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terça-feira, 9 de junho de 2015

Sobre Ben Abraham e o video do debate da TV Bandeirantes

A quem não acompanhou ou leu a discussão, vale a pena dar uma olhada nessa discussão abaixo (basta clicar no título do post) na caixa de comentários de um post sobre um impostor espanhol que se fazia passar por sobrevivente do Holocausto como perseguido político do franquismo. Pra quem não conhece a história da parte espanhola nesse "latifúndio", vários espanhóis republicanos (de esquerda), foram enviados/deportados pra campos de concentração pelo franquismo ou mais precisamente via França (vários fugiram pra França e foram pegos pelo regime de Vichy), (houve uma guerra civil na Espanha com pelo menos 500 mil mortos) e vários desses deportados que sobreviveram à guerra civil morreram nesses campos (cerca de 5 mil), com destaque pro campo de Mauthausen-Gusen na Áustria:
"O espanhol que se dizia sobrevivente do Holocausto, mas foi desmascarado"

A discussão saiu do contexto espanhol pra resvalar numa figura conhecida no Brasil que é a do Ben Abraham.

O João Lima (que comenta no post) comparou a figura do espanhol Enric Marco (o espanhol impostor) com a do Ben Abraham alegando que são impostores. Então tive que fazer uma ressalva comentando que não são casos parecidos.

Mas aproveito pra comentar essa questão do Ben Abraham de uma vez pois não quero retornar mais a esse assunto, porque apesar de nunca ter feito post sobre essa questão dele eu já comentei várias vezes o que penso sobre esse vídeo dele em discussões com "revisionistas" e é irritante ter que repetir tudo de novo pela enésima vez, então é melhor colocar tudo num post a ter que repetir a mesma coisa várias vezes. O fato de não se ter o registro do comentário (até porque a maior parte disso ficou no Orkut e o Orkut foi liquidado pelo Google que deve ter todo o conteúdo daquela rede arquivado) dá margem pra alguém sair alegando isso ou aquilo sem que ninguém tenha feito defesa dessas pessoas ou dito o que pensa sobre essas figuras e dos relatos.

O problema central com a figura do Ben Abraham vem de dois vídeos que mostram ele entrando em contradição (os vídeos estão editados em um só, chequem no link), embora uma das alegações de contradição não chega a ser (comento abaixo), todas as contradições foram tiradas de um debate na TV Bandeirantes (ou Band, como chamam hoje), de 1989, onde ele diz que passou cinco anos e meio em Auschwitz e noutro vídeo, de uma entrevista da TV Educativa de Porto Alegre, ele comenta que passou apenas duas semanas neste campo de extermínio, seguido do "sarcasmo" filonazi do S.E. Castan (já falecido).

A segunda contradição apontada pela edição dos vídeos é que ele fala que foram jogadas cápsulas de cianureto (cianeto, Zyklon-B) no trecho da Bandeirantes, e na TV de Porto Alegre ele fala que o gás saem de chuveiros na câmara de gás fechada, e novamente o S.E. Castan solta o "sarcasmo" dele repetindo uma bobagem sobre a Polônia.

Antes de ir pra questão dos cinco anos e meio de Auschwitz, a quem quiser saber como uma câmara de gás funcionava, sugiro lerem o texto abaixo (tradução) do The Holocaust History Project sobre as colunas Kula. De fato a descrição feita pelo Ben Abraham não está incorreta, as pastilhas ou cápsulas de Zyklon-B (cianeto) eram colocadas acima e o gás entrava na câmara como um "chuveiro" (a câmara obviamente lacrada pra ninguém fora inalar o gás), confiram o texto:
Colunas de Zyklon - coluna Kula (Câmaras de Gás)

Ou seja, a tal 'segunda contradição' não é tão contradição assim. Alguém acha que é algo complexo usar este método pra matar pessoas num local totalmente fechado com um gás altamente letal? Disso o Castan não tirou sarcasmo.

No vídeo do trecho da Band aparece mais abobrinhas ditas por um integralista, e aparece outro neofascista (neofascismo) de nome Armando Zanine (presumo que seja esse). O integralista cita o livro do Castan "Acabou o gás" (aparece a capa do livro) que nada mais é que uma cópia do Relatório Leuchter traduzida pro português:
Tag Relatório Leuchter

Só um adendo que já fiz nos comentários: os trechos do debate da Bandeirantes foram picotados, não subiram o debate inteiro quando deveriam subir por completo se o possuem gravado, pois, apesar do programa ser sensacionalista ao extremo (como quase toda programação de TV desse país), tirar conclusão de um debate só por trechos picotados é no mínimo "brincadeira".

O contexto político do país na época era de que o Brasil havia começado a redemocratização há apenas 4 anos (em 1985) e havia uma eleição altamente polarizada com Collor dum lado (representando a direita) e Lula e Brizola do outro (representando as forças de esquerda), eleição que foi a segundo turno com a disputa Collor e Lula onde o Collor foi eleito. Foi provavelmente a primeira vez que deram destaque a esse grupo negacionista no país. A Bandeirantes, a meu ver de forma irresponsável só pensando em audiência, deu margem a isso ignorando a problemática em torno desses grupos.

Mas voltando ao assunto, o Ben Abraham entra mesmo em contradição no primeiro ponto sobre o tempo em Auschwitz, não há o que negar ou "chorar" sobre isso, está gravado pra quem quiser ver. A segunda afirmação dele de que esteve por duas semanas é que é a correta pois entrar em Auschwitz em 1940 ou antes e sair vivo seria bem 'complicado', até porque o campo foi aberto em maio de 1940 e quem entrou primeiro no campo I foram prisioneiros políticos.

Como dito acima, Auschwitz foi aberto em maio de 1940 pra prisioneiros políticos, o campo de Auschwitz I. Auschwitz é dividido em 3 partes (ou campos) e mais 45 campos satélites, os principais são os 3 campos que recebem o nome de Auschwitz. O extermínio propriamente dito só começa em 1941 em Birkenau ou Auschwitz II, conhecido também como Auschwitz-Birkenau que é o campo de extermínio propriamente dito.

Auschwitz III ou Monowitz-Buna serviu como campo de trabalho escravo pra IG Farben, complexo industrial químico (maior empresa química da Europa na época, e talvez do mundo, estou citando de memória).

O que disse num dos comentários (que não é nem ideia nova já que esse assunto é bem antigo e os "revis" citam o nome do Ben Abraham como disco arranhado) é de que não dá pra entender a postura de entidades que deveriam cuidar disso com completo descaso com essas coisas, entidades como a CONIB etc. Em vez de se preocuparem com isso ficam mais preocupadas (neuróticas) com conflitos no Oriente Médio e uma ideia fixa com Israel. E essa questão da segunda guerra, pra elas, é tratada como algo secundário (na melhor das hipóteses) enquanto que fora do país há várias entidades que cuidam disso com bastante atenção.

Há tempo que percebo isso e toda vez que alguém, indevidamente, vem cobrar que a gente tome posição "X" ou "Y" sobre coisas que só dizem respeito a essas entidades, a resposta é essa: cobrem delas, falem com elas.

Estão pedindo demais dos outros e menos de quem deveria ter mais atenção (e recursos) com a coisa por envolver diretamente a questão judaica, embora a questão do genocídio não fique circunscrita à comunidade judaica (por isso que o tema é amplamente discutido, pois resvala sempre na questão do racismo e preconceito). O assunto nazismo e segunda guerra é muito abrangente, mas este cuidado em particular de testemunhas deveria receber uma atenção melhor dessas entidades ou grupos que cuidam disso.

É algo relativamente fácil de se resolver, bastaria alguém entrar em contato com ele (o quanto antes pois ele está em idade avançada) e tirar a dúvida (gravar um vídeo) sobre as afirmações. Fim de problema. Encerrava-se a "dúvida" levantada pelo negacionista já falecido Castan que aparece nos vídeos editados com o "sarcasmo" dele. E já devem ter visto os vídeos.

No frigir dos ovos ficará o dito pelo não dito com os vídeos gravados se não houver qualquer pronunciamento (e registro) da pessoa sobre esses erros.

E sim, isso é um problema, pois quando ele morrer o que valerá é o que está gravado pros mais "céticos" ("céticos" entre aspas é referente a quem tem uma cisma fora do comum com o assunto), pois mesmo que você demonstre o erro e qual a afirmação certa irão contestar. Algo simples de resolver mas não fazem nada.

Como já disse acima, eu tenho uma opinião sobre esse descaso, eu acho que a falta de ação sobre se coletar um simples relato é desleixo e desinteresse mesmo, mas os "revis" vão alegar que não gravaram nada porque ele está mentido (e que sabiam disso e ficaram com medo de rebater) e que todo o relato do Holocausto é feito por mentirosos e o bla bla bla enfadonho deles. É assim que eles acusam, e estão dando margem a isso com o desleixo.

Por essa razão e outras eu não uso relatos do Ben Abraham. Não uso e nem vou usar.

No blog só há uma matéria com o Ben Abahram na Folha de SP, com um relato, publicado há muito tempo (2008) quando não se tinha muita atenção com esses problemas. O Castan alega que o Ben Abraham é o que mais divulga o Holocausto no Brasil, eu mesmo não havia ouvido falar dele por isso (só notei que era a pessoa revendo o vídeo) que acho curiosas essas alegações "revisionistas".

Fora que eu removi quase todas as matérias da Folha de SP do blog depois daquela defesa ridícula (uma matéria cretina, patética) que este jornal fez (abriu espaço) daquela Mayara Petruso depois daquela confusão de 2010 pós-eleição. Inclusive essa matéria valeria um post.

Eu não publico uma vírgula sequer deste jornal depois deste episódio e de todos a mídia que segue a linha deste jornal, exceto se for pra criticar alguma coisa deles. Só não removi todas as matérias já postadas da Folha de SP pra não amputar o blog (teve umas matérias, poucas, que não deu pra substituir, mas não gosto disso por isso evito cortar mas abro exceções), mas no que foi possível eu troquei a matéria do jornal por tradução de alguma matéria estrangeira ou de Portugal, mas a vontade que dá é de remover até o que não deu pra cortar.

Voltando ao tema de novo, fora do Brasil o escrutínio com essas testemunhas do Holocausto é muito maior, existe um rigor, não precisa um blog ou site apontar o problema pra que grupos que cuidam disso (como o USHMM e outros) verifiquem o problema e apontem erros e não sejam rechaçados de forma leviana por fazerem isso.

Eu disse nos comentários que havia mais erros dele, e esse os "revis" nunca comentaram, pelo menos nunca vi. Citarei pela primeira vez abaixo (pelo menos no blog já que apontei isso no Orkut).

A TV Globo uma vez passou um episódio de um programa policial (que programação horrível, o bizarro é que o povo no país só fica sabendo das coisas se essa emissora passar, não existe comportamento parecido a esse em país algum do mundo) sobre a figura do Mengele. Consegui achar o vídeo: Linha Direta.

Pois bem, no vídeo o Ben Abraham é convidado a comentar e dá mais bolas fora alegando que o Mengele fugiu pros Estados Unidos e não morreu no Brasil, sem apontar prova alguma. Não lembro de mais coisa do vídeo, mas lembro nitidamente dessa. Ou seja, todas as provas colhidas que mostram que o "Anjo da Morte" de Auschwitz (Mengele) morreu no interior de São Paulo, afogado, são deixadas de lado por uma afirmação sem prova alguma de que ele fugiu que só dá pano pra manga pra negacionistas fazerem a festa. Eu não sei como os negacionistas não notaram isso já que ficam vidrados/alucinados com qualquer tema sobre nazismo e judeus.

Podem notar que a exclusão dos relatos do Ben Abraham não é por má vontade mas é que seria irresponsável, inconsequente, colocar depoimentos de uma pessoa que uma hora diz uma coisa e noutra diz outra sem qualquer crítica aos erros gravada, fora as alegações desqualificando a versão apontada pela polícia de que o Mengele havia de fato morrido no Brasil sem apontar prova alguma que demonstre que isso é falso.

