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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Número de vítimas de Auschwitz-Birkenau de 1940-1945 (tabela)

Número de vítimas em Auschwitz-Birkenau [1] entre 1940-1945.
Tabela.

Grupos de vítimas --




Judeus
Poloneses
Sinti e Roma
Prisioneiros de
guerra soviéticos
Outros
Total

Deportados, passaram --
pela plataforma/rampa,
sem identificação,
foram gaseados

865.000
10.000
2.000

3.000
Sem informação
900.000

Prisioneiros
registrados
que morreram --
no campo

100.000
65.000
19.000

12.000
15.000
200.000

Total




965.000
75.000
21.000

15.000
15.000
1.100.000

[1] O termo 'Auschwitz-Birkenau' significa o complexo de campos formado por Auschwitz I (Campo principal/Administração), Auschwitz II (Birkenau) e Buna/Monowitz e os subcampos (Auschwitz III).

Fonte: Franciszek Piper, Die Zahl der Opfer von Auschwitz. Aufgrund der Quellen und der Erträge der Forschung 1945 bis 1990. Ooewiêcim: Verlag Staatliches Museum Auschwitz-Birkenau, 1993. S. 202.

© Fritz-Bauer-Institut, Frankfurt am Main

Fonte: Fritz-Bauer-Institut; tabela do livro de Franciszek Piper
http://www.hr-online.de/website/static/spezial/auschwitz-prozess/downloads/opferzahlen.pdf
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Números do Holocausto - Ciganos (Estimativa do número de mortos)
Números do Holocausto - Estimativa de vítimas judaicas
Números do Holocausto por Raul Hilberg
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Auschwitz e os números de mortos (por Robert Jan Van Pelt)
Número de judeus húngaros gaseados na chegada a Auschwitz
Números de vítimas do Holocausto por país em relação aos números da populaçao de 1937

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Faurisson e a piscina de Auschwitz I

Em 2001, Faurisson publicou este artigo sobre a piscina de Auschwitz I. Ele afirmou que "a piscina era uma piscina. Que foi criada para os detentos". Entretanto, a testemunha solitária que Faurisson citou no artigo original afirmou que "deve-se notar que só os mais aptos e bem alimentados, a exceção daqueles dos trabalhos mais severos, poderiam entrar nesses jogos...".

Esta é uma uma distorção direta feita por Faurisson, contestada por seu próprio testemunho. A piscina só foi feita pruma pequena minoria de detidos: os trabalhadores administradores de Auschwitz I. Não sabemos de qualquer extrato de que estes eram judeus. Os trabalhadores de Buna (Auschwitz III) e aqueles selecionados para Birkenau nunca chegaram perto disso; nem aqueles com rações de fome, nem aqueles que faziam trabalho pesado. No entanto, como certamente era a intenção de Faurisson, os negacionistas "engolem" esta "prova" como se fosse relacionado a todo complexo de Auschwitz. Ambos, astro3 [Kollerstrom] e 'Hannover' [Hargis] alegam precisamente isto aqui. Os leitores podem decidir por si mesmos se essa leitura 'equivocada' do fato foi feita por desonestidade ou se por pura estupidez. Com Hargis e Kollerstrom, ambas opções são plausíveis

Além disso, em um adendo no mesmo link, Faurisson citou um relato de uma testemunha tardia, escrito em 1997, afirmando que "um diretor de cinejornal tinha a filmagem de alguns deportados nadando lá." Um estudioso honesto pode concluir que isto indica o propósito reral de propaganda da piscina, mas Faurisson é um estudioso desonesto e prefere chamar a testemunha de mentiroso, exceto na pequena parte em que o seu testemunho apóia a afirmação de Faurisson.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2008/05/faurisson-and-swimming-pool-at.html
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Minúcias do Holocausto (Arnost Tauber; Dov Paisikovic)

O documento de Nuremberg NI-4829 é o depoimento de um certo Arnost Tauber, que afirma (ênfase minha):
Fui preso em duas ocasiões. A primeira vez em maio de 1939 pela distribuição de illegal leaflets. Fui preso por 77 dias. Em setembro de 1939 fui preso pela segunda vez no in the course of the hostage actions and levado a Dachau por meio da prisão em Pankratz, e de lá para Buchenwald. De Buchenwald fui transferido para o campo principal de Auschwitz em outubro de 1942, e uma semana mais tarde fui enviado de lá para Monowitz com o primeiro transporte. Permaneci em Monowitz até agosto de 1944, quando fui transferido para Treblinka.
E durante o interrogatório:
Pergunta: Então você foi enviado para Treblinka em 4 de agosto de 1944, correto?

