmente "o crime mais documentado da História da Humanidade", o que os "negadores do Holocausto" solicitam, "provas da existência das câmaras de gás", não deveria ser um problema para o Sr. Berenbaum. Por que não se pode proporcionar as provas pedidas? Onde está toda essa "documentação" de que se fala? Se se refere à "declarações de testemunhas", deveria saber que inclusive Shmuel Krakowski - o diretor dos arquivos do Centro de Documentação sobre o Holocausto Yad Vashem, de Israel- disse que umas 10.000 "declarações de testemunhas" sobre atrocidades nazis foram consideradas como FALSAS pelo Yad Vashem! [1]
A flagrante tergiversação do Sr. Gannon é vista claramente quando se dá uma olhada na seguinte carta ao editor do Jerusalem Post de 21 de agosto de 1986: [2]

Ao Editor do Jerusalem Post

Senhor- tenho ficado enormemente surpreendido ao ler o artigo da página de Barbara Amouyal de 17 de agosto, que se baseia em parte numa entrevista que me fisgou.

Das 20.000 declarações que são guardadas em nossos arquivos, várias milhares foram amplamente utilizadas em julgamentos de criminosos de guerra nazis, ao contrário do que que escreveu Amouyal.

Disse à Amouyal que os sobreviventes fizeram suas declarações como registro da História. Não entendo porque ele disse que os sobreviventes queriam "ser parte da História".

Disse a ele que há alguns- afortunadamente muito poucos- testemunhos dos que se foram demonstrado de que não são precisos. Por que Amouyal disse que são um grande número?

Com respeito às últimas frases, não recebi a "ordem" de não falar do caso Demjanjuk. Simplesmente não quis falar dele com Amouyal.

Shmuel Krakowski,
Diretor,
Arquivos Yad Vashem
Jerusalém.
Da carta do Sr. Krakowski se desprende, assim que o foi entrevistado, que ele fora citado mal, e ele decidiu esclarecer o assunto.

A Tergiversação de Krakowski, contudo, aparece freqüentemente nos livros que negam o Holocausto, e na Web. Se diz que a citação aparece na página da edição de Londres feita por David Irving do Relatório Leuchter. Isto não tem sido confirmado, mas se certo, isto explicaria porque aparece uma vez ou outra.

Foi vista a citação em 1995 no website de Keven Schmid, BeWISE. Nizkor lhe fez ter ciência, numa série de mensagens de correio de que a informação era incorreta, e ao que parece foi retirada.

O material publicado pelo Sr. Schmidt em BeWISE, procede ao parecer do Editorial Samisdat de Ernst Zündel. Não sabemos se o editorial do Sr. Zündel ainda publica este panfleto. Ken McVay, do Nizkor, tem perguntado com freqüência ao Sr. Zündel sobre este tema em grupos de notícias, mas o Sr. Zündel não tem respondido.

Foi vista a citação em maio de 1996 no então novo website de Arthur Butz. Numa página sobre os testemunhos judeus do pós-guerra, e dizia:
Tem um elemento de grande importância historiográfica no Jerusalem Post (17 de agosto de 1986 na edição diária regular, págs. 1,4). Os Arquivos Yad Vashem de Jerusalém guardam milhares de testemunhos assim. Seu atual diretor, Shmuel Krakowski, admitia que "quase a metade" dos testemunhos "não são confiáveis" porque os "sobreviventes" se baseavam em sua imaginação e nunca estiveram nos lugares dos quais falavam, ou se baseavam em histórias que haviam ouvido em vez das coisas das quais haviam testemunhado.
A citação, e uma explicação do mesmo estilo da retratação de Krakowski também apareceu num anúncio no periódico universitário Daily Northwestern em abril de 1991. Este anúncio foi pago por Bradley Smith para sua organização, o Committee for Open Debate On the Holocaust (CODOH) (Comitê para o Debate Aberto sobre o Holocausto). Smith escrevia:
Como as "provas" documentais do assassinato massivo dos judeus da Europa estão caindo uma atrás da outra, os historiadores especializados no Holocausto dependem cada vez mais de declarações de "testemunhas" para apoiar suas teorias. Muitos destes testemunhos são absurdos e nada confiáveis.

Shmuel Krakowski é o diretor dos Arquivos Yad Vashem, o centro internacional de documentação sobre o Holocausto que está em Jerusalém. Krakowski disse que se fora demonstrado que mais de 10.000 declarações de "testemunhos" sobre as atrocidades alemãs contra judeus das que o Yad Vashem possuem são falsas!
Ainda que se assinale o erro cometido pelo Sr. Smith na Usenet em 1992, e depois, em finais de 1994, foi feito saber a ele diretamente através de um correio eletrônico, e ele não admitiu o erro até por quase um ano depois, em dezembro de 1995. Não fez nenhum comentário sobre o tema, até que publicou uma página web, "You Don't Have To Be Jewish" ("Não tens que ser Judeu"), na qual descrevia suas experiências na Usenet, em especial seu contato com Jamie McCarthy. (Se descreve esta página como um capítulo de um futuro livro). Smith escrevia aqui:
Não soube que Krakowski havia contestado à Amouyal até que li sua carta na Internet. Krakowski havia contestado em 1986, mas não o soube até 1994. Não sei porque. Talvez os revisionistas estavam mais interessados em fazer circular a coluna de Amouyal do que distribuir a resposta de Krakowski.
Dada a demonstrada escassez de honestidade da maioria dos "revisionistas", essa explicação parece muito provável. Smith continua sugerindo uma explicação alternativa hipótetica:
As duas pessoas que sei que se encarregavam de ver o que saiu no Jerusalem Post só olhavam à Edição Internacional. A resposta de Krakowski apareceu na edição normal do Post, de acordo com a referência que dá McCarthy. Talvez a carta de Krakowski não apareceu na Edição Internacional, ou talvez sim.
Esta hipótese é curiosa, porque não se tem feito a mínima confirmação para se apoiá-la.

Smith sugeriu mais adiante que o artigo original de Amouyal era correto- e que portanto Krakowski havia confessado que 10.000 testemunhos eram falsos- mas Krakowski havia mentido descaradamente em sua carta de resposta, e que uma conspiração global havia silenciado a discrepância:
É muito provável que depois de que se publicasse a coluna de Amouyal, os representantes das instituições fundamentalistas sobre o Holocausto de todo o mundo ocidental lhe disseram que seguir nessa linha seria "mau para os judeus" e especialmente mau para ela... Por outro lado, talvez não ocorrera nada disto...

Talvez a informação que citou era incorreta, mas nem sequer isto foi demonstrado que seja certo. Não há provas de que eu mentira, não há provas de que Amouyal mentira, e não há provas de que Krakowski dissera a verdade em sua resposta a Amouyal.
Talvez reconhecendo a fragilidade do argumento, também admite:
Não voltarei a empregar a citação a Amouyal. Estou de acordo de que a resposta de Krakowski a pôs em dúvida... Se houvesse sabido da existência da carta de resposta de Krakowski à coluna de Amouyal, não haveria chegado a usar a observação dos "mais de dez mil" de Amouyal.
A pergunta é se Zündel e outros negadores do Holocausto também admitiram seus erros, e se fazê-los levaria tanto tempo como levou Bradley Smith.

Engano e Tergiversação/Técnicas de Negação do Holocausto
Autores: Jamie McCarthy e Ken McVay

Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/krakowski-01-sp.html
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-05.html


O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 5 de 6

[Berg:]
Se opera [o motor] acima do Range de Operação Normal de proporções combustível/ar, se produzem rapidamente quantidade excessivas de fumaça. É por isto que me referi ao estudo de E.W. Landen ao final do documento de Elliott e Davis e por que também incluí este diagrama. Com proporciones acima de 0,055, o gráfico de fumaça torna-se quase vertical, o que significa, de acordo com Landen, na página 346: "vida curta do motor".

