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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Repúdio ao ataque contra professores no Paraná

A quem não soube do caso, saiu (repercutiu) na impressa internacional:
Massacre em Curitiba repercute na mídia internacional

Eu ia prosseguir com os posts sobre segunda guerra etc, mas não dá pra prosseguir sem destacar isso. É um absurdo o que está se passando, toda semana essa direita tresloucada no país, eleita na "passionalidade latina", emocional, manipulável e irracional de parte da população, e influenciada por certa mídia venal do país, apronta alguma.

Pra inteirar as pessoas do que se passa, há uma greve, legítima por sinal, de professores (segunda greve), que foram em marcha para Assembleia daquele estado protestar contra a aprovação de rapinagem contra a Previdência desses servidores. Embaixo um resumo do que se passa:
A segunda greve dos professores paranaenses em menos de dois meses foi decidida em assembleia, realizada no último sábado em Londrina, em protesto contra as alterações propostas pelo governo Richa, que afetarão os servidores estaduais aposentados e pensionistas com mais de 73 anos de idade. Cálculos indicam que as mudanças reduzirão praticamente pela metade - de 57 para 29 anos - o tempo de solvência dos fundos de previdência do funcionalismo público. Na mesma assembleia, os professores lançaram a campanha salarial de 2015.

Esta é a segunda vez este ano que o governo tucano tenta impor mudanças à previdência dos servidores estaduais. A primeira tentativa ocorreu em fevereiro, semanas depois de ter declarado que o Paraná encontrava-se à beira do colapso financeiro.

Na ocasião, os professores e outras categorias do funcionalismo mobilizaram-se e conseguiram não só forçar o governo a retirar a proposta de votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) como obrigaram os deputados estaduais a extinguirem a "comissão geral", um artifício regimental por meio do qual o governo impunha medidas impopulares restringindo o tempo de debate.
Link com a matéria completa.

Pra barrar o avanço da marcha pacífica o governo do Estado do Paraná (ocupado pelo PSDB) mandou o aparato repressivo do Estado (ler por "aparato repressivo" o poder policial, ou mais precisamente, o Batalhão de Choque) abrir fogo contra professores, veja bem, professores (é isso mesmo que você leu) jogando bombas de gás, spray de pimenta, tiros de bala de borracha e até uso de cães da raça Pit Bull que atingiu um cinegrafista de TV com um ataque sórdido e criminoso. Imagens abaixo, professora atingida:

A quem quiser ver mais imagens, confiram nesses links abaixo o tamanho da agressão:
1. As imagens de um cenário de barbárie e guerra no Paraná
2. Embate entre a Polícia Militar e os servidores termina com 213 feridos


Aqui um vídeo com áudio e imagens gravadas no Palácio do governo onde se ouve gente comemorando os ataques:
Os abutres que comemoraram o massacre da PM contra professores no Paraná


Aliás, usar cães deste tipo pra conter multidão que quando mordem perdem o controle, bombas etc é um ato criminoso do Estado e a agressão contra professores é um ato sórdido, de uma mente conturbada que não deveria estar a frente de um governo de Estado (Unidade da Federação) ou de qualquer coisa. Aqui a foto (print de vídeo) do ataque do cão da raça Pit Bull ao cinegrafista de uma emissora de TV:

Aqui o vídeo do ataque do cachorro, culpa do aparato mandado pelo governador de Estado:



Há algo a dizer disso senão repúdio? E tem mais coisas a citar (mas quem quiser saber mais procure os blogs com informação) só que estou enojado.


O ato de agressão foi tão repulsivo, principalmente pelo alvo (professores), que causou espanto e perplexidade no país e fora do país, porque um governo de estado que ataca professores dessa forma com mais de 200 feridos, e feridos grave, a meu ver (é opinião pessoal) perdeu a legitimidade, sem falar no golpe previdenciário sendo votado à revelia da vontade popular e os professores sendo reprimidos desta forma por serem contrário ao golpe na Previdência deles.

A quem não sabe, inclusive há milhares/milhões de brasileiros que não sabem, quem comanda (é responsável) a polícia militar, que é a polícia que é responsável pela parte repressiva, é o governador de Estado (Unidade da Federação).

Toda vez que há um choque deste tipo o povo mais ignorante não sabe a atribuição de cada poder do país e suas divisões. Mas se não sabiam agora sabem.

