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terça-feira, 18 de julho de 2017

Para entender o mundo: livros (PDF)

Repasso abaixo dois posts com links de duas coleções de livros que foram bem difundidos no país (em PDF) sobre política. Se um dos principais problemas (se não for o central) do país é a falta de entendimento do povo sobre como funcionam as coisas, caso alguém tenha interesse, as duas coleções vem bem a calhar. Vou transcrever o texto dos posts abaixo e coloco os links pra download (provisoriamente, pois o certo é que o povo clique no link original e baixe de lá, pra dar mais visualizações ao site que lançou isso).
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"Coleção Primeiros Passos em PDF, para download"

"A série de livros Primeiros Passos é uma importante coleção da Editora Brasiliense que, há mais de 30 anos, reúne textos sobre diversos temas: O que é capitalismo? O que é filosofia? O que é racismo? O que é Cultura?

Lançada em 1970 e em formato de bolso, a coleção foi um sucesso, por exemplo, apenas durante o ano de 1999, vendeu meio milhão de exemplares… Tratam-se de textos curtos, porém concisos, sobre temas contemporâneos. Outra característica importante desta coleção é a indicação de uma bibliografia complementar disponibilizada ao final de cada volume, para aqueles que queiram se aprofundar no tema em questão.

Segue abaixo a lista de livros disponíveis em PDF e, mais abaixo, em azul, o link para o download das obras:
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Link do post (o nome dos livros se encontram no link):
https://farofafilosofica.com/2017/04/15/colecao-primeiros-passos-completa-em-pdf-para-download/
Download:
Link1

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"Coleção Os pensadores| 55 livros para download"

"Dos pré-socráticos aos pós-modernos! Coleção “Os Pensadores -: 55 livros sobre os pensadores das principais escolas filosóficas em PDF, disponível para download.

A Coleção “Os Pensadores” é uma coleção de livros que reúne as obras dos filósofos ocidentais desde os pré-socráticos aos pós-modernos. O interessante desta coleção é que ela reúne em cada exemplar um pequeno apanhado sobre a biografia do autor em questão e um, dois ou três livros deste mesmo autor, normalmente os títulos mais conhecidos.

Publicada originalmente pela editora Abril Cultural, entre os anos de 1973/1975 era composta de 52 volumes. A edição que indicamos é de 1984 e é composta por 56 títulos, segue abaixo a lista de títulos disponíveis e mais abaixo (em vermelho) o link para fazer o donload dos livros em PDF:
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Link do post (o nome dos livros/pensadores se encontram no link):
https://farofafilosofica.com/2017/02/16/os-pensadores-colecao-completa-55-livros-para-download/
Download:
Link2

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E pra quem ainda não viu (link fixo fica tanto no canto esquerdo superior como na parte destacada do blog, pra download) o ebook do Holocaust Controversies sobre o Holocausto (o texto está em inglês), pra baixar gratuitamente caso interesse (em PDF). Link abaixo do post:
(EBOOK) Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard. Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Resenha: Mussolini e a ascensão do fascismo (livro)

Segue abaixo a resenha do livro "Mussolini e a ascensão do fascismo", lançado em português em 2009, um livro importante pra compreender o fascismo como movimento e a chegada do mesmo ao poder na Itália.

Como muita gente melindra com a palavra nazismo ao invés de tentar entender o assunto (infelizmente essa é a reação mais frequente que a gente se depara na web brasileira, uma reação que satura e aborrece pela repetição, independente das pessoas se darem conta disso), acaba soterrando (deixando em segundo plano) a origem do fascismo na Itália e o impacto desse movimento nos outros fascismos europeus e do mundo (caso do Integralismo no Brasil) na primeira metade do século XX, e como esta corrente política influencia até hoje os grupos de extrema-direita de cunho fascista. É um livro importante pra entender a ascensão do Fascismo na Itália, o movimento precursor da segunda guerra mundial e que ajudou a modelar o nazismo (fascismo alemão).

Mussolini e a ascensão do fascismo
Sassoon, Donald. Mussolini e a ascensão do fascismo. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Agir, 2009.

por: Andreza Maynard*

A Editora Agir lançou no Brasil o livro “Mussolini e a ascensão do fascismo”, escrito pelo egípcio Donald Sassoon. O trabalho aborda as condições que permitiram ao fascismo ter projeção nacional e fazer do seu líder o primeiro-ministro da Itália, em 1922. A despeito disso, Sassoon destaca que não ocorrem milagres na história real, e se Benito Mussolini chegou ao poder isso dependeu das oportunidades oferecidas pela própria história. O livro discute como o Duce chegou ao poder, pois de acordo com o autor a ascensão do fascismo era uma possibilidade, poderia ter acontecido ou não.

