Sucessor de Haider diz que ele era 'o homem de sua vida'
Líder da extrema direita austríaca morreu em acidente de carro há uma semana.
O novo chefe do partido de extrema-direita da Áustria vem causando polêmica no país depois de dar a entender que mantinha um relacionamento homossexual com Jörg Haider, o ex-líder do partido que morreu em um acidente de carro no último dia 11.
Stefan Petzner, de 27 anos, era protegido do político e deu uma série de entrevistas emocionadas após a morte de Haider.
No último domingo, em um programa de rádio, Petzner disse que a relação entre os dois ia muito além de uma simples amizade.
"A ligação entre mim e Jörg era muito especial. Ele era o homem da minha vida", afirmou o novo líder do partido Aliança para o Futuro da Áustria (Bündnis Zukunft Österreichs, ou BZÖ, em alemão).
O político foi além e sugeriu que a esposa de Haider, Claudia, não se opunha à relação entre os dois.
As revelações de Petzner alimentaram uma série de rumores sobre a noite da morte de Jörg Haider.
De acordo com testemunhas, os dois teriam discutido na festa de lançamento de uma revista de celebridades. Haider dirigiu-se depois para um bar da cena gay da cidade de Klagenfurt, onde tomou uma garrafa de vodca, acompanhado de um jovem desconhecido.
Horas mais tarde, Haider sofreu um acidente fatal, com volume de álcool no sangue mais de três vezes acima do permitido pelas autoridades austríacas.
A morte de Haider provocou uma série de mudanças na estrutura do BZÖ. Além de chefe do partido, Petzner estará também no Parlamento como um dos representantes do BZÖ - cuja fração será liderada no Congresso pelo ex-tesoureiro do partido, Josef Bucher.
Nesta quinta-feira, o Estado da Caríntia, que era governado por Haider, também escolheu o novo governador: Gerhard Dörfler, também do BZÖ.
Fonte: BBC Brasil/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL833300-5602,00.html
Na foto: Stefan Petzner e Jörg Haider
Pequeno comentário sobre a notícia: é sabido que o nazismo e seus congêneres são extremamente homofóbicos(odeiam homossexuais), não deixa de ser uma revelação bombástica a contradição ideológica e a vida dupla dos extremistas de direita do FPÖ mostrando cabalmente a demagogia de suas posições discursos políticos. Ao mesmo em que discriminam são repletos de contradições internas entre seus próprios membros e líderes. O partido FPÖ austríaco é o partido neonazista ou de extrema-direita daquele país, apesar de não adotar siglas ou nome diretamente alusivo ao nazismo(nacional-socialismo), essa camuflagem é um artifício que partidos nazi-fascistas usam para confundir o eleitorado de seus respectivos países e não serem automaticamente associados ao passado de sangue e destruição do nazi-fascismo apesar de defenderem a xenofobia contra imigrantes abertamente.
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O último adeus de um neonazista. Menos um no mundo
Milhares de austríacos dão adeus ao líder da ultradireita Jorg Haider
KLAGENFURT, Áustria (AFP) — Milhares de pessoas e uma grande parte da classe política austríaca se despediram neste sábado, em Klagenfurt (sul), do chefe histórico da ultradireita, Jorg Haider, morto em um acidente de carro há uma semana.
(Foto)Caixão com o corpo do líder da ultradireita austríaca Jörg Haider ocupa o altar da catedral Klagenfut, Áustria, durante cerimônia funeral
Numa cerimônia digna de chefe de Estado e transmitida ao vivo pela televisão estatal e por telões ao logo do percurso, o caixão do ex-governador regional de Caríntia, coberto de rosas vermelhas, cruzou o centro da cidade acompanhado por 25.000 pessoas, segundo a polícia.
O presidente da República, Heinz Fischer, o chanceler social-democrata, Alfred Gusenbauer, e outras autoridades de diversas tendências políticas prestaram sua última homenagem ao chefe do partido populista Aliança para o Futuro da Áustria (BZOe).
O funeral, no entanto, não deu lugar a nenhuma manifestação neonazista como temia a imprensa.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial viajando pelo sul da capital da Caríntia quando o veículo saiu da estrada no sábado passado. O carro capotou várias vezes e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo em seguida, a caminho do hospital.
Segundo notícias veiculadas esta semana, Haider estava com uma taxa de álcool de 1,8 grama no sangue quando sofreu o acidente de carro que tirou sua vida.
O limite autorizado na Áustria é de 0,5 grama de álcool por litro de sangue.
"É certo que o governador (regional) Jorg Haider tinha uma alcoolemia de 1,8 grama no sangue no momento do acidente", declarou Stefan Petzner, seu sucessor no partido BZOe e ex-braço direito do líder populista, entrevistado pela agência de notícias APA.
Petzner confirmou assim a informação da revista News, que cita resultados da n necropsia do ex-governador da Caríntia (sul da Áustria).
Jorg Haider ficou conhecido mundialmente no ano 2000, quando seu então partido, o FPO, integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel. As palavras anti-semitas de Haider custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria.