Antes de tudo, a princípio este é um problema da população daquele Estado, a princípio pois atinge a todos no país. Mas digo isso porque não gosto quando alguém de fora, principalmente do eixo econômico que dissemina ódio regional via mídia há décadas, quer de forma imprópria interferir (emitir opiniões cretinas, ignorantes) em assuntos internos, então adoto o mesmo princípio de tentar não emitir comentários se não forem algo nacional, mas este é um caso que transcende a fronteira regional/estadual, e passível até de intervenção federal.

Não dá pra qualquer pessoa, principalmente nacional, não emitir uma nota de repúdio pelas cenas que se viu desse ataque que poderia ter resultado em mortes. Solidarizo-me com o povo atacado.

Que fique registrado também pra ala reacionária ou idiotizada da população, que vez por outra vem aqui também escrever besteira, e que tira selfie com aparato repressivo que ataca professores: não me venham mais com desculpa esfarrapada com grita dizendo que querem "melhor educação". Isso é e sempre foi papo furado.

Não se vê uma palavra dessa horda de protofascistas com "discurso liberaloide" (ou nem tanto) que invadiram a Avenida Paulista (principalmente) nos dias 15 de março e 12 de abril criticando a agressão contra professores, quando qualquer cidadão comum, democrata, emitiria comentários de repúdio ao ocorrido.

Quem acha normal professores serem atacados desta forma, quem fica contra reivindicação justa de professores por melhoria pois sem isso não haverá melhora alguma de ensino sendo que os estados e prefeituras são quem mais detonam o ensino público do país (disparados), quer tudo menos melhora na educação. Estados e municípios (governadores e prefeitos) são os principais responsáveis pelo caos do ensino público no país.

Portanto, arrumem outra desculpa pra "protestar" (entre aspas) em avenida incitados por emissora de TV que deve mais de bilhão em sonegação (sonegação é crime), pois a maioria do povo já sabe que os tais protestos foram organizados por grupos extremistas que não querem melhorar nada.

O projeto político desses radicaizinhos de direita pro país é um Estado autoritário, repressivo com sucateamento gradativo do Estado brasileiro, tal qual já ocorreu no passado. O que se viu (a agressão aos professores) foi só uma forma (exemplo) de atuar (repressão) dos políticos que defendem este modelo econômico que tombou com FHC.

Como o povo brasileiro, pelo visto, tem memória curta, parece que precisa de um repeteco de cenas repulsivas como estas pra cair a ficha, coisa que já ocorreu em 1988:
Massacre de professores em 1988 se repete

Quando disserem da próxima vez que brasileiro tem memória curta, de fato vou ter que aceitar. A maioria tem memória curta mesmo, por isso parte da população é facilmente manipulável pela mídia oligopolizada do país.

sábado, 13 de julho de 2013

Neonazismo no RS: “que há de verdade ou mentira em tudo isso?” Entrevista especial com René Gertz

Neonazismo no RS: “que há de verdade ou mentira em tudo isso?” Entrevista especial com René Gertz

“Há autoridades gaúchas claramente interessadas em, por razões abscônditas, superestimar a presença “neonazista” por aqui", diz o historiador.

Confira a entrevista.
Foto: www.brasilescola.com

Desde 2003 o tema do neonazismo “ocupa algum lugar na imprensa brasileira”, mas os dados apresentados não conferem com o que acontece na realidade, diz o historiador gaúcho, René Gertz à IHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail. Crítico às matérias publicadas na imprensa gaúcha, ele assegura que “há razões para ser cético em relação aos ‘neonazistas virtuais’”. E dispara: “O delegado Paulo César Jardim lida há dez anos com o ‘neonazismo’ no Rio Grande do Sul. Segundo declarações públicas suas, ele fichou 35 ‘neonazistas’ durante todos esses anos. No meu livro, arrolo 32 nomes – e provavelmente o delegado não tem mais que isso, na sua lista. Para Santa Catarina não se conhece lista, mas sabe-se de muito poucos casos concretos. Para o Paraná há uma lista de 12 – portanto: 32 + 12 + 6? = 50 (talvez um pouco mais). Isso é aquilo que existe de concreto, de palpável”.

René Gertz (foto abaixo) é professor nos Departamentos de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Licenciado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, é mestre em Ciência Política pela UFRGS, e doutor, na mesma área, pela Universidade de Berlim, onde também obteve o título de pós-doutor. É autor de O aviador e o carroceiro: política, etnia e religião no Rio Grande do Sul dos anos 1920 (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002), O Estado Novo no Rio Grande do Sul (Passo Fundo: Editora Universidade de Passo Fundo, 2005), e O neonazismo no Rio Grande do Sul (Porto Alegre: EDIPUCRS e Editora AGE, 2012).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Desde quando e por que razão se fala que existem grupos neonazistas no Rio Grande do Sul?

