Auschwitz, Treblinka e o gueto de Varsóvia simbolizam o Holocausto na memória coletiva. Mas estes lugares não contam toda a história da perseguição nazi aos judeus. Por mais brutais que tenham sido, eles representam apenas uma fração minúscula do sistema de detenção, tortura e morte
"Se alguém me perguntasse quantos destes lugares existiram, eu teria dito 7000, 8000, 10 mil - 15 mil, no máximo. 42.500 é um número que nunca me teria passado pela cabeça", diz ao PÚBLICO Deborah Lipstadt, historiadora do Holocausto e professora na Emory University em Atlanta.
Geoffrey Megargee, o coordenador da investigação do Museu do Holocausto, admite que o número possa vir a aumentar porque o projeto ainda vai a meio. A data prevista de conclusão é 2025.
A descoberta mostra até que ponto a história do Holocausto ainda está a ser escrita, 68 anos depois do fim da II Guerra, que revelou ao resto do mundo a existência dos campos de concentração. O novo número oferece um retrato mais complexo e disseminado do horror nazi, um sistema por onde terão passado entre 15 e 20 milhões de pessoas, segundo as estimativas dos investigadores, e não apenas judeus, mas também outros grupos étnicos, homossexuais e prisioneiros de guerra. E, sublinha Megargee, o número de vítimas - seis milhões de judeus mortos - permanece inalterado.
"O Holocausto acaba de tornar-se mais chocante", escreveu o New York Times no início deste mês, quando publicou uma notícia sobre a nova contagem dos investigadores do Museu do Holocausto. "Quando uma pessoa lê isso, pensa: "O quê??? Isso é impossível!", diz Deborah Lipstadt. "Isto não muda as coisas, mas vem reforçar o que nós, que trabalhamos nesta área, já tínhamos constatado: que quando existem 42.500 diferentes campos, instalações, o que lhes quiser chamar, é virtualmente impossível que as pessoas na Alemanha e nos países alinhados não soubessem o que se estava a passar."
Essa também é a conclusão de Geoffrey Megargee. "Quando chegamos a um número como este, as pessoas podiam não saber os detalhes do que estava a acontecer nalguns destes lugares, podiam não estar cientes da sua escala, podiam não saber quantos judeus é que estavam a ser mortos na Europa de Leste, mas literalmente era impossível dobrar uma esquina na Alemanha sem encontrar centros de detenção de prisioneiros de guerra ou campos de concentração com trabalhadores forçados. As pessoas sabiam que os direitos humanos estavam a ser violados, se quisessem pensar no assunto. Podem ter preferido não ver os piores aspectos do sistema. Mas até certo ponto, o sistema estava à frente dos olhos de toda a gente."
Só em Berlim, os investigadores identificaram três mil campos de concentração e casas de reclusão para judeus. Nem todos os 42.500 lugares tinham como objetivo o extermínio de pessoas. Eles variavam em termos de função, organização e tamanho, conforme as necessidades dos nazis. Megargee e o seu colega Martin Dean contabilizaram mais de 30 mil campos de trabalhos forçados, 1150 guetos judeus, 980 campos de concentração, mil campos de prisioneiros de guerra, 500 bordéis onde as mulheres eram obrigadas a ter relações sexuais com militares alemães. Megargee nota que havia campos "especiais" de trabalhos forçados para judeus e campos de trabalhos forçados especificamente para não-judeus destinados a ajudar a economia alemã durante a guerra. As experiências podiam variar imenso. "Um prisioneiro de guerra americano ou um britânico tinha condições relativamente aceitáveis - e quero sublinhar a palavra "relativamente"", diz Megargee, porque, por regra, os campos onde se encontravam eram fiscalizadas pela Cruz Vermelha Internacional que, entre outras coisas, fazia chegar remessas alimentares.
"Mas no outro extremo dos prisioneiros de guerra estavam os soviéticos: 60% dos soldados soviéticos capturados pelos alemães morreram ou de fome, ou devido a abusos ou porque foram mortos."
Os investigadores também identificaram 100 clínicas, dirigidas por pessoal médico: quando uma trabalhadora forçada engravidava, era enviada para um destes estabelecimentos, onde era obrigada a abortar. Nos casos em que as mulheres davam à luz, os bebês eram mortos, normalmente por um lento processo de subnutrição. Em qualquer dos casos, a mulher regressava para o campo de trabalhos forçados.
"As pessoas perguntam-me: "Por que é que os alemães estavam a fazer isto quando tinham uma guerra para combater?" E a resposta é que isto fazia parte da guerra que estavam a combater. Eliminar os judeus era um objetivo de guerra para eles, não era uma distração", diz Geoffrey Megargee.
Levantamento exaustivo
Muitos dos lugares documentados pelos investigadores eram previamente conhecidos, mas apenas a nível local. Mas este é o primeiro levantamento exaustivo, que procura reunir toda essa informação num mesmo projeto.
O objetivo é catalogar tudo numa enciclopédia de sete volumes, dois dos quais já foram publicados e contêm cerca de duas mil páginas cada. O segundo volume, sobre guetos na Europa de Leste, contém cerca de 320 lugares cuja existência nunca tinha sido documentada em nenhuma publicação.
Sam Dubbin, um advogado da Florida que representa a maior organização de sobreviventes do Holocausto nos Estados Unidos, a Holocaust Survivors Foundation USA, nota ao PÚBLICO que há casos de sobreviventes a quem foram negadas compensações por não haver qualquer registro do lugar onde dizem ter sido encarcerados ou sujeitos a trabalhos forçados. Dubbin acredita que o trabalho dos investigadores do Museu do Holocausto pode ajudar a reparar essa lacuna. Segundo este advogado, muitos destes lugares permaneceram longe do conhecimento público durante tanto tempo porque havia entidades interessadas em manter essa informação secreta - companhias de seguros que protegiam os bens e propriedades que foram confiscados aos judeus, os Governos alemão e de países colaboracionistas - para não terem de pagar indenizações às vítimas do nazismo.
É uma tese que Deborah Lipstadt não rejeita inteiramente, mas considera algo exagerada. "Detesto teorias da conspiração. Passei grande parte da minha vida a lutar contra pessoas que difundem teorias da conspiração", diz, referindo-se aos revisionistas que negam o Holocausto. "Eu diria que é muito provável que tenha havido instituições, organizações, até mesmo organismos governamentais que não viram qualquer benefício em ter essa informação cá fora. Agora, quer isso dizer que havia pessoas sentadas sobre essa informação, a tentar escondê-la? Não me parece."
Geoffrey Megargee diz que começou por pensar no projeto como qualquer acadêmico pensaria. "Achei que a enciclopédia seria muito valiosa enquanto obra de referência, ponto. Mas quando saiu o primeiro volume, fiz uma apresentação no museu a um grupo de sobreviventes e houve um deles que se levantou, pôs a mão sobre o livro e disse: "Este é um livro sagrado." Para os sobreviventes, é muito importante que alguém esteja finalmente a documentar todos estes milhares de lugares que, de outra forma, estariam condenados ao esquecimento."
Kathleen Gomes, Washington
17/03/2013 - 00:00
Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/culturaipsilon/jornal/e-se-o-holocausto-foi-pior-do-que-pensamos-26233035#/0
Ver mais:
O Holocausto ainda mais chocante: catalogaram 42.500 campos nazis na Europa (Matéria do New York Times)
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quinta-feira, 16 de outubro de 2014
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Museu do Holocausto recupera diário de Alfred Rosenberg. Diário completo colocado online
Museu do Holocausto recupera diário de criminoso de guerra nazi
O Museu do Holocausto dos Estados Unidos anunciou hoje ter recuperado o diário de um quadro nazi, que está disponível 'online' para promover o conhecimento sobre o extermínio de judeus e outras minorias orquestrado por Adolf Hitler.
O Museu do Holocausto, situado em Washington, tentou, durante anos, recuperar o diário de Alfred Rosenberg, fiel do ditador alemão e um dos principais autores e promotores da teoria da supremacia da raça ariana.
"Hoje, a busca termina", regozijou-se a diretora do museu, Sara Bloomfield, na cerimônia oficial de transferência para as autoridades federais americanas das 425 páginas, manuscritas e datilografadas, que constituem o diário.
Depois de ter passado por várias mãos, o documento estava agora na posse de um editor acadêmico americano, que o terá recebido de um dos promotores públicos envolvidos nos julgamentos de Nuremberg.
Desaparecido desde 1946, quando terminaram os julgamentos de Nuremberg aos crimes cometidos pelo regime nazi, o diário de Rosenberg ilustra, ao longo de um período de dez anos, com início em 1934, o plano racista que conduziu ao extermínio de seis milhões de judeus e cinco milhões de pessoas de outras minorias étnicas ou sexuais.
