Babiy Yar é um local com uma conotação trágica. Há exatamente 70 anos, nesta ravina perto da capital ucraniana, Kiev, as forças nazis cometiam um dos maiores massacres do Holocausto.
Perto de 34 mil judeus – homens, mulheres e crianças – foram mortos numa única operação militar.
Menos de trinta pessoas escaparam com vida. Raisa Maistrenko é uma dessas pessoas. Na altura tinha três anos e lembra-se de estar “de mão dada com a avó, que gritava: ‘Sou russa!’. Um colaborador nazi aproximou-se, disse: ‘Porque gritas? Aqui todos são judeus!’ e tentou agredi-la com uma arma. Caíram ambas no chão e um soldado aproximou-se e empurrou-as novamente para a multidão. Durante todo esse tempo, a avó nunca lhe largou a mão”.
O massacre de Babiy Yar, entre 29 e 30 de Setembro de 1941, marcou o início do Holocausto em território ucraniano, que resultou na eliminação quase completa de uma população de um milhão e meio de judeus.
Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2011/09/30/ucrania-massacre-de-babiy-yar-foi-ha-70-anos/
Ler tudo que já foi publicado no blog sobre o massacre de Babiy Yar aqui e aqui.
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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
sábado, 20 de dezembro de 2008
Porque é negação e não revisionismo. Parte VI: negadores e o massacre de Babiy Yar (4)
Porque é negação e não revisionismo. Parte VI: negadores e o massacre de Babiy Yar (4)
O argumento de John Ball tem sido aceito sem críticas por muitos negadores. Aqui estão apenas algumas fontes "revisionistas" do feliz trago de bobagens de Ball: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Etc. Tolices.
Uma fonte deve nos interessar em particular - o livro sobre Treblinka de nossas vítimas favoritas, Mattogno e Graf. Numa resenha deste livro Graf escreve:
muito menos da metade da dupla, Mattogno é o principal pesquisador e um "mentor". Então alguém poderia esperar uma análise um pouco mais refinada dele. Cara, isto faria alguém ter uma decepção!
Suponho que deveria ser mencionada apenas a passagem em que Mattogno acha Ball e Tiedemann confiáveis:
Então começa a idiotice pura:
Por fim, mas não finalmente, o Relatório de 1944 da Comissão Soviética Extraordinária (cortesia de David Thompson), que declara (p. 201, Eng. edn.):
Como Mattogno não veio a examinar este relatório?
"O número de corpos - 70.000 - é mais que o dobro do número de mortos de acordo com o relatório do evento, que por si só já é muito alto." A ignorância de Mattogno revela-se de novo. Ele não mostra que o número nos documentos alemães do período de guerra é "excessivamente alto". E está claro que ele não entende que de acordo com numerosas testemunhas, a ravina serviu como um local de execução por dois anos desde o início do massacre. Então o número de corpos na ravina não deveria corresponder ao número de vítimas dos relatórios alemães, e nem todas as vítimas eram judias.
O número real de vítimas nunca será conhecido. Sabemos de muitos testemunhos (e.g. aqueles publicados no livro Babij Jar citado na postagem anterior) que fuzilamentos continuaram por vários dias depois da ação inicial. Quantos foram mortos é desconhecido. Sabemos por testemunhos que as execuções continuaram depois, por dois anos - muitos milhares (possivelmente, 20.000-25.000) de prisioneiros de guerra soviéticos foram mortos e enterrados nas proximidades do canal; ciganos, partisans, nacionalistas ucranianos e outros foram mortos na ravina. Vans com gás também foram usadas.
Temos numerosos testemunhos de sobreviventes judeus que trabalharam na ravina e enterraram os corpos. Eu calculei o número total por seus testemunhos sobre o número de corpos aqui. Como é o único a ser aguardado, há diferentes estimativas e detalhes. Penso que será razoável estimar o número mínimo de vítimas como 70.000. Possivelmente, o número real é de cerca de 100.000. Não é sabido quantas das vítimas eram judias e quantas muitas eram não-judias. Provavelmente, se aceitarmos a mais baixa estimativa, a proporção certa é de 1:1, enquanto que com as estimativas maiores temos mais vítimas não-judias que vítimas judias.
Mais tarde Mattogno reafirma a sua ignorância:
Adiante, Mattogno explora a questão da evidência física. Primeiramente, o que deveria ser relembrado:
Vamos tomar a data da postagem do Roberto sobre Mattogno e Belzec (mantendo em mente que poderá ser corrigido no futuro, se uma nova data aparecer), e assumir que 100.000 corpos com uma média de peso de 45 kg (havia muitos de crianças e mulheres entre as vítimas, embora provavelmente não tanto quanto em Belzec). Isto é cerca de 4.500 toneladas de corpos. 5% disto são 225 toneladas (se seguirmos as regras de Mattogno). Novamente, aceitando as generosas hipóteses de Roberto (i.e. sem considerar a decomposição dos corpos), o freixo de madeira constituiria cerca de 360 toneladas. Juntos - 585 toneladas. SKs atestam que estavam misturando as lenhas com areia e terra dentro e ao redor da ravina, e escavando isso nas proximidades dos hortos, campos, etc. Eles estiveram trabalhando por cerca de 40 dias. I.e. em média teriam que transportar e dissipar algo em torno de 14.6 toneladas de lenha por dia. Estiveram trabalhando entre 12-15 horas, de acordo com seus testemunhos. Assumindo 12 horas de trabalho diário, eles tinham que gastar 1.2 toneladas de lenha por hora. Assumindo 30 kg por pessoa, eles precisariam de cerca de 40 SKs cheios de lenha pra consumir - cada um tendo que gastar 30 kg por hora. E eles tinham que pelo menos ter 300 pessoas trabalhando na ravina. Esses números são muito aproximados, e possivelmente a situação era muito melhor do ponto de vista logístico, e a flexibilidade é bem grande. Suponha que eles estavam sempre trabalhando 15 horas. Então precisariam de apenas 32 homens. Suponha que não precisavam de uma hora para consumir 30 kg de lenha... Etc., etc., etc. Então sim, era possível dispersar lenha e ossos ao redor da área.
Não, não seria possível destruir as lenhas e pedaços de bones completamente, mas ninguém afirma que isto foi feito.
E.g. em seu livro Anatolij Kuznetsov descreve sua viagem à ravina com seu amigo não muito depois da incineração ter parado:
(JFYI, Kuznetsov não era judeu, ele era meio-ucraniano, meio-russo; ele escapou da URSS em 1969, levando uma versão não censurada de Babij Jar com ele. A versão completa é extremamente crítica ao regime stalinista, então, claro, não poderia ser publicada na URSS por completo. Numa carta de 1965 a Shlomo Even - Shoshan Kuznetsov escreveu:
O foco, portanto, foi sobre a investigação das proximidades do campo de Syretsky, na qual muitos corpos não queimados foram encontrados.
E que eu saiba não há qualquer "circo propagandístico" associado com estes horríveis achados.
O circo real aqui é o tratamento dos negadores ao massacre de Babiy Yar, que se espelha em seu tratamento do Holocausto no geral.
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Próximo >> Parte VII: outras objeções patéticas aos relatórios dos Einsatzgruppen
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
O argumento de John Ball tem sido aceito sem críticas por muitos negadores. Aqui estão apenas algumas fontes "revisionistas" do feliz trago de bobagens de Ball: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Etc. Tolices.
Uma fonte deve nos interessar em particular - o livro sobre Treblinka de nossas vítimas favoritas, Mattogno e Graf. Numa resenha deste livro Graf escreve:
Treblinka: Extermination Camp or Transfer Camp?(Treblinka: campo de extermínio ou de transferência?) é quase todo trabalho de Carlo Mattogno, desde que ele editou sete dos nove capítulos. Eu sou o autor do primeiro e do quinto capítulo, e da introdução e conclusão...I.e. o autor do capítulo, que estivemos discutindo nestas séries, é Carlo Mattogno. Claro, Graf sozinho também escreveu sobre Babiy Yar em The Giant with Feet of Clay(O gigante com pés de barro) e Holocaust or Hoax?(Holocausto ou Fraude?) afirmando que o "caso de Babi Yar fornece uma prova irrefutável da falsidade destes relatórios operacionais", repetindo argumentos de Tiedemann e Ball, e geralmente soltando o usual nonsense sem inspiração. Mas Graf é
muito menos da metade da dupla, Mattogno é o principal pesquisador e um "mentor". Então alguém poderia esperar uma análise um pouco mais refinada dele. Cara, isto faria alguém ter uma decepção!
Suponho que deveria ser mencionada apenas a passagem em que Mattogno acha Ball e Tiedemann confiáveis:
"e. Babi Yar
No “Relatório de atividade e situação no. 6 dos Einsatzgruppen da polícia de segurança e da SD na URSS,” lemos isto a respeito do período de tempo de 1 a 31 de outubro de 1941:595 “Em Kiev todos os judeus foram presos e, em 29 e 30 de setembro, um total de 33.771 judeus foram executados.” Isto procede com o (in)fame ‘Massacre de Babi Yar.’ Entretanto, como Udo Walendy e Herbert Tiedemann provaram, isto não aconteceu, pelo menos não remotamente no escopo alegado. 596 Provavelmente próximo à Kiev, como em Simferopol, várias centenas de pessoas foram mortas. Retornaremos ao caso de Babi Yar.
595 102-R. IMT, Vol. XXXVIII, pp. 292f.
596 Udo Walendy, “Babi Jar - Die Schlucht ‘mit 33.771 murdered Jews’?”, em:
Historische Tatsachen
no. 51, Verlag für Volkstum und Zeitgeschichtsforschung, Vlotho 1992. Herbert
Tiedemann, “Babi Jar: Critical Questions and Comments”, em: Germar Rudolf (ed.), op. cit. (nota 81), pp. 501-528."
