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sábado, 20 de junho de 2009

E-mail de Von Brunn apareceu no CODOH

Em 2004, o CODOH* reproduziu um e-mail inflamado entitulado "Hora de limpar a memória de todos os Memoriais do "Holocausto"," escrito por ninguém menos que o futuro atirador do USHMM(Museu do Holocausto dos EUA), James von Brunn. Jonnie Hargis respondeu com aprovação ao spam de ódio em seu próximo post. A discussão foi preservada aqui e o e-mail também foi preservado aqui.

Notem especialmente que Hargis não tinha nenhum problema com von Brunn se descrever como sendo um Revisionista no cabeçalho da discussão. O que ocorre é que há poucas proibições ideológicas - à direita - para ser um "revisionista". Antissemitismo virulento certamente não é desencorajado.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/06/von-brunn-email-appeared-on-codoh.html
Tradução: Roberto Lucena

*Codoh: pros que não estão familiarizados com o site, o Codoh é um site de discussão gerido por negadores do Holocausto("revisionistas") com a falsa premissa de "livre discussão" sobre o Holocausto. Também apelidado de Cesspit pelo pessoal do Rodoh(o fórum antagônico ao Codoh).

Cesspit literalmente em português significa "fossa"(algo cheio de... bom, acho que vocês já sabem do que uma fossa é cheia, rsrs).

Ver também: A Rebelião dos Moonbats

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tortura e falsificação: a falácia da prova possível

A falácia da 'prova possível' foi esboçada por David Hackett Fischer em "Historians' Fallacies"(Falácias dos Historiadores), pp.53-55, e é citada por Van Pelt aqui. Pode ser resumida como uma afirmação não comprovada de que uma possibilidade deveria também ser considerada uma probabilidade, ou mesmo uma certeza:
A falácia da prova possível consiste num intento em demonstrar que uma declaração factual é verdadeira ou falsa por estabelecer a possibilidade de sua verdade ou falsidade. "Uma das maiores falácias de evidência," um logicista observou, "é a disposição para enfatizar sobre a possibilidade atual disso ser falso; uma possibilidade a qual deve existir quando não é demonstrativa. O advogado pode desorientar o júri desta forma até ele quase duvidar de seu próprio senso." Esta tática deve certamente provar ser forensicamente efetiva numa corte Anglo-americana, mas nunca prova o ponto em questão. A prova empírica válida requer não meramente o estabelecimento de possibilidade, mas de probabilidade. Além disso, demanda uma estimativa equilibrada de probabilidades pró e contra. Se historiadores, como advogados, devem respeitar a doutrina da dúvida razoável, eles devem de forma igual poderem reconhcer uma dúvida desarrazoada quando eles veem uma.
Negadores aplicam esta falácia muito comumente para tortura e falsificação. Hargis forjou muito recentemente nesta discussão, na qual ele também revela sua hipocrisia sobre o testemunho ocular dos perpetradores [de repente dois testemunhos de perpetradores são suficientes para estabelecer uma prova].

A regra aqui é simples. A menos que o reclamante possa mostrar que Hoess esteve provavelmente sendo torturado, ou agiu sob medo de tortura, no momento de suas confissões, a afirmação não tem nenhum mérito. Negadores não chegarão a lugar algum até eles aceitarem que eles têm o ônus da prova para demonstrar probabilidade. Tudo o mais é apenas conjectura, não história.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/torture-and-forgery-fallacy-of-possible.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Hipocrisia e investigação de crimes (Parte 2)

A hipocrisia dos negadores apontada na Parte 1 também pode ser encontrada no trabalho de seu guru, Germar Rudolf.

No capítulo 8 do 'The Rudolf Report'(Relatório Rudolf), ele faz esta afirmação:
Alguém pode depois de tudo entender que esses autores poloneses fizeram suas carreiras na Polônia comunista, e que, poloneses patriotas não podem, sob quaisquer circunstâncias, permitir o questionamento de 'Auschwitz' como uma justificação moral para a limpeza étnica pelos poloneses dos prussianos do Leste, pomeranos do Leste e silesianos depois do fim da Segunda Guerra Mundial como um resultado da morte de uns três milhões de alemães, como também em sendo o maior roubo de terra da história moderna.
Rudolf não dá nenhuma fonte para a estimativa de "três milhões". Alguém pode então perguntar por que Hargis e Gerdes não estão exigindo que ele forneca ao menos uma prova física? "Apenas um dente...uma única bala usada".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/hypocrisy-and-forensics-part-2.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Hipocrisia e investigação de crimes (Parte 1)

Quando aparece um caso no qual as vítimas eram 'alemães étnicos', negadores deixam cair suas posturas negacionistas e de repente começam a usar técnicas de 'convergência de evidência' que eles rejeitam quando aplicadas às valas em massa do Holocausto. Isto pode ser ilustrado com dois exemplos recentes.