Fonte: AFP(19.10.2008)
http://afp.google.com/article/ALeqM5hwJIZ0H9q63ELp9L6kGABDAnF6ZQ
KLAGENFURT, Áustria (AFP) — Milhares de pessoas e uma grande parte da classe política austríaca se despediram neste sábado, em Klagenfurt (sul), do chefe histórico da ultradireita, Jorg Haider, morto em um acidente de carro há uma semana.
(Foto)Caixão com o corpo do líder da ultradireita austríaca Jörg Haider ocupa o altar da catedral Klagenfut, Áustria, durante cerimônia funeral
Numa cerimônia digna de chefe de Estado e transmitida ao vivo pela televisão estatal e por telões ao logo do percurso, o caixão do ex-governador regional de Caríntia, coberto de rosas vermelhas, cruzou o centro da cidade acompanhado por 25.000 pessoas, segundo a polícia.
O presidente da República, Heinz Fischer, o chanceler social-democrata, Alfred Gusenbauer, e outras autoridades de diversas tendências políticas prestaram sua última homenagem ao chefe do partido populista Aliança para o Futuro da Áustria (BZOe).
O funeral, no entanto, não deu lugar a nenhuma manifestação neonazista como temia a imprensa.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial viajando pelo sul da capital da Caríntia quando o veículo saiu da estrada no sábado passado. O carro capotou várias vezes e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo em seguida, a caminho do hospital.
Segundo notícias veiculadas esta semana, Haider estava com uma taxa de álcool de 1,8 grama no sangue quando sofreu o acidente de carro que tirou sua vida.
O limite autorizado na Áustria é de 0,5 grama de álcool por litro de sangue.
"É certo que o governador (regional) Jorg Haider tinha uma alcoolemia de 1,8 grama no sangue no momento do acidente", declarou Stefan Petzner, seu sucessor no partido BZOe e ex-braço direito do líder populista, entrevistado pela agência de notícias APA.
Petzner confirmou assim a informação da revista News, que cita resultados da n necropsia do ex-governador da Caríntia (sul da Áustria).
Jorg Haider ficou conhecido mundialmente no ano 2000, quando seu então partido, o FPO, integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel. As palavras anti-semitas de Haider custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria.
Fonte: AFP(19.10.2008)
http://afp.google.com/article/ALeqM5hwJIZ0H9q63ELp9L6kGABDAnF6ZQ
Procissão e cerimônia em memória do líder da ultradireita austríaca Jörg Haider
Procissão e cerimônia em memória do líder da ultradireita austríaca Jorg Haider
Da France Presse
VIENA, 14 Out 2008 (AFP) - Uma procissão e uma cerimônia na catedral de Klagenfurt, capital da Caríntia (sul da Áustria), serão realizadas sábado em memória do governador regional e histórico chefe da ultradireita austríaca, Jorg Haider, morto no sábado em um acidente de trânsito, anunciou nesta terça-feira o governo regional.
Milhares de pessoas deverão participar da procissão pelo centro de Klagenfurt em homenagem a Haider, que morreu aos 58 anos de idade.
O serviço ferroviário será reforçado para permitir que aqueles que desejam ir ao funeral quase "nacional" de Haider possam fazê-lo, anunciou a empresa ferroviária austríaca (OBB).
Haider era governador da Caríntia desde 1999.
Vários integrantes do governo federal participarão da cerimônia em homenagem a Haider.
Ao contrário do que foi anunciado pela imprensa austríaca, representantes dos partidos de extrema-direita europeus, como o francês Jean Marie Le Pen, o italiano Umberto Bossi ou Alessandra Mussolini, neta do líder fascista italiano Benito Mussolini, anunciaram que não participarão da cerimônia.
Mas neonazistas poderão assistir à procissão anterior à homenagem na catedral de Klagenfurt.
O funeral será realizado depois em família, na capela da propriedade dos Haider, em Barental.
Na quinta e na sexta-feira, os restos do histórico líder da ultradireita austríaca serão expostos ao público em um velório em uma sala do governo caríntio.
Na quarta-feira será celebrada uma missa na catedral de São Estevão em Viena. lad/dm
Fonte: AFP/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL798472-5602,00-PROCISSAO+E+CERIMONIA+EM+MEMORIA+DO+LIDER+DA+ULTRADIREITA+AUSTRIACA+JORG+HA.html
Mais informações em:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=367545&visual=26
Da France Presse
VIENA, 14 Out 2008 (AFP) - Uma procissão e uma cerimônia na catedral de Klagenfurt, capital da Caríntia (sul da Áustria), serão realizadas sábado em memória do governador regional e histórico chefe da ultradireita austríaca, Jorg Haider, morto no sábado em um acidente de trânsito, anunciou nesta terça-feira o governo regional.
Milhares de pessoas deverão participar da procissão pelo centro de Klagenfurt em homenagem a Haider, que morreu aos 58 anos de idade.
O serviço ferroviário será reforçado para permitir que aqueles que desejam ir ao funeral quase "nacional" de Haider possam fazê-lo, anunciou a empresa ferroviária austríaca (OBB).