O primeiro ponto abordado pela obra foi o discurso largamente difundido de que o fascismo italiano estava destinado a tomar o poder pela violência. Tese rebatida por Sassoon. Segundo este, o Duce jurou fidelidade ao rei e à constituição, e sua chegada ao poder foi legal. Percebendo que o poder estava ao seu alcance, Mussolini traçou um plano e estabeleceu vínculos com forças políticas e sociais a exemplo dos industriais, da monarquia e da Igreja. Mussolini demonstrou respeito pelas instituições e isso supostamente confirmava que ele seria capaz de manter os camisas negras sob controle. Apesar disso Sasson afirma que as velhas elites e intelectuais lhe desprezavam a origem humilde, a retórica populista e rude, mas por outro lado eles reconheciam que o Duce podia conter a esquerda e os sindicatos. Os socialistas eram vistos como problema social, não os fascistas.

Sassoon acredita que Mussolini não teria chegado ao poder de outra forma, pois no episódio da marcha sobre Roma, em outubro de 1922, a tropa dos fascistas não era forte o suficiente, os camisas negras e mesmo Mussolini poderia ter sido detido a qualquer momento, Roma estava bem guardada e o exército controlava o avanço dos fascistas sobre a cidade. Para o autor, a marcha sobre Roma teria sido apenas uma encenação simbólica para marcar a chegada do Duce ao poder, um mito fundador do novo sistema político.

A participação dos italianos na 1ª Guerra Mundial foi, na opinião do autor, o fator mais decisivo na ascensão do fascismo. A experiência acabou fornecendo uma consciência nacional para a Itália. O país havia se mantido neutro até decidir lutar ao lado da França e Inglaterra, em troca de benefícios que não chegaram. Isso fez que a Itália se sentisse traída. E as expectativas em torno da guerra continuaram a ser discutidas pelos italianos após o fim do conflito, inclusive entre aqueles que lutaram e que não viram seu esforço reconhecido pelo país. No entanto os motivos da insatisfação dos veteranos e a relação destes com o Duce poderiam ter sido mais explorados no texto.

O autor indica que embora Mussolini fosse um político diferente devido a sua origem humilde, sua participação na 1ª guerra como um simples soldado, seu carisma, seu rompimento com os socialistas em favor de um caráter cada vez mais nacionalista, o Duce não era uma liderança forte. No início de 1919 Mussolini não tinha um partido e seu único instrumento político era o jornal Il Popolo d’Italia. Em 23 de março de 1919 menos de 200 pessoas se reuniram na Piazza San Sepolcro em Milão para lançar o movimento fascista. O acesso deste homem ao mais alto escalão do poder na Itália não seria justificado apenas por seus méritos individuais.

A obra tenta mostrar que a crise política foi outro fator que possibilitou a vitória dos fascistas. Os nacionalistas consideravam que a nação se dividia no parlamento. As eleições de 1919 mostraram a vitória dos socialistas e católicos, que não se uniam, piorando a situação política do país. De acordo com Sassoon, o principal objetivo dos representantes eleitos era conseguir recursos do governo para distribuir entre seus seguidores. No segundo semestre de 1920 o fascismo ainda ocupava uma posição marginal, até que Mussolini se uniu ao influente político italiano Giovanni Giolitti. Em maio de 1921 Giolitti legitimou os fascistas, incluindo-os em sua lista eleitoral, o bloco nazionale. O político astuto acreditava que os fascistas eram fogo de palha e o parlamento precisava de maioria. Além disso, parecia impossível conter a violência fascista, tarefa que cabia a Mussolini. As classes médias, por sua vez, não amavam a democracia e os fascistas ganhavam popularidade, inclusive entre os habitantes do meio rural e estudantes.

Sassoon acredita que a crise política italiana favoreceu a imagem conciliatória ostentada pelos fascistas. No início de 1922 as lideranças católicas e socialistas continuavam se recusando a estabelecer uma aliança nacional. Os liberais não conseguiam mudar o país, já que sua única preocupação era se manter no poder. Por outro lado, o partido fascista recebia grande número de adesões e parecia evidente que eles deveriam se aproximar do Estado para fortalecê-lo, ou substituí-lo. Mussolini fez o que julgou necessário e assumiu a responsabilidade pela violência. Mas durante o governo fascista a Itália era mantida sob controle. Nomeado 1º ministro, Mussolini exibiu a imagem de um homem firme e decidido. Seu governo atingiu maioria incomum, deixando apenas a esquerda de fora.