Primeiramente, esta discussão da Cesspit debate a escavação de uma vala em Malbork contendo 1.800 corpos. Como acreditei na 'convergência de evidência' e na 'inferência para a melhor explicação', estou satisfeito em concordar que a melhor explicação da atual evidência é de que algumas ou todas essas pessoas foram assassinadas por autoridades soviéticas ou comunistas poloneses em 1945. O que é notável, entretanto, é que muitas das provas hiper-positivistas exigidas por negadores não estão presentes em relatórios deste evento. De acordo com esta discussão da AHF, não há quaisquer relatórios sobre dentes ou balas terem sido escavados. Onde estão as exigências de Gerdian por "apenas um dente...ou uma bala usada"? Não há também quaisquer fotografias da vala em massa completa. Mesmo o usuário regular da Cesspit, Turpitz, está ciente desta discrepância e teve que elaborar uma hipótese conspiracionista absurda para dar conta disto:
Eu queria saber o porquê deles não terem mostrado à gente os 1800 esqueletos restantes? Será que é por causa da vergonha que as fotos comunistas forjadas causariam?
O segundo exemplo é esta discussão sobre a Lusitânia. Eu tenho mostrado nesta Memory Hole* da discussão como Hargis teria tratado a cobertura do jornal sobre esta investigação se tivessem sido vítimas judias.

Parte 2

*Nota: Memory Hole, termo técnico usado em informática, "buraco de memória"

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/01/hypocrisy-and-forensics-part-1.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: técnicas dos negadores do Holocausto

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole

Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole

Em 1 de setembro de 1941, o Einsatzkommando 3 assassinou mais de 5.000 seres humanos na cidade lituana de Marijampole. Mais tarde naquele ano o comandante da Polícia de Segurança e o SD friamente resumiu a contagem de mortos como se segue:

Mariampole
1,763 judeus, 1,812 judias
1,404 crianças judias,
109 mentalmente doente,
1 mulher. Nacionalidade alemã que era casada com um judeu,
1 mulher. Russa

Adiantando o tempo e pulando para o verão de 1996: a cidade de Marijampole decidiu eregir um memorial do Holocausto no local do massacre. De acordo com o jornal lituano Lietuvos Rytas (21.08.1996), o presumido local do massacre foi escavado. Não havia nenhum corpo.

Rapidamente os negadores do Holocausto começaram a atividade de usar a contagem do Lietuvos Rytas. Aqui estão algumas citações da literatura "revisionista":

Germar Rudolf na introdução de Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto):

No verão de 1996 a cidade de Marijampol, na Lituânia, decidiu eregir um memorial do Holocausto para dezenas de milhares de judeus do alegado assassínio, enterrados lá pelos alemães dos Einsatzgruppen. A fim de construir o memorial na exata localização, tentaram achar onde as valas comuns estavam. Escavaram o local descrito por testemunhas, mas não acharam nenhum rastro. Além de cavarem ao longo de um ano inteiro, tudo ao redor do alegado local do assassínio não revelou nada além de solo nunca antes mexido. Os alemães então fizeram um trabalho perfeito ao destruir todas as pistas e até mesmo restaurando a seqüência original das camadas do solo? Eles fizeram milagre? Ou estão as testemunhas erradas?

Quase a citação idêntica no "Partisan War and Reprisal Killings"(Guerra dos Partisan e a Reprise dos Assassinatos) de G. Rudolf e S. Schroeder.

Juergen Graf, "Raul Hilberg's Incurable Autism"(Autismo incurável de Raul Hilberg):

Finalmente, evidência material de um assassínio em massa de judeus dos números alegados é totalmente inexistente. Na cidade lituana de Marijampol em 1996, foi decidido eregir um monumento à dezenas de milhares de judeus que tinham sido alegadamente mortos pelos alemães. Eles começaram as escavações no local designado pelas testemunhas oculares a fim de localizar as valas comuns, mas pasmem, não havia nada lá. Mesmo se os alemães tivessem postumamente exumado e cremado aquelas dezenas de milhares de cadávares, como Hilberg e seus associados alegam, nenhuma vala comum seria ainda facilmente identificável em virtude das configurações alteradas do terreno.
Carlo Mattogno e Juergen Graf simplesmente citam Rudolf em seu livro sobre Treblinka.