Resp. Sim.
Mas o que se passa aqui? Treblinka está claramente fora de lugar neste testemunho.

Mas tente lembrar de um campo diretamente relacionado a Auschwitz com um nome semelhante. Se você pensou em Trzebinia, você acertou. Permitam-me citar o livro 'Auschwitz Chronicle' de D. Czech (pág. 787):
Os prisioneiros são evacuados do campo auxiliar de Trzebinia e aqueles capazes de marchar são conduzidos a Auschwitz. [...] Arnost Tauber, Abraham Piasecki e Karl Broszio escaparam durante a marcha a pé.
________________________________________________
Às vezes, os "revisionistas" podem ser úteis. Assim, um "revi" de nick "polardude" encontrou uma discrepância entre uma lista de transporte de Westerbork e o livro 'Auschwitz Chronicle' de Czech. A lista na pág. 51 da edição crítica revisada do Diário de Anne Frank, 453 judeus partem para Auschwitz em 19 de maio de 1944, entre eles 199 homens, 220 mulheres e 34 crianças.

Por outro lado, Czech lista 453 judeus que chegam de Westerbork em 21 de maio de 1944, assim: 250 homens receberam numeração A-2846-A-3095, 100 mulheres recebem numeração A-5242-A5341. 103 judeus não registrados foram gaseados. Como esse negacionista aponta, mesmo com todas as crianças do sexo masculino, haveria apenas 233 homens sobre este transporte. Agora, obviamente, Czech está errado.

Mas essa correção também nos permite endereçar uma suspeita a Carlo Mattogno sobre Dov Paisikovic, que ele citou em seus livros sobre os Bunkers e as incinerações ao ar livre:
Em 17 de outubro de 1963, em Viena, Dov Paisikovic escreveu um relatório sobre sua experiência como membro da então chamada unidade especial de Auschwitz. Como ele afirma com freqüência, Paisikovic (nascido em Rakowec, então na Tchecoslováquia, em 1 de abril de 1924) foi deportado para Auschwitz do gueto em Munkacs (Hungria) em Maio de 1944 e foi registrado com a ID de número A-3076. No entanto, de acordo com a o livro de Danuta Czech, os números de identificação de A-2846 até A-3095 foram atribuídos a 250 judeus holandeses vindos do campo de Westerbork.
Agora que sabemos que Czech estava errado, não há nenhum mistério - o número de Paisikovic é de fato legítimo.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2006/08/holocaust-minutiae-arnost-tauber-dov.html
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 10 de julho de 2010

Auschwitz - O campo de extermínio

Abaixo segue um texto publicado no site do Museu Memorial do Holocausto dos EUA(USHMM) com um resumo sobre o campo de extermínio de Auschwitz.

Muita gente procura informação sobre o Holocausto na internet e acaba não dando de cara facilmente com informações básicas(de fontes sérias) com uma visão geral do que foram os campos de concentração e extermínio empregados pelos nazistas na execução do genocídio da Segunda Guerra. Na medida do possível serão colocados, mais adiante, mais textos com resumos de outros campos de concentração/extermínio. Todos os textos serão fixados no Sumário que se encontra no lado esquerdo do blog para não ficarem "perdidos" na progressão do blog.

Observação: alguns erros de português do texto foram corrigidos(numa vista rápida) e as fontes do texto para leitura foram colocadas(elas não foram reproduzidas na parte em português site do texto original em inglês).
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AUSCHWITZ

O complexo dos campos de concentração de Auschwitz era o maior de todos os estabelecidos pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado e. por longo tempo, um deles também funcionou como campo de extermínio. Os campos estavam a aproximadamente 60 quilômetros a oeste da cidade polonesa de Cracóvia, na Alta Silésia , próximos à antiga fronteira alemã e polonesa de antes da guerra, mas que em 1939, após a invasão e a conquista da Polônia, foi anexada à Alemanha nazista. As autoridades das SS estabeleceram os três campos principais perto da cidade polonesa de Oswiecim: Auschwitz I, em maio de 1940; Auschwitz II (também conhecido como Auschwitz-Birkenau), no início de 1942; e Auschwitz III (também chamado de Auschwitz-Monowitz), em outubro de 1942.

