Mostrando postagens com marcador Holocaust. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Holocaust. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A desonestidade de Kues sobre Kruk

Thomas Kues cita* esta entrada do diário de Kruk acerca de Minsk:
No gueto de Minsk, de 3.000 a 4.000 judeus vivem agora lá. Próximo ao gueto fica outro gueto. No primeiro guero estão judeus russos de Minsk, Slutsk, Baranovitsh, etc. No segundo, há ao todo 1.500 judeus alemães e tchecos.
Kues afirma que "Kruk sabia desta informação de dois indivíduos que haviam estado recentemente em Minsk." No entanto, Kruk (p.570) escreve sobre estes dois indivíduos que:

Ambos partiram e retornaram com...nada. Em Minsk não foi permitido que eles entrassem no gueto e primeiro antes de tudo fora dito a eles que não lhes era permitido falar com qualquer um.
O relatório de Kruk e seus 'achados' é claramente apresentado neste contexto, o qual Kues omite. Kues não conta a seus leitores que a visita foi feita sob supervisão da Gestapo. Dado que Kues está disposto a recorrer a tão óbvia e deliberada fraude, como fica sua reputação?

*Nota da tradução: o site inconvenienthistory é um site revinazi, ou como os negacionistas se autoproclamam "revisionista".

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/01/kues-dishonesty-about-kruk.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 27 de setembro de 2009

Jan Karski - Primeiro testemunho do Holocausto - Herói polonês

Primeiro testemunho do Holocausto - Herói polonês
14 de julho de 2001
Recordação a um herói polonês, primeira testemunha do Holocausto

(Foto)Baruj Tenembaum e Nina Lagergren

No marco do programa educativo 'A Diplomacia e o Holocausto' e ante a mais de 100 pessoas, a Fundação Internacional Raoul Wallenberg (FIRW) rendeu um tributo ao herói da Segunda Guerra Mundial, Jan Karski, a primeira testemunha ocular confiável que informou aos aliados sobe o Holocausto.

A FIRW foi fundada em 1997 pelos argentinos Baruj Tenembaum e Natalio Wengrower junto ao membro da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Tom Lantos e a irmã de Wallenberg, Nina Lagergren.

O ato que foi levado a cabo na embaixada da Polônia em Buenos Aires e no qual falaram, entre outros, Marcos Aguinis Jack Fuchs, sobrevivente do Holocausto, e o embaixador da Suécia, Peter Landelius.

O embaixador da Polônia, Eugeniusz Noworyta, recebeu a escultura 'Homenagem a Raoul Wallenberg' peça exclusiva da FIRW feita pela artista argentina Norma D'Ippólito.

Projetou-se o testemunho de Karski para o cineasta Claude Lanzmann pro filme 'SHOA'.

Entre os presentes se encontravam sobreviventes do Holocausto, o Grande Rabino Salomón Ben Hamú assim como embaixadores e representantes de numerosas delegações diplomáticas e comunidades.

As adesões incluíram saudações de Vaclav Havel, Presidente da República Tcheca; do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano; de Kofi Annan, Secretário Geral das Nações Unidas; de Aníbal Ibarra e do Ministro da Educação, Andrés Delich.

Fonte: Argentinisches Tageblatt
Tradução(espanhol): FIRW
Texto(espanhol): http://www.raoulwallenberg.net/?es/prensa/5050204.htm
Tradução(português): Roberto Lucena

Artigo sobre Jan Karski no "LaNacion.com"(em espanhol):
Um herói polonês
http://www.raoulwallenberg.net/?es/prensa/5050205.htm

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Israel critica intenção da Igreja de beatificar papa Pio 12

Pio 12: silêncio sobre o Holocausto

Beatificação de Pio 12 causa indisposição entre o Vaticano e Israel, devido à controversa atuação do papa durante o Holocausto.

No Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, no chamado "Salão da Vergonha", há uma foto de Pio 12 (1939–1958). Um quadro de informações chama a reação do então papa ao assassinato de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial de "controversa".

"Mesmo quando notícias sobre a morte dos judeus chegaram ao Vaticano, o papa não protestou, nem de forma verbal nem escrita. Em dezembro de 1942, ele optou por se distanciar, não assinando uma declaração dos Aliados na qual se condenava o extermínio dos judeus. Quando os judeus foram deportados de Roma para Auschwitz, o papa não fez nada", pode-se ler entre as informações disponíveis.

Beatificação inaceitável?

No mais tardar desde o convite do presidente Shimon Peres ao papa Bento 16 para que este visitasse Israel, debate-se publicamente a respeito do papel desempenhado por Pio 12 em relação ao Holocausto. A discussão se torna ainda mais acirrada quando se fala em beatificar o referido pontíficie. Isaak Herzog, ministro israelense de Assuntos Sociais, afirmou na última sexta-feira (24/10), em entrevista ao jornal Haaretz, que a beatificação é "inaceitável".

Registro oficial dos prisioneiros de Auschwitz, no Museu Yad Vashem

"Depois de uma audiência com este papa, em Roma, meu avô sentiu necessidade de uma mikvá [banho ritual judaico de purificação]", diz Herzog, neto do primeiro rabino-chefe de Israel, que se encontrou com Pio 12 em 1943, numa tentativa fracassada para pedir que o papa intercedesse em prol da salvação de judeus húngaros.

Abertura de arquivos

O Vaticano revida as críticas, afirmando que o assunto é de ordem interna da Igreja Católica e não de interesse público. O padre Peter Gumpel chegou a declarar à imprensa italiana que Bento 16 não poderia visitar Israel antes que a foto de Pio 12 e os comentários sobre ele fossem retirados do Memorial Yad Vashem. Segundo ele, seria difícil para os católicos saber que Bento 16 estaria visitando um museu "onde um de seus antecessores é difamado injustamente". Gumpel, por sua vez, está envolvido no processo de beatificação de Pio 12.

Dan Michmann, especialista israelense em questões ligadas ao Holocausto, ressalta que "se a Igreja Católica beatificar Pio 12, o problema não será nosso". Michmann, no entanto, exige, neste contexto, que o Vaticano abra completamente seus arquivos. "Somente um acesso irrestrito a toda a documentação do período poderia influenciar os resultados das pesquisas feitas até agora sobre o assunto", completa.

Um papa que se calou?

Uma das razões da atual discussão é a publicação de uma pesquisa sobre Pio 12 e seu suposto silêncio frente ao extermínio dos judeus. Dois historiadoes italianos esclarecem, a partir de documentos britânicos, que Pio 12, em 1943, fez declarações que demostravam sua indiferença em relação à então iniciada deportação dos judeus de Roma.

Memorial Yad Vashem: lembrança às vítimas do Holocausto nazista

Esses documentos, revida Gumpel, já são há muito conhecidos e foram desmentidos. Além disso, Gumpel afirma que o encontro a que se refere a documentação aconteceu dois dias antes da invasão do gueto de Roma pelas tropas nazistas SS e não dois dias depois.