Haider era governador da Caríntia desde 1999.
Vários integrantes do governo federal participarão da cerimônia em homenagem a Haider.
Ao contrário do que foi anunciado pela imprensa austríaca, representantes dos partidos de extrema-direita europeus, como o francês Jean Marie Le Pen, o italiano Umberto Bossi ou Alessandra Mussolini, neta do líder fascista italiano Benito Mussolini, anunciaram que não participarão da cerimônia.
Mas neonazistas poderão assistir à procissão anterior à homenagem na catedral de Klagenfurt.
O funeral será realizado depois em família, na capela da propriedade dos Haider, em Barental.
Na quinta e na sexta-feira, os restos do histórico líder da ultradireita austríaca serão expostos ao público em um velório em uma sala do governo caríntio.
Na quarta-feira será celebrada uma missa na catedral de São Estevão em Viena. lad/dm
Fonte: AFP/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL798472-5602,00-PROCISSAO+E+CERIMONIA+EM+MEMORIA+DO+LIDER+DA+ULTRADIREITA+AUSTRIACA+JORG+HA.html
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Viena
Avanço da extrema direita causa terremoto político na Áustria
VIENA (AFP) — O forte avanço da extrema direita em detrimento dos dois grandes partidos, os social-democratas e, principalmente, os conservadores, nas eleições legislativas antecipadas deste domingo, abalou politicamente a Áustria.
"É muito simples, os eleitores protestaram contra os péssimos desempenhos dos parceiros da antiga grande coalizão de esquerda-direita, que jogaram a toalha em julho após 18 meses de paralisia no governo", explicou o cientista político Peter Hofer.
"Os austríacos estavam furiosos como nunca, a tal ponto que votaram com raiva", afirma o editorial do jornal Standard.
A mensagem dos eleitores é eloqüente: os social-democratas (SPO) estão pela primeira vez na história abaixo dos 30%, com 29,7%, e os conservadores (OVP) amargaram o pior resultado da história com 25,6%.
Em contrapartida, a extrema-direita, somando os votos dos dois partidos, o FPO de Heinz-Christian Strache e o partido populista BZO de Jörg Haider, chegou, com 29%, ao nível dos social-democratas, maior formação política do país.
Isto demonstra a insatisfação geral dos austríacos, testemunhas das disputas intermináveis dos dois grandes partidos, incapazes de lançar a tão esperada reforma fiscal, um dos principais pilares de sua campanha eleitoral em 2006.
Ajudados em 2008 pela inflação e a crise financeira do além-Atlântico que começa a ter efeitos na Europa, os partidos populistas souberam captar a atenção dos eleitores mais simples, fazendo campanha sobre temas sociais.
Heinz-Christian Strache, 39 anos, reivindicou assim a paternidade da redução de metade da TVA (taxa sobre valor agregado) dos medicamentos (que passou a 10%) adotada in extremis por iniciativa dos social-democratas com os votos da extrema-direita três dias antes da votação.
O extremista Jörg Haider, cujo partido já governou o país com o chanceler conservador Wolfgang Schüssel em 2000, provocando a ira dos partidários europeus de Viena, propôs soluções simples e apresentou dados para ajudar as classes médias e populares a enfrentar a vida cara, evitando assumir posições sobre a imigração. Com isso, teve um resultado de 11% dos votos, comparados aos 4,1% de 2006.
Resta saber por qual coalizão governista a Áustria será dirigida durante os cinco próximos anos, com a possibilidade cada vez mais remota de se obter uma maioria.
Israel manifestou nesta segunda-feira inquietação com o forte avanço dos partidos de extrema-direita na Áustria.
"Acompanhamos com preocupação e inquietação o crescimento de elementos que pregam a xenofobia, o negativismo (do Holocausto) e as amizades com os neonazistas", disse à AFP o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.
O presidente austríaco, o social-democrata Heinz Fischer, visitará Israel em dezembro.
Fonte: AFP(2008/09/29)
http://afp.google.com/article/ALeqM5imhjzt6vJ4sMtjBAxpNqH4FoxR2Q
"É muito simples, os eleitores protestaram contra os péssimos desempenhos dos parceiros da antiga grande coalizão de esquerda-direita, que jogaram a toalha em julho após 18 meses de paralisia no governo", explicou o cientista político Peter Hofer.
"Os austríacos estavam furiosos como nunca, a tal ponto que votaram com raiva", afirma o editorial do jornal Standard.
A mensagem dos eleitores é eloqüente: os social-democratas (SPO) estão pela primeira vez na história abaixo dos 30%, com 29,7%, e os conservadores (OVP) amargaram o pior resultado da história com 25,6%.
Em contrapartida, a extrema-direita, somando os votos dos dois partidos, o FPO de Heinz-Christian Strache e o partido populista BZO de Jörg Haider, chegou, com 29%, ao nível dos social-democratas, maior formação política do país.