(Foto) Entrada principal do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau. Foto tirada na Polônia, data incerta. — Beit Lohamei Haghettaot

O campo de Auschwitz era subordinado à “Inspetoria dos Campos de Concentração”. Até março de 1942 esta Inspetoria era um órgão do Quartel-General das SS e, a partir de 1941, começou a fazer parte da Central de Operações das SS. De março de 1942 até a liberação de Auschwitz, a Inspeção era subordinada à Central Econômica-Administrativa das SS.

Em novembro de 1943, as SS decretaram que Auschwitz-Birkenau e Auschwitz-Monowitz se tornariam campos de concentração independentes. O comandante de Auschwitz I continou como comandante da guarnição de todas as unidades SS enviadas para Auschwitz e era considerado o oficial sênior entre os três comandantes. Os escritórios de administração da SS que armazenavam os registros de prisioneiros e gerenciavam sua distribuição de trabalho continuavam localizados na Auschwitz I. Em novembro de 1944, Auschwitz II foi reunificado a Auschwitz I, e Auschwitz III passou a ser denominado Monowitz.

Os comandantes do complexo de campos de concentração de Auschwitz eram: Tenente-Coronel da SS Rudolf Hoess, de maio de 1940 a novembro de 1943; Tenente-Coronel da SS Arthur Liebehenschel, de novembro de 1943 até meados de maio de 1944; e Major da SS Richard Baer, de meados de maio de 1944 a 27 de janeiro de 1945. Enquanto era independente, os comandantes de Auschwitz-Birkenau (novembro de 1943 a novembro de 1944) foram o Tenente-Coronel da SS Friedrich Hartjenstein, de novembro de 1943 a meados de maio de 1944 e o Capitão da SS Josef Kremer, de meados de maio a novembro de 1944. O comandante do campo de concentração Monowitz, de novembro de 1943 a janeiro de 1945, foi o Capitão Heinrich Schwarz.

AUSCHWITZ I

Auschwitz I, o campo principal, foi o primeiro a ser fundado perto da cidade polonesa de Oswiecim. As construções começaram em maio de 1940 em um antigo quartel da artilharia do exército polonês, localizado em um bairro afastado. As autoridades das SS obrigavam os prisioneiros ao trabalho forçado contínuo, com a finalidade de expandir os limites físicos do campo. Durante o primeiro ano de existência do campo, as SS e a polícia evacuaram uma área de aproximadamente 40 quilômetros quadrados como "área de desenvolvimento", reservada para uso exclusivo do campo. Os primeiros prisioneiros de Auschwitz eram alemães, transferidos do campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha, onde estavam encarcerados por infração criminal recorrente, e prisioneiros políticos poloneses que vieram de Lodz e estavam no campo de concentração de Dachau e de Tarnów, no Distrito de Generalgouvernment na Cracóvia (parte da Polônia ocupada mas não incorporada à Alemanha nazista, associada administrativamente à Prússia Oriental, ou incorporada à União Soviética ocupada pela Alemanha).

Similar à maioria dos campos de concentração alemães, Auschwitz I foi construído com três finalidades: 1) prender os inimigos reais e imaginários do regime nazista, e das autoridades de ocupação alemãs na Polônia, por um período indeterminado; 2) ter à disposição uma grande oferta de trabalhadores forçados para alocar aos empreendimentos das SS e relacionados à construção (e, mais tarde, produção de armamento e artigos de guerra); e 3) servir como local para a exterminação de grupos pequenos, de determinadas populações, conforme determinado pelas SS e autoridades policiais para manter a segurança da Alemanha nazista. Como a maioria dos campos de concentração, Auschwitz I possuía câmara de gás e crematório. Inicialmente, os engenheiros das SS construíram uma câmara de gás improvisada no porão do bloco de celas, o Bloco 11. Mais tarde, uma câmara maior e permanente foi construída como parte do crematório original, em outro prédio fora do complexo de celas.