Combinando violência e procedimentos legais, os inimigos do fascismo eram eliminados, espancados ou presos. A falta de resistências a tais práticas causou espanto aos próprios fascistas. E quando o 1º ministro Luigui Facta preparou o decreto instituindo o estado de sítio e impondo a lei marcial, o rei Vitor Emanuel III não assinou o documento. Ao invés disso convidou Mussolini para formar um novo governo, em outubro de 1922.

Ninguém deu muita atenção quando Mussolini fundou seu movimento em 1919, mas em fins de 1922 o Duce tornou-se forte demais para ser ignorado. Segundo Sassoon, a opinião pública liberal e as elites sabiam que era necessário negociar com os fascistas. E entre as opções que tinha o rei escolheu Mussolini, que ao contrário dos socialistas, fez questão de sinalizar favoravelmente à monarquia.

Sassoon realizou um trabalho de fôlego ao mostrar que a Itália se revelou um Estado fracassado e que não podia ser governado à maneira tradicional. Em meio à crise dos anos 20 os italianos desejavam paz e o fascismo oferecia uma saída: a violência. Esta se justificava pela existência de um estado fraco e caótico. A análise realizada sob um prisma social e político parece ter discutido pouco as relações entre Mussolini, os fascistas e as classes menos elitizadas da sociedade. As querelas entre os políticos que integravam o parlamento são abordadas com maiores detalhes que a relação entre os camisas negras e os proprietários de terra, ou entre Mussolini e os veteranos da 1ª guerra.

As discussões apresentadas são pertinentes por tratarem de um sistema político que difundiu ideias que se tornaram populares no mundo até a 2ª guerra mundial. O trabalho destaca aspectos importantes da sociedade italiana, seus problemas e necessidades, e de que maneira isso possibilitou aos fascistas chegarem ao poder de forma quase heroica.

* (Mestre em História pela UFPE, Coordenadora da Especialização em Ensino de História da Faculdade São Luís de França, membro do GET/UFS – Grupo de Estudos do Tempo Presente).

MAYNARD, Andreza. RESENHA - SASSOON, David. Mussolini e a ascensão do fascismo. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO, Ano 4, Nº 24, Rio, 2009 [ISSN 1981-3384]

Fonte: site da Revista Eletrônica Tempo Presente
http://www.tempopresente.org/index.php?option=com_content&view=article&id=5115:resenha-mussolini-e-a-ascensao-do-fascismo&catid=13&Itemid=129

terça-feira, 23 de outubro de 2007

EUA e soviéticos empregaram criminosos de guerra nazistas

Oficiais nazistas foram empregados pelas agências de espionagem dos Estados Unidos e da União Soviética depois da Segunda Guerra Mundial.

A informação está em uma série de documentos cuja divulgação foi liberada nesta sexta-feira pelo governo dos Estados Unidos.

Os arquivos contêm mais de três milhões de páginas com informações sobre figuras notórias do Terceiro Reich, como Adolf Hitler, Adolf Eichmann, Klaus Barbie e Josef Mengele.

Um porta-voz do departamento de Justiça americano, Eli Rosenbaum, disse que os documentos mostram que os reais vencedores da Guerra Fria foram criminosos de guerra nazistas.

Gestapo

Muitos deles conseguiram escapar da Justiça porque EUA e União Soviética se concentraram tão rapidamente no enfrentamento mútuo que perderam a ímpeto de persegui-los.

Os documentos mostram que muitos oficiais de órgãos de espionagem nazista foram bem recebidos pela CIA, em grande parte por causa do número de informações que possuíam sobre a União Soviética.

Mas os papéis, liberados pela Arquivo Nacional dos EUA, também desmentem um antigo e conhecido rumor sobre Heinrich Muller, chefe da Gestapo, a polícia política nazista.

Desconfiava-se que Muller havia trabalhado como espião para os Estados Unidos até bem depois do final da Segunda Guerra Mundial.

Os documentos liberados nesta sexta-feira, porém, confirmam que ele morreu em 1945.

Muller foi um dos arquitetos da chamada "Solução Final" – o plano de Hitler para exterminar todos os judeus europeus e russos.

Um dos documentos mais curiosos do pacote diz respeito ao médico particular de Hitler: em 1937, ele afirmou que o seu paciente "acabaria se tornando o criminoso mais louco que o mundo já viu".

Klaus Barbie foi usado pela CIA(Foto)
Fonte: BBC, 28 de abril, 2001
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/010428_nazismo.shtml
Revisitar o Holocausto(coleta de textos jornalísticos publicados sobre o Holocausto)

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