Isto demonstra a insatisfação geral dos austríacos, testemunhas das disputas intermináveis dos dois grandes partidos, incapazes de lançar a tão esperada reforma fiscal, um dos principais pilares de sua campanha eleitoral em 2006.
Ajudados em 2008 pela inflação e a crise financeira do além-Atlântico que começa a ter efeitos na Europa, os partidos populistas souberam captar a atenção dos eleitores mais simples, fazendo campanha sobre temas sociais.
Heinz-Christian Strache, 39 anos, reivindicou assim a paternidade da redução de metade da TVA (taxa sobre valor agregado) dos medicamentos (que passou a 10%) adotada in extremis por iniciativa dos social-democratas com os votos da extrema-direita três dias antes da votação.
O extremista Jörg Haider, cujo partido já governou o país com o chanceler conservador Wolfgang Schüssel em 2000, provocando a ira dos partidários europeus de Viena, propôs soluções simples e apresentou dados para ajudar as classes médias e populares a enfrentar a vida cara, evitando assumir posições sobre a imigração. Com isso, teve um resultado de 11% dos votos, comparados aos 4,1% de 2006.
Resta saber por qual coalizão governista a Áustria será dirigida durante os cinco próximos anos, com a possibilidade cada vez mais remota de se obter uma maioria.
Israel manifestou nesta segunda-feira inquietação com o forte avanço dos partidos de extrema-direita na Áustria.
"Acompanhamos com preocupação e inquietação o crescimento de elementos que pregam a xenofobia, o negativismo (do Holocausto) e as amizades com os neonazistas", disse à AFP o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.
O presidente austríaco, o social-democrata Heinz Fischer, visitará Israel em dezembro.
Fonte: AFP(2008/09/29)
http://afp.google.com/article/ALeqM5imhjzt6vJ4sMtjBAxpNqH4FoxR2Q
sábado, 11 de outubro de 2008
Neonazistas estão de luto. Mas o resto do mundo, não
Líder de extrema-direita morre na Áustria
Haider era considerado o político mais polêmico da Áustria
O austríaco Joerg Haider, líder do partido de extrema-direita Aliança pelo Futuro da Áustria, morreu nas primeiras horas deste sábado em um acidente de carro, segundo fontes policiais.
Haider morreu perto da cidade de Klagenfurt, na Caríntia, Estado do qual era governador.
Segundo informações da polícia, ele estava dirigindo sozinho quando seu carro saiu da estrada. Ele sofreu ferimentos graves na cabeça e no peito.
Ex-líder do Partido da Liberdade da Áustria, ele era conhecido por suas políticas antiimigração e contra a União Européia.
Nazismo
Haider se tornou o líder do Partido da Liberdade da Áustria em 1986.
Em 1991, seu mandato como governador da Caríntia foi interrompido depois que ele fez cometários favoráveis a políticas da Alemanha nazista.
Ele foi reeleito para o cargo em 1999 e 2003.
Em 2000, a União Européia impôs sanções contra a Áustria em protesto contra a participação de seu partido no governo do país.
Em 2002, o governo dos Estados Unidos enviou uma nota ao governo da Áustria lamentando um encontro entre Haider, que já era governador da Caríntia, e Saddam Hussein, em Bagdá.
Em 2005, Haider fundou o partido Aliança pelo Futuro da Áustria que conseguiu 11% dos votos nas eleições de setembro. Com a votação, o partido se tornou a quarta maior força política do país.
Fonte: BBC Brasil.com
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/081011_haider_morte.shtml
Haider era considerado o político mais polêmico da Áustria
O austríaco Joerg Haider, líder do partido de extrema-direita Aliança pelo Futuro da Áustria, morreu nas primeiras horas deste sábado em um acidente de carro, segundo fontes policiais.
Haider morreu perto da cidade de Klagenfurt, na Caríntia, Estado do qual era governador.
Segundo informações da polícia, ele estava dirigindo sozinho quando seu carro saiu da estrada. Ele sofreu ferimentos graves na cabeça e no peito.
Ex-líder do Partido da Liberdade da Áustria, ele era conhecido por suas políticas antiimigração e contra a União Européia.
Nazismo
Haider se tornou o líder do Partido da Liberdade da Áustria em 1986.
Em 1991, seu mandato como governador da Caríntia foi interrompido depois que ele fez cometários favoráveis a políticas da Alemanha nazista.
Ele foi reeleito para o cargo em 1999 e 2003.
Em 2000, a União Européia impôs sanções contra a Áustria em protesto contra a participação de seu partido no governo do país.
Em 2002, o governo dos Estados Unidos enviou uma nota ao governo da Áustria lamentando um encontro entre Haider, que já era governador da Caríntia, e Saddam Hussein, em Bagdá.
Em 2005, Haider fundou o partido Aliança pelo Futuro da Áustria que conseguiu 11% dos votos nas eleições de setembro. Com a votação, o partido se tornou a quarta maior força política do país.
Fonte: BBC Brasil.com
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/081011_haider_morte.shtml
Acidente mata o líder austríaco de extrema-direira Jörg Haider aos 58 anos
Carro do nacionalista governador da Coríntia saiu da pista em estrada.
