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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ainda o caso Aranha (goleiro). O racismo - nada cordial - brasileiro prossegue... atitude vergonhosa da mídia

Infelizmente não foi possível fazer o post logo depois do jogo, mas são episódios, novamente, que não dá pra deixar passarem batidos.

Eu não gosto de citar esta revista Carta Capital pois inclusive já critiquei pesado (e critico) matérias sensacionalistas dela (e com interpretações equivocadas) sobre fascismo, extrema-direita e neonazismo, mas esta matéria deve ser lida. Pra entender o que se passou, leia sobre o caso Aranha. O Grêmio (clube gaúcho) foi punido com a desclassificação da Copa do Brasil (não teve direito ao jogo de volta) pelo caso de racismo contra o goleiro do Santos.

Seguiu-se depois do episódio, uma tentativa cretina da mídia (ou de parte dela) de, ao invés de relatar com precisão o que ocorria e condenar os fatos (racismo) sem histeria, a mídia criou sensacionalismo barato sobre o episódio e pior, tentou forçar que o goleiro fosse falar com a torcedora flagrada xingando-o de "macaco" (não foi a única, só teve o "azar", entre aspas, de ser ela flagrada e não todos os envolvidos) tentando novamente atenuar as agressões e botar panos quentes na questão do racismo no Brasil.

Pois bem, segue a matéria da CC (eu uso essa abreviação pra citar a revista que mencionei acima) que relata o que se passou no jogo Grêmio 0x0 Santos no estádio do Grêmio, agora pelo campeonato brasileiro (outra competição) depois do episódio.

A cena final da saída do Aranha pro vestiário é grotesca. Não dá pra entender o que se passa na cabeça dessas pessoas (os repórteres que começam a indagá-lo e fazer de conta que não houve problema algum durante mais esse jogo), com perguntas cínicas e ainda com direito a riso amarelo de uma repórter no final (está tudo gravado no vídeo). O link da revista:
Vaias a Aranha são a vitória do racismo na Arena do Grêmio

Aqui o vídeo direto caso alguém não queira clicar no link acima:


O goleiro foi ironicamente agredido neste jogo com expressões (relatadas por quem cobriu o jogo) como "branquelo", etc, já que com medo, os racistinhas não usaram o termo "macaco". E mais uma vez, não generalizando que todo torcedor do Grêmio é racista pois isto pode acontecer em outros clubes, mas boa parte da torcida apoio o ato anterior, pois cabia a mesma refletir e se comportar de outra forma no estádio, mas a minoria que repudia isto acaba pagando junto do bando de canalhas covardes que só se manifestam em bando, como manada.

Vale a pena clicar no link da matéria pois tem todos os links do que transcorreu na semana do jogo, com declarações de gente que perdeu oportunidade de ficar calado e o pior de tudo, depois do pífio 7x1 sofrido pra Alemanha na Copa do Mundo, dentro do Brasil, o resultado mais humilhante e vexatório em 100 anos de história da seleção brasileira de futebol, o Sr. Felipe Scolari volta à cena com mais pérolas de quem já deveria ter deixado o futebol depois dessa derrota humilhante.

Humilhante em todos os sentidos, posso errar ao citar isto pois estou citando de memória, mas o Brasil nunca perdeu um jogo por mais de 2 gols dentro do Brasil, o pior resultado do Brasil em Copas até este ano foram os 3x0 pra França na final da Copa de 1998 com o Ronaldo grogue em campo, isso em 100 anos de história, e o cidadão (junto com outro ex-técnico em atividade, Parreira, vulgo Pé de Uva, que também foi responsável por essa lambança na Copa) me toma de 7x1, com um time mal treinado, mal convocado e sem fazer nada pra impedir o massacre no jogo, mandando jogador endurecer pra parar o jogo rival etc.

Aí chega a imprensa trololó desse país e começa o choro histérico com complexo de vira-lata chamando o time alemão de super time, o mesmo que só havia ganho de 2x1 da Argélia no sufoco na prorrogação e 1x0 pros Estados Unidos. Façam-me o favor. Com todo respeito ao time alemão que não tem nada a ver com isso e foi o time/seleção mais coeso da Copa, mereceu ganhar apesar de que um 7x1 daquele jeito sempre deixa em dúvida se é um time fora de série ou se o resultado foi uma aberração (a goleada, e eu acho que foi mesmo), mas ele foi lá e cravou os gols contra a selepífia do Felipão, como todo time profissional e sério faz, eles não têm nada a ver com essa postura ridícula dessa velharia que ainda dirige time de futebol no país por conta de cartolas (dirigentes de clube) obtusos, que se submetem aos desatinos da CBF e da Rede Globo.