Pontificado controverso

Um grupo de teólogos católicos e membros do grupo Diálogo Cristão-Judaico defende uma interrupção no processo de beatificação de Pio 12. Um documento assinado por nove professores universitários dos EUA, Reino Unido e Bélgica lembra que o pontificado de Pio 12 desencadeou "controvérsias consideráveis".

Segundo os especialistas, o papa condenou os efeitos da guerra para as vítimas inocentes, não tendo, porém, citado diretamente a perseguição dos judeus. Os professores ressaltam a necessidade de que o Vaticano libere o acesso a mais documentos, a serem analisados pelos "melhores pesquisadores desta área".

Por ocasião dos 50 anos de morte de Pio 12, o atual papa Bento 16 defendeu a continuação do processo de beatificação de Pio 12, iniciado nos anos 1960. O decreto final que beatifica o ex-papa ainda se encontra nas mãos de Bento 16 para ser assinado. (bb / sv)

Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3745119,00.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Alemanha entrega a Israel lista de vítimas perseguidas pelo regime nazi

Documento contém nomes de 600 mil judeus que viveram ou passaram pelo país

A Alemanha enviou hoje ao memorial israelita de Yad Vashem, onde são recordadas as vítimas do Holocausto, uma lista com os nomes de 600 mil judeus perseguidos pelo regime nazi em território nacional, naquela que é a primeira iniciativa do género por parte das autoridades germânicas.

A lista foi elaborada pela Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro (EVZ) que ao longo dos últimos quatro anos vasculhou arquivos federais, regionais e locais, dos dois lados da antiga cortina de ferro que até 1990 dividiu em dois a Alemanha, noticia a AFP.

Em declarações aos jornalistas, Martin Salm, responsável daquela fundação disse que o resultado deste trabalho “é mais do que uma lista de nomes ou um reportório de habitantes. É um memorial daqueles que foram assassinados ou obrigados ao exílio”.

A lista, entregue hoje a Avner Shalev, director do Yad Vashem, inclui os nomes e moradas dos judeus que residiam na Alemanha entre 1933, altura em que Adolf Hitler subiu ao poder, e o final da II Guerra Mundial, em 1945. No documento, são apresentados as datas da sua detenção, deportação para os campos de concentração na Polónia ou os detalhes disponíveis sobre o momento em que partiram para o exílio. Em alguns casos, os investigadores conseguiram encontrar a data em que as vítimas foram mortas.

“Esta foi a primeira vez que todas as fontes [de informação] foram exploradas sistematicamente”, sublinhou o responsável pela investigação, acrescentando que a lista, que será também disponibilizada a outros arquivos e museus, facilitará o trabalho dos historiadores e de investigadores privados.

Segundo dados oficiais, entre 500 e 550 mil judeus viviam na Alemanha antes da subida ao poder de Hitler mas quando o regime nazi foi derrotado resistiam apenas alguns milhares no país. A fundação explica que a lista inclui também o nome de judeus que passaram pela Alemanha a caminho do exílio, como aconteceu a milhares de russos que emigraram para os EUA.

Criada em 2000 pelo antigo chanceler alemão Gerhard Schroeder com o objectivo inicial de identificar e indemnizar as vítimas de trabalhos forçados do regime nazi (trabalho concluído em 2007), a fundação EVZ tem desenvolvido outros projectos considerados de interesse para os sobreviventes e famílias das vítimas do Holocausto.

Fonte: AFP/Público(Portugal, 22.10.2008)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1347089&idCanal=11

sábado, 6 de setembro de 2008

ShoahConnect - Reunindo Famílias

O Memorial do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem, acumulou milhões de páginas de testemunho documentando as vítimas individuais do Holocausto. Muitas vezes estas páginas de testemunho foram submetidas por membros das famílias das vítimas, e podem, portanto, servir para reunir as famílias separadas pelo Holocausto. Têm ocorrido exemplos dramáticos de irmãos encontrando-se desta maneira.

No entanto, apesar das páginas geralmente conterem informações de contato da pessoa que as submeteu, tendo em vista o longo tempo decorrido desde que o formulário foi submetido, freqüentemente é difícil aos parentes das vítimas contatarem essa pessoa. O ShoahConnect pretende ajudar a resolver este problema, permitindo associar endereços de e-mail com determinadas Páginas de Testemunho - associação esta que o interessado estabelece. O ShoahConnect é totalmente grátis e protege a sua privacidade.

Visite o site www.shoahconnect.org . Atualmente o ShoahConnect só está disponível em inglês, mas as traduções para outros idiomas estão em andamento.

Fonte: Notícias da Rua Judaica/Pletz

sábado, 16 de agosto de 2008

Duas chinesas são indiciadas por vender camisetas anti-semitas em Paris

PARIS (AFP) — Uma cidadã chinesa e sua filha, proprietária e vendedora, respectivamente, de uma loja em Paris que vendia camisetas com inscrições anti-semitas compareceram ante um tribunal para responder por "incitação ao ódio racial".

Camisetas femininas com mensagens anti-semitas estavam sendo vendidas numa loja de Belleville (nordeste de Paris), mas foram retiradas rapidamente de venda depois da denúncia de uma entidade contra o anti-semitismo.

As camisetas tinham as inscrições em alemão "Juden eintritt in die parkankagen verboten" e em polonês "Zydom wstep do parku wzbronionyio" ("Entrada no parque proibida aos judeus") e reproduziam imagens do gueto de Lodz, na Polônia.

O produto, vendido a 18 euros, tinha a etiqueta da marca "Introfancy IF", com a menção "Nought restrict", mas não indicava o país de fabricação.

Sammy Ghozlan, presidente da Agência Nacional de Vigilância contra o Anti-semitismo, alertou a AFP sobre o caso e informou que, além de apresentar uma queixa na delegacia do bairro, pediu a apreensão das peças e o fechamento da loja.

Fonte: AFP
http://afp.google.com/article/ALeqM5iIr6DwTdra0SUg943CltYeAwwYHQ

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Caso Max Mosley - Chefão da F1 ganha indenização de tablóide inglês

O presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Max Mosley, ganhou na justiça uma ação contra o tablóide britânico News of the World, por ter publicado em uma reportagem detalhes do que afirmou ser uma "orgia ao estilo nazista" envolvendo Mosley e cinco prostitutas. Segundo a decisão do tribunal, o jornal teria invadido a privacidade de Mosley ao reproduzir, no final de março, fotos e um vídeo em seu site mostrando o encontro de Mosley com as prostitutas.

A decisão favorável a Mosley prevê que a empresa proprietária do jornal pague uma indenização de £ 60 mil (R$ 189 mil) ao presidente da FIA.

Mosley admitiu ter participado de uma sessão sadomasoquista com as prostitutas, mas negou qualquer conotação nazista.