[Berg ainda é incapaz de compreender que havia milhares de motores soviéticos disponíveis. As avarias não eram algo preocupante. O motor morreu? Muito bem, era só substituir por outro e continuar matando judeus.
E QUANTO curta será a vida do motor? Dez minutos? Uma semana? Um mês? Um ano? Berg não disse. Por que não?
Mas, está ele correto a respeito da quantidade de fumaça? De novo, voltamos a Holtz e Elliot, página 101:

Vamos analisar os componentes sólidos da fumaça mencionados por Berg nesta tabela. Com uma proporção combustível/ar de 0,05, o gráfico da um valor de 4 gramas de material sólido por hora. A cerca de 0,057, o gráfico sobe acima de 16 gramas – quatro vezes mais.

Isso é verdade? Vejamos os números. Em 0,05, a coluna do meio mostra um valor de 0,029. Com 0,06, a coluna do meio da 0,044. Isso é só 1,5 acima da saída produzida com 0,05, NÃO QUATRO VEZES! Inclusive em 0,07, a saída é só 2,3 vezes maior.

Portanto tem algo errado com o gráfico que Berg está utilizando. Ou foi feito errado, ou se fez com motores diferentes dos do documento Holtz-Elliot.

Scott Mullins reparou porque estava mal feito. o gráfico que Berg cita usa como unidade grama/hora (Gr/h) – ou seja, o peso da saída total. Mas Berg tem fuxicado incessantemente sobre qual é o percentual de CO no escapamento que determina a morte, desprezando o volume total (talvez, uma simplificação excessiva - tem que ter em conta fatores como a pressão). Assim deveria saber bem que é o percentual de fuligem no escapamento que provoca a vida curta do motor, não o peso bruto - especialmente tendo em conta que SUA PRÓPRIA REFERÊNCIA ASSINALA ESTE PONTO.

Definitivamente, Berg está distorcendo o que disse Landen tirando fora de contexto - outra das técnicas de negação do Holocausto. Voltemos à página 346 do documento Elliot-Davis, e vejamos o CONTEXTO COMPLETO das palavras "vida curta do motor":

As quantidades de material que se encontram em um motor estão entre 0,0001% e 0,01% do combustível queimado. A cifra de 0,0001% corresponde a um motor com uma vida normal, enquanto que el valor de 0,01% é de um motor de vida curta devido à grande quantidade de material.

Isto é, portanto o percentual de material que se encontra no motor, não é o percentual emitido, e de novo é um percentual de combustível queimado, não o volume total por hora. Portanto o gráfico de Berg é outra mentira. Observa-se que inclusive a quantidade de fuligem como percentual do combustível queimado foi CONSTANTE, quando medido em grama por hora, a duplicação do combustível/hora irá duplicar o peso de saída.


Existem outros componentes sólidos além da fuligem, mas na página 100 do documento Holtz-Elliot é mostrado que inclusive com proporções de combustível/ar maiores, a fuligem é 99.1% dos sólidos emitidos.]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 4 de 6

[Berg:]
Em 1984, escrevi o seguinte em meu artigo, na página 38: "Apesar de todos os esforços, só teriam conseguido uma concentração média de menos de 0,4% de monóxido de carbono e mais 4% de oxigênio".

[Scott Mullins:]

Me desculpe, mas isto é simplesmente falso. O documento Elliot-Davis que você cita demonstra CLARAMENTE que os motores a diesel podem gerar concentrações de CO de aproximadamente 1% e concentrações de O2 menores de 2% com proporções combustível/ar inferiores às estoquiométricas(?). Para ver as provas, figura 4 na página 333 do documento Elliot-Davis.

[Nota: uma proporção combustível/aire estoquiométrica é aquela que tem a quantidade justa de oxigênio necessária para queimar o combustível completamente. Esta proporção é 0,068 no documento Holtz-Elliot. Também é denominada "proporção quimicamente correta"].
[Berg:]
Em absoluto o que eu escrevi não é falso. A Figura 4 mostra alguns dados tomados mais além do range operacional normal do motor. Do limite superior do range de operação normal ao estoquiométrico, existe uma boa distância. Leia de novo Elliott e Davis. Só se pode alcançar a proporção estoquiométrica operando AO MÁXIMO a POTÊNCIA MÁXIMA. Leia as páginas 334 e 335.

[Nossa velha amiga, a Figura 6 do documento de Berg, também aparece nesta referência (Elliot-Davis, a denominam como Figura 2). Mas o documento Elliot-Davis não inclui os parâmetros que aparecem no velho documento de Holtz-Elliot.]

[Vamos dar uma olhada nestes parâmetros, especificamente aos do experimento B-70, a princípio na página 99 do documento Holtz-Elliot. A proporção combustível/ar é 0,07 (superior à quimicamente correta). A velocidade é de 1400 RPM. Qual é a potência? Está no "MÁXIMO da POTÊNCIA MÁXIMA?"

Bem, de novo isto depende do que Berg entende por potência máxima. A potência de saída é somente 40,20 cavalos (70% do máximo).

Qual a composição dos gases do escapamento? CO, 0,7% - muito ruim. CO2 13,8% (ainda pior - o CO e o CO2 tem efeitos combinados, algo que Berg não mencionou em seu documento).
Qual é a quantidade de oxigênio? Está abaixo de 0,8%. Esqueça o monóxido de carbono. Basta que o ar tenha menos de 1% de oxigênio para morrer.

O Sr. Berg tem-se oferecido como voluntario para inalar os gases de um motor a diesel para demonstrar que são inócuos. Uma pergunta é se ele continua querendo fazer se a composição dos gases contiver menos de um por cento de oxigênio e se encontrasse apertado em uma câmara muito pequena para gastar o oxigênio existente rapidamente. (Esta era a situação em Treblinka, onde as pessoas ficavam “acomodadas” como sardinhas na lata).

Apesar de Berg afirmar que é muito difícil obter essas proporções de combustível/ar, Holtz e Elliot parecem não ter nenhuma dificuldade em obter. Berg não pode “rodear” este fato. ]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 3 de 6

Em seu artigo da Usenet, Berg segue dizendo:

No documento de Holtz de 1960 que eu já havia citado, existem duas seções extremamente relevantes em que fixei minha posição. Peço que vocês também leiam. A primeira Seção é: 'Ensaios de Motores', nas páginas 68 e 69.

[Vamos a esta referência que foi citada pelo Sr. Berg de uma forma um tanto confusa, o documento de Holtz e Elliot de 1941 em Transactions of the American Society of Mechanical Engineers, Vol. 63, Feb. 1941, pp. 97-105. Na página 98, nos encontramos com o mesmo gráfico citado na nota 22 de Berg. Mas na página 99, encontramos umas cifras muito interessantes - os parâmetros usados para gerar o gráfico. Os motores A e B do documento são motores de quatro cilindros e quatro tempos. O motor B está ajustado a um máximo de 70 de potencia de freio; tem um deslocamento de 226 polegadas cúbicas e 2600 RPM máximas.
Recordem destas palavras cruciais do documento de Berg: "Na potência máxima potencia, que corresponde com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio no escapamento de qualquer motor a diesel é de 4%". Também foi afirmado muito rápido que estes valores são para "qualquer" motor a diesel, quando resulta que este gráfico foi gerado com os valores de dois motores em específicos. Mas é correto o restante de suas afirmações?

O experimento B-12 pôs o motor a 1400 RPM com uma proporção de combustível/ar de 0,056 (um milésimo a mais que os 0,055 de Berg, mas esperamos que não diga que este milésimo a mais faz diferença). O valor de oxigênio foi de 3,44%. A diferença entre 3,44 e 4 no parece ser muita, mas em termos percentuais, é uma diferença de 14%.

Ele está certo sobre a potência máxima? Bem, isso depende do que ele entenda por "potência máxima". Se está falando do torque máximo do motor a RPM dadas, sim. Mas se fala da potência máxima de saída, não. O experimento B-12 foi levado a cabo com uma potencia de saída de 37,8 cavalos.