Foto: Helena Gertz
René Gertz – Nas décadas de 1930 e 1940, existiu uma coisa chamada “nazismo”. Militantes ou simpatizantes, obviamente, sobreviveram no pós-guerra pelo mundo afora. Também no Rio Grande do Sul existiram alguns nazistas, naqueles anos. Parte deles foi expulsa no contexto da Segunda Guerra Mundial, outros foram embora por conta própria e ainda outros ficaram por aqui. Além disso, é provável que um ou outro tenha vindo para cá após a guerra, fugindo da caça a eles, na Alemanha derrotada. Não existem estudos a respeito destes últimos, de forma que as referências a eles são folclóricas, significando que são diz-que-diz-ques, sem base objetiva.

Nos anos 1980, ocorreu em Porto Alegre um fenômeno que poderia ter sido classificado de “neonazista”, mas, em geral, não o foi. Trata-se da Editora Revisão, cujo proprietário foi Siegfried Ellwanger Castan, o qual publicou livros e outros materiais em que criticava e negava as versões sobre o regime alemão, sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Como Castan não era um nazista dos anos 1930-1940, poderia ter sido classificado como “neonazista” – mas não o foi, ao menos de forma usual, nas referências que eram feitas a ele em público.

Na verdade, incluir o episódio da Editora Revisão na tradição nazista está correto, em certo sentido, pois o “neonazismo”, de fato, é algo neo/novo. Nos anos finais do século passado, ganhou força, no cenário internacional, um fenômeno de radicalismo, de preconceito e de violência promovido, via de regra, por jovens, como os “hooligans” e semelhantes. E ainda que aqui, nesta breve fala, seja obrigado a simplificar ao máximo esse tipo de movimento, ele também chegou ao Brasil.

No início, um dos tratamentos mais difundidos para designar tais grupos foi “skinhead”, mas, aos poucos, se popularizou, cada vez mais, a expressão “neonazista”. O primeiro caso mais concreto, no Rio Grande do Sul, que despertou interesse na opinião pública, ocorreu dez anos atrás, na forma de uma banda chamada Zurzir. Em 2005, aconteceu um dos episódios mais marcantes, quando um grupo de três jovens identificados como judeus por usarem quipá foi atacado, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, resultando em ferimentos graves em um deles. Houve também incidentes em campos de futebol, um ataque a um guarda negro do Trensurb, e alguns episódios semelhantes. Em resumo, isso que atende, por aqui e pelo restante do Brasil, pelo nome de “neonazismo” é um fenômeno que veio a ser considerado relevante nos últimos dez anos.

IHU On-Line – Como o senhor avalia as matérias recentes publicadas na imprensa, divulgando dados de pesquisas que apontam o RS como o segundo estado que mais baixa material neonazista? Quais são seus argumentos contrários à pesquisa?

René Gertz – Desde, no mínimo, 2003, o tema “neonazismo” ocupa algum lugar na imprensa brasileira. A intensidade variou, mas o citado ataque aos rapazes judeus, em 2005, representou um primeiro pico. Em 2009, houve um assassinato no Paraná que representou outro momento de intensificação de notícias – talvez tenha oportunidade de voltar a este caso, mais diante. E ao final de 2012 foi noticiado que está marcado para meados deste ano de 2013 o julgamento daqueles rapazes que participaram do ataque aos meninos judeus.

Além de uma possível agitação natural decorrente da aproximação do julgamento, pode-se – como hipótese! – imaginar certa artificialidade nessa alaúza de agora, pois o julgamento se dará por júri popular, e os interessados na condenação, obviamente, sabem que uma agitação para criar um clima negativo contra o “neonazismo”, na opinião pública, pode influenciar os jurados contra os réus. É apenas uma hipótese, mas plausível.

Dentro desse contexto, ao menos duas matérias jornalísticas de impacto foram divulgadas no decorrer do mês de abril. Uma de repercussão mais restrita, sob o título “Proliferação de grupos neonazistas aterroriza Sul”, na edição online de O Globo, do dia 6 de abril de 2013, e a outra publicada pela Empresa Brasileira de Comunicação – EBC, sob o título “O mapa da intolerância... mapa da intolerância...”, no dia 11 do mesmo mês.