Capturado pelas tropas aliadas no final da II Guerra Mundial, Rosenberg foi condenado em Nuremberg e executado em outubro de 1946, aos 53 anos.
Fonte: Tsf/Reuters (Portugal)
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=3593500
Pra quem quiser ver o diário completo online, o USHMM disponibilizou as páginas digitalizadas e transcritas (em alemão): Diário de Alfred Rosenberg
http://collections.ushmm.org/view/2001.62.14?page=1
O Museu do Holocausto dos Estados Unidos anunciou hoje ter recuperado o diário de um quadro nazi, que está disponível 'online' para promover o conhecimento sobre o extermínio de judeus e outras minorias orquestrado por Adolf Hitler.
REUTERS/Gary Cameron Museu do Holocausto recupera diário de criminoso de guerra nazi |
"Hoje, a busca termina", regozijou-se a diretora do museu, Sara Bloomfield, na cerimônia oficial de transferência para as autoridades federais americanas das 425 páginas, manuscritas e datilografadas, que constituem o diário.
Depois de ter passado por várias mãos, o documento estava agora na posse de um editor acadêmico americano, que o terá recebido de um dos promotores públicos envolvidos nos julgamentos de Nuremberg.
Desaparecido desde 1946, quando terminaram os julgamentos de Nuremberg aos crimes cometidos pelo regime nazi, o diário de Rosenberg ilustra, ao longo de um período de dez anos, com início em 1934, o plano racista que conduziu ao extermínio de seis milhões de judeus e cinco milhões de pessoas de outras minorias étnicas ou sexuais.
Capturado pelas tropas aliadas no final da II Guerra Mundial, Rosenberg foi condenado em Nuremberg e executado em outubro de 1946, aos 53 anos.
Fonte: Tsf/Reuters (Portugal)
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=3593500
Pra quem quiser ver o diário completo online, o USHMM disponibilizou as páginas digitalizadas e transcritas (em alemão): Diário de Alfred Rosenberg
http://collections.ushmm.org/view/2001.62.14?page=1
sábado, 28 de setembro de 2013
Museus de Washington podem ter de encerrar
Instituições culturais do Estado estão dependentes da aprovação do Orçamento que terá de acontecer antes de Outubro
27/09/2013 - 00:00
Em Washington, a menos de uma semana da aprovação, ou não, do Orçamento federal para o próximo ano, teme-se que os serviços dependentes do Estado norte-americano possam sofrer uma eventual paralisação. Entre eles estão importantes instituições culturais, como Museu Nacional da História da América, que faz parte do Instituto Smithsonian, a National Gallery of Art, o museu de arte contemporânea Hirshhorn, o Museu do Holocausto, o Museu Nacional da História da América, e todas as áreas do Instituto Smithsonian. Poderão fechar temporariamente se o Congresso norte-americano não chegar a um acordo até 1 de Outubro.
O Congresso tem de aprovar um novo Orçamento federal até 30 de Setembro, para a manter a função pública e serviços dependentes do Estado operacionais a partir dessa data. Mas a ala mais conservadora do Partido Republicano na câmara baixa do Congresso, associada ao Tea Party, insistiu em introduzir uma providência que bloqueia a aplicação da lei de acesso universal a cuidados de saúde, a reforma mais emblemática do primeiro mandato presidencial de Barack Obama, como condição para autorizar o novo Orçamento.
Os museus estão já activar planos de contingência para não serem apanhados de surpresa, caso o Orçamento federal não seja aprovado, escrevem o The Art Newspaper e o New York Times, que dá o exemplo do Museu Nacional da História da América: adiou, para já, a recepção de um esqueleto raro e praticamente intacto de um Tyrannosaurus rex (T-Rex), emprestado a um museu de Montana há 50 anos, porque não sabe o que vai acontecer às suas instalações e funcionários.
O próprio jardim zoológico, National Zoo, poderá ter de encerrar e mandar pessoal para casa.
A última vez que os serviços se viram obrigados a fechar portas por motivos semelhantes foi em Dezembro de 1995. Durante 21 dias os serviços pararam.
Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/cultura/jornal/museus-de-washington-podem-ter-de-encerrar-27156035
27/09/2013 - 00:00
Em Washington, a menos de uma semana da aprovação, ou não, do Orçamento federal para o próximo ano, teme-se que os serviços dependentes do Estado norte-americano possam sofrer uma eventual paralisação. Entre eles estão importantes instituições culturais, como Museu Nacional da História da América, que faz parte do Instituto Smithsonian, a National Gallery of Art, o museu de arte contemporânea Hirshhorn, o Museu do Holocausto, o Museu Nacional da História da América, e todas as áreas do Instituto Smithsonian. Poderão fechar temporariamente se o Congresso norte-americano não chegar a um acordo até 1 de Outubro.
O Congresso tem de aprovar um novo Orçamento federal até 30 de Setembro, para a manter a função pública e serviços dependentes do Estado operacionais a partir dessa data. Mas a ala mais conservadora do Partido Republicano na câmara baixa do Congresso, associada ao Tea Party, insistiu em introduzir uma providência que bloqueia a aplicação da lei de acesso universal a cuidados de saúde, a reforma mais emblemática do primeiro mandato presidencial de Barack Obama, como condição para autorizar o novo Orçamento.
Os museus estão já activar planos de contingência para não serem apanhados de surpresa, caso o Orçamento federal não seja aprovado, escrevem o The Art Newspaper e o New York Times, que dá o exemplo do Museu Nacional da História da América: adiou, para já, a recepção de um esqueleto raro e praticamente intacto de um Tyrannosaurus rex (T-Rex), emprestado a um museu de Montana há 50 anos, porque não sabe o que vai acontecer às suas instalações e funcionários.
O próprio jardim zoológico, National Zoo, poderá ter de encerrar e mandar pessoal para casa.
A última vez que os serviços se viram obrigados a fechar portas por motivos semelhantes foi em Dezembro de 1995. Durante 21 dias os serviços pararam.
Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/cultura/jornal/museus-de-washington-podem-ter-de-encerrar-27156035
domingo, 3 de março de 2013
O Holocausto ainda mais chocante: catalogaram 42.500 campos nazis na Europa (Matéria do New York Times)
Matéria original saiu no NY Times com duas páginas The Holocaust Just Got More Shocking (http://www.nytimes.com/2013/03/03/sunday-review/the-holocaust-just-got-more-shocking.html). Segue abaixo uma tradução de uma matéria menor em outro jornal destacando o mesmo assunto.
O Holocausto ainda mais "chocante": catalogaram 42.500 campos nazis na Europa
Publicado: 2 mar 2013 | 22:33 GMT Última atualização: 2 mar 2013 | 22:33 GMT. ushmm.org
Um estudo dos pesquisadores do Museu Memorial do Holocausto dos EUA revela que a escala de extensão do Holocausto vai muito mais além dos marcos que os historiadores haviam traçado.
No total os autores do projeto documentaram e assinalaram no mapa 42.500 locais de tortura nazi onde, segundo estimativas, de 15 a 20 milhões de pessoas morreram ou foram presas.
Durante os últimos treze anos os pesquisadores, segundo escreve o jornal 'The New York Times', dedicaram-se à tarefa de contar e catalogar todos os guetos, campos de concentração, campos de trabalhos forçados e campos de prisioneiros de guerra que os nazis estabeleceram na Europa desde 1933 até 1945. Também na lista foram incluídos prostíbulos para militares alemães e centros de "cuidado" onde se realizavam abortos forçados e matavam as crianças recém-nascidas.
ushmm.org
"O número é muito mais alto do que se pensava originalmente", disse o diretor do Instituto de História Alemã em Washington, Hartmut Berghoff, em uma entrevista ao jornal. “Antes sabíamos o quão horrível que eram os campos e guetos", disse Berghoff, “mas esta cifra é incrível”.
ushmm.org
Geoffrey Megargee e Martin Dean, principais redatores do projeto, fizeram inventário de milhares de locais em uma enciclopédia de vários volumes cujas páginas se apresenta a história detalhada "das condições de trabalho e vida, a atitude dos conselhos judeus, a resposta judaica à perseguição, as mudanças demográficas e os detalhes da liquidação dos guetos".
O estudo do Museu Memorial do Holocausto além de ter grande valor histórico pode ajudar as pessoas que sobreviveram e agora lutam pela recompensa. "Quantas demandas foram rechaçadas tão somente porque as vítimas se encontravam em um acampamento que nem sequer conhecemos?", disse ao jornal estadunidense Sam Dubbin, advogado que representa os interesses dos sobreviventes.