"Não há nenhuma prova de que o encontro do dia 28 de março de 2008 tivesse a intenção de representar uma encenação do comportamento nazista ou uma adoção de qualquer uma de suas atitudes", afirmou o juiz David Eady.

"Não vejo nenhum fundamento para a sugestão de que os participantes tivessem fingido ser vítimas do Holocausto", disse.

Segundo o juiz, "não havia interesse público ou nenhuma outra justificativa para a gravação clandestina do encontro, para a publicação do caso e das fotografias ou para a divulgação do vídeo no site do News of the World - tudo isso em escala massiva".

De acordo com Eady, Mosley poderia esperar privacidade em suas "atividades sexuais, apesar de pouco convencionais".

Interesses

Mosley estava buscando que a sentença, além de indenizá-lo, também punisse o jornal por sua conduta. Ele argumentou que sua vida foi devastada pela reportagem publicada pelo News of the World e pelo vídeo divulgado no website.

No entanto, a decisão judicial foi de apenas compensar Mosley pelos danos causados pelas reportagens.

No tribunal, o chefão da F1 disse que a exposição pública havia sido "totalmente devastadora" também para sua esposa, de 48 anos, e que não conseguia pensar em "nada mais humilhante ou indigno" para seus dois filhos.

O editor do News of the World, Colin Myler, afirmou que acreditava que a história era um caso de "interesse público legítimo" e que havia sido publicada com legitimidade.

"Sentimos que o que vimos e testemunhamos era, com ponderação, uma interpretação razoável do jogo de papéis do Nazismo", afirmou Myler.

Mosley, de 68 anos, é filho de um líder fascista britânico da década de 30, Oswald Mosley.

Ele é o presidente da FIA desde 1993 e seu atual mandato de quatro anos está previsto pra terminar em outubro de 2009.

Fonte: BBC Brasil/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/07/24/chefao_da_f1_ganha_indenizacao_de_tabloide_ingles_1467318.html

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ex-senador alemão diz ter praticado eutanásia em idosa

Ex-senador alemão diz ter praticado eutanásia em idosa

O ex-senador de Hamburgo (norte da Alemanha) Roger Kusch desafiou as leis do país ao admitir hoje ter ajudado uma idosa a morrer, contrariando a rígida proibição alemã sobre a eutanásia.

A Promotoria de Hamburgo abriu investigações sobre o caso, depois de o próprio Kusch comunicar que tinha auxiliado a morrer uma mulher de 79 anos, que, mesmo não estando gravemente doente, não queria continuar vivendo com medo de ir a um asilo.

A mulher, que morava em Würzburg (sul da Alemanha), tomou por conta própria um coquetel composto por remédios contra a malária junto com tranqüilizantes, disse Kusch.

O político afirmou que gravou previamente em vídeo uma entrevista da idosa, que explicava às câmeras sua firme vontade de morrer.

A Alemanha tem uma legislação muito rígida sobre a eutanásia, a qual incorre em homicídio assistido, cuja pena é de até cinco anos de prisão.

Teoricamente, é permitida a ajuda ao suicida, com a autorização de fornecer a ele a dose letal necessária, mas há a obrigação de prestar auxílio ao indivíduo imediatamente, pois, caso contrário, incorre-se em omissão de socorro, o que é crime.

Além disso, a eutanásia é, na Alemanha, um tabu, devido ao papel desempenhado por parte dos médicos durante o nazismo.

Estima-se que cerca de 200 mil pessoas morreram vítimas do programa da eutanásia do nazismo, entre doentes mentais, epilépticos e gente com doenças consideradas de origem genética.

Fonte: EFE(30.06.2008)
http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia.php?IdNoticia=62191

sábado, 31 de maio de 2008

Colunas de Zyklon - coluna Kula

Uma das peças de propaganda "revisionistas" mais difundidas é a idéia de que não havia buracos nas câmaras de gás nazistas. No seguinte texto do Holocaust History Project, todas as distorções "revisionistas" são desmitificadas e é apresentada uma explicação detalhada das colunas de Zyklon, que fizeram parte de todo aparato de assassinato em massa nos campos de extermínio nazi.

Colunas de Zyklon - coluna Kula

Introdução

Em Auschwitz-Birkenau, nas câmaras de gás dos crematórios II e III, o Zyklon-B era colocado através de buracos no teto. Depois dos recentes experimentos com este veneno, a equipe do campo tinha aprendido que era importante deixar as pastilhas de Zyklon para serem removidos depois da morte das vítimas, e também para provocar um aumento da velocidade de evaporação do gás.

A solução para estes problemas era o uso de uma coluna de malha de arame, que percorria todo o chão acima do teto pelo telhado. Um homem das SS, usando uma máscara de gás e em pé no telhado, colocaria as pastilhas no topo da coluna e poria uma cobertura de madeira sobre isso. As pastilhas caiam dentro de uma cesta interna de malha de arame, que as recebia e então liberavam seu veneno dentro da câmara de gás.

Depois que o assassinato em massa estivesse completo, a cobertura era aberta, a cesta era retirada, e o Zyklon que restava expelia seu veneno de um modo inofensivo ao ar livre. Enquanto isso, a ventilação da câmara de gás e a cremação de cadáveres podiam ter início.

Estas colunas são relatadas no inventário do crematório II, 31 de março de 1943, como "mecanismo de introdução de malha de arame" (Drahtnetzeinschiebvorrichtung) com "coberturas de madeira" (Holzblenden).

Esquema

Abaixo há um esquema de uma seção transversal da introdução da coluna, vista de lado. Cada um das medidas foram coletadas de várias fontes de depoimentos de testemunhas oculares; eles foram sintetizados dentro deste desenho. As medidas mostradas são as melhores aproximações daquelas fontes, mas não devem ser consideradas exatas para medida em centrímetros.(clique na imagem para vê-la ampliada)

Fontes: Gutman, Yisrael, and Michael Berenbaum, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994; Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989.

Esboço

Michal Kula, um ex-prisioneiro que trabalhou num local de confecção de esquadrias metálicas do campo de Auschwitz-Birkenau, deu um depoimento descrevendo a introdução das colunas em junho de 1945. Abaixo há um esboço ilustrando o que ele descreveu naquele depoimento. As imagens são do livro de Jean-Claude Pressac "Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers"(Auschwitz: Técnica e Operação das Câmaras de Gás), que foi originalmente publicado em francês; as traduções estão abaixo.