Em Auschwitz I, os médicos das SS realizavam experiências “médicas” no hospital localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos e anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o infame Capitão das SS, Dr. Josef Mengele.

Entre o crematório e o quartel de experiências médicas ficava a "Parede Negra", frente à qual os guardas das SS executavam milhares de prisioneiros.

AUSCHWITZ II

A construção de Auschwitz II, ou Auschwitz-Birkenau, teve início em outubro de 1941, nas proximidades da cidade polonesa de Brzezinka. Dos três campos localizados perto de Oswiecim, o Auschwitz-Birkenau foi o que teve o maior número de prisioneiros. Era dividido em mais de doze seções, separadas por cercas com arame farpado eletrificado que, como em Auschwitz I, eram patrulhadas pelos guardas das SS e, após 1942, por guardas com cães policiais. O campo tinha seções específicas para homens, mulheres, um campo familiar para ciganos deportados da Alemanha, Áustria e do protetorado da Boêmia e Moravia, e um para famílias judias deportadas do gueto de Terezín.

Auschwitz-Birkenau também tinha instalações que funcionavam como centro-de-extermínio, e exercia um papel fundamental no plano alemão para exterminar os judeus europeus. A partir de meados de 1941, o gás Zyklon B foi introduzido no sistema dos campos de concentração alemães como forma de agilizar o extermínio. Em setembro, em Auschwitz I, deu-se o primeiro teste com o gás Zyklon B, e o "sucesso" destes testes levaram à adoção daquele gás em todas as câmaras de gás do complexo Auschwitz. Próximo a Birkenau, as SS iniciaram o processo de transformação de duas sedes de antigas fazendas em câmaras de gás. A câmara "improvisada" I entrou em operação em janeiro de 1942 e mais tarde foi desmontada. A câmara “improvisada” II funcionou de junho de 1942 até o final de 1944. As SS consideraram as instalações inadequadas para o volume de gás que eles haviam planejado usar para Auschwitz-Birkenau. Entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro imponentes prédios de cremação, cada um com três componentes: uma área para os prisioneiros despirem-se, uma grande câmara de gás, e fornos crematórios. As SS mantiveram as operações com gás em Auschwitz-Birkenau até novembro de 1944.

DEPORTAÇÃO PARA AUSCHWITZ

Os trens chegavam constantemente a Auschwitz-Birkenau trazendo como carga judeus de praticamente todos os países europeus ocupados pela Alemanha ou a ela aliados. Estes carregamentos foram iniciados em 1942 e terminaram em 1944. Estes são os dados, em números aproximados, das deportações de judeus por país: Hungria: 426.000; Polônia: 300.000; França: 69.000; Holanda: 60.000; Grécia: 55.000; Boêmia e Morávia: 46.000; Eslováquia: 27.000; Bélgica: 25.000; Iugoslávia: 10.000; Itália: 7.500; Noruega: 690; outros (incluindo os prisioneiros de outros campos de concentração que eram despachados para Auschwitz-Birkenau ): 34.000.

Com as deportações provenientes da Hungria, Auschwitz-Birkenau tornou-se um instrumento de extrema eficácia dentro do plano alemão de destruir os judeus europeus. Entre final de abril e começo de julho de 1944, aproximadamente 440.000 judeus húngaros foram deportado, e cerca de 426.000 deles foram diretamente para Auschwitz. Deste, as SS imediatamente enviaram cerca de 320.000 diretamente para as câmaras de gás em Aschwitz-Birkenau, mobilizando quase 110.000 para trabalho forçado no complexo de campos de concentração de Auschwitz. Em questão de semanas após sua chegada, os judeus húngaros foram enviados pelas SS para trabalho escravos em outros campos deconcentração, na Alemanha e na Áustria .

No total, aproximadamente 1,1 milhão de judeus foram deportados para Auschwitz. Além deles, as autoridades das SS e das polícias colaboracionistas deportaram cerca de 200.000 pessoas de outras etnias para Auschwitz, incluindo 140.000 a 150.000 poloneses não-judeus, 23.000 ciganos roma e sinti, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e outros 25.000 civis(cidadãos soviéticos, lituanos, tchecos, franceses, iugoslavos, alemães, austríacos e italianos).