Ele liderava partido populista com 10,7% das cadeiras no parlamento.
O líder austríaco de extrema-direita Jörg Haider morreu na manhã deste sábado (11) em um acidente rodoviário em Klagenfurt, segundo a polícia local.
Haider era desde 1999 governador do estado austríaco da Caríntia (sul da Áustria) e chefe da Aliança pelo Futuro da Áustria, um partido populista de direita.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial, viajando pelo sul da capital da Caríntia, quando o veículo saiu da estrada por razões desconhecidas.
O carro capotou várias vezes, e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo depois.
Cena do acidente em que Jörg Haider, líder austríaco de extrema-direita, morreu neste sábado aos 58 anos. (Foto: AFP)
Haider iria participar neste sábado da festa de 80 anos de sua mãe, também na Caríntia.
"Para nós é o fim do mundo", disse o porta-voz e vice-presidente da Aliança pelo Futuro da Áustria, Stefan Petzner.
Nas eleições de 28 de setembro passado, Haider, que havia assumido a liderança do partido no final de agosto, conseguiu transformar a sigla, criada em 2005, na quarta força política da Áustria, com 10,7% dos votos, triplicando o número de cadeiras no Parlamento.
Sua ascensão política se deve a sua atuação no Partido Liberal da Áustria, do qual assumiu a chefia em 1986, com um discurso crítico aos sucessivos governos da coalizão entre democratas-cristãos e social-democratas.
Conquistou grande parte do voto operário, tradicionalmente fiel aos social-democratas. Para isso, adotou uma campanha xenófoba que aproveitou os temores de uma imigração em massa procedente dos países do Leste da Europa.
Em sua busca pelo poder, também prometeu em sua campanha defender as "raízes austríacas" contra o perigo da "islamização" da sociedade.
Aém disso, criou um novo modelo de política ultradireitista que influenciou o resto do continente. Haider era fotogênico, dinâmico e ambíguo, capaz de defender suas mais duras idéias de uma maneira suave.
Com esta calculada ambivalência e com a intenção de "defender o homem da rua dos excessos do capitalismo" (apesar de ele mesmo ter sido um fazendeiro milionário na Caríntia), conseguiu renovar as bases da extrema-direita, que já não sobrevive mais graças a velhos nostálgicos do nazismo, mas a muitos jovens austríacos.
Em 1999, teve quase 27% dos votos. No ano seguinte, o partido integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel, chamando atenção internacional para Haider.
Suas declarações anti-semitas custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria, incluindo um "congelamento" de contratos bilaterais por oito meses.
Nos anos 199, ele chegou a dizer que "o Terceiro Reich praticou uma política de ocupação correta" e qualificou como "centros penais" os campos de concentração nazistas, o que gerou ondas de indignação em todo o mundo.
Apesar de sua demagogia populista de ares xenófobos e de sua ambigüidade a respeito do nacional-socialismo, nos últimos anos ele moderou seu discurso para atrair os eleitores democratas-cristãos.
(Foto)Jörg Haider em foto de 9 de março de 2005. (Foto: AFP)
Mesmo assim, ele deixava claro que desejava uma "Áustria para os austríacos", e defendeu a expansão ao resto do país da proibição de construir mesquitas e minaretes, o que já está em vigor na Caríntia.
"Temos de proteger nossos valores, a cultura majoritária e nossas tradições da crescente islamização", argumentou um sorridente Haider em milhares de cartazes eleitorais nas últimas eleições.
Casado e pai de duas filhas, Haider nasceu em uma família modesta na localidade de Bad Goisern, no Estado da Alta Áustria.
Seu pai, um sapateiro, militou nas tropas de assalto nazistas (SA), uma organização paramilitar, e sua mãe foi uma das líderes locais do Partido Nacional Socialista.
Entre 1969 e 1973, Haider cursou Direito e se graduou pela Universidade de Viena, onde iniciou também sua militância no Partido Liberal, que na época era uma legenda liberal de pouca importância no país.
Fonte: G1, com agências internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL794645-5602,00.html
Ele liderava partido populista com 10,7% das cadeiras no parlamento.
O líder austríaco de extrema-direita Jörg Haider morreu na manhã deste sábado (11) em um acidente rodoviário em Klagenfurt, segundo a polícia local.
Haider era desde 1999 governador do estado austríaco da Caríntia (sul da Áustria) e chefe da Aliança pelo Futuro da Áustria, um partido populista de direita.
Haider, de 58 anos, estava sozinho no carro oficial, viajando pelo sul da capital da Caríntia, quando o veículo saiu da estrada por razões desconhecidas.
O carro capotou várias vezes, e Haider ficou gravemente ferido, na cabeça e no tórax, morrendo logo depois.
Cena do acidente em que Jörg Haider, líder austríaco de extrema-direita, morreu neste sábado aos 58 anos. (Foto: AFP)
Haider iria participar neste sábado da festa de 80 anos de sua mãe, também na Caríntia.
"Para nós é o fim do mundo", disse o porta-voz e vice-presidente da Aliança pelo Futuro da Áustria, Stefan Petzner.
