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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

As imagens 3D de Eric Hunt do crematório 1

Num recente texto de Eric Hunt sobre a câmara de gás homicida do crematório 1 no principal campo de Auschwitz, ele afirma que "uma representação 3D da área mais importante do Crematório 1 é utilizada para entender o papel desta farsa (hoax)". O blog de Carolyn Yeager anuncia que as "Imagens 3D de Hunt demonstram o papel da farsa de Auschwitz". Na verdade, as "imagens 3D" de Hunt realmente não ajudam a entender a distribuição de aberturas no telhado da câmara de gás melhor que a imagem 2D. O efeito 3D parece bom, mas é só isso. Ele não acrescenta nada ao problema que não tenha sido já mostrado pelas imagens 2D publicadas por Carlo Mattogno em "Auschwitz: Crematorium I" (Auschwitz: Crematório I), pág. 124 e suas terríveis variantes do RODOH (como uma imagem 3D pode realmente ajudar a entender algo, isso é mostrado aqui, para a câmara de gás do crematório 2 de Birkenau).

Como já apontei previamente, todo o argumento baseia-se fortemente na confiabilidade de um único modelo (planta). Além disso, se qualquer coisa, sugeriria que os poloneses não teriam reconstruído corretamente a câmara de gás e suas aberturas de gás, depois que fora convertida num abrigo antiaéreo pela SS após os gaseamentos serem interrompidas no campo principal de Auschwitz. Na verdade, algumas das testemunhas mais competentes e independentes (Stanislaw Jankowski, Hans Stark e Hans Aumeier com sua estimativa menor) forneceram uma estimativa de 2 para o número de aberturas, e não 4 como foi assumido pela reconstrução polonesa. Além disso, há ainda um possível motivo para a precaução de colocar uma abertura de gás diretamente ao lado da porta, especialmente quando falta experiência com a estabilidade da porta durante o assassinato em massa com gás venenoso: a de matar a vítima próxima da porta primeiro e se proteger das tentativas dela ser violada.

O argumento apresentado por Mattogno levanta algumas dúvidas sobre como a câmara de gás original parecia e porque foi feita assim, mas não demonstra uma farsa (hoax), não que os poloneses tenham feito algo para enganar nem que não tenha ocorrido gaseamentos homicidas no crematório 1.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2015/09/erik-hunts-3d-imagery-of-crematorium-1.html
Texto: Hans
Título original: Eric Hunt's 3D Imagery of Crematorium 1
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O que os soviéticos sabiam sobre Auschwitz - e quando. Parte 3 - Relatórios da Liberação

Artigo de Sergey Romanov traduzido à partir do link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/what-soviets-knew-about-au_114495918775367271.html

Como os soldados do Exército Vermelho avançavam para Auschwitz, liberaram os sub-campos e também o próprio [campo] Auschwitz, os relatórios estavam sendo enviados para o Chefe do Departamento Político da 1ª Frente Ucraniana, Major-General Yashechkin, descrevendo as informações do Exército Vermelho a caminho de Auschwitz e também do campo em si. Como você verá, a informação é fragmentada, por vezes imprecisa (como era de se esperar), mas ainda assim muito lhe corresponde ao que se sabe sobre esse campo de extermínio. Os relatórios foram publicados no Dokumenty obvinyajut. Kholokost: svidetel'stva Krasnoj Armii (compilados pelo Dr. FD Sverdlov; Kholokost publicada pela fundação em 1996 em Moscou). As grafias erradas foram corrigdas na maioria das vezes:

Para o Chefe do Departamento Político da 1ª Frente Ucraniana, Major-General Yashechkin

26 de janeiro de 1945

Na estação de Libiaz, que fica a sudoeste de Chrzanow, descobrimos um ramo [NT: sub-campo] do Campo de concentração de Auschwitz onde os internos têm sobrevivido por acaso. Entre eles estão 30 judeus - Húngaros, franceses, tchecos, poloneses e russos - todos conseguiram se esconder nas minas de carvão, onde os internos trabalharam. O restante foi morto pelos alemães. No total, neste campo, Estação Libiaz, havia 920 detentos.

Um deles, o judeu Lever, nos contou o seguinte: antes de Libiaz ele estava em Auschwitz, de 25 a 30 mil judeus de vários países da Europa residiam lá. Eles foram trazidos para cá durante 4 anos. Todos os que não podiam trabalhar -- mulheres, idosos, crianças, doentes, eram separados do sexo masculino e saudáveis e exterminados imediatamente. Eles foram para barracas separadas na parte sul do acampamento, lá eles eram despidos, em seguida, em câmaras especiais eram mortas por gás, e os cadáveres eram queimados em crematórios. No total, haviam 12 fornos para isto, que estavam funcionando parcialmente em eletricidade e parcialmente com carvão. Ele acha que o número de mortos é de aproximadamente 400.000 judeus. Nos últimos dois anos, internos do sexo masculina também foram envolvidos no extermínio. Os internos eram alimentados muito mal: uma vez por dia 150-200 gramas de uma sopa aguada e pão. Com o trabalho insuportável e a má alimentação essas pessoas se esgotavam e morriam. Três vezes por semana um médico examinava os internos e os incapacitados para o trabalho eram enviados para as câmaras de gás.

Desde outubro de 1944 o campo de Auschwitz estava sendo evacuado para a Alemanha e os fornos crematórios estavam trabalhando principalmente na capacidade máxima. Em dezembro de 1944 od fornos foram destruídos pelos alemães.

Chefe do Departamento Político do 60º Exército Major-General Grishaev

TsAMO RF, 60th army's fond, opis 10597, delo 151, listy 70-73.

Para Chefe do Departamento Político da 1ª Frentre Ucraniana, Major-General Yashechkin

27 de janeiro de 1945

Na ocupada Jaworzno um campo de concentração foi descoberto, foi criado hà três anos. O território é cercado por 3 filas de arame eletrificadas. No campo maior, judeus de todos os países da Europa estavam sendo exterminados. Os internos que sobreviveram estavam com roupas listradas em Hesse. Calçado – sapatos de madeira. No braço esquerdo um número tatuado. Os internos trabalharam em minas, em centrais elétricas, em diversos trabalhos duros. Quem estava incapacitado para o trabalho era enviado para os campos de Birkenau e Aushvajs[Auschwitz], onde eram mortos, os cadáveres eram queimados no crematório.

Chefe do Departamento Político do 59º Exército, Coronel Korolyov

TsAMO RF, 59th army's fond, opis 10442, delo 284, list 34.

Para Chefe do Departamento Político da 1ª Frentre Ucraniana, Major-General Yashechkin

27 de janeiro de 1945

Na manhã de 27 de janeiro de 1945, nossas tropas liberaram Auschwitz e Birkenau, dois grandes campos de concentração. Os alemães fugiram. No momento da libertação haviam 10.000 internos nos campos.

O campo da morte de Auschwitz, de acordo com testemunhas locais, foi fundado no verão de 1940. Os internos eram queimados em 5 crematórios. Muitos foram enforcados. O campo é cercado com arame farpado e várias linhas de alta tensão. Era vigorosamente guardado por soldados SS. Comandante – Capitão SS Hoess. Em julho de 1940 chegou o primeiro transporte de Varsóvia com 5-6 mil internos judeus. No período de grande afluxo de detentos, estavam sendo exterminados cerca de 10-15 mil pessoas por semana nas câmaras de gás, e eram cremados nos crematórios. Quando os carros com os judeus entravam no campo, em ambos os lados ficavam soldados alemães, que batiam em muito em todos com chicotes e paus – para a morte. Os internos morriam de fome e sede. Por dia recebiam cerca de 200 gramas pão e um copo de sopa. Em 1942 seis poloneses escaparam do campo. Como vingança, os alemães atiraram em milhares de internos. A cada manhã, centenas de internos despidos eram conduzidos para as câmaras de gás. Os alemães se divertiam dos infelizes através das janelas. Imagem sinistra. O cheiro da fumaça se propagava por cerca de 10 quilômetros.

Até o início de 1945 todos os judeus do campo foram exterminados. Os alemães, ocultando os vestígios do crime, explodiram o campo e atiraram nas testemunhas.

Chefe do Departamento Político do 60º Exército Major-General Grishaev

TsAMO RF, 60th army's fond, opis 10597, delo 151, listy 82-83.

Para Chefe do Departamento Político da 1ª Frentre Ucraniana, Major-General Yashechkin

28 de janeiro de 1945

Reportando:

Campo de concentração de Auschwitz [“Osventsin” em russo], em alemão “Auschwitz”, consiste de 5 campos e uma prisão. Vários milhares de internos de várias lugares da Europa saíram daqui. Muitos internos estão na estrada adjacente. Todos estão extremamente exaustos, eles choram, eles agradecem ao Exército Vermelho. Pessoas – de muitas nacionalidades – mas eu não me encontrei com judeus. Os internos dizem que todos eles foram exterminados.

Cada campo é uma grande área com várias fileiras de arame farpado. Em cada um, muitas barracas, em cada uma 2 fileiras com beliches. A visão desta tragédia é terrível.

Chefe do Departamento Político do 60º Exército Major-General Grishaev

TsAMO RF, 60th army's fond, opis 10597, delo 151, list 85.

Para Chefe do Departamento Político da 1ª Frentre Ucraniana, Major-General Yashechkin

29 de janeiro de 1945

Foi criada uma comissão especial de amigos alemães, para apurar a vilania dos alemães no campo de Auschwitz, o que supera todas as atrocidades conhecidas por nós.