Eu acho bizarro que nenhum departamento de Universidade do Brasil que cuide disse se pronuncie sobre essas questões, acho bizarro que nenhuma entidade que cuide da memória disso no país tenha cuidado ou escrutínio com esses relatos, o descaso é total, é simplesmente absurdo a forma como lidam com esse assunto, ao ponto deu dizer (ou torcer) que é melhor que nem discutam isso no país pra não sair besteira porque a maioria não lê nada ou quando lê, são aquelas besteiras rasas reproduzidas em algum site ou revista de quinta como a Veja ou outra publicação do tipo também publicando bobagem, ou a discussão rasa pautada num emocionalismo que remonta a guerra fria, cheio de tabus sobre o racismo no Brasil e esses grupos de extrema-direita.

Faz tempo que eu gostaria de pegar posts antigos ou questões antigas e comentar erros nos textos, esse foi o primeiro. E deve ter muitos outros, por exemplo, o da Ustasha que inclusive estou devendo um post no Holocaust Controversies com as correções do primeiro texto que publiquei sobre ela.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz – O fim da negação do Holocausto - Parte 1 - Introdução

Por John Zimmermann, Professor Associado da Universidade de Nevada, Las Vegas.

Em memória de Stig Hornshøj-Møller e Chuck Ferree


Talvez nenhum aspecto da negação do Holocausto seja tão disputado quanto a eliminação dos corpos em Auschwitz. Os negadores do Holocausto alegam que não era possível eliminar 1,1 milhões de corpos no campo. [1] Assim, alegam que estas pessoas não foram mortas em Auschwitz. Em certo sentido a razão do foco dos negadores sobre este tema é compreensível. Os negadores nunca foram capazes de explicar o que aconteceu com cerca de 5 a 6 milhões de judeus que desapareceram após a Segunda Guerra Mundial. A maneira mais fácil de explicar seria mostrar o que aconteceu com os desaparecidos. No entanto, poucas exceções falharam [2], negaram ficam compreensivelmente em silêncio sobre este assunto.

Negadores têm hà anos centrado os seus argumentos sobre impossibilidade de utilização de câmaras de gás em Auschwitz. O “expert” deles era Robert Faurisson, um professor francês de literatura. Ele fez uma série de argumentos nesta área no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.[3] Suas idéias sobre câmaras de gás foram incorporadas a um relatório de um consultor em pena de morte americano chamado Fred Leuchter. Como será mostrado em outro lugar, o relatório de Leuchter prova que ele sabia quase nada sobre as câmaras de gás de Auschwitz. Está repleto de inúmeros erros técnicos [4]. Ele preferiu se basear em Faurisson, em todas as suas afirmações. Segundo Leuchter, ele se encontrou com Faurisson antes de sua visita a Auschwitz, de quem recebeu informações para suas examinações.[5] De fato, Faurisson escreveu o prefácio do Leuchter Report.[6]

Os negadores tentaram capitalizar em cima dos erros e da ignorância de Leuchter sobre Auschwitz. Eles puderam fazer isto porque muitas pessoas não têm os conhecimentos técnicos para contestar a credibilidade de Leuchter. No entanto, em 1994, o Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia na Polônia, realizou um exame global nas estruturas identificadas por várias testemunhas oculares como sendo as câmaras de gás homicidas. O instituto encontrou vestígios de ácido cianídrico nas seis estruturas testadas. Estavam no que tinha restado dos cinco crematórios e do bloco de execução. Mais perturbador para os negadores foi que o Instituto encontrou uma maior concentração do gás venenoso nas amostras que foram testadas no Crematório II. Seis das sete amostras testados deram positivo.[7] Em contrapartida, Leuchter afirmou que não encontrou nada de ácido hidrociânico nesta estrutura.[8] Isto provou que Leuchter foi completamente incompetente, na melhor das hipóteses, ou na pior das hipóteses, desonesto. As conclusões do Instituto também substanciaram uma observação anterior do crítico dos negadores, Jean-Claude Pressac, que tinha visto uma fita de Leuchter recolhendo as amostras, Leuchter tinha evitado propositalmente as áreas do Crematório II porque elas dariam positivo.[9] Pode ser relevante aqui que o Instituto teve a capacidade de recolher as amostras nos locais suscetíveis para o recolhimento, mesmo que Leuchter tivesse sido honesto, ele não poderia fazer, pois a sua coleta foi ilegal, porque ele não tinha permissão para coletar amostras.

O total descrédito do Relatório Leuchter causou a muitos a negadores a centralização nos argumentos da eliminação dos corpos. O guru dos argumentos da eliminação dos corpos é o negador italiano Carlo Mattogno. Seus argumentos sobre a eliminação dos corpos foram estabelecidos em uma monografia de 1994, onde suas idéias avançaram para as câmaras de gás e os crematórios de Auschwitz.[10] Ele expandiu suas idéias como co-autor de um artigo em um website de negadores.[11] Parece que este artigo foi concebido para ser o argumento definitivo dos negadores sobre o assunto. Seus argumentos das câmaras de gás, juntamente com os de outros negadores, são analisados em outro local.[12] O objetivo do presente estudo é analisar a eliminação dos corpos. Esta é a primeira análise abrangente dos argumentos dos negadores sobre este assunto. O presente estudo vai servir de base a um capítulo muito maior que analisa todos os argumentos dos negadores.[13] Mattogno tem uma vantagem sobre os outros negadores, suas fontes, muitas vezes são difíceis de verificar. Ele tem usado fontes pouco conhecidas e material de arquivo. As fontes mais importantes foram localizadas e analisadas no presente estudo. Como será visto, os escritos de Mattogno são mais sofisticados do que a maioria dos negadores, ele basicamente reverte as técnicas comuns dos negadores, a omissão e a deturpação.

Comentário: Todas as notas deste artigo (incluindo as outras partes que serão postadas) serão postadas em um post separado, depois iremos editar os links para o respectivo post.

Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

Continuação - Partes: (1);(2);(3);(4);(5);(6);(7);(8);(9);(10);(11);(12);(13)

Relatório Leuchter – Visão Geral



"Sua opinião sobre este relatório é que nunca aconteceu qualquer gaseamento e nunca houve qualquer tentativa de extermínio exercida nestas instalações. No que me diz respeito, pelo que eu ouvi, ele não é capaz de dar esta opinião... Ele não está em posição de dizer, como ele disse assim arrasadoramente neste relatório, o que não poderia ter sido feito em tais instalações. " Assim o juiz julgou o relatório de Fred Leuchter como “ridículo” e “absurdo”, durante o julgamento do canadense Ernst Zündel. De modo a impedir que houvesse qualquer equívoco por parte do tribunal: “Quanto à questão da funcionalidade dos crematórios...a decisão do juiz foi inequívoca, ele não pode testemunhar sobre este tema por uma simples razão: Ele não tem expertise.” (Lipstadt, 166)

Fred Leuchter é um homem sem treinamento formal em química ou toxicologia (ele obteve bacharelado em História em 1964), e ainda alegava ser engenheiro – uma afirmação que o fez pousar em água quente no seu Estado. Em 1988 a pedido do canadense Ernst Zündel, Fred Leuchter foi para a Polônia e visitou o campo de concentração de Auschwitz; (Ernst Zündel financiou a viagem de Fred Leuchter.) O resultado desta viagem foi o “Relatório Leuchter”. Veja o que o Sr.Leuchter disse da sua “investigação”:

O objetivo [do inquérito e o subseqüente relatório], não inclui a determinação de quaisquer números de pessoas que morreram ou foram mortos por outros meios que não o gás ou de saber se um verdadeiro Holocausto ocorreu. E, além disso, não é intenção deste autor redefinir o Holocausto em termos históricos, mas simplesmente fornecer provas científicas e informações obtidas no site atual, para tornar um parecer com todas as bases científicas, de engenharia e de dados quantitativos sobre a finalidade e os usos das alegadas câmaras de gás de execução e as instalações dos crematórios nos locais investigados.

Você irá ver, iremos demonstrar usar o próprio testemunho juramentado de Leuchter, que o Sr.Leuchter, falhou em demonstrar qualquer preocupação com a verdade, mesmo sob juramento.

Enquanto testemunhava no julgamento de Ernst Zündel no Canadá, Leuchter deu provas falsas de sua relação profissional com a administração de duas prisões americanas, referente a câmaras de gás, e provou que não era familiarizado com a maioria dos fatos básicos sobre o gás letal Cianeto de Hidrogênio, incluindo sua inflamabilidade e as concentrações exigidas para fins de desinfestação.

O “Relatório Leuchter” pretende “demonstrar cientificamente” que as pessoas não foram mortas por Zyklon-B em Auschwitz. Ele é composto de antigas reivindicações do francês negador do Holocausto Robert Faurisson, bem como algumas novas. Muitas destas reivindicações aparecem no panfleto do IHR “66 perguntas e respostas sobre o Holocausto”, e também tem outros argumentos oferecidos por outras pessoas que negam o Holocausto.

Zyklon-B é um poderoso inseticida. Ele libera HCN, ácido cianídrico, um gás que o Zyklon-B carrega, o material é encharcado com o gás; geralmente vem em forma de bolinhas ou discos. HCN causa a morte. Quando interagem com o ferro e o concreto, ele cria compostos (compostos hidrociânicos). Leuchter admite que estes compostos foram encontrados nas ruínas das câmaras de gás de Auschwitz(como reafirmado nas pesquisas de um instituto do Governo Polonês, que rejeitou completamente as conclusões de Leuchter – Ver Seção 2.01)


HCN é extremamente venenoso para seres humanos. É usado em câmaras de gás de execução nos EUA, foi utilizado pela primeira vez no Arizona em 1920. Além disso os alemães tinha vasta experiência com HCN, ele foi amplamente utilizado para desinfecção.(Para uma discussão maior sobre Zyklon-B, ver pu/camps/auschwitz/auschwitz.faq1)


Existiam dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: as que eram utilizadas para desinfecção de roupas (“câmaras de gás para desinfecção”) e as que eram utilizadas para matar pessoas em grande escala (“câmaras de gás de extermínio”). As câmaras de desinfecção tinham uma característica padrão, e foram deixadas intactas pelas SS (contrariamente às câmaras de extermínio, que foram dinamitadas em um esforço para esconder atividades criminosas devido à rápida aproximação do Exército Vermelho). Os negadores tentam confundir esta questão, misturando os dois tipos de câmaras. Por exemplo, eles mostram as portas das câmaras de desinfecção, e explicam que elas são demasiadas fracas para suportar a pressão das pessoas tentando escapar. Naturalmente as portas das câmaras de extermínio eram completamente diferentes, mas é fato é ignorado silenciosamente. (ver 2.06)
Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Relatório Leuchter: "Era impossível matar 6 milhões de pessoas em Auschwitz!"

A julgar pelo volume e área das câmaras de gás, bem como o numero de Kremas, ra impossível matar 6 milhões de pessoas no intervalo de tempo que os campos de concentração existiram.

Ninguém alega que 6 milhões de pessoas morreram em Auschwitz. Muitos morreram em outros campos da morte, nos guetos, e nos territórios soviéticos ocupados. As estimativas do número de pessoas que morreram em Auschwitz variam, da menor, 900.000 até a maior 1.600.000. É óbvio que as instalações de extermínio e cremação de Auschwitz poderiam cuidar de tal número.

Basta olhar para as fotografias dos fornos do Krema II (Pressac, 367, ver fotografia). Existiram 5 Kremas em Auschwitz. O número II, por exemplo, tinha 15 fornos enormes, especialmente projetados para queimar de forma eficiente e rápida. Cada um poderia consumir de 3-4 corpos de uma só vez (lembre-se que tinham muitas crianças e muitas pessoas bastante desnutridas) e fazia no máximo em 45 minutos. A SS experimentou diferentes tipos de combinação de cadáveres e coque para saber qual seria o melhor resultado custo-eficiência. (Müller, 60-61; Klarsfeld, 99-100; ver excertos).

