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sexta-feira, 25 de março de 2011

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica?

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica?

Negadores do Holocausto dizem:

Partes do diário de Anne Frank foram escritos com esferográfica, as quais não se encontravam disponíveis antes do fim da guerra.

Negadores do Holocausto argumentam:

David Irving, cuja a Alta Corte em Londres declarou ser um negador do Holocausto, racista e antissemita, afirmou que partes do diário de Anne Frank tinham sido escritos com "caneta esferográfica", sendo que essas canetas não eram disponíveis pro uso até início dos anos de 1950s.[1]

A verdade sobre se algumas partes do diário foram escritas de caneta esferográfica.

Anne escreveu o corpo de seu diário com uma caneta tinteiro - que é uma caneta que utiliza tinta molhada. Os unicos traços significantes de caneta esferográfica caneta estão restritos a dois pedaços de papel soltos colocados junto com os materiais do diário mais tarde (provavelmente por Otto Frank). Eles estão distintamente com uma mão diferente da de Anne. Quando Otto Frank organizou os livros e papeis depois da guerra, ele numerou as páginas, em parte, com esferográfica e, em parte, com lápis colorido.[2]

Conclusão

Anne escreveu o corpo de seu diário com uma caneta tinteiro. Os únicos traços de esferográfica são duas notas soltas escritas por outra pessoa e postas com os papéis mais tarde e alguns números de páginas escritos sobre as folhas durante o processo de compilação.

Notas

1. "David Irving answers a student asking for his views on the Anne Frank Diary."
http://www.fpp.co.uk/Auschwitz/docs/controversies/AnneFrank/Jules150286.html
2. Netherlands State Institute for War Documentation, The Diary of Anne Frank: The Critical Edition (New York: Doubleday, 1988): pp. 160-165.

Fonte: Holocaust Denial on Trial
http://www.hdot.org/en/learning/myth-fact/annefrank2
Tradução: Roberto Lucena

Também ler:
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto
55. O que provocou a morte de Anne Frank algumas semanas antes do fim da guerra?
56. É autêntico o Diário de Anne Frank?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Único filme em que Anne Frank aparece é divulgado

As cenas são de 1941 e mostram a menina na janela da casa onde vivia antes da ocupação nazista

AMSTERDÃ - O canal oficial de Anne Frank no YouTube, lançado recentemente, divulgou a única filmagem em que a garota aparece. O filme em preto e branco é de julho de 1941 e mostra Anne na janela da casa em que vivia em Amsterdã. Nas imagens, a menina observa um casal de vizinhos, que estava prestes a casar. O diário que a garota judia escreveu durante a Segunda Guerra foi incluído na lista de "Memórias do Mundo" da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que inclui arquivos e documentos de valor excepcional, conforme o órgão anunciou recentemente. O livro se tornou um dos livros mais lidos do mundo e narra a vida cotidiana na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, mostrando a repercussão da ocupação nazista.



Antes de serem disponibilizadas na internet, as cenas só podiam ser assistidas pelos visitantes da Casa Anne Frank, na capital holandesa. O museu fica no edifício onde a família de Anne e outras quatro pessoas judias permaneceram escondidas nos anos da ocupação nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.

Anne Frank tornou-se famosa postumamente pelos diários que deixou enquanto se escondia dos nazistas com sua família judia em Amsterdã durante a 2ª Guerra Mundial. Eles acabaram presos em 1944. Ela morreu aos 15 anos em um campo de concentração. Das oito pessoas que viviam no esconderijo, apenas o pai de Anne, Otto H. Frank, sobreviveu ao holocausto.

Anne e sua família foram forçados a trabalhar em um campo de concentração holandês, Westerbork, desmantelando pilhas num abrigo para reciclagem.

O diário de Anne Frank, que primeiro foi publicado em 1947 e agora traduzido em mais de 70 línguas, continua como um dos livros mais vendidos do mundo.

Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,unico-filme-em-que-anne-frank-aparece-e-divulgado,446284,0.htm

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

É autêntico o Diário de Anne Frank?

56. É autêntico o Diário de Anne Frank?

O IHR disse (edição original):

Não, as provas recompiladas pelo sueco Ditlieb Felderer e o Dr. Robert Faurisson, da França, levam a concluir que o famoso diário é uma invenção literária.

Na edição revisada:

Não. As provas recompiladas pelo Dr. Robert Faurisson, da França, levam a concluir que o famoso diário é uma invenção literária.

Nizkor responde:

Ditlieb Felderer é um notório neonazi, que passou um tempo na prisão na Suécia por difundir propaganda racista. É famoso por enviar por correio mechas de cabelo a judeus da Europa, perguntando-lhes sarcasticamente se se pode provar que é cabelo de um judeu gaseado. Também tem escrito um grande número de repugnantes tratados sobre sexo e assassinatos nazis. Um que é demasiadamente repulsivo como para transcrevê-lo aqui descreve (sarcasticamente) como influi o cianuro de hidrogênio nas genitais femininas.

Parte das "provas" que "recompilou" Felderer é o seguinte texto, no que argumenta com ironia que o diário não pôde ser falsificado totalmente porque parece haver sido escrito por um judeu:

O COMPLEXO ANAL

Acreditamos que outra poderosa razão pela qual o Diário de Ana Frank não pode ser de todo escartado por tratar-se de uma história fictícia é sua preocupação pelo ânus e os excrementos, um traço típico em muitos judeus. Sempre lhes tem fascinado a pornografia e as fantasias relacionadas com excrementos... Os escritos judeus estão repletos de história sobre as funções reprodutivas e de excreçao...