Os recém-chegados a Auschwitz-Birkenau passavam por uma triagem, na qual a equipe das SS decidia quem era capaz ou incapaz de realizar trabalhos forçados--a maioria--e os enviava diretamente para câmaras de gás, que pareciam banheiros com chuveiros para enganar as vítimas, para que o processo fosse mais rápido. Os pertences dos que iam para as câmaras eram confiscados e enviados para o depósito "Kanada" (Canadá), para posteriormente serem enviados à Alemanha. Para os prisioneiros, a palavra Canadá significava riqueza.

Pelo menos 960.000 judeus foram exterminados em Auschwitz, além de cerca de 74.000 poloneses, 21.000 ciganos, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos, e 10.000 a 15.000 civis de outras nacionalidades (cidadãos soviéticos, tchecos, iugoslavos, franceses, alemães e austríacos).

Em 7 de outubro de 1944, algumas centenas de prisioneiros destinados ao crematório IV em Auschwitz-Birkenau rebelaram-se após descobrirem que seriam assassinados. Durante a rebelião, os prisioneiros mataram três guardas, explodiram o crematório e a câmara de gás adjacente usando para tal explosivos trazidos clandestinamente para o campo por cinco judias que eram trabalhadoras forçadas em uma fábrica de armamentos bélicos nas proximidades. Os alemães acabaram com a rebelião, matando quase todos os prisioneiros envolvidos e enforcando publicamente as mulheres envolvidas, no início de janeiro de 1945.

As operações com gás continuaram até novembro de 1944 quando, sob as ordens de Himmler, as SS desabilitaram as câmaras de gás que ainda funcionavam. Em janeiro de 1945, as SS iniciaram a demolição das instalações remanescentes à medida que as forças soviéticas se aproximavam, em uma tentativa frustrada de esconder do mundo as barbaridades que praticavam.

AUSCHWITZ III

Auschwitz III, localizado nos arredores da cidade polonesa de Monowitz e também conhecido como Buna ou Monowice, foi fundado em outubro de 1942 para abrigar prisioneiros enviados para ali trabalhar na produção de borracha sintética. Na primavera de 1941, o conglomerado alemão I.G. Farben lá estabeleceu uma fábrica, na qual planejavam explorar a força de trabalho escravo dos campos de concentração para produzir borracha e combustíveis sintéticos. A I.G. Farben investiu mais de 700 milhões de Reichsmarks, cerca de 1,4 milhões de dólares na época, em Auschwitz III. De maio de 1941 a outubro de 1942, as SS transportaram prisioneiros de Auschwitz I para o "Anexo Buna", caminho que inicialmente faziam a pé, e depois de trem. Com a construção de Auschwitz III, no final de 1942, os prisioneiros que trabalhavam em Buna lá passaram a viver.

Auschwitz III também possuía um campo denominado “Campo de Educação pelo Trabalho”, no qual eram colocados prisioneiros não-judeus que os nazistas acreditavam haver violado a disciplina imposta pelos alemães no trabalho.

SUBCAMPOS DE AUSCHWITZ

Entre 1942 e 1944, as autoridades de Auschwitz fundaram 39 sub-campos; alguns deles foram fundados dentro de zonas de "desenvolvimento", dentre elas Budy, Rajsko, Tschechowitz, Harmense e Babitz. Outros, tais como Blechhammer, Gleiwitz, Althammer, Fürstengrube, Laurahuette e Eintrachthuette, localizavam-se na Alta Silésia, ao norte e a oeste do Rio Vístula; e os de Freudental e Bruenn/Brnona Morávia. Os sub-campos que produziam ou processavam produtos agrícolas eram subordinados administrativamente à direção de Auschwitz-Birkenau; por outro lado, os sub-campos utilizados para a produção industrial e de armamento, ou indústrias de extração (tais como minas de carvão e pedreiras), eram subordinados a Auschwitz-Monowitz. Após novembro de 1943, esta divisão de responsabilidades administrativa foi formalizada.