Em 26 de setembro, a Luftwaffe tirou uma fotografia aérea de área na qual Babi Yar estava localizada. John Ball publicou isto com o seguinte comentário:[...]
Com respeito a uma secção ampliada da mesma fotografia, Ball diz:[...]
Ball deduz disto:[...]
Estes achados têm o maior valor desde, de acordo com a única testemunha, supõe-se que a cremação dos corpos em Babi Yar tenha sido completada em 25 ou 26 de setembro, correspondendo ao mesmo dia ou o dia anterior em que as fotos aéreas foram tiradas.
Então começa a idiotice pura:
Este Vladirmir K. Davidov é aparentemente a única testemunha que afirma ter participado da cremação dos corpos de Babi Yar. Seu conto é totalmente inacreditável. O número de corpos - 70.000 - é mais que o dobro do número de mortos de acordo com o relatório do evento, que por si só já é muito alto."Aparentemente a única testemunha". Isto sozinho desqualifica Mattogno de ser um sério pesquisador. Isto quer dizer que ele não se esforça para estudar a literatura disponível do massacre e dos seguintes eventos. Aqui está uma (provavelmente incompleta) lista da literatura disponível no período que Mattogno escreveu esta frase que contém outros testemunhos de Sonderkommandos além de Davydov:
- O livro de 1993 com as versões em russo, inglês e alemão dos testemunhos dos Sonderkommandos de Babiy Yar, Jakov Kaper e David Budnik, editado por um pesquisador de Babiy Yar, Erhard Roy Wiehn, e publicado por Hartung-Gorre Publishers, D-78465 Konstanz/Alemanha (Hartung.Gorre@t-online.de) com o ISBN 3-89191-666-3 (da última vez que verifiquei ainda estava disponível);
- as traduções em inglês deste livro estão disponíveis em http://www.ess.uwe.ac.uk/genocide/content.htm , desde pelo menos 1999;
- a edição russa das memórias do Sonderkommando de Babyi Yar Zakhar Trubakov estão disponíveis em http://www.geocities.com/svr_2000svr_us/bkv/ desde pelo menos 2000;
- O excelente Babi Yar: A Document de Anatolij Kuznetsov no formato de uma novela, no qual Mattogno poderia aprender que quando Kuznetsov estava escrevendo o livro, pelo menos nove Sonderkommandos ainda estavam vivos: Jakov Stejuk, Vladimir Davydov, Vladislav Kuklya, Jakov Kaper, Zakhar Trubakov, David Budnik, Semyon Berlyand, Leonid Ostrovskij and Grigorij Iovenko;
- protocolos de interrogações de Berlyant, Stejuk e Davydov publicados em 1991 (Babij Jar. K pyatidesyatiletiju tragedii 29, 30 sentyabrya 1941 goda, Jerusalém, 1991; "Babyn Jar (veresen' 1941 - veresen' 1943)", Ukrainskij istorychnyj zhurnal, 1991, no. 12).
Por fim, mas não finalmente, o Relatório de 1944 da Comissão Soviética Extraordinária (cortesia de David Thompson), que declara (p. 201, Eng. edn.):
As testemunhas L. K. Ostrovsky, S. B. Berlyand, V. Yu. Davydov, Ya. A. Steyuk e I. M. Brodsky que escapou do fuzilamento em Babi Yar em 29 de setembro de 1943 atestaram o seguinte: "Como prisioneiros de guerra fomos mantidos no campo de Syrets nos arredores de Kiev. Em 18 de agosto, 100 de nós foram enviados para Babi Yar. Lá fomos presos em algemas e forçados a escavar e queimar os corpos de cidadãos soviéticos exterminados por alemães [...]"A descrição detalhada do processo segue abaixo.
Como Mattogno não veio a examinar este relatório?
"O número de corpos - 70.000 - é mais que o dobro do número de mortos de acordo com o relatório do evento, que por si só já é muito alto." A ignorância de Mattogno revela-se de novo. Ele não mostra que o número nos documentos alemães do período de guerra é "excessivamente alto". E está claro que ele não entende que de acordo com numerosas testemunhas, a ravina serviu como um local de execução por dois anos desde o início do massacre. Então o número de corpos na ravina não deveria corresponder ao número de vítimas dos relatórios alemães, e nem todas as vítimas eram judias.
O número real de vítimas nunca será conhecido. Sabemos de muitos testemunhos (e.g. aqueles publicados no livro Babij Jar citado na postagem anterior) que fuzilamentos continuaram por vários dias depois da ação inicial. Quantos foram mortos é desconhecido. Sabemos por testemunhos que as execuções continuaram depois, por dois anos - muitos milhares (possivelmente, 20.000-25.000) de prisioneiros de guerra soviéticos foram mortos e enterrados nas proximidades do canal; ciganos, partisans, nacionalistas ucranianos e outros foram mortos na ravina. Vans com gás também foram usadas.
Temos numerosos testemunhos de sobreviventes judeus que trabalharam na ravina e enterraram os corpos. Eu calculei o número total por seus testemunhos sobre o número de corpos aqui. Como é o único a ser aguardado, há diferentes estimativas e detalhes. Penso que será razoável estimar o número mínimo de vítimas como 70.000. Possivelmente, o número real é de cerca de 100.000. Não é sabido quantas das vítimas eram judias e quantas muitas eram não-judias. Provavelmente, se aceitarmos a mais baixa estimativa, a proporção certa é de 1:1, enquanto que com as estimativas maiores temos mais vítimas não-judias que vítimas judias.
Mais tarde Mattogno reafirma a sua ignorância:
Assim, eis a mais importante evidência material sobre o fuzilamento de 33.771 (ou 70.000) judeus...-----------------------------------------------------------------------------------------
Adiante, Mattogno explora a questão da evidência física. Primeiramente, o que deveria ser relembrado:
Com a data especificada no quarto capítulo, a cremação de 33.771 corpos deveria requerer aproximadamente 4.500 toneladas de lenha e aproximadamente 430 toneladas de freixo de madeira e cerca de 190 toneladas de cinzas humanas teriam sido geradas no processo.
Vamos tomar a data da postagem do Roberto sobre Mattogno e Belzec (mantendo em mente que poderá ser corrigido no futuro, se uma nova data aparecer), e assumir que 100.000 corpos com uma média de peso de 45 kg (havia muitos de crianças e mulheres entre as vítimas, embora provavelmente não tanto quanto em Belzec). Isto é cerca de 4.500 toneladas de corpos. 5% disto são 225 toneladas (se seguirmos as regras de Mattogno). Novamente, aceitando as generosas hipóteses de Roberto (i.e. sem considerar a decomposição dos corpos), o freixo de madeira constituiria cerca de 360 toneladas. Juntos - 585 toneladas. SKs atestam que estavam misturando as lenhas com areia e terra dentro e ao redor da ravina, e escavando isso nas proximidades dos hortos, campos, etc. Eles estiveram trabalhando por cerca de 40 dias. I.e. em média teriam que transportar e dissipar algo em torno de 14.6 toneladas de lenha por dia. Estiveram trabalhando entre 12-15 horas, de acordo com seus testemunhos. Assumindo 12 horas de trabalho diário, eles tinham que gastar 1.2 toneladas de lenha por hora. Assumindo 30 kg por pessoa, eles precisariam de cerca de 40 SKs cheios de lenha pra consumir - cada um tendo que gastar 30 kg por hora. E eles tinham que pelo menos ter 300 pessoas trabalhando na ravina. Esses números são muito aproximados, e possivelmente a situação era muito melhor do ponto de vista logístico, e a flexibilidade é bem grande. Suponha que eles estavam sempre trabalhando 15 horas. Então precisariam de apenas 32 homens. Suponha que não precisavam de uma hora para consumir 30 kg de lenha... Etc., etc., etc. Então sim, era possível dispersar lenha e ossos ao redor da área.
Não, não seria possível destruir as lenhas e pedaços de bones completamente, mas ninguém afirma que isto foi feito.
E.g. em seu livro Anatolij Kuznetsov descreve sua viagem à ravina com seu amigo não muito depois da incineração ter parado:
Sabíamos deste riacho perfeitamente... continha areia de textura granulada, mas agora por alguma razão foi cheio com seixos brancos.
Eu parei e me aproximei para dar uma olhada de perto. Era um pedaço queimado de um osso, tamanho de um cravo, branco de um lado, escuro do outro lado. O riacho os carregou para algum lugar. [...]
Então andamos por um longo tempo ao redor destes ossos, até alcançarmos o início da ravina, onde o riacho desaparecia - isto é originado de muitas fontes filtradas de camadas arenosas, e isto é de onde os ossos vieram.
A ravina tornou-se estreita... e o local da areia tornou-se cinza. De repente nós compreendíamos que estávamos andando sobre cinzas humanas.
[...]
Nós andamos ao redor um pouco, encontramos muitos ossos inteiros, crânio fresco(ainda molhado) e novamente pedaços de cinzas negras entre a areia cinza.
Eu apanhei um pedaço, de cerca de dois quilogramas, levei isso comigo e o mantive. Isto são as cinzas de muita gente, tudo está misturado neles - cinzas internacionais, por assim dizer.