Está ele certo ao falar de "qualquer motor a diesel"? Voltamos à explanação de H. E. Degler, da Universidade do Texas, professor de Engenharia Mecânica, na página 104:

Os fabricantes e operários de motores estão incrementando os valores de temperatura da água nos últimos anos, alcançando algo em torno de 212F, baixos valores de pressão atmosférica, aproveitando assim o efeito de refrigeração do calor latente assim como a eliminação do calor perceptível. Estas temperaturas superiores reduziram "Os efeitos das reações diretas de oxidação", como mencionaram os autores, e conseguiram menores valores de CO e de aldeídos[?], assim como a redução da fuligem no cano de descarga.


Assim parece que existem outros fatores que afetam a composição dos gases do escapamento. Sem mais informações sobre qual motor se usou exatamente, não existe maneira de saber se os motores a diesel soviéticos da época utilizavam esses valores superiores de temperatura da água. E a partir de dois motores, Berg aduz conclusões válidas para "qualquer motor a diesel".
Vejamos uma parte de um parágrafo do documento de Holtz-Elliot, na p. 99:

Embora a Figura 2 [o mesmo gráfico que é usado na Figura 6 do documento de Berg] apresenta dados sobre a composição dos gases do escapamento com misturas combustível/ar ricas, estas condições de operação não são normais e foram obtidas nestas provas mudando o ajuste do torque que limita cremalheira na bomba de combustível do motor B. Uma vez feita esta mudança, aumentou la quantidade de combustível injetado a plena potencia em 60%.

Agora estes foram os limites normais. Mas a técnica usada não foi sobrecarregar o motor. Simplesmente ajustaram o sistema de combustível. E não dizem nada sobre reduzir a entrada de are tal e qual fizeram nos experimentos de Pattle e outros. Aí vem a pergunta: o que teria acontecido de fizessem as “duas coisas”?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 2 de 6

Traduzido por Leo Gott a partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-02.html

Berg:
Da figura 6 podemos concluir que para reduzir a concentração de oxigênio a 9%, qualquer motor a diesel teria que trabalhar com uma proporção combustível/ar em torno de 0,040, que corresponde a uns 3/4 da potência máxima.
Para reduzir a 6%, que corresponderia com o quarto nível de asfixia de Henderson y Haggard, e que seria a condição necessária para matar "todos" os membros de um suposto grupo de vítimas, o motor deveria utilizar uma proporção de cerca de 0,048, cerca de potência máxima.
Em outras palavras, uma câmara de gás com motor diesel que se baseada na redução de oxigênio como meio para matar deveria trabalhar a mais dos 3/4 da potência máxima, seguramente muito a cerca da potência máxima.

[Isto depende do que Berg entenda exatamente como "potencia máxima". Ver mais adiante].

Do que procede deveria ser óbvio que em quase todas suas faixas operacionais, os motores a diesel emitem tanto oxigênio que alguém que se dispuser a inalar diretamente os gases do escapamento, sobreviveria. Desde o estado de ponto morto até pelo menos 3/4 da potência máxima, os escapamentos de um motor a diesel contém suficiente oxigênio para não produzir morte durante pelo menos meia hora.
[notas de Berg:]
22. Edward F. Obert, Internal Combustion Engines and Air Pollution (New York and London: Intext Educational Publishers, 1973), p. 361.
23. Y. Henderson & H.W. Haggard, Noxious Gases (New York: Reinhold Publishing, 1943), pp. 144-45.
24. J.S. Haldane & J.G. Priestly, Respiration (New Haven: Yale University Press, 1935), pp. 223-24.
[Berg nega a possibilidade dos efeitos combinados:
Uma análise dos efeitos combinados do monóxido de carbono, o dióxido de carbono e um nível reduzido de oxigênio poderia ser possível sobre a base da investigação de Haldane y Henderson, mas não haveria diferenças significativas com os resultados obtidos no suposto da única atuação do nível reduzido de oxigênio. A razão é que os níveis de monóxido de carbono e dióxido de carbono são muito baixos para serem considerados.

Em primeiro lugar, não se podem fazer suposições precipitadas sobre os efeitos combinados de determinadas substâncias. Se a dose letal dos compostos distintos é de uma grama, isso NÃO quer dizer necessariamente que uma mistura de ½ grama de cada um deles não o seja. As duas substâncias podem produzir um efeito combinado que faça que ¼ de grama de cada um seja letal - ou um pode ser antídoto para outro. E em verdade, o monóxido de carbono e o dióxido de carbono produzem esses efeitos combinados.

Em segundo lugar, existem efeitos adicionais que Berg não está considerando. Os testemunhos oculares (assim como alguns relatórios, julgados como falsificações pelos “negadores do Holocausto”), informam que apertavam as pessoas na câmara quanto mais fosse possível. Assim, uma vez que se fechava a câmara, o consumo de oxigênio das vítimas se convertia em um fator a se levar em conta. Berg também tem ignorado outros efeitos tóxicos, como os dos óxidos de nitrogênio, a fuligem, e o calor.

Os mais importantes são os óxidos de nitrogênio. De acordo com a página.189 de Clinical Toxicology (Toxicologia Clínica), de Clinton Thienes e Thomas Haley, as concentrações de NO2 entre 250-500 ppm são "rapidamente fatais". E o documento Holtz-Elliot fala de concentrações de NOx que alcançam até 690 ppm - interessantemente, com uma proporção de combustível/ar de 0,03, e uma velocidade do motor de 600 RPM. Por desgraça o documento não separa componente por componente nas emissões de NOx.]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 1 de 6
Traduzido por Leo Gott a partir do link:

Autor: Michael P. Stein

A continuação das seções relevantes do documento de Friedrich Paul Berg no Jornal da Revisão Histórica, além de excertos de um dos seus artigos do Usenet, intercalados por comentários.
(Nota do tradutor: Os comentários de Michael Stein estão entre colchetes, quando em itálico se referem a citações de outras pessoas)

Oxigênio nos gases do escapamento de um motor a diesel
Se os judeus não foram assassinados com monóxido de carbono procedente do escapamento de um motor a diesel, poderiam ter morrido pelos efeitos do escasso oxigênio presente nos escapamentos? Esta teoria seria ao menos consistente com a afirmação de que os cadáveres estavam “azuis”.

[Berg cita o higienista das SS Dr. Wilhelm Pfannenstiel como testemunho. Entretanto, no incluiu em seu documento o explícito diagnóstico de asfixia emitido por Pfannenstiel:
Não encontrei nada especial no cadáver, exceto que alguns deles mostravam uma inchação azulada no rosto. Mas isto não é surpreendente devido ao fato que morreu de asfixia.
Enquanto Berg pretende explorar esta possibilidade, e ignorando fatores significativos – sendo o mais notável o testemunho de Pfannenstiel – que aponta claramente a morte por asfixia. A omissão do diagnóstico de Pfannenstiel e outros fatores são uma descarada manipulação].

Berg:
Uma cor azulada em determinadas partes de um cadáver é um claro sintoma de morte por falta de oxigênio. Esta teoria, entretanto, não se ajusta muito devido ao fato que os motores a diesel em seu funcionamento normal emitem uma grande quantidade de ar.
[Esta é a maneira como eles são operados normalmente, em um caminhão ou uma bomba d’água. Mas este fato não diz nada da possibilidade de manejá-los de outra maneira para matar pessoas].

Gráfico, "Figura 6: componentes dos gases do escapamento dos motores de combustão interna22. A linha grossa vertical na proporção combustível/ar de 0,055 foi acrescentada pelo autor".
O ar normal contém 21% de oxigênio. Na Figura 6 vemos que a concentração de oxigênio nos escapamentos de um motor diesel correspondente ao estado de ponto morto, que aparece perto da parte superior do gráfico com uma proporção combustível/ar de 0,01, alcança o valor de 18%, só um pouco por baixo da porcentagem de ar normal. A plena potencia, com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio nos escapamentos é de 4%.
[O gráfico abrange a dois motores a diesel, não "a qualquer motor a diesel". E, como veremos mais abaixo, o gráfico foi elaborado com motores a diesel funcionando "em condições mecânicas apropriadas". Embora Berg afirma em outro texto que estas são as cifras piores citadas nos estudos da Sociedade de Engenheiros de Automação, deveria destacar que são cifras de motores diesel americanos. Os nazistas usaram motores a diesel soviéticos. (A tecnologia pode coincidir dentro de uma nação, e ser distinta entre nações distintas, uma vez que as pessoas vão às mesmas escolas). E Berg deveria ir até à fonte principal - os números que geraram o gráfico. Como veremos mais adiante, esses números revelam uma história muito diferente].