De acordo com as testemunhas na liberação, em cerca de 4,5 anos, cerca de 4,5 milhões de pessoas foram exterminadas. Havia dias em que 25-30 mil pessoas eram exterminadas, em primeiro lugar, os judeus de todos os países da Europa. Antes do Exército Vermelho chegar, cerca de 8 mil internos estavam indo para a Alemanha. Os alemães explodiram os fornos e as cinzas espalharam por todo o campo, valas com cadáveres queimados foram encontradas no mesmo nível.

Chefe do Departamento Político do 60º Exército Major-General Grishaev

TsAMO RF, 60th army's fond, opis 10597, delo 151, listy 201-202.

Para Chefe do Departamento Político da 1ª Frentre Ucraniana, Major-General Yashechkin

1o de fevereiro de 1945

Sobre o campo de concentração de Auschwitz

Em um raio de 20-30 km perto da região de carvão de Dombrow, existem 18 campos de concentração satélites. Cada um com 10km2. Em cada campo existem 8 barracas. Cada barraca abriga cerca de 200-300 internos. O objetivo principal do campo é o extermínio em massa de pessoas, em primeiro lugar, os judeus, trazidos de toda a Europa. Internos – força de trabalho em minas e de material sintético. Em 4,5 anos de funcionamento desses campos, 4,5 milhões de pessoas foram exterminadas. Registraram-se por dia 8-10 transportes chegando com internos. 5 a 10% de pessoas aptas para o trabalho foram poupadas, o resto exterminado. 4 crematórios com 10 câmaras cada, para sufocar as pessoas com gás e 30 fornos para incineração de cadáveres. Em cada câmara caberia até 600 pessoas. Os crematórios não conseguiam queimar todos os corpos, parte deles foram queimados em valas de 40mx40m, [com a ajuda de] combustível derramado.

Houve cerca de 25-30 mil pessoas simultaneamente no campo. Esse programa rapidamente levava as pessoas à exaustão e depois à desgraça de morrer. Eles trabalhavam cerca de 12 horas ou mais. Espancamentos, tortura, humilhações, tiros, em cada turno.No campo de Auschwitz 2 mil pessoas foram libertadas, em Birkenau cerca de 2,5 mil, entre 500-800 pessoas em outros. Os judeus foram exterminados completamente. 40% deles estavam tão esgotados que não podiam nem mexer. Eles estavam sem alimentação hà vários dias.

Chefe do Departamento Político do 60º Exército Major-General Grishaev

TsAMO RF, 60th army's fond, opis 10597, delo 151, listy 165-171.

Mensagem de Sovinformburo de 31.01.1945 contém a seguinte informação:

Recentemente nossas tropas chegaram à cidade de Oswiecim. Após a ocupação da Polônia, os fascistas alemães construíram aqui o maior dos campos de concentração. Este campo da morte consistia de 5 seções. Cada uma destas seções ocupavam uma área enorme, cercada por arames farpados. Avançando rapidamente as unidades do Exército Vermelho libertaram vários internos. O ex-prisioneiro de Auschwitz, Lukashev de Voronezhskaja disse: “O número de internos de Auschwitz varia de 15-30 mil pessoas. Crianças, doentes e homens e mulheres inaptos para fazer o trabalho dos Hitleristas eram mortos com gases, e os cadáveres eram queimados em fornos especiais. Existiam 12 desses fornos no campo. Os internos eram forçados a trabalhar nas minas. Aqueles enfraquecidos por causa da fome, espancamentos e trabalho duro, eram exterminados pelos alemães. Em quatro anos no campo dos vilões alemães-fascistas, muitos foram torturados e muitas milhares de pessoas foram mortas.

Lev Bezymenskij em "Informatsija po-sovetski" (Znamya, 1998, no. 5) cita ainda mais relatórios.

O primeiro documento oficial sobre Auschwitz foi emitido no dia da liberação do campo, em 27 de janeiro de 1945. Foi assinado pelos soviéticos Chelyadin, Tomov e Rossel, pelos ex-internos - Gordon Yakov médico de Vilnius, pelo Prof Steinberg de Paris, o médico Epstein de Praga. Suas conclusões:

Durante a existência deste campo, cerca de 4,5 a 5 milhões de pessoas foram exterminadas, os principais destruídos foram os judeus de todos os países ocupados, POW russos, outros que trabalharam para a Alemanha – poloneses, tchecoeslovacos, belgas e holandês.

No mesmo dia o Chefe do Departamento Político da 322a Divisão de Infantaria, Okhapkin informou ao coronel do 60º Exército:

Os campos e sub-campos da morte de Auschwitz... A tarefa - exterminar 6 milhões de poloneses e todos os judeus da Europa. Este era o plano de extermínio de inocentes que eles levaram a cabo.

Poder-se-ia citar vários documentos, mas isso já é mais do que suficiente para analisar as várias reivindicações feitas pelos ignorantes negadores [do Holocausto].


Anterior: Parte 2: Relatórios de alemães capturados, 1943-1944

Próximo: Parte 4: "Revisionistas" e o artigo de Boris Polevoi

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O que os soviéticos sabiam sobre Auschwitz - e quando. Parte 1: Relatórios do NKGB da Ucrânia 1944


Artigo de Sergey Romanov traduzido à partir do link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/what-soviets-knew-about-auschwitz-and.html

Este artigo contém “dados crus” para uma futura análise do tema. Abaixo vocês encontrarão 3 relatórios soviéticos datados do verão e princípio do outono de 1944, referentes ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.

Estes importantes documentos, aparentemente, não foram utilizados por qualquer pesquisador do Holocausto.

O Professor John Zimmermann amavelmente me ajudou a chegar a eles através do USHMM. As referências de arquivo do USHMM são:RG-06,025 * 45, RG-06,025 * 46, RG-06,025 * 47. Os arquivos originais estão no Arquivo Central do FSB.

A qualidade das cópias que eu recebi não estão muito boas, (conforme imagem) em especial as palavras escritas com letras maiúsculas são mais difíceis de enxergar, mas eu consegui reconstruir alguns textos (com garantia de precisão) à partir das peças danificadas. (que felizmente, são poucas).

O primeiro relatório, 23/08/1944:

CONFIDENCIAL

PARA O VICE-COMISSÁRIO DE SEGURANÇA DO POVO DA URSS – 2 POSTO DE COMISSARIA DE SEGURANÇA

Com.
KOBULOV

Moscou

MENSAGEM ESPECIAL sobre o campo de extermínio de “BERKENAU”[sic]

O Chefe de inteligência do grupo-operacional do 4 º departamento da NKGB UkrSSR "SHTURM, ativo em "LVOVSKIJ" região da cidade de Cracóvia informa que no território da Polônia, 40km a sudeste, na floresta atrás da cidade de Oswiecin/Auschwitz, está localizado o campo de concentração de “BERKENAU”[sic].

O campo ocupa 5[?] quilômetros quadrados, e tem 4 fornos especiais para a incineração de corpos.

Nos crematórios, judeus são selecionados para trabalhos forçados na equipe “Sonder”, sob orientação do alto chefe das SS, Major SS [nome pouco claro].

Em 1941 em “BERKENAU”[sic], 12.000 prisioneiros de guerra soviéticos foram aprisionados, torturados e exterminados, salvo 50-60 pessoas que trabalhavam para os alemães.Os prisioneiros soviéticos foram mortos a pauladas, asfixiados e em seguida cremados.

Em junho de 1944 haviam cerca de 80.000 civis de diferentes nacionalidades no campo, como russos, poloneses, tchecos, franceses, belas, ciganos e judeus.

No início de maio de 1944 [texto não claro], começou o incineração em massa dos judeus húngaros, foram exterminados mais de 12.000 por dia.

Devido aos fornos crematórios não conseguirem tratar o montante total de vítimas, foram abertos 4 grandes valas onde as pessoas também eram cremadas.

Transportes de famílias judias inteiras, juntamente com seus pertences chegavam ao campo.

As pessoas que chegavam ao campo eram ordenadas, crianças e idosos eram mantidos separados de homens e mulheres.

Sob o pretexto de irem para uma sala de banho, as pessoas que chegavam eram despidas, dado o sabão eram encaminhadas para a "seção de banho", onde as portas eram fechadas hermeticamente, após ampolas de um líquido desconhecido eram lançadas à partir do teto, quebravam e emitiam gás, e como resultado desta, depois de cinco a dez minutos [termo incerto] acontecia o sufocamento.


Depois disto, a sala é ventilada, os cadáveres são carregados em carrinhos e são levados para os fornos crematórios.

Antes da incineração os cadáveres são examinados, dentes de ouro e coroas são extraídos.

A uma distância de 200 metros dos fornos crematórios uma orquestra toca para
silenciar os gritos.


Os alemães removem os bens roubados todos os dias através de um avião sanitário.

De acordo com o testemunho de antigos prisioneiros de guerra no campo de “BERKENAU”[sic], foi cremado o corpo do Tenente-Coronel do estado Maior do Exército Vermelho, doutor em ciência técnica [nome não claro].


COMISSÁRIO DE SEGURANÇA DO POVO DA UkrRSS – 2 POSTO DE COMISSARIA DE SEGURANÇA

/SAVCHENKO/
23 August 1944
Kiev

Alguns detalhes são exagerados ou enganados, mas a breve descrição do processo de extermínio é confirmada por outras provas.