(JFYI, Kuznetsov não era judeu, ele era meio-ucraniano, meio-russo; ele escapou da URSS em 1969, levando uma versão não censurada de Babij Jar com ele. A versão completa é extremamente crítica ao regime stalinista, então, claro, não poderia ser publicada na URSS por completo. Numa carta de 1965 a Shlomo Even - Shoshan Kuznetsov escreveu:
Eu não me identifico nem com os sionistas, e nem com os anti-semitas - ambas [ideologias] são igualmente repulsivas para mim, e eu estou escrevendo minha história do que penso ser a única posição correta - a internacionalista).Agora, considere os disparates de Mattogno sobre as fotos feitas pela comissão soviética:
Depois dos soviéticos terem reconquistado Kiev, uma comissão de investigação feita a sua maneira foi para Babi Yar e tirou algumas fotografias, que foram imortalizadas num álbum. Três das fotos supostamente exibidas numa primeira e segunda "zona onde os corpos foram queimados."[643] Em outra, os "fragmentos dos fornos e da gruta dentro da qual os prisioneiros que tinha cremado os corpos conseguiram escapar" são alegadamente mostrados.[644] Os títulos destas fotos são absurdos; a única atual, onde os objetos que são claramente reconhecíveis são uns poucos sapatos podres e alguns farrapos, que foram detalhadamente fotogrados pelos soviéticos e foram descritas como se segue:[643]Por que os títulos são "absurdas"? Fotos por si só não são suficientes, e os títulos fornenecem o contexto. Certamente, e exatamente porque não são muito "reconhecíveis" nas fotos, os títulos são necessárias.
"Fragmentos de sapatos e pedaços de roupas dos cidadãos soviéticos mortos pelos alemães."
Dessa forma, o material de evidência mais importante para o fuzilamento de 33.771 (ou 70.000) judeus e posterior escavação e cremação de seus corpos, que foram descobertos na cena do crime pelos soviéticos, consiste de poucos sapatos e alguns farrapos! Se, entretanto, os soviéticos tivessem se esforçado para documentar as coisas, que não tinham nenhuma conexão com as acusações, que circo propagandístico teriam apresentado se eles tivesem realmente descoberto as valas em massa com com um total de mais de um milhão judeus assassinados (assim como o incontável número de não-judeus)? Já aquele circo propagandístico fracassou em acontecer, desde que os soviétivos não encontraram nada que pudessem ser comparáveis às descobertas feitas por alemães em Katyn e Vinnitsa!De repente Mattogno salta do tema de Babiy Yar para o tema das valas em massa em geral, com as quais nós tratamos aqui e aqui. No que especificamente diz respeito à Babyi Yar, não já existem mais valas em massa lá, nada para o "circo propagandístico".
O foco, portanto, foi sobre a investigação das proximidades do campo de Syretsky, na qual muitos corpos não queimados foram encontrados.
E que eu saiba não há qualquer "circo propagandístico" associado com estes horríveis achados.
O circo real aqui é o tratamento dos negadores ao massacre de Babiy Yar, que se espelha em seu tratamento do Holocausto no geral.
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Porque é negação e não revisionismo. Parte V: negadores e o massacre de Babiy Yar (3)
Porque é negação e não revisionismo. Parte V: negadores e o massacre de Babiy Yar (3)
John Ball é um negador do Holocausto bem conhecido cuja especialidade é "análise" das fotos aéreas do tempo de guerra dos campos nazistas. Para uma introdução à sua metodologia ver o execelente artigo "See No Evil: John Ball's Blundering Air Photo Analysis"(Não ver nenhum mal: a análise errônea das fotos aéreas, por John Ball). Para informação sobre a credibilidade profissional e intelectual de Ball ver "John Ball: Air Photo Expert?"(John Ball: especialista em foto aérea?) e "John Ball's $100,000 Challenge: Where is John Ball?" (O desafio de $100.000 de John Ball: onde está John Ball?).
Um dos argumentos de Ball a respeito do massacre Babiy Yar está como se segue:
Erros factuais flagrantes imediatamente traem a ignorância histórica de Ball. E.g., é sabido que muito mais que 33.000 pessoas foram queimadas em Babiy Yar (isto será discutido na próxima postagem das séries). Os Sonderkommandos não pararam seu trabalho em 19 de setembro (ver abaixo; esta pode ter sido um errata na fonte usada por Ball ("19" em vez de "29"), but even so, mostra que Ball simplesmente não pesquisou a questão adeqüadamente). E há muito mais evidência pro massacre que simples testemunhos.
Fotos tiradas em 26 de setembro, 1943 podem ser examinadas no site do USHMM(Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos).
Você pode ver a área "analisada" por Ball neste site.
Aqui um pequeno exercício: compare a área examinada por John Ball com a ravina na foto. Deixe-me tornar isso mais fácil pra você:
OK, então Ball "esqueceu" a maior parte da ravina em sua "análise". Para aqueles que conhecem os 'métodos dos negadores' isto não chega a ser surpreendente.
Quais fontes acadêmicas dizem que pessoas estavam sendo mortas exatamente nesta parte da ravina? Nenhuma que eu saiba.
A questão das localizações exatas dos assassinatos é um pouco controversa em virtude de que durante a tragédia de Kurenyovka de 1961 Babiy Yar foi destruída e as tentativas de pôr os locais exatos dos fuzilamentos em massa nos mapas parecem datar após 1961. Até então Babiy Yar, exceto por um breve período de guerra e período pós-guerra, foi uma mancha política dolorida para dirigentes soviéticos, que até tentaram gradualmente destruir a si mesmos, ao se desfazer da cobertura na ravina. E, de fato, isto foi o que conduziu pra tragédia que tirou muitas vidas em 1961.
Pode ser dito com certeza que pessoas foram mortas em diferentes partes de Babiy Yar (e não poderia ter sido de outra forma, considerando o número de vítimas e tempo restritos). Mas em nenhum dos planos vi a área de Ball ser alegada a ser o local dos fuzilamentos.
Aqui estão vários planos, a considerar:
1) O plano de http://www.jewukr.org/observer/jo15_34/map_main1.php, baseado em vários outros mapas e fontes. Prováveis locais dos fuzilamentos (de acordo com o site) são indicados por "1".
2) Um plano relativamente recente de "Kyivprojekt", no qual cruzes indicam os prováveis locais dos fuzilamentos de acordo com suas fontes.
Fonte: Babij Jar: chelovek, vlast', istorija, vol. 1, compiled by T. Yevstafjeva, Vitalij Nakhmanovich; Kiev, Vneshtorgizdat Ukrainy, 2004.
Aqui está outra versão deste plano (fonte), com mudanças no relevo pré-guerra marcado em vermelho. O relevo pré-guerra foi comparado com uma pesquisa geodésica de 1960. I.e., este plano denota possíveis áreas de fuzilamento/enterro (isto porque os nazis tentaram usar explosivos para explodir os "muros" da ravina). Deveria ser notado que por si só a falta de mudanças nos contornos não significa necessariamente que alguns lugares não foram usados por execuções.
3) O plano de 1969 com a área geral de fuzilamentos foi estabelecido com a ajuda de vários sobreviventes. Novamente, o plano foi feito várias anos depois de Babiy Yar ter sido obliterada, então não espere absoluta exatidão ou perfeição.
Fonte: Yevstafjeva, Nakhmanovich, op. cit.
Repetindo: em cada um dos planos a informação pode não ser completa mas nenhum deles considera a área de Balll como o local onde quaisquer assassinatos foram cometidos.
Sem palavras, realmente. Aqui nós temos um vil ignorante, tentando "provar" que assassinatos de dezenas de milhares não ocorreu, baseado em nada além de sua própria idiotice.
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Agora, o que podemos dizer sobre a relevância das fotos aéreas feitas em 26 de setembro de 1943? De acordo com o sobrevivente do Sonderkommando Vladimir Davydov, em 25-26 de setembro, a ação de incineração tinha sido quase finalizada. (Yevstafjeva, Nakhmanovich, op. cit., p. 148). A última fase desta ação consistiu na execução de um repasse de coisas - desmantelar camuflagem, nivelar a terra, levantar uma última pira (ibid.). SKs adivinhou que esta pira era para eles mesmos; e provavelmente eles estavam corretos. De qualquer forma, os Sonderkommandos revoltaram-se em 29 de setembro de 1943 (exatamente dois anos desde o começo do massaccre) e vários deles organizaram a fuga. Então, a foto foi tirada durante a fase final, vários dias antes da fuga, e basicamente, isto significa que não é necessário que nós devêssemos ver quaisquer colunas de fumaça nas fotos. Podemos encontrar algo, mas então novamente, poderemos não encontrar. Ambos resultados são compatíveis com a história comprovada.
São traços de atividade associada com incineração em massa (remoção de sinais/alteração de terra próxima e dentro da ravina) visível nesta foto? Está acima para especialistas decidirem, mas parece que as datas destas fotos não foram seriamente analisadas por quaisquer especialistas em fotografia aérea (Ball não conta, mil perdões).
Minha reconhecidamente interpretação amadorística é de que uma enorme parte da ravina está coberta por sombra, então é inteiramente possível que simplesmente não ]podemos ver algumas coisas interessantes que estavam acontecendo naquele momento. É difícil para eu dizer se há qualquer "remoção" de carros, etc., em qualquer lugar na foto, mas negadores certamente não provam que não há qualquer uma, ou, se isso não é certamente visível na foto aérea que tinha que estar numa escala grande, como também ser visível. Eles nem mesmo mostraram como aquela remoção de sinais/alteração deveria parecer, de acordo com as fotos aéreas análogas. Então, como eles dizem, a decisão é deles*.