Este esboço mostra a menor "cesta de arame" abaixo a coluna dentro da qual isto foi inserido. Esta "parte móvel" é o que realmente carrega as pastilhas de Zyklon para elas liberarem o gás venenoso, e é o que era retirado uma vez que a operação de gaseamento era completada.(clique na imagem para vê-la ampliada)

Traduções:

PARTIE MOBILE - PARTE MÓVEL

Coiffe en tôle - Tampa de Metal

Intervalle separant le tube en tôle du 3ème tamis: 25 mm - Espaço entre os tubos de metal e a terceira estrutura: 25 mm

Troisième tamis intérieur à maille de 1 mm de côté - Terceira, interna, estrutura de 1 mm de malha

Tube en fine tôle zinguée de 15 cm de côté - Tubo de metal galvanizado interno, 15 cm²

PARTIE FIXE - PARTE FIXA

Pièce de métal reliant les 1er et 2ème tamis - Pedaço de metal unindo a primeira e segunda estruturas

Premier tamis extérieur en fil de 3 mm de diamètre et de maille de 45 mm de côté - Primeira, externa, estrutura de 3 mm de diâmetro de arame, 45 mm de malha

Deuxième tamis intérieur à maille de 25 mm de côté - Segunda, interior, estrutura de 25 mm de malha

3 m environ - Aproximadamente 3 m

Cornières de 50 x 50 x 10 mm - Calhas de 50 x 50 x 10 mm

Fonte: Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p. 487.

Testemunho de Erber

Em 1981, o historiador Gerald Fleming conversou com o ex SS-Sergeant Major Josef Houstek, que havia mudado seu nome para Josef Erber depois de servir em Auschwitz. Erber descreveu as colunas parecendo ligeiramente diferentes:
Em cada uma destas áreas de gaseamento [dos crematórios [II and III] em Birkenau] estavam dois dutos: em cada duto, quatro tubos de ferro percorriam do chão até o teto. Estes estavam recobertos com malha de arame de aço e dentro havia um recipiente de estanho com uma borda baixa. Anexo a este estanho havia um arame pelo qual isto poderia ser retirado pelo telhado. Quando as tampas eram levantadas, alguém poderia retirar o recipiente de estanho e remexer os cristais do gás dentro dele. Então o recipiente foi baixado, e a tampa fechada. 6

6. Prisioneiro Josef Erber ao autor, 14 de setembro de 1981.

Os "quatro tubos de ferro" são supostamente as quatro calhas ao redor dos quais a malha do lado externo fora envolvida. O recipiente de estanho baixado por um arame deveria ser, mais cedo ou mais tarde, a versão do lado de dentro da "cesta de arame" descrita por Kula.

Fonte: Fleming, Gerald, Hitler and the Final Solution, 1984, p. 188.

A descrição de Tauber

Henryk Tauber deu um depoimento em maio de 1945 que incluiu uma descrição das colunas:
A lateral destes pilares, que iam até o telhado, eram de malha de arame pesado. Dentro desta grade, havia outra de malha mais fina e dentro daquela uma terceira de malha mais fina ainda. Dentro da jaula desta última malha havia uma lata removível que era retirada com um arame para recuperar as pastilhas das quais o gás havia evaporado.

[...]

A sala de despir e a câmara de gás eram cobertas primeiro com um bloco de concreto e então com uma capa de de solo coberto com grama. Existiam quatro pequenas chaminés, as aberturas através das quais o gás era expelido naquelas saídas acima da câmara de gás.
Fonte: Pressac, Jean-Claude, op.cit., p. 484.

Vista Aérea

As aeronaves de reconhecimento dos Aliados adquiriram a capacidade militar para sobrevoar a área de Auschwitz em meados de 1944. A fábrica da IG Farben próxima produzia borracha sintética e óleo, e era de interesse militar por esta razão, mas várias fotografias foram também tiradas do campo de Birkenau. Em 25 de agosto de 1944, um aeroplano capturou esta vista de Birkenau, incluindo as câmaras de gás dos crematórios II e III.

Nesta fotografia, o crematório II está no retângulo central à direita, e o crematório III está abaixo à direita. O Norte está ao fundo(parte inferior).

Abaixo, uma ampliação da mesma fotografia mostra a edificação do crematório II. Ao fundo, a chaminé do crematório faz uma extensa sombra. Extendendo-se pra cima(sul) da edificação está o subsolo da câmara de gás, Leichenkeller 1. Quatro manchas escuras são visíveis, correspondendo às quatro "pequenas chaminés" da introdução das colunas.

Fonte: U.S. National Archives, Record Group 317 - Auschwitz Box Envelope 17 / Security Set - CIA Annotated Negative #17, photograph of August 25, 1944.

Vista Terrestre

Abaixo está uma vista do terreno do mesmo crematório, olhando ao norte de seu Sul. Na direita está a edificação do crematório com sua chaminé visível. Jean-Claude Pressac situa a data desta fotografia entre 9 e 11 de fevereiro de 1943. A edificação está ainda sendo construída e não será terminada até fim de março de 1943.

A câmara de gás Leichenkeller 1, justo à direita da fumaça do trem, extende-se na direção da câmara e ligeiramente para direita.

Abaixo, uma ampliação da mesma fotografia mostra a câmara de gás. Como o resto da edificação, está em construção. Não tinha sido ainda coberta com terra, fazendo as "pequenas chaminés" parecerem mais altas que elas seriam.

Uma cuidadosa análise fotográfica mostrou que as duas sombras escuras curtas e verticais, sob o centro da janela nesta foto, estão "pequenas chaminés" ao sul. (O retângulo escuro à sua direita parece estar contra a parede da edificação, atrás da câmara de gás. É desconhecido o que está mais curto, e a sombra cinza mais clara está à sua esquerda. As linhas de luzes verticais em frente à câmara de gás são postes da cerca.) A terceira "pequena chaminé" está atrás da fumaça do trem, e no canto superior da quarta pode apenas ser vista, justo à esquerda da fumaça do trem, e mais escurecida pelo monte de cobertura de neve da terra. Deste ângulo, sua colocação está oscilando devido a alternância leste-oeste.

Fonte: Pressac, Jean-Claude, Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers, Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p. 340. Cited by Pressac as PMO neg. no. 20995/494, Kamann series. And Keren, Daniel, Jamie McCarthy, and Harry W. Mazal, Holocaust and Genocide Studies, Oxford University Press, Vol. 18, No. 1, Spring 2004, pp. 68ff.: "The Ruins of the Gas Chambers: A Forensic Investigation of Crematoriums at Auschwitz I and Auschwitz-Birkenau."

Um Respiradouro Similar

Uma rara fotografia de uma introdução de respiradouro similar de Majdanek, não de Auschwitz, foi preservada. Majdanek foi também um campo onde gaseamentos em massa foram realizados.

Quando o Exército Vermelho chegou em julho de 1944 os soldados acharam enormes depósito transbordado de bens. Eles descobriram cadáveres e mais evidências de uma enorme série de atrocidades, as quais noticiaram imediatamente para a imprensa mundial.

(Feig, Konnilyn, Hitler's Death Camps, 1979, p. 330.)

Um homem do exército soviético posou para esta fotografia, pegando a cobertura do aparelho, em pé próximo ao aparelho. Foi publicada pela London press em outubro de 1944. É desconhecido como similar a isto pareciam às "pequenas chaminés" de Auschwitz-Birkenau.

Fonte: The Illustrated London News, October 14, 1944, p. 442.