O segundo relatório, 31/08/1944:

CONFIDENCIAL

RELATÓRIO

[of] PET’KO Ananij Silovich, nascido em 1918 na vila de
Gorbachevo-Mikhajlovka,
região de Makeevskij Stalinskaja oblast, Ucrânia, educação: Sétimo grau, candidato a membro do VKP/b/ e


PEGOV Vladimir Jakovlevich, nascido em 1919 na vila de Raznezhje, região de Voratynskij, Gor'kovskaja oblast, Rússia, educação: oitavo grau, membro do VLKSM - que [i.e. ambos] escaparam em Novembro de 1943 do campo de concentração de "Auschwitz", localizado a 3 km a oeste da cidade de Oswiecim /Poland/.

I – INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CAMPO DE AUSCHWITZ

O campo de concentração de “Auschwitz” está localizado a 3km a oeste da cidade de Oswiecim no lado oriental do Rio Vístula. A aparência externa do campo lembra um campo militar, com barracas regulares de madeira, pintadas de verde. O território é densamente construído de barracas em cerca 2 x 3km.

O acampamento é rodeado a uma distância 3 a 4 metros com postes de concreto reforçado de 4 metros. Entre o lado de fora e de dentro destes postes hà uma densa rede de arame-farpado. Sob a cerca de arame, hà uma fundação feita de concreto armado de 1,5m de profundidade. Seguindo a cerca de arame, a cada 75-100m existem guaritas de 20-25m de altura. Em cada guarita hà um guarda com um rifle e uma metralhadora.

A cada dois postes da cerca de arame, hà lâmpadas elétricas que iluminam o acampamento a noite inteira.

A cerca elétrica está sempre sob alta tensão, de 3 a 5 mil volts.

O campo todo é dividido em 2 partes, homens e mulheres. A parte dos homens é dividida em:

[a, b, v, ... – letras do alfabeto russo]

a/ seção de quarentena;

b/ para Russos, Poloneses, Alemães e outros;

v/ para Italianos e Franceses;

g/ para Tchecos;d/ para ciganos;e/ enfermaria.

A seção de quarentena tem 18 barracas, a enfermaria tem 16 barracas. O restante das 4 seções tem 40 barracas cada.

O campo das mulheres consiste em 2 seções com 36 barracas cada. Crianças de todas as idades ficam no campo das mulheres.

As barracas de madeira, dos homens e das mulheres, são do tipo que acomodam entre 700-800 pessoas.

Entre o campo dos homens e das mulheres / a distância entre eles é de 50 m / passa uma ferrovia e uma rodovia, que liga a cidade de Oswiecim para os crematórios, que estão localizados 50 metros de distância do campo na direção oeste. Hà também uma estrada em volta do campo.

O campo de “Auschwitz” já existia na Polônia, mas não havia crematórios e existiam prisioneiros políticos poloneses. Com a chegada dos alemães o campo foi ampliado e melhorado.

No início de 1940 todos os prisioneiros de guerra e civis de todos os países ocupados pela Alemanha chegavam a este campo sem interrupções. Em média o campo de “Auschwitz” acomodava entre 150-200 mil pessoas.

O campo de Auschwitz também é conhecido como “campo da morte”, porque só os destinados ao extermínio são enviados para lá. De russos, chegam nesse campo somente aqueles que cometeram alguma infração, fugas, assassinato e etc...


2 – ROTINA E SEGURANÇA

Todos aqueles que chegam ao “campo da morte”, imediatamente são completamente despidos, entregam todos os seus pertences pessoais, e então recebem roupas especiais do campo.

Exceto os prisioneiros de guerra russos, todos têm o mesmo tipo de vestuário, constituído de calça e jaqueta de tecido listrado bruto / listras brancas e pretas ou azul escuro / os sapatos são de madeira. O chapéu / boné pontiagudo / é feito do mesmo tecido.

Os prisioneiros de guerra do Exército Vermelho usam um uniforme com uma grande cruz vermelha sobre a blusa / nas costas / e as calças pintadas em vermelho nas laterais.

A administração e os guardas têm direitos ilimitados. Qualquer um pode matar prisioneiros o quanto quiser e sem motivo algum. Esses assassinos são os mais incentivados pela administração. As guardas consistem apenas de SS e policiais. Todo mundo vai com um chicote ou um pedaço de pau, e mesmo sem qualquer razão aparente ataques às vezes não são o suficiente, acham agradável batê-los até a inconsciência ou morte - como eles desejam.

Em cada seção do campo o principal superior é chamado de “Rapportfuehrer”, a que estão subordinados os “Blockfuehrers”, que mantém em ordem os blocos/barracas/.

A cada semana, a seleção para extermínio dos fracos é realizada. Para este propósito todos os detentos ficam alinhados, todos completamente despidos, SS e funcionários dão as ordens para que eles consideram necessárias para destruí-los, e os que lideram ficam de lado. Aqueles que foram selecionados para o extermínio ficam alojados em barracas especiais, e não são alimentados por vários dias, então eles são trazidos ao crematório e depois cremados.

Fugas do campo são absolutamente impossíveis, apenas acontecem são realizados quando as pessoas estão trabalhando fora do acampamento. Se um guarda descobre a fuga de uma única pessoa, é soado um alarme de uma poderosa sirene. Então todas as obras são pausadas, as pessoas se alinham em colunas e continuam de pé no lugar até que a procura do fugitivo tenha acabado. A procura leva um dia, se o fugitivo não for encontrado as buscas são interrompidas. Todos os guardas utilizam cachorros nas buscas.

3 – CREMATÓRIO

A 50m de distância do campo de “Auschwitz” estão localizados 4 crematórios, então ali cremavam as pessoas, não somente deste campo, mas também de outros campos que estavam localizados na região próxima a Auschwitz. Aqui também eram cremados os detentos que residiam perto de Oswiecim.

O campo de Oswiecim é uma fortaleza que abriga prisioneiros políticos de todas as nacionalidades. Os mais horríveis atos de violência contra os prisioneiros são feitos pela Gestapo e eles [os corpos dos prisioneiros] eventualmente vão para o crematório.

Externamente o crematório parece uma fábrica ou uma pequena usina, cercado com cercas e com uma chaminé de 20-25m.

Na parte subterrânea do crematório existem 2 seções: a sala de despir e a sala de gaseamentos. Na parte acima do solo está o crematório propriamente dito com os fornos que funcionam a coque. Cada crematório tem 5 fornos e em cada forno 3 retortas. Em cada retorta são introduzidos 3-4 corpos simultaneamente. A duração da cremação dos corpos é de cerca de 5 a 10 minutos, depois o tempo de cremação é encurtado. Os crematórios trabalham na capacidade plena, 24 horas por dia, e mesmo assim não conseguem cremar todos os corpos.

4 – PROCESSO DE ENVENENAMENTO E INCINERAÇÃO

Grupos de pessoas fadadas são levadas ao território do crematório de automóvel, eles ficam alinhados em uma linha no chão e é realizado um exame – para verificar se alguém tem dente de ouro ou outros objetos de valor. Aqueles em que verificaram que tinham dentes de ouro, ou ouro em outras partes, são encaminhados para a “sala de cirurgia”, onde o ouro ou outros compostos é extraído.

Após o exame levam as pessoas para um porão, uma sala de despir, similar a uma sala de despir de um banheiro. Tendo despidos vão para outra sala, a do banho, onde existem torneiras e chuveiros, mas nunca teve água. Nesta sala hà 4/quatro/ colunas que atravessam o telhado. Após o “banho” a sala está cheia de pessoas/em pé ao lado dos outros/ e as portas são fechadas hermeticamente. Através das aberturas, que estão no topo das colunas, uma espécie de pó é derramado, que exala um gás venenoso, e as pessoas começam a sentir falta de ar. O processo de sufocamento dura de 10-15 minutos.

Então os cadáveres são levados em carrinhos especiais para a parte de cima e incinerados.

Diariamente, vários transportes chegam com pessoas trazidas para o campo, o crematório não consegue lidar com todas as pessoas assassinadas a gás, portanto, perto dos crematórios foram criadas valas, onde a queima é realizada, como se fosse uma pira.

As pessoas que trabalham no crematório consistem inteiramente de judeus e têm mudado a cada mês. Alguma pessoas que trabalharam lá já foram incineradas.

O sufocamento e cremação acontecem simultaneamente para homens, mulheres e crianças.

Houve ocasiões em que os bebês estavam vivos após o gaseamento e, em seguida, eles foram mortos pela SS com paus ou simplesmente pelo [batendo contra ele], o muro.

Durante os trabalhos no crematório as chamas das chaminés aparentemente alcançam 15m de altura.

O cheiro dos corpos [cremando] se espalha por muitos quilômetros deste lugar horrível.

Após a fuga, já longe do campo, ouvimos da população local que os jornais alemães publicaram que haviam sido construídas quatro fábricas de tijolos em Oswiecim.

Em 1943 em um dos crematórios, ocorreu o seguinte incidente: uma judia americana foi atacada pelo Rapportfuehrer SCHILLINGER, ela chutou a arma que estava em sua mão, pegou a arma e em seguida atirou em um assistente seu e feriu um outro SS.

Tudo o que diz respeito à arrumação dos crematórios, envenenamento e a cremação de internos, nós conhecemos parcialmente à partir de observações pessoais, parcialmente do pessoal que trabalha nos crematórios, embora eles vivam em barracas separadas, no entanto, suas histórias sobre arrumação do crematório e processo de matança e cremação de internos, ficaram conhecidos por
todos os detentos que residem em “Auschwitz”.