O mais engraçado desses 7x1 é que teve gente na Espanha e em outros países se "doendo" mais que os brasileiros. Acusavam sempre o país de sofrer pelo futebol, "país do futebol" e bla bla bla, mas o povo soube encarar o fato à altura, calando a claque. Perde-se e ganha em jogo, ninguém morre (em condições normais). Mas foi engraçado ver, por exemplo, jornal da Espanha todo "doído" com essa derrota como se isto fosse afetar a moral de um povo por eles não conhecerem o outro lado do Brasil, de que nem todo brasileiro tem complexo de vira-lata e não se rebaixa diante de uma derrota em esporte (que vale frisar novamente, é parte do jogo, por mais que a gente não queira perder). Como se o torcedor não tivesse direito de chorar por uma derrota humilhante, até isso quiseram nos tirar o direito.

Faltou dignidade e hombridade principalmente à imprensa espanhola, grosseira desde o princípio como já frisei aqui, com o Brasil e com a seleção brasileira. Quiseram comparar a seleção nacional deles (com todo respeito) à seleção brasileira, o que é uma piada. "Ah, mas no momento atual", caramba, história de seleções se faz com o todo e não só com o momento, quem tem mais títulos e finais é o Brasil em relação à Espanha e dezenas de países, fora que tomaram de 5x1 da Holanda e saíram logo na primeira fase. Querer ignorar um histórico pra agredir é atestado de cretinice e de falha de caráter. Sem querer ser chato mas já sendo, vão ter que ganhar muita Copa e comer muito feijão pra chegar perto, mas muito mesmo, quem sabe daqui a 100 anos se o Brasil não ganhar mais título algum. Só estou comentando isso pra ter uma ideia do disparate da comparação que só encontra coro com os vira-latas estúpidos no Brasil. Nem no "top 2" (das seleções com dois títulos, Uruguai, Argentina, destacando que a Argentina é um Uruguai com cinco finais, rsrsrsrs) vocês chegaram ainda pra pensar no "top 4" (das seleções com 4 títulos ou mais, sem falar em finais).

Desculpando o desabafo acima sobre o mundial (tava preso desde a Copa, eu realmente adquiri repulsa a essa comissão técnica do Brasil da Copa de 2014, deveriam ter abandonado o futebol depois desse resultado ridículo e humilhante), mas voltando ao assunto, o Felipe Scolari (Felipão) ainda solta uma dessas contra o Aranha jogando a torcida do Grêmio contra o cara:
Felipão: "Vê se eles vão cair na esparrela do Aranha"

Pra quem não conhece esse lado nada glorioso do ex-técnico da seleção brasileira (ainda bem e que não volte nunca mais pra seleção, não te dou crédito pelo título do penta e sim aos talento dos jogadores, seu retranqueiro), as pérolas (ditas há muito tempo atrás) dele sobre Pinochet ressoaram no exterior:
Luiz Felipe Scolari: Un seguidor de Pinochet
Luiz Felipe Scolari: If you thought Mourinho was mad...wait till you meet Big Phil
Luiz Felipe Scolari: in his own words

Tradução de um dos títulos acima "Se você pensou que Mourinho (técnico português) era louco... espere até conhecer "Big Phil" (Big Phil obviamente é "Felipão", na Inglaterra chamavam ele por esse apelido, tradução parcial do apelido dele em português).

É surreal, bizarro a que ponto o futebol desse país chegou, não me refiro só ao nível técnico e ao comportamento de papagaio vociferado principalmente pela mídia pra imitar o futebol feio de outros países ignorando a tradição do futebol brasileiro que foi penta campeão por seus méritos e estilo próprio.

Antes de finalizar o post, reafirmo que apoio integralmente o goleiro do Santos sobre a questão.