[* Nota da tradução: pode haver na frase um trocadilho com o nome de John Ball com uma a expressão idiomática "the ball is in their court" que significa algo como "tomar uma decisão"]
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/thats-why-it-is-denial-not-revisionism.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
John Ball é um negador do Holocausto bem conhecido cuja especialidade é "análise" das fotos aéreas do tempo de guerra dos campos nazistas. Para uma introdução à sua metodologia ver o execelente artigo "See No Evil: John Ball's Blundering Air Photo Analysis"(Não ver nenhum mal: a análise errônea das fotos aéreas, por John Ball). Para informação sobre a credibilidade profissional e intelectual de Ball ver "John Ball: Air Photo Expert?"(John Ball: especialista em foto aérea?) e "John Ball's $100,000 Challenge: Where is John Ball?" (O desafio de $100.000 de John Ball: onde está John Ball?).
Um dos argumentos de Ball a respeito do massacre Babiy Yar está como se segue:
ALEGAÇÕES SÃO DE QUE 33.771 CORPOS FORAM QUEIMADOS NA RAVINA BABI YAR(ou ver aqui.)
Em 1941 as ravinas de Babi Yar sofreram uma série de drenagens por canais de subida que uma vez drenaram do rio Dnieper à noroeste de Kiev na região da Ucrânia da União Soviética. Os canais superiores tinham flat bottoms.
É alegado que em 1941 em 28 e 29 de setembro, 33.771 judeus de Kiev foram ordenados a seguir até o final da rua Melnik onde o cemitério judeu encontra a ravina de Babi Yar. Lá eles marcharam em pequenos grupos a beira da ravina e do maquinário de fuzilamento dos soldados das Waffen-SS.
Em 1943 de 18 de agosto à 19 de setembro, 327 trabalhadores viviam na ravina enquanto escavavam os 33.000 corpos e os queimava em trilhos atados e molhados com gasolina.
Durante a cheia dos anos de 1970 a ravina foi arada e hoje não há nenhuma foto ou outra evidência dos outros crimes além dos relatos de testemunhas oculares. (Ref.: _Encyclopedia of the Holocaust_, pages 113-115.)
Os arquivos de Kiev liberaram esta nebulosa foto em 1990 que é a melhor e mais conhecida foto da Babi Yar seca no canal de subida. As vítimas alegadamente caíram na ravina e foram enterradas depois de serem mortas, e só então dois anos mais tarde foram desenterradas e queimadas. Não é conhecido se quaisquer estradas passaram pelos muros íngremes até o fundo plano. (Ref.: Wolski, M., _Fact Sheet on the 50th Anniversary of the Babi Yar Massacre, October, 1991_)
26 DE SETEMBRO, 1943: esta foto foi tirada uma semana depois do fim das supostas cremações em massa na ravina. Se 33.000 pessoas foram exumadas e cremadas, a evidência do veículo e tráfego para suprimento de gasolina deveria ser evidente na área onde o cemitério judaico encontra a ravina de Babi Yar, entretanto não há nenhuma evidência do tráfego ou sobre o fim da estreita estrada que avança para a ravina no fim da rua Melnik, ou na grama e arbustos dentro ou nos cantos do cemitério. [Marcado: Localização dos alegados fuzilamentos e cremações at edge do cemitério judaico na ravina de Babi Yar, ravina de Babi Yar, cemitério ortodoxo, cemitério judaico e rua Melnik.] [Ref.: GX 3938 SG, exp. 104 & 105]
26 DE SETEMBRO, 1943: Uma ampliação não revela nenhuma evidência de que 325 pessoas estavam trabalhando na ravina finalizando a cremação de 33.000 corpos apenas uma semana antes, e que muitos caminhões de combustível teriam que ter trazido, e não existem quaisquer marcas do trânsito do veículo ou na grama ou arbustos ao lado do cemitério judaico ou na ravina onde os corpos foram supostamente queimados. [Ref.: GX 3938 SG, exp. 105]
1943 FOTOS AÉREAS DA RAVINA BABI YAR E DO ADJACENTE CEMITÉRIO JUDAICO EM KIEV REVELAM QUE NEM O SOLO E NEM A VEGETAÇÃO ESTÃO MEXIDOS COMO SERIA ESPERADO SE MATERIAIS E GASOLINA TIVESSEM SIDO TRANSPORTADOS UMA SEMANA ANTES PARA CENTENAS DE TRABALHADORES QUE ESCAVARAM E QUEIMARAM DEZENAS DE MILHARES DE CORPOS EM UM MÊS.
Erros factuais flagrantes imediatamente traem a ignorância histórica de Ball. E.g., é sabido que muito mais que 33.000 pessoas foram queimadas em Babiy Yar (isto será discutido na próxima postagem das séries). Os Sonderkommandos não pararam seu trabalho em 19 de setembro (ver abaixo; esta pode ter sido um errata na fonte usada por Ball ("19" em vez de "29"), but even so, mostra que Ball simplesmente não pesquisou a questão adeqüadamente). E há muito mais evidência pro massacre que simples testemunhos.
Fotos tiradas em 26 de setembro, 1943 podem ser examinadas no site do USHMM(Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos).
Você pode ver a área "analisada" por Ball neste site.
Aqui um pequeno exercício: compare a área examinada por John Ball com a ravina na foto. Deixe-me tornar isso mais fácil pra você:
OK, então Ball "esqueceu" a maior parte da ravina em sua "análise". Para aqueles que conhecem os 'métodos dos negadores' isto não chega a ser surpreendente.
Quais fontes acadêmicas dizem que pessoas estavam sendo mortas exatamente nesta parte da ravina? Nenhuma que eu saiba.
A questão das localizações exatas dos assassinatos é um pouco controversa em virtude de que durante a tragédia de Kurenyovka de 1961 Babiy Yar foi destruída e as tentativas de pôr os locais exatos dos fuzilamentos em massa nos mapas parecem datar após 1961. Até então Babiy Yar, exceto por um breve período de guerra e período pós-guerra, foi uma mancha política dolorida para dirigentes soviéticos, que até tentaram gradualmente destruir a si mesmos, ao se desfazer da cobertura na ravina. E, de fato, isto foi o que conduziu pra tragédia que tirou muitas vidas em 1961.
Pode ser dito com certeza que pessoas foram mortas em diferentes partes de Babiy Yar (e não poderia ter sido de outra forma, considerando o número de vítimas e tempo restritos). Mas em nenhum dos planos vi a área de Ball ser alegada a ser o local dos fuzilamentos.
Aqui estão vários planos, a considerar:
1) O plano de http://www.jewukr.org/observer/jo15_34/map_main1.php, baseado em vários outros mapas e fontes. Prováveis locais dos fuzilamentos (de acordo com o site) são indicados por "1".
2) Um plano relativamente recente de "Kyivprojekt", no qual cruzes indicam os prováveis locais dos fuzilamentos de acordo com suas fontes.
Fonte: Babij Jar: chelovek, vlast', istorija, vol. 1, compiled by T. Yevstafjeva, Vitalij Nakhmanovich; Kiev, Vneshtorgizdat Ukrainy, 2004.
Aqui está outra versão deste plano (fonte), com mudanças no relevo pré-guerra marcado em vermelho. O relevo pré-guerra foi comparado com uma pesquisa geodésica de 1960. I.e., este plano denota possíveis áreas de fuzilamento/enterro (isto porque os nazis tentaram usar explosivos para explodir os "muros" da ravina). Deveria ser notado que por si só a falta de mudanças nos contornos não significa necessariamente que alguns lugares não foram usados por execuções.
3) O plano de 1969 com a área geral de fuzilamentos foi estabelecido com a ajuda de vários sobreviventes. Novamente, o plano foi feito várias anos depois de Babiy Yar ter sido obliterada, então não espere absoluta exatidão ou perfeição.
Fonte: Yevstafjeva, Nakhmanovich, op. cit.
Repetindo: em cada um dos planos a informação pode não ser completa mas nenhum deles considera a área de Balll como o local onde quaisquer assassinatos foram cometidos.
Sem palavras, realmente. Aqui nós temos um vil ignorante, tentando "provar" que assassinatos de dezenas de milhares não ocorreu, baseado em nada além de sua própria idiotice.
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Agora, o que podemos dizer sobre a relevância das fotos aéreas feitas em 26 de setembro de 1943? De acordo com o sobrevivente do Sonderkommando Vladimir Davydov, em 25-26 de setembro, a ação de incineração tinha sido quase finalizada. (Yevstafjeva, Nakhmanovich, op. cit., p. 148). A última fase desta ação consistiu na execução de um repasse de coisas - desmantelar camuflagem, nivelar a terra, levantar uma última pira (ibid.). SKs adivinhou que esta pira era para eles mesmos; e provavelmente eles estavam corretos. De qualquer forma, os Sonderkommandos revoltaram-se em 29 de setembro de 1943 (exatamente dois anos desde o começo do massaccre) e vários deles organizaram a fuga. Então, a foto foi tirada durante a fase final, vários dias antes da fuga, e basicamente, isto significa que não é necessário que nós devêssemos ver quaisquer colunas de fumaça nas fotos. Podemos encontrar algo, mas então novamente, poderemos não encontrar. Ambos resultados são compatíveis com a história comprovada.
São traços de atividade associada com incineração em massa (remoção de sinais/alteração de terra próxima e dentro da ravina) visível nesta foto? Está acima para especialistas decidirem, mas parece que as datas destas fotos não foram seriamente analisadas por quaisquer especialistas em fotografia aérea (Ball não conta, mil perdões).
Minha reconhecidamente interpretação amadorística é de que uma enorme parte da ravina está coberta por sombra, então é inteiramente possível que simplesmente não ]podemos ver algumas coisas interessantes que estavam acontecendo naquele momento. É difícil para eu dizer se há qualquer "remoção" de carros, etc., em qualquer lugar na foto, mas negadores certamente não provam que não há qualquer uma, ou, se isso não é certamente visível na foto aérea que tinha que estar numa escala grande, como também ser visível. Eles nem mesmo mostraram como aquela remoção de sinais/alteração deveria parecer, de acordo com as fotos aéreas análogas. Então, como eles dizem, a decisão é deles*.