No que diz respeito ao fato da existência de crematórios, este não é segredo para os internos, porque qualquer um pode chegar perto deles até a distância de 10-15 m. Nós vimos pessoalmente, indo a uma distância curta, quando as portas dos crematórios foram abertas e perto dos fornos haviam pilhas de cadáveres.

Além disso, dois crematórios estavam sendo construídos no outono de 1943 [obviamente um erro de tipografia para 1942], quando nós tínhamos saído desse campo. As obras foram realizadas por prisioneiros de guerra russos, que viviam nas mesmas barracas que nós. Várias vezes fomos ao interior dos crematórios e vimos suas estruturas estruturas internas incompletas.


5 – SOBRE O NOVO CAMPO


Já no verão de 1941 a construção do novo campo tinha começado, estava na mesma escala do campo que residíamos, i.e. “Auschwitz”. O território do novo campo adjunto ao lado norte de “Auschwitz” era separado somente por uma estrada rodoviária.

A construção foi feita pelos internos de “Auschwitz”.

Além disso, de acordo com as histórias dos detentos que chegaram de outros campos, a uma distância de 20-30 km do campo de "Auschwitz" existe um pequeno número de campos de concentração, a partir do qual as pessoas também são levadas para incineração.


6 – SOBRE ALGUNS COMANDANTES DO RKKA E PESSOAS CONHECIDAS DE NÓS QUE RESIDIRAM NO CAMPO “AUSCHWITZ”


De generais do Exército Vermelho no campo de Auschwitz que eu saiba não havia nenhum. Se algum general do RKKA foi cremado nos crematórios, eu também não sei.

No campo havia prisioneiros de guerra entre médios e altos oficiais. Nós conhecemos o Tenente-Coronel ANTIPOV, 35-38 anos, da Sibéria, até a sua captura ele tinha servido na Divisão de Tanques Pushkin, e participou ativamente da nossa fuga. Major OSIPOV Sergej, 40-45 anos, de Moscou. Professor MIRONOV Andrej Pavlovich, 40-45 anos, que escreveu muitos tratados históricos. ZLOTIN Mikhail, nascido em 1916, engenheiro da indústria de moagem de farinha, Tenente Jr do RKKA, fugiu do campo em outubro de 1943. Nós fomos envolvidos na fuga de ZLOTIN.

Todas as pessoas acima mencionadas, tiveram grande participação com os internos do campo, organizando fugas individuais e em grupo.

Do número de traidores entre os prisioneiros de guerra nós conhecemos: [nome não claro] serve ao comandante do campo e traiu o povo soviético.

[nome não claro] da Ucrânia Ocidental, não somente denunciou pessoas soviéticas como também estrangulou muitas pessoas.

BARANOV Jakov, 26-27 anos, trabalhou na dispensa de pães, provocava os russos, em muitos aspectos, como diminuir a escassa ração de pão que eles estavam recebendo.

"VAN'KA" - / "SPITZMAUS" /, 2[?] anos, baixo, russo, que também denunciou pessoas soviéticas honestas.

"[nome não claro]" - 27-28 anos, da Ucrânia Ocidental, sargento-ajudante de acordo com a classificação, ativo assistente da Gestapo.

Todos eles eram de muita confiança dos alemães.

RELATÓRIO RECEBIDO POR:


COMISSÁRIO OPERACIONAL SÊNIOR DO 4º.DEPARTAMENTO DA NKGB
UkrSSR
Tenente Sênior de Segurança do Estado
[nome não claro, possivelmente “Gubin”]

31 de
Agosto de 1944
Kiev



O mais importante documento é o terceiro. Apesar de várias imprecisões (como o tempo de cremação e a altura das chamas nas chaminés) os autores dos relatórios descreveram com precisão o essencial do processo de extermínio nos crematórios II e III(informações sobre o que faziam os judeus dos Sonderkommandos).

A descrição da máquina de extermínio foi confirmado pelos documentos recuperados após a guerra, que os soviéticos, obviamente, não tinham acesso em 1944. Notar a correta descrição da divisão dos morgues dos crematórios II&III através da sala de despir(Auskleidekeller na documentação alemã) e a sala de gaseamento (Vergasungskeller and Gaskeller na documentação alemã). Observar também a menção às 4 colunas wire-mesh para introdução do Zyklon-B.

(Nota: ver este artigo para mais comentários.)

O terceiro relatório, 06.09.1944


CONFIDENCIAL

PARA O VICE-COMISSÁRIO DE SEGURANÇA DO POVO DA URSS – 3 POSTO DE COMISSARIA DE SEGURANÇA


[nota manuscrita: Para arquivo do campo de “Auschwitz” [assinatura não clara]]
com. SUDOPLATOV

Moscou

MENSAGEM ESPECIAL


Informação do chefe de inteligência operacional, grupo de "LVOVSKIJ" acerca do campo de"Berkenau" [sic] enviada em 23.7.1944 [não claro] 4/4/4609 é corroborada a maior parte das informações recebidas recentemente do chefe de outro grupo-inteligência operacional "[não claro]", recebido por ele do antigo prisioneiro de guerra, capitão JAKOVLEV Grigorij [não claro nome] e outras pessoas que escaparam do campo de “BERKENAU”[sic] no fim de julho de 1944.

De acordo com o testemunho dessas pessoas, no campo de “BERKENAU”[sic] em 1941-42 mais de [?]0.000 de prisioneiros de guerra Russos e também 150.000 judeus e prisioneiros políticos foram torturados e cremados em piras.

De 16 de Maio a 20 de Julho de 1944 1.200.000 judeus Húngaros e Romenos foram
exterminados no campo.

Desde o final de julho deste ano todo transporte com os judeus da França, Iugoslávia e Grécia, ocupada pelos alemães, começaram a chegar no campo.

Os adultos estão sendo sufocados em especial nas câmaras de gás, os idosos e crianças estão sendo lançados no fogo vivo.

Informações sobre general [sobrenome pouco claro] está sendo verificada após a recepção dos novos dados sobre ele a partir de nossa grupos de inteligência operacional, vamos informá-lo.


CHEFE DO 4o. DEPARTMENTO DA NKGB DA UkrSSRTENENTE CORONEL DA SEGURANÇA DO ESTADO

/SIDOROV/

6 de Setembro, 1944Kiev



Este relatório fala por si. Apenas um comentário sobre a exagerada estimativa de judeus húngaros mortos (os judeus de parte da Romênia anexada também são contados como judeus húngaros). A maioria dos observadores não têm acesso a uma informação exata sobre os transportes húngaros, portanto, haviam várias estimativas, muitas delas exageradas, e este relatório é baseado na estimativa de 18.000 pessoas por dia (atualmente sabemos que houveram pausas no extermínio). A estimativa do campo é confirmada por uma testemunha bem conhecida, Sonderkommando Alter Feinsilber (Stanislaw Jankowski) que testemunhou sobre este número em 16.04.1945 (Ver J. Bezwinska, D. Czech, Amidst a Nightmare of Crime, New York, Fertig, 1992, p. 56).

Próximo: Parte 2: Relatórios de alemães capturados, 1943-1944

sábado, 31 de maio de 2008

Colunas de Zyklon - coluna Kula

Uma das peças de propaganda "revisionistas" mais difundidas é a idéia de que não havia buracos nas câmaras de gás nazistas. No seguinte texto do Holocaust History Project, todas as distorções "revisionistas" são desmitificadas e é apresentada uma explicação detalhada das colunas de Zyklon, que fizeram parte de todo aparato de assassinato em massa nos campos de extermínio nazi.

Colunas de Zyklon - coluna Kula

Introdução

Em Auschwitz-Birkenau, nas câmaras de gás dos crematórios II e III, o Zyklon-B era colocado através de buracos no teto. Depois dos recentes experimentos com este veneno, a equipe do campo tinha aprendido que era importante deixar as pastilhas de Zyklon para serem removidos depois da morte das vítimas, e também para provocar um aumento da velocidade de evaporação do gás.

A solução para estes problemas era o uso de uma coluna de malha de arame, que percorria todo o chão acima do teto pelo telhado. Um homem das SS, usando uma máscara de gás e em pé no telhado, colocaria as pastilhas no topo da coluna e poria uma cobertura de madeira sobre isso. As pastilhas caiam dentro de uma cesta interna de malha de arame, que as recebia e então liberavam seu veneno dentro da câmara de gás.

Depois que o assassinato em massa estivesse completo, a cobertura era aberta, a cesta era retirada, e o Zyklon que restava expelia seu veneno de um modo inofensivo ao ar livre. Enquanto isso, a ventilação da câmara de gás e a cremação de cadáveres podiam ter início.

Estas colunas são relatadas no inventário do crematório II, 31 de março de 1943, como "mecanismo de introdução de malha de arame" (Drahtnetzeinschiebvorrichtung) com "coberturas de madeira" (Holzblenden).

Esquema

Abaixo há um esquema de uma seção transversal da introdução da coluna, vista de lado. Cada um das medidas foram coletadas de várias fontes de depoimentos de testemunhas oculares; eles foram sintetizados dentro deste desenho. As medidas mostradas são as melhores aproximações daquelas fontes, mas não devem ser consideradas exatas para medida em centrímetros.(clique na imagem para vê-la ampliada)

Fontes: Gutman, Yisrael, and Michael Berenbaum, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994; Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989.