E um 'não menos negador', Jonnie Hargis ("Hannover"), fez a mesma afirmação, confundindo o jornal lituano como se fosse um jornal da Letônia.

A conclusão dos negadores é simples - o relatório, mencionando este massacre, é duvidoso, e, por indução, todos os outros relatórios dos Einsatzgruppen são suspeitos.

Como de costume, um pouco mais de pesquisa ajudaria os negadores a não parecerem idiotas.

Um dos que destacados anti-negadores, Roberto Muehlenkamp, decidiu investigar o problema, e escreveu para o prefeito da Marijampole municipality, Sr. Vidmantas Brazys. E ele recebeu a seguinte resposta em 20.05.2003:
Caro Roberto Muehlenkamp,

Gostaria de informar a você, que na página da internet do município de Marijampole, na apresentação online de “Lugares para visitar” sob o item 10, contém a seguinte passagem: “No vale de rio Sesupe 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades foram assassindas em 1941 por forças nazistas.” Este fato é confirmado por documentos.

Em 1970 o cemitério foi incluído na lista de Monumentos Culturais. A área, onde se pensou que estavam as valas, oliveiras foram plantadas e abriga o monumento.

Em virtude da exata localização das valas não ser conhecida, em 1996 foram feitas escavações arqueológicas e o local do fuzilamento foi encontrado (acerca de 50m a oeste das valas apontadas).

Doutor de Ciência da Arqueologia da Universidade de Vilnius, o Sr. Algimantas Merkevicius fez escavações arqueológicas. Todos os documentos da escavação são mantidos pelo Especialista-chefe de Arquitetura e Divisão de urbanística do município de Marijampole, o Sr. Gedeminas Kuncaitis.

Os fatos no artigo de Germar Rudolf são primários e não resultados finais de escavações arqueológicas.

Sinceramente,

Prefeito Vidmantas Brazys
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Então Roberto escreveu para o Sr. Algimantas Merkevicius, e mais tarde foi respondido em 17.06.2003 como segue:

Caro Sr. Roberto Muehlankamp,

Desculpe-me pela demora na resposta, mas eu estava longe de meu escritório. Sim, escavei o território das valas comuns em Marijampole em 1996. O propósito era achar o lugar exato das valas. O suposto local do enterro estava vazio e achei as valas comuns cerca de 100m de distância desta suposta área. Pessoas foram assassinadas e enterradas numa grande dich. Mas depois de achar o lugar exato, meu trabalho encerrou. Não sei como muitas pessoas foram mortas e como grande é a área das valas comuns.

Cordialmente, saudações
Algimantas Merkevicius

Uma simples pergunta por e-mail foi o suficiente para constatar isso. Mas por que tentar e estragar o argumento conveniente, certo?
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A resposta dos negadores como sempre ao que foi exposto acima seria:

1) as valas estavam na localização errada;
2) o número de corpos não foi estabelecido;
3) a identificação dos corpos não foi estabelecida.

Isto capta a idéia pessimamente. 100 metros longe da área presumida não é absolutamente ruim, se a área presumida foi o local do massacre com base em testemunhos. Testemunhos podem conduzir, dentro de limites, para algum erro em certa medida. Especialmente se foram testemunhos tardios, tomados após meio século. Se as identidades dos cadávares foram encontradas não está claro no relatório, mas é até apontado que eles não eram judeus, e que não houve corpos suficientes, negadores simplesmente não têm uma base para argumentação: o argumento inteiro foi baseado na premissa de que não havia corpos seja o que for. Os corpos estão lá. Se os negadores desejam afirmar que aqueles são corpos errados, corram atrás para provar isso.

Então, uma vez mais, os negadores mostraram ser "pesquisadores" descuidados.

Oh! E o memorial para 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades que foram assassinadas em 1 de setembro de 1941 foi erguido, depois de tudo isso.









A seguir, mais. Permaneça atento.

Anterior: Parte I: negadores e o Sonderkommando 1005

Próximo: Parte III: negadores e o massacre de Babiy Yar (1)

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto

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