Como eu disse no outro post, pode-se questionar se foi ou não a melhor ação a ser tomada, mas lembrando, cada pessoa sente e reage de uma forma, não existe um padrão fixo pra reagir a agressões, quem agride que aguente o troco, mas nunca, jamais se deve rechaçar o direito do goleiro de se manifestar e reagir às agressões, como ele acha que é o certo, como alguns panacas andaram fazendo ou querendo que ele ande de cabeça baixa.

Fiquei felizmente surpreso e impressionado com a personalidade e conscientização do Aranha com a questão do racismo, ele não sucumbiu à pressão sem vergonha da mídia em instante algum e deixou esses panacas desorientados. Quando falo de pressão sem vergonha, é que levaram até a torcedora agressora do caso pra programa de futilidades de uma emissora de TV (infelizmente ainda a maior do país, mas sem o poder de décadas atrás) pra fazer firula. O racismo velado (que a gente chama de "cordial") no Brasil ficou escancarado mais uma vez, só que dessa vez com revide à altura.

Como eu disse, eu não sei se eu reagiria dessa forma em relação a preconceito (falta o post sobre a questão regional) pois eu costumo revidar agressões com ironia, mostrando que o agressor é um imbecil pra fazê-lo se sentir mal, mas não é todo mundo que suporta certos tipos de pressão e, por mais que a gente esteja calejado com isso, qualquer pessoa pode estourar. Mas não dá pra negar que a reação firme e briosa do Aranha já é sim um marco histórico contra o racismo, no futebol e no país.

E antes que chegue algum idiota (pois esse é o termo correto pra chamar quem vem falar besteira) vindo com o papo de "o Brasil só fala em futebol e bla bla bla", alguns pontos:

1. O futebol é o esporte mais visto e acompanhado em todo mundo, não é só o Brasil que fala em futebol ou o leva a sério, é uma atividade econômica hoje de peso, só gente muito estúpida querendo posar de "esperto" nega isso e repete mantras de 'radicaizinhos' idiotas com aquela ideia de "futebol ópio da massa". E não é só gente radical de esquerda (sofrendo de esquerdismo) que diz isso, tava cheio de radicalzinho de direita repetindo as mesmas idiotices da dita "esquerda radical" durante e após a Copa do Mundo.

2. O futebol, como a música e outras manifestações culturais/artísticas, é um componente de destaque de um povo, países investiam e investem pesado em atletas em Olimpíadas pra projetar uma imagem de supremacia pro mundo, como o basquete é pros Estados Unidos etc. Então não irei me privar do futebol, e nem ninguém deve, porque um bando de imbecis neste país passaram a malhar tudo no país por questões partidárias mal dissimuladas ou mesmo burrice mal camuflada.

3. Ninguém é forçado a gostar ou assistir futebol, mas quem não gosta tem sim que respeitar quem gosta se querem que os demais respeitem quem gosta de outra coisa, e parar com esses clichês ordinário, de gente estúpida, de que "isso só acontece no Brasil" bla bla bla, o Real Madrid e o Barcelona são espanhóis (esse último até quando eu não sei, rsrsrs) e são máquinas de fazer dinheiro (divisas) pra Espanha. A esse pessoal chato, parem de falar bobagens por não acompanhar o esporte.

4. A imprensa desportiva brasileira junto com a imprensa normal (salvo exceções) é um esgoto a céu aberto. Muito ruim, péssima, só se salvam poucas coisas como a cobertura do vôlei e em alguns casos a cobertura de automobilismo. O que tem de mané comentando futebol é uma festa (de desgraça), é um circo de horrores, fora o horário dos jogos alterado por charminho do Império televisivo de certa emissora do país que contribuiu (pela cobertura ridícula e invasiva que fazem) pro desmantelo da seleção brasileira na Copa (não só nessa como em várias outras). Tá na hora disso acabar.

Deixo aqui meu total apoio ao técnico Dunga. Não sei se ele dará jeito a esta zona que é a CBF e o que se tornou a seleção brasileira, porque se não ganhar título em mundial o técnico de seleção é queimado, mas como desportista e pessoa que tem apego e respeito à camisa da seleção, ele é 100% ao contrário de muito jornalista babaca da mídia brasileira que só fala bobagem sobre o esporte e não conhece nada da história do mesmo. Agora vão à TV criticar o povo, pois é só isso que restou a vocês já que estão isolados depois dessa sequência de palhaçadas.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Polícia tcheca chega à organização neonazi Wotan Jugend

A polícia da República Tcheca desarticulou uma célula da organização neonazista Wotan Jugend que estava estabelecida no país. Cinco de seus membros, entre eles um cidadão russo, está sendo atualmente investigados por delitos contra a liberdade e os direitos humanos.