A pergunta, naturalmente, se refere a esta segunda matéria, que divulgou uma pesquisa que teve repercussão em uma infinidade de meios de comunicação. Tenho, porém, restrições a ambas as matérias.

IHU On-Line – Quais são suas restrições a esta segunda matéria? Suas pesquisas parecem concentrar-se em “neonazistas reais”, desconfiando, por consequência, dos números de “neonazistas virtuais” – é isso?

René Gertz – É mais ou menos isso. Em primeiro lugar, devo dizer que no meu recente livro O neonazismo no Rio Grande do Sul (EDIPUCRS/AGE, 2012) transcrevo uma longa (e até maçante) pendenga com a autora da pesquisa em questão, Adriana Abreu Magalhães Dias. Como alguns colegas me criticaram de forma veemente por essa parte do livro, acusando-me até de falta de decoro acadêmico, remeto os interessados ao livro, pois, com a leitura, entenderão minhas razões pessoais para não comprar um carro usado dessa pessoa.

Mas há também argumentos lógicos, universais para não me entusiasmar com os números apresentados por ela. Ainda que numa entrevista dela ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU, em 2007, tenha falado num total de 150.000 “neonazistas” para todo o Brasil, na sua dissertação (p. 35), então recém-defendida, e em várias outras manifestações insistiu em 90.000. O destaque da manifestação na matéria da EBC está num suposto ou efetivo crescimento vertiginoso no decorrer dos anos. Acontece que na dissertação de 2007 ela insistiu que metade dos “neonazistas” brasileiros se encontrava em Santa Catarina (45.000). Um dado que causa estranheza é que, mesmo a matéria de 2013 não apresentando um número total para todo o Brasil, certamente não é exagerado pressupor, agora sim, 140.000, pois – além dos 45.000 de SC – ela arrola 42.000 no RS, 29.000 em SP, 18.000 no PR, 8.000 no DF, 6.000 em MG. Isso dá um total de 137.000. Não está errado pressupor – dentro desta lógica – que haja, no mínimo, mais 3.000 nos demais estados. Isso representaria um crescimento geral de 50.000, ou, em termos percentuais, em torno de 55%. Estranho que em Santa Catarina esse crescimento teria sido ZERO!

Outro argumento. Santa Catarina foi insistentemente apresentado como o estado com o maior número de “neonazistas” do país. Acontece que a polícia de lá desconhece essas hordas, inclusive não trabalhando com esquema especial para reprimir os poucos atos classificados na categoria de “neonazistas” – concentrando, muito mais, sua preocupação nos desafios representados por ações de bandidos “comuns”, que têm desafiado o poder do Estado com atos violentos, divulgados com muito destaque na imprensa, mas jamais apresentados como “neonazistas”.

Terceiro argumento. Em abril de 2009, ocorreu uma famigerada reunião de “neonazistas” no Paraná, durante a qual duas pessoas foram assassinadas. O episódio teve enorme repercussão em todo o país. A violência dentro do próprio grupo decorreu do fato de que foi uma reunião programática, na qual se discutiram questões fundamentais de longo prazo do movimento, objetivos e estratégias de ação, enfim. Estranho é que numa reunião dessa importância estivessem representantes do “neonazismo” do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais e de outros estados, mas NENHUM representante do Rio Grande do Sul nem de Santa Catarina (uma pessoa que, naquele momento, residia há pouco tempo no Rio Grande do Sul era paranaense, e se desconheciam atos “neonazistas” da parte dele, por aqui, até então). Como se pode explicar esse fato se dos pressupostos 140.000 “neonazistas” de todo o Brasil as duas “bancadas” supostamente majoritárias, que representariam nada menos que 87.000, ou seja, mais de 60% do total, não estivessem representadas numa reunião de tanta importância?

Estes são apenas três argumentos que recomendam que pessoas responsáveis tenham cuidado em divulgar a matéria em pauta – e esta foi minha crítica ao IHU, por divulgá-la de forma acrítica, e que, no final, motivou esta entrevista. Há razões para ser cético em relação aos “neonazistas virtuais” de Adriana Abreu Magalhães Dias.

Com isso chego aos “neonazistas reais”. O delegado Paulo César Jardim lida há dez anos com o “neonazismo” no Rio Grande do Sul. Segundo declarações públicas suas, ele fichou 35 “neonazistas” durante todos esses anos. No meu livro, arrolo 32 nomes – e provavelmente o delegado não tem mais que isso, na sua lista. Para Santa Catarina não se conhece lista, mas sabe-se de muito poucos casos concretos. Para o Paraná há uma lista de 12 – portanto: 32 + 12 + 6? = 50 (talvez um pouco mais). Isso é aquilo que existe de concreto, de palpável. Nos 105.000 que Adriana Dias diz ter detectado para RS, SC e PR, juntos, precisamos acreditar cegamente como acreditamos em fantasmas, em duendes. Mais uma razão para ter tomado a iniciativa de criticar o IHU/Unisinos por publicar os dados propalados por Adriana Dias, sem qualquer referência ou comentário críticos.