[* Nota da tradução: pode haver na frase um trocadilho com o nome de John Ball com uma a expressão idiomática "the ball is in their court" que significa algo como "tomar uma decisão"]
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/thats-why-it-is-denial-not-revisionism.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Porque é negação e não revisionismo. Parte IV: negadores e o massacre de Babiy Yar (2)
Porque é negação e não revisionismo. Parte IV: negadores e o massacre de Babiy Yar (2)
Um bem conhecido negador faz firulas sobre as declarações das testemunhas a respeito do sangue aparecendo nos locais das execuções em massa. Talvez a mais famosa acusação seja a de Bradley Smith contra Elie Wiesel:
Claro, os negadores dirão que é impossível. Agora, eu não sou um especialista, mas aqui está um extrato do relatório feito depois da tragédia de Kurenyovka (que também destruiu a ravina) entitulado "Geological characteristic of the emergency strip in Babiy Yar region"(Característica geológica da na região de Babiy Yar) (1961; ênfase minha):
Dado que a ravina corta os aqüíferos, presumidamente não seria surpreendente que líquidos dos corpos aparecessem em outro lugar.
Mas eles jorrariam como gêiseres acima das valas? Bem, "gêiser" é provavelmente a palavra errada usada aqui. Mas considere este relatório, "1.500 ovelhas a serem desenterradas com os corpos escorrendo líquidos" (ênfase minha):
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_10.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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Site sobre o problema(a queimada) em Gales com os cadáveres de ovelhas:
http://www.epynt-disaster.co.uk/
Apenas mais uma prova do ocorrido citado no texto acima para atestar e reforçar a demonstração de como negadores do Holocausto("revisionistas")ignoram fatos e fontes de forma proposital e distorcem os mesmos quando lhes é conveniente para justificarou dar crédito às suas deturpações.
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
Um bem conhecido negador faz firulas sobre as declarações das testemunhas a respeito do sangue aparecendo nos locais das execuções em massa. Talvez a mais famosa acusação seja a de Bradley Smith contra Elie Wiesel:
EW(Elie Wiesel) afirma que depois dos judeus serem executados em Babi Yar na Ucrânia, "gêiseres de sangue" jorraram de suas valas por "meses" mais tarde (ver Paroles d'etranger, 1982, p. 86). Impossível? Sim, é. Os professores acreditam nisto?Primeiramente, como John Silber ressalta, isto não pode ser nada além de boato, então o ponto de Smith é fraco. Porém, o relato de Wiesel é parcialmente corroborado por um diário contemporâneo de Irina Khoroshunova, que em 14.10.1941 escreveu:
Nós sabemos, já sabemos com certeza, que o sangue jorrava de Babiy Yar e estava jorrando a uma distância de quilômetros do cemitério.(Fonte: E. Wiehn, Die Schoah von Babiy Yar, Konstanz, Hartung-Gorre, 1991, p. 304; presumidamente, isto significa cemitério de Lukjanovskoje).
Claro, os negadores dirão que é impossível. Agora, eu não sou um especialista, mas aqui está um extrato do relatório feito depois da tragédia de Kurenyovka (que também destruiu a ravina) entitulado "Geological characteristic of the emergency strip in Babiy Yar region"(Característica geológica da na região de Babiy Yar) (1961; ênfase minha):
[...](Fonte: Babij Jar: chelovek, vlast', istorija, vol. 1, compilado por T. Yevstafjeva, Vitalij Nakhmanovich; Kiev, Vneshtorgizdat Ucrânia, 2004.)
A faixa na qual em 13 de março de 1961 o movimento catastrófico de massas de terra aconteceu está restrita a parte superior e média de Babiy Yar, que foi 35-40 m profundidade. A ravina corta os aqüíferos, que é a razão pela qual a parte de fundo dos declives e o fundo em si serem parcialmente encharcados.
A permanente canal no fundo usualmente tem a taxa de fluxo d'água de 8-10 litros/seg. Juntos com o largo sistema avançado de ramos superiores, Babiy Yar é uma grande área de captação d'água e isto se dá porque quando chove o fluxo de água de repente aumenta.
[...]
Dado que a ravina corta os aqüíferos, presumidamente não seria surpreendente que líquidos dos corpos aparecessem em outro lugar.
Mas eles jorrariam como gêiseres acima das valas? Bem, "gêiser" é provavelmente a palavra errada usada aqui. Mas considere este relatório, "1.500 ovelhas a serem desenterradas com os corpos escorrendo líquidos" (ênfase minha):
AS carcaças de 1.500 ovelhas abatidas há cinco semanas porque estavam infectadas, com as patas e a boca a serem desenterradas e queimadas pelo MAFF(Ministério de Agricultura, Pesca e Consumo, Reino Unido)depois do sangue encontrado borbulhando do chão.Isto são 1500 ovelhas. Agora imagine o que aconteceria com 34.000 corpos num verão indiano em 1941.
[...]
Segue a descoberta de uma semana atrás de que 15.000 ovelhas enterradas nos campos de tiro do exército em Epynt, Médio Gales(País de Gales), estavam com fluidos escorrendo do corpo ao nível d'água e teriam que ser desenterradas e queimadas. Richard Tutton, que cultiva em Buttington Hall, disse: "Elas foram enterradas há cinco semanas atrás. A cova foi muito grande, eficiente e profunda.
"Temos tido uma chuva horrenda desde então. A água tem bem debaixo e houve sorte de borbulhar. Não alcançou o rio ou qualquer coisa. Eles estão apanhando isso antes que qualquer coisa mais séria aconteça."
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_10.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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Site sobre o problema(a queimada) em Gales com os cadáveres de ovelhas:
http://www.epynt-disaster.co.uk/
Apenas mais uma prova do ocorrido citado no texto acima para atestar e reforçar a demonstração de como negadores do Holocausto("revisionistas")ignoram fatos e fontes de forma proposital e distorcem os mesmos quando lhes é conveniente para justificarou dar crédito às suas deturpações.
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
domingo, 14 de dezembro de 2008
Porque é negação e não revisionismo. Parte III: negadores e o massacre de Babiy Yar (1)
Porque é negação e não revisionismo. Parte III: negadores e o massacre de Babiy Yar (1)
Em 28 de setembro de 1941, pessoas de Kiev viram esta notícia nos muros e cercas ao redor da cidade:
(Nota 1: A. Kuznetsov cita outra versão da notícia, na qual os nomes das ruas eram transcritas como "Mel'nikovskoj i Dokhturovskoj", e não "Mel'nikovoj i Dokterivskoj"; as verdadeiras ruas eram na realidade chamadas de rua Mel'nikova e rua Degtyaryovskaja - é óbvio que os alemães usaram algum mau tradutor, e não um local.
Nota 2: a palavra usada na versão russa é "zhidy", ao mesmo tempo um termo ofensivo, provavelmente melhor traduzido como "kikes".
Nota 3: a notícia na realidade consiste de 1 coluna - a primeira parte está em russo, a segunda em ucraniano, a terceira - em alemão).
No dia seguinte milhares de judeus reuniram-se num "reassentamento". O destino destes judeus é descrito em pelo menos 9 documentos alemães dos tempos de guerra.
1. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 97, 28.09.1941:
2. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 101, 02.10.1941:
3. Relatório secreto de Hans Koch sobre a situação em Kiev, 05.10.1941:
4. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 106, 07.10.1941:
(Nota: a diferença em números neste relatório muito provavelmente provém do fato de que foi automaticamente compilado de relatórios mais recentes. Estimativas de "35.000" e "33,771" são situadas em duas partes separadas do relatório - "Kiev" e "Executions and Other Measures"; cf. Koch's report).
5. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 111, 12.10.1941:
6. Relatório de Atividade da 454ª Divisão de Segurança para o período de 1-10 de outubro de 1941, 12.10.1941:
7. Relatório de Atividade e Situação no. 6. da Força-tarefa da Polícia de Segurança e o SD na URSS, cobrindo entre 01-31.10.1941:
8. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 128, 03.11.1941:
9. Finalmente, Christopher Browning fornece a seguinte informação:
(Nota: os agradecimentos vão para David Thompson por coletar 7 destes documentos em um único lugar).
De testemunhos de sobreviventes, perpetradores, observadores, e da extraordinária série de fotos feitas por Johannes Haehle sabemos que o massacre aconteceu na ravina conhecida como Babiy Yar (Babij Jar, Babyn Yar, Baby Yar). Dada a riqueza da evidência documental, eu não iniciarei citando a evidência testemunhal para o massacre.
Agora, nenhuma pessoa sã e inteligente pensaria mesmo em confrontar o evento apoiado por tão blindada evidência. Mas, claro, negadores do Holocausto fazem apenas isto - eles ou negam ou minimizam o massacre. Vamos ver que truques eles usam.
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Nosso primeiro paciente é um certo Herbert Tiedemann, que escreveu um artigo "Babi Yar: Critical Questions and Comments" (Babi Yar: Perguntas críticas e comentários) (versão antiga) para Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto) de Rudolf.
Não há muito senso em responder cada e todo pequeno "ponto" que Tiedemann faz. Será suficiente apontar os erros mais significantes.
1) Tiedemann não lida com os documentos citados acima exceto na maioria dos termos gerais. Por exemplo, ele menciona o documento no. 7 apenas para lançar dúvida sobre isso, por citar sua estimativa exagerada do pré-guerra da população judaica de Kiev, como se isto pudesse desacreditar o documento de qualquer jeito. Ele não cita a parte incriminatória.