Fonte: RT.com (Rússia)
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/87987-holocausto-escala-increible-campos-nazi-europa
Tradução: Roberto Lucena
O Holocausto ainda mais "chocante": catalogaram 42.500 campos nazis na Europa
Publicado: 2 mar 2013 | 22:33 GMT Última atualização: 2 mar 2013 | 22:33 GMT. ushmm.org
Um estudo dos pesquisadores do Museu Memorial do Holocausto dos EUA revela que a escala de extensão do Holocausto vai muito mais além dos marcos que os historiadores haviam traçado.
No total os autores do projeto documentaram e assinalaram no mapa 42.500 locais de tortura nazi onde, segundo estimativas, de 15 a 20 milhões de pessoas morreram ou foram presas.
Durante os últimos treze anos os pesquisadores, segundo escreve o jornal 'The New York Times', dedicaram-se à tarefa de contar e catalogar todos os guetos, campos de concentração, campos de trabalhos forçados e campos de prisioneiros de guerra que os nazis estabeleceram na Europa desde 1933 até 1945. Também na lista foram incluídos prostíbulos para militares alemães e centros de "cuidado" onde se realizavam abortos forçados e matavam as crianças recém-nascidas.
ushmm.org
"O número é muito mais alto do que se pensava originalmente", disse o diretor do Instituto de História Alemã em Washington, Hartmut Berghoff, em uma entrevista ao jornal. “Antes sabíamos o quão horrível que eram os campos e guetos", disse Berghoff, “mas esta cifra é incrível”.
ushmm.org
Geoffrey Megargee e Martin Dean, principais redatores do projeto, fizeram inventário de milhares de locais em uma enciclopédia de vários volumes cujas páginas se apresenta a história detalhada "das condições de trabalho e vida, a atitude dos conselhos judeus, a resposta judaica à perseguição, as mudanças demográficas e os detalhes da liquidação dos guetos".
O estudo do Museu Memorial do Holocausto além de ter grande valor histórico pode ajudar as pessoas que sobreviveram e agora lutam pela recompensa. "Quantas demandas foram rechaçadas tão somente porque as vítimas se encontravam em um acampamento que nem sequer conhecemos?", disse ao jornal estadunidense Sam Dubbin, advogado que representa os interesses dos sobreviventes.
Fonte: RT.com (Rússia)
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/87987-holocausto-escala-increible-campos-nazi-europa
Tradução: Roberto Lucena
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Site oficial do Museu do Holocausto de Curitiba está no ar
O site oficial do Museu do Holocausto de Curitiba já está disponível, no endereço www.museudoholocausto.org.br. Primeiro do gênero no Brasil, o Museu é uma iniciativa da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, presidida por Miguel Krigsner, e da comunidade judaica na capital paranaense.
O site disponibiliza aos internautas todas as informações referentes ao Museu: horários de funcionamento, atividades educacionais, notícias, artigos, visita virtual, testemunhos da comunidade judaica, links para as redes sociais, memória, agendamento de visitas a partir do dia 12 de fevereiro de 2012, e também um espaço para doações de materiais que tenham relação com a identidade do espaço. Alguns links ainda estão em fase final de construção e entrarão no ar nos próximos dias.
Familiares de vítimas do Holocausto e pessoas que tenham objetos, fotos e documentos desse fato histórico e desejarem doar ao Museu podem ter acesso aos procedimentos pelo site.
O Museu do Holocausto de Curitiba será aberto ao público no dia 12 de fevereiro de 2012, e a partir dessa data, as visitas poderão ser feitas individualmente ou em grupos, em dias e horários previamente agendados pelo site ou pelos telefones (41) 3093-7462/ 3093-7461.
Serviço:
Museu do Holocausto de Curitiba (em funcionamento a partir de 12/02/2012).
Rua Cel. Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro. Curitiba - PR.
Telefones do museu: (41) 3093-7462 e (41) 3093-7461.
Site: www.museudoholocausto.org.br.
Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/577590/?noticia=SITE+OFICIAL+DO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DE+CURITIBA+ESTA+NO+AR
Site: http://www.museudoholocausto.org.br/
O site disponibiliza aos internautas todas as informações referentes ao Museu: horários de funcionamento, atividades educacionais, notícias, artigos, visita virtual, testemunhos da comunidade judaica, links para as redes sociais, memória, agendamento de visitas a partir do dia 12 de fevereiro de 2012, e também um espaço para doações de materiais que tenham relação com a identidade do espaço. Alguns links ainda estão em fase final de construção e entrarão no ar nos próximos dias.
Familiares de vítimas do Holocausto e pessoas que tenham objetos, fotos e documentos desse fato histórico e desejarem doar ao Museu podem ter acesso aos procedimentos pelo site.
O Museu do Holocausto de Curitiba será aberto ao público no dia 12 de fevereiro de 2012, e a partir dessa data, as visitas poderão ser feitas individualmente ou em grupos, em dias e horários previamente agendados pelo site ou pelos telefones (41) 3093-7462/ 3093-7461.
Serviço:
Museu do Holocausto de Curitiba (em funcionamento a partir de 12/02/2012).
Rua Cel. Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro. Curitiba - PR.
Telefones do museu: (41) 3093-7462 e (41) 3093-7461.
Site: www.museudoholocausto.org.br.
Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/577590/?noticia=SITE+OFICIAL+DO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DE+CURITIBA+ESTA+NO+AR
Site: http://www.museudoholocausto.org.br/
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Curitiba terá o primeiro Museu do Holocausto do País
Almanaque / Notícias
Curitiba terá o primeiro Museu do Holocausto do País
Edilson Pereira/Marcos Borges
Confira aqui a galeria de fotos.
Curitiba terá a partir deste domingo (20) mais um museu. E de natureza internacional. É o Museu do Holocausto. Espaço semelhante já existe em Buenos Aires, Montreal, Polônia, Austrália, Bélgica, Holanda, África do Sul, Inglaterra, Rússia, entre outros países, sem contar as inúmeras unidades espalhadas pelo território americano (Nova York, Washington, Los Angeles, Houston, Dallas, entre outras). O museu é um espaço criado pela comunidade judaica com o objetivo inicial de preservar a memória das vítimas semitas sob os nazistas, antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
O presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, Miguel Krigsner, que concretiza uma ideia nascida há aproximadamente dez anos, diz que a escolha da capital paranaense para abrigar a primeira unidade brasileira se deve ao fato de Curitiba e o estado contarem com número expressivo de judeus e descendentes europeus. Para ele, a iniciativa procura "trazer à luz um dos períodos mais tristes do século XX". O museu não pretende "atacar nenhuma etnia, não tem nenhum intuito político, mas levar à reflexão sobre o momento atual, sobre a intolerância e a violência, que existem e atualmente vêm à tona especialmente sobre negros e homossexuais".
Krigsner observou que o Brasil começa a ganhar importância internacional, se transforma em potência mundial e atrai expressiva leva de imigrantes. Ele destacou que sempre houve clima de convivência pacífica no país, e que iniciativas como a criação do museu se soma ao esforço para a cultura da tolerância. Ele abordou ainda manifestações que procuram relativizar a importância do holocausto e em alguns casos questionar a sua existência. "Começam a surgir notícias de que o holocausto não existiu. De que é uma mentira judaica. Grande parte da família de meu pai desapareceu na Polônia. Onde ela foi parar? Foi abduzida do planeta?", indaga ele, ao mesmo tempo em que procura demonstrar a relevância que o assunto tem para os judeus.
A cientista política Denise Faiguenblum Hasbani, pós-graduada em Língua e Cultura Judaica pela Faculdade Renascença e mestre em Língua e Cultura Judaica pela USP, vê o museu como um instrumento de utilidade para as gerações futuras. Ela não se preocupa em combater a recente onda de crítica ao holocausto. "Estes negadores não têm importância. Sabemos que existiu. E pronto. O importante é o futuro. Servir de alerta para as gerações futuras sobre a intolerância e a violência, até onde elas podem chegar", diz.
Para Denise Hasbani, a função do museu será a de contribuir para o aprendizado: "É preciso aprender. Esta é a função do museu". "Queremos que as pessoas vejam, aprendam e saiam de lá melhores como seres humanos. O passado não muda mais. O holocausto aconteceu. Está muito bem documentado. Eles que dizem que não aconteceu, então que provem. O que não queremos é que nada semelhante a isso aconteça com ninguém no futuro", diz ela. A cientista política observou que depois do holocausto, aconteceram outros tipos de violência e genocídios com outros povos, numa demonstração de que "a humanidade não aprendeu com o holocausto".