Negadores do Holocausto

Negadores do Holocausto rejeitam que estas colunas também existiram. A convergência desta evidência, incluindo os testemunhos convincentes que deram detalhes antes de corroborar evidências que foram desenterradas é ignorada.

Os depoimentos de Kula e Tauber descrevendo as inserções de "aparelhos de malha de arame", décadas antes corroborando a evidência foram descobertos nos arquivos, não podem ser descartados. O depoimento de Houstek/Erber dos mesmos aparelhos, também antes desta evidência ser descoberta, é também uma forte corroboração.

Negadores provavelmente sustentarão que uma menor diferença em suas descrições significa que devamos ignorá-los. Mas realmente devemos esperar achar narrativas idênticas? Os prisioneiros deram suas descrições meses depois do fato; o perpetrador, 35 anos mais tarde. Que devem contar para alguns como diferença. Justamente como em grande medida, não sabemos se os nazis em fulga da operação de gaseamento tentaram usar ligeiramente diferentes tipos do equipamento de hora em hora.

Certamente, se todas as três descrições eram exatamente semelhantes, devemos suspeitar que a narrativa mais recente foi copiada das mais antigas. Por elas não serem, sabemos que aqui estão três testemunhas oculares separadas por estes itens.

Negadores do Holocausto rejeitam a validade das fotografias aéreas, alegando que aqueles quatro postes escuros no telhado de cada câmara de gás foram retoques adicionados pela CIA ou alguma outra conspiração. John Ball, que não é nenhum perito em interpretar fotografias aéreas, sugere uma destas hipóteses ou, alternativamente, que os postes escuros eram vasos em repouso em cada câmara de gás.

Os objetos mostrados no telhado na foto terrestre, dizem alguns negadores, são caixas comuns de material de construção.

Negadores também alegam que não há nenhuma evidência dos quatro buracos no telhado de cada câmara de gás. Porque as câmaras foram dinamitadas numa tentativa de esconder evidência de assassinatos em massa da chegada do Exército Soviético, os telhados desmoronaram e é difícil dizer nos escombros o que é um buraco e o que não é. Mais tarde neste ano, um ensaio no website direcionará esta questão em detalhe.

Finalmente, negadores do Holocausto intencionalmente confundem o sólido apoio no telhado das colunas das câmaras de gás com as colunas de malha de arame. Como óbvia evidência de seus crimes, as últimas seriam removidas pelos nazis das câmaras de gás antes delas serem destruídas. De forma absurda, negadores mostram fotos de sólidas colunas como prova de que as colunas de malha de arame nunca existiram.

Esta débil intenção em reescrever a história não se sustenta.
-----------------------------------------
Agradecimentos ao voluntário Harry Mazal do Holocaust History Project pela assistência de pesquisa.

Última alteração: 30 de outubro de 2005
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org

Texto: Jamie McCarthy e Mark Van Alstine
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/intro-columns/
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 11 de maio de 2008

Israel nunca permitirá outro genocídio judeu, diz Peres

Israel começou na noite desta quarta-feira a recordar "o dia da Shoah", o Holocausto, em memória das vítimas judias do nazismo, e o presidente israelense Shimon Peres garantiu que o Estado hebreu nunca deixará que aconteça outro genocídio contra o povo judeu.

"Nunca esqueceremos, nunca nos esconderemos e nunca deixaremos de nos perguntar o que temos de fazer para que o que aconteceu nunca mais se repita", declarou Peres durante um discurso pronunciado no memorial de Yad Vashem.

Seis tochas foram acesas durante a cerimônia, em homenagem aos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Em seu discurso, o primeiro-ministro Ehud Olmert denunciou as manifestações de anti-semitismo e as tentativas de negar a existência do Holocausto.

"Sessenta e três anos depois, acredite se quiser, o ódio aos judeus e a Israel segue se manifestando em vários lugares do planeta", comentou Olmert.

"Alguns negam ao Estado judeu o direito de existir, mas essas pessoas que acreditam que Israel só foi criado por causa do Holocausto se enganam. O Holocausto apenas ressaltou a necessidade de sua criação e o preço horrível de sua ausência pago pelo povo judeu", acrescentou.

Desde sua chegada ao poder, em 2005, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, questionou a existência do Holocausto e disse que Israel deveria ser varrido do mapa.

De acordo com um relatório do Centro de estudos do anti-semitismo e do racismo elaborado pela Universidade de Tel Aviv e publicado nesta quarta-feira, o número de atos anti-semitas "graves", como agressões com armas, incêndios ou tentativas de homicídio, triplicou em 2007 em todo o mundo.

Fonte: AFP(30.04.2008)
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/04/30/israel_nunca_permitira_outro_genocidio_judeu_diz_peres_1293595.html

Dois minutos de silêncio para lembrar Holocausto

Os israelitas lembraram os seis milhões de judeus mortos no Holocausto ao pararem durante dois minutos ao som das sirenes que soaram por todo o país esta quinta-feira. As comemorações do Holocausto começaram na quarta-feira no Memorial Yad Vashem, em Jerusalém.

Os israelitas lembraram, esta quinta-feira, os cerca de seis milhões de judeus que pereceram no Holocausto Nazi ao guardarem dois minutos de silêncio ao som das sirenes que soaram por todo o Israel pelas 10:00 locais (7:00 em Lisboa).

As comemorações oficiais deste evento começaram, contudo, na quarta-feira à noite, com uma celebração no Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, onde foram acesas seis tochas simbolizando os seis milhões de judeus mortos durante a II Guerra Mundial.

«Nunca nos esqueceremos, nunca mais nos vamos esconder e não pararemos nunca mais de nos interrogar cada manhã sobre o que faremos para que o que aconteceu nunca mais se volte a repetir», afirmou o presidente Shimon Peres.

Por seu lado, no seu discurso, o primeiro-ministro Ehud Olmert preferiu destacar a proliferação de manifestação anti-semitas pelo mundo e as tentativas de negar aquilo que aconteceu no Holocausto.

«Negam o direito à existência do Estado judaico. O Holocausto não fez mais do que sublinhar a necessidade da sua criação e o preço horrível da sua ausência pago pelo povo judeu», acrescentou.

Esta comemoração surge cerca de uma semana antes das celebrações do 60º aniversário da criação do Estado de Israel.

Fonte: TSF(Portugal)
http://tsf.sapo.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF191473

quarta-feira, 19 de março de 2008

Os Estados Unidos e o Holocausto

O resgate dos refugiados não era uma prioridade do governo dos Estados Unidos. Não era tampouco sempre claro aos líderes Aliados como se poderia levar a cabo um resgate de grande escala das linhas alemãs. Por causa em parte do anti-semitismo, o isolamento, a Depressão e a xenofobia, a política para com os refugiados do departamento de Estado dos Estados Unidos (a cargo do Secretário de Estado Cordell Hull) lhes fora dificultada a conseguir vistos de entrada.