Provavelmente o melhor estudo sobre os efeitos dos níveis reduzidos de oxigênio, a asfixia, seja de Henderson e Haggard:
SEGUNDO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa até valores entre 14 e 10 por cento, as funções mais complexas do cérebro começam a sofrer danos. Segue em estado consciente, mas começa a falar a capacidade de raciocínio. Se pode deixar de sentir dor por feridas graves, como queimaduras, contusões e inclusive fraturas. Diversas emoções se manifestam anormalmente, especialmente o mal humor e a violência, e em menor medida em estado hilário, assim como outras alterações de caráter...
TERCEIRO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa a valores entre 10 e 6 por cento, podem aparecer náuseas e vômitos. O sujeito perde a capacidade de realizar movimentos musculares vigorosos, ou mesmo de realizar qualquer movimento. Continua com conduta enlouquecida e perda de consciência, sendo desde o desmaio hasta um coma em corpo rígido e perda de visão. Se a pessoa é reanimada, pode ser que não recorde de nada deste estado, o que acredita que tenha ocorrido algo totalmente distinto.
QUARTO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa de 6 por cento, a respiração passa a ser uma série de espasmos separados por apnéias cada vez maiores. Podem aparecer convulsões. Então a respiração pára, ainda que o coração possa continuar batendo durante uns poucos minutos, para depois sofrer fribilação ventricular, ou permanecer parado em um estado extremo de dilatação[23].
De acordo com Haldane e Priestley, "um ar que contenha menos de 9.5 por cento de oxigênio causa normalmente o desfalecimento em meia hora"24. Um desfalecimento não é a morte.
[Isto parece querer dizer que não tem diferença entre 9.5% e 0%. Com 0% de oxigênio é a morte - não desfalecimento – que sobrevive poucos minutos. Berg está tratando de misturar as coisas para confundir].

Está claro que não existe um número mágico por baixo que se pode morrer, ou por cima do qual se pode viver. Entretanto, em uma câmara de gás com base de reduzir o oxigênio para matar, haveria ter que reduzi-lo por baixo a 9,5% - talvez até pra baixo de 6%.
[É certo que não existe nenhum número mágico, mas de novo Berg e seu argumento tentam confundir. O que está realmente claro é que quanto mais baixo seja o nível de oxigênio, mais rápido se morre. E um valor abaixo de 6% é coerente com as restrições de Berg. Ver mais adiante].

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Parte 2


Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/diesel-02.html

Ainda que Berg diga que é muito difícil ajustar o motor para que produza níveis altos de CO, os mesmos documentos técnicos que cita em seu estudo demonstram que os autores conseguiram produzir níveis de CO de até 6% ajustando o sistema de combustível. Também poderia fazer um bloqueio na entrada de ar para alterar a mistura de combustível e ar. Berg não pode escapar do fato de que os autores que ele usa como referencia puderam produzir emissões letais com um motor a diesel, também era possível para um técnico das SS fazê-lo.

Ainda assim, devido ao testemunho sobre a cor azul dos cadáveres, um ponto crucial que Berg poderia estar certo é que, contra a crendice popular, as pessoas que morreram nas câmaras de motor à diesel não morreram de envenenamento agudo por CO. A partir disto, ele gostaria de fazer crer que as pessoas, não morreram por essa causa como se crêem comumente, toda a história é uma invenção.

No entanto, existem muitas peças soltas que constituem a evidência que aponta a concluir que centenas de milhares de pessoas entraram nos campos de Treblinka, Sobibor e Belzec e nunca mais saíram vivos dali. Existem registros de comboios ferroviários de pessoas que chegavam aos campos, e de comboios de roupa que saía de lá, mas não de pessoas que saíam. Existem relatórios da resistência polonesa que confirmam isto. Foram encontradas grandes quantidades de ossos. Existem testemunhos de escassos sobreviventes, assim como de muitos guardas dos campos. Até hoje, só foram encontrados vivos 2 pessoas, de aproximadamente 600.000 pessoas que foram enviadas para o campo de Belzec.

Assim, se Berg está certo quando diz que as vítimas, se foram gaseadas com os escapamentos de motores a diesel, não morreram pelo monóxido de carbono, como morreram? Infelizmente, uma vez que os campos foram destruídos antes do final da guerra, e as câmaras de gás e motores com eles, não é possível reconstituir precisamente o que aconteceu. No entanto, é possível elaborar as possibilidades e determinar a causa geral de morte, se não for a combinação precisa de causas. Na realidade, Berg tem esta resposta, mas têm-se negado a enxergar – ou não pretendeu. Provavelmente, as vítimas morreram asfixiadas com outras combinações de fatores.

Como é possível isto, se Berg "provou" que existe muito oxigênio nos gases do escapamento de um motor a diesel, como a asfixia seria possível? Existem certas quantidades de fatores significativos que Berg “esquece”. Em primeiro lugar, os motores a diesel também produzem altos níveis de óxidos de nitrogênio (NOx), que são tóxicos. Berg só falou do potencial cancerígeno em longo prazo destes produtos químicos, mas usando a concentração adequada também tem efeitos em curto prazo - uma concentração entre 250 e 500 ppm (partes por milhão) de NO2 é fatal [3].

Embora não exista uma maneira de dizer se os níveis eram dessa altura nas câmaras de diesel, uma vez que existem muitas variáveis envolvidas, a fonte principal da informação de Berg sobre a composição dos gases do escapamento de um motor a diesel dá umas emissões de NOx de até 690 ppm em uma prova - dependendo da distribuição precisa dos compostos, eventualmente, uma dose letal dentro do limite de tempo mesmo sem o adicional considerações abaixo indicadas. [4]

Os resultados de muitas provas do documento caem no intervalo entre 267 e 448 ppm - um fator significativo para contribuir para a morte, se esta não chegou a ser a causa direta. Curiosamente, as maiores concentrações foram conseguidas com uma proporção de combustível-ar de 0,03, e uma velocidade do motor de 600 RPM - algo importante, devido à insistência de Berg em que só com uma proporção maior de combustível-ar se pode afirmar que os escapamentos de um motor a diesel sejam suficientemente tóxicos para matar a média assinalada pelos testemunhos.

Em segundo lugar, as pessoas que estiveram na câmara haveriam tido um alto ritmo respiratório devido ao pânico e ao esforço, já que eles os faziam correr no trajeto até a câmara. Este fator unido aos altos níveis de dióxido de carbono (CO2) haveriam consumido com maior rapidez o oxigênio disponível. Não se pode ignorar este aspecto.

Em terceiro lugar, e o mais importante, os testemunhos declararam que os tetos das câmaras de gás eram baixos, e que se acomodavam as pessoas dentro do maior rigor possível. Isto significa que não havia muito ar para as pessoas quando estas começavam a funcionar. A medida que o motor introduzia os gases do escapamento com baixos níveis de oxigênio e altos de CO2, fuligem, NOx (e se, diferente do combustível usado no documento de Holtz e Elliot, os nazistas usaram diesel com altos níveis de enxofre, também de dióxido de enxofre, outro tóxico), as vítimas haveriam respirado as toxinas e gastado o air disponível (e carregado a câmara com mais dióxido de carbono, provocando um ritmo respiratório ainda mais rápido e entrando assim em um círculo vicioso).