Baixar: MP3

Foto: ČTK
A célula tcheca da organização neonazi russa Wotan Jugend foi desarticulada esta segunda-feira pela Polícia. Ainda que não se tenha realizado detenções, cinco de seus membros estão sendo investigados, e se condenados podem enfrentar até cinco anos de prisão por apologia do nazismo.

A intervenção policial chegou a tempo de evitar maiores males. "Em nosso caso este grupo neonazi foi dissolvido quando se encontrava em fase de preparação de ações violentas e delitos mais graves", explicou o diretor do departamento policial contra movimentos extremistas, David Jand.

Foto: ČTK
A organização neonazi Wotan Jugend surgiu no terreno fértil e propagado pela banda russa de Black Metal nacional-socialista M8l8th (Moloth), que constitui não só um dos grandes promotores da ideologia neonazi em seu país, como além disso, contribui ativamente para seu estabelecimento. M8l8th conta com dezenas de milhares de membros na Rússia e agora tenta se expandir para outros países, incluindo a República Tcheca.

De fato, a ramificação da Wotan Jugend foi fundada pelo cidadão russo Serguei Busygin, de 21 anos, relacionado diretamente com a M8l8th e que agora pode perder a permissão de residência permanente. Outro dos fundadores foi detido antes dessa operação e se encontra agora em prisão preventiva.

Não é a primeira vez que membros da Wotan Jugend têm problemas com a lei. Na Grã-Bretanha um de seus membros foi condenado à prisão perpétua por assassinato e tentativa de pôr uma bomba em uma mesquita. Na Rússia vários componentes do M8l8th foram investigados por delitos de difusão do nazismo e violência contra estrangeiros.

Foto: ČTK
O nome do M8l8th contém em si mesmo uma referência ao nazismo, entendendo que os dois números oito aludem aos dois agás (HH), ou seja, sigla da expressão Heil Hitler. O nome da Wotan Jugend se conecta com o paganismo ao mencionar o deus germânico Wotan (Odin), e ao mesmo tempo se atrelar ao nazismo, já que Jugend (juventude) contém reminiscências das Hitlerjugend ou juventudes hitleristas. O símbolo da organização é a mesma runa nórdica a SS usava.

A Wotan Jugend se financia com a venda de artigos como bonés, cartazes ou camisetas, com lemas ou simbologia nazis ou do grupo M8l8th. Sua ideologia destaca pelo seu ultranacionalismo e suas teorias de superioridade racial branca, seu darwinismo social, fascismo, antiliberalismo e evocações à Europa pagã pré-cristã, assim como seu culto à violência.

06-05-2014 14:57 | Carlos Ferrer

Fonte: site da Radio Praha (República Tcheca, versão espanhola)
Título: La Policía checa para los pies a la organización neonazi Wotan Jugend
http://radio.cz/es/rubrica/notas/la-policia-checa-para-los-pies-a-la-organizacion-neonazi-wotan-jugend Link2
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O atirador Frazier Glenn Miller e o revisionismo (negacionismo) do Holocausto

Conforme prometido, mas evitei criar o post na sequência do evento pois podem remover vários links onde havia participação desse cidadão. O Glenn Miller é autor do atentado letal deixando 3 vítimas (judias) numa escola dos EUA, leiam neste link. Mas não surpreende que estas pessoas com perfis violentos circulem em sites e grupos negacionistas nos EUA. O F. Miller circulava no fórum neonazi e/ou "supremacista branco" dos EUA chamado VNN.

Eu coloco o "e/ou" pois a linha que separa o neonazismo do supremacismo em alguns países é literalmente tênue ou nenhuma. Digamos que em geral os neonazis (ou neofascistas) possuem uma organização partidária mais 'arrumada' em alguns países. A Klan é mais ativa nos EUA.

Não localizei no momento o link que eu havia salvo do VNN onde falavam do cidadão anos atrás, de qualquer forma, pra deixar registrado, ele era figura do VNN. Atenção com os links pois este aqui é de um blog racista (supremacista) dos EUA que comenta o caso. No SPLC (que é uma organização que combate esse tipo de extremismo nos EUA) comentam este mesmo caso e o fórum VNN dando apoio ao assassino, confiram no link. Mais um link do SPLC com um post do atirador no fórum, link.