Esboço

Michal Kula, um ex-prisioneiro que trabalhou num local de confecção de esquadrias metálicas do campo de Auschwitz-Birkenau, deu um depoimento descrevendo a introdução das colunas em junho de 1945. Abaixo há um esboço ilustrando o que ele descreveu naquele depoimento. As imagens são do livro de Jean-Claude Pressac "Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers"(Auschwitz: Técnica e Operação das Câmaras de Gás), que foi originalmente publicado em francês; as traduções estão abaixo.

Este esboço mostra a menor "cesta de arame" abaixo a coluna dentro da qual isto foi inserido. Esta "parte móvel" é o que realmente carrega as pastilhas de Zyklon para elas liberarem o gás venenoso, e é o que era retirado uma vez que a operação de gaseamento era completada.(clique na imagem para vê-la ampliada)

Traduções:

PARTIE MOBILE - PARTE MÓVEL

Coiffe en tôle - Tampa de Metal

Intervalle separant le tube en tôle du 3ème tamis: 25 mm - Espaço entre os tubos de metal e a terceira estrutura: 25 mm

Troisième tamis intérieur à maille de 1 mm de côté - Terceira, interna, estrutura de 1 mm de malha

Tube en fine tôle zinguée de 15 cm de côté - Tubo de metal galvanizado interno, 15 cm²

PARTIE FIXE - PARTE FIXA

Pièce de métal reliant les 1er et 2ème tamis - Pedaço de metal unindo a primeira e segunda estruturas

Premier tamis extérieur en fil de 3 mm de diamètre et de maille de 45 mm de côté - Primeira, externa, estrutura de 3 mm de diâmetro de arame, 45 mm de malha

Deuxième tamis intérieur à maille de 25 mm de côté - Segunda, interior, estrutura de 25 mm de malha

3 m environ - Aproximadamente 3 m

Cornières de 50 x 50 x 10 mm - Calhas de 50 x 50 x 10 mm

Fonte: Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p. 487.

Testemunho de Erber

Em 1981, o historiador Gerald Fleming conversou com o ex SS-Sergeant Major Josef Houstek, que havia mudado seu nome para Josef Erber depois de servir em Auschwitz. Erber descreveu as colunas parecendo ligeiramente diferentes:
Em cada uma destas áreas de gaseamento [dos crematórios [II and III] em Birkenau] estavam dois dutos: em cada duto, quatro tubos de ferro percorriam do chão até o teto. Estes estavam recobertos com malha de arame de aço e dentro havia um recipiente de estanho com uma borda baixa. Anexo a este estanho havia um arame pelo qual isto poderia ser retirado pelo telhado. Quando as tampas eram levantadas, alguém poderia retirar o recipiente de estanho e remexer os cristais do gás dentro dele. Então o recipiente foi baixado, e a tampa fechada. 6

6. Prisioneiro Josef Erber ao autor, 14 de setembro de 1981.

Os "quatro tubos de ferro" são supostamente as quatro calhas ao redor dos quais a malha do lado externo fora envolvida. O recipiente de estanho baixado por um arame deveria ser, mais cedo ou mais tarde, a versão do lado de dentro da "cesta de arame" descrita por Kula.

Fonte: Fleming, Gerald, Hitler and the Final Solution, 1984, p. 188.

A descrição de Tauber

Henryk Tauber deu um depoimento em maio de 1945 que incluiu uma descrição das colunas:
A lateral destes pilares, que iam até o telhado, eram de malha de arame pesado. Dentro desta grade, havia outra de malha mais fina e dentro daquela uma terceira de malha mais fina ainda. Dentro da jaula desta última malha havia uma lata removível que era retirada com um arame para recuperar as pastilhas das quais o gás havia evaporado.

[...]

A sala de despir e a câmara de gás eram cobertas primeiro com um bloco de concreto e então com uma capa de de solo coberto com grama. Existiam quatro pequenas chaminés, as aberturas através das quais o gás era expelido naquelas saídas acima da câmara de gás.
Fonte: Pressac, Jean-Claude, op.cit., p. 484.

Vista Aérea

As aeronaves de reconhecimento dos Aliados adquiriram a capacidade militar para sobrevoar a área de Auschwitz em meados de 1944. A fábrica da IG Farben próxima produzia borracha sintética e óleo, e era de interesse militar por esta razão, mas várias fotografias foram também tiradas do campo de Birkenau. Em 25 de agosto de 1944, um aeroplano capturou esta vista de Birkenau, incluindo as câmaras de gás dos crematórios II e III.

Nesta fotografia, o crematório II está no retângulo central à direita, e o crematório III está abaixo à direita. O Norte está ao fundo(parte inferior).

Abaixo, uma ampliação da mesma fotografia mostra a edificação do crematório II. Ao fundo, a chaminé do crematório faz uma extensa sombra. Extendendo-se pra cima(sul) da edificação está o subsolo da câmara de gás, Leichenkeller 1. Quatro manchas escuras são visíveis, correspondendo às quatro "pequenas chaminés" da introdução das colunas.

Fonte: U.S. National Archives, Record Group 317 - Auschwitz Box Envelope 17 / Security Set - CIA Annotated Negative #17, photograph of August 25, 1944.

Vista Terrestre

Abaixo está uma vista do terreno do mesmo crematório, olhando ao norte de seu Sul. Na direita está a edificação do crematório com sua chaminé visível. Jean-Claude Pressac situa a data desta fotografia entre 9 e 11 de fevereiro de 1943. A edificação está ainda sendo construída e não será terminada até fim de março de 1943.

A câmara de gás Leichenkeller 1, justo à direita da fumaça do trem, extende-se na direção da câmara e ligeiramente para direita.

Abaixo, uma ampliação da mesma fotografia mostra a câmara de gás. Como o resto da edificação, está em construção. Não tinha sido ainda coberta com terra, fazendo as "pequenas chaminés" parecerem mais altas que elas seriam.

Uma cuidadosa análise fotográfica mostrou que as duas sombras escuras curtas e verticais, sob o centro da janela nesta foto, estão "pequenas chaminés" ao sul. (O retângulo escuro à sua direita parece estar contra a parede da edificação, atrás da câmara de gás. É desconhecido o que está mais curto, e a sombra cinza mais clara está à sua esquerda. As linhas de luzes verticais em frente à câmara de gás são postes da cerca.) A terceira "pequena chaminé" está atrás da fumaça do trem, e no canto superior da quarta pode apenas ser vista, justo à esquerda da fumaça do trem, e mais escurecida pelo monte de cobertura de neve da terra. Deste ângulo, sua colocação está oscilando devido a alternância leste-oeste.

Fonte: Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p. 340. Cited by Pressac as PMO neg. no. 20995/494, Kamann series. And Keren, Daniel, Jamie McCarthy, and Harry W. Mazal, Holocaust and Genocide Studies, Oxford University Press, Vol. 18, No. 1, Spring 2004, pp. 68ff.: "The Ruins of the Gas Chambers: A Forensic Investigation of Crematoriums at Auschwitz I and Auschwitz-Birkenau."

Um Respiradouro Similar

Uma rara fotografia de uma introdução de respiradouro similar de Majdanek, não de Auschwitz, foi preservada. Majdanek foi também um campo onde gaseamentos em massa foram realizados.

Quando o Exército Vermelho chegou em julho de 1944 os soldados acharam enormes depósito transbordado de bens. Eles descobriram cadáveres e mais evidências de uma enorme série de atrocidades, as quais noticiaram imediatamente para a imprensa mundial.

(Feig, Konnilyn, Hitler's Death Camps, 1979, p. 330.)

Um homem do exército soviético posou para esta fotografia, pegando a cobertura do aparelho, em pé próximo ao aparelho. Foi publicada pela London press em outubro de 1944. É desconhecido como similar a isto pareciam às "pequenas chaminés" de Auschwitz-Birkenau.

Fonte: The Illustrated London News, October 14, 1944, p. 442.

Negadores do Holocausto

Negadores do Holocausto rejeitam que estas colunas também existiram. A convergência desta evidência, incluindo os testemunhos convincentes que deram detalhes antes de corroborar evidências que foram desenterradas é ignorada.

Os depoimentos de Kula e Tauber descrevendo as inserções de "aparelhos de malha de arame", décadas antes corroborando a evidência foram descobertos nos arquivos, não podem ser descartados. O depoimento de Houstek/Erber dos mesmos aparelhos, também antes desta evidência ser descoberta, é também uma forte corroboração.

Negadores provavelmente sustentarão que uma menor diferença em suas descrições significa que devamos ignorá-los. Mas realmente devemos esperar achar narrativas idênticas? Os prisioneiros deram suas descrições meses depois do fato; o perpetrador, 35 anos mais tarde. Que devem contar para alguns como diferença. Justamente como em grande medida, não sabemos se os nazis em fulga da operação de gaseamento tentaram usar ligeiramente diferentes tipos do equipamento de hora em hora.

Certamente, se todas as três descrições eram exatamente semelhantes, devemos suspeitar que a narrativa mais recente foi copiada das mais antigas. Por elas não serem, sabemos que aqui estão três testemunhas oculares separadas por estes itens.

Negadores do Holocausto rejeitam a validade das fotografias aéreas, alegando que aqueles quatro postes escuros no telhado de cada câmara de gás foram retoques adicionados pela CIA ou alguma outra conspiração. John Ball, que não é nenhum perito em interpretar fotografias aéreas, sugere uma destas hipóteses ou, alternativamente, que os postes escuros eram vasos em repouso em cada câmara de gás.

Os objetos mostrados no telhado na foto terrestre, dizem alguns negadores, são caixas comuns de material de construção.