Embora o museu seja inaugurado neste domingo, as visitas serão abertas ao público a partir de 12 de fevereiro, sempre agendadas pelo site ou por telefone com antecedência de 24 horas no mínimo e em horários especiais. Um dos focos do museu será a visitação para grupos de alunos e estudiosos do assunto. O coordenador do museu, Carlos Reiss, explica que a inauguração será feita em parte este mês para aproveitar o encontro nacional de lideranças de sociedades brasileiro-israelenses em Curitiba. O tempo restante, até fevereiro, será dedicado a encorpar o acervo, ainda em fase de consolidação. O Museu do Holocausto de Curitiba fica na Rua Coronel Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro (fones 3093-7462 e 3093-7461), site: www.museudoholocausto.org.br
Confira aqui a galeria de fotos.
Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/574560/?noticia=CURITIBA+TERA+O+PRIMEIRO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DO+PAIS
Curitiba terá o primeiro Museu do Holocausto do País
Edilson Pereira/Marcos Borges
Confira aqui a galeria de fotos.
Curitiba terá a partir deste domingo (20) mais um museu. E de natureza internacional. É o Museu do Holocausto. Espaço semelhante já existe em Buenos Aires, Montreal, Polônia, Austrália, Bélgica, Holanda, África do Sul, Inglaterra, Rússia, entre outros países, sem contar as inúmeras unidades espalhadas pelo território americano (Nova York, Washington, Los Angeles, Houston, Dallas, entre outras). O museu é um espaço criado pela comunidade judaica com o objetivo inicial de preservar a memória das vítimas semitas sob os nazistas, antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
O presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, Miguel Krigsner, que concretiza uma ideia nascida há aproximadamente dez anos, diz que a escolha da capital paranaense para abrigar a primeira unidade brasileira se deve ao fato de Curitiba e o estado contarem com número expressivo de judeus e descendentes europeus. Para ele, a iniciativa procura "trazer à luz um dos períodos mais tristes do século XX". O museu não pretende "atacar nenhuma etnia, não tem nenhum intuito político, mas levar à reflexão sobre o momento atual, sobre a intolerância e a violência, que existem e atualmente vêm à tona especialmente sobre negros e homossexuais".
Krigsner observou que o Brasil começa a ganhar importância internacional, se transforma em potência mundial e atrai expressiva leva de imigrantes. Ele destacou que sempre houve clima de convivência pacífica no país, e que iniciativas como a criação do museu se soma ao esforço para a cultura da tolerância. Ele abordou ainda manifestações que procuram relativizar a importância do holocausto e em alguns casos questionar a sua existência. "Começam a surgir notícias de que o holocausto não existiu. De que é uma mentira judaica. Grande parte da família de meu pai desapareceu na Polônia. Onde ela foi parar? Foi abduzida do planeta?", indaga ele, ao mesmo tempo em que procura demonstrar a relevância que o assunto tem para os judeus.
A cientista política Denise Faiguenblum Hasbani, pós-graduada em Língua e Cultura Judaica pela Faculdade Renascença e mestre em Língua e Cultura Judaica pela USP, vê o museu como um instrumento de utilidade para as gerações futuras. Ela não se preocupa em combater a recente onda de crítica ao holocausto. "Estes negadores não têm importância. Sabemos que existiu. E pronto. O importante é o futuro. Servir de alerta para as gerações futuras sobre a intolerância e a violência, até onde elas podem chegar", diz.
Para Denise Hasbani, a função do museu será a de contribuir para o aprendizado: "É preciso aprender. Esta é a função do museu". "Queremos que as pessoas vejam, aprendam e saiam de lá melhores como seres humanos. O passado não muda mais. O holocausto aconteceu. Está muito bem documentado. Eles que dizem que não aconteceu, então que provem. O que não queremos é que nada semelhante a isso aconteça com ninguém no futuro", diz ela. A cientista política observou que depois do holocausto, aconteceram outros tipos de violência e genocídios com outros povos, numa demonstração de que "a humanidade não aprendeu com o holocausto".
Embora o museu seja inaugurado neste domingo, as visitas serão abertas ao público a partir de 12 de fevereiro, sempre agendadas pelo site ou por telefone com antecedência de 24 horas no mínimo e em horários especiais. Um dos focos do museu será a visitação para grupos de alunos e estudiosos do assunto. O coordenador do museu, Carlos Reiss, explica que a inauguração será feita em parte este mês para aproveitar o encontro nacional de lideranças de sociedades brasileiro-israelenses em Curitiba. O tempo restante, até fevereiro, será dedicado a encorpar o acervo, ainda em fase de consolidação. O Museu do Holocausto de Curitiba fica na Rua Coronel Agostinho de Macedo, 248, Bom Retiro (fones 3093-7462 e 3093-7461), site: www.museudoholocausto.org.br
Confira aqui a galeria de fotos.
Fonte: ParanáOnline
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/574560/?noticia=CURITIBA+TERA+O+PRIMEIRO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DO+PAIS
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Shoá: milhares de documentos e fotos online - Google e Yad Vashem
TEL AVIV, Israel - A mais importante coleção de documentos sobre o genocídio dos judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra mundial está disponível na Internet.
O Museu Memorial da Shoá, Yad Vashem, lançou esta inicitiva na quarta-feira com o lançamento de 130 mil fotos online consultáveis pelo site de buscas norte-americano Google, parceiro do projeto. A coleção deverá se extender mais tarde à outras partes dos vastos arquivos do museu.
A fórmula permite fácil acesso aos documentos, inclusive através de palavras-chave. Um fórum associado permite que aos usuários contribuirem com o projeto, adicionando suas próprias histórias, comentários e documentos sobre seus familiares que aparecem no arquivo online.
O Google tem utilizado uma tecnologia experimental de reconhecimento ótico de caracteres para permitir a pesquisa ativa em várias línguas no texto de documentos e fotos.
O presidente do Yad Vashem, Avner Shalev, disse que o benefício em chamar os jovens que procuram informações sobre seus antepassados supera o risco de publicação de comentários antissemitas.
Já nesta semana, o Yad Vashem lançou uma versão em seu canal de vídeo online no YouTube, para que os iranianos, cujo país é o maior inimigo de Israel, possam aprender sobre o Holocausto, no qual morreram cerca de seis milhões de judeus.
O memorial está agora trabalhando para digitalizar sua coleção de testemunhos de sobreviventes do genocídio.
Pra quem quiser acessar o banco de fotos do Yad Vashem na internet, link: http://collections.yadvashem.org/photosarchive/
Fonte: AP/Métro (Canadá, 26 de janeiro de 2011)
http://www.journalmetro.com/monde/article/754397--shoah-des-milliers-de-documents-et-photos-en-ligne
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Google amplia acesso a arquivos do Holocausto (Gazeta do Povo)
O Museu Memorial da Shoá, Yad Vashem, lançou esta inicitiva na quarta-feira com o lançamento de 130 mil fotos online consultáveis pelo site de buscas norte-americano Google, parceiro do projeto. A coleção deverá se extender mais tarde à outras partes dos vastos arquivos do museu.
A fórmula permite fácil acesso aos documentos, inclusive através de palavras-chave. Um fórum associado permite que aos usuários contribuirem com o projeto, adicionando suas próprias histórias, comentários e documentos sobre seus familiares que aparecem no arquivo online.
O Google tem utilizado uma tecnologia experimental de reconhecimento ótico de caracteres para permitir a pesquisa ativa em várias línguas no texto de documentos e fotos.
O presidente do Yad Vashem, Avner Shalev, disse que o benefício em chamar os jovens que procuram informações sobre seus antepassados supera o risco de publicação de comentários antissemitas.
Já nesta semana, o Yad Vashem lançou uma versão em seu canal de vídeo online no YouTube, para que os iranianos, cujo país é o maior inimigo de Israel, possam aprender sobre o Holocausto, no qual morreram cerca de seis milhões de judeus.
O memorial está agora trabalhando para digitalizar sua coleção de testemunhos de sobreviventes do genocídio.
Pra quem quiser acessar o banco de fotos do Yad Vashem na internet, link: http://collections.yadvashem.org/photosarchive/
Fonte: AP/Métro (Canadá, 26 de janeiro de 2011)
http://www.journalmetro.com/monde/article/754397--shoah-des-milliers-de-documents-et-photos-en-ligne
Tradução: Roberto Lucena
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Google amplia acesso a arquivos do Holocausto (Gazeta do Povo)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Yad Vashem anuncia identificação de 4 milhões de vítimas do Holocausto
JERUSALÉM — O museu do Holocausto de Israel (Yad Vashem) anunciou nesta terça-feira ter conseguido identificar dois terços dos seis milhões de judeus assassinados no genocídio nazista.