O departamento de Estado também demorou em publicar os relatórios de genocídio. Em agosto de 1942, o departamento de Estado recebeu um telegrama confirmando os planos nazis para assassinar os judeus europeus. O relatório, enviado por Gerhart Riegner (o representante em Genebra do Congresso Judaico Mundial), não foi disseminado. O departamento de Estado pediu ao rabino americano Stephen Wise, que também havia recebido o relatório, que se abstivesse de anunciá-lo. As reportagens das atrocidades nazis a miúde não eram recolhidos pela imprensa americana. Em 1943, o mensageiro polonês Jan Karski informou ao presidente Franklin D. Roosevelt sobre as notícias de assassinatos em massa recebidas por líderes judeus no gueto de Varsóvia. Nenhuma ação foi tomada.

Em 19 de abril de 1943, representantes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha se reuniram em Bermuda para resolver o problema dos refugiados. Nenhuma proposta significativa foi considerada na Conferência de Bermuda. Em janeiro de 1944, Roosevelt estabeleceu a Junta para os Refugiados de Guerra como parte do departamento do Tesouro para facilitar o resgate de refugiados em perigo. Fort Ontario em Nova York começou a servir ostensivamente como um porto livre para os refugiados. Mas os refugiados que chegavam a Fort Ontario não eram das áreas ocupadas pelos nazis, se não das zonas liberadas.

Já na primavera de 1944, os Aliados sabiam dos gaseamentos em Auschwitz-Birkenau. Os líderes judeus suplicaram sem sucesso ao governo estadunidense que bombardeasse as câmaras de gás e vias(ferrovias) de trem que chegavam ao campo. Desde 20 de agosto até 13 de setembro de 1944, a força aérea dos Estados Unidos bombardeou o complexo industrial de Auschwitz-Monowitz, menos de cinco milhas das câmaras de gás em Birkenau. Não obstante os Estados Unidos mantiveram sua política de não-participação no resgate, e não bombardearam nem as câmaras de gás e nem as vias de trem usadas para transportar prisioneiros.

Foto: Cartaz anti-semita que equipara os judeus com o comunismo. Estados Unidos, 1939.
— Jewish War Veterans Museum
http://www.ushmm.org/wlc/media_ph.php?lang=sp&ModuleId=10005762&MediaId=3390

Fonte: USHMM(United States Holocaust Memorial Museum)
http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=sp&ModuleId=10005762
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 53

Generalidades

53. Que provas há de que Hitler sabia que se estava levando a cabo o extermínio de judeus?

O IHR diz:

Ninhuma.

Nizkor responde:

Ver a pergunta 26.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 40

Parte: Cremação

40. Muitos sobeviventes judeus dos "campos da morte" dizem que viram corpos sendo empilhados em valas e queimados. Quanta gasolina deveria ter feito falta para fazer isto?

O IHR diz:

Uma quantidade muito maior da que dispunham os alemães, já que houve uma importante redução nos suprimentos naquele momento.

Nizkor responde:

"Da que dispunham?". O Campo III de Auschwitz, Monowitz, era um campo de trabalho industrial onde se produzia combustível. Inclusive o IHR admite isto em sua resposta revisada à pergunta 6. Qual melhor "disponibilidade" que essa?

Em qualquer caso, a pergunta é enganosa: não fazia falta um combustível refinado de grande energia como a gasolina. Usavam-se outros materiais inflamáveis baratos e relativamente abundantes como o óleo de motor e o metanol. Höss descreveu o processo de incineração ao ar livre em Treblinka ("Bezwinska and Czech, KL Auschwitz Seen By The SS", 1984, p. 133):

[Depois do gaseamento em Treblinka], abriam-se as câmaras de gás e se sacava os cadáveres, desnudavam-lhes e lhes queimavam numa pira feita de travessões da linha férrea.

Alimentavam o fogo com madeira, espalhando de vez em quando sobre os cadáveres restos de gasolina.


Também escreveu o processo em seu próprio campo, Auschwitz (Kogon et al., "Nazi Mass Murder", 1993, pp. 168-169):

Até fim do verão de 1942, levavam-se os cadáveres à valas comuns. Só depois começou-se a recorrer à incineração - primeiro com piras de madeira com uns dois mil cadáveres, e mais adiante nas valas, com os cadáveres que haviam sido enterrados ali. Espalhava-se sobre eles óleo usado de motor, e mais adiante, metanol.


Não era uma dificuldade terrível para os nazis sacrificar o óleo usado de motor.

O IHR alterou na pergunta a flagrente invenção da "gasolina" do original, por algo menos preciso como "combustível" na edição revisada. Ainda que seja algo enganoso. "Combustível" pode se referir a muitas coisas, mas o oléo usado de motor não é uma delas.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

domingo, 30 de dezembro de 2007

Eu, filha de sobreviventes do Holocausto

Por Cadorno Teles

A graphic novel, ou melhor, o romance gráfico, traduzido literalmente do inglês, tornou-se extremamente popular na sociedade atual. Uma espécie de livro, que conta uma história através dos Quadrinhos, embora ecoem em alguns leitores personagens como Batman, Homem-Aranha ou Asterix, as graphic novels são essencialmente sérias, com temas mais significativos destinado ao público adulto. Will Eisner popularizou com o seu trabalho as graphic novels, e vieram Os 300 de Esparta de Frank Miller, Adolf de Osamu Tezuka, O coração do Império de Bryan Talbot, Maus de Art Spiegelman, Persepólis de Marjane Satrapi, V de Vingança de Alan Moore e David Lloyd, Watchmen de Moore e Dave Gibbons, entre muitas outras. Mas ninguém esperava a originalidade de Bernice Eisenstein em Eu, filha de sobreviventes do Holocausto (I was a child of holocaust survivors, tradução de Alzira Alegro, Novo Conceito, 200 páginas, R$ 35,90).

A artista canadense consegue preparar um texto brilhante e inspirado em meio aos desenhos simples ao longo das páginas desta impressionante obra. Seguindo a linha de Maus de Spiegelman, Eu, filha de sobreviventes do Holocausto é um testemunho da superação do horror, no caso o genocídio judeu. Bernice é filha de sobreviventes do capo de Auschwitz, cresceu em Toronto nos anos 1950 e viveu as dificuldades dos imigrantes que acabaram de sair de um pesadelo para integrá-se em uma nova sociedade. O livro é a memória de sua infância enegrecida pelas recordações do Holocausto, um testemunho comovente, honesto e em certas ocasiões satírico sobre a universalidade da memória e da experiência aterradora de viver sob o terror de morrer a qualquer hora.

