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sábado, 26 de julho de 2008

São os "Revisionistas" negadores do Holocausto? parte 2

Parte 2 de 3
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Intentos de se criar confusão: Desvio ante outros temas


Em um panfleto entitulado "O que é a Negação do Holocausto?", os negadores do Holocausto dizem que não o são. Como costumam fazer, apresentam perguntas sobre a "controvérsia" e depois tratam de criar confusão dando respostas que não são respostas:


Com freqüência se costuma passar ao alto desta controvérsia a pergunta crucial: O que é que constitue a "negação do Holocausto"? [...] Se é um "negador do Holocausto" sem se dizer que os nazis não usaram gordura de judeus para fazer sabão? [...] Se é um "negador do Holocausto" se não se aceita a "conferência de Wannsee" de janeiro de 1942...


Como temos visto, não há necessidade de recorrer a estas confusões. É fácil encontrar definições com as quais podem estar de acordo tanto os "revisionistas" como seus oponentes - por exemplo, as anteriores - e é fácil ver que os "revisionistas" negam todas e cada um dos pontos destas definições.

Intentos de se criar confusão: A negação é o mesmo que a revisão

Outro argumento que se costuma apresentar contra o termo "negador" é que os "revisionistas" simplesmente estão tratando de revisar o significado do termo "Holocausto".

Mas temos visto que suas própias definições do termo são completamente negadas. É como se quisessem defender que 2+2 são 3.

Não estão tratando de negar que 2+2 são 4 - isso é o que dizem - senão que simplesmente querem revisar a Aritmética para que a palavra "suma" se refira a partir de agora à nova operação que eles definam.

Deixar em evidência este jogo de palavras é tão simples como olhar o significado dos termos "negar" e "revisar" no dicionário. Qual é o que melhor se ajusta?

Greg Raven tratou de usar este argumento no passado. Ao que parece, Ernst Zündel também. Zündel disse que rechaça "o Holocausto tal e qual é apresentado pelo Lobby de Promoção do Holocausto", talvez dizendo implicitamente que "o Holocausto" simplesmente não é como o apresenta "o Lobby de Promoção do Holocausto".

O problema com este argumento é que o "Lobby de Promoção do Holocausto" parece estar formado por qualquer um que não esteja de acordo com Ernst Zündel: as pessoas que estiveram em campos, investigadores, periodistas, judeus, maçons, comunistas, anarquistas, Hollywood, os Illuminati bávaros, os Bilderbergers, e por último, mas não por isto menos importante, os historiadores.

Uma frase equivalente seria dizer "rechaço que dois mais dois são quatro, tal e qual é apresentado este fato pelo Lobby de Promoção da Aritmética". Dado que esta forma de apresentar o fato é aceita por todo mundo - seja um estudioso, um aficcionado, o qualquer observador - de novo, isto não é mais que um jogo de palavras.

Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/features/revision-or-denial/rebuttals-01-sp.html#misdirection
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Historiadores alemães querem edição comentada do "Mein Kampf" de Hitler

Berlim, 24 Abr (Lusa) - Historiadores alemães voltaram a exigir a publicação de uma edição comentada do "Mein Kampf" (A Minha Luta), de Adolf Hitler, antes que expirem os direitos de autor, em 2015, e possa haver edições para fins propagandísticos.

Desta vez, o pedido veio do centro de Documentação da História do Nacional-Socialismo, em Nuremberga, cujos responsáveis defendem que deve haver uma edição científica, crítica e comentada antes de expirarem, 70 anos após a morte do ditador nazi, os direitos de autor do livro, confiados ao governo regional da Baviera.

A Baviera, um dos 16 estados federados alemães, passou a ter, em 1946, os direitos sobre "Mein Kampf", concedidos pelas potências aliadas que derrotaram a Alemanha nazi (Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), com a condição expressa de não autorizar a respectiva publicação.

O livro, publicado por Hitler em duas partes, em 1925 e 1926, é uma espécie de "Bíblia" do nazismo, em que o ditador destila ódio contra os judeus e os considera responsáveis por todos os males da Alemanha de então, e expõe prematuramente a sua estratégia belicista, por exemplo.

A atribuição dos direitos de autor pelos aliados tem sido uma dor de cabeça para as autoridades alemãs, que nos últimos anos tem tentado impedir, quase sempre sem êxito, a publicação de "Mein Kampf" no estrangeiro.

Até em Israel, pátria dos judeus vítimas do Holocausto, há edições novas do livro, enquanto edições mais antigas podem também ser adquiridas com relativa facilidade nos antiquários.