Eu evito, mas muitas vezes é impossível não citar, colocar esses links de sites racistas de fora pois a maioria (esmagadora) dos "revis" lusófonos leem esse blog (apesar de só alguns deles comentarem), e se eles quiserem reproduzir porcaria como esse tipo de texto ou blog do link acima, que façam isso indo à fonte do lixo e não por terem visto o link aqui. Tem sites de alguns países infinitamente piores que os brasileiros ou portugueses, mas já temos violência demais pra lidar no país (que continua sendo um dos ou principal problema do país hoje) pra ficar importando mais esse tipo de porcaria de fora.

Há uma entrevista com o assassino dada à Carolyn Yeager que é outra negacionista e supremacista dos EUA conforme já citado aqui. Os links de entrevista dele à ela estão Aqui e aqui, com a seguinte descrição:
Saturday Afternoon with Carolyn Yeager, Live, May 11th, 2-4PM Eastern (11AM -1PM Pacific) on The White Network. "Interview with Glenn Miller, creater of the White Patriot Party"

[fglennmiller]

Carolyn begins a series of programs with personalities active during the 60's through 90's in American White racial activism. Frazier Glenn Miller founded and built the only White people's party ever in the U.S. - the White Patriot Party – in 1980, with a peak membership of 3000. He has been personally involved with all of the main figures and the history of the time period, so he has much to tell us.

Phone calls will be taken in the 2nd hour only (no undisclosed numbers), or email carolyn@carolynyeager.net

See you then,
Tradução:
Tarde de Sábado (Saturday Afternoon) com Carolyn Yeager, ao vivo, 11 de maio, de 2-4 da tarde horário do Leste (11 da manhã à 1:00 da tarde, fuso do Pacífico) na The White Network ("Rede Branca"). "Entrevista com Glenn Miller, criador do Partido Patriota Branco"

[fglennmiller]

Carolyn começa uma série de programas com personalidades ativas durante os anos 60 até os anos 90 no ativismo racial branco dos EUA. Frazier Glenn Miller fundou e construiu o único partido do povo branco nos EUA - o Partido Patriota Branco - em 1980, with a peak membership de 3000. Ele esteve pessoalmente envolvido com todas as principais figuras e no histórico daquele período, então ele tem muito a nos contar.

Chamadas de telefone serão recebidas apenas na segunda hora do programa (não revelaremos o número do telefone), ou por email carolyn@carolynyeager.net

Vejo vocês então.
Mesmo sabendo que isso seja algo remoto de ocorrer na cabeça dessas pessoas, pois se fossem providos de consciência não se engajariam nesse tipo de porcaria (em pleno século XXI), mas ainda me pergunto se não rola alguma crise de consciência de alguma dessas pessoas, vez ou outra, em ficarem tão próximas de gente (assassinos em potencial) que mata de forma gratuita pessoas por racismo e crendices racistas estúpidas. Esse tipo de discurso racista e crendice acaba invariavelmente nesse tipo de ataque quando algum mais desajustado arruma meios de extravasar sua raiva cultivada por muito tempo. Ou seja, quando um mais estourado põe em prática o extremismo que prega.

O cenário racista nos EUA com a Klan sempre foi violento e pelo visto não mudou nada, apesar da eleição "simbólica" do Obama pelo aspecto étnico da coisa (ficou só no simbolismo mesmo) já que politicamente o cara é um fiasco (deu até apoio à extrema-direita na Ucrânia). A Klan ou seus membros estão envolvidos em quase todo tipo de organização extremista de direita e racista nos Estados Unidos, e internamente em alguns partidos.

Faço questão de frisar essas questões pois vez ou outra algum radical de direita começa discussões tentando negar a matriz ideológica desse tipo de extremismo em outros países e mesmo aqui no Brasil com retórica achando que vão "levar no papo" a gente repetindo panfleto. Cito como exemplo ainda uma discussão esdrúxula num post antigo (sobre o conflito na Ucrânia), onde tive que ler que eu tinha "mágoa" (sic) da direita e coisas desse tipo sem nunca ter discutido em profundidade questões de direita e esquerda no cenário brasileiro no blog, até porque é impossível discutir se pouca gente comenta. E mesmo levando em conta que o blog sempre aborda o extremismo de direita de matriz fascista, ou seja, o assunto extrema-direita aqui tem tudo a ver com a questão da negação do Holocausto etc, acho que não seria necessário eu repetir algo tão óbvio se o povo (generalizando) não fosse tão estúpido ou cínico a ponto de ignorar essas questões.

