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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Hungria vai ter Centro de Documentação do Holocausto Cigano

Ciganos roma e sinti à espera de serem deportados pelos nazis na cidade
alemã de Asperg, 22 de Maio de 1940. Foto cortesia dos Arquivos
da Alemanha Federal, usada com licença 3.0 Creative Commons
Um Centro de Documentação do Holocausto Cigano (Romani) será inaugurado [en] na cidade de Pécs, no sul da Hungria, em finais de 2014. O Centro de Documentação é um projeto conjunto do Município de Pécs e da minoria cigana da Hungria. Haverá também colaboração com a Universidade de Pécs, visando o ensino aos estudantes desta parte esquecida da História da Europa do século XX.

O Holocausto Cigano, conhecido também como Porajmos no idioma romani, foi uma tentativa dos nazis alemães de exterminar o povo cigano na Europa. Aproximadamente entre 1933 e 1945, cidadãos ciganos de diversos países europeus foram perseguidos, presos, destituídos da sua nacionalidade, frequentemente transportados para países ocupados ou colaboradores dos nazis, onde muitos deles foram assassinados. Os números foram, de modo geral, minimizados pelos colaboradores nazis, mas se estima que o número de ciganos assassinados durante este período na Europa se situe entre 220 mil a 1.5 milhões.

A Alemanha Ocidental reconheceu o Holocausto Cigano em 1982, contudo o reconhecimento oficial e a referência a este acontecimento tem-se revelado difícil devido à falta de memória colectiva registada e documentada do Porajmos entre o povo cigano. Consequência tanto das suas tradições orais, como do analfabetismo agudizado pela pobreza generalizada e discriminação, fazendo com que a abertura deste centro em Pécs seja primordial para lembrar esta parte trágica da História cigana e europeia.

Fonte: Global Voices (site)
http://pt.globalvoicesonline.org/2014/02/05/hungria-vai-ter-centro-de-documentacao-do-holocausto-cigano/

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria

Crime. Quatro homens foram hoje considerados culpados de “crimes racistas” por um tribunal húngaro e três deles condenados a prisão perpétua por seis mortes de Roms (ciganos), incluindo uma criança de cinco anos, em 2008 e 2009.

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria
DR. Mundo; 17:38 - 06 de Agosto de 2013 | Por Lusa

Zsolt Peto e os irmãos Arpad e Istvan Kiss foram condenados a prisão perpétua por terem assassinado, com premeditação, seis Roms em nove ataques à granada, armas de fogo e ‘cocktail molotov’ em diversas localidades do nordeste da Hungria entre julho de 2008 e agosto de 2009, provocando ainda cinco feridos graves.

Um quarto homem, Istvan Csontos, foi condenado a 13 anos de prisão, acusado de cumplicidade por ter conduzido a viatura no momento dos crimes, apesar de ter negado participação nas mortes.

Alguns ataques foram particularmente cruéis: uma criança de cinco anos e o seu pai foram mortos quando tentavam escapar da sua casa em chamas. Num outro ataque, uma mulher foi morta enquanto dormia.

“É moralmente inaceitável… que pessoas se reúnam para cometer crimes com o objetivo de intimidar um grupo étnico”, considerou o juiz Laszlo Moszori, do tribunal de Budapeste.

Estas pesadas condenações foram pronunciadas quando se assinala o Holocausto que vitimou esta minoria sempre muito estigmatizada na Hungria e que representa entre 5% a 8% dos 10 milhões de habitantes. Em 02 de agosto de 1944 os nazis massacraram cerca de 3.000 Roms no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, situado no sul da Polônia.

Os quatro condenados, membros de movimentos ‘skinheads’ de extrema-direita, permaneceram impassíveis durante a leitura da sentença, enquanto centenas de pessoas se concentraram no tribunal para tomar conhecimento do veredicto, perante forte aparato policial.

“Penso que esta condenação, a mais pesada que existe no direito húngaro, é totalmente justificada”, disse o advogado das partes civis, Laszlo Helmeczy.