Hoje em dia, quem não quiser gastar dinheiro poderá mesmo encontrar o texto integral de "Mein Kampf" na Internet.

Há anos que o Instituto de História Contemporânea de Munique (IfZ) vem pedindo autorização para publicar uma edição crítica do livro, cientificamente comentada.

Até agora, porém,os detentores dos direitos de autor têm hesitado, por respeito para com as vítimas do III Reich, embora compreendam os objectivos da ideia.

"Assim poderíamos dar a todos a possibilidade de reunir argumentos para a discusssão com os incorrigíveis", afirmou o director do IfZ, Udo Wengst, ao jornal Sueddeutsche Zeitung.

O IfZ tenciona publicar a referida edição comentada antes de 2015, e o tempo urge, porque tal exige, segundo Wengst, que um especialista em história do nazismo se ocupe da obra pelo menos durante três anos.

Segundo um dos historiadores do IfZ habilitado para fazer esse traballho, Dieter Pohl, será necessário "um enorme esforço", sobretudo porque no seu livro Hitler faz muitas afirmações não sustentadas por factos, e praticamente todas as linhas teriam de ser comentadas.

Para evitar uma edição de proporções desmedidas e inacessível ao grande público, o IfZ pretende, no entanto, limitar-se a descodificar as diversas versões existentes, e a explicar a origem dos pensamentos e afirmações de Hitler.

O reputado instituto já editou numerosas obras da época nazi, mas trata-se de publicações científicas, exaustivamente comentadas, e muito caras para serem adquiridas por neofascistas comuns.

Para a edição comentada do "Mein Kampf" atingir os fins pedagógicos em vista, teria de ser vendida, no entanto, por um preço razoável, ou mesmo colocada gratuitamente na Internet, propõe o IfZ.

Até agora, todas as tentativas para levar por diante o projecto científico esbarraram com a recusa do governo regional da Baviera, por respeito à memória das vítimas do Holocausto e para protecção dos judeus.

O professor Wengst considera este argumento "honroso", mas errado, e refere que, em recente conversa com um jornalista israelita, este lhe disse: "não precisamos dessa protecção".

FA

Fonte: LUSA - Agência de Notícias de Portugal
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=341931&visual=26

quinta-feira, 13 de março de 2008

Höss e os Historiadores

Engano e Tergiversação. Técnicas de Negação do Holocausto
Höss e os Historiadores
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Autor: Jamie McCarthy

Greg Raven, do IHR proporcionou outro exemplo clássico do tipo de tergiversações descaradas comumente empregadas pelos negadores do Holocausto quando fez a seguinte afirmação no grupo de notícias alt.revisionism:

...o Comandante de Auschwitz Rudolf Höss, cujo testemunho tem sido empregado durante anos como prova de que foram feitos os gaseamentos (o Museu em Memoria do Holocausto dos Estados Unidos defende uma afirmação de Höss para demostrar isto). Recentemente, Deborah Lipstadt e Christopher Browning tem admitido que as afirmações de Höss são inúteis (Vanity Fair, dezembro de 1993). [1]


Browning e Lipstadt disseram isto? Em poucas palavras: não.

Em dezembro de 1993, apareceu um artigo de três páginas sobre "revisionismo" na Vanity Fair. Meia página era dedicada "ao mais sinistro dos argumentos revisionistas atuais - se é que é um argumento", a negação do Holocausto. [2] O autor se pôs em contato com Browning e Lipstadt para conhecer suas opiniões sobre as afirmações de Höss.

Foi citado Browning dizendo, "Höss sempre foi uma testemunha muito débil e incoerente... os revisionistas o utilizam a todo momento por esta razão para pôr em dúvida e desacreditar a recordação do que ocorreu em Auschwitz." [3] Aparecer "débil e incoerente" ante o tribunal é uma coisa. Mas a principal contribuição de Höss para o conhecimento do Holocausto são as memórias, escritas depois de seu julgamento e da sentença. A breve citação de Browning nem sequer menciona sua opinião sobre estas memórias.

Lipstadt recomendou ao autor do artigo seu livro "Denying The Holocaust", p. 188, que simplesmente assinala o que os historiadores já sabem há décadas: o total de mortos em Auschwitz calculado pelos comunistas, quatro milhões, está em conflito com o total dos historiadores (de 1,3 a 1,5 milhões). Höss nem sequer aparece no índice do livro de Lipstadt; não lhe mencionam em nenhuma página! E Raven diz que ela tem "admitido que as afirmações de Höss são inúteis".