Se alguém não sabe o que é fascismo e quer ficar repetindo como papagaio sites que ficam criando confusão sobre esses termos, fiquem à vontade, mas não esperem concordância do pessoal aqui. O nível de discussão política no país anda muito baixo há bastante tempo e principalmente pelo nível de interlocução e intelectual da direita brasileira, que é terrível.

Dizer que alguém tem "mágoa" em vez de criticar o que a pessoa pensa argumentando o porque discorda não é discussão política e sim choro infantil, coisa de gente despolitizada sem argumento, que em muitos casos leu algum texto esdrúxulo e cheio de "certezas" solto na internet e resolveu sair pregando pra "catequizar" as pessoas.

Em parte esse tipo de retórica mimada e chorona é típica da extrema-direita, um discurso apelativo, moralista e emocional, sem base alguma ou calcado em fantasias/mitos, cheio de senso comum rasteiro.

O que disse acima eu sei que é óbvio pra muita gente mas pra milhares, infelizmente, não é. Então se faz necessário chamar sempre a atenção desses que não têm convicção política sólida e se deixam levar por bobagens que leem na web. Não se faz política assim, na base da "catequese" como se fosse religião.

P.S. não confundam esse "Glenn Miller" com esse aqui (o mais antigo e maestro). O antigo Glenn Miller não merece essa comparação por conta do homônimo.

sábado, 3 de maio de 2014

Carolyn Yeager e o ANSWP (Partido Nazista Norte-Americano)

Acrescentando algo mais ao artigo de Sergey, Yeager foi diretora do Partido Nacional-Socialista Norte-americano até 2007. Sua renúncia foi discutida por Bill White aqui:
Lamento ver Carolyn renundiar. Ela era muito útil com a revista e uma boa ativista.
Esta foi a resposta da organização de Yeager sobre o massacre de Virginia Tech, onde uma das vítimas foi Liviu Librescu.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
Título: Carolyn Yeager and the ANSWP
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2010/01/carolyn-yeager-and-answp.html
Tradução: Roberto Lucena


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Martelo dos Deuses: a Sociedade Thule e o nascimento do Nazismo, de David Luhrssen (livro)

Martelo dos Deuses, de David Luhrssen: a Sociedade Thule e o nascimento do nazismo (Hammer of the Gods. The Thule Society and the Birth of Nazism) (Potomac Books) avalia um elemento pouco analisado do nazismo e faz isso com precisão histórica e revelação perspicaz. A Sociedade Thule era um grupo de ocultismo de Munique com aspirações políticas. Liderada por Rudolf von Sebottendorff, a Sociedade defendia uma variante da Teosofia, com a superioridade racial dos arianos como ideologia central. Para difundir suas ideias esotéricas para as massas, a Thule estabeleceu um partido de trabalhadores alemães antissemitas, eventualmente transformado por Hitler no Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, conhecido como Partido Nazista. Alguns membros da Sociedade Thule, finalmente, receberam cargos importantes no Terceiro Reich.

É dada uma definição clara ao atoleiro moral em relação à máquina de matar que foi o regime nazista em Martelo dos Deuses (Hammer of the Gods). Este livro retrata a fundação invisível para as políticas cruéis e predestinadas, e fala de questões de como o Terceiro Reich foi capaz de convencer e controlar toda a população alemã.

Este é um livro assustador. É educativo, de fato, mas também repleto de exposição delineada e precisa dos mistérios que influenciaram e conduziram os assuntos de uma nação seguidas de forma pedagogicamente insana sob a regra de não apenas um tirano, mas um possesso e capacitado por forças que nenhum de nós quer reconhecer ou enfrentar. Os relatos factuais, documentadas exaustivamente em anotações, lê-se tão bem como um romance consagrado.