Os cáculos de Leuchter apresentam como o número máximo de pessoas que poderiam ser executados em uma semana - 1693 - é um absurdo, como é demonstrado pelo seguinte cálculo para um único Krema, o número II:

Uma câmara de gás, cerca de 210m2 de área (2.220 pés quadrados), facilmente acomodava algumas centenas de pessoas, que estava abarrotada. (Ver seção 2.16).

Quinze fornos, cada um com a capacidade de incineração de pelo menos 3 corpos em 45 minutos, poderiam dispor de pelo menos 720 corpos em 12 horas de um dia.

Em um único ano, somente o Krema II poderia incinerar mais de um quarto de milhão de corpos. Adicionando estas capacidades para os Kremas III, IV, V, que você pode ver na figura. Adicionando que os corpos poderiam ser cremados em covas coletivas. Duas terríveis fotografias destas “covas de cremação”, foram tiradas em segredo em Auschwitz-Birkenau, e sobreviveram. Elas são de qualidade razoável, e mostram os homens em pé entre pilhas de corpos nus, com a fumaça à frente deles. Alguns corpos estão sendo arrastados para a cova. As fotografias estão disponíveis em Pressac (422) e estão disponíveis em arquivos de imagens.

Como uma referência, pode-se ver uma carta datada de 20 de junho de 1943, enviada ao General Kammler em Berlim, citando o número de corpos que podem ser eliminados em 24 horas de trabalho como 4.756. Uma fotografia da carta e o número de série dos arquivos alemães podem ser encontrados em Pressac (247). (Esta é inferior a 5 x 1.440 = 7.200, porque alguns dos Kremas tinham menos fornos como o II e III. A subdivisão exata está na carta de Jahrling para Kammler, é de 340 para o Krema I, 768 para o IV e V, e 1.440 para o II e III. Esta carta está disponível em formato de imagem.

É ingenuidade, na melhor das hipóteses, e desdenhosamente desonesto a alegação que tal número de crematórios estavam previstos para outra coisa senão a eliminação de corpos criados pelo extermínio em massa de vítimas indefesas.

Leuchter assume que as pessoas pudessem ocupar as câmaras de gás na densidade máxima de 1 pessoa por 9 pés quadrados (!) e que levaria uma semana (!) para ventilar as câmaras de gás antes de poderem ser utilizadas para outra execução em massa. Estas hipóteses são absurdas.

Por último, existiam duas outras instalações de gaseamento em Auschwitz, chamadas de “Bunker I” e “Bunker II”. Estas também foram demolidas pelos SS em fuga.

Fonte: The Nizkor Project - http://www.nizkor.org/faqs/leuchter/leuchter-faq-08.html

Tradução: Leo Gott

A “expertise” de Fred Leuchter



Por Leo Gott

Alguns “revisionistas” tentam passar a imagem de que o “expert” em “métodos de execução” Fred Leuchter era engenheiro, coisa que até o próprio Fred Leuchter admitiu que não era. Mesmo assim eles insistem em dizer que Fred Leuchter é “expert” em “câmaras de gás” através de “experiências empíricas”, será que é “expert” mesmo?

Segundo o “revisionista” Mark Weber, diretor do IHR, Leuchter é “expert” em qualquer método de execução, além de projetar uma nova câmara de gás para o estado de Missouri e uma máquina de injeção letal para New Jersey(grifos meus):

During the past 14 years, Leuchter has been a consultant to several state governments on equipment used to execute convicted criminals, including hardware for execution by lethal injection, electrocution, gassing and hanging. In the course of this work, he designed a new gas chamber for the state of Missouri, and he designed and constructed the first lethal injection machine for New Jersey. Leuchter has also been a consultant on execution procedures. He has held a research medical license from both state and federal governments, and has supplied the necessary drugs for use in execution support programs.

Minha tradução:

Durante os últimos 14 anos, Leuchter foi consultor de vários governos estaduais sobre o equipamento utilizado para executar criminosos condenados, incluindo hardware para a execução por injeção letal, eletrocussão, gaseamento e enforcamento. No decorrer de seu trabalho, ele projetou uma nova câmara de gás para o estado do Missouri, e ele projetou e construiu a primeira máquina de injeção letal para New Jersey. Leuchter também foi consultor para a execução dos procedimentos. Ele realizou uma pesquisa de licenças médicas para os governos federal e estadual, e têm fornecido medicamentos necessários para uso nos programas de execução.

Neste mesmo artigo Mark Weber vai além para falar sobre a “expertise” de Fred Leuchter, chegando a afirmar que a sua “expertise” “foi abundantemente confirmada” (grifos meus):

Leuchter's expertise as the nation's foremost specialist of execution hardware, including gas chambers, has been abundantly confirmed. William Armontrout, warden of the Missouri State Penitentiary, testified on this matter during the 1988 "Holocaust Trial" of Ernst Zündel. As warden, Armontrout supervised the state's execution gas chamber.

Minha tradução:

A expertise de Leuchter como o principal especialista da nação em equipamentos de execução, incluindo câmaras de gás, foi abundantemente confirmada. William Armontrout, Warden [Warden é o Chefe Administrativo de uma Penitenciária] da Penitenciária Estadual do Missouri, testemunhou sobre o assunto durante o "Holocausto Trial" em 1988, de Ernst Zündel.Como Warden, Armontrout supervisiona as execuções por câmaras de gás no Estado.

A última execução em câmaras de gás no estado do Missouri ocorreu em 26 de janeiro de 1965 (Fred Leuchter, então com 22 anos estava cursando a faculdade de História, é "revisionistas", por incrível que pareça, Fred Leuchter é formado em História, e não em engenharia), conforme página oficial da pena de morte do Estado do Missouri:

The last execution in Missouri by means of lethal gas was that of Lloyd Leo Anderson on 26 January 1965 for the murder of a 15 year old delivery boy during a robbery in a St. Louis drugstore.


Minha tradução:


A última execução no Missouri por meio de gás letal foi a de Lloyd Leo Anderson em 26 de janeiro de 1965 pelo assassinato de um entregador de 15 anos de idade, durante um assalto à Farmácia St.Louis.


Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 como é que Fred Leuchter prestou consultoria à Penitenciária de Missouri?

Teria sido na nova câmara de gás como nos diz Mark Weber?

Em 2 de junho de 1988 o governador do Missouri John Ascroft assinou a lei que instituía somente o uso de injeção letal para execuções no estado de Missouri, abolindo de vez o uso de câmaras de gás (grifos meus):

The 84th General Assembly of the Missouri legislature approved a change in the statute allowing capital punishment to be administered either by means of lethal gas or lethal injection at the discretion of the Director of the Department of Corrections. Since then lethal injection has been selected as the method of carrying out the death penalty sentence in Missouri. The bill was signed into law by Governor John Ashcroft on June 2, 1988 and became effective August 13, 1988.

Minha Tradução:

A 84a Assembléia Geral do Missouri aprovou a mudança no estatuto permitindo que a pena capital fosse administrada por meio de gás letal ou injeção letal [ficando] à critério do Diretor do Diretor do Departamento de Correção. Desde então a injeção letal foi selecionada como o método de execução da sentença de pena de morte no Missouri. O projeto de lei foi assindo pelo Governador John Ashcroft em 2 de junho de 1988 e tornou-se efetivo em 13 de agosto de 1988.

Se a última execução por gás no Missouri ocorreu em 1965 e à partir de 1988 ela foi abolida para que o Estado do Missouri precisaria de uma nova câmara de gás?


Por incrível que pareça o argumento mais sólido sobre a “expertise’ de Leuchter, veio de Robert Jan Van Pelt (que os “revisionistas” odeiam) no documentário Mr.Death, The rise and fall of Fred Leuchter Jr. de Errol Morris onde ele diz que “A única experiência de Leuchter com câmaras de gás foi uma pequena alteração de projeto na câmara de gás da Penitenciária de Jacksonville no Missouri.” E desde quando uma “alteração” de qualquer importância credencia uma pessoa como “expert”?

Se mesmo assim os “revisionistas” não estão satisfeitos com relação ao Missouri, faço aqui uma pergunta que poderia comprovar a “expertise” de Leuchter:

Porque Fred Leuchter NÃO apresentou UM ÚNICO contrato de prestação de serviços/consultoria/projeto/outros referentes à câmara de gás de sua empresa com o Estado do Missouri?

No Julgamento de Zundel, o advogado do mesmo convocou Leuchter como testemunha de defesa de Zundel, segue abaixo mais duas tentativas desesperadas de Fred Leuchter de provar sua “expertise”. [Q/P=Pergunta do advogado de Zundel e A/R=Resposta de Fred Leuchter] (grifos meus):

Q: And what is your relationship with the operation of those facilities [i.e. gas chambers] in those two States [California and North Carolina]?
A: We consulted with both States, California primarily on a heart monitoring system to replace the older type mechanical diagraph stethoscope that's presently in use. We will be shipping to them shortly and installing a new heart monitor for both chairs in their gas chamber.
Q: You are consulted by the State, I understand?
A: Yes, Juan Vasquez.
Q: I see. And in North Carolina?
A: North Carolina. My discussions and work was with one Nathan Reise, and he had some work done by their maintenance personnel on their gas chamber two years ago, and they had a problem with the gasket on a door leaking. At which point, we discussed it with him and recommended remedial procedures to change the gas chamber.
Q: And he consults you in regard to those matters?
A: He does.

Minha tradução:

P: E qual é a sua relação com a operação destas instalações [câmaras de gás] nestes dois estados [Califórnia e Carolina do Norte]?
R: Nós fomos consultados por ambos Estados, principalmente a Califórnia, no sistema de monitoramento cardíaco e na substituição de um antigo estetoscópio do tipo mecânico, que atualmente está em uso. Em breve estaremos enviando e instalando um novo monitor cardíaco para as cadeiras da câmara de gás.
P: Você foi consultado pelo Estado, eu entendo?
R: Sim, Juan Vasquez.
P: Entendo. E na Carolina do Norte?
R: Carolina do Norte. Minhas discussões e trabalho foram com Nathan Reise, e ele tinha feito algum trabalho com o pessoal de manutenção sobre a câmara de gás dois anos atrás, e eles tinham um problema de vedação e vazamento na porta. Neste ponto, nós discutimos com ele e recomendamos mudança nos procedimentos de reparação da câmara de gás.
P: E ele consultou você a respeito destes problemas?
R: Ele consultou.

O Projeto Nizkor (no mesmo link) fez uma pesquisa com os Wardens, o Warden de San Quentin na California respondeu (grifos meus):

"I can inform you, however, that San Quentin has not contracted with Fred A.Leuchter Jr., for the installation of a heart monitoring system or for any other work." Signed: DANIEL B. Vasquez, Warden (California)
Minha tradução:
“Posso informa-vos, entretanto, que San Quentin não contratou Fred A. Leuchter Jr para a instalação do sistema de monitoramento cardíaco tampouco para outro trabalho.” Assinado: DANIEL B. Vasquez, Warden (California).

Leuchter não sabia nem o nome da pessoa com quem ele supostamente assinou um contrato.

Nada diferente disso aconteceu com a Carolina do Norte(grifos meus):

"I discussed your request with Mr. Nathan A. RICE, Former Warden, and he stated that he vaguely recalled a telephone conversation between him and a gentleman professing to be an expert on execution chambers. Mr. Rice further states that the gentleman called him for the purpose of selling a lethal injection machine...