Ironicamente, a afirmação de Höss em questão, longe de destruir sua credibilidade, era bastante certa. Em seu testemunho, Höss disse que se assassinaram a 2,5 milhões de pessoas em Auschwitz. Mas em suas memórias deixa claro que esta estimativa era de seu oficial superior, o Gruppenführer (General de Divisão das SS) Glücks, que por sua vez a recebeu de Adolf Eichmann. Disse além disso que Eichmann, e seu ajudante, o SS Hauptsturmführer (Capitão das SS) Hans Günther, eram os únicos que tinham acesso a informação necessária pra calcular a dita cifra. Höss disse que nunca supôs o número, e não tinha maneira de fazer uma estimativa. [4] Mais adiante deixou claro que esta cifra lhe parecia "demasiado alta", assinalando que "inclusive Auschwitz tinha limites em sua capacidade destrutiva". [5]

Assim, vemos que Höss acreditava que Eichmann havia se equivocado, e assim o era. As estimativas sobre o número de vítimas, precisas ou imprecisas, não afetavam em nada a credibilidade de Höss quando descreve o processo de gaseamento e outros detalhes sobre o campo:

Por desejo do Reichsführer SS, Auschwitz se converteu no maior centro de extermínio humano de todos os tempos... o mesmo me deu a ordem de construir instalações em Auschwitz onde se pudesse realizar um extermínio humano e de me encarregar deste extermínio. [6]

Protegido por uma máscara anti-gás, eu mesmo presenciei o assassinato. Nas abarrotadas câmaras, a morte sobrevinha instantaneamente enquanto se expulsava do interior o Zyklon-B. Um grito cortou, quase sufocado, e tudo terminava. [7]

O assassinato destes prisioneiros de guerra russos não me causou muita preocupação naquele momento. Havia-se dado a ordem, e se teve que executá-la. Devo inclusive admitir que este gaseamento me tranqüilizou, porque o extermínio em massa de judeus ia começar logo e até então nem Eichmann nem eu sabíamos como se iria realizar. Ia ser empregado gás, mas não sabíamos qual e como usá-lo. Agora tínhamos o gás e havíamos estabelecido um procedimento. [8]

Uma mulher se aproximou de mim ao passar e, apontando para seus quatro filhos que estavam ajudando os mais pequenos, sussurrou: "Como podem vocês chegar a matar umas crianças tão encantadoras e lindas?" Um ancião, ao passar, disse-me: "a Alemanha pagará um alto preço por este assassinato em massa de judeus". Seus olhos refletiam um profundo ódio ao dizer isto. [9]


Ainda que Lipstadt não mencione Höss, inclusive no seguinte parágrafo em seu livro, proporciona uma conclusão adequada a esta discussão:

Estes trabalhos demonstram como os negadores tergirversam, citam incorretamente, falsificam estatísticas e atribuem falsas conclusões à fontes confiáveis. Apóiam-se em livros que contradizem diretamente seus argumentos, citando-lhes de maneira que se distorçam completamente o objetivo do autor. Os negadores confiam no fato de que a grande maioria de leitores não tem acesso à documentação ou em que não farão esforço de determinar como falsificam ou tergiversam informação.[10]

Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/hoess-01-sp.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 63

63. O que tem ocorrido aos historiadores que tem questionado o "Holocausto"?

O IHR diz:

Eles têm sido objeto de campanhas de calúnias, têm perdido seus postos acadêmicos, têm perdido pensões, e têm sofrido destruição de suas propriedades e até violência física.

Nizkor responde:

A violência é uma deplorável resposta à expressão, evidentemente, há que se condená-la.

Mas mais uma vez, de que historiadores estamos falando? Não há nem um só Doutor em História entre a comunidade revisionista. Faurisson era professor de literatura, Zündel se dedicava à fotografia, Butz é professor de Engenharia Elétrica, Stäglich é juiz, O'Keefe não terminou seus estudos em Harvard, e Cole não terminou o secundário. Raven era anteriormente escritor de anedotas para contadores de piada de palco(stand-up comics) e colaborador em revistas de automóveis.

Irving é periodista e escritor especializado em História, e Weber tem um Mestrado em História. Isto é o mais próximo que se pode estar um "revisionista" de ser um historiador.

Ironicamente, um dos outros poucos "revisionistas" que tem uma graduação acadêmica em História é Leuchter, que se apresenta como um engenheiro especialista(expert)! (Tem o grau de Licenciado).

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Narrador épico do Holocausto ganha Prêmio da Paz

Saul Friedländer recebe a premiação

Historiador Saul Friedländer recebe distinção do comércio livreiro alemão. Após perder a família no Holocausto, israelense de 74 anos quis contrapor a "memória mítica" judaica à "objetividade" da história alemã.

O Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão vai, em 2007, para o historiador israelense Saul Friedländer (74). Ele recebe a distinção neste domingo (14/10), na Feira do Livro de Frankfurt. Dotado com 25 mil euros, o Prêmio da Paz é concedido desde 1950 a personalidades da literatura, ciência e arte, que contribuem para a "concretização da idéia da paz".

Salvação aleatória

Certa vez, Saul Friedländer comentou que escolhera o pior momento possível para um judeu nascer: quatro meses antes da ascensão nacional-socialista, em outubro de 1932, em Praga. Quando contava apenas 6 anos e meio de idade, seus pais emigraram. Como ficaria constatado, para o país errado.

"Meus pais acreditavam que Hitler não chegaria à França. Outros membros da família foram para a Suécia e para a Palestina. Eles se salvaram."

A cadeia de más decisões dos Friedländer – trágicas, por serem sempre tomadas com as melhores intenções – teria continuação três anos mais tarde. Quando os alemães começaram a deportar os judeus residentes na França, o casal colocou o filho num internato católico, tentando escapar para a segura Suíça.

Eles haviam calculado mal, acreditando que, sem o menino, a fuga seria mais fácil. Porém os suíços os enviaram de volta à morte certa, justo por, supostamente, se tratar de um casal sem filhos. As famílias com crianças, ao contrário, as autoridades deixaram passar.

"Isto demonstra quão aleatória era a salvação. O que eles encaravam como decisão correta era, com freqüência, a errada", comenta o escritor.

Mito judaico x história alemã?

Friedländer (d) ao lado do presidente Horst Köhler e esposa(foto).

Como ocorre com grande parte dos sobreviventes do Holocausto, a bagagem do destino pessoal jamais abandonou Saul Friedländer. Após estudar Ciências Políticas e História, começou, na década de 1960, a pesquisar as circunstâncias sociais do genocídio dos judeus europeus.

Iniciou com o papel da Igreja Católica, o que, nos anos 60, lhe acarretou acusações de ingratidão perante a instituição que, afinal, salvara sua vida durante a guerra. Mais tarde foi uma declaração de Martin Broszat, o nestor da pesquisa histórica alemã, que o impulsionou a redigir sua obra principal.

"Ele me deu o último empurrão para começar este trabalho, ao afirmar que nós – portanto, as vítimas – temos uma espécie de memória mítica desse passado, o qual se opõe à historiografia alemã, mais racional."

Para rebater esta afirmativa depreciativa de Broszat, Friedländer lançou na década de 1990 O Terceiro Reich e os judeus.

Falta de solidariedade

O estudo em dois volumes recebeu elogios, pela forma como justapõe a perspectiva da comunidade judaica àquela dos criminosos alemães, dos coniventes e colaboradores, além de colocá-la no contexto internacional da época.

Tal opção resulta numa narrativa certamente dramática e empática, sem, contudo, torná-la apologética. Friedländer tampouco recua diante das verdades desagradáveis sobre as comunidades judaicas da época: faltou solidariedade com os companheiros de fé perseguidos.

Tome-se o exemplo da França. "Há uma linha divisória, que se estende até à tentativa dos judeus franceses de circunscrever a política de perseguição aos judeus estrangeiros. Há cartas do líder judeu Hellbronner a Pétain, o cabeça do governo Vichy: é preciso diferenciar, nós somos franceses, eles não", lembra o historiador.

Anti-semitismo obsessivo

Em um ponto, porém, Saul Friedländer é inflexível. Ele não aceita que pesquisadores de orientação social-histórica, como Götz Aly, tratem a perseguição anti-semita como mera variável, dependente de outras metas políticas. Na teoria de Aly, a meta principal é a suposta intenção dos nazistas de acalmar o próprio povo, através de boas ações sociopolíticas, às custas dos bens dos judeus.

"Aqui se coloca uma questão bem elementar: se a finalidade era roubar os judeus, por que assassiná-los?", argumenta Friedländer. Sua tese: o alvo final de Hitler não era dominar o mundo, mas sim a intenção, tornada obsessão, de exterminar os judeus. Este anti-semitismo obsessivo o perseguiu até as suas últimas anotações, no porão da Chancelaria do Reich, em 1945.

Ao lado da produção científica, Saul Friedländer é também conhecido por suas memórias: Wenn die Erinnerung kommt (Quando a lembrança vem). Na Alemanha, é editado pela C.H. Beck.

Reinhard Lauterbach (av)

Fonte: Deutsche Weller(Alemanha, 14.10.2007)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,2823119,00.html

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