“Eles pretendiam provocar uma guerra civil entre os húngaros e os Roms húngaros. As atas de acusação deveriam ser: crime contra a humanidade, terrorismo e racismo”, sustentou o presidente da Associação para os direitos cívicos dos Roms, Aladar Horvath.

A minoria cigana da Hungria, marginalizada e pobre, é sujeita com frequência a agressões verbais e físicas promovidas por milícias de extrema-direita e descrita com frequência como “criminosa” pelo partido de extrema-direita Jobbik.

Em janeiro, o influente jornalista Zsolt Bayer, próximo do primeiro-ministro conservador Viktor Orban, associou os Roms a “animais” que “não deveriam ser tolerados” e “não deveriam existir”. O seu jornal foi condenado ao pagamento de uma multa pela entidade reguladora dos ‘media’.

Fonte: Notícias ao Minuto (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/96417/pesadas-penas-de-pris%C3%A3o-para-homicidas-de-ciganos-na-hungria

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tribunal: Quatro húngaros condenados por matarem seis ciganos

Um tribunal de Budapeste condenou hoje três homens a prisão perpétua e um quarto a 13 anos de prisão por envolvimento na morte de seis ciganos entre 2008 e 2009, noticia a AFP.

Quatro húngaros condenados por matarem seis ciganos
DR. Mundo. 11:59 - 06 de Agosto de 2013 | Por Lusa

Esta condenação surge numa altura em que se assinala o aniversário do Holocausto contra esta minoria étnica, ainda hoje muito estigmatizada no país.

Arpad Kiss, Istvan Kiss e Zsolt Peto foram condenados a prisão perpétua e Istvan Csontos a 13 anos de prisão.

Estes quatro húngaros, que na altura tinham entre 28 e 42 anos, realizaram entre julho de 2008 e agosto de 2009 nove ataques com granadas, espingardas e coqueteis Molotov, atos que resultaram em seis mortos e cinco feridos em diferentes aldeias do nordeste do país.

Os crimes foram particularmente cruéis, com uma criança de cinco anos e o pai abatidos quando tentavam fugir da sua casa em chamas e uma mulher assassinada enquanto dormia.

"Seis pessoas húngaras foram mortas simplesmente porque eram ciganas. Esta tragédia deve ficar viva na memória coletiva da nação, como todas as tragédias nacionais", disse o partido da oposição do antigo primeiro-ministro de centro esquerda Gordon Bajnai, o principal rival político do chefe do governo conservador Viktor Orban.

Os quatro suspeitos, todos membros do núcleo duro de apoiantes da equipa de futebol de Debrecen, grande cidade do leste do país, com inclinações neonazis, tinham todos contas a ajustar com ciganos e foi ao trocar as suas experiências num bar que a ideia de vingança surgiu, segundo o Ministério Público.

Detidos no fim de agosto de 2009, os três principais acusados declararam-se inocentes enquanto o último cúmplice, que servia de motorista, reconheceu ser culpado mas disse não ter participado nas mortes.

O Ministério Público tinha pedido prisão perpétua para os três principais acusados e uma pena de 20 anos para o quarto. O julgamento começou a 25 de março de 2011.

A sentença surge numa altura em que a Hungria assinala o Holocausto contra os ciganos. A 02 de agosto de 1944, os Nazis massacraram quase 3.000 ciganos no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, situado na Polônia.

Dois de agosto foi também o dia do último dos homicídios realizados pelo grupo agora condenado.

Os ciganos, cidadãos de etnia Roma, pobres e marginalizados, representam entre cinco e oito por cento (5,8 %) da população húngara, de 10 milhões de habitantes.