Mas não é ficção, apesar que muitos gostariam que tivesse sido, quando traços da Sociedade Thule são trazidos à evidências manifestas dentro de exemplos contemporâneos. "O nazismo tornou-se inevitável na cultura popular", escreve Luhrssen, abordando tudo, desde a obscura ficção de brochura dos filmes mais populares de Hollywood nas últimas décadas como "Os caçadores da Arca Perdida" (Raiders of the Lost Ark). E ele acrescenta: "a Thule continua a ser um elemento da obsessão mundial com o nazismo."

Luhrssen fornece uma atualizada, mesmo corrigida, história do nazismo, e para aqueles de nós que refletem sobre o destino da humanidade, é um documento da uma realidade final horripilante em relação à condição humana. Não estamos seguros em formas que permanecem desprotegidas, não detectadas e que podem ser verificado (e que ainda assim continuam).

Martelo dos Deuses (Hammer of the Gods) é leitura obrigatória para os historiadores e para cada indivíduo que deseja ser plenamente informado sobre um momento desconcertante na história do mundo. Mas também está na lista de leitura para aqueles que sabem que a verdade sobre o nosso futuro não é como pode parecer, e que entendem exatamente o que aconteceu dentro do Terceiro Reich induz maior compreensão de como a nossa própria existência é governada por forças invisíveis em um contínuo e escurecido movimento. O que é edificante é a pesquisa e a revelação do autor. O que não é aquilo que é descoberto e explicado com a mente de um estudioso e o coração de um poeta.

David Luhrssen falará sobre Martelo dos Deuses (Hammer of the Gods) às 19:00 em 11 de maio, em Boswell Book Co. Glen Jeansonne, autor de uma nova biografia sobre Herbert Hoover, que também está no programa.

David Luhrssen é editor do A&E do Shepherd Express e co-autor de "Elvis Presley, rebelde relutante" (Elvis Presley, Reluctant Rebel) e "Tempos de mudança: a vida de Barack Obama" (Changing Times: The Life of Barack Obama).

Texto de Martin Jack Rosenblum

Fonte: Express Milwaukee.com (EUA)
http://expressmilwaukee.com/article-permalink-18607.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação 1: este livro "Martelo dos Deuses" (tradução livre) foi elogiado pelo historiador britânico Nicholas Goodrick-Clarke (de Oxford), que é uma das referências (ou 'A Referência') quando o assunto é "misticismo nazista", tratando o assunto de forma acadêmica e não como o assunto costuma ser tratado em edições sensacionalistas (porque esse tipo assunto "místico" vende), de crendice ou de superstição para preencher vazios de "cabeças" que se impressionam facilmente tentando buscar explicações "sobrenaturais" pra processos humanos/históricos ou que vivem surfando no "pensamento mágico" delirante. Inclusive o texto que eu iria traduzir com uma sinopse do livro continha os elogios do Nicholas Goodrick-Clarke ao livro junto com de outros historiadores mas achei melhor traduzir o texto acima. Há uma resenha de um livro do Goodrick-Clarke no blog colocado pela mesma razão deste post. Quem quiser conferir, o livro foi lançado em Portugal: Raízes Ocultistas do Nazismo - cultos secretos arianos e sua influência na ideologia nazi

Aproveitando a deixa acima pra fazer um comentário que não tem nada a ver com o post (pra não abrir outro post), ao contrário do que "reza" a crença comum (e que eu mesmo já cheguei a levar a sério): as diferenças de escrita entre o tal "português do Brasil" pro "português de Portugal" beiram a insignificância. Até pedi uma vez ao Roberto Muehlenkamp (que escreve com o português de Portugal) pra eu fazer uma revisão no texto pra "corrigir" alguns termos que não são usados no Brasil (a maioria foram de nomes de localidades/pessoas que não costumam ser traduzidos ao pé da letra como em Portugal, mas coisa pouca), mas foi aí que vi a irrelevância da coisa (da tal "diferença") e passei a prestar atenção nesse mito que difundem dos "dois idiomas", que de fato possui diferença grande na forma de falar (na fonética), pronúncia, mas não na escrita. A pronúncia do português do Brasil está mais próximo do som do galego da Galiza/Galícia (Espanha) que é a "mãe" do próprio idioma português que da pronúncia do português de Portugal, descobri isso por acaso por curiosidade em saber como falam os galegos. Curiosamente a forma de falar de Portugal se distanciou da Galiza e do Brasil, é curiosamente mais fácil, eu como brasileiro, entender um galego falando (e às vezes até um espanhol com pronúncia boa) do que um português com sotaque carregado, mas mesmo assim não há dois "idiomas" como a extrema-direita em Portugal dissemina por pirraça e idiotice.