...Ainda que não possamos descartar o argumento segundo o qual estas preocupações sobre os excrementos são meras fantasías do autor ou dos autores, havia boas razões pra crer que as histórias são autênticas e que refletem em parte alguns dos principais pensamentos dos inquilinos. Inclusive ainda que fossem inventadas, mostrariam a perfeição do complexo anal de um povo antigo.

Observa-se que o IHR omite a referência a Felderer na edição revisada. De novo, a medida que o revisionismo trata de safar-se dos extremismos anti-semitas para chegar ao grande público, devem negar ou ao menos disfarçar suas conexões com gente como esta.

O Dr. Robert Faurisson ao menos não está tão crente como Felderer. Mas não é nenhum historiador, nem um expert(especialista)forense, nem um grafólogo. Era um professor de Literatura da Universidade de Lyon. O testemunho desta "importante autoridade sobre o Holocausto" sobre a autenticidade dos escritos de Anne Frank foi rechaçado pelo Oberlandesgericht (Alto Tribunal Regional) de Frankfurt em 1979.

Em 1981, Faurisson foi chamado a declarar ante um juiz francês para que demonstrasse suas afirmações na rádio e em várias publicações segundo as quais nunca existiram as câmaras de gás. Foi condenado a uma pena suspendida de três meses, e a pagar diversas multas por difamação, incitação à discriminação, ódio racial e violência racial. A sentença foi confirmada depois de um recurso.

O extranho conceito que tem Faurisson do que é uma prova é muito bem descrito por Michael Shermer numa carta aberta aos revisionistas.

Em 1981, o Instituto Estatal de Documentos de Guerra da Holanda enviou o manuscrito dos diários de Anne Frank ao Laboratório Estatal de Medicina Legal do Ministério de Justiça da Holanda para que determinassem sua autenticidade. O Laboratório examinou os materiais usados - tinta, papel, cola, etc. - e a letra, e emitiu um informe de umas 270 páginas:

O informe do Laboratório Estatal de Medicina Legal tem demonstrado convincentemente que ambas as versões do diário de Anne Frank foram escritas por ela de 1942 a 1944. As alegações segundo as quais o diário era o trabalho de outra pessoa (realizado depois da guerra) são assim refutadas definitivamente.

Mas ainda que se possa afirmar que pese as correções e omissões... o Diário de Anne Frank [quer dizer, a versão publicada dos diários] contém "a essência" dos escritos de Anne, e não há nenhuma base para aplicar o termo "falsificação" ao trabalho dos escritores do livro.

O argumento mais comum contra o diário é que contém escritos realizados com uma esferográfica, e as esferográficas não começaram a ser comuns até depois da morte de Anne. Este é um mito falso, ainda que persistente. A única tinta de esferográfica do diário está em pedaços de papel adicionados por outra pessoa que não era Anne. Os escritos de Anne não foram realizados com uma esferográfica.

Ver Frank, Anne, The Diary of Anne Frank: The Critical Edition, 1989, pp. 96, 166 (citação completa).

Leitura recomendada:
The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition por Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (brochura)

The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition by Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (capa dura)

The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition by Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (audiobook)

[Em espanhol: Diario, por Ana Frank, Plaza y Janés]


Complemento ao texto sobre a autenticidade do Diário de Anne Frank

Trecho do livro "The Revised Critical Edition of the Diary of Anne Frank" (2003), através das descobertas do "Gerechtelijk Laboratorium" (Laboratório Estatal de Ciência Forense) da Holanda:

"The only ballpoint writing was found on two loose scraps of paper included among the loose sheets. Figures VI-I-I and 3 show the way in which these scraps of paper had been inserted into the relevant plastic folders. As far as the factual contents of the diary are concerned the ballpoint writings have no significance whatsoever. Morever, the handwriting on the scraps of paper and in the diary differs strikingly.(p.167)

Footnote:

The Hamburg psychologist and court-appointed handwriting expert Hans Ockleman stated in a letter to the Anne Frank Fonds dated September 27 1987 that his mother, Mrs Dorothea Ockleman wrote the ballpoint texts in question when she collaborated with Mrs Minna Becker in investigating the diaries."

Tradução:

"A única escrita esferográfica foi encontrada em dois pedaços soltos de papel incluídos entre folhas soltas. Figuras VI-I-I e 3 mostram o jeito que estes pedaços de papel foram inseridos nas pastas de plástico pertinentes. Enquanto o conteúdo factual do diário estiver envolvido, as escritas esferográficas não têm importância, de qualquer forma. Além do mais, a caligrafia nos pedaços de papel e no diário diferem-se de forma impressionante.

Nota de rodapé:

O psicólogo de Hamburgo e perito em caligrafia nomeado pela corte judicial Hans Ockleman declarou em uma carta para o Fundo Anne Frank datada em 27 de Setembro de 1987 que sua mãe, Sra. Dorothea Ockleman escreveu os textos esferográficos em questão quando ela colaborou com a Sra. Minna Becker na investigação dos diários."

Texto original do Nizkor(espanhol): http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/f/felderer.ditlieb
Tradução: Roberto Lucena

Complemento ao texto sobre a autenticidade do Diário de Anne Frank, trecho do livro(inglês):
"The Revised Critical Edition of the Diary of Anne Frank"
Tradução: Roberto Alves

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