Also, our records do not support that Mr. Leuchter performed either consulting or any service...I can attest that the planning and work was performed by the Department of Correction Engineering Section and our institution maintenance department." Signed: Gary T. Dixon, Warden (North Carolina)

Minha tradução:

“Discuti sua solicitação com o Sr. Nathan A. RICE, antigo Warden, e ele disse que recorda vagamente de uma conversa por telefone entre ele e um cavalheiro que professava ser um perito em câmaras de execução. Mr.Rice afirma ainda que o cavalheiro em questão o chamou com o propósito de vender-lhe uma máquina de injeção letal...

Além disso, nossos registros não confirmam que o Sr.Leuchter realizou consulta ou qualquer serviço...Eu posso atestar que o planejamento e o trabalho foram executados pelo Departamento de Correção – Seção de Engenharia e nosso departamento de manutenção.” Assinado: Gary T. Dixon, Warden (Carolina do Norte)

Com isso o Projeto Nizkor descobriu que nem na Califórnia ou na Carolina do Norte, Leuchter foi consultado relativo a câmaras de gás. Leuchter não sabia nem o nome dos Wardens, e claramente mentiu a respeito de suas relações “profissionais” com os mesmos.
Em um tópico no RODOH FORUM o Dr. Nick Terry apresentou uma lista de pessoas executadas nos EUA, desde 1608 a 2002, entre os anos 70 e 90 (provavelmente os anos em que Fred Leuchter poderia se tornar um "expert" em câmaras de gás) somente 4 pessoas foram executadas por meio de gás letal são elas:
Jimmy Gray em 02/09/1983 no Mississipi
Edward E.Johnson em 25/05/1987 no Mississipi
Connie Ray Evans em 08/07/1987 no Mississipi
Jesse Bishop em 23/10/1979 em Nevada
Fred Leuchter não disse e nem os "revisionistas" disseram que ele prestou consultoria nestes estados, mesmo se ele tivesse prestado a consultoria, como é que poderíamos avaliar a "expertise" com tão "pouco uso do equipamento"?
Só nos resta uma pergunta para o Sr. Mark Weber, ONDE ESTÃO AS PROVAS ABUNDANTES DA “EXPERTISE” DE FRED LEUCHTER?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Relatórios "Forenses"

Relatórios "Forenses"
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/forensic.html

Autor: Richard Green

Esta página é uma breve análise dos relatórios "forenses" de Leuchter e Rudolf que provam supostamente que não aconteceram assassinatos em massa por exposição a cianeto de hidrogênio do Zyklon-B das câmaras de gás do complexo de Auschwitz-Birkenau.

Os links abaixo levam a análises mais profundas sobre estes relatórios “forenses”:
  • A FAQ sobre Leuchter analisa as afirmações do Relatório Leuchter com mais detalhes.
  • Markiewicz, Gubala, e Labedz, do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia, Polônia, publicaram um verdadeiro relatório forense intitulado "Estudo do Conteúdo de Componentes de Cianeto nos Muros das Câmaras de Gás dos Antigos Campos de Concentração de Auschwitz e Birkenau", que joga por terra as conclusões dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • O ensaio Leuchter, Rudolf, e os Azuis de Ferro falam da química que constitui a falha principal dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • A segunda parte da FAQ sobre o cianeto de hidrogênio fala do Azul da Prússia e sua formação.
  • A FAQ sobre o Cianeto de Hidrogênio fala deste e se sua toxicidade.
    Diversas investigações forenses realizadas em Auschwitz-Birkenau desde 1945 encontraram provas do extermínio em massa que aconteceu ali.
    [1]
    Apesar destas provas e dos testemunhos
    [2],[3], Leuchter, Rudolf e outros negadores do Holocausto afirmam que os assassinatos em massa por exposição ao Cianeto de Hidrogênio (HCN) que contém no Zyklon-B não poderiam ocorrer nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau.
Os negadores utilizam duas linhas de argumentação em suas reivindicações:
  • Dizem que não existem traços medíveis de Cianeto de Hidrogênio nas câmaras de gás.
  • Dizem que os gaseamento com Zyklon-B eram fisicamente impossíveis.

Ambas as afirmações são falsas.

Em apoio da primeira afirmação, citam os relatórios de Rudolf e Leuchter que mediram quantidades maiores de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento do que nas encontradas nas câmaras de gás empregadas para o extermínio.

Markiewicz, Gubala, e Labedz[4] fizeram medições por sua conta. Encontraram traços de cianeto nas câmaras de extermínio com níveis significativos comparados com os de outros edifícios do complexo de Auschwitz-Birkenau. Escreveram:
Este estudo demonstra que apesar de ter transcorrido um período de tempo considerável (uns 45 anos), nos muros das instalações que um dia estiveram em contato com o cianeto de hidrogênio foram conservadas quantidades de vestígios dos compostos que forma este componente do Zyklon-B. Isto é certo também para as ruínas das antigas câmaras de gás. Os compostos de cianeto aparecem nos materiais de construção só localmente, nos lugares onde tiveram condições para se formarem e permaneceram durante tanto tempo.

Em suas tergiversações deste relatório, os negadores do Holocausto citaram com frequência a seguinte frase:

No que diz respeito às ruínas, foi demonstrado a presença de cianeto na Câmara do Crematório II de Birkenau, evitando mencionar que esta frase se refere somente a um estudo preliminar realizado em 1990.
Depois de conhecer o Relatório Leuchter, os autores levaram a cabo um estudo mais detalhado.
Os resultados são mostrados em várias tabelas, e levam por terra as afirmações de Leuchter e Rudolf.

Os negadores assinalam que Leuchter e Rudolf mediram concentrações muito superiores de compostos de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento. Que os negadores meçam mais compostos de cianeto nas amostras das manchas azuis não é surpreendente, assumindo que estas manchas estão formadas por compostos de azul de ferro como o "azul da Prussia", como afirmam Leuchter e Rudolf. Markiewicz et. al. tiveram o cuidado de separar estes compostos de azul de ferro em sua comparação dos níveis de cianeto. A razão, é muito simples, é que a origem das manchas azuis não está ainda de todo claro, e não existem razões para assumir que a formação destes compostos tenha lugar sempre nos materiais de construção que ficam expostos ao HCN.

Para fazer credível que era impossível cometer o extermínio em massa utilizando Zyklon-B, os negadores se apoiam em umas poucas táticas. Assinalam corretamente que o cianeto de hidrogênio é líquido à temperatura ambiente. Eles negligenciam mencionar que a pressão de vapor em equilíbrio deste líquido a temperaturas baixas de várias ordens de magnitude maior que sua concentração letal. 300 ppm de HCN são rapidamente mortais. Na tabela seguinte [5] mostra a pressão de vapor em equilíbrio do HCN em função da temperatura:




Quando se revela esta treta, os negadores dizem que o HCN não se evapora o suficientemente rápido do Zyklon-B para alcançar uma pressão letal em um tempo razoável. G. Peters tem demonstrado que não é assim, inclusive em temperaturas baixas.[6]

Alternativamente, os negadores dizem que o HCN é demasiado perigoso que os homens das SS não dispunham de equipes suficientemente sofisticadas para manejá-lo com segurança, e que haveria levado muito tempo para ventilar a câmara. Ainda que havia um verdadeiro risco para os operários das câmaras se não fossem cuidadosos, tem que se assinalar vários pontos. Os Sonderkommandos que atuavam como operários eram prisioneiros, e o nível de segurança com que as SS tinham que trabalhar não é equivalente de maneira alguma com os padrões atuais nos Estados Unidos; as câmaras subterrâneas contavam com sistemas de ventilação; e às vezes entregavam máscaras anti-gás aos Sonderkommandos. Pressac[7]descreve um gaseamento que aconteceu em 13 de março de 1943:

Nessa mesma noite,1.492 mulheres, crianças e idosos selecionados de um comboio de 2.000 judeus do gueto de Cracóvia foram assassinados no novo crematório.133 Utilizaram seis quilos de Zyklon-B nas bocas das quatro colunas de metal situadas entre os pilares que sustentavam a sala.133 Em cinco minutos todas as vítimas estavam mortas. Colocaram em funcionamento o sistema de ventilação (8.000 m3 por hora) e o de extração (com a mesma potência), e depois de 15 e 20 minutos, o ar, que tinha sido renovado quase completamente depois três ou quatro minutos, já era suficientemente puro para que os membros do Sonderkommando entraram na agonizante e quente câmara de gas. Durante este primeiro gaseamento [na câmara nova do Krema II], os Sonderkommandos levaram máscaras anti-gás por precaução. Retiraram os cadáveres os levaram à plataforma. Lhes cortaram o cabelo, retiraram os dentes de ouro e também as alianças e as jóias que levavam.

Talvez a única questão que resta por responder aos negadores é se conhecem as provas que têm contra suas teorias ou se eles crêem de verdade no que dizem ou se são perfeitamente conscientes das falhas de suas teorias.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Histórico da Negação do Holocausto na Alemanha

A mentira final: Negação do Holocausto na Alemanha

No verão de 1942 Heinrich Himmler, Reichfürhrer e chefe da polícia alemã, ordenou a criação de um campo de concentração em umas antigas barracas proximidades do povoado de Oswiecim, no distrito de Kattowitz, Polônia. Poucos anos depois, Auschwitz-Birkenau se converteria no maior campo de extermínio construído pelos nazis em terreno polonês, símbolo do genocídio dos judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial e peça central da conciência nacional do povo germânico.

Dita consciência coletiva do Holocausto se caracteriza pela presença de sentimentos de culpa e vergonha. Parte da população manifesta seu sentir buscando a “salvação através do filosemitismo emocional”. Muitos outros, ao tratar de despojar-se dessa culpabilidade introjectam um novo ressentimento face aos judeus, justificando os crimes cometidos pelos nazis mediante a negação sistemática dos fatos históricos, fenômeno que tem sido descrito como a “segunda culpa”.

Estudos recentes sobre as tendências antissemitas na Alemanha e a negação do Holocausto demonstram que a hostilidade perante os judeus surge de um ressentimento que poderia descrever-se como um “antissemitismo secundário”, isto é, que deriva da dificuldade de confrontar o passado.

Da Apologia a Negação

Através dos “Julgamentos de Nuremberg”, testemunhas e sobreviventes do Holocausto nazi revelaram ao mundo crimes impossíveis de se crer. Centenas de milhares de cidadãos germânicos preferiram ignorar a realidade convertendo-se assim em sujeitos suscetíveis a manipulação.

Os anos quarenta. Nos primeiros anos do pós-guerra um crescente número de publicações apologéticas inundaram o mercado alemão. Os fatos eram ainda demasiado recentes para se intentar banalizar ou minimizar o Holocausto. Durante os Julgamentos de Nuremberg - levados a cabo entre outubro de 1945 e 1946 - os oficiais nazis não negaram os crimes cometidos, só pretenderam justificar suas ações. Não obstante suas confissões não convenceram a aqueles que se negavam a crer na responsabilidade da Alemanha nazi.

Os anos cinqüenta. O antissemitismo ressurgiu na República Federal Alemã nos finais da década de cinqüenta. Em tão somente um mês - de dezembro de 1959 a janeiro de 1960 - se perpetraram 470 incidentes motivados por sentimentos antijudaicos. Na Alemanha Ocidental circulavam publicações de extrema-direita de natureza apologética, nas que se defendia a “inocência” dos soldados alemães que “supostamente” desconheciam a existência dos crimes nazis. Posteriormente começaram a editar-se livros - como foi o caso de "Tu também Fostes Parte", de Peter Kleist - justificando a guerra expansionista de Hitler.

Os anos sessenta. Depois do impacto d julgamento de Eichmann em Jerusalém(1961) e dos julgamentos de Auschwitz em Frankfurt (1963-1966), a Alemanha começou a aceitar o Holocausto. Sem dúvida, a consciência humana, confrontada com a abundância de informação, permaneceu muda.