Fonte: AFP/Notícias ao Minuto/Lusa (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/96296/quatro-h%C3%BAngaros-condenados-por-matarem-seis-ciganos

Ver mais:
Menina cigana queimada em ataque neonazista deixa o hospital
Aparece degolado um juiz tcheco que condenou neonazis (elcorreo.com, Espanha)

sábado, 6 de julho de 2013

Korkoro - Liberté - Freedom - Filme sobre o Holocausto cigano na França ocupada (Vichy)

Segue abaixo a descrição do filme Korkoro que foi lançado em 2009 na França como Liberté, pouco conhecido do público geral, que retrata a perseguição dos ciganos na França ocupada pelos nazistas pelo regime de Vichy (dos fascistas franceses colaboracionistas dos nazis). Uma indicação pra quem quiser saber mais sobre a perseguição dos ciganos pelo regime nazi e pelos colaboracionistas dos nazis pela Europa (em vários países houve colaboracionismo por parte dos regimes fascistas fantoches locais, com deportações e perseguições de minorias).
Korkoro ("Sozinho" na língua romani) é um filme francês de drama de 2009 escrito e dirigido por Tony Gatlif, estrelado pelos atores franceses Marc Lavoine, Marie-Josée Croze e James Thierrée. O elenco do filme foi formado por várias nacionalidades, com gente da Albânia, Kosovo, Geórgia, Sérvia, França, Noruega, e os nove ciganos que Gatlif encontrou na Transilvânia.

Baseado em uma anedota/conto sobre a Segunda Guerra Mundial escrita pelo historiador Romani (Cigano) Jacques Sigot (seu blog e website), o filme foi inspirado na verdadeira vida de um Romani que escapou dos nazistas com a ajuda de aldeões franceses, e mostra o assunto raramente retratado do Porrajmos (o Holocausto Cigano). [1] Além dos ciganos, o filme tem um personagem que representa a resistência francesa na pele de Yvette Lundy (o link direciona pra verdadeira Yvette Lundy e não a atriz do filme), uma professora de francês deportada por forjar os passaportes para os ciganos. Gatlif queria que o filme fosse um documentário, mas a falta de documentos de apoio fez com que ele apresentasse o filme como um drama.

O filme estreou no Festival de Filme Mundial de Montreal (Montréal World Film Festival), vencendo o Grande Prêmio das Américas, entre outros prêmios [2] Foi lançado na França como Liberté em fevereiro de 2010, onde arrecadou $ 601.252 dólares; e receitas provenientes da Bélgica e dos Estados Unidos levaram o total para $ 627.088 dólares. [3] A música do filme, composta por Tony Gatlif e Delphine Mantoulet, recebeu uma indicação na categoria de melhor música escrita para um filme no 36º César Awards.

Korkoro tem sido descrito como "uma rara homenagem cinematográfica" aos mortos no Porrajmos. [4] Em geral, o filme recebeu críticas positivas da crítica, incluindo elogios por ter um ritmo incomum vagaroso para um filme sobre o Holocausto. [5] Os críticos o consideraram como um dos melhores trabalhos do diretor, junto a Latcho Drom, o "mais acessível" de seus filmes. O filme tem o mérito em mostrar os Romanis (ciganos) de uma forma não-estereotipada, longe de suas representações clichês como músicos.
Trailer:


Link do filme completo no Youtube (sem legendas):
http://www.youtube.com/watch?v=wlTdGWDnl5U

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Holocausto cigano, 8 de abril - Dia Internacional do Povo Cigano

Holocausto cigano. O professor Ortega, entre o
delegado da Junta e a diretora do
centro. | Jesús G. Hinchado
José A. Cano | Granada. Atualizado, segunda-feira 08/04/2013 13:44 horas

1. Homenagem em Granada ao meio milhão de ciganos exterminados
2. José Ortega apresenta um livro sobre as vítimas ciganas do genocídio nazi
3. A bandeira da comunidade cigana balança nos edifícios da Junta

Durante o Holocausto nazi, mais de meio milhão de ciganos europeus foram exterminados. Marcaram-nos para serem reconhecidos pelas ruas, tiraram-nos à noite de suas casas e os arrastaram para campos de concentração, converteram-nos em trabalhadores escravos, experimentaram contra eles como se fossem animais e, para terminar, gasearam-nos. Homens, mulheres e crianças de uma tragédia até há pouco tempo, se não silenciada, ao menos ignorada.