"Na última década, conseguimos acrescentar cerca de 1,5 milhões de nomes de vítimas ao banco de dados", indicou em um comunicado Avner Shalev, presidente do Yad Vashem, destacando que a listagem possui agora 4 milhões de nomes.
"Os alemães buscaram não apenas destruir os judeus, mas também apagar qualquer memória deles", estimou Shalev.
"Uma das principais missões do Yad Vashem desde sua fundação - a recuperação do nome e da história de cada vítima do Holocausto - resultou em esforços incansáveis para resgatar os nomes e identidades dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas e seus cúmplices, tanto quanto possível", destacou.
De acordo com o museu, 2,2 milhões de nomes foram registrados através de depoimentos de amigos e familiares das vítimas, enquanto o resto foi apurado através de arquivos e da pesquisa de historiadores.
Entretanto, mais de dois milhões de nomes continuam perdidos, e encontrá-los é particularmente problemático em países do Leste europeu e da ex-União Soviética, além da Grécia, onde não há registros oficiais das comunidades judaicas ou das deportações.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5idP9B-9XbnajxdlblB-KeswDXl7w?docId=CNG.c1a215e9fdd51fb04e4cdd4bfa1102e2.371
"Na última década, conseguimos acrescentar cerca de 1,5 milhões de nomes de vítimas ao banco de dados", indicou em um comunicado Avner Shalev, presidente do Yad Vashem, destacando que a listagem possui agora 4 milhões de nomes.
"Os alemães buscaram não apenas destruir os judeus, mas também apagar qualquer memória deles", estimou Shalev.
"Uma das principais missões do Yad Vashem desde sua fundação - a recuperação do nome e da história de cada vítima do Holocausto - resultou em esforços incansáveis para resgatar os nomes e identidades dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas e seus cúmplices, tanto quanto possível", destacou.
De acordo com o museu, 2,2 milhões de nomes foram registrados através de depoimentos de amigos e familiares das vítimas, enquanto o resto foi apurado através de arquivos e da pesquisa de historiadores.
Entretanto, mais de dois milhões de nomes continuam perdidos, e encontrá-los é particularmente problemático em países do Leste europeu e da ex-União Soviética, além da Grécia, onde não há registros oficiais das comunidades judaicas ou das deportações.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5idP9B-9XbnajxdlblB-KeswDXl7w?docId=CNG.c1a215e9fdd51fb04e4cdd4bfa1102e2.371
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Poloneses e alemães constroem museu judaico no antigo Gueto de Varsóvia
Há exatos 40 anos, o então chanceler alemão Willy Brandt se pôs de joelhos diante do Memorial aos Heróis do Gueto de Varsóvia, em um gesto histórico. Hoje, um museu sobre história judaica é construído no mesmo lugar.
A construção do Museu da História Judaica de Varsóvia é atualmente o projeto cultural mais caro em curso na Polônia, embora poucos saibam dele na vizinha Alemanha.
O museu está sendo construído no local onde ficava o Gueto de Varsóvia durante o período da ocupação nazista, bem perto do memorial para as vítimas do levante do Gueto de Varsóvia, em frente ao qual o então chanceler alemão Willy Brandt se colocou de joelhos 40 anos atrás, em 7 de dezembro de 1970. Foi um gesto inédito de humildade que se tornaria um marco nas relações entre alemães e poloneses.
Obrigação moral
Os primeiros planos para o museu começaram em 1994, quando o então presidente alemão Roman Herzog decidiu apoiar o projeto e supervisionou a criação de uma fundação para ajudar a financiar a instituição. Embora a ideia inicial tenha vindo da Polônia, o país não tinha na época os fundos necessários para o empreendimento.
"De repente, Roman Herzog deu apoio à ideia", lembra Josef Thesing, presidente da fundação. "Nossa instituição foi criada para tornar essa ideia realidade. Se não tivéssemos conseguido assegurar fundos desde o início, jamais a coisa teria acontecido."
Até agora, a fundação conseguiu captar cerca de 6 milhões de euros para o projeto cujos custos totais foram calculados em 90 milhões de euros e deverá ser inaugurado em 2013.
Thesing acha que a Alemanha tem responsabilidade moral de investir no museu. "Acho que podemos mostrar que existe uma Alemanha diferente agora", diz. "E, junto com os poloneses, hoje também nossos amigos na Comunidade Europeia, podemos trabalhar através do nosso passado em vez de renegar esse passado e olhar para um futuro comum de uma perspectiva única."
História judaico-polonesa começou no século 10
O caminho para o futuro nos conduz primeiro pelo passado. Apenas poucos poloneses sabem que a primeira menção conhecida ao seu país foi escrita em hebraico. As raízes da vida judaica na Polônia remontam ao século 10º, diz o sobrevivente de Auschwitz Marian Turski.
"Hoje há apenas uns poucos judeus na Polônia. Mas o judaísmo é parte da nossa história, da literatura. Hoje se nota um vácuo social, mas – aos poucos – o interesse por essas questões vem aumentando. Por isso, acreditamos que este será um dos museus mais visitados na Polônia", avalia Turski.
Foi Marian Turski que teve a ideia do museu no início dos anos 90. Hoje ele não apenas é presidente do Conselho de Museus, mas também preside o Instituto Histórico Judaico da Polônia.
Na visão de Turski, o museu tinha que ser edificado necessariamente diante do Memorial aos Heróis do Gueto de Varsóvia. "Como presidente do Instituto Histórico Judaico, por um longo período fui praticamente dono desse terreno. Estava claro para todos que não havia lugar melhor para se construir o museu", lembra.
Museu será marco de uma história difícil
"Com o início da construção, há pouco menos de um ano e meio, a história retornou àquele lugar", afirma Turski. Jerzy Halbersztadt, diretor fundador do museu, concorda com essa opinião e acredita que a instituição a ser inaugurada em 2013 será um marco para a difícil história da relação entre poloneses e judeus.
"Na verdade, tudo isso levou bastante tempo. Este museu é especialmente importante para a educação da população, porque o nacionalismo e a xenofobia tendem a retornar. A inauguração deverá servir como marco de uma mudança. Não mudará todo o país, mas poderá assinalar o desenvolvimento democrático nos últimos 20 anos", explica Halbersztadt.
A coleção do museu não vai abranger somente o período do Holocausto, mas deverá compreender os primórdios da história judaica na Polônia até os dias de hoje. Entre os capítulos mais dolorosos estão também o pogrom de Kielce, em 1946, o extremo antissemitismo no final dos anos 60 e o retorno gradual do judaísmo na Polônia pós-comunista.
"Nossa missão é alcançar aqueles que não entendem o que significa no mundo contemporâneo manter um diálogo aberto, revisitar a história, dizer a verdade sobre o passado, sendo ele bom ou não", afirma Halbersztadt. "Aqueles que ainda não estão convencidos disso hoje serão convencidos amanhã, tenho certeza."
Como diretor do museu, Halbersztadt espera que a instituição venha a atrair meio milhão de visitantes por ano. E cada um deles poderá contribuir para a formação de uma nova consciência histórica na Polônia.
Autor: Wolfram Stahl (md)
Revisão: Simone Lopes
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6302898,00.html
Projeto do novo museu, na capital polonesa |
O museu está sendo construído no local onde ficava o Gueto de Varsóvia durante o período da ocupação nazista, bem perto do memorial para as vítimas do levante do Gueto de Varsóvia, em frente ao qual o então chanceler alemão Willy Brandt se colocou de joelhos 40 anos atrás, em 7 de dezembro de 1970. Foi um gesto inédito de humildade que se tornaria um marco nas relações entre alemães e poloneses.
Obrigação moral
Os primeiros planos para o museu começaram em 1994, quando o então presidente alemão Roman Herzog decidiu apoiar o projeto e supervisionou a criação de uma fundação para ajudar a financiar a instituição. Embora a ideia inicial tenha vindo da Polônia, o país não tinha na época os fundos necessários para o empreendimento.
"De repente, Roman Herzog deu apoio à ideia", lembra Josef Thesing, presidente da fundação. "Nossa instituição foi criada para tornar essa ideia realidade. Se não tivéssemos conseguido assegurar fundos desde o início, jamais a coisa teria acontecido."
Até agora, a fundação conseguiu captar cerca de 6 milhões de euros para o projeto cujos custos totais foram calculados em 90 milhões de euros e deverá ser inaugurado em 2013.