Nas eleições de 28 de setembro passado, Haider, que havia assumido a liderança do partido no final de agosto, conseguiu transformar a sigla, criada em 2005, na quarta força política da Áustria, com 10,7% dos votos, triplicando o número de cadeiras no Parlamento.
Sua ascensão política se deve a sua atuação no Partido Liberal da Áustria, do qual assumiu a chefia em 1986, com um discurso crítico aos sucessivos governos da coalizão entre democratas-cristãos e social-democratas.
Conquistou grande parte do voto operário, tradicionalmente fiel aos social-democratas. Para isso, adotou uma campanha xenófoba que aproveitou os temores de uma imigração em massa procedente dos países do Leste da Europa.
Em sua busca pelo poder, também prometeu em sua campanha defender as "raízes austríacas" contra o perigo da "islamização" da sociedade.
Aém disso, criou um novo modelo de política ultradireitista que influenciou o resto do continente. Haider era fotogênico, dinâmico e ambíguo, capaz de defender suas mais duras idéias de uma maneira suave.
Com esta calculada ambivalência e com a intenção de "defender o homem da rua dos excessos do capitalismo" (apesar de ele mesmo ter sido um fazendeiro milionário na Caríntia), conseguiu renovar as bases da extrema-direita, que já não sobrevive mais graças a velhos nostálgicos do nazismo, mas a muitos jovens austríacos.
Em 1999, teve quase 27% dos votos. No ano seguinte, o partido integrou o governo do chanceler conservador Wolfgang Schüssel, chamando atenção internacional para Haider.
Suas declarações anti-semitas custaram vários meses de sanções diplomáticas européias à Áustria, incluindo um "congelamento" de contratos bilaterais por oito meses.
Nos anos 199, ele chegou a dizer que "o Terceiro Reich praticou uma política de ocupação correta" e qualificou como "centros penais" os campos de concentração nazistas, o que gerou ondas de indignação em todo o mundo.
Apesar de sua demagogia populista de ares xenófobos e de sua ambigüidade a respeito do nacional-socialismo, nos últimos anos ele moderou seu discurso para atrair os eleitores democratas-cristãos.
(Foto)Jörg Haider em foto de 9 de março de 2005. (Foto: AFP)
Mesmo assim, ele deixava claro que desejava uma "Áustria para os austríacos", e defendeu a expansão ao resto do país da proibição de construir mesquitas e minaretes, o que já está em vigor na Caríntia.
"Temos de proteger nossos valores, a cultura majoritária e nossas tradições da crescente islamização", argumentou um sorridente Haider em milhares de cartazes eleitorais nas últimas eleições.
Casado e pai de duas filhas, Haider nasceu em uma família modesta na localidade de Bad Goisern, no Estado da Alta Áustria.
Seu pai, um sapateiro, militou nas tropas de assalto nazistas (SA), uma organização paramilitar, e sua mãe foi uma das líderes locais do Partido Nacional Socialista.
Entre 1969 e 1973, Haider cursou Direito e se graduou pela Universidade de Viena, onde iniciou também sua militância no Partido Liberal, que na época era uma legenda liberal de pouca importância no país.
Fonte: G1, com agências internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL794645-5602,00.html
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Socialista britânico critica radicalismo de Norman Finkelstein
Finkelstein e o Holocausto
por Alex Callinicos
UMA TEMPESTADE rompeu-se acerca de A Indústria do Holocausto, o novo e provocativo livro do historiador de extrema-esquerda de Nova York Norman Finkelstein. Seu alvo é em cima de um vasto esforço refletido numa pletora de museus, institutos, cursos, conferências e de como é relembrado o assassinato nazista de 5.1 milhões de judeus.
Para Finkelstein o Holocausto é uma ideologia. Ele acredita que a representação dominante dos crimes nazistas, particularmente nos Estados Unidos, não tem uma maneira séria de intentar compreender ou relembrar isso. Na crítica desta representação, Finkelstein segue a condução dada pelo historiador liberal Peter Novick. Em seu recente livro The Holocaust and Collective Memory(O Holocausto e a Memória Coletiva), Novick argumenta que o Holocauso apenas tornou-se uma questão maior até para judeus americanos nos fins dos anos de 1960s e início dos anos de 1970s.
Para Novick, esta mudança veio como um resultado das guerras árabe-israelenses de 1967 e 1973. Os mais destacados judeus americanos acreditavam que o Estado de Israel encarava um perigo comparável a Hitler. A invocação do Holocausto permitiu que defensores de Israel representasse seus oponentes como cripto-nazistas. Finkelstein rechaça esta explanação, apontando que Israel era um perigo muito maior perigo na guerra de 1948 quando o estado foi fundado. Ele argumenta que foi a decisão de Washington depois de 1967 de tratar o Estado sionista como um maior ativo estratégico norte-americano no Oriente Médio que foi responsável pela mudança na atitude.