Isto pode ser feito sem modificar o motor. Entretanto, ajustando a entrada de combustível, ou bloqueando parcialmente a entrada de air, se pode produzir gases com mais ou menos oxigênio. (De novo, não se pode confirmar que isto foi feito, mas é perfeitamente possível).
Portanto, é possível criar condições letais usando motores a diesel, embora não exista muita margem de erro. E de novo, os testemunhos indicam que algumas vezes se descobriu que o processo não matava todo mundo, e de vez em quando se tinham que efetuar tiros na nuca de alguns sobreviventes. Rudolf Höss, o comandante de Auschwitz, declarou que em uma viajem a Chelmno, onde se utilizavam vans de gaseamento, ele viu que os gases do escapamento não conseguiram matar todas as vítimas.

E sobre o argumento da eficiência deste método? Este argumento assume em primeiro lugar que os que decidiram utilizar motores a diesel possuíam os mesmos conhecimentos técnicos que Berg possui. Pouca gente sabe que os motores a diesel não produzem tanto monóxido de carbono como os motores a gasolina. Se eles testaram e os mesmos funcionaram, não se preocuparam mais com isso.

Os motores a gasolina certamente poderiam ter funcionado melhor, mas teriam dois problemas. Em primeiro lugar, os níveis de CO produzidos eram tão altos que era potencialmente explosivo (um ponto que Berg assinalou em um de seus artigos na Usenet citado no apêndice ainda que não foi capaz de ver seu significado). Em segundo lugar, estes veículos teriam um uso mais importante -como veículos. O motor a diesel era de um tanque soviético capturado. Existiam milhares destes em restos nos campos de batalha, muitos deles inutilizáveis porque os alemães não dispunham de instalações para repará-los. Assim que se examinam as considerações econômicas, não somente as técnicas, o uso de motores a diesel tem mais sentido.

E o argumento de que as vítimas teriam morrido de asfixia por somente estar trancadas nas câmaras? Este argumento vai de encontro ao mito que considera que todos os nazistas eram monstros sádicos. Eram assassinos sim, mas não era seu objetivo causar o máximo de sofrimento possível. A intenção de usar monóxido de carbono teria como finalidade levar a cabo uma execução relativamente humana. Isto era importante para o moral dos homens das SS, como demonstrou a experiência que passaram durante os fuzilamentos em massa na Rússia ocupada (Einsatzgruppen).

O uso de motores a diesel em câmaras de gás não era o melhor meio técnico, mas poderia funcionar - e como declararam muitos testemunhos, funcionou. Eventualmente procuraram um método melhor em Auschwitz, e deixaram de usar as câmaras de gás com motores a diesel.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o Assunto dos motores à diesel – Parte 1

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/diesel-01.html

Autor: Michael P. Stein

Este artigo analisa os erros e mentiras que contém a "demonstração" de Friedrich Paul Berg[1] da impossibilidade de matar pessoas usando os gases do escapamento de um motor à diesel, tal e como foi descrito por testemunhos dos gaseamentos nos campos da Operação Reinhard. Esta exposição se dará sem utilização de termos técnicos, no entanto, existe um apêndice que analisa o caso com todos os detalhes e referências técnicas para aqueles que desejam conhecer detalhadamente os argumentos técnicos.

Queremos encorajar-lhes a ler todos os detalhes. Uma das coisas que dizem os negadores "cientistas" do Holocausto como Berg e Fred Leuchter é que contam com o fato de que a maioria das pessoas não são “científicas” e não podem seguir em um debate científico e assumem que se algo utiliza termos científicos, está correto. Mas existem muitos debates científicos hoje em dia - a contaminação, o câncer, o aquecimento global, etc. – que entram no terreno política. Alguns destes argumentos são elaborados para sustentar um plano ideológico oculto, sendo assim utilizando a ciência de forma desonesta. Esperamos que a argumentação completa ajude as pessoas a darem conta de que algo que venha disfarçado de "ciência" não significa que devem deixar de analisar criticamente o que lhes é dito.

Os argumentos de Berg se resumem nos 5 pontos seguintes:

  1. Os motores à diesel, diferente dos de gasolina, não produzem grandes quantidades de monóxido de carbono (CO) durante o seu funcionamento normal, e é extremamente difícil fazer que produzam níveis de CO suficientes para causar a morte no tempo que falam os testemunhos.

  2. Os testemunhos dizem que as vítimas dos gaseamentos tinham a pele de cor azul claro – mas as vítimas de envenenamento agudo por monóxido de carbono têm a pele de cor avermelhada.

  3. Além disso, os alemães dispunham de maneiras muito melhores que os motores à diesel para produzir monóxido de carbono (caminhões e carros movidos a gasolina), assim não teria sentido usar motores à diesel.

  4. Os motores à diesel produzem normalmente uma grande quantidade de oxigênio que é emitido pelo cano de descarga, assim as pessoas não poderiam ter morrido por asfixia no tempo assinalado pelos testemunhos.

  5. Mesmo que os expostos acima estivessem certos, se a execução de realizava por asfixia, não teriam nenhum sentido ligar o motor – bastava trancar as vítimas em uma câmara selada, assim introduzir os gases do cano de descarga não teriam sentido.

Portanto as razões (de Berg) -, vão contra o que dizem os historiadores, as vítimas não poderiam morrer pelo por monóxido de carbono.

Portanto (razões de Berg) – nem sequer morreram por asfixia; todo este assunto é uma invenção.


Existe uma relativa verdade nos 5 pontos. O ponto 2 com frequência é totalmente certo, ainda que nem sempre. Sem dúvidas, Berg não mencionou em seu estudo o testemunho, do Higienista das SS Dr. Wilhelm Pfannenstiel[2], mencionou explicitamente que a asfixia era a causa da morte . O ponto número não está tão certo, como imagina Berg, mas dado o ponto 2 é possivelmente muito irrelevante.


Berg acredita firmemente em argumentos "psicológicos" como os pontos 3 e 5, a idéia do pessoal das SS destinado aos campos de extermínio poderiam ter melhores maneiras, se quisessem matar gente. Por exemplo, no artigo do Newsgroup alt.revisionism 2vt3du$t0b@mary.iia.org, escreveu: "[Scott] Mullins deveria tratar de ligar um motor de 150 cavalos em plena potencia, um motor que é pequeno, com uma hélice ou um ventilador acoplado, sem fazer barulhos e mais barulhos".


Está Berg tentando nos dizer que os nazistas não cometeram assassinatos em massa com motores a diesel porque temiam receber uma multa por descumprir a “lei do silêncio”?
Neste mesmo artigo, Berg também escreveu: "Dado que a carga de qualquer ventilador a hélice varia não linearmente com respeito às rotações por minuto, ‘e bastante complicado intentar escolher o tamanho adequado da hélice. Iván não sabe fazer".


Aqui, Berg diz duas coisas contraditórias de uma vez. Se isso tivesse sido feito, "Ivan", como é óbvio, não teria feito isso. Foram os nazistas que criaram o sistema, não os russos e nem os ucranianos. Os russos construíram o motor original. Os nazistas só os modificaram.


Está Berg dizendo que os nazistas não o conheciam para ter feito?


Está Berg dizendo que os alemães não teriam engenheiros competentes? Por outro lado, dizer que o pouco sofisticado "Iván" foi o responsável pela idéia e as modificações colocam em perigos os pontos 3 e 5, segundo os quais não se usaram os motores porque não era uma boa idéia “técnica”?.


Uma pessoa pouco preparada provavelmente no se daria conta de que é incorreto utilizar um motor a diesel para gerar monóxido de carbono. Esta classe de argumentos que se contradizem a si mesmo são típicos de um advogado de defesa, não de um “cientista”.