Gesto histórico de Willy Brandt em Varsóvia |
História judaico-polonesa começou no século 10
O caminho para o futuro nos conduz primeiro pelo passado. Apenas poucos poloneses sabem que a primeira menção conhecida ao seu país foi escrita em hebraico. As raízes da vida judaica na Polônia remontam ao século 10º, diz o sobrevivente de Auschwitz Marian Turski.
"Hoje há apenas uns poucos judeus na Polônia. Mas o judaísmo é parte da nossa história, da literatura. Hoje se nota um vácuo social, mas – aos poucos – o interesse por essas questões vem aumentando. Por isso, acreditamos que este será um dos museus mais visitados na Polônia", avalia Turski.
Foi Marian Turski que teve a ideia do museu no início dos anos 90. Hoje ele não apenas é presidente do Conselho de Museus, mas também preside o Instituto Histórico Judaico da Polônia.
Na visão de Turski, o museu tinha que ser edificado necessariamente diante do Memorial aos Heróis do Gueto de Varsóvia. "Como presidente do Instituto Histórico Judaico, por um longo período fui praticamente dono desse terreno. Estava claro para todos que não havia lugar melhor para se construir o museu", lembra.
Museu será marco de uma história difícil
"Com o início da construção, há pouco menos de um ano e meio, a história retornou àquele lugar", afirma Turski. Jerzy Halbersztadt, diretor fundador do museu, concorda com essa opinião e acredita que a instituição a ser inaugurada em 2013 será um marco para a difícil história da relação entre poloneses e judeus.
"Na verdade, tudo isso levou bastante tempo. Este museu é especialmente importante para a educação da população, porque o nacionalismo e a xenofobia tendem a retornar. A inauguração deverá servir como marco de uma mudança. Não mudará todo o país, mas poderá assinalar o desenvolvimento democrático nos últimos 20 anos", explica Halbersztadt.
A coleção do museu não vai abranger somente o período do Holocausto, mas deverá compreender os primórdios da história judaica na Polônia até os dias de hoje. Entre os capítulos mais dolorosos estão também o pogrom de Kielce, em 1946, o extremo antissemitismo no final dos anos 60 e o retorno gradual do judaísmo na Polônia pós-comunista.
"Nossa missão é alcançar aqueles que não entendem o que significa no mundo contemporâneo manter um diálogo aberto, revisitar a história, dizer a verdade sobre o passado, sendo ele bom ou não", afirma Halbersztadt. "Aqueles que ainda não estão convencidos disso hoje serão convencidos amanhã, tenho certeza."
Como diretor do museu, Halbersztadt espera que a instituição venha a atrair meio milhão de visitantes por ano. E cada um deles poderá contribuir para a formação de uma nova consciência histórica na Polônia.
Autor: Wolfram Stahl (md)
Revisão: Simone Lopes
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6302898,00.html
domingo, 10 de janeiro de 2010
Morre na prisão atirador que matou 1 em museu nos EUA
Washington, 6 jan (EFE).- James W. Brunn, o supremacista branco de 89 anos que em junho de 2009 faz vários disparos no Museu do Holocausto de Washington, matando um segurança negro, morreu nesta quarta-feira na prisão, informou seu advogado ao jornal "The Washington Post".
A morte aconteceu no hospital do presídio de Butner, na Carolina do Norte. Brunn, um veterano da Segunda Guerra Mundial, estava internado por causa de problemas cardíacos e devido a uma infecção generalizada. O advogado do detento, A.J. Kramer, limitou-se a dizer que este foi um "fim triste para uma situação trágica".
O supremacista, que devido à idade avançada não tinha uma saúde muito boa, foi formalmente acusado da morte do segurança Stephen Tyrone Johns, que estava de serviço em 10 de junho de 2009, dia do tiroteio no Museu do Holocausto de Washington.
Brunn, que já tinha passado seis anos preso por tentar seqüestrar agentes federais no anos 1980, era conhecido por vários grupos de defesa dos direitos civis, que após o incidente no museu passaram a chamá-lo de "neonazista".
Em um site, o atirador se definia como um ex-marine que trabalhou durante 20 anos como publicitário e produtor de cinema em Nova York, até virar um "artista e autor" residente na costa de Maryland (leste).
Fonte: Agencia EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hH7zXHMcaZ9sGRUvdIB0FWCeF8aA
Ler mais:
Morreu na prisão atirador do Museu do Holocausto de Washington; AFP
A morte aconteceu no hospital do presídio de Butner, na Carolina do Norte. Brunn, um veterano da Segunda Guerra Mundial, estava internado por causa de problemas cardíacos e devido a uma infecção generalizada. O advogado do detento, A.J. Kramer, limitou-se a dizer que este foi um "fim triste para uma situação trágica".
O supremacista, que devido à idade avançada não tinha uma saúde muito boa, foi formalmente acusado da morte do segurança Stephen Tyrone Johns, que estava de serviço em 10 de junho de 2009, dia do tiroteio no Museu do Holocausto de Washington.
Brunn, que já tinha passado seis anos preso por tentar seqüestrar agentes federais no anos 1980, era conhecido por vários grupos de defesa dos direitos civis, que após o incidente no museu passaram a chamá-lo de "neonazista".
Em um site, o atirador se definia como um ex-marine que trabalhou durante 20 anos como publicitário e produtor de cinema em Nova York, até virar um "artista e autor" residente na costa de Maryland (leste).
Fonte: Agencia EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hH7zXHMcaZ9sGRUvdIB0FWCeF8aA
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Morreu na prisão atirador do Museu do Holocausto de Washington; AFP
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terça-feira, 18 de agosto de 2009
Sobre a Negação do Holocausto - prefácio do livro de Kenneth S. Stern
Tradução pro português do prefácio do livro "Holocaust Denial" de Kenneth S. Stern, sobre a questão da Negação do Holocausto, vulgarmente e erroneamente chamada de "revisionismo"(entra aspas) do Holocausto.
__________________________________________________________________________________
"Tornei-me interessado na negação do Holocausto quando vi a história se repetindo. Quando perguntei a amigos o que pensariam daqueles que afirmam que o Holocausto foi uma farsa, eles riram. "Quem acredita nestas maluquices?" Eles perguntaram. "Há tanta evidência sobre o Holocausto, por que se preocupar?'
Lembrei de reações similares as da equação, nas Nações Unidas, do sionismo igual a racismo em 1975. "Ninguém levará isso a sério," muitos disseram. Eles estavam errados. Em apenas poucos anos, o boato sionismo = racismo achou seu caminho em dicionários, livros jurídicos, até em cartazes em paradas. Era dito aos judeus em muitos campus universitários, incluindo alguns campus dos EUA, que devido ao fato deles serem judeus, eles eram sionistas, e por causa deles serem sionistas eles eram racistas. Até depois da ONU anular a resolução em 1991, esta difamação dá força a justificação para o antissemitismo em muitas partes do mundo.
A história do antissemitismo adorna uma verdade acima de todas as outras: mentiras que promovem ódio antissemita nunca devem ser ignoradas. A negação do Holocausto, apesar de ridicularizada hoje, tem os atributos para se tornar uma potente forma de antissemitismo.
Este livro é dividido em cinco partes. A introdução traça o que a negação é, e quem está por detrás dela. O primeiro capítulo examina a negação nos EUA; a segunda parte trata da negação em todo o mundo. O terceiro capítulo refuta as afirmações específicas dos negadores. O último capítulo oferece uma estrutura para se combater a negação e o antissemitismo nas gerações que estão porvir.
Eu espero que este livro persuada o leitor em duas coisas: uma, que a negação do Holocausto deve ser levada a sério; duas, que o combate a esse tipo de coisa não pode ser um problema sozinho da educação do Holocausto. A negação do Holocausto não é sobre verdade histórica. É sobre ódio antijudaico como parte de uma agenda política - e deve ser confrontada como tal.
O lançamento deste livro coincide com a abertura do Museu Memorial do Holocausto no Distrito de Washington. O Memorial pode se tornar um foco para negadores, que agora terão um endereço simbólico para endereçar suas visões neonazistas.
Esta publicação tem a intenção não apenas de sugerir como combater a negação do Holocausto, mas também aumentar a consciência da lição do Museu: que o genocídio é sempre possível se as pessoas são complacentes com o ódio."
Kenneth S. Stern
Especialista de programa em antissemitismo e extremismo político
American Jewish Committee(Comitê Judaico dos Estados Unidos)
Tradução: Roberto Lucena
__________________________________________________________________________________
"Tornei-me interessado na negação do Holocausto quando vi a história se repetindo. Quando perguntei a amigos o que pensariam daqueles que afirmam que o Holocausto foi uma farsa, eles riram. "Quem acredita nestas maluquices?" Eles perguntaram. "Há tanta evidência sobre o Holocausto, por que se preocupar?'