O tema central dos apologistas desta década foi a denúncia do que eles chamavam de “a mentira culpa-de-guerra”. Nas ditas publicações não se mencionava o extermínio dos judeus.

Os anos setenta. Quando em 1972, Willy Brandt, Chanceler da Alemanha, se ajoelhou ante o monumento construído em memória dos judeus assassinados no Gueto de Varsóvia foi severamente criticado pelos nascentes círculos neonazis. Dessa vez, incrementou-se o vandalismo antijudaico assim como a publicação de documentos que negavam o Holocausto e criavam legendas sobre o “lado positivo” dos crimes do Nacional-Socialismo.

Os anos oitenta. A diferença dos anos anteriores no que um importante grupo de historiadores alemães aceitava que o antissemitismo havia sido um elemento central da ideologia nazi e descrevia o Holocausto como un evento único na história, durante a década de oitenta se generalizaram os intentos de relativizar os crimes do Terceiro Reich. Tal foi o caso de Ernst Nolte, um dos mais controvertidos historiadores alemães, que negou a singularidade do genocídio judeu em sua obra "A Disputa dos Historiadores". De acordo com Nolte, “o antissemitismo de Hitler podia ser compreendido como uma resposta legítima e racional a ameaça comunista. De fato, o Führer tão somente imitou as práticas exterminadoras de Stalin”.

Assim mesmo, “experts” pseudo-científicos publicaram o 'Relatório Leuchter' e nele negavam a existência das câmaras de gás nos campos de concentração alemães, documento que foi utilizado pelos 'revisionistas históricos' para difundir sua propaganda.

A circulação de livros e publicações desmentindo ou justificando o Holocausto continuou ao longo desta década, apesar de que em junho de 1985 se integrou ao Código Penal alemão uma lei proibindo a difusão deste tipo de idéias.

Os anos noventa. Para muitos alemães a divisão da Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial constituiu um castigo pelo Holocausto. Por isto a reunificação foi interpretada como uma reabilitação de seu passado nazi. Com a queda do Muro de Berlim, desapareceu o tabu que rodeava o antissemitismo e se incrementaram os atos de vandalismo contra instituições judias.

Depois de prolongados debates em dezembro de 1994, se promulgou uma lei para impôr uma sentença de cinco anos a quem negasse o Holocausto e extenderam a proibição ao uso de símbolos e slogans nazis. Não obstante, os revisionistas - como Ernst Nolte - continuam afirmando que a dita ação restringe o direito constitucional a liberdade de expressão.

A SITUAÇÃO LEGAL

A negação do extermínio judeu é considerada uma ofensa na Bélgica, Áustria, França, Espanha, Suíça e Alemanha. No caso específico da Alemanha, o parágrafo 194 do Código Penal estipula que a propagação da “mentira de Auschwitz” pode ser perseguida pelas autoridades ex officio quando é cometido publicamente, isto é, sob a forma impressa, em reuniões públicas ou através de meios eletrônicos.

Ante a impossibilidade de operar na Alemanha, os “revisionistas do Holocausto” difundem sua propaganda onde não existe uma legislação a respeito como é o caso de Dinamarca, Grã-Bretanha ou países da Europa Oriental.

BIBLIOGRAFIA
Rembiszewski, Sarah
La Mentira Final: Negación del Holocausto en Alemania
The Project for the Study of Antisemitism, UTA, Israel, 1996

Fotos: Militante neonazista; Marcha neonazista em Berlim(2005), Ernest Nolte.
Mais informações sobre "revisionismo" e neonazismo(em inglês): http://www.martinfrost.ws/htmlfiles/neonazism1.html

Texto original em espanhol: Negación del Holocausto en Alemania
http://www.jafi.org.il/education/espanol/ciclo/iomhashoa/pages/negacion02.html
Tradução(português): Roberto Lucena

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

The Leuchter FAQ

Fonte: The Nizkor Project - http://www.nizkor.org

Traduzido por Lise Sedrez, Ahmed Al-Suflair, Marcelo Hiramatsu Azevedo e Marcelo Oliveira

2.01 Disparidades nos Níveis de Compostos Hidrociânicos
Os negadores do Holocausto muitas vezes alegam que, uma vez que mais foram encontrados compostos hidrociânicos nas câmaras de despiolhamento do que nas ruínas das chamadas câmaras de "extermínio", e o inverso seria verdadeiro se as pessoas fossem realmente gaseadas nelas, é claro que não ocorreu nenhum gaseamento.

Mas o HCN é muito mais eficiente em animais de sangue quente (incluindo humanos) do que em insetos, e por esta razão o período de exposição ao HCN é muito maior para "despiolhar" roupas do que o necessário para gaseamentos homicidas, e é necessária uma concentração muito menor para matar pessoas do que insetos.

Uma concentração de até 16.000 ppm (partes por milhão) às vezes é usada, com tempo de exposição de até 72 horas, para matar insetos, mas apenas 300 ppm causará morte a humanos dentro de quinze minutos, mais ou menos.

Breitman oferece informação de fundo sobre o desenvolvimento do Zyklon B como dispositivo de matança, e fornece evidência clara de que os nazistas determinaram a concentração efetiva de Zyklon B através de um processo de tentativa e erro. (pegue pub/camps/auschwitz/auschwitz.faq1)

Quando a diferença entre a concentração do gás exigida para matar insetos e humanos foi mencionada no interrogatório cruzado de Leuchter no julgamento de Zündel, Leuchter respondeu: "Eu nunca matei insetos. E, você sabe, eu não sei. Eu não fiz cálculos para matar insetos" - Dificilmente a resposta que se esperaria de um "expert" no assunto...

Devido às concentrações relativamente reduzidas necessárias para exterminar humanos, em vez de piolhos, e devido ao tempo de exposição necessário, muito menor, o HCN nas câmaras de gas usado para matar humanos dificilmente teria tempo para formar compostos químicos nas paredes.

As câmeras de gas não eram muito grandes (aquelas em Kremas II e III tinham cerca de 210 metros quadrados) e o Zyklon B era despejado através de quatro aberturas no teto, espalhando o gás rapidamente. Estas aberturas são ainda visíveis no que restou das câmares de gas, e existem algumas raras fotografias destas, tiradas quando o campo estava em pleno funcionamento; cópias destas fotos estão disponíveis (Brugioni et al.) nas fontes indicadas na Seção 6.1, abaixo.

Uma vez que a concentração usada eram mais do que letal, a morte era rápida. (Veja pub/holocaust/gifs/krema4.gif – Krema IV ficava ao nível do solo, e Zyklon B era introduzido através de fendas claramente visíveis nas paredes. Veja também ~/gifs/c_krema4.gif, que apresenta uma ampliação das aberturas nas paredes.

Os dados de Leuchter são ainda suspeitos porque as câmeras de desinfeção (de piolhos) onde ele obteve suas amostras foram deixadas intactas pela SS, enquanto as câmeras de extermínio foram destruídos. Claramente, suas paredes ficaram expostas aos elementes por 45 anos, o que certamente influiria na validade das amostras retiradas. (As ruínas de Krema II eram inundadas com até um metro de água durante certos períodos do ano, e compostos de HCN eventualmente dissolveriam sob tais condições. Ainda assim, tal a quantidade de “gaseamentos” occorera ali que alguns destes compostos permaneceram.

Em resumo, as paredes das câmeras de extermínio por gás estiveram em contato com HCN por um período de tempo muito mais curto que as câmaras de desinfecção, e pelos últimos 45 anos estiveram expostas a um ambiente que dissolve compostos, ao contrário das câmaras de desinfeção. Portanto é óbvio que uma quantidade menor de traços de compostos permaneceriam nestas. Isto desmistifica a maior “surpreendente descoberta” no relatório Leuchter, o qual, em retrospectiva, não era de nenhuma forma surpreendente.

Este fato—que a totalidade, ou quase totalidade, dos compostos teriam desvanecidos após 45 de exposição aos elementos – foi claramente enunciado no relatório redigido por peritos do Instituto de Pesquisa Forênsica de Cracow.

INSTITUTO DE PESQUISA FORENSE
Em nome do Prof. Dr. Jan Seh, Cracóvia
Divisão de Toxicologia Forense
Cracóvia, 24 Set. 1990
Westerplatte 9 / Código 31-033
Tel. 505-44, 592-24, 287-50
Telex 0325213 eksad ...

O ácido hidrociânico (HCN) que é liberado do preparado
Zyklon B é um líquido com um ponto de ebulição de cerca
de 27 graus Celsius. Ele tem um caráter ácido, e portanto
forma compostos com sais metálicos, que são conhecidos
como cianetos. Os sais de metais alcalinos (tais como sódio e
potássio) são solúveis em água.
O ácido hidrociânico é um ácido muito fraco, e,
portanto, seus sais dissolvem-se facilmente em ácidos mais fortes. Mesmo
o ácido carbônico, que é formado pela reação de dióxido de
carbono com água, dissolverá o ferrocianeto.
Ácidos mais fortes, tais como ácido sulfúrico, facilmente
dissolvem os cianetos. Os compostos de íons de cianeto
com metais pesados são duradouros. Isto inclui o já mencionado
azul da prússia, embora este também se dissolva lentamente
num ambiente ácido.
Portanto, dificilmente se pode assumir que traços de compostos
ciânicos pudessem ainda ser detectados em materias de construção
(gesso, tijolo) após 45 anos, depois de terem sido expostos ao
clima e aos elementos (chuva, óxidos ácidos, especialmente
sulfúrico e óxidos de nitrogênio). Mais confiável seria a
análise de gesso de paredes [amostras] de salas fechadas
as quais não tivessem sido expostas ao clima e aos elementos
(incluindo chuva ácida).
A descoberta de compostos de ácido hidrociânico em amostras
de material que foram expostas aos elementos só pode ser
acidental.

Os negadores do Holocausto alegam com frequência que a câmara de gás em Krema I foi deixada intacta, e portanto que as suas paredes nao foram exposta ao elementos. Curiosamente, eles tambem fazem questao de frisar que Krema I foi convertido em um abrigo antiaéreo, e então reconstruido pelo exército sovético, após a liberação do campo, para reproduzir a sua forma original. (A lógica sustentando ambas as alegações conforme elas se mostrem mais vantajosas pode escapar a compreensão do leitor, mas o uso a lógica não tem é recurso ao qual se deve recorrer quando se trata de negar o Holocausto. Veja seção 3.0).

A modificação consistiu, essencialmente, na remoção de algumas paredes divisórias dentro da câmara de gás, as quais foram colocadas como uma característica típca de abrigos contra bombas. Apesar disso, esta é a sala onde as pessoas foram asfixiadas; ainda existem traços de cianeto em suas paredes, como admitiu Leuchter (ele encontrou traços em 6 das 7 amostras).

Mas, a câmara de gás de Krema I foi usada apenas por um curto período de tempo, antes da conversão. Isto, e o fato que "apenas" cêrca de dez mil pessoas foram executadas dentro dela, comparadas com as trezentas e cinquentas mil e quatrocentas pessoas que foram executadas em Krema II e III, explica porque relativamente pequenas quantidades de compostos de cianeto permaneceram. Os outros Kremas foram destruidos pela SS antes da liberação do campo pelos soviéticos.

Finalmente, compostos de cianeto foram encontrados nos dutos de ventilação das câmaras de exterminação, provando acima de qualquer dúvida que houve gaseamento naqueles locais.

2.02 A Propriedade Explosiva do Zyklon B e a Proximidade dos Fornos
O negacionismo do Holocausto muitas vezes afirma que o Zyklon B não poderia ter sido usado para a matança nas câmaras de gás, por ser explosivo, e os fornos ficavam próximos a elas.
Entretanto, eles negligenciam o fato de que a concentração de HCN necessária para causar morte é aproximadamente 200 vezes menor que a necessária para causar uma explosão. Embora a SS usasse uma concentração mais alta que a concentração letal, ela é muito menor do que a que seria necessária para causar uma explosão.