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Mundo Maluco de Walter Sanning - Parte 6

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/10/crazy-world-of-walter-sanning-part-6.html
Nas últimas cinco partes desta série, fizemos as exposição da utilização fraudulenta de fontes por Sanning. Esta sexta parte examina a convergência das evidências dos arquivos soviéticos e poloneses que nos permite afirmar, além de uma dúvida razoável, que o número de judeus poloneses deportados para o interior Soviética entre 1940-41 foi inferior a 100.000. A primeira fonte do arquivo de dados é Aleksander Gurjanov, que teve acesso aos registros de deportação soviéticos em GARF e suas conclusões publicadas em Cztery deportacje 1940-1941 (Quatro deportações 1940-1941), KARTA, 12, 1994, pp. 114-136; disponível on-line aqui. Gurjanov conclui que aproximadamente 315.000 pessoas foram deportadas, em quatro conjuntos de deportações, sobre os transportes os temos aqui, listados em Inglês. Os dados de Gurjanov nos permitem estimar o número máximo de deportados que estavam refugiados na Polônia Ocidental. A deportação direcionada dos refugiados judeus teve lugar em Junho-Julho de 1940; a ação de transporte totalizou 75.267 deportados, nem todos eles eram judeus.

Gurjanov refuta os dados de Sanning, não apenas para o conjunto total de deportados, mas também individualmente por cidades. Sanning (p.41-42) afirma que 50.000 refugiados judeus foram deportados de Lvov, e entre 50.000-60.000 de Bialystok, mas os dados de Gurjanov mostram apenas 26.798 deportados no total de Lvov e 9.551 no total de Bialystok.

Os dados de Gurjanov convergem estreitamente com a segunda fonte: os arquivos do NKVD relativos aos campos da URSS. Sergey Romanov encontrou uma excelente discussão desses arquivos em Mordechai Altshuler's Soviet Jewry on the Eve of the Holocaust (1998: p. 325-326). Este citado relatório da NKVD, datado de 1 Abril 1941, mostra que o número de deportados da Polônia Ocidental e os refugiados (bezhentsy) que estavam nos campos sob controle da NKVD nessa data eram 76.068, dos quais 64.533 eram judeus. Altschuler conclui que estes dados, quando ajustados para nascimentos e mortes, correspondem aos transportes dos meses de Junho-Julho de 1940.

Outros desclassificados, e anteriormente 'top secret'(ultra confidencial)documentos soviéticos também corroboram o número de deportados. Esta fonte afirma que, em 13 de Janeiro de 1943, 215.081 antigos cidadãos poloneses permaneceram no interior da União Soviética, entre os quais 102.153 judeus (Fonte: Katyn. Mart 1940 - sentyabr' 2000. Rasstrel. Sud'by zhivykh. Ekho Katyn, compilado por N.S.Lebedeva, Moscou, "Ves' mir", 2001, document 184.) Além disso, o mesmo documento afirma que 389.041 antigos cidadãos poloneses tinham sido libertados na anistia de agosto de 1941, dos quais 90.662 eram judeus. Revelaram ainda que, entre 1939-1941, 218.606 antigos cidadãos poloneses do Oeste da Ucrânia e da Bielorússia se voluntariaram para trabalhar no interior soviético, dos quais 8830 eram judeus. Uma nota da NKGB de V. Merkulov, datada de 1 de Maio de 1944, diz-nos que 257.660 dos 389.041 antigos cidadãos poloneses anistiados foram “passaportizados” na URSS, em Janeiro de 1943 (221.150 civis, 36.510 exército Berling), e que, entre estes antigos cidadãos poloneses, o número de matriculados judeus mais seus filhos ascenderam à 81.217. (Fonte: GARF 9401-2-64, pp. 381-384; imagem e transcrição aqui, e traduzido pelo Dr. Nick Terry aqui).

Em nossa opinião, é razoável inferir que os 81.217 judeus polaneses anistiados em vida no interior Soviética, em Janeiro de 1943 e no documento de 1944, após o ajuste para nascimentos e mortes, eram um subconjunto dos 90.662 judeus anistiados vivos, em Agosto de 1941 no documento Beria-Stalin. O valor de 81.217 era também um subconjunto do número total de 102.153 judeus poloneses vivos em Janeiro de 1943 que foram contadas por Beria (ambos os valores referem-se ao mesmo mês: Janeiro de 1943). A diferença numérica entre os 90.662 e 81.217 podem ser parcialmente atribuídas aos 4.226 judeus poloneses que foram para o Irã com o Exército de Anders em 1942, e pelas mortes entre Agosto de 1941 e Janeiro de 1943. A diferença numérica entre os 102.153 e 81.217 consiste nos 20.936 judeus poloneses, que não foram anistiados e não figuravam porque nunca foram presos. Isso pode ser explicado pelo número de trabalhadores voluntários, tais como os 8.830 do documento Beria, e por outros refugiados que podem ter fugido para o interior soviético, por iniciativa própria, ao invés de serem deportados.

Além disso, também parece razoável inferir que os 64.553 refugiados deportados 64.553 refugiados como citado por Altschuler e datado de 1 de Abril de 1941 no documento da NKVD formou um subconjunto (ajustado para nascimentos e mortes) dos 90.662 judeus anistiados em Agosto de 1941 no documento Beria-Stalin. Os outros 26.009 judeus anistiados podem ter sido, citados em outro transporte nos dados de Gurjanov (em deportações que os refugiados não eram alvo), ou podem ter sido detidos no interior soviético, ou podem ter sido sobreviventes de um grupo de prisioneiros de guerra(POW) pela URSS Em 1939.

Quando postamos alguns desses fatos no Fórum RODOH, alguns "revisionistas" levantaram quatro objeções que vamos refutar a seguir. Em primeiro lugar, eles afirmam que a mortalidade entre os deportados fora tão elevadas que 50% das mortes deve ser adicionado aos dados da NKVD. Em segundo lugar, eles insistem que os dados soviéticos são enganosos e não devem ser confiáveis. Em terceiro lugar, alegam que os nossos valores são inferiores aos das fontes do Governo polonês no exílio. Em quarto lugar, eles observam que o número de judeus poloneses repatriados da URSS após a guerra era superior ao nosso número de deportados.

As alegações relativas às mortes ignoram o fato de que os refugiados foram deportados no Verão de 1940, de modo que mortes por frio seriam muito menores do que para os poloneses que foram deportados em Fevereiro. Além disso, os dados sobre as mortes nos Gulag, o que Roberto Muehlenkamp postou aqui, mostram que a taxa global das mortes foram muito inferiores ao que os “revisionistas” assumem. O total de mortes de todos os que foram detidos nos Gulag era de 46.665 em 1940, de uma população total nos Gulag de 1.344.408, tornando a taxa de mortalidade em 3,47% (Fonte: Richard Overy, The Dictators, 2004, Tables 14.2 & 14.3). Além disso, como já demonstrado acima, o número de judeus poloneses anistiados e “passaportizados” no início de 1943 (81.217) foi apenas 5,76% menor do que o número de judeus anistiados em Agosto de 1941, deduzido o número de judeus poloneses que foram para o Irã no Exército de Anders (ou seja, 90.662 menos 4.226).

A alegação de que as fontes do NKVD fontes são suspeitas ignoram o fato de que Beria e outros funcionários eram do NKVD e enviaram por escrito para seus superiores hierárquicos, não era uma consulta pública, e que a punição para mentir para um superior no estado de terror de Stalin era a morte.

A terceira objeção “revisionista” cita a alegação de Sanning(p.42) de que "O Governo polonês no exílio, também declarou que os soviéticos deportaram 600.000 refugiados judeus da Polônia ocidental na Primavera de 1940”. No entanto, Sanning não tem nenhuma nota para esta frase, assim não nos permite checar a sua fonte. Mais importante ainda, a alegação de Sanning é contrariada pelo Governo polonês no exílio de que as origens das estatísticas podem ser detectadas com precisão. Em sua contribuição para a edição dos ensaios Polonsky e Davies, "Jews in Eastern Poland and the U.S.S.R., 1939-46", publicado em 1991, David Engel (p.177) cita uma comunicação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Raczynski do Governo polaco no exílio, ao representante da Zygielbojm Bund, de 17 Março 1943, afirmando que havia 260.000 cidadãos poloneses na URSS, "metade dos quais são judeus". O número de 260.000 poloneses é muito semelhante ao que já fora referido na nota da NKGB, de V. Merkulov, datada de 1 de Maio de 1944, que declarou que 257.660 dos 389.041 poloneses anistiados ainda estavam na URSS, em Janeiro de 1943. Raczynski, portanto, é claramente uma fonte muito mais válida do que a fonte não identificada de Sanning.