Lembrei de reações similares as da equação, nas Nações Unidas, do sionismo igual a racismo em 1975. "Ninguém levará isso a sério," muitos disseram. Eles estavam errados. Em apenas poucos anos, o boato sionismo = racismo achou seu caminho em dicionários, livros jurídicos, até em cartazes em paradas. Era dito aos judeus em muitos campus universitários, incluindo alguns campus dos EUA, que devido ao fato deles serem judeus, eles eram sionistas, e por causa deles serem sionistas eles eram racistas. Até depois da ONU anular a resolução em 1991, esta difamação dá força a justificação para o antissemitismo em muitas partes do mundo.
A história do antissemitismo adorna uma verdade acima de todas as outras: mentiras que promovem ódio antissemita nunca devem ser ignoradas. A negação do Holocausto, apesar de ridicularizada hoje, tem os atributos para se tornar uma potente forma de antissemitismo.
Este livro é dividido em cinco partes. A introdução traça o que a negação é, e quem está por detrás dela. O primeiro capítulo examina a negação nos EUA; a segunda parte trata da negação em todo o mundo. O terceiro capítulo refuta as afirmações específicas dos negadores. O último capítulo oferece uma estrutura para se combater a negação e o antissemitismo nas gerações que estão porvir.
Eu espero que este livro persuada o leitor em duas coisas: uma, que a negação do Holocausto deve ser levada a sério; duas, que o combate a esse tipo de coisa não pode ser um problema sozinho da educação do Holocausto. A negação do Holocausto não é sobre verdade histórica. É sobre ódio antijudaico como parte de uma agenda política - e deve ser confrontada como tal.
O lançamento deste livro coincide com a abertura do Museu Memorial do Holocausto no Distrito de Washington. O Memorial pode se tornar um foco para negadores, que agora terão um endereço simbólico para endereçar suas visões neonazistas.
Esta publicação tem a intenção não apenas de sugerir como combater a negação do Holocausto, mas também aumentar a consciência da lição do Museu: que o genocídio é sempre possível se as pessoas são complacentes com o ódio."
Kenneth S. Stern
Especialista de programa em antissemitismo e extremismo político
American Jewish Committee(Comitê Judaico dos Estados Unidos)
Tradução: Roberto Lucena
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
Ato homenageia segurança assassinado por racista em museu do Holocausto
Religiosos e flores marcaram pranto em memorial de Washington.
Matador era supremacista branco de 88 anos que odiava judeus e negros.
Da Reuters
Uma manifestação interreligiosa e flores homenagearam nesta quinta (11) o segurança Stephen Tyrone Jones, morto a tiros pelo fanático racista James von Brunn num ataque ao Museu Memorial do Holocausto em Washington. Brunn, de 88 anos, veterano da Segunda Guerra Mundial, afirmava que o Holocausto era uma farsa dos judeus e também desprezava Obama e os negros americanos. O segurança Jones, que era negro, morreu após ser socorrido. Outros seguranças do museu trocaram tiros com Brunn, que foi ferido e está internado em estado grave.
Mulheres levaram flores ao local (Foto: Mike Theiler/Reuters)
Delegação interreligiosa faz ato com velas diante do museu (Foto: Mike Theiler/Reuters)
Fonte: Reuters
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1191545-5602,00-ATO+HOMENAGEIA+SEGURANCA+ASSASSINADO+POR+RACISTA+EM+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO.html
Matador era supremacista branco de 88 anos que odiava judeus e negros.
Da Reuters
Uma manifestação interreligiosa e flores homenagearam nesta quinta (11) o segurança Stephen Tyrone Jones, morto a tiros pelo fanático racista James von Brunn num ataque ao Museu Memorial do Holocausto em Washington. Brunn, de 88 anos, veterano da Segunda Guerra Mundial, afirmava que o Holocausto era uma farsa dos judeus e também desprezava Obama e os negros americanos. O segurança Jones, que era negro, morreu após ser socorrido. Outros seguranças do museu trocaram tiros com Brunn, que foi ferido e está internado em estado grave.
Mulheres levaram flores ao local (Foto: Mike Theiler/Reuters)
Delegação interreligiosa faz ato com velas diante do museu (Foto: Mike Theiler/Reuters)
Fonte: Reuters
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1191545-5602,00-ATO+HOMENAGEIA+SEGURANCA+ASSASSINADO+POR+RACISTA+EM+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO.html
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Enciclopédia do Holocausto do USHMM em portugues
Pro público lusófono, boa notícia, o USHMM(Museu Memorial do Holocausto dos EUA)colocou no ar a seção da Enciclopédia do Holocausto em português(brasileiro):
http://www.ushmm.org/museum/exhibit/focus/portuguese/
Já havia a seção em inglês obviamente, em espanhol e outros idiomas, e agora disponível também em português.
Mais uma grande fonte de consulta em português para quem quiser saber ou ter ideia do que foi o Holocausto.
http://www.ushmm.org/museum/exhibit/focus/portuguese/
Já havia a seção em inglês obviamente, em espanhol e outros idiomas, e agora disponível também em português.
Mais uma grande fonte de consulta em português para quem quiser saber ou ter ideia do que foi o Holocausto.
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USHMM
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Arquivos de Spielberg chegam ao Museu do Holocausto em Jerusalém
Jerusalém, 25 set (EFE).- O Museu do Holocausto de Jerusalém incorporará a sua coleção mais de 200.000 horas de vídeo, em sua maioria testemunhos de sobreviventes, do Instituto do Holocausto, criado pelo diretor de cinema judeu Steven Spielberg.
As gravações, que estarão acessíveis para o público nos próximos dias, incluem mais de 52.000 entrevistas com vítimas dos campos de concentração e guetos na Europa nazista, informou hoje o diário "Ha'aretz".
Estes testemunhos se unirão à coleção de cerca de 10.000 entrevistas em vídeo e 5.000 filmes sobre o Holocausto no Yad Vashem (Museu do Holocausto).
Até agora, o material do instituto criado por Spielberg, que pertence à Universidade da Califórnia do Sul, só era acessível em acesso limitado pela internet.
No entanto, o Yad Vashem promete o maior acesso possível a estas informações através da rede, começando por disponibilizar parte dos vídeos no YouTube.
Fonte: EFE(09.25.09-29/08)
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL773069-5602,00-ARQUIVOS+DE+SPIELBERG+CHEGAM+AO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+EM+JERUSALEM.html
As gravações, que estarão acessíveis para o público nos próximos dias, incluem mais de 52.000 entrevistas com vítimas dos campos de concentração e guetos na Europa nazista, informou hoje o diário "Ha'aretz".
Estes testemunhos se unirão à coleção de cerca de 10.000 entrevistas em vídeo e 5.000 filmes sobre o Holocausto no Yad Vashem (Museu do Holocausto).
Até agora, o material do instituto criado por Spielberg, que pertence à Universidade da Califórnia do Sul, só era acessível em acesso limitado pela internet.
No entanto, o Yad Vashem promete o maior acesso possível a estas informações através da rede, começando por disponibilizar parte dos vídeos no YouTube.
Fonte: EFE(09.25.09-29/08)
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL773069-5602,00-ARQUIVOS+DE+SPIELBERG+CHEGAM+AO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+EM+JERUSALEM.html
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Museu do Holocausto lança canal no YouTube
Museu Yad Vashem divulga 144 vídeos sobre o massacre de seis milhões de judeus
O Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, lançou um canal no YouTube com 144 vídeos sobre o massacre de seis milhões de judeus pelos nazis, escreve a agência Lusa. O objectivo desta iniciativa é dar a conhecer as actividades do museu, difundir testemunhos das vítimas do nazismo e divulgar as visitas de personalidades ao museu.
O canal foi lançado em vésperas do 1 de Maio, dia em que se presta homenagem às vítimas do Holocausto, em Israel, com várias cerimónias em memória dos seis milhões de judeus exterminados pelo regime nazi.
A instituição anunciou em comunicado que os vídeos, em inglês e em árabe, mostram histórias de interesse humano, imagens de arquivo e testemunhos de sobreviventes do Holocausto, e adiantou que, futuramente, vão ser incluídos outros idiomas.
«Por meio do encontro com os sobreviventes e os seus testemunhos, e observando os peritos mais destacados nesta matéria que dão resposta às perguntas mais difíceis, os internautas podem aceder a um nível superior de conhecimento deste período da História", afirmou o director do centro, Avner Shalev.
A entrega do Prémio Príncipe das Astúrias do ano passado, as visitas do Papa João Paulo II, do presidente norte-americano George W. Bush e do francês, Nicolas Sarkozy ao museu, são algumas das imagens difundidas através do YouTube.