Negadores também alegam que não há nenhuma evidência dos quatro buracos no telhado de cada câmara de gás. Porque as câmaras foram dinamitadas numa tentativa de esconder evidência de assassinatos em massa da chegada do Exército Soviético, os telhados desmoronaram e é difícil dizer nos escombros o que é um buraco e o que não é. Mais tarde neste ano, um ensaio no website direcionará esta questão em detalhe.

Finalmente, negadores do Holocausto intencionalmente confundem o sólido apoio no telhado das colunas das câmaras de gás com as colunas de malha de arame. Como óbvia evidência de seus crimes, as últimas seriam removidas pelos nazis das câmaras de gás antes delas serem destruídas. De forma absurda, negadores mostram fotos de sólidas colunas como prova de que as colunas de malha de arame nunca existiram.

Esta débil intenção em reescrever a história não se sustenta.
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Agradecimentos ao voluntário Harry Mazal do Holocaust History Project pela assistência de pesquisa.

Última alteração: 30 de outubro de 2005
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org

Texto: Jamie McCarthy e Mark Van Alstine
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/intro-columns/
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 11 de março de 2008

Testemunhos dos engenheiros dos crematórios (Holocausto)

Testemunhos dos Engenheiros dos Crematórios

Testemunho do SS-Unterscharführer Herman Lambert sobre Sobibor
Citado em "BELZEC, SOBIBOR, TREBLINKA - The Operation Reinhard Death Camps", Indiana University Press - Yitzhak Arad, 1987, p. 123:


"Como eu mencionei no início, eu estava em um campo de extermínio dos judeus há duas ou três semanas. Era talvez no outono de 1942, mas não lembro exatamente quando. Àquele momento, eu fui designado por Wirth para aumentar a estrutura de gaseamento de acordo com o modelo de Treblinka. Eu fui a Sobibor junto com Lorenz Hackenholt, que estava, naquele tempo, em Treblinka.

Nos reportamos ao comandante do campo, Reichsleitner. Ele deu-nos a diretiva para a construção das instalações de gaseamento. Os campos já estavam em operação, e lá haviam essas instalações. Provavelmente a instalação antiga não era grande o suficiente, e a reconstrução era necessária."

Kurt Prufer I

Kurt Prufer, engenheiro chefe em Erfurt, Alemanha, 5 de Março de 1946.
Citado das transcrições do interrogatório pelo Professor Gerald Fleming da Universidade de Surrey, em um artigo do New York Times, em 18 de julho de 1993.


P. Quem, além de você, participou das contruções dos fornos?

R. De 1941-2, eu construi os fornos. Os desenhos técnicos foram feitos por Mr. Keller. O sistema de ventilação "Kremas" (crematórios) foram construídos pelo engenheiro chefe Karl Schultze.

P. Com que frequência e com que propósito você visitou Auschwitz?

R. Cinco vezes. A primeira vez no início de 1943, para receber ordens do Comando SS onde os Kremas deveriam ser construídos. A segunda vez foi na primavera de 1943 para inspecionar o terreno da construção. A terceira vez foi no outono de 1943 para inspecionar uma falha na construção de uma chaminé de um Krema. A quarta vez no início de 1944, para inspecionar a chaminé reparada. A quinta vez em Setembo-Outubro de 1944, quando eu visitei Auschwitz com o objetivo de realocar os crematórios (de Auschwitz), uma vez que o front estava mais próximo. Os crematórios não foram realocados porque não haviam trabalhadores suficientes.

P. Você era o único engenheiro da Topf em Auschwitz na primavera de 1943?

R. Não. (engenheiro chefe Karl) Schultze estava comigo em Auschwitz naquela época. Eu vi pessoalmente aproximadamente 60 corpos de mulheres e homens de diferentes idades que estavam sendo preparados para incineração. Isso era às 10 da manhã. Eu testemunhei a incineração de seis corpos e cheguei a conclusão de que os fornos estavam funcionando bem.

P. Você viu uma câmara de gás próxima aos crematórios?

R. Sim, eu vi uma próxima ao crematório. Entre a câmara de gás e o crematório haviam uma estrutura de conexão.

Kurt Prufer II

P. Você sabia que nas câmaras de gás e nos crematórios ocorria a liquidação de seres humanos inocentes?

R. Eu sabia desde a primavera de 1943 que seres humanos inocentes vinham sendo liquidados nas câmaras de gás em Auschwitz e que seus corpos eram depois incinerados nos crematórios.

P. Quem foi o projetista do sistema de ventilação das câmaras de gás?

R. Schultze foi o projetista do sistema de ventilação nas câmaras de gás; e ele o instalou.

P. Por que o revestimento interno de tijolos [brick lining] das fornalhas [muffles] se desgastavam tão rapidamente?

R. Os tijolos se desgastavam depois de seis meses porque a pressão [strain] nas fornalhas era colossal.

Testemunho do engenheiro Fritz Sander em 7 de Março de 1946.
Citado das transcrições do interrogatório pelo Professor Gerald Fleming da Universidade de Surrey, em um artigo do New York Times, em 18 de julho de 1993.


"Eu decidi projetar e construir um crematório com uma capacidade maior. Completei esse projeto de um novo crematório em Novembro de 1942 - um crematório para incineração em massa, e submeti esse projeto para a Comissão de Patentes do Estado [State Patent Commission] em Berlin.

Esse "Krema" seria construido no princípio do [conveyor belt]. Isso quer dizer, os corpos devem ser trazidos para as fornalhas de incineração sem interrupção. Quando os corpos são empurrados nas fornalhas, eles caem em uma grade e então deslizam na fornalha e são incinerados. Os corpos servem ao mesmo tempo como combustível. Essa patente não poderia ser aprovada pelo Escritório de Patentes [Main Patent Office] em Berlim por causa da sua classificação (como segredo de estado)."

P. Embora você soubesse das liquidações em massa de seres humanos inocentes nos crematórios, você se dedicou pessoalmente em projetar e criar fornos de maior capacidade de incineração para os crematórios - e por sua própria iniciativa.

R. Eu era um engenheiro alemão e membro chave da Topf [works] e via isso como responsabilidade em aplicar meu conhecimento de especialista nesse sentido para ajudar a Alemanha a vencer a guerra, assim como um engenheiro de construção de aeronaves em tempo de guerra, que também está ligado com a destruição de seres humanos.

Testemunho do engenheiro Karl Schultze

Citado das transcrições do interrogatório pelo Professor Gerald Fleming da Universidade de Surrey, em um artigo do New York Times, em 18 de julho de 1993.

P. Qual era sua parte na construção desse Krema e qual era a de Prufer?

R. Prufer era um expert. Ele projetou e construiu esses crematórios e comandou a construção nos campos de concentração. Eu era o responsável pelos sistemas de ventilação e pela injeção de ar nas fornalhas. Em [instances] específicas, eu comandei as instalações pessoalmente. Eu pessoalmente comandei a instalação dos crematórios e das câmaras de gás de Auschwitz. Para esse propósito, eu viajei a Auschwitz três vezes em 1943.

Eu não sabia que nos crematórios de Aischwitz-Birkenau seres humanos inocentes eram liquidados. Eu pensei que lá eram eram mortos criminosos sentenciados a morte por causa de crimes que eles haviam comentido contra o exército alemão na Polônia e em outros territórios ocupados. Eu sou um alemão e apoiei e estou apoiando o governo na Alemanha e as leis do nosso governo. Quem quer que se oponha às nossas leis é um inimigo do Estado, porque nossas leis o estabelecem como tal. Eu não agi em iniciativa pessoal mas dirigido por Ludwig Topf. Eu estava com medo de perder minha posição e de uma possível prisão.

P. Sua visão realmente não difere da visão de um nazista.

R. Não, eu não era membro do NSDAP. Eu só respeitava e agia de acordo com as leis do meu país.

Fonte: A Teacher's Guide to the Holocaust
http://fcit.coedu.usf.edu/HOLOCAUST/RESOURCE/DOCUMENT/DocTest1.htm
Tradução: Guilherme
Extraído do tópico da comunidade Holocausto x "Revisionismo"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 51

51. Que relatório deu a Cruz Vermelha Internacional sobre a questão do "Holocausto"?

O IHR diz:

Um relatório sobre a visita a Auschwitz de delegados da Cruz Vermelha Internacional realizada em setembro de 1944 assinalou que era permitido aos prisioneiros receber paquetes e que não se pode verificar os rumores sobre câmaras de gas.

Nizkor responde:

Não se pode verificar os rumores sobre as câmaras de gás porque se proibiu expressamente os delegados de visitarem os Krema de Auschwitz, onde estavam as câmaras de gás e os crematórios. Só os levaram somente as zonas do enorme complexo que alojavam os prisioneiros que não iam ser exterminados. Havia alguns prisioneiros de guerra aliados em Auschwitz, vivendo em condições razoáveis, mas que sabiam dos gaseamentos e o mencionaram aos delegados da Cruz Vermelha.

Por exemplo, o antigo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch confirmou isto em seu testemunho perante o Tribunal Internacional de Nuremberg (Trial of the Major War Criminals, 1948, Vol. VIII, p. 313-321). Disse:

Fui testemunha repetidas vezes de diversas visitas guiadas de civis e delegados da Cruz Vermelha, e pude comprovar que o mando do campo preparou tudo magistralmente para dirigir estas visitas de tal maneira que os visitantes não vissem o mais mínimo tratamento inumano. Só se mostrava o campo principal, e neste campo principal estavam os chamados blocos de exposição, sobretudo o bloco 13, que estavam especialmente preparados para estas visitas guiadas e que estavam equipados como um barracão de soldados normal, com camas com lençóis, e serviços que funcionavam.