Retratando os momentos vividos por sua família, da morte do seu pai à circuncisão de seu filho, Eisenstein deu um tom novo às graphic novels, fazendo uma síntese surpreendente com seus desenhos, delicados e unidos ao texto, ligados à história áspera e abrasadora, explorando com melancolia e humor sua infância. As ilustrações de meia-página e entremeados em uma arte-final original e provocativa. Uma graphic novel que com certeza irá se reunir aos clássicos do gênero e vale lembrar que a crítica internacional está colocando o trabalho desta autora canadense entre nomes como Primo Levi, Elie Wiesel e Raul Hilberg. E veja que é sua primeira investida no gênero. Eu, filha de sobreviventes do Holocausto, uma ode à vida, ao esforço da recompensa, ao trabalho sofrido, um verdadeiro tributo a sua família e a todos que sofreram os revezes da II Grande Guerra.

A Autora
Bernice Eisenstein (foto) nasceu em 1949 na cidade de Toronto, Canadá, pouco depois da emigração de seus pais ao país. Atualmente, é escritora e artista, publicando no periódico Globe and Mail. "Eu, filha de sobreviventes do Holocausto" recebeu o prêmio Canadian Jewish Book Award 2007 e foi finalista do Trillium Book Award.

Fonte: Bigorna.net(HQs, Brasil, 21/09/2007)
http://www.bigorna.net/index.php?secao=comics&id=1190350568

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Quando Hitler decidiu-se pela Solução Final?

Um ensaio de Gord McFee
Introdução

Um dos mais interessantes e avidamente debatidos aspectos do Holocausto, é quando Hitler o ordenou que ele começasse.

Pensava-se até agora que a decisão havia sido feita entre o início e metade de 1941, e que começou a pleno vapor no início de 1942. Esse pensamento agora é contestado por uma descoberta de documentos só agora disponíveis, recentemente levantados pelo historiador alemão Christian Gerlach [1]. Os novos documentos incluem um registro de 12 de dezembro de 1941 do diário do ministro de propaganda Joseph Goebbels e parte das anotações de Heinrich Himmler em seu diário em 18 de dezembro de 1941.

Pensamento Corrente

Antes de se chegar a estas recentes descobertas e o que elas significam, é necessário recapitular brevemente quais são os pensamentos neste assunto. Aceita-se, de maneira geral, que a decisão de exterminar-se fisicamente os judeus tenha sido feita entre o começo e metade de 1941. [2] A secretária de Hitler lembra-se de um encontro privado entre Himmler e Hitler no começo da primavera de 1941, depois do qual Himmler sentou-se à mesa dela com um olhar perturbado, pôs as mãos na cabeça e disse: “Meu Deus, Meu Deus, o que esperam que eu faça”. [3] Ela está convencida que esta foi o dia em que Hitler ordenou que Himmler matasse os judeus. Outros testemunhos afirmam que a decisão foi feita entre Março de 1941 e a invasão da União Soviética. (Pesquisas nesta área são prejudicadas pelo fato de não ter sido encontrada nenhuma ordem de Hitler sobre o lançamento da Solução Final, e mesmo que houvesse, é bem provável que tenha sido destruída). Tanto Rudolf Höss, comandante de Auschwith [4] , quanto Adolf Eichmann, chefe do Departamento IVB4 (Assuntos Judaicos) [5] mencionam relatos de uma ordem de Hitler em princípios do verão de 1941.

Historiadores geralmente têm pensado que a Solução Final se desenrolou da seguinte forma. Primeiro, os Einsatzgruppen (Grupos de Tarefas Especiais) entraram na União Soviética atrás da invasão das forças armadas ao final de junho de 1941 e começaram a fuzilar judeus onde quer que estes se encontrassem. Mais ou menos 500.000 judeus foram mortos desta forma entre Julho e Dezembro de 1941. Naquele tempo, esta tremenda quantidade de judeus a serem liquidados e os efeitos na política de fuzilar mulheres e crianças levaram à pesquisa de outros métodos, culminando no estabelecimento de campos da morte tais como Auschwitz, Treblinka e Sobibor no início de 1942, para os quais os Judeus eram transportados e gaseados com monóxido de carbono ou ácido prússico (Zyklon B).

Isto traz à tona várias questões, tais como:

Se a decisão já havia sido tomada no início de 1941 (antes de invasão da União Soviética), qual a razão para Göring emitir sua ordem de Solução Final para Reinhard Heydrich (Chefe do Escritório Central de Segurança do Reich e encarregado da Solução Final junto com Himmler) em 31 de julho de 1941?[6]

Por que Heydrich esperou até janeiro de 1942 para reunir a Conferência de Wannsee, quando o planejamento administrativo para a Solução Final já estava finalizado?

Onde está a “Ordem de Hitler” que encaixa tudo isso em seu lugar?
As recentes descobertas aludem a uma clara e inequívoca ordem do próprio Hitler para matar os judeus. Ao mesmo tempo, elas sugerem três revisões para a teoria corrente. Primeiro, agora é inegável que Hilter pessoalmente ordenou a Solução Final em termos gerais; segundo, a decisão não foi feita antes da invasão da União Soviética - em vez disso, a última decisão foi tomada quase no fim de 1941; terceiro, a Solução Final não foi um processo que se desenrolou de maneira uniforme, mas dependeu sobremaneira dos caprichos do esforço de guerra.

Os Documentos Recentemente Descobertos

As duas recentes descobertas são:

A primeira é um registro no diário de Joseph Goebbels em 12 de dezembro de 1941. Ele contém o seguinte:

Bezüglich der Judenfrage ist der Führer entschlossen, reinen Tisch zu machen. Er hat den Juden prophezeit, daß, wenn sie noch einmal einen Weltkrieg herbeiführen würden, sie dabei ihre Vernichtung erleben würden. Das ist keine Phrase gewesen. Der Weltkrieg ist da, die Vernichtung des Judentums muß die notwendige Folge sein.

“Em relação a questão judaica, o Führer decidiu fazer uma completa varredura. Ele profetizou aos judeus que se eles causassem uma nova guerra mundial, eles viveriam para presenciar sua aniquilação nela. Isto não foi apenas uma frase de efeito. A guerra mundial está aqui, e a destruição dos judeus deve tornar-se a conseqüência necessária.[7]

A Segunda é uma nota escrita de próprio punho pelo Reichsführer-SS Heinrich Himmler em seu bloco de anotações – a ser publicada em breve – de um encontro que teve com Hitler no Quartel-General deste (Wolfsschanze, a “Toca do Lobo”) em 18 de dezembro de 1941. As anotações são simplesmente: [8]
Judenfrage / als Partisanen auszurotten

Questão Judaica/ a serem exterminados como os partisans

Hitler pessoalmente ordenou a Solução Final

A maior parte dos experts têm concordado que uma ação da magnitude do genocídio em massa, com as possíveis e consequentes ramificações, não poderia ter prosseguido sem a aprovação pessoal de Hitler. Até agora, nenhuma decisão escrita de Hitler foi encontrada, embora haja indícios contundentes de que uma ordem verbal certamente foi dada[9]. As recentes descobertas não podem ser consideradas decisões escritas (as quais, se realmente existiram, foram quase com certeza destruídas ao final da guerra), mas elas são uma confirmação inequívoca de que uma clara decisão foi feita por Hitler. E melhor ainda, ajudam a estabelecer o tempo em que foram tomadas.