Como referência, pode-se consultar o "The Merck Index" e o "CRC handbook of Chemistry and Physics", ou consultar qualquer manual que trate da toxicidade e inflamabilidade de produtos químicos. Para o HCN, uma concentração de 300 ppm (partes por milhão) mata humanos dentro de poucos minutos (Merck, 632, registro 4688), enquanto a concentração mínima que pode resultar numa explosão é de 56.000 ppm.

Frank Deis fornece a seguinte informação da Merck, com comentários editoriais entre chaves:
-Ácido hidrociânico;- "Blausaeure" (Alemão). CHN; peso mol. 27,03 ... HCN. Preparado em grande escala pela oxidação catalítica de misturas de amônia-metano [refs. omitidas]. Também pode ser preparado pela decomposição catalítica de formamida.

O sal férrico do ferrocianeto é solúvel na água. Outros sais, como o sal de potássio do ferrocianeto, são bastante solúveis em água] [mais refs. omitidas]
Gás ou líquido incolor; odor característico; ácido muito fraco (não deixa vermelho o papel de litmus); queima no ar com uma chama azul; =intensamente venenoso= mesmo quando misturado com ar. d(gás) 0.941 (ar = 1) [Nota do editor: perceba que o gás é MAIS LEVE que o ar]; d(liq) 0.687. mp -13.4. bp 25.6 <[ a última defesa de Leuchter deu grande importância ao modo como o gás se condensaria sobre as paredes frias. Isto claramente ocorreria em algum nível numa sala fria. Se a sala fosse preenchida com pessoas, o gás permaneceria aquecido] Miscível com água, alc; levemente sol em éter. LC50 [concentração letal que mata 50% das cobaias, PERCEBA que isto depende tanto do tempo QUANTO da concentração!] em ratos, camundongos, cães: 544 ppm (5 min), 169 ppm (30 min), 300 ppm (15 min), [ref. omitida].

Toxicidade humana: alta concentração produz taquipnéia (causando inalação maior de cianeto) [taqui = rápido, pnéia = respiração] então dispnéia [dis = dificuldade, pnéia = respiração], paralisia, inconsciência, convulsões e parada respiratória. Dores de cabeça, vertigem, náusea e vômito podem ocorrer com menores concentrações. Exposição crônica por longos períodos podem causar fadiva e fraqueza. Exposição a 150 ppm por 1/2 hora a 1 hora pode colocar a vida em risco. A morte pode resultar de uma exposição de poucos minutos, a 300 ppm. Dose média fatal [ingerida] 50 a 60 mg. =Antídoto= Nitrito de sódio e tiosulfato de sódio.
Uso: o gás comprimido é usado para exterminar roedores e insetos e para matar insetos em árvores, etc. =Deve ser manuseado com peritos especialmente treinados.=
[fim do artigo] (Merck, 632)

Cianeto é uma molécula pequena. Basicamente, ele é tóxico porque têm aparência semelhante à molécula de oxigênio, o O2 ou OO se parece como HCN para os locais de ligação na mitocôndria e também provavelmente para os grupos heme na hemoglobina e mioglobina. Se o cianeto "se assenta" sobre o complexo citocromo a/a3 ao final da cadeia respiratória mitocontrial, então o oxigênio que você respira não mais lhe ajudará. Você não pode usá-lo como aceptor para elétrons de alta energia, e você não pode criar ATP pelo método usual de fosforilação oxidativa. Seu corpo faz você respirar mais rápido no começo, numa tentativa de superá-lo, e então as células começam a morrer por falta de oxigênio e falta de energia ATP.

Em geral, as afirmações sobre química na defesa de Paul Grubach ao relatório Leuchter parecem válidas. ( JHR, V12, Nº 4) As =premissas=, é claro, estão abertas ao questionamento, ou estão erradas. Sim, altas concentrações de cianeto causarão formação de azul da prússia em tijolos frios e molhados que contenham altos níveis de íons de ferro. Mas os tijolos estavam realmente frios e molhados? O ar era frio o bastante para condensar o HCN? Existiam as "altas concentrações", considerando-se as concentrações relativamente baixas necessárias para matar as cobaias humanas, ao contrário dos insetos?

De qualquer forma, espero que esta informação se mostre útil. Ensino bioquímica na Universidade Rutgers, e é de lá que vem minha informação sobre a toxicidade do cianeto. O Merck Index é um livro de referência padrão que provavelmente toda biblioteca possui. Frank Deis (DEIS@PISCES.RUTGERS.EDU)

2.03 As Camaras de Gás Não Poderiam Ser Abertas em Segurança em 20-30 Minutos
A alegação que são necessárias 20 horas para arejar uma sala que foi desinfetada com Zyklon-B é ouvida com bastante frequências, e portanto os depoimentos de testemunhas oculares que estimam um tempo de 20-30 minutos desde o início do gaseamento até o instante em que os cadáveres começam a ser removidos são impossíveis, porque as pessoas carregando os cadáveres iriam perecer asfixiadas.


Esta alegação é verdadeira para o caso de desinfecção de um prédio comercial, não deve-se entrar nele por 20 horas. Este intervalo de tempo, entretanto, não possui sentido algum com relação as camaras de extermínio, que eram dotadas de ventilação forçada. Quinze minutos era uma quantidade abundante de tempo para repor o ar após o gaseamento. Quando a ventilação não era usada, os Sonderkommando (prosioneiros utilizados nos trabalhos forçados) que retiravam os cadáveres vestiam máscaras de gás. Os alemães possuiam ampla experiência com gases, especialmente HCN, o qual era amplamente empregado para despiolhamento.

Eles sabiam como lidar com ele com segurança. É absurdo usar o valro de 20 horas neste contexto, dado que o mesmo não supõe o uso de ventilação forçada e leva em conta um fator de segurança muito grande. A SS não estava preocupada com a segurança dos Sonderkommando que tinham que entrar nas camaras de gas para remover os cadáveres de forma alguma. Em alguns casos, estas pessoas sofreram com os resíduos de gás (veja, por exemplo, Pressac, pag. 473).

Além disso, o que torna a ventilação de um ambiente difícil e demorada é a presença de móveis, cortinas, pisos acarpetados, etc. É desnecessário mencionar, estes não encontravam-se presentes nas câmaras de gás - havia apenas concreto nú, tornando a ventilação muito rápida e eficiente.

Se o "período de ventilação de 20 horas" acima fosse verdadeiro, isto significaria que os cadáveres das pessoas executadas usando gás cianídrico nas prisões dos EUA iriam permanecers amarrados as cadeiras por 20 horas após a execução...evidentemente sem sentido, como Fred Leuchter, que se diz expert na operação de câmaras de gás, sabe muito bem.


"Cianeto (HCN gasoso) é um veneno notório (Gee, 1987) mas também e' ideal como um uma arma química. Ele mata rapidamente, dissipa-se num instante e não deixa resíduos tóxicos." (Somani, Satu M. "Chemical Warfare Agents", Departamento de Farmacologia, Escola de Medicina, Southern Illinois University, EUA. Academic Press 1992, pag. 211

2.04 As Câmaras de "Extermínio" Eram na Realidade Necrotérios?
O negacionismo do Holocausto muitas vezes afirma que a as as "alegadas" câmaras de gás eram na realidade necrotérios, e que o Zyklon-B era usado nelas como um desinfetante.


Esta alegação parte do fato de que compostos hidrociânicos foram encontrados nas grelhas de ventilação das câmaras de gás nos Kremas II e III (a análise química foi executada pelo Dr. Jan Robel do Instituto Forense de Cracóvia em Dezembro de 1945, e foi parte da evidência no julgamento do comandante de Auschwitz Höss). Isto prova que o gaseamento ocorreu naquela câmara - mas como isto vai de encontro às alegação dos negacionistas de que era uma câmara mortuária subterrânea, eles alegaram que "uma câmara mortuária é desinfectada com Zyklon-B."

O Relatório do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia o qual se seguiu à emissão do Relatório Leuchter está disponível em nossos arquivos.

Infelizmente para as pessoas que oferecem esta assertiva como verdadeira, o Zyklon-B é inútil para desinfectar cadáveres, uma vez que ele não mata bactérias anaeróbicas - ele mata apenas organismos aeróbicos.

Finalizando, o "necrotério" é mencionado especificamente como um "porão de gaseamento" numa carta de 29 de janeiro de 1943, do departamento de construção de Auschwitz para o General da SS Kammler. Por que chamara um necrotério de "porão de gaseamento"? E por que a outra sala subterrânea é chamada de "porão de despir"? (ver Pressac, p. 221; também The Final Solution: The Attempt to Exterminate the Jews of Europe, 1939-1945 - G. Reitlinger, South Brunswick, T. Yosellof, 1968, p. 158. Estes documentos são reproduzidos na seção "AUSCHWITZ" do arquivo "Original Nazi Documents", juntamente com outros documentos sobre o processo de gaseamento em Auschwitz).

A seguinte correspondência entre um oficial da SS e a firma que fabricava os crematórios mostra que os porões subterrâneos nos Kremas II e III deveriam ser pré-aquecidos. Desnecessário dizer, isto prova que eles não foram projetados para servir como necrotérios; não faz muito sentido aquecer um necrotério. Mas faz sentido aquecer uma câmara de gás homicida, para facilitar a evaporação do Zyklon-B.
"

Carta do SS-Sturmbannführer Jahrling para a Topf e Filhos, 6 de março de
1943 Assunto: KL Auschwitz Krematorien II e III De acordo com a sua sugestão, o
serviço concorda que o porão 1 deveria ser pré-aquecido com o ar que vem das
salas, das 3 instalações de corrente de ar forçadas. O suprimento e a instalação
das tubulações e ventiladores necessários para este fim estão para ser
produzidos o mais rápido possível. Conforme você comenta na sua carta acima
mencionada, a execução deveria começar esta semana. Nós lhe pedimos que envie
informação detalhada para o fornecimento e instalação. Ao mesmo tempo, nós lhe
pedimos que envie uma informação adicional para a modificação da instalação de
extração de ar na sala de despir. (Pressac, 221) "


2.05 Era impossível matar 6 milhões de pessoas em Auschwitz
A julgar pela quantidade e o espaço das câmaras de gás, e o número de fornos crematórios, é impossível terem sido assassinadas 6 milhões de pessoas no intervalo de tempo pelo qual o campo existiu.


Ninguém afirma que seis milhões de pessoas morreram em Auschwitz. Muitos morreram em outros campos da morte, em guetos e nos territórios ocupados pelos soviéticos. Estimativas do número de pessoas que foram envenenadas pelo gás em Auschwitz variam, mas a menor corresponde a 900.000, e a maior em cerca de 1.600.000.

É óbvio que as instalações de extermínio e cremação em Auschwitz davam conta de tal número.

Basta ver as fotografias dos fornos do Krema II . Havia cinco Kremas em Auschwitz. O número II, por exemplo, tinha 15 fornalhas de grande porte, especialmente projetadas para queimar rapidamente e com eficiência. Cada um consumia 3 a 4 corpos de uma vez (cabe salientar que muitas crianças estavam presentes, e muitas pessoas estavam esquálidas), e levava, no máximo, 45 minutos para executar a tarefa. Os SS tentaram diversas combinações com cadaveres de diversos tamanhos e temperatura para determinar qual método traria a melhor relação custo-eficiência.


A estimativa que Leuchter dá como o número máximo de pessoas que poderiam ser processadas em uma semana – 1693 – é absurda, conforme demonstrado pelos cálculos a partir de um único Krema, o número II:


Uma camara de gás, com cerca de 210 metros quadrados de área, facilmente acomodava algumas centenas de pessoas, as quais eram cremadas dentro dela.
Quinze fornos, cada um capaz de incinerar pelo menos 3 corpos em 45 minutos, poderia comportar 720 corpos em uma jornada de 12 horas.