Os prisioneiros trabalhavam em grandes fazendas, inclusive em uma estação experimental de agricultura em Rajsko. Eles também eram forçados a trabalhar em minas de carvão e pedreiras, com pesca e, principalmente, em indústrias de armamento, como a empresa das SS German Equipment Works, fundada em 1941. Periodicamente os prisioneiros passavam por uma seleção, e se as SS os julgasse fracos ou doentes demais para trabalhar os enviavam para Auschwitz-Birkenau para serem eliminados.

Em Auschwitz I, aqueles que eram escolhidos para o trabalho forçado eram registrados e tatuados no braço esquerdo com o número de identificação, após o que eram enviados para o campo principal ou para outros lugares no complexo, inclusive para os sub-campos.

A LIBERAÇÃO DE AUSCHWITZ

No final de janeiro de 1945, em pleno inverno, conforme as forças soviéticas aproximavam-se do complexo de campos de concentração de Auschwitz, as SS iniciaram a evacuação destes campos e seus sub-campos. As unidades das SS forçaram cerca de 60.000 prisioneiros a marchar na direção oeste do sistema de campos de Auschwitz, e muitos milhares foram mortos nos dias que antecederam o início da “Marcha da Morte”. Dezenas de milhares de prisioneiros, a maioria judeus, foram forçados a caminhar tanto para noroeste, por 55 quilômetros, para Gliwice/Gleiwitz, junto com os prisioneiros dos sub-campos no leste de Alta Silésia, tal como Bismarckhuette, Althammer e Hindenburg, quanto para oeste, por 63 quilômetros, para Wodzislaw/Loslau na parte ocidental de Alta Silésia, junto com os prisioneiros dos sub-campos localizados ao sul de Auschwitz, como Jawischowitz, Tschechowitz e Golleschau. Os guardas das SS atiravam em todos os que ficavam para trás ou que não conseguiam continuar. Os prisioneiros também sofreram com o mau tempo, fome durantes as terríveis marchas. Pelo menos 3.000 prisioneiros morreram quando iam para Gliwice; e estima-se que 15.000 mais tenham morrido durante as marchas de evacuação de Auschwitz e seus sub-campos.

Quando chegavam a Gliwice e Wodzislaw, eram colocados em trens de carga, sem qualquer tipo de calefação, e levados para campos de concentração na Alemanha, principalmente Flossenbürg, Sachsenhausen, Gross-Rosen, Buchenwald, Dachau, e também Mauthausen, na Áustria. A viagem de trem durava dias e, sem comida, água, abrigo ou cobertores, muitos não conseguiram sobreviver.

No final de janeiro de 1945, as autoridades das SS e da polícia forçaram 4.000 prisioneiros a caminhar para Blechhammer, um sub-campo de Auschwitz-Monowitz. As SS exterminaram cerca de 800 prisioneiros durante a marcha para o campo de concentração Gross-Rosen, além de assassinarem 200 outros que haviam ficado em Blechhammer devido a doenças ou a tentativas frustradas de se esconderem. Após um curto período de tempo, as SS transportaram cerca de 3.000 prisioneiros do complexo industrial de Blechhammer, na Polônia, do campo de concentração Gross-Rosen para o de Buchenwald, na Alemanha.

Em 27 de janeiro de 1945, o exército soviético ingressou em Auschwitz, Birkenau e Monowitz, liberando aproximadamente 7.000 prisioneiros, a maioria deles muito doente e morrendo. Estima-se que as SS e a polícia deportaram, no mínimo, 1.3 milhão de pessoas para o complexo de Auschwitz entre 1940 e 1945. Do total de 1.3 milhão as autoridades dos campos exterminaram 1,1 milhão.

Aprofundar leitura:

Berenbaum, Michael, and Yisrael Gutman, editors. Anatomy of the Auschwitz Death Camp. Bloomington: Indiana University Press, 1998.

Dlugoborski, Waclaw, and Franciszek Piper. Auschwitz, 1940-1945: Central Issues in the History of the Camp. Oswiecim: Auschwitz-Birkenau State Museum, 2000.

Langbein, Hermann. People in Auschwitz. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2004.

Levi, Primo. Survival in Auschwitz: The Nazi Assault on Humanity. New York: Collier Books, 1986.