"Não foram as alegadas fraqueza e isolamento de Israel, não foi o medo de um 'segundo Holocausto'," ele escreve, "mas ao invés disso é a prova que a força e aliança estratégica com os Estados Unidos que conduziu elites judaicas a elaborar a indústria do Holocausto depois de junho de 1967.
Um segundo fator, Finkelstein argumenta, foi o aumento da prosperidade dos judeus norte-americanos e sua correspondente mudança política para a direita: "ao agir agressivamente para defender seus interesses corporativos e de classe, as elites judaicas marcaram toda oposição para suas novas políticas anti-semitas conservadoras."
Esta análise proporcionou a base para a mordacidade de Finkelstein em atacar a "indústria do Holocausto". Assim ele denuncia o ganhador do prêmio Nobel sobrevivente de Auschwitz Elie Wiesel por transformar o Holocausto "numa religião 'misteriosa'" que ele expõe para um recebimento de honorários de $25,000 por aparição. Igualmente dúbio, para ele, são os esforços das organizações judaicas para ganhar compensação de países como Alemanha e Suíça. Finkelstein alega aquilo do que ele chama de "a Redobrada Chantagem", as compensações reivindicadas são exageradas e pouco do dinheiro chega aos genuínos sobreviventes do Holocausto.
Não é nada surpreendente que Finkelstein venha a estar sob ataque feroz. Jonathan Freedland escreveu no The Guardian na sexta-feira da semana passada que ele estava "próximo das pessoas que fizeram o Holocausto do que daqueles que o sofreram". Levando em conta que ambos os pais de Finkelstein sobreviveram ao Gueto de Varsóvia e aos campos nazistas, esta é uma acusação odiosa.
Apesar de tud, em sua fúria à classe dirigente sionista norte-americana, Finkelstein faz uma oferta enorme aos reféns da fortuna. Como seria sua afirmação diferente daquela que "o campo de estudos do Holocausto está repleto de nonsense, senão de pura fraude" feita pelo "revisionista" do Holocausto D. Irving ao esculhambar durante seu recente caso de difamação?
Finkelstein põe-se a elogiar a "'indispensável' contribuição" de Irving como historiador. Pior ainda, ele acompanha Novick no rechaço da significância da negação do Holocausto: "Não há qualquer evidência que os negadores do Holocausto exerçam qualquer influência maior nos Estados Unidos do que a Sociedade da Terra Plana o faça."
Mas, pode ser verdade que ao contrário dos EUA, a negação do Holocausto seja uma questão política viva na Europa. Quando Jean-Marie Le Pen, que desqualificou o Holocausto como "um detalhe da história", pode receber 15 porcento dos votos na França, e o simpatizante das SS Jšrg Haider pode dominar o governo austríaco, fazendo pouco caso de que o "revisionismo" do Holocausto é um perigo de luxo.
Pior ainda, Finkelstein às vezes faz concessões para a idéia de que alguns judeus pelo menos são parcialmente responsáveis pelo anti-semitismo. Assim ele com aprovação quotes the claim que o Congresso Mundial Judaico, em pressionar por reparações dos governos do Leste europeu, é "culpado de promover...uma terrível ressurgência do anti-semitismo".
Isto parece ser inteiramente o lugar errado de partida. Para amplitude de que há uma ressurgência do anti-semitismo na Rússia e leste da Europa, e em sua maioria a causa mais óbvia é o transtorno econômico e político causado pelo colapso dos regimes stalinistas no fim dos anos de 1980s. Neste clima não é difícil de se surpreender de que racistas encontrariam nos judeus e outros - notavelmente os Roma(ciganos) - os bodes expiatórios, totalmente independente do caráter dessas vítimas.
Finkelstein, como Novick antes dele, levantou questões legítimas. Ele tem destacado que algumas formas com as quais a comemoração do Holocausto tornou-se uma ferramenta de poder. Mas de tão exagerada que é sua polêmica às vezes ele a torna, totalmente contrário às suas próprias intenções, perigosamente próximo a dar conforto para aqueles que sonham com novos holocaustos.
Fotos: Norman Finkelsten com bandeira palestina, Alex Callinicos(socialista britânico)
Texto original(em inglês): Alex Callinicos
http://www.socialistworker.co.uk/archive/1706/sw170609.htm
Tradução: Roberto Lucena
por Alex Callinicos
UMA TEMPESTADE rompeu-se acerca de A Indústria do Holocausto, o novo e provocativo livro do historiador de extrema-esquerda de Nova York Norman Finkelstein. Seu alvo é em cima de um vasto esforço refletido numa pletora de museus, institutos, cursos, conferências e de como é relembrado o assassinato nazista de 5.1 milhões de judeus.
Para Finkelstein o Holocausto é uma ideologia. Ele acredita que a representação dominante dos crimes nazistas, particularmente nos Estados Unidos, não tem uma maneira séria de intentar compreender ou relembrar isso. Na crítica desta representação, Finkelstein segue a condução dada pelo historiador liberal Peter Novick. Em seu recente livro The Holocaust and Collective Memory(O Holocausto e a Memória Coletiva), Novick argumenta que o Holocauso apenas tornou-se uma questão maior até para judeus americanos nos fins dos anos de 1960s e início dos anos de 1970s.