Em um único ano, Krema II poderia incinerar mais de 250.000 corpos. Soma-se a este número a capacidade dos Kremas III, IV, e V, e você começa a ter noção. Além disso, corpos também eram queimados em enormes fossas. Duas fotografias horríveis destas “fossas ardentes”, tiradas em segredo em Auschwitz-Birkenau, sobreviveram. São de razoável qualidade, e mostram homens de pé, em frente a uma pilha de cadáveres nus, com a fossa em chamas a frente deles.

Alguns corpos estão sendo arrastados para dentro da fossa.

Como referência, pode-se verificar uma carta data de 20 de junho de 1943, mandada ao General SS Kammler em Berlim, citando o número de corpos que podem ser processados em 24 horas: 4.756 (Isso é menor que 5 X 1440 = 7200 pois alguns dos Kremas tinham menos fornos que o II e o III. A divisão exata, descrita em carta de Jahrling para Kammler, é de 340 corpos para Krema I, 768 para a IV e a V, 1440 para a II e III.

É no mínimo ingênuo, e de uma desonestidade desprezível, afirmar que tal número de crematórios foram erguidos para tão somente cuidar dos corpos gerados pelo extermínio em massa de vítimas indefesas.

Leuchter conclui seus cálculos presumindo que as pessoas poderiam ocupar as câmaras de gás a uma densidade de no máximo uma pessoa por 9 pés quadrados (nota: um pé = 30,48 cm) e que levaria uma semana para ventilar as câmaras de gás antes que estas pudesses ser utilizadas para outra execução em massa. Essa presunções são absurdas.

Por fim, outras duas instalações de gaseamento existiam em Auschwitz – os chamados “Bunker I” e “Bunker II”. Eles também foram demolidos pelos SS em fuga.


2.06 As Portas das Câmaras de Gás Eram Muito Fracas Para Prevenir Fugas
Os negadores do Holocausto afirmam que as portas das "supostas" câmaras de gás eram muito fracas para impedir a pressão das pessoas tentando escapar da morte dentro delas.

Como nenhum dos Kremas permaneceu em seu estado original (Bunker I & II e Kremas II, III, IV e V foram destruidos, e Krema I foi modificado) não há evidência físicas a respeito de como eram as portas das câmaras de gás. Entretanto, uma porta que provavelmente pertenceu a uma câmara de exterminação por gás foi descoberta no pátio do campo; ela é sólida e reforçada com barras de ferro. Além disso, a pequena vigia é protegida do lado interno por uma tela metálica forte, instalada provavelmente para impedir que as vítimas quebrassem o vidro da vigia.

Aqueles que afirmam isto apresentam fotos das portas de câmaras de despiolhamento, as quais não eram reforçadas, provavelmente apostando que os leitores são muito ineptos para perceber esta mudança. Para ver uma fotografia de uma porta provavelmente usada numa câmara de extermínio por gás, veja Pressac (486) (Acesse pub/holocaust/gifs/aukdoor.gif)
2.07 Eles Não Teriam Usado Zyklon-B Para Gaseamento

- O negacionismo do Holocausto muitas vezes alega que, se os nazistas pretendessem matar pessoas através de gaseamento letal, elesteriam usado algo diferente do Zyklon B.

O Zyklon-B estava em uso em Auschwitz como um agente para matar piolhos, e por esta razão estava prontamente disponível. Os nazistas também tinham experiência em usá-lo com segurança, o que o tornava ainda mais interessante.

Além disso, o Zyklon-B era fácil de transportar e de armazenar, o que também o tornava interessante à SS, que, conforme mostrou Höss em seu testemunho, ordenou a compra de quantidade suficiente para matar dois milhões de pessoas. Yitzhak Arad menciona a rejeição de Christian Wirth ao Zyklon-B para uso em extermínios: Wirth desenvolveu suas próprias idéias com base nas experiências que adquiriu no programa de eutanásia. Dessa forma, em Belzec ele decidiu abastecer as câmaras de gás fixas com gás produzido pela combustão interna de um motor de carro. [Ele] rejeitou o Cianeto B que foi usado posteriormente em Auschwitz. Assim, preferiu um sistema de extermínio baseado em combustíveis comuns e universalmente disponíveis, gasolina e diesel. (YVS XVI, 211)

Numa carta solicitando que um caminhão trouxesse Zyklon-B para Auschwitz, o termo de camuflagem padrão "reassentemento de judeus" é usado para se referir a extermínio. Um outro documento desses solicita "material para tratamento especial" - um outro termo para disfarçar o extermínio (Veja ~/gifs/resett.gif; também Pressac, 557. Para mais exemplos de termos camuflados mencionados, veja arquivo dos documentos nazistas originais).
<
Recebida 2 de outubro de 1942 no Kommandantur do campo de concentração de Auschwitz
A autorização deve ser dada ao motorista.
Liebehenschel
Tenente Coronel SS
Representante permanente do chefe
do serviço com patente de tenente-general da Waffen SS
Para arquivamento
Chefe da estação de rádio>>

Quando o juiz Hofmeyer perguntou ajudante de campo R. Mulka o que significava "material para o reassentamento dos judeus", ele respondeu "bem, claro. Zyklon-B" (Julgamento de Auschwitz em Frankfurt, 11 set. 1964).

2.08 As câmaras de gás nunca foram vedadas...ou não havia procedimentos para escoar o gás delas...ou não havia modo para os guardas jogarem as cápsulas lá dentro, ou...
Como foi dito antes, as câmaras de extermínio foram implodidas pelos SS quando eles fugiram do campo. Portanto, não há evidência direta da maneira pela qual elas operavam, exceto algumas fotografias tiradas pelos aliados e os SS durante a guerra. Os planos de construção realmente incluiam um sistema de extração de ar, o qual foi mencionado em vários documentos. Algumas das aberturas para ventilação são ainda visíveis nas ruinas das câmaras de gás. Os planos incluiam até mesmo as duchas colocadas na câmara de gás para enganar as vítimas.

É uma triste constatação da integridade de Leuchter e sua capacidade de utilizar a lógica para perceber que ele admite que as Kremas foram demolidas mas, ainda assim, continua a afirmar que ele pode deduzir, do seu estado atual, como elas eram em 1944, antes de serem implodidas!

A seguir, temos um trecho de seu depoimento ao Sr. Pearson, no julgamento de Zündel:

P(ergunta): o Crematório III havia sido demolido.
R(esposta): Um, há
ainda partes do Crematório III lá, mas em sua maioria, o telhado da suposta
câmara de gás ruiu e está espalhada em pedaços nas fundações do que você
alegariam ser a câmara de gás.
P: Então não é mais subterrâneo?
A:
Correto. Há um buraco no chão?
P: Com relação às câmaras de gás no
Crematório IV e V, estes foram totalmente demolidos.
A: Com exceção da
fundação, sim.
P: Logo, tudo que há para ser examinado são as fundações do
prédio. Isso está certo?
A: Está correto.

Leuchter admite que o telhado da câmara de gás da Krema III havia sido explodido e desabou, e que Krema IV e V haviam desaparecido exceto pela fundação. Quanto ao Krema II, seu depoimento também é intrigante:


Q. Então, as instalações da câmaras de gas em si estão no subsolo?
A.
Partes dela sim e outras não.
P: Certo. E as partes que são subterrâneas,
acredito que o telhado não está mais intacto, é correto?
R: Um, um dos
telhados foi quebrado em vários pedaçõs mas está praticamente intacto.
P:
Está quebrado mas praticamente intacto?
R: Quero dizer que não está
fragmentado.
P: Em quantos pedaços?
R: Creio que três. Eu disse isso
apenas para mostrar que não estão fragmentados. Há ainda grandes partes da laje
no telhado.
P: Certo. E desabou.
R: Afundou vários metros. Está
parcialmente comprometido.
P: Há detritos sobre o telhado? Ou é subterrâneo?
P: Está certo. E em relação ao crematório II?
A. Está correto.

Ainda mais inacreditável é o que Leuchter escreveu em seu relatório:


“Evidência quanto às funções do Krema não existem uma vez que o forno do
Krema I foi completamente reconstruido, Kremas II e III estão parcialmente
destruídas com componentes faltando, e Kremas IV e V desapareceram”.

“Desapareceram”! Mesmo assim, ele pode ainda especular a maneira que elas funcionavam antes de serem destruídas...


As câmaras de gás foram totalmente demolidas e não há modo pelo qual uma pessoa normal possa afirmar que esteja apta a concluir qualquer coisa sobra a maneira pela qual elas operavam antes de serem demolidas.

Leuchter faz um papel ainda mais ridículo ao afimar que as câmaras de gás nunca foram vedadas e que seria perigoso utilizar gás ciânicos dentro delas. Mas, ele admite que o gás fora utilizado nelas (para propósitos de desinfecção, como ele afirma). Isto é absurdo, logicamente; se as câmaras não fossem vedadas, a introdução do gás seria perigosa não importa para qual propósito. Só esta óbvia contradição é razão suficiente para desconsideramos o “Relatório Leuchter”.

2.09 Se as câmaras de gás fossem ventiladas, o gás iria matar as pessoas que estivessem do lado de fora delas.
Alegação sem sentido; é uma questão de concentração. Uma vez que o gás é liberado na atmosfera, a concentração dele cai deixando de ser perigosa. Além disso, o HCN dissipa-se rapidamente. As câmaras de execução nas prisões dos EUA também são ventiladas dirtetamente na atmosfera. Além disso, se este argumento valesse para as câmaras de extermínio, êle também deveria ser válido para as câmaras de despiolhamento, e seríamos obrigados a concluir que nem as câmaras de despiolhamento chegaram a existir .


2.10 Se tantas pessoas foram realmente executadas e cremadas, onde foram parar as cinzas delas?
Após a cremação de uma pessoa, resta uma quantidade muito pequena de cinzas - ela cabe em uma pequena urna, ou caixa. Isto significa que as cinzas de milhares de pessoas cabem em um caminhão. As cinzas das vítimas foram espalhadas nos campos ao redor, enterradas, ou - em Auschwitz, por exemplo - jogadas em um rio.


2.11 As pessoas que jogavam o Zyclon-B nas câmaras teriam morrido intoxicadas por ele.
Totalmente sem sentido. Da mesma forma que aqueles que usavam o Zyclon-B nas câmaras de despiolhamento, os homens da SS que realizavam o gaseamento, utilizavam máscaras de gás. (É inconcebível que um "expert em câmaras de gás" imagine uma coisa destas).

2.12 As listas de mortos de Auschwitz não mostram que alguma pessoa tenha sido gaseada, e apontam para um número menor de vítimas
Isto é porque aquelas listas referem-se apenas aos mortos que chegaram a
receber um número de série. A maioria das pessoas transferidas para o
campo foram classificadas como "inapropriadas para o trabalho" e imediatamente
gaseadas.

Este fato é destacado, por exemplo, em um relatório escrito por um alto oficial SS Franke-Gricksch para Himmler, (Leia os arquivos pub/camps/auschwitz/gricksch.rpt; & ~/auschwitz.faq1, que descrevem o processo de registro).

Estas pessoas não foram registradas em nenhum lugar e ninguem anotou os nomes delas. (Testemunho de um prisioneiro polonês Aloiz Oskar Kleta, Shelly, p. 284; Fertig, 12; Fleming, 174. Veja também, o testemunho de Henryk Tauber, Pressac, página 488, sobre como os SS queimavam rotineiramente os documentos sobre o número de vítimas.

2.13 Havia uma piscina em Auschwitz, portanto ele não pode ter sido um campo de extermínio
De fato, um reservatório de água de Auschwitz I (o campo principal) foi convertido em uma piscina que era usada pelos funcionários do campo. Outras formas de entretenimento para o pessoal da SS que também existira - uma banda composta de prisioneiros, e um bordel (ao qual foi permitido o acesso de alguns prisioneiros).