Rees, Laurence. Auschwitz: A New History. New York: Public Affairs, 2005.

Swiebocka, Teresa, editor. Auschwitz: A History in Photographs. Bloomington: Indiana University Press; Warsaw: Ksiazka i Wiedza, 1993.

Fonte: USHMM
Português
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005189
Inglês
http://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10005189

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 48

48. Vêem-se cámaras de gás nas fotos aliadas feitas no tempo de guerra de Auschwitz (durante o período no que se supõe que as "câmaras de gás" e os crematórios estavam funcionando cem por cento)?

O IHR diz:

Não. De fato, estas fotografias não mostram nenhum traço das enormes quantidades de fumaça que supostamente havia constantemente sobre o campo. Nem mostram as "valas abertas" onde se supõe que se queimaram cadáveres.

Nizkor responde:

Em primeiro lugar, considere que se sobrevoou Auschwitz muito poucas vezes e se passando muito tempo entre um vôo e outro. Em fins de 1943 e início de 1944 os Aliados começaram a bombardear refinarias, incluindo a planta mediana petroquímica de Auschwitz III. Auschwitz III, ou Monowitz, era um campo satélite situado a quatro quilômetros das câmaras de gás de Auschwitz II, ou Birkenau.

Os bombardeios aliados e seus caças de escolta não puderam alcançar Monowitz até abril de 1944 (ver Gilbert, "Auschwitz and the Allies", 1981, p. 191). Um reconhecimento fotográfico da zona/local realizado em 4 de abril incluiu acidentalmente Birkenau. Passado esta data, só se voltaram a sobrevoar o campo outras quatro vezes antes que fechassem os crematórios: em 31 de maio, em 26 de junho, em 25 de agosto e em 13 de setembro de 1944. Tiraram muito poucas fotografias de Birkenau, e algumas são demasiadamente pouco detalhadas para ser de interesse.

As fotografias que foram tiradas durante os gaseamentos eram uma questão de casualidade. Uma foto tirada em 25 de agosto mostra uma fila de umas cem pessoas caminhando de trem até os Krema II e III. A porta do Krema II está aberta. Crêem os negadores que iriam fazer uma visita turística ao "morgue"(depósito de cadáveres)?

Esta mesma foto mostra as câmaras de gás, incluindo uns respiradouros mais evidentes no teto empregados para introduzir o Zyklon-B. Como os negadores explicam isto? Recordando que não se pode desinfectar um "morgue"(depósito de cadáveres)com Zyklon-B, já que ele não atua contra as bactérias. (Ver Gilbert, op. cit., foto 28, entre as pp. 192-193.)

E os respiradouros são visíveis nas câmaras de gás dos Kremas II e III, mas não nos vestiários. Como os negadores explicam a diferença, dado que afirmam que tanto a câmara de gás como o vestiário eram morgues(depósito de cadáveres)? Por que há respiradouros numa e não no outro? E, é uma simples coincidência que a sala com respiradouros seja a mesma que foi identificada como a câmara de gás nos anos '40? Recordando que estas fotos não foram tornadas públicas até os anos '70.

Outra fotografia mostra uma vala detrás do Krema III, exatamente onde as testemunhas situaram a vala de incineração ao testemunhar muitos anos antes. Não foram tornadas públicas as fotos até os anos '70, assim que se coincidam com os testemunhos é uma sólida corroboração destes. Seja como for, a última frase da resposta do IHR é uma descarada mentira.

Os negadores do Holocausto admitem isto, por certo, assim que aqui tenhamos outra contradição interna. O "revisionista" Carlo Mattogno escreveu uma resposta a Pressac que:

As fotografias de um reconhecimento aéreo mostram uma cremação que está ocorrendo em uma das três valas, medindo esta 3,5 por 15 metros, na área do Crematório V.


Uma vez mais, não conseguem pôr-se de acordo.

Isso sim, pode-se dizer que seja certo de que as fotos não mostram fumaça saindo dos crematórios. Neste momento, estamos investigando mais profundamente o assunto. Mas se é certo, a única coisa que significa é que não estavam incinerando corpos nesses dias em concreto. Há só cinco dias refletidos nestas fotografias em todo o ano de 1944, e em algumas não se vêem os crematórios, assim sendo isto não prova nada.