Para Novick, esta mudança veio como um resultado das guerras árabe-israelenses de 1967 e 1973. Os mais destacados judeus americanos acreditavam que o Estado de Israel encarava um perigo comparável a Hitler. A invocação do Holocausto permitiu que defensores de Israel representasse seus oponentes como cripto-nazistas. Finkelstein rechaça esta explanação, apontando que Israel era um perigo muito maior perigo na guerra de 1948 quando o estado foi fundado. Ele argumenta que foi a decisão de Washington depois de 1967 de tratar o Estado sionista como um maior ativo estratégico norte-americano no Oriente Médio que foi responsável pela mudança na atitude.
"Não foram as alegadas fraqueza e isolamento de Israel, não foi o medo de um 'segundo Holocausto'," ele escreve, "mas ao invés disso é a prova que a força e aliança estratégica com os Estados Unidos que conduziu elites judaicas a elaborar a indústria do Holocausto depois de junho de 1967.
Um segundo fator, Finkelstein argumenta, foi o aumento da prosperidade dos judeus norte-americanos e sua correspondente mudança política para a direita: "ao agir agressivamente para defender seus interesses corporativos e de classe, as elites judaicas marcaram toda oposição para suas novas políticas anti-semitas conservadoras."
Esta análise proporcionou a base para a mordacidade de Finkelstein em atacar a "indústria do Holocausto". Assim ele denuncia o ganhador do prêmio Nobel sobrevivente de Auschwitz Elie Wiesel por transformar o Holocausto "numa religião 'misteriosa'" que ele expõe para um recebimento de honorários de $25,000 por aparição. Igualmente dúbio, para ele, são os esforços das organizações judaicas para ganhar compensação de países como Alemanha e Suíça. Finkelstein alega aquilo do que ele chama de "a Redobrada Chantagem", as compensações reivindicadas são exageradas e pouco do dinheiro chega aos genuínos sobreviventes do Holocausto.
Não é nada surpreendente que Finkelstein venha a estar sob ataque feroz. Jonathan Freedland escreveu no The Guardian na sexta-feira da semana passada que ele estava "próximo das pessoas que fizeram o Holocausto do que daqueles que o sofreram". Levando em conta que ambos os pais de Finkelstein sobreviveram ao Gueto de Varsóvia e aos campos nazistas, esta é uma acusação odiosa.
Apesar de tud, em sua fúria à classe dirigente sionista norte-americana, Finkelstein faz uma oferta enorme aos reféns da fortuna. Como seria sua afirmação diferente daquela que "o campo de estudos do Holocausto está repleto de nonsense, senão de pura fraude" feita pelo "revisionista" do Holocausto D. Irving ao esculhambar durante seu recente caso de difamação?
Finkelstein põe-se a elogiar a "'indispensável' contribuição" de Irving como historiador. Pior ainda, ele acompanha Novick no rechaço da significância da negação do Holocausto: "Não há qualquer evidência que os negadores do Holocausto exerçam qualquer influência maior nos Estados Unidos do que a Sociedade da Terra Plana o faça."
Mas, pode ser verdade que ao contrário dos EUA, a negação do Holocausto seja uma questão política viva na Europa. Quando Jean-Marie Le Pen, que desqualificou o Holocausto como "um detalhe da história", pode receber 15 porcento dos votos na França, e o simpatizante das SS Jšrg Haider pode dominar o governo austríaco, fazendo pouco caso de que o "revisionismo" do Holocausto é um perigo de luxo.
Pior ainda, Finkelstein às vezes faz concessões para a idéia de que alguns judeus pelo menos são parcialmente responsáveis pelo anti-semitismo. Assim ele com aprovação quotes the claim que o Congresso Mundial Judaico, em pressionar por reparações dos governos do Leste europeu, é "culpado de promover...uma terrível ressurgência do anti-semitismo".
Isto parece ser inteiramente o lugar errado de partida. Para amplitude de que há uma ressurgência do anti-semitismo na Rússia e leste da Europa, e em sua maioria a causa mais óbvia é o transtorno econômico e político causado pelo colapso dos regimes stalinistas no fim dos anos de 1980s. Neste clima não é difícil de se surpreender de que racistas encontrariam nos judeus e outros - notavelmente os Roma(ciganos) - os bodes expiatórios, totalmente independente do caráter dessas vítimas.
Finkelstein, como Novick antes dele, levantou questões legítimas. Ele tem destacado que algumas formas com as quais a comemoração do Holocausto tornou-se uma ferramenta de poder. Mas de tão exagerada que é sua polêmica às vezes ele a torna, totalmente contrário às suas próprias intenções, perigosamente próximo a dar conforto para aqueles que sonham com novos holocaustos.
Fotos: Norman Finkelsten com bandeira palestina, Alex Callinicos(socialista britânico)
Texto original(em inglês): Alex Callinicos
http://www.socialistworker.co.uk/archive/1706/sw170609.htm
Tradução: Roberto Lucena
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