José Ortega, professor emérito das universidades de Granada e Wisconsin, especialista em cultura cigana e política internacional, aproveitou a efeméridade do Dia Internacional do Povo Cigano para apresentar seu último livro, "Los gitanos. Un holocausto ignorado" (Os Ciganos. Um Holocausto ignorado), em um ato de homenagem às vítimas da barbárie nazi celebrada no Centro Sociocultural Cigano Andaluz, com sede em Granada.

Os ciganos, segundo explicou Ortega, foram, juntos com os judeus, "a única etnia a ser perseguida simplesmente por serem de sua etnia. Na Europa viviam então pouco mais de um milhão de ciganos e quase a metade morreu nos campos de concentração nazis". O delegado de Saúde e Bem-estar social da Junta em Granada, Higinio Almagro, destacou que essa quantidade "é mais do que os ciganos que vivem atualmente na Andaluzia, 350.000, que são a metade dos que se encontram na Espanha".

Ortega recorda que "sempre se destacou a tragédia que sofreu o povo judeu, mas a dos ciganos tem se mantido ignorada. O reconhecimento da Alemanha foi muito importante, e hoje em Berlim existe já o único monumento que recorda essas vítimas. Os ciganos foram arrancados de suas casas, foram submetidos a experimentos, sobretudo as mulheres, e foram convertidos em mão-de-obra escrava. Este livro reúne alguns testemunhos e trata de mostrar as histórias dessas pessoas".

Durante o ato solene no Salão de Atos do Centro Sociocultural se pode escutar o Hino Internacional da Comunidade Cigana, Gelem gelem, e a fachada do edifício luziu a bandeira da Comunidade Cigana, que também foi compartilhada por outros centros dependentes de Bem-estar Social.

Este ano, a homenagem aos ciganos exterminados durante o Holocausto se celebra com a satisfação do reconhecimento por parte do Estado alemão da etnia cigana como vítima do Holocausto, que aconteceu ano passado em Berlim, na inauguração por parte da chanceler Angela Merkel do único monumento existente no mundo em homenagem a esse meio milhão de europeus vítimas do racismo.

Em Granada e toda a Andaluzia, os atos do Dia Internacional do Povo Cigano se viram acompanhados da tradicional cerimônia do Rio, com a leitura de um manifesto, o canto do "Gelem, gelem" e um espetáculo flamenco, no caso nazarí junto ao rio Genil.

Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2013/04/08/andalucia/1365421483.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver também:
El Manifiesto Gitano 2013, una llamada de atención a la discriminación (murcia.com, Cartagena)

domingo, 7 de abril de 2013

Prestam homenagem na República Tcheca às vítimas do Holocausto cigano (Samudaripen - Porrajmos)

Praga, 5 abr (PL) - O ministro de Relações Exteriores da República Tcheca, Karel Schwarzenberg, prestou homenagem hoje às vítimas do Holocausto cigano junto com várias organizações e dezenas de cidadãos dessa etnia.

Os participantes na cerimônia acenderam uma grande quantidade de velas no pátio do Palacio Lichtenstein na capital, por razão do Dia Internacional do Povo Cigano, que se celebra em 8 de abril, disse a Radio Praga.

Segundo a fonte, dos milhares de ciganos que viviam na antiga Tchecoslováquia na primeira metade do século XX, só uma décima parte sobreviveu à Segunda Guerra Mundial, e atualmente vivem na República Tcheca uns 250 mil.

A decisão de dedicar o 8 de abril aos ciganos se deve ao fato de que nesse dia, em 1971, foi instituído em Londres a bandeira e o hino que os identifica, durante a celebração do Primeiro Congresso Mundial dessa comunidade.

O principal objetivo daquele evento era manter vivo a recordação das vítimas de Samudaripen, o holocausto contra los gitanos executado pelo regime nazi, no qual perderam a vida mais de 500 mil pessoas.

rc/mar

Fonte: Prensa Latina
http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&idioma=1&id=1281131&Itemid=1
Tradução: Roberto Lucena

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