E o que as fotografias revelam é sumamente daninho para a postura dos negadores do Holocausto - que assim, como não, mentem sobre ele.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 40

Parte: Cremação

40. Muitos sobeviventes judeus dos "campos da morte" dizem que viram corpos sendo empilhados em valas e queimados. Quanta gasolina deveria ter feito falta para fazer isto?

O IHR diz:

Uma quantidade muito maior da que dispunham os alemães, já que houve uma importante redução nos suprimentos naquele momento.

Nizkor responde:

"Da que dispunham?". O Campo III de Auschwitz, Monowitz, era um campo de trabalho industrial onde se produzia combustível. Inclusive o IHR admite isto em sua resposta revisada à pergunta 6. Qual melhor "disponibilidade" que essa?

Em qualquer caso, a pergunta é enganosa: não fazia falta um combustível refinado de grande energia como a gasolina. Usavam-se outros materiais inflamáveis baratos e relativamente abundantes como o óleo de motor e o metanol. Höss descreveu o processo de incineração ao ar livre em Treblinka ("Bezwinska and Czech, KL Auschwitz Seen By The SS", 1984, p. 133):

[Depois do gaseamento em Treblinka], abriam-se as câmaras de gás e se sacava os cadáveres, desnudavam-lhes e lhes queimavam numa pira feita de travessões da linha férrea.

Alimentavam o fogo com madeira, espalhando de vez em quando sobre os cadáveres restos de gasolina.


Também escreveu o processo em seu próprio campo, Auschwitz (Kogon et al., "Nazi Mass Murder", 1993, pp. 168-169):

Até fim do verão de 1942, levavam-se os cadáveres à valas comuns. Só depois começou-se a recorrer à incineração - primeiro com piras de madeira com uns dois mil cadáveres, e mais adiante nas valas, com os cadáveres que haviam sido enterrados ali. Espalhava-se sobre eles óleo usado de motor, e mais adiante, metanol.


Não era uma dificuldade terrível para os nazis sacrificar o óleo usado de motor.

O IHR alterou na pergunta a flagrente invenção da "gasolina" do original, por algo menos preciso como "combustível" na edição revisada. Ainda que seja algo enganoso. "Combustível" pode se referir a muitas coisas, mas o oléo usado de motor não é uma delas.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 6

Traduzido por Leo Gott

6. Se Auschwitz não era um "campo da morte", Qual era sua finalidade?

O IHR diz (edição original):

Era um complexo fabril de grande escala. Se fabricava borracha sintética (Buna), e seus prisioneiros foram utilizados como mão de obra. Os Estados Unidos também fabricaram Buna durante a Segunda Guerra Mundial.

O IHR dz (edição revisada):

Era um centro de internamento e parte de um complexo fabril de grande escala. Ali se produzia combustível sintético, e seus prisioneiros foram utilizados como mão de obra.

Nizkor responde:

Verdadeiro até certo ponto.

Auschwitz era um grande complexo, nele havia campos para prisioneiros de guerra (onde também havia pilotos e tripulações da Força Aérea Britânica que testemunharam sobre as atrocidades que se cometiam nos arredores do campo de extermínio).

Auschwitz II, ou Birkenau, era o maior campo, e as câmaras de gás estavam ali. Auschwitz III, ou Monowitz, era a planta de fabricação industrial.

E é certo que usaram muitos prisioneiros como mão de obra em Auschwitz. Mas os "não apropriados ou inaptos" – referindo-se aos mais velhos, as crianças, e a maioria das mulheres- eram enviados imediatamente para as câmaras de gás.

Em sua resposta revisada, o IHR afirma que se produzia ali "combustível sintético", não Buna. Isto é mais preciso. Terminada a guerra, no se havia fabricado nem uma grama de borracha no campo de Buna.

Seja como for, é um erro tático por sua parte admitir isto, porque na Pergunta 40 afirmam que era impossíble queimar os cadáveres porque não havia combustível suficiente. Mas admitem que havia uma planta de fabricação de combustível a poucas milhas dali.

Produziram combustível, e de fato foi objetivo de bombardeios aliados por esta razão.

Mais uma contradição do panfleto.

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