Quanto ao porquê de Raczynski ter dado um número maior de judeus que os dados da NKVD, a explicação mais provável é fornecida pelo contexto, a saber, que foi o alerta de Raczynski a Bund que ajudou os refugiados judeus do perigo que Bund corria estando ao criticar as ações de Stalin. Portanto, é provavelmente exagerada a proporção de judeus de Raczynski na população refugiada, a fim de tornar o seu ponto mais persuasivo.

Esta hipótese pode ser suportada por referência à segunda fonte do Governo polonês no exílio. Em outra contribuição para a coleção de Polonsky e Davies, Keith Sword (p.155) discute um documento que ele encontrou nos arquivos do Museu do Instituto Polonês General Sikorski (PIGSM), localizado em Londres. O documento que foi compilado por Raczynski do Ministério dos Negócios Estrangeiros é intitulado “Socorro dispensado aos cidadãos poloneses pela Embaixada polonesa na URSS (com especial referência para os cidadãos judeus de nacionalidade polonesa) “(PIGSM Arquivo A/11.49 (Semeando) ,31). O relatório revelou que a embaixada coordenou a ajuda para 260.399 cidadãos poloneses, de quem a proporção de judeus era 36,15%, ou 39,4% (o relatório deu duas diferentes análises). O relatório, por conseguinte, corrobora Raczynski totalmento sobre os números de poloneses, mas revela que o seu valor para os judeus era efetivamente superior àquela relatada ao seu próprio Ministério.

Além disso, é revelado ainda uma outra omissão da parte de Sanning: um documento de um arquivo de Londres, escrito em inglês, da época da guerra de uma fonte da Embaixada polonesa na URSS, Sanning teria abusado do seu equívoco sobre o auxílio que as agências de refugiados foram prestar aos 600.000 judeus poloneses na Ásia Central.

No que diz respeito ao repatriamento, 157.420 judeus foram "repatriados" e registrados pelo "Central Committee of Polish Jewry"(Comitê Central dos Judeus Poloneses) como tendo retornado à Polónia até o final de Junho de 1946. Este número foi citado por Sanning e confirmado por Yosef Litvak na sua contribuição (Capítulo 13, pp. 227-239), para a coleção de ensaios editada por Polonsky e Davies, já citado acima. Litvak (p.235), também afirma que mais de 70.000 judeus poloneses foram repatriados até o final da década (elevando o total para 230.700), e mais de 30.000 retornaram pelo acordo de repatriação de 1957. No entanto Sanning(p.45) pressupõe falsamente que todos os judeus foram repatriados, em refugiados do oeste da Polônia que tinham deixado a linha de demarcação em 1939:
Das muitas centenas de milhares que fugiram para a União Soviética em 1939 apenas 157.420 tomaram vantagem desta opção e regressaram à Polônia. Em outras palavras, a fonte primária que liberou estes números - o "Central Committee of Polish Jewry", uma organização comunista - quer fazer-nos acreditar que só 83.059 judeus da Polônia ocidental sob administração alemã (240.489 menos 157.420) sobreviveram à Segunda Guerra Mundial.

Esta alegação de Sanning é outro exemplo de sua má qualidade de investigação, uma vez que ignora o fato de que o acordo de repatriamento polonês-soviético, assinado em 6 de Julho de 1945, permitiu qualquer pessoa que tivesse sido um cidadão polonês em 17 de Setembro de 1939 retornar. Repatriados, portanto, poderia incluir não só ocidentais, mas nenhum refugiado polonês do leste da Polônia, teve cidadania soviética entre 1939-41.

Repatriados, assim incluídos os judeus que não foram deportados. Quem cruzou a linha de demarcação polonesa-soviética entre 1939-1941 mas não foi deportado poderia ser um repatriado; e quem fugiu para o Leste, quando os nazistas cruzaram a linha de demarcação em Junho 1941 poderia ser um repatriado, desde que fosse cidadão polonês em 17 de Setembro de 1939.

Além disso, o total de 157.420 que havia retornado até Junho de 1946, não consiste apenas de repatriados a partir do acordo de 6 de Julho de 1945, mas também incluiu muitos dos repatriados que foram repatriados sob os acordos de Setembro de 1944 entre a Polônia e os distritos do Oeste da URSS, o que resultou (entre 7 de Setembro de 1944 e 1 de Janeiro de 1947) em 784.000 poloneses repatriados da Ucrânia, 272.000 da Bielorrússia e 170.800 da Lituânia (Fonte: Piotrowski (2000), "Genocide and Rescue in Wolyn", p. 248). A pesquisa de Czerniakiewicz (Repatriacja ludnosci polskiej z ZSRR, 1944-1948, Warsaw, 1987, p.154) alega que destes 54.594 eram judeus.

Consequentemente, nem todos os repatriados tinham sido do interior soviética, em Setembro de 1944. Esta é mais uma prova de que repatriados não incluíam apenas deportados, mas também migrantes que tinham fugido dos nazistas por sua própria iniciativa, e judeus poloneses nos territórios anexados do antigo Leste da Polônia, que tinham sido incapazes de fugir dos nazistas em 1941, mas sobreviveram à ocupação nazista.

Os números de repatriamento são ainda mais complicados por três outros fatores. Em primeiro lugar, Litvak (p.231) revela que os poloneses, que se casaram com cidadãos soviéticos durante a guerra foram autorizados a levar os seus cônjuges, bem como os cônjuges, filhos de casamentos anteriores, de volta para a Polônia. Ele afirma que muitas viúvas de guerra soviéticas tinham se casado com poloneses. Em segundo lugar, Litvak (p.235) aconselha-nos que o "Central Committee of Polish Jewry" relatou que o número de repatriados foi registrado entre 10-15 por cento mais elevado do que os atuais, porque algumas pessoas foram registradas mais de uma vez. Em terceiro lugar, a separação dos repatriados por sexo, Litvak(p.235) mostra também que a proporção de homens para mulheres foi maior do que no censo de 1931, o que sugere que um número significativo de trabalhadores voluntários foram repatriados em vez de refugiados.

Os dados de repatriamento não são, portanto, quando devidamente analisados, provas que refutam o que temos apresentado de fontes soviéticas e polonesas, na nossa opinião estas provam, para além da dúvida razoável, é de que menos de 100.000 judeus poloneses foram deportados para o interior da URSS em 1940-41.

O Mundo Maluco de Walter Sanning - Parte 5

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/10/crazy-world-of-walter-sanning-part-5.html

Andrzej Gawryszewski muito gentilmente me enviou uma lista de dados de transporte referentes às deportações para o interior da União Soviética conforme mostrado abaixo dos dados de transporte para deportações para o interior da União Soviética nas áreas do antigo Leste da Polônia entre Fevereiro de 1940 e Junho de 1941.

Isso ajuda a desmantelar a incansavelmente reivindicação, feita por Walter Sanning, de que 2.000.000 de poloneses foram deportados, dos quais 750.000 eram judeus. Gurjanov estima um total de 315.000 deportados, com uma margem de erro entre 10.000 e 15.000. A deportação alcançada de refugiados judeus que teve lugar entre Junho-Julho de 1940; a ação de transporte totalizou-se em 75.267 deportados, nem todos eles eram judeus. Na próxima postagem(do blog), vamos mostrar como esses registros podem ser sintetizados com outras documentações soviéticas e polonesas para refutar Sanning.

A planilha completa pode ser consultada on-line aqui. Os pormenores das partidas são indicados a seguir:

Fonte: Aleksander Gurjanov, Cztery deportacje 1940-1941 [Four deportations 1940-1941]. Karta, 12, 1994, Warszawa, p. 130-136.

Formato: Data, Estação da Partida, Número de Deportados)

Nota do tradutor: Não vou reproduzir aqui os dados, é só verificar no link da planilha on-line.