Ironicamente, esta política de não mostrar as instalações de extermínio também foram confirmadas pelo próprio IHR, ainda que sem o querer. No "Relatório Lüftl", o suposto especialista(expert) Walter Lüftl menciona um relatório enviado aos comandantes dos campos de concentração. De acordo com Lüftl, é dito:

Não se deve mostrar nem o bordel nem os crematórios durante as visitas ao campo. Não se deve mencionar a existência destas instalações às pessoas que visitem o campo...


Lüftl segue comentando:

Aparentemente, então, podia-se mostrar e mencionar todo o demais aos visitantes. Logicamente, se tivesse existido uma câmara de gás, poderia ter-se mostrado e se poderia ter falado dela; se não, teria sido incluída na proibição.

Dado que não podemos assumir que nenhum membro das SS jamais mostrou uma câmaras de gás [destinada a matar pessoas] aos inspetores da Cruz Vermelha Internacional, é possível concluir que não havia nenhuma.


Lüftl, que supostamente é um especialista(expert), não é nem sequer consciente de que o termo "crematórios" refere-se aos complexos de cremação, que não só incluíam os fornos, como também as câmaras de gás.

Sem querer, ele tem apresentado provas contra suas próprias hipóteses - por que era necessário se ocultar os complexos de cremação da Cruz Vermelha se ali não ocorria nada que a Cruz Vermelha não devesse ver?

O "Relatório Lüftl" está na Internet num arquivo de texto no Nizkor, ou em uma página web no website de Greg Raven. Procure no texto "Red Cross".

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 2 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 43

43. Por que os campos de concentração tinham fornos crematórios?

O IHR diz:

Para eliminar de uma maneira higiênica os cadáveres das vítimas das epidemias de tifo.

Nizkor responde:

...e os(cadáveres)das vítimas dos gaseamentos. Ver a resposta à pergunta 45.

Poderia-se perguntar ao IHR porque os nazis necessitavam de tantos caldeireiros, como demonstra claramente este documento das SS, se só morreram umas poucas centenas de milhares de judeus (ver pergunta 36)



Em 7 de outubro de 1944, os componentes do sonderkommando (denominados "heizer" = caldeireiro nos documentos oficiais das SS), eram:
Krema II: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema III: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema IV: turno de dia 84, turno de noite 85.
Krema V: turno de dia 72, turno de noite 84.

Um total de 663.

APMO, D-AuII-3a/1, Inventário No. 29723. Ver Czech, "Auschwitz Chronicle 1939-1945". p. 724. Ver também o documento presente na exposição "O Martírio Judeu" do Campo Principal de Auschwitz, que lista um total de 661 caldeireiros em 3 de outubro de 1944.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Auschwitz, nosso lar

Tópico:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=2518492664035847399
Comentários na comunidade 'O Holocausto' no Orkut(site do Google):
interlocutor: Auschwitz - Literatura
Um excelente site em lingua inglesa sobre assuntos europeus...e muitos artigos interessantes sobre o Holocausto, entre eles:

"Auschwitz, our home
A new collection of stories by Tadeusz Borowski shows not the slightest empathy for the victims of Auschwitz. It is a milestone in Holocaust literature nonetheless."


Introdução por:
Arno Lustiger
http://www.signandsight.com/

Tradução:

Auschwitz, nosso lar
2007-02-15

"Uma nova coleção de história de Tadeusz Borowski mostra não the slightest empatia pelas vítimas de Auschwitz. Contudo é um marco na literatura do Holocausto. Por Arno Lustiger. Para mais informação clicar em "A vida de Tadeusz Borowksi", ler o esboço biográfico de Arno Lustiger aqui.

Memórias e livros escritos por sobreviventes de Auschwitz como Ruth Klüger, Simone
Veil e Wladyslaw Bartoszewski pertecem ao cânon da literatura da Shoah, mas os trabalhos de Hermann Langbein, Rudolf Vrba e Fritz Bauer também são importantes partes de qualquer intento para entender uma fenda da civilização que foi Auschwitz. Os livros dos ganhadores do prêmio Nobel Eli Wiesel e Imre Kertesz pertencem a literatura mundial, como aqueles escritos por Primo Levi. E o que mais tarde cometeu suicídio, como Jean Améry anterior a ele.

"Bei uns in Auschwitz" por Tadeusz Borowski, Schöffling Verlag 2007.

Mas o trabalho literário de Tadeusz Borowski, que em 29 também narrou sua própria vida, não pode ser comparada com qualquer outra. Ninguém é capaz de narrar toda a verdade sobre Auschwitz, mas Borowski relata a mais dolorosa parte desta verdade com a maior de todas auto-torturante honestidade.

Borowski está entre os importantes mas escritores menos conhecidos tem concedido uma dimensão quase metafísica a Auschwitz. Ainda que seu trabalho não ofereça nenhuma contribuição ao debate da "teologia após Auschwitz", ele ajuda o leitor a compreender o inacraditável e o mostruoso nas vidas e mortes do 'Homo auschwitziensis', até mesmo apenas para uma limitada extensão. As histórias de Borowski são caracterizadas pela grande precisão. Ele se absteve inteiramente de julgamentos de valor moral(juízo de valor), e não há o slightest indício de empatia, fazendo um livro brutal, com passagens terríveis que são uma tortura para se ler. Será esta a indiferença niilista, será este o vazio de empatia fingida? Estaria a literatura provocativa do autor querendo provocar o despertar de empatia no leitor?"

Seu livro "Bei uns in Auschwitz" contém seis novelas e 22 histórias curtas. Algumas delas foram filmadas, outras adaptadas para o teatro. Oito destas histórias descrevem a vida e acima tudo a morte em Auschwitz, as outras são sobre eventos em Varsóvia antes da prisão do autor, trabalho escravo em outros campos, sua libertação e seu tempo no Munich-Freimann substituindo pessoas do campo.

Na primeira história, da qual a coleção tirou o título, Borowski descreve o que ele presenciou no campo de concentração que, além de SS, era controlado principalmente por Kapos e outros internos especialmente alemães e polacos com números de prisioneiros, também conhecido como o "campo da nobreza" (conhecido no jargão eufemístico Nazi como "Funktionshäftlinge", 'prisioneiros com funções especiais'). Como um Polaco, Borowski foi treinado por médicos das SS e foi dado a ele um trabalho 'privilegiado' como um enfermeiro homem. Era permitido a ele oficialmente corresponder-se regularmente com seus familiares, freqüentemente recebia porções de comida deles, e se beneficiou de todas as vantagens apenas liberadas a estes prisioneiros disciplinados: ouvindo concertos de música clássica pela orquestra do campo e visitando o bordel onde quinze garotas eram forçadas a se prostituírem e tinham que satisfazer a centenas de Kapos todo dia. Os privilégios incluíam cuidados no caso de enfermidade, suficientes rações de comida, e acima de tudo trabalho fácil. Todo dia, um interno agia como um informante, trazendo cartas de volta e assim sucessivamente entre Tadeusz Borowski e sua noiva Maria Rundo, que foi presa brevemente antes dele e que também foi levada a Auschwitz, onde foi internada no campo de mulheres.

Todo dia, os Kapos jogavam futebol num terreno cercado por flores dentro de uma visão da rampa de descarregar onde os Judeus estavam constantemente chegando em trens. Borowski, que jogou no gol, descreve: "Andei de volta com a bola e passei pelo canto. Entre os dois cantos, três mil pessoas foram gaseadas por detrás das minhas costas

Para ver sua noiva com freqüência, ele tinha que ele mesmo se designar a unidade de telhado, cujo membros eram aprovados a circularem livremente dentro de todo o campo, incluindo a secção das mulheres. Tadeusz Borowski e Maria Rundo viam-se todo dia, com freqüência até estarem juntos sozinhos. Como um telhador, ele também trabalhou na secção do campo conhecida como "Canada" onde artigos pegos dos judeus assassinados eram guardados, incluindo roupas, joalheria, e outros objetos de valor, incluindo 7.7 toneladas de cabelo humano. Aqui ele tinha contato com os prisioneiros que pertenciam aos Sonderkommandos ou Unidades Especiais, que tinha a horrenda tarefa de inclusive remover os mortos das câmaras de gás até os fornos crematórios. Ele desfrutou de privilégios que internos normais e insignificantes jamais 'poderiam sonhar'.

Borowski escreveu "Wir waren in Auschwitz"("Nós estivemos em Auschwitz")com seus amigos Siedlecki e Olszewski no Munich-Freimann displaced persons camp em 1945. Em abril de 1946, o magazine Tworczosc em Varsóvia publicou sua história "O Transporte de Sosnowiec-Bendzin," mais tarde rebatizada para "Este é o caminho para o gás, Senhoras e Senhores".

Este texto de 20 páginas se encontra entre a maioria profundamente angustiante dos documentos literários do Holocausto e tem sido publicada em muitas línguas. Com seu estilo escasso, Borowski tinha o dom de retratar personagens e situações trágicas tão originalmente que elas se tornaram quase indelevelmente gravadas na memória dos leitores. Até o 'Inferno de Dante' empalidece na comparação com este relato.