2) Na versão antiga Tiedemann não se mostrou nem mesmo informado do magnífico Babi Yar: A Document in the Form of a Novel(Babi Yar: Um documento em formato de novela)de Anatolij Kuznetsov, que apenas mostra sua assumida ignorância em seu "descrédito público" sem nunca ter lido um dos mais importantes livros sobre o tema.
3) Em ambas versões Tiedemann cita apenas um único Sonderkommando judaico, Vilkis (sem designá-lo como tal). Até depois de finalmente achar o livro de Kuznetsov, ele não menciona Vladimir Davydov, cujo testemunho está contido nisto. Nem se mostra informado sobre Kaper, Budnik ou Trubakov. Tanta ignorância é impressionante.
4) Tiedemann mostra sua total falta de conhecimento da historiografia do Holocausto em geral. Considere isto:
Bem... dã! Qualquer pessoa seriamente interessado na questão sabe que a Conferência de Wannsee foi a respeito da "solução da questão judaica" mas não no território soviético, mas como bem num sistema pan-europeu. O genocídio dos judeus na URSS iniciou muito mais cedo que no resto da Europa, e antes de Hitler decidir que todos os judeus europeus viessem a ser exterminados. Isto é historiografia do Holocausto 101.
5) Tiedemann usa a mais importante regra da negação: se qualquer fonte relatando sobre um evento estiver errada, o evento em si é duvidoso. O artigo de Tiedemann consiste principalmente de citações de fontes secundárias, reportando (freqüentemente de forma incorreta) sobre o massacre, e seus tolos comentários. Considere este exemplo:
Nota das perguntas "comoventes" de Tiedemann. Desde que ninguém argúi que os judeus foram afogados no Dniepr, por que perguntar a eles? Continuar a discutir um assunto encerrado parece ser o hobby de Tiedemann.
Um outro exemplo:
Desde que Tiedemann empregou este truque em todo o artigo, pode ser certamente rechaçado como um grande non sequitur(falácia lógica).
6) Tiedemann apresenta um absoluta falta de entendimento das realidades soviéticas. Todos seus exemplos de reações do dirigente soviético à Babiy Yar (observações de Khrushchev, depósito de lixo, etc.) não são no mínimo surpreendentes para aqueles versados sobre a política judaica soviética do pós-guerra. Alguém poderia pensar que o tratamento de Tiedemann deste tema não poderia ter sido mais ridículo, mas ele supera a si mesmo ao perguntar:
Bem, chega disto. Até para ler a respeito deste "estudo" faz qualquer um se sentir estúpido. Havia ainda alguns pontos a serem endereçados, tal como o overall número de vítimas de fotos aéreas, que será feito no devido tempo.
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_07.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
Em 28 de setembro de 1941, pessoas de Kiev viram esta notícia nos muros e cercas ao redor da cidade:
Todos os judeus da cidade de Kiev e suas imediações estão para chegar às 8 horas da manhã de segunda, 29 de setembro de 1941, nas esquinas das ruas Mel'nikova e Dokterivskaja (próximas aos cemitérios).
Estão levando seus documentos, dinheiro, objetos de valor, como também agasalhos, roupa de baixo, etc.
Qualquer judeu que não cumprir esta instrução e que seja encontrado em qualquer lugar será morto.
Qualquer cidadão invadadindo apartamentos abandonados por judeus e roubando propriedade será morto.
(Nota 1: A. Kuznetsov cita outra versão da notícia, na qual os nomes das ruas eram transcritas como "Mel'nikovskoj i Dokhturovskoj", e não "Mel'nikovoj i Dokterivskoj"; as verdadeiras ruas eram na realidade chamadas de rua Mel'nikova e rua Degtyaryovskaja - é óbvio que os alemães usaram algum mau tradutor, e não um local.
Nota 2: a palavra usada na versão russa é "zhidy", ao mesmo tempo um termo ofensivo, provavelmente melhor traduzido como "kikes".
Nota 3: a notícia na realidade consiste de 1 coluna - a primeira parte está em russo, a segunda em ucraniano, a terceira - em alemão).
No dia seguinte milhares de judeus reuniram-se num "reassentamento". O destino destes judeus é descrito em pelo menos 9 documentos alemães dos tempos de guerra.
1. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 97, 28.09.1941:
Em 24 de setembro, explosões violentas nos quarteirões da Feldkommandatur; o seguinte incêndio não foi ainda apagado. Fogo no centro da cidade. Muitos prédios de valor destruídos.Fonte.
[...]
Como foi provado, judeus tiveram uma pré-eminente participação. Alegadamente 150.000 judeus vivendo aqui. A verificação destas declarações não foi possível ainda. 1.600 prisões no curso da primeira ação, medidas evoluindo para checar por inteiro a população judaica. Execução de pelo menos 50.000 judeus planejada. O Exército alemão saúda as medidas e demanda drástico procedimento. Comandante Garrison advoga execução pública de 20 judeus.
2. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 101, 02.10.1941:
Sonderkommando 4a em colaboração com o Einsatzgruppe HQ e dois Kommandos de regimento policial do Sul, executou 33.771 judeus em Kiev em 29 e 30 setembro de 1941.Fonte.
3. Relatório secreto de Hans Koch sobre a situação em Kiev, 05.10.1941:
Fogo em Kiev em 24-29 de setembro de 1941 destruiu o centro da cidade, i.e.(ou seja)a parte mais linda e majestosa... o fogo afetou uma área de cerca de 2 quilômetros quadrados, cerca de 50 mil estão desabrigados; com dificuldade eles estão alojados em apartamentos abandonados. Em punição por uma óbvia sabotagem, em 29-30 de setembro, judeus da cidade foram exterminados, no geral (de acordo com os destacamentos operacionais das SS) cerca de 35 mil pessoas, metade deles - mulheres...Citado por Mikhail Koval' em "Tragedija Babjego Jara: istorija i sovremennost'", Novaja i novejshaja istorija, 1998, no. 4. Ele cita outra fonte secundária, mas dá a fonte de arquivo como GARF, f. 7445, op. 2, d. 138, l. 269.
4. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 106, 07.10.1941:
Como resultado da destruição de prédios em particular e da evacuação dos distritos ameaçados ordenados pelas autoridades, aproximadamente 25.000 pessoas ficaram sem abrigo e tinham que passar os primeiros poucos dias da ocupação na rua. Os inconveniences resultados disto foram aceitos pela população com calma. Nenhum sério incidente ou pânico ocorreu. Enquanto isso os apartamentos evacuados, tão distante quanto não foram destruídos por incêndios ou explosões, foram novamente postos à disposição da população. Além disso um número adequado de apartamentos foram evacuados através da liquidação de aproximadamente 35.000 judeus em 29 e 30 de setembro de 1941, de modo que agora o abrigo para os sem-tetos está seguro e foi também por enquanto alocado.Fonte.
[...]
Parcialmente por causa da situação econômica melhor dos judeus sob o regime bolchevique e suas atividades como informantes e agentes do NKVD, parcialmente por conta das explosões e os incêndios resultantes, o sentimento público contra os judeus era muito forte. Como um fator adicional foi provado que judeus participaram do incêndio premeditado. A população esperava uma retaliação adequada por parte das autoridades alemãs. Conseqüentemente todos os judeus de Kiev foram presos, e de acordo com o comandante da cidade, a se apresentarem na segunda, 29 de setembro às 8 horas no local designado. Estes anúncios foram publicados por membros da milícia ucraniana na cidade inteira. Simultaneamente foi anunciado oralmente que todos os judeus seriam removidos. Em colaboração com o grupo de apoio e 2 Kommandos do regimento de polícia Sul, o Sonderkommando 4a executou em 29 e 30 de setembro, 33.771 judeus. Dinheiro, objetos de valor, roupas de baixo e agasalhos foram tirados e postos parcialmente a disposição do NSV [Organização do Bem-estar público do Partido Nazi] para uso dos alemães raciais, parcialmente dado às autoridades da administração da cidade para uso da população necessitada. A transação foi cumprida sem conflito. Nenhum incidente ocorreu. A "medida de reassentamento" contra os judeus foi aprovada totalmente pela população. O fato é que na realidade é difícil saber até agora dos judeus que foram liquidados, de acordo com as experiências atualizadas seria, entretanto, difícil obejetar-se. As medidas foram também aprovados pela Wehrmacht. Os judeus que não foram ainda detidos como também aqueles que gradualmente retornaram de suas fugas para a cidade foram em cada caso tratados adequadamente.
(Nota: a diferença em números neste relatório muito provavelmente provém do fato de que foi automaticamente compilado de relatórios mais recentes. Estimativas de "35.000" e "33,771" são situadas em duas partes separadas do relatório - "Kiev" e "Executions and Other Measures"; cf. Koch's report).
5. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 111, 12.10.1941:
Sonderkommando 4a agora alcançou o número total de mais de 51.000 execuções. À parte da ação especial em Kiev de 28 e 29 de setembro, pela qual 2 Kommandos do Regimento Policial Sul foram imparciais, todas as execuções cumpridas à distância foram realizadas por aquele Kommando especial sem qualquer assistência de fora. As pessoas executadas foram principalmente judeus, uma parte minoritária foi de dirigentes políticos como também de sabotadores e saqueadores.Fonte.
6. Relatório de Atividade da 454ª Divisão de Segurança para o período de 1-10 de outubro de 1941, 12.10.1941:
Os judeus da cidade foram ordenados a se apresentar por conta própria em determinado lugar e hora para o propósito de registro numérico e alojamento num campo. Cerca de 34.000 alegados, incluindo mulheres e crianças. Depois deles se desfazerem de seus agasalhos e objetos de valor, foram todos assassinados; isto levou vários dias.Fonte.