O Mundo Maluco de Walter Sanning - Parte 4


Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/09/crazy-world-of-walter-sanning-part-4.html

Na parte 3 desta série, nós destacamos a falsa datação de dados demográficos nazistas por Sanning. Nesta quarta parte analisaremos duas outras formas de distorção. Em primeiro lugar, temos de destacar a deturpação de Sanning dos testemunhos no julgamento de Eichmann. Em segundo lugar, examinar a utilização abusiva das fontes da Jewish Encyclopedia.

Sanning (p.41) discute o testemunho dado por Zvi Pachter no julgamento de Eichmann, e cita a descrição de Pachter dos judeus em marcha forçada "quatro pares em longas colunas" em toda a linha de demarcação nazista-soviética. No entanto, Sanning não menciona essas partes do testemunho:

Pergunta: Dos dois mil, que começaram a marcha, quantos chegaram à fronteira?
Resposta: Poucos, muito poucos, talvez cem pessoas.

[…]
[A] Eu não quero entrar nos pormenores da tragédia, para que eles não sejam relevantes para este julgamento - mas eles nos enviaram de volta pra lá.


Pergunta: O que você quis dizer com "lá" - para a área do Governo Geral na Alemanha?
Resposta: Sim, para esta ponte, era a ponte entre Sokal, a vila que pertencia à União Soviética, e um subúrbio que pertencia ao Governo Geral alemão. Assim nós retornamos para a Alemanha - sim, para a Alemanha.

Contrariamente à alegação de Sanning, portanto, a testemunha foi dando provas de uma grande mortalidade durante as marchas forçadas que os alemães empregaram aos judeus, e ele testemunhou que os soviéticos tiveram uma política de forçar os judeus a voltarem, por toda a linha. É impossível que 750.000 judeus poderiam ter atravessado a linha da maneira descrita pela testemunha. Além disso, Sanning leva em “conta” citações de Rassinier de 1963 do julgamento, de modo que a distorção nem sequer é original. Sanning simplesmente reciclou uma falsidade de um guru da negação “das antigas” (por conta do tradutor).

Uma nova técnica utilizada por Sanning que equivale a fraude é o uso de registros de antigas enciclopédias, mesmo quando eles já foram substituídos nas mais recentes enciclopédias. Em outras palavras, não só Sanning vergonhosamente utiliza uma fonte secundária escassa para distorcer uma fonte primária, [também] ele escolhe aquela que foi posteriormente corrigida. Por exemplo, Sanning (p.40) cita um registro à cidade de Tomaszow Lubelski a partir do Fascículo 15 da Enciclopédia Judaica, publicado em 1972, que alegou que "75% da cidade, 6.000 judeus saíram juntamente com o Exército Vermelho quando estes se retiraram à recém-criada linha de demarcação mais ao leste", em 1939. Contudo, em uma entrada mais recente em Pinkas Hakehillot Polin, escrito em 1976, afirma-se que apenas 2.000 judeus se retiraram enquanto permaneceram 3.500.

Além disso, Sanning tem uma clara motivação para esta mudança da população desta cidade para o território soviético: a maioria dos judeus que ficaram foram gaseados em Belzec.

O Mundo Maluco de Walter Sanning - Parte 3


Na parte 2 desta série, analisamos a distorção de Sanning a uma fonte judaica na época da guerra. Nesta terceira parte, iremos examinar seu falso namoro com os dados demográficos nazistas. Sanning constrói uma fraude deliberada no Quadro 6 (p.75-78), em que pretende mostrar a população das grandes cidades da União Soviética (incluindo a parte Leste da Polônia) imediatamente anterior à invasão nazista, em Junho de 1941. Na nota de rodapé de Sanning (p.78) revela que a maioria destes dados são tomados a partir de um documento nazista escrito em janeiro 1943:

j. Zentralblatt des Reichskommissars für die Ukraine, Rowno, 2. Jahrgang, No. 2, 9. January 1943, S. 8-20.

Na página 85, Sanning usa esse mesmo documento para notar que a "população local da Ucrânia de 16,91 milhões vivia sob administração alemã(RK), a partir de 1º de janeiro de 1943." Devemos saber que, os números na Tabela 6 de Sanning devem se aplicar à esta data, e não à data em que os nazistas invadiram a União Soviética, ele ainda vai alegar sobre as reduções na população da Ucrânia entre 1939 e 1º de janeiro de 1943 que foram inteiramente devido à ação Soviética, apesar do fato de que os nazistas estivessem na Ucrânia houvesse dezoito meses, nesse ponto:
… a população do pré-guerra da Ucrânia tinha mais de 22.5 milhões; no entanto, os alemães encontraram algo inferior a 17 milhões. Um quarto da população tinha desaparecido.

Sanning tem, portanto, convertido deliberadamente os judeus assassinados pelos Nazis entre Junho de 1941 e Janeiro de 1943 em deportados para a União Soviética confluindo as duas datas e fingindo que os dados da população se referem a de Junho de 1941 a Janeiro de 1943.

As distorções de Sanning relativas à União Soviética são sistemáticas. Por exemplo, Zimmerman demonstrou como Sanning repetidamente distorce fontes relacionadas com a política de evacuação soviética para dar a impressão de que a maioria dos judeus foram enganosamente evacuados, quando na verdade essas fontes indicam explicitamente que a maioria dos judeus "não deveriam ou não poderiam sair." A data da fonte nazista de Sanning também é reveladora, pois coincide com a do Korherr Report, que incidiu sobre o mesmo horizonte temporal como a fonte de Sanning(1942), mas este admitiu abertamente que as reduções na população foram causadas pela política nazista. Por exemplo, ao pé da página 2 do seu "curto" relatório (que foi especificamente criado em atenção de Hitler), o útil Korherr resumiu os resultados dos assassinatos nazistas. Roberto [Muhlemkamp] traduziu esta tabela da seguinte forma:
Região; Data de tomada do poder; Número de judeus antes da tomada do poder; Número de judeus em 31.12.1942

Antigo Reich e Sudetos; 30.1.1933 e 29.9.1938; 561.000 e 30.000; 51327

Ostmark [Áustria pós anexação, nt tradutor]; 13.3.1938; 220000; 8102

Boêmia e Morávia; 16.3.1939; 118.000; 15.550

Territórios do Lestes (com Bialystok); Setembro 1939 (Junho de 1940); 790000; 233210

Governo Geral (com Lemberg); Setembro 1939 (Junho de 1940); 2.000.000; 297.914.

Soma Total: -; 3.719.000; 606.103


O fracasso de Sanning ao discutir esse relatório revela seu desconforto com o seu conteúdo. Por exemplo, os números fraudulentos de Sanning são claramente expostos pelas datas de transporte para a os campos da Operação Reinhard que podem ser encontrados no Korherr Report, e também no telegrama de Hoefle e no livro de Arad "Belzec, Sobibor, Treblinka". Todos estes dizem a mesma história. Sanning tinha afirmado que apenas 857.000 judeus ficaram na parte ocidental da Polônia, o restante fugiu depois pela linha de demarcação, ainda que os números de Korherr mostram que um maior número de judeus foram transferidos para os campos da Reinhard e Chelmno:

Número de enviados para os campos no Governo Geral [da Polônia]...1.274.166 [e] através para o campo Warthegau [Chelmno]… 145.301

O Telegrama de Hoefle repetiu o total de 1.274.166, consistindo 24.733 em Majdanek, 434.508 em Belzec, 101.370 em Sobibor e 713.555 em Treblinka.

Nas estimativas de Arad foram transportados 1,7 milhões. Além disso, a separação dos transportes no livro de Arad a partir de locais específicos refuta a alegação de Sanning de que a redução da população ocorreu antes da invasão nazista. Por exemplo, Sanning (p.42) afirma que 50.000 refugiados judeus tinham sido deportados de Lvov pelos soviéticos, mas Arad demonstra que mais de 70.000 judeus foram deportados de Lvov para Belzec.

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