Como isto "prova" que Auschwitz não era um centro de extermínio está além do autor deste texto.

2.14 A maior parte da área de Auschwitz está em uma região com lençol freático raso, portanto, os corpos não poderiam ser calcinados em valas.
Existem fotos destas valas com corpos queimando dentro delas (Veja em http://www.nizkor.org/ftp.cgi/camps/auschwitz/images/ as fotografias disponíveis). Durante o período em que Auschwitz esteve ativo, a SS mantiveram a área drenada; como pode ser visto hoje, a drenagem, que não foi mantida desde 1945, deteriorou-se e o lençol freático subiu.

Além disto, as valas não eram usadas o tempo inteiro, mas apenas quando não haviam fornos suficientes para cremar as vítimas ou durante o extermínio dos Judeus Húngaros, quando tanta gente foi morta por dia que os fornos não conseguiam dar conta da quantidade de corpos. As "valas de incineração" estiveram confirmadamente ativas nos períodos de Outubro-Novembro de 1942 e no verão de 1944, os quais não coincidem com a época do degelo da neve e a subida do lençol freático

2.15 Como as testemunhas oculares do gaseamento sobreviveram? Porque os Nazis não as mataram?
A resposta é bem simples - os SS mataram a maioria delas. Depois da guerra, por exemplo, haviam cerca de 70 sobreviventes de Treblinka (mais de 700.000 vítimas, veja também o arquivo com excertos das sentenças das cortes alemãs - pegue pub/camps/aktion.reinhard/reinhard.faq1 e ~/reinhard.faq2).

Estes sobreviventes escaparam do campo, a maioria durante a rebelião que eles conduziram. O mesmo ocorre com Auschwitz: a maioria dos membros do "Comando Especial" que assistiram o gaseamento e que tinham que carregar e cremar as vítimas, foram executados pela SS, mas um pequeno número deles escapou, a maioria durante a rebelião de outubro de 1944.

Outro fator é o fato que no final da guerra Auschwitz estava em caos total - os soviéticos estavam se aproximando rapidamente, e eles chegaram a bombardear o campo. Portanto, não houve tempo para executar todos os ocupantes, e alguns foram transferidos para campos dentro da Alemanha. Muitos deles morreram naquelas "marchas da morte".

2.16 Gases de um motor a diesel não são tóxicos o suficiente para matar pessoas.
(Esta alegação é feita com relação ao campo de morte de Treblinka - veja o arquivo com julgamento de tribunais alemães sobre isto. Em outros campos da morte, motores a gasolina foram usados. O método de matança era simples - as pessoas eram amontoadas nas câmaras de gás, e os gases do escapamento de motores poderosos eram bombeados para dentro deles).

Idéia sem sentido. Numa câmara fechada, é claro que gases do diesel irão matar. Houve realmente um estudo sobre isto, e seus resultados são relatados em "A Toxicidade de Gases de um Motor a Diesel Sob Quatro Condições de Operação Diferentes", de Pattle et al., British Journal of Industrial Medicine, 1957, Vol 14, p. 47-55. Esses pesquisadores executaram alguns experimentos em que vários animais foram expostos a gases do diesel, e estudaram os resultados.

Nos experimentos, os gases do escapamento de um pequeno motor a diesel (568 cc, 6 BHP) foram conectados a uma câmara de 10 metros cúbicos (340 pés cúbicos) em volume, e os animais foram colocados dentro dela. Em todos os casos, os animais morreram. A morte ocorreu mais rapidamente quando a admissão do ar no motor era restrita, uma vez que isto causa um grande aumento na quantidade de monóxido de carbono (CO) que é emitido. (Veja, por exemplo, Diesel Engine Reference Book, por Lilly, 1985, p. 18/8, onde é afirmado que a uma proporção alta de ar/combustível a concentração de CO é de apenas algumas partes por milhão, mas para proporções mais baixas (25:1) a concentração de CO pode aumentar para 3.000 ppm. É muito fácil restringir a admissão de ar - os pesquisadores britânicos assim o fizeram cobrindo parcialmente a abertura da entrada de ar com uma peça de metal.)

Mesmo nos casos onde a saída de CO era baixa, os animais ainda morreram de outros componentes tóxicos - principalmente irritantes e dióxido de nitrogênio.

Agora, os motores a diesel usados em Treblinka eram muito maiores - eles pertenciam a tanques soviéticos T-34 capturados. Estes tanques pesavam 26-31 toneladas (dependendo do modelo) e tinham um motor de 500 BHP (comparados a meros 6 BHP nos experimentos britânicos). O volume das câmaras de extermínio em Treblinka é, obviamente, um fator.

Mas o volume das câmaras era de cerca de 60 metros cúbicos (2040 pés cúbicos); isto é 6 vezes mais que aquele dos experimentos britânicos, mas a diferença no tamanho dos motores é muito maior que o fator de 6.

Deve-se lembrar que o que importa no envenenamento por CO não é a concentração de CO, mas a proporção de CO em relação ao oxigênio. Numa sala pequena e vedada contra gás, lotada de pessoas, os níveis de oxigênio caem rapidamente, tornando assim mais rápida a morte por envenenamento por CO. Como observado, outros componentes tóxicos nos gases aceleram ainda mais a mortalidade.

A SS tinha conhecimento do fato de que amontoando o máximo de pessoas possível dentro da câmara de gás, não deixando assim espaços vazios, aceleraria a mortalidade. Isto é evidente, por exemplo, em uma carta mencionando "vans de gaseamento" (usadas no campo de extermínio de Chelmno e outras localidades) enviada ao SS-Obersturmbannführer Walter Rauff, em 5 de junho de 1942. A carta é bastante longa (mais dela é reproduzida no arquivo dos documentos nazistas originais), mas aqui está uma parte relevante (Nazismo, documento 913).

As vans são carregadas normalmente com 9-10 pessoas por metro quadrado. Com
as grandes vans especiais Saurer, isto não é possível porque, embora elas não
fiquem sobrecarregadas, sua manobrabilidade fica muito comprometida. A redução
da área de carga parece desejável. Pode ser conseguida reduzindo-se o tamanho da
van em cerca de 1 metro. A dificuldade mencionada não pode ser superada
reduzindo-se o tamanho da carga. Isto porque uma redução nos números necessitará
de um período mais prolongado de operação, porque os espaços abertos terão que
ser preenchidos com CO. Por outro lado, uma menor área de carga que seja
completamente preenchida exige um período de operação muito mais curto, uma vez
que não há espaços abertos.

Um outro testemunho macabro sobre a "ciência do gaseamento" desenvolvida pela SS está na carta do Dr. August Becker para o SS-Obersturmbannführer Rauff, de 16 de Maio de 1942 (Nazi Conspiracy, 418)


2.17 Não existiam Judeus em quantidade suficiente na Europa para alcançar o número de 6 milhões de vítimas.
Esta alegação é ridícula, conforme é atestado por todas as estatísticas populacionais daquela época, incluisive os números de Judeus que aparecem em muitos documentos Nazi originais... por exemplo:

Extratos das minutas da conferência de Wannsee, 20 de Janeiro de 1942, com relação a "Solução Final da Questão Judaica" [Julgamentos dos Criminosos de Guerra perante os Tribunais Militares de Nuremberg - Washington, U.S. Govt. Print. Off., 1949-1953., Vol. XIII, pag. 210]
II.

No início da reunião, o Chefe da Polícia de Segurança e Tenente General SS e SD Heydrich, relatou sua indicação pelo Marechal do Reich [Goering] para servir como Coordenador da preparação da Solução Final do Problema Judaico Europeu...

No decorrer desta solução do Problema Judaico Europeu, estão envolvidos
aproximadamente 11 milhões de Judeus. Eles estão distribuidos da seguinte forma
entre os países envolvidos:
..
A. Território Original do Reich
[Altreich] 131.800
Austria 43.700
Territórios do Leste 420.000
Governo Geral [Polônia ocupada pelos Nazi] 2.284.000
..
..
Terras Baixas 160.800
..
..
Romênia, incluindo Bessarábia
342.000
..
Hungria 742.800
URSS 5.000.000
..
..
Rússia
Branca, excluindo Bialystok 446.484
[Muitos paises removidos por brevidade]
TOTAL mais de 11.000.000

Sob direção apropriada os Judeus agora devem, durante o processo de
Solução Final, ser conduzidos para o Leste de uma forma apropriada para seu uso
como força de trabalho. Em grandes grupos de trabalho, com separação por sexo,
os Judeus capazes de trabalhar são conduzidos para essas áreas e empregados na
construção de estradas, durante este processo indubitavelmente um grande números
deles morrerá naturalmente.


Finalmente, os restantes que mostrem-se capazes de sobrevivier a tudo
isto - uma vez que estes possuem uma resistência física mais forte - devem ser
tratados de acordo uma vez que estas pessoas, representando uma seleção natural,
devem considerados como células germe capaz de prover um novo desenvolvimento
dos Judeus. (Vide a experiência da história).

No programa de realiazação na prática da Solução Final, a Europa será varrida no sentido do Oeste para o Leste.


As alegações feitas frequentemente pelos negadores do Holocausto sobre a emigração de Judeus após a guerra são absurdas. Por exemplo, haviam 370 mil Judeus na Palestina em 1937, e 600.000 em 1948. Os números obtidos pelo comitê Anglo-Americano para o estudo do Holocausto são: (Conclusões do comitê Anglo-Americano para o estudo do genocídio inflingido
aos Judeus da Europa pelos Nazi, com a contagem exata, país por país.)

Número de Judeus desaparecidos (pós-guerra menos pré-guerra):
Alemanha 195.000
Áustria 53.000
Checoeslováquia 255.000
Dinamarca 1.500
França 140.000
Bélgica 57.000
Luxemburgo 3.000
Noruega 1.000
Holanda 120.000
Itália 20.000
Iugoslávia 64.000
Grécia 64.000
Bulgária 5.000
Romênia 530.000
Hngria 200.000
Polônia 3.271.000
URSS 1.050.000
Refugiados dispersos (308.000)
Número total de Judeus exterminados: 5.721.500

2.18 O "mito" do Holocausto foi criado exclusivamente para o benefício financeiro do estado de Israel
A negação do Holocausto frequentemente afirma que a única razão do "conto do Holocausto" ter sido promulgado é que ele criou uma chuva financieira sobre o Estado de Israel.

Deborah Lipstadt fornece esta informação no livro "Deniying the Holocaust" (Negando o Holocausto):


As autoridades israelenses detalharam suas acusações contra a Alemanha em
seu comunicado de março de 1951 às Quatro Potências, e este documento tornou-se
a base oficial do acordo de reparações. Ele continha uma explicação dos meios
utilizados por Israel para calcular o tamanho das reparaçoes exigidas. No
comunicado, as autoridades israelenses explicaram que a perseguição nazista
estimulou um segundo êxodo judeu de aproximadamente 500 mil pessoas. Baseado no
tamanho deste êxodo, Israel determinou a quantia das reparações que iria
requisitar:

O governo de Israel não está em uma posição de obter e apresentar uma
declaração completa de todas as propriedades judaicas tomadas ou saqueadas pelos
alemães, ditas superar um total de 6 bilhões de dolares. O governo de Israel
pode apenas calcular a quantia com base no total de despesas feitas e nas
despesas necessárias para a integração dos judeus imigrantes originários dos
países dominados pelos nazistas. O número destes imigrantes é estimado em 500
mil, o que significa um gasto total de 1.5 bilhoes de dolares.

Parece desnecessário salientar que, uma vez que o dinheiro recebido pelo
estado de Israel foi baseado no custo de reassentamento dos sobreviventes, se
Israel desejasse aumentar a quantia de reparações que obteve da Alemanha, seria
do maior interesse argumentar que menos Judeus foram executados e que mais deles haviam consegui fugir para Israel. (Lipstad, 57)

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