A Decisão foi feita ao final de 1941.

As novas descobertas sugerem firmemente que Hitler decidiu, de uma vez por todas, exterminar os judeus europeus no começo de Dezembro de 1941. Isto se enquadra nas palavras “Solução Final desejada”, na ordem de Göring para Heydrich de julho de 1941, e ajuda a explicar o porquê da Conferência de Wannsee ter sido realizada tão depois da ordem de Göring ter sido expedida, ou seja, a ordem final ainda não tinha sido dada em julho de 1941.

Isto não significa que nenhuma ordem tinha sido dada por ocasião da invasão da União Soviética. De fato, é certo que uma ordem para matar judeus, comissários e outros “indesejáveis” tenha sido dada antes da invasão da União Soviética, e essa ordem pode bem ser aquela à qual a secretária de Hitler se refere. È mais provável que tenham sido as instruções passadas por Hitler a Himmler que, como parte dos planos de invasão, que os indivíduos citados acima seriam sistematicamente mortos e que Himmler seria o encarregado da execução destas ordens. E é mais provalvelmente esta ordem aquela à qual Eichmann, Höss e outros se referiram em seus vários depoimentos.

Mas, além disso, estes indivíduos poderiam estar a par da ordem de Göring a respeito dos aspectos administrativos a serem considerados em prol de uma “desejada” solução final. Todos sabiam que uma solução final – uma decisão de aniquilar todos os judeus europeus – poderia apenas ter sido feita por Hitler. E Hitler era notório por hesitar, por vezes com conseqüências quase desastrosas, quando confrontado com decisões sérias, tais como o Expurgo de Röhm, a Crise de Munique e se deveria candidatar-se às eleições presidenciais de 1931 [10]. Seria complementamente condizente com a personalidade de Hilter se este hesitasse por vários meses após ordenar os fuzilamentos dos Einsatzgruppen – uma espécie de pré-solução final – antes que pudesse sentir-se apto a tomar a decisão definitiva. A despeito da ordem de Göring, havia pouca ação concreta a ser tomada por Heydrich até que saissem ordens do homem lá no topo. E este homem no topo não decidiu até dezembro de 1941.

Pode-se apenas especular o que finalmente apressou Hitler a tomar a decisão final em Dezembro de 1941, mas um exame na situação daquela época sugere que diversos fatores desempenharam cada um o seu papel. Primeiro, com o ataque japonês a Pearl Harbor, a declaração americana de guerra ao Japão, e a própria declaração de guerra de Hitler aos Estados Unidos, Hitler agora tinha a chamada guerra “mundial” a que fez alusão Goebbels em seu diário em 12 de dezembro de 1941. Segundo, a primeira grande virada da sorte alemã na guerra contra os soviéticos havia acontecido. Em 5 de dezembro, exatamente às portas de Moscou, o exército alemão teve sua trajetória barrada pelo início de um terrível inverno russo. As temperaturas caíram para 31 graus abaixo de zero naquele dia, e para 36 graus negativos no dia seguinte. Os alemães não estavam equipados com roupas de inverno, e os panzers pifaram, e, no dia 6, o General Georgi Zhukov atacou num front de 320 quilômetros diante de Moscou com 100 divisões, de cuja existência os alemães sequer sabiam.[11] Hitler deve ter sabido a esta altura que seu esforço de guerra estava correndo sérios - talvez graves - perigos. Terceiro, a tremenda quantidade de judeus a serem mortos e as dificuldades dos policiais em fazer os fuzilamentos foram passados por Himmler a Hitler. Houve discussões quanto ao uso de gases tóxicos como meio de matar judeus e evitar espetáculos públicos que às vezes acompanhavam os fuzilamentos no outono de 1941.[12]

Contra este pano de fundo, pode ser argumentado de maneira plausível que dezembro de 1941 foi uma espécie de divisor de águas para Hilter. A congruência de eventos pode muito bem tê-lo empurrado para uma posição sem volta.
----------------------------------------------------------------------
Notas

1. Die Zeit, edição de 9 de janeiro de 1998; AFP, despacho de 14 de January de 1998.
2. Breitman, The Architect of Genocide, tem como "no início de 1941" [p. 152]; Hilberg, Perpetrators, Victims, Bystanders, diz que o "germe da solução final pode ser traçada até os primeiros dias de março de 1941" [p. 17]; Shirer, The Rise and Fall of the Third Reich, coloca-a no "início do verão" de 1941 [p. 965]; Gilbert, The Holocaust, coloca-a em maio de 1941 [p. 152]; Yahil, The Holocaust, a colocaria no final de julho de 1941 [p. 255]; e assim por diante.
3. Gitta Sereny, Albert Speer: His Battle with Truth, Vintage Books, New York, 1996, p. 248.
4. Hoess, Le Commandant d'Auschwitz parle, p. 261.
5. von Lang, Eichmann Interrogated, p. 75.
6. A ordem lê-se como segue:
Complementando a tarefa já atribuída a você na diretiva de 24 de janeiro de 1939, de executar, por emigração ou evacuação, uma solução para a questão judaica tão vantajosa quanto possível sob as condições da época, eu por meio desta o encarrego de fazer todos os preparativos organizacionais, funcionari e materiais necessários para uma solução completa da questão judaica na esfera de influência germânica na Europa.
Visto que as jurisdições de outas agências centrais podem ser desse modo tocadas, elas deverão ser envolvidas.
Eu o encarrego, além disso, de submeter a mim no futuro próximo um plano geral de medidas organizacionais, funcionais, e materias a serem tomadas para a implementação da almejada solução final para a questão judaica.

7. Die Zeit, edição de 9 de janeiro de 1998.
8. Ibid.
9. De longe, o melhor tratamento é Gerald Fleming, Hitler and the Final Solution, University of California Press, Berkley, 1984.
10. Inter alia, Alan Bullock, Hitler: A Study in Tyranny, Bantam Books, New York, 1961, p. 480.
11. William L. Shirer, The Rise and Fall of the Third Reich, Simon and Schuster, New York, 1960, pp. 864-865.
12. Martin Gilbert, The Holocaust: The Jewish Tragedy, Fontana/Collins, Glasgow, 1989, p. 219.

Gordon McFee recebeu seu grau de mestrado em 1973, da University of New Brunswick, Canadá, e Albert Ludwigs Universität, Freiburg im Breisgau, Alemanha (estudos separados), em História e Alemão.

Última modificação: 2 de janeiro de 1999
Copyright © 1998-99 Gordon McFee. Todos os direitos reservados.
Tradução: Marcelo Hiramatsu Azevedo
Texto em inglês: http://www.holocaust-history.org/hitler-final-solution/
Tradução em português publicada em: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/HitlerFinal.htm
Mapa dos campos: http://www.historyplace.com/worldhistory/genocide/campsmap.gif

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...