7. Relatório de Atividade e Situação no. 6. da Força-tarefa da Polícia de Segurança e o SD na URSS, cobrindo entre 01-31.10.1941:
A amargura da população ucraniana contra os judeus é extremamente grande, devido a pensarem que eles são responsáveis pelas explosões em Kiew. Eles também estão vistos como informantes e agentes do NKVD, que iniciou o terror contra o povo ucraniano. Como uma medida de retaliação para o incêndio premeditado em Kiev, todos os judeus foram presos e cerca de 33.771 judeus foram executados entre 29 e 30 de setembro. Dinheiro, objetos de valor e agasalhos foram tirados e postos a disposição da Liga Nacional-Socialista para o Bem-estar Público [NSV], para o equipamento dos nacionais alemães [Volksdeutschen] e parcialmente posta a disposição da administração provisional da cidade para distribuição para população carente.Fonte.
8. Relatório de Situação Operacional da URSS No. 128, 03.11.1941:
Várias medidas retaliatórias foram cumpridas como ações de larga-escala. A mais extensa destas ações tomou lugar imediatamente depois da ocupação de Kiev. Foi cumprida exclusivamente contra judeus e suas famílias inteiras. As dificuldades resultantes de tal ação de larga-escala, em particular sobre a captura, foram superadas em Kiev por pedido da população judaica à assembléia, usando cartazes de parede. Ainda que da primeira e única participação dos 5-6000 judeus fora aguardada, mais de 30.000 judeus chegaram a quem, até o momento de suas execuções, ainda acreditava em seu reassentamento, agradecia à organização tão extremamente inteligente.Fonte.
9. Finalmente, Christopher Browning fornece a seguinte informação:
Ele mesmo, o Subsecretário Luther, escreveu um resumo do sexto relatório, apontando que na Ostland todos os judeus homens e cerca de 16 outros além de doutores e membros do conselho seriam executados, e que na conclusão da ação apenas 500 mulheres judias e crianças seriam deixadas vivas. Ele também apontou que 33.000 judeus em Kiev, 3.000 em Vitebsk e 5.000 do leste do Dnieper haviam sido mortos. O resumo foi iniciado pelo Secretário de Estado Weizsaecker no dia que foi escrito.The Origins of the Final Solution (As Origens da Solução Final), 2004, p. 402.
(Nota: os agradecimentos vão para David Thompson por coletar 7 destes documentos em um único lugar).
De testemunhos de sobreviventes, perpetradores, observadores, e da extraordinária série de fotos feitas por Johannes Haehle sabemos que o massacre aconteceu na ravina conhecida como Babiy Yar (Babij Jar, Babyn Yar, Baby Yar). Dada a riqueza da evidência documental, eu não iniciarei citando a evidência testemunhal para o massacre.
Agora, nenhuma pessoa sã e inteligente pensaria mesmo em confrontar o evento apoiado por tão blindada evidência. Mas, claro, negadores do Holocausto fazem apenas isto - eles ou negam ou minimizam o massacre. Vamos ver que truques eles usam.
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Nosso primeiro paciente é um certo Herbert Tiedemann, que escreveu um artigo "Babi Yar: Critical Questions and Comments" (Babi Yar: Perguntas críticas e comentários) (versão antiga) para Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto) de Rudolf.
Não há muito senso em responder cada e todo pequeno "ponto" que Tiedemann faz. Será suficiente apontar os erros mais significantes.
1) Tiedemann não lida com os documentos citados acima exceto na maioria dos termos gerais. Por exemplo, ele menciona o documento no. 7 apenas para lançar dúvida sobre isso, por citar sua estimativa exagerada do pré-guerra da população judaica de Kiev, como se isto pudesse desacreditar o documento de qualquer jeito. Ele não cita a parte incriminatória.
2) Na versão antiga Tiedemann não se mostrou nem mesmo informado do magnífico Babi Yar: A Document in the Form of a Novel(Babi Yar: Um documento em formato de novela)de Anatolij Kuznetsov, que apenas mostra sua assumida ignorância em seu "descrédito público" sem nunca ter lido um dos mais importantes livros sobre o tema.
3) Em ambas versões Tiedemann cita apenas um único Sonderkommando judaico, Vilkis (sem designá-lo como tal). Até depois de finalmente achar o livro de Kuznetsov, ele não menciona Vladimir Davydov, cujo testemunho está contido nisto. Nem se mostra informado sobre Kaper, Budnik ou Trubakov. Tanta ignorância é impressionante.
4) Tiedemann mostra sua total falta de conhecimento da historiografia do Holocausto em geral. Considere isto:
De acordo com a Brockhaus Enzyklopädie a "ordem para a solução final da questão judaica" foi emitida em 31 de julho de 1941 (Documento do Julgamento de Nuremberg NG 2586e), e foi anunciada na ocasião da 'Conferência de Wannsee' (20 de janeiro de 1942).
Muito à parte do fato de que historiadores e outras pessoas interessadas estão ainda procurando em vão pela ordem para o extermínio em massa, é mais que estranho que muitas dezenas de milhares terem sido massacrados em Babi Yar antes da ordem ter se tornado conhecida.
Bem... dã! Qualquer pessoa seriamente interessado na questão sabe que a Conferência de Wannsee foi a respeito da "solução da questão judaica" mas não no território soviético, mas como bem num sistema pan-europeu. O genocídio dos judeus na URSS iniciou muito mais cedo que no resto da Europa, e antes de Hitler decidir que todos os judeus europeus viessem a ser exterminados. Isto é historiografia do Holocausto 101.
5) Tiedemann usa a mais importante regra da negação: se qualquer fonte relatando sobre um evento estiver errada, o evento em si é duvidoso. O artigo de Tiedemann consiste principalmente de citações de fontes secundárias, reportando (freqüentemente de forma incorreta) sobre o massacre, e seus tolos comentários. Considere este exemplo:
Em 20 de julho de 1942, a Podziemna Obsluga Prasy Pozagettowej, a agência de imprensa clandestina do gueto de Varsóvia, afirmou:A oração diz, como isto seria relevante? Sim, uma agência clandestina fez uma equivocada alegação. Como isto afeta a historicidade do evento em si?
"Nem um único judeu foi deixado em Kiev porque os alemães jogaram a população judaica inteira de Kievv no rio Dnjepr."
Não houve um entre aquelas dezenas de milhares que pudessem nadar? Este método de assassínio teria ameaçado as tropas 'no próprio suprimento de água, enquanto também ocasionava um grande e considerável perigo de epidemia - um pesadelo para qualquer comandante.
Os corpos teriam flutuado rio abaixo e sido noticiados por inúmeras testemunhas. Porque não havia tais testemunhas?
Nota das perguntas "comoventes" de Tiedemann. Desde que ninguém argúi que os judeus foram afogados no Dniepr, por que perguntar a eles? Continuar a discutir um assunto encerrado parece ser o hobby de Tiedemann.
Um outro exemplo:
Um físico de nome Dr. Gustav Wilhelm Schübbe alegadamente matou sozinho 21.000 pessoas, com injeções de morfina. 110.000 a 140.000 vítimas foram alegadamente assassinadas desta maneira no "Instituto de Aniquilação Alemão" em Kiev. Injeções de morfina, que estavam num pequeno suprimento e que mal era necessária para soldados feridos? E quanto tempo levaria um físico para aplicar 21.000 injeções?Novamente, ele batalha pra achar uma razão para inclusão deste artigo sobre Babiy Yar, e não encontra. E o pior de tudo, Tiedemann nem mesmo menciona o mais relevante fato - que Schuebbe era um viciado em drogas aleijado.
De acordo com os arquivos do Centro de Documentação dos EUA em Berlim, que armazena mais de um milhão de arquivos pertencentes a membros do NSDAP (Partido 'Nazi'), Dr. Gustav Wilhelm Schübbe nunca esteve estacionado em Kiev.
Por que nem a URSS ou os judeus nunca procuraram pela localização deste "Instituto de Aniquilação"?
Desde que Tiedemann empregou este truque em todo o artigo, pode ser certamente rechaçado como um grande non sequitur(falácia lógica).
6) Tiedemann apresenta um absoluta falta de entendimento das realidades soviéticas. Todos seus exemplos de reações do dirigente soviético à Babiy Yar (observações de Khrushchev, depósito de lixo, etc.) não são no mínimo surpreendentes para aqueles versados sobre a política judaica soviética do pós-guerra. Alguém poderia pensar que o tratamento de Tiedemann deste tema não poderia ter sido mais ridículo, mas ele supera a si mesmo ao perguntar:
Ele poderia achar a 'Rua Tiraspolskaja' (que é como seria escrita corretamente!) num mapa de ruas de Kiev, e próximo ao 'local' de Babi Yar (que não é um 'local' apenas)?Como qualquer mapa decente de Kiev mostrará, HÁ ainda a rua Tiraspolskaja, que é certamente situada não muito longe da antiga Babiy Yar. Como mesmo a idéia em si pede para que venha uma pergunta dentro da pobre cabeça de Tiedemann? Que futilidade!
Bem, chega disto. Até para ler a respeito deste "estudo" faz qualquer um se sentir estúpido. Havia ainda alguns pontos a serem endereçados, tal como o overall número de vítimas de fotos aéreas, que será feito no devido tempo.