Observação 2: voltando ao post, eu não publicaria textos de divulgação de livros com conteúdo capenga e duvidoso (não-científicos) sobre esses assuntos, se por acaso sair foi engano nunca por intenção, e há vários "livros" que se enquadrariam fácil neste termo de livro não-científico/histórico (aqueles que falam sobre a "fuga de Hitler" do Bunker dele pra viver na Patagônia, francamente...), pois os considero no mesmo patamar dos livros "revis" (literatura de quinta e ficção/fantasia, muitas distorções, fontes ausentes etc). Uma das razões pra eu publicar dois links com livros acadêmicos sobre o tema "ocultismo nazi no Terceiro Reich" é porque vez ou outra aparecia algum "iluminado" na comunidade de segunda guerra citando o assunto, e ao invés de prestar atenção ao que o pessoal mais lúcido comentava sugerindo leitura crítica disso etc, esse pessoal se apegava de forma emocional, com unhas e dentes, a leituras cheias de fábulas, crendices e coisas desse tipo e ficavam irritados com os comentários tentando equiparar livros de fantasia com livros de História, o que não é aceitável, como se o local fosse destinado a ficar discutindo baboseira de ficção/fantasia.

É um direito de cada um, só que... tanto a comunidade como o blog aborda os assuntos de forma científica, então assuntos "mágicos" (de superstição) são tratados aqui como devem ser tratados a luz da ciência, como superstição e crendice, nada além disso, não adianta ninguém chorar ou espernear, é assim e pronto. Irrita muito ver gente tentando equiparar livros sérios acadêmicos (como os mencionados) com livros de ficção/fantasia, auto-ajuda e de fábulas/crendices (de ocultismo e essas baboseiras, que até podem ser bons roteiros pra filme, eu até gosto, mas são só isso, ficção/fantasia). Se essa minha opinião (que não é só minha) por acaso irritar a quem for crédulo, paciência, os comentários tentando impôr, a mim e a mais gente, crendices e superstições também irritam tão ou muito mais do que a irritação eventual que eu possa provocar e só estou fazendo o comentário por achar que discussão sobre equiparar coisas que não são equiparáveis (livros de História com livros de conteúdo duvidoso) já passou da conta, até porque eu não tento impôr minhas crenças mas já vi muita gente tentando impôr suas "crenças/superstições".

Observação 3: considero esse assunto "misticismo nazi" ou "ocultismo nazi", um assunto marginal na questão do nazismo/fascismo, considero outras questões mais relevantes nos temas nazismo e fascismo, mas era difícil falar isso com a quantidade de crédulos que circulavam no Orkut falando dessas baboseiras como "verdade absoluta" e que ficavam com raiva quando a gente contestava os comentários toscos que eles colocavam. Embora a questão do "misticismo" tenha existido (tanto que os livros citados acima tratam disso), a maior parte dos nazistas da época eram cristãos ou se denominavam cristãos (religião majoritária na Alemanha, com todas as suas denominações/divisões), assunto já tratado em outros posts e que pode ser mais discutido adiante caso alguém se interesse, embora essas crenças racistas esotéricas culturalmente se misturavam às crenças religiosas da época.

Sei que muito religioso não gosta quando se toca no assunto, mas uma forma de não se chocar com isso é admitindo o que se passou na época em relação a essas igrejas e não querer negar o que se passou, não tratar a coisa como "questão de fé" e sim de assunto histórico.

Só finalizando, digo que o assunto do "misticismo" é marginal pois não é um elemento central desses sistemas, pode ser central na estética e em grupos mais radicais (principalmente os liderados por Himmler que era chegado nessas baboseiras), mas não é algo central na economia e política. Só que como o cinema fantasia muito em torno desse tema (Hellboy, Caçadores da Arca Perdida, Indiana Jones e a Última Cruzada) e a superstição é uma praga universal, então acho necessário o post com os livros desses historiadores pois são o que há de mais acurado no assunto no mundo, fora alguma outra publicação em alemão que eu já vi mas não lembro agora do nome (que não é um idioma tão acessível à maioria, ao contrário do inglês e espanhol). Há livros em português do Nicholas Goodrick-Clarke.

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