Em meados de Agosto de 1943, os transportes começaram a chegar em Auschwitz da Alta Silésia, uma região a apenas 40 km de distância que havia sido anexada pela Alemanha em meados de 1939 e que foi um lar para mais de 100 mil judeus, incluindo 23 mil em Sosnowiec e 25 mil em Bedzin, o povoado onde nasci. Apenas um pouco mais que mil homens e mulheres foram selecionados para o trabalho escravo, até aqui os que sobreviveram até o momento;

o resto foi gaseado imediatamente, incluindo muitos de meus parentes.

Minha mão é relutante a copiar excertos desta história, mas eu forçarei a mim mesmo a descrever um detalhe. Durante o processo de seleção, uma mãe renega a sua criança e tenta fugir para o grupo declarado apto para o trabalho. A criança esperneia/grita terrivelmente por sua mãe. Sob uma saudação de terríveis obscenidades, mãe e filho são conduzidos a câmara de gás juntos. Mas milhares dentre milhares de mulheres e homens judeus não abandonam suas crianças e familiares, preferindo partir com eles para as câmaras de gás numa demonstração de solidariedade, até que ainda que alguns deles poderiam terem se salvado.

E um exemplo de teologia, não depois mas em Auschwitz: um enfermo e ferido velho judeu do transporte de Bendzin está incomodando um jovem homem das SS com suas repetidas questões para falar com o comandante do campo. "Fique calmo, homem. Em meia hora você coneguirá falar com o comandante-em-chefe. Apenas não se esqueça de fazer direito o jesto e de dizer 'Heil Hitler' para ele."

Neste exato transporte também estava incluso meu querido polaco, o comunista do pré-guerra e poeta Stanislaw Wygodzki – nossos pais tinham sentado juntos no conselho da cidade em Bedzin. Depois de 1945, ele se tornou amigo próximo e mentor de Borowski, que dedicou um quinto-verso do poema a ele, o jovem escritor escrevendo para o sábio poeta: "Lar, poeta, você está retornando para a sua terra natal / Em Bedzin ou Sosnowiec / Você andará até o mercado judeu, até as grades / no carregado acampamento no gueto / Você estará muito sozinho lá, como um pedaço de casca / descacada da árvore, por você estar retornando ao lar, do lugar / Onde sua filha navega pelos céus como cinzas / Do crematório".

Até o final da história, nós lemos: "Por poucos dias, o campo falará sobre o transporte de 'Sosnowiec-Bedzin'. Era um bom carregamento, um rico carregamento."

Por quê? Porque os Judeus que estavam lá eram mais ricos que os do resto da Polônia e porque eles não tinham tido nenhum tempo para comer suprimentos que pudessem trazer com eles, tão logo que a jornada pela ferrovia levou não mais que uma hora. Talvez os internos trabalhando na rampa pegassem(burlassem)a torta de queijo da minha avó Mindel Lustiger, talvez as roupas de baixo de seda de sua meia-filha, minha tia Gisele de Paris, fossem guardadas por Borowski como um presente para sua noiva Maria?

Nos textos de Borowski, existem muitas passagens onde os prisineiros judeus são retratados como despiedosos sádicos. Borowski reconta todos estes incidentes não como uma testemunha ocular, mas de ouvir rumores. É parte da sensação de fome, a fofoca anti-Semita no campo. Aqui, Pan Tadeusz, um mimado e estropeado Kapo com elevada expectativa de vida, retrata-se a si mesmo sem um traço de simpatia ou empatia sobre os indefesos judeus que eram condenados a morte, o morituri("aqueles que vão morrer")de nossos tempos. Ele livremente admite que mesmo não prejudicando ninguém no campo, ele também não ajudou ninguém lá.

Apenas na história "O Homem com o Pacote" somos nós que encontramos algo sobre a dignidade e heroísmo dos judeus. No fim da sentença: "... como eles foram mandados para o gás(as câmaras), os judeus cantavam uma animada música em hebraico que ninguém entendia." Era uma música sionista "Hatikvah" (Esperança)que é agora o hino nacional de Israel.

Na história "Auschwitz, nosso lar" lemos este tema: "É a esperança que faz as pessoas andarem apaticamente até as câmaras de gás, faz-lhes se encolherem por detrás da revolta ... Esperança é aquilo que rompe laços de família, faz mães rejeitarem suas crianças, faz mulheres venderem-se por um pedaço de pão e transforma homens em assassinos. A esperança os faz brigarem uns contra outros a cada dia da vida, pra talvez o próximo dia trazer a libertação... Nós não aprendemos a renunciar a esperança, e isto é o porquê de nós morrermos no gás."

Sim, Borowski estava entre os prisioneiros privilegiados corrompidos pelo tratamento preferencial concedido a eles. Os Kapos asseguravam que uma revolta – referindo-se no jargão Nazi como 'der A-Fall', "o grande U" – não poderia ocorrer. Apesar disto, entretanto, houve uma revolta aos Sonderkommandos organizado exclusivamente por internos judeus em 7 de Outubro de 1944, em que quase todos aqueles involvidos foram fuzilados depiois de explodirem um dos cinco crematórios. Ao longo de um período de meses, os judeus poloneses Rozia Robota, Regina Safirsztajn, Ester Wajcblum e Ala Gertner, uma garota de Bedzin, roubaram dinamite da "Union", fábrica de armas, para explodir o crematório. Em 6 de Janeiro de 1945, os quatro heróis foram enforcados. Houve então as últimas execuções em Auschwitz. Os textos de Borowski não contém nenhuma menção destes sensacionais e trágicos eventos.

Borowski claramente também não sabia de nada do secreto "Kampfgruppe Auschwitz" ou grupo de resistência, cujos líderes incluiam não apenas Cyrankiewicz e Langbein, mas também Mink e Kirschenbaum, oficiais judeus das Brigadas Internacionais na Guerra Civil Espanhola.

A mais longa, e mais forte(magistral)novela escrita no livro é "A Batalha de Grunwald". Por medo da anarquia e de atos de vingança na Alemanha depois do país perder a guerra, os poloneses libertados POWs – trabalhadores de trabalhos forçados e internos do campo de concentração – foram transferidos para perto dos "DP" campos guardados por Americanos. Borowski viveu num desses campos, em ex-barracões das SS em Munich-Freimann. Aqui ele testemunhou uma celebração de aniversário da Batalha de Grunwald de 1410 quando tropas polonesas triunfaram sobre os exércitos da Ordem Teutônica. Nesta novela, Borowski retrata seu querido compatriota com uma impiedosa agudeza que beirava o rancor. A vida no campo(de concentração)é dominada pela corrupção, ressentimento, egoísmo e vandalismo.

Entrando neste mundo caótico, e entrando no meio da pomposa comemoração da Batalha de Grunwald com toda sua comida, bebida e fogos de artifício, aparece a judia Nina, que sobreviveu como uma criança cristã. Devido a seu namorado ser um comunista e um anti-semita, ela fugiu da Polônia. Sua afeição por Tadeusz desperta seu senso de respeito próprio. Ela dá significado a sua vida depois de Auschwitz e deseja emigrar para a Palestina ou iniciar uma nova vida com Tadeusz no Ocidente. Mas ela é baleada por um guarda americano na cerca. Ela é apenas um positivo e moralmente personagem intacto na história, que foi filmada por Andrzej Wajda em 1970.

Os contos de Borowski ainda chamarão atenção quando outros livros de campo de concentração forem esquecidos. Eu suspeito que seus poemas e histórias – que são ainda bastante desconhecidos na Alemanha – sobreviverá como uma importante parte do mundo literário. De todas as edições do período, de 1963 a 1999, esta nova versão, congenially traduzida por Friedrich Griese, é a melhor. Para mim, é um marco na literatura sobre Auschwitz.

"Observe tudo de muito perto e não perca a coragem quando as coisas estiverem indo muito mal para você. Em algum dia, nós poderemos ser necessários para contar a vida neste campo, deste tempo de decepção, e defender os mortos." Com estas palavras, Borowski postumamente me enderessa pessoalmente, a seu Auschwitz camarada de No. A 5592. Com esta sentença, Borowski formulou um 'axioma' que se tornou uma máxima da minha vida.

*Este artigo apareceu originalmente em alemão no 'Die Welt' em 20 de janeiro de 2007.

Tradução(pro inglês): Nicholas Grindell
"Bei uns in Auschwitz": uma nova coleção de histórias por Tadeusz Borowski. Traduzido para o alemão do polonês por Friedrich Griese. Schöffling, Frankfurt/M. 422 páginas, 24.90 eur.

Outros livros de Tadeusz Borowski publicados em inglês:
"Este é o Caminho para o Gás, Senhoras e Senhores"("This Way for the Gas, Ladies and Gentlemen")de Tadeusz Borowski, trad. Barbara Vedder, Penguin Classics reedição, 1992
"Nós estávamos em Auschwitz"("We Were in Auschwitz")uma coleção de histórias de Tadeusz Borowski, Janusz Nel Siedlecki e Krystyn Olszewski. trad. Alicia Nitecki. Welcome Rain editores, 2000

Arno Lustiger nasceu na Polônia, em Bedzin em 1924. Sobreviveu a internação nos campos de concentração de Auschwitz e Buchenwald e depois da guerra fundou uma comunidade judaica em Frankfurt/Main. Ele tem tratado o tema da resistência judaica em muitos livros. Lustiger foi premiado com o Prize da Fundação Galinski(2001, junto com Wolf Biermann), e com um doutorado honorário da Universidade de Potsdam (2003). Ele é Professor Visitante no Instituto Fritz Bauer da Universidade de Frankfurt e fala oito línguas.

Fonte: http://www.signandsight.com/features/1178.html
Tradução: Roberto Lucena

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