IHU On-Line – Como o governo do estado e as autoridades se manifestam diante das notícias de que há grupos neonazistas no RS?

René Gertz – Esta pergunta me permite voltar à outra notícia recentemente divulgada, a de que a “proliferação de grupos neonazistas aterroriza o Sul” brasileiro. Segundo a matéria, o citado delegado Paulo César Jardim teria fornecido a informação de que fichou, ao todo, 500 (quinhentos) “neonazistas”. Acontece que essa mesma autoridade está falando, há anos, em “entre 30 e 40”, para, alguns meses atrás, numa declaração pública, citar o número exato de 35 “neonazistas” gaúchos. Causa estupefação que, de repente, sem que tenha sido noticiada qualquer intensificação de atos “neonazistas” no estado, esse número se tenha multiplicado por 15!

A polícia de SC tem dado menos atenção ao “neonazismo”, até porque tem coisas mais prementes a resolver (os atentados da bandidagem); no PR há um delegado designado para tratar do assunto, mas ele já declarou em público que “os ataques de neonazistas são mais escassos” no estado. Só no Rio Grande do Sul o delegado Jardim não perde oportunidade para desenhar um quadro tétrico da “ameaça neonazista” – a população gaúcha que leu o título da matéria de O Globo sabe que aquilo que efetivamente “aterroriza” aqui são os ataques diários a bancos, os assaltos chegando às próprias áreas rurais do interior do estado, as drogas etc. Os exageros divulgados aqui chamaram a atenção até de Adriana Dias. Em seu blog pode ler-se: “o delegado Jardim adora colocar seus feitos como primeiros. Além disso, afirmar que o racismo está na gênese do gaúcho é tão racista quanto o próprio racismo... Cadê o botão de sanidade?”.

Em resumo, respondendo à pergunta: há autoridades gaúchas claramente interessadas em, por razões abscônditas, superestimar a presença “neonazista” por aqui.

IHU On-Line – Como compreender a afinidade de pessoas com grupos neonazistas e a proliferação de conteúdos neonazistas na internet, mais de 60 anos depois da Segunda Guerra Mundial?

René Gertz – A esta pergunta não posso responder, porque eu justamente não consigo estabelecer qualquer relação de continuidade entre o nazismo dos anos 1930-1940 e o “neonazismo” atual, ao menos aqui no Rio Grande do Sul.

Fonte: site do Instituto Humanistas Unisinos
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/520006-neonazismo-no-rs-que-ha-de-verdade-ou-mentira-em-tudo-isso-entrevista-especial-com-rene-gertz

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Site oficial do Museu do Holocausto de Curitiba está no ar

O site oficial do Museu do Holocausto de Curitiba já está disponível, no endereço www.museudoholocausto.org.br. Primeiro do gênero no Brasil, o Museu é uma iniciativa da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, presidida por Miguel Krigsner, e da comunidade judaica na capital paranaense.

O site disponibiliza aos internautas todas as informações referentes ao Museu: horários de funcionamento, atividades educacionais, notícias, artigos, visita virtual, testemunhos da comunidade judaica, links para as redes sociais, memória, agendamento de visitas a partir do dia 12 de fevereiro de 2012, e também um espaço para doações de materiais que tenham relação com a identidade do espaço. Alguns links ainda estão em fase final de construção e entrarão no ar nos próximos dias.

Familiares de vítimas do Holocausto e pessoas que tenham objetos, fotos e documentos desse fato histórico e desejarem doar ao Museu podem ter acesso aos procedimentos pelo site.

O Museu do Holocausto de Curitiba será aberto ao público no dia 12 de fevereiro de 2012, e a partir dessa data, as visitas poderão ser feitas individualmente ou em grupos, em dias e horários previamente agendados pelo site ou pelos telefones (41) 3093-7462/ 3093-7461.

Serviço:
Museu do Holocausto de Curitiba (em funcionamento a partir de 12/02/2012).
Rua Cel. Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro. Curitiba - PR.
Telefones do museu: (41) 3093-7462 e (41) 3093-7461.
Site: www.museudoholocausto.org.br.

Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/577590/?noticia=SITE+OFICIAL+DO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DE+CURITIBA+ESTA+NO+AR

Site: http://www.museudoholocausto.org.br/

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Curitiba terá o primeiro Museu do Holocausto do País

Almanaque / Notícias
Curitiba terá o primeiro Museu do Holocausto do País

Edilson Pereira/Marcos Borges

Confira aqui a galeria de fotos.

Curitiba terá a partir deste domingo (20) mais um museu. E de natureza internacional. É o Museu do Holocausto. Espaço semelhante já existe em Buenos Aires, Montreal, Polônia, Austrália, Bélgica, Holanda, África do Sul, Inglaterra, Rússia, entre outros países, sem contar as inúmeras unidades espalhadas pelo território americano (Nova York, Washington, Los Angeles, Houston, Dallas, entre outras). O museu é um espaço criado pela comunidade judaica com o objetivo inicial de preservar a memória das vítimas semitas sob os nazistas, antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

O presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, Miguel Krigsner, que concretiza uma ideia nascida há aproximadamente dez anos, diz que a escolha da capital paranaense para abrigar a primeira unidade brasileira se deve ao fato de Curitiba e o estado contarem com número expressivo de judeus e descendentes europeus. Para ele, a iniciativa procura "trazer à luz um dos períodos mais tristes do século XX". O museu não pretende "atacar nenhuma etnia, não tem nenhum intuito político, mas levar à reflexão sobre o momento atual, sobre a intolerância e a violência, que existem e atualmente vêm à tona especialmente sobre negros e homossexuais".

Krigsner observou que o Brasil começa a ganhar importância internacional, se transforma em potência mundial e atrai expressiva leva de imigrantes. Ele destacou que sempre houve clima de convivência pacífica no país, e que iniciativas como a criação do museu se soma ao esforço para a cultura da tolerância. Ele abordou ainda manifestações que procuram relativizar a importância do holocausto e em alguns casos questionar a sua existência. "Começam a surgir notícias de que o holocausto não existiu. De que é uma mentira judaica. Grande parte da família de meu pai desapareceu na Polônia. Onde ela foi parar? Foi abduzida do planeta?", indaga ele, ao mesmo tempo em que procura demonstrar a relevância que o assunto tem para os judeus.

A cientista política Denise Faiguenblum Hasbani, pós-graduada em Língua e Cultura Judaica pela Faculdade Renascença e mestre em Língua e Cultura Judaica pela USP, vê o museu como um instrumento de utilidade para as gerações futuras. Ela não se preocupa em combater a recente onda de crítica ao holocausto. "Estes negadores não têm importância. Sabemos que existiu. E pronto. O importante é o futuro. Servir de alerta para as gerações futuras sobre a intolerância e a violência, até onde elas podem chegar", diz.

Para Denise Hasbani, a função do museu será a de contribuir para o aprendizado: "É preciso aprender. Esta é a função do museu". "Queremos que as pessoas vejam, aprendam e saiam de lá melhores como seres humanos. O passado não muda mais. O holocausto aconteceu. Está muito bem documentado. Eles que dizem que não aconteceu, então que provem. O que não queremos é que nada semelhante a isso aconteça com ninguém no futuro", diz ela. A cientista política observou que depois do holocausto, aconteceram outros tipos de violência e genocídios com outros povos, numa demonstração de que "a humanidade não aprendeu com o holocausto".

Embora o museu seja inaugurado neste domingo, as visitas serão abertas ao público a partir de 12 de fevereiro, sempre agendadas pelo site ou por telefone com antecedência de 24 horas no mínimo e em horários especiais. Um dos focos do museu será a visitação para grupos de alunos e estudiosos do assunto. O coordenador do museu, Carlos Reiss, explica que a inauguração será feita em parte este mês para aproveitar o encontro nacional de lideranças de sociedades brasileiro-israelenses em Curitiba. O tempo restante, até fevereiro, será dedicado a encorpar o acervo, ainda em fase de consolidação. O Museu do Holocausto de Curitiba fica na Rua Coronel Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro (fones 3093-7462 e 3093-7461), site: www.museudoholocausto.org.br

Confira aqui a galeria de fotos.

Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/574560/?noticia=CURITIBA+TERA+O+PRIMEIRO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DO+PAIS

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Neonazis matam mais uma pessoa no Paraná

Rapaz morre depois de ser atacado por skinheads no bairro São Francisco

Crime ocorreu na Inácio Lustosa, por volta das 19h40 deste domingo. Jovem foi esfaqueado e não resistiu aos ferimentos

Um jovem morreu após ser esfaqueado no bairro São Francisco, em Curitiba, na noite de domingo (5). O rapaz e um grupo de amigos teriam sido atacados por skinheads – grupo de orientação neonazista – quando caminhavam pela Rua Inácio Lustosa, por volta das 19h40, segundo a Polícia Militar.

Testemunhas acionaram a Polícia Militar e o Siate. O grupo que estava com a vítima fugiu do local.

A vítima foi encaminhada em estado grave para o Hospital Evangélico, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a PM, o próximo passo é identificar quem eram as pessoas que estavam com o rapaz, para que elas possam auxiliar na identificação dos agressores. O órgão não soube informar quantos eram os skinheads.

A carteira da vítima foi roubada e o caso será investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos.

Fonte: Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1043815&tit=Rapaz-morre-depois-de-ser-atacado-por-skinheads-no-bairro-Sao-Francisco

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Comissão sobre quadrilhas neonazistas define audiências públicas

A comissão externa da Câmara que acompanha as investigações sobre quadrilhas neonazistas terá uma reunião administrativa na quarta-feira (10), às 15 horas, para definir convidados e datas de audiências públicas a serem realizadas.

A principal quadrilha sob investigação estaria em atividade no Rio Grande do Sul, com células nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

A comissão já ouviu policiais, representantes de movimentos sociais e jornalistas. A Polícia Civil gaúcha apurou que a quadrilha em operação no estado tem um grau preocupante de organização e promove a violência e o racismo entre os jovens.

A reunião acontecerá no plenário 3.

Da Redação/JPJ

Fonte: site da Câmara dos Deputados(Congresso Nacional)
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SEGURANCA/145095-COMISSAO-SOBRE-QUADRILHAS-NEONAZISTAS-DEFINE-AUDIENCIAS-PUBLICAS.html

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Polícia brasileira faz operação contra neonazistas

Polícia faz operação contra neonazistas em cinco cidades gaúchas

Novo grupo que faz apologia ao nazismo estaria se formando no RS.
Casal que integrava o mesmo esquema foi assassino em abril no Paraná.

Material com apologia ao nazismo foi apreendido pela polícia (Foto: Marcelo Oliveira/Dário Gaúcho/Ag.RBS)

A Polícia Civil de Porto Alegre realizou, nesta segunda-feira (18), uma operação para tentar localizar integrantes de um novo grupo neonazista em cinco cidades gaúchas.

Foram apreendidos mais de 300 peças, entre fotos, DVDs, livros, três bombas caseiras, facas, estiletes, roupas com suásticas e inclusive fardas militares em Cachoeirinha (RS), Viamão (RS), Porto Alegre e em outras duas cidades da Serra Gaúcha, que a Secretaria de Segurança Pública prefere manter em sigilo.

O material foi apreendido nas casas de cinco integrantes de um novo grupo neonazista que estaria sendo formado no Rio Grande do Sul, chamado de New Land, o grupo tem cerca de um ano e seu principal líder seria o gaúcho de 21 anos, natural de Teutônia (RS), preso em abril deste ano sob a suspeita de matar um casal que também integrava um grupo neonazista. As duas facções seriam rivais.

Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Paulo César Jardim, o grupo estaria planejando ataques a judeus e a grupos de homossexuais no estado. "Até o momento, nós tínhamos esses grupos fazendo propaganda do neonazismo, defendendo suas teses, suas teorias, mas agora eles partiram para o confronto."

O delegado explicou que o grupo se divide em três segmentos: político, propaganda e paramilitar. O terceiro teria a obrigação de selecionar soldados, que seriam encarregados de preparar bombas e explodi-las em locais específicos. Sinagogas e passeatas de homossexuais seriam os principais alvos do grupo.

"Eles não esconderam que, se precisam matar judeus, era melhor matar vários de uma vez. O mesmo vale para os homossexuais. É uma ideia bastante grave, bastante séria e nós temos a obrigação de prender essas pessoas", disse Jardim.

Para ingressar é preciso ser branco e, de preferência, com descendência europeia, além de ter conhecimentos gerais sobre o nazismo. A polícia está investigando cerca de 50 pessoas que teriam relação com o grupo, que estaria ligado a movimentos do Paraná e São Paulo. Nos últimos 60 dias, a polícia investiga a participação do grupo em pelo menos 10 mortes no estado.

Fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1158567-5598,00-POLICIA+FAZ+OPERACAO+CONTRA+NEONAZISTAS+EM+CINCO+CIDADES+GAUCHAS.html

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Criminosos fingiram ser policiais para matar casal apos festa neonazista

Seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos.
Vítimas teriam participado de festa em homenagem a Hitler.

Do G1, em São Paulo

Foto: Reprodução/Secretaria de Segurança do PR Suspeitos do crime foram apresentados à imprensa neste sábado (2) (Foto: Reprodução/SSP-PR)

A morte de dois estudantes após uma festa de neonazistas, na região metropolitana de Curitiba, foi planejada por integrantes do próprio movimento, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SSP-PR). A polícia relatou que os criminosos simularam uma briga de namorados e se passaram por policiais para matar o casal.

Os estudantes de 24 e 21 anos foram encontrados mortos na madrugada de 21 de abril, na altura do quilômetro 6 da BR-116, em Quatro Barras (PR). Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no crime. Elas vão responder por homicídio qualificado e formação de quadrilha e podem pegar até 72 anos de prisão.

Segundo as investigações, o crime foi motivado por divergências políticas e disputa de poder dentro de um grupo neonazista. O homem apontado como chefe do movimento neonazista no Brasil, suspeito de envolvimento no crime, queria substituir o líder no Paraná e retomar o controle. Para isso, segundo a polícia, mandou matar o rapaz que exercia a função.

Foto: Reprodução/SSP-PR Material que faz apologia ao nazismo é apreendido pela polícia (Foto: Reprodução/SSP-PR)

O casal teria participado de uma festa em uma chácara, em celebração do aniversário do ditador alemão Adolf Hitler. De acordo com a SSP-PR, os suspeitos planejaram a saída do casal, para matá-lo. "Eles assassinaram premeditadamente e friamente dois jovens por motivos incrivelmente banais", afirmou o secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

Apologia ao nazismo

Em São Paulo, foi preso na sexta-feira (1º) o homem suspeito de ser o chefe de um movimento neonazista no Brasil. Foram cumpridos mandados de busca no apartamento de luxo do suspeito e em duas residências de outros integrantes do grupo no bairro de Moema, na Zona Sul da capital paulista. De acordo com a polícia, foram encontrados computadores, fotos, pen drives e máquinas fotográficas com conteúdos nazistas.

A polícia disse ter encontrado uma das armas usadas no crime - uma pistola 9 mm com registro da Polícia Federal da Argentina. Ao todo, foram cumpridos 16 dezesseis mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1106642-5598,00-CRIMINOSOS+FINGIRAM+SER+POLICIAIS+PARA+MATAR+CASAL+APOS+FESTA+NEONAZISTA.html

Matéria detalhada no Jornale(Paraná)e fotos:
http://jornale.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=19450&Itemid=125

domingo, 3 de maio de 2009

Festa neonazista no Paraná acaba com dois neonazis mortos por disputa interna no bando

Presos suspeitos de matar casal em Curitiba

As investigações mostram que o crime foi motivado pela disputa num grupo de neonazistas.


Em Curitiba, a polícia apresentou, neste sábado, seis acusados de envolvimento no assassinato de um casal de namorados.

As investigações mostram que o crime foi motivado pela disputa num grupo de neonazistas.

São todos jovens de classe média e com formação universitária.

Um deles, soldado do exército, foi preso dentro do quartel em Curitiba.

Também houve prisões em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Na casa dos acusados foi encontrado material que segundo a polícia faz apologia ao nazismo.

As investigações começaram, depois do assassinato de um casal na região de Curitiba, que teria sido motivado por uma disputa pela liderança do movimento no Paraná.

Bernardo Deyrel pedroso, de 24 anos e Renata Waeschter Ferreira, de 21 anos, foram mortos a tiros na saída de uma festa, no dia 21 de abril.

As imagens feitas por um integrante do grupo mostram a festa, uma comemoração pelo aniversário do ditador nazista, Adolf Hitler.

As investigações apontam que a arma do crime foi trazida da argentina. A polícia afirma que o administrador de empresas, Ricardo Barollo, preso em São Paulo, é o mandante do assassinato dos dois estudantes. Ele negou.

Para a polícia, Ricardo encomendou o crime para acabar com a formação de uma facção paralela do grupo no Paraná.

Fonte: Jornal Nacional/G1
Ler mais:
vídeo e matéria
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1106797-10406,00-PRESOS+SUSPEITOS+DE+MATAR+CASAL+EM+CURITIBA.html

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