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_07.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole
Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole
Em 1 de setembro de 1941, o Einsatzkommando 3 assassinou mais de 5.000 seres humanos na cidade lituana de Marijampole. Mais tarde naquele ano o comandante da Polícia de Segurança e o SD friamente resumiu a contagem de mortos como se segue:
Adiantando o tempo e pulando para o verão de 1996: a cidade de Marijampole decidiu eregir um memorial do Holocausto no local do massacre. De acordo com o jornal lituano Lietuvos Rytas (21.08.1996), o presumido local do massacre foi escavado. Não havia nenhum corpo.
Rapidamente os negadores do Holocausto começaram a atividade de usar a contagem do Lietuvos Rytas. Aqui estão algumas citações da literatura "revisionista":
Germar Rudolf na introdução de Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto):
Quase a citação idêntica no "Partisan War and Reprisal Killings"(Guerra dos Partisan e a Reprise dos Assassinatos) de G. Rudolf e S. Schroeder.
Juergen Graf, "Raul Hilberg's Incurable Autism"(Autismo incurável de Raul Hilberg):
E um 'não menos negador', Jonnie Hargis ("Hannover"), fez a mesma afirmação, confundindo o jornal lituano como se fosse um jornal da Letônia.
A conclusão dos negadores é simples - o relatório, mencionando este massacre, é duvidoso, e, por indução, todos os outros relatórios dos Einsatzgruppen são suspeitos.
Como de costume, um pouco mais de pesquisa ajudaria os negadores a não parecerem idiotas.
Um dos que destacados anti-negadores, Roberto Muehlenkamp, decidiu investigar o problema, e escreveu para o prefeito da Marijampole municipality, Sr. Vidmantas Brazys. E ele recebeu a seguinte resposta em 20.05.2003:
Então Roberto escreveu para o Sr. Algimantas Merkevicius, e mais tarde foi respondido em 17.06.2003 como segue:
Uma simples pergunta por e-mail foi o suficiente para constatar isso. Mas por que tentar e estragar o argumento conveniente, certo?
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A resposta dos negadores como sempre ao que foi exposto acima seria:
1) as valas estavam na localização errada;
2) o número de corpos não foi estabelecido;
3) a identificação dos corpos não foi estabelecida.
Isto capta a idéia pessimamente. 100 metros longe da área presumida não é absolutamente ruim, se a área presumida foi o local do massacre com base em testemunhos. Testemunhos podem conduzir, dentro de limites, para algum erro em certa medida. Especialmente se foram testemunhos tardios, tomados após meio século. Se as identidades dos cadávares foram encontradas não está claro no relatório, mas é até apontado que eles não eram judeus, e que não houve corpos suficientes, negadores simplesmente não têm uma base para argumentação: o argumento inteiro foi baseado na premissa de que não havia corpos seja o que for. Os corpos estão lá. Se os negadores desejam afirmar que aqueles são corpos errados, corram atrás para provar isso.
Então, uma vez mais, os negadores mostraram ser "pesquisadores" descuidados.
Oh! E o memorial para 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades que foram assassinadas em 1 de setembro de 1941 foi erguido, depois de tudo isso.
A seguir, mais. Permaneça atento.
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Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução(português): Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
Em 1 de setembro de 1941, o Einsatzkommando 3 assassinou mais de 5.000 seres humanos na cidade lituana de Marijampole. Mais tarde naquele ano o comandante da Polícia de Segurança e o SD friamente resumiu a contagem de mortos como se segue:
Mariampole
1,763 judeus, 1,812 judias
1,404 crianças judias,
109 mentalmente doente,
1 mulher. Nacionalidade alemã que era casada com um judeu,
1 mulher. Russa
Adiantando o tempo e pulando para o verão de 1996: a cidade de Marijampole decidiu eregir um memorial do Holocausto no local do massacre. De acordo com o jornal lituano Lietuvos Rytas (21.08.1996), o presumido local do massacre foi escavado. Não havia nenhum corpo.
Rapidamente os negadores do Holocausto começaram a atividade de usar a contagem do Lietuvos Rytas. Aqui estão algumas citações da literatura "revisionista":
Germar Rudolf na introdução de Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto):
No verão de 1996 a cidade de Marijampol, na Lituânia, decidiu eregir um memorial do Holocausto para dezenas de milhares de judeus do alegado assassínio, enterrados lá pelos alemães dos Einsatzgruppen. A fim de construir o memorial na exata localização, tentaram achar onde as valas comuns estavam. Escavaram o local descrito por testemunhas, mas não acharam nenhum rastro. Além de cavarem ao longo de um ano inteiro, tudo ao redor do alegado local do assassínio não revelou nada além de solo nunca antes mexido. Os alemães então fizeram um trabalho perfeito ao destruir todas as pistas e até mesmo restaurando a seqüência original das camadas do solo? Eles fizeram milagre? Ou estão as testemunhas erradas?
Quase a citação idêntica no "Partisan War and Reprisal Killings"(Guerra dos Partisan e a Reprise dos Assassinatos) de G. Rudolf e S. Schroeder.
Juergen Graf, "Raul Hilberg's Incurable Autism"(Autismo incurável de Raul Hilberg):
Finalmente, evidência material de um assassínio em massa de judeus dos números alegados é totalmente inexistente. Na cidade lituana de Marijampol em 1996, foi decidido eregir um monumento à dezenas de milhares de judeus que tinham sido alegadamente mortos pelos alemães. Eles começaram as escavações no local designado pelas testemunhas oculares a fim de localizar as valas comuns, mas pasmem, não havia nada lá. Mesmo se os alemães tivessem postumamente exumado e cremado aquelas dezenas de milhares de cadávares, como Hilberg e seus associados alegam, nenhuma vala comum seria ainda facilmente identificável em virtude das configurações alteradas do terreno.Carlo Mattogno e Juergen Graf simplesmente citam Rudolf em seu livro sobre Treblinka.
E um 'não menos negador', Jonnie Hargis ("Hannover"), fez a mesma afirmação, confundindo o jornal lituano como se fosse um jornal da Letônia.
A conclusão dos negadores é simples - o relatório, mencionando este massacre, é duvidoso, e, por indução, todos os outros relatórios dos Einsatzgruppen são suspeitos.
Como de costume, um pouco mais de pesquisa ajudaria os negadores a não parecerem idiotas.
Um dos que destacados anti-negadores, Roberto Muehlenkamp, decidiu investigar o problema, e escreveu para o prefeito da Marijampole municipality, Sr. Vidmantas Brazys. E ele recebeu a seguinte resposta em 20.05.2003:
Caro Roberto Muehlenkamp,-------------------------------------------------
Gostaria de informar a você, que na página da internet do município de Marijampole, na apresentação online de “Lugares para visitar” sob o item 10, contém a seguinte passagem: “No vale de rio Sesupe 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades foram assassindas em 1941 por forças nazistas.” Este fato é confirmado por documentos.
Em 1970 o cemitério foi incluído na lista de Monumentos Culturais. A área, onde se pensou que estavam as valas, oliveiras foram plantadas e abriga o monumento.
Em virtude da exata localização das valas não ser conhecida, em 1996 foram feitas escavações arqueológicas e o local do fuzilamento foi encontrado (acerca de 50m a oeste das valas apontadas).
Doutor de Ciência da Arqueologia da Universidade de Vilnius, o Sr. Algimantas Merkevicius fez escavações arqueológicas. Todos os documentos da escavação são mantidos pelo Especialista-chefe de Arquitetura e Divisão de urbanística do município de Marijampole, o Sr. Gedeminas Kuncaitis.
Os fatos no artigo de Germar Rudolf são primários e não resultados finais de escavações arqueológicas.
Sinceramente,
Prefeito Vidmantas Brazys
Então Roberto escreveu para o Sr. Algimantas Merkevicius, e mais tarde foi respondido em 17.06.2003 como segue:
Caro Sr. Roberto Muehlankamp,
Desculpe-me pela demora na resposta, mas eu estava longe de meu escritório. Sim, escavei o território das valas comuns em Marijampole em 1996. O propósito era achar o lugar exato das valas. O suposto local do enterro estava vazio e achei as valas comuns cerca de 100m de distância desta suposta área. Pessoas foram assassinadas e enterradas numa grande dich. Mas depois de achar o lugar exato, meu trabalho encerrou. Não sei como muitas pessoas foram mortas e como grande é a área das valas comuns.
Cordialmente, saudações
Algimantas Merkevicius
Uma simples pergunta por e-mail foi o suficiente para constatar isso. Mas por que tentar e estragar o argumento conveniente, certo?
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A resposta dos negadores como sempre ao que foi exposto acima seria:
1) as valas estavam na localização errada;
2) o número de corpos não foi estabelecido;
3) a identificação dos corpos não foi estabelecida.
Isto capta a idéia pessimamente. 100 metros longe da área presumida não é absolutamente ruim, se a área presumida foi o local do massacre com base em testemunhos. Testemunhos podem conduzir, dentro de limites, para algum erro em certa medida. Especialmente se foram testemunhos tardios, tomados após meio século. Se as identidades dos cadávares foram encontradas não está claro no relatório, mas é até apontado que eles não eram judeus, e que não houve corpos suficientes, negadores simplesmente não têm uma base para argumentação: o argumento inteiro foi baseado na premissa de que não havia corpos seja o que for. Os corpos estão lá. Se os negadores desejam afirmar que aqueles são corpos errados, corram atrás para provar isso.
Então, uma vez mais, os negadores mostraram ser "pesquisadores" descuidados.
Oh! E o memorial para 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades que foram assassinadas em 1 de setembro de 1941 foi erguido, depois de tudo isso.
A seguir, mais. Permaneça atento.
Anterior: Parte I: negadores e o Sonderkommando 1005
Próximo: Parte III: negadores e o massacre de Babiy Yar (1)
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução(português): Roberto Lucena
Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto
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