O Museu Yad Vashem foi fundado em 1953 pelo estado de Israel em resultado de uma lei do Parlamento. O museu inclui vários monumentos, um museu histórico, um arquivo central e um centro de pesquisa e documentação do Holocausto. O objectivo do Yad Vashem é perpetuar a memória e as lições do Holocausto para as futuras gerações.
Fonte: Portugal Diário
http://diario.iol.pt/internacional/internet-youtube-holocausto-museu-video-jerusalem/946039-4073.html
Para se inscrever no canal do Yad Vashem no Youtube, link direto do canal:
http://www.youtube.com/user/YadVashem?ob=1
O Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, lançou um canal no YouTube com 144 vídeos sobre o massacre de seis milhões de judeus pelos nazis, escreve a agência Lusa. O objectivo desta iniciativa é dar a conhecer as actividades do museu, difundir testemunhos das vítimas do nazismo e divulgar as visitas de personalidades ao museu.
O canal foi lançado em vésperas do 1 de Maio, dia em que se presta homenagem às vítimas do Holocausto, em Israel, com várias cerimónias em memória dos seis milhões de judeus exterminados pelo regime nazi.
A instituição anunciou em comunicado que os vídeos, em inglês e em árabe, mostram histórias de interesse humano, imagens de arquivo e testemunhos de sobreviventes do Holocausto, e adiantou que, futuramente, vão ser incluídos outros idiomas.
«Por meio do encontro com os sobreviventes e os seus testemunhos, e observando os peritos mais destacados nesta matéria que dão resposta às perguntas mais difíceis, os internautas podem aceder a um nível superior de conhecimento deste período da História", afirmou o director do centro, Avner Shalev.
A entrega do Prémio Príncipe das Astúrias do ano passado, as visitas do Papa João Paulo II, do presidente norte-americano George W. Bush e do francês, Nicolas Sarkozy ao museu, são algumas das imagens difundidas através do YouTube.
O Museu Yad Vashem foi fundado em 1953 pelo estado de Israel em resultado de uma lei do Parlamento. O museu inclui vários monumentos, um museu histórico, um arquivo central e um centro de pesquisa e documentação do Holocausto. O objectivo do Yad Vashem é perpetuar a memória e as lições do Holocausto para as futuras gerações.
Fonte: Portugal Diário
http://diario.iol.pt/internacional/internet-youtube-holocausto-museu-video-jerusalem/946039-4073.html
Para se inscrever no canal do Yad Vashem no Youtube, link direto do canal:
http://www.youtube.com/user/YadVashem?ob=1
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Museu do Holocausto de Jerusalém vence Prêmio Príncipe das Astúrias
Prêmio
O Yad Vashem, Museu do Holocausto de Jerusalém venceu o Prémio Príncipe das Astúrias da Concórdia 2007, deliberado por um júri que se reuniu na cidade espanhola de Oviedo.
A candidatura foi proposta à Fundação Príncipe das Astúrias pela chanceler alemã Ângela Merkel.
Na acta da decisão, o júri considera o Museu uma "recordação viva de uma grande tragédia história" e destaca o seu "tenaz trabalho para promover, entre as actuais e futuras gerações, e com base nessa memória, a superação do ódio, do racismo e da intolerância".
A decisão do júri foi tomada depois de um "grande debate" que começou na terça-feira, com fontes da Fundação Príncipe das Astúrias a referirem que houve "muitas candidaturas fortes".
Considerada a instituição internacional de mais significado em memória dos seis milhões de judeus vítimas do Holocausto, o Museu assenta na defesa de preservação dos direitos humanos e do "respeito à vida", como explica a Fundação Príncipe das Astúrias.
O Yad Vashem, Autoridade Nacional para a Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto, mais conhecido como Museu do Holocausto de Jerusalém, é um complexo instalado na zona de Har Hazikarón, na parte oeste da cidade.
Iniciativa do parlamento israelita em 1953, o museu criou em 1963 o título de Justos entre as Nações, já conferido a mais de 22.000 pessoas de mais de 30 países, entre os quais Portugal, que arriscaram a vida para salvar judeus.
Contando com novas instalações desde 15 de Março de 2005, o complexo abrange mais de quatro mil metros quadrados, onde estão reunidos documentos, vídeos, fotografias e testemunhos de sobreviventes.
A biblioteca do complexo conta com mais de 100 mil títulos, terminando na Sala dos Nomes, em que estão depositados testemunhos e fotografias de milhões de vítimas do genocídio.
Este foi o oitavo e último prémio anual concedido pela Fundação sedeada em Oviedo, dotado, como os restantes com 50 mil euros, e uma escultura criada especialmente para o galardão por Joan Miro.
No ano passado o Prémio da Concórdia foi para a UNICEF.
Este ano foram já atribuídos os prémios de Ciências Sociais, ao sociólogo britânico Ralf Dahrendorf, de Cooperação Internacional (Al Gore), de Artes (Bob Dylan), de Investigação Científica e Técnica (Ginés Morata e Peter Lawrence), de Letras (Amos Oz), de Comunicação e Humanidades (revistas Nature" e "Science) e de Desporto (Michael Schumacher).
Fonte: LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.(Arquivo, Memória do Holocausto, 12-09-2007)
http://ww1.rtp.pt/homepage/
O Yad Vashem, Museu do Holocausto de Jerusalém venceu o Prémio Príncipe das Astúrias da Concórdia 2007, deliberado por um júri que se reuniu na cidade espanhola de Oviedo.
A candidatura foi proposta à Fundação Príncipe das Astúrias pela chanceler alemã Ângela Merkel.
Na acta da decisão, o júri considera o Museu uma "recordação viva de uma grande tragédia história" e destaca o seu "tenaz trabalho para promover, entre as actuais e futuras gerações, e com base nessa memória, a superação do ódio, do racismo e da intolerância".
A decisão do júri foi tomada depois de um "grande debate" que começou na terça-feira, com fontes da Fundação Príncipe das Astúrias a referirem que houve "muitas candidaturas fortes".
Considerada a instituição internacional de mais significado em memória dos seis milhões de judeus vítimas do Holocausto, o Museu assenta na defesa de preservação dos direitos humanos e do "respeito à vida", como explica a Fundação Príncipe das Astúrias.
O Yad Vashem, Autoridade Nacional para a Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto, mais conhecido como Museu do Holocausto de Jerusalém, é um complexo instalado na zona de Har Hazikarón, na parte oeste da cidade.
Iniciativa do parlamento israelita em 1953, o museu criou em 1963 o título de Justos entre as Nações, já conferido a mais de 22.000 pessoas de mais de 30 países, entre os quais Portugal, que arriscaram a vida para salvar judeus.
Contando com novas instalações desde 15 de Março de 2005, o complexo abrange mais de quatro mil metros quadrados, onde estão reunidos documentos, vídeos, fotografias e testemunhos de sobreviventes.
A biblioteca do complexo conta com mais de 100 mil títulos, terminando na Sala dos Nomes, em que estão depositados testemunhos e fotografias de milhões de vítimas do genocídio.
Este foi o oitavo e último prémio anual concedido pela Fundação sedeada em Oviedo, dotado, como os restantes com 50 mil euros, e uma escultura criada especialmente para o galardão por Joan Miro.
No ano passado o Prémio da Concórdia foi para a UNICEF.
Este ano foram já atribuídos os prémios de Ciências Sociais, ao sociólogo britânico Ralf Dahrendorf, de Cooperação Internacional (Al Gore), de Artes (Bob Dylan), de Investigação Científica e Técnica (Ginés Morata e Peter Lawrence), de Letras (Amos Oz), de Comunicação e Humanidades (revistas Nature" e "Science) e de Desporto (Michael Schumacher).
Fonte: LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.(Arquivo, Memória do Holocausto, 12-09-2007)
http://ww1.rtp.pt/homepage/
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
A história de Helene Melanie Lebel
Helene Melanie Lebel
Nasceu em Viena, Áustria, 15 de Setembro de 1911
A mais velha de duas filhas nascidas de um pai judeu e uma mãe católica, Helene foi criada em Viena. Seu pai morreu durante a primeira guerra mundial quando Helene tinha somente cinco anos, e sua mãe só voltou a casar-se quando Helene tinha quinze anos. Conhecida afetuosamente como Helly, Helene amava nadar e ir à ópera. Depois de terminar a escola secundária começou a estudar advocacia.
1933-39: Aos 19, Helene começa a mostrar sintomas de enfermidade mental. Sua condição piorou durante 1934, e em 1935 teve que deixar seus estudos e seu trabalho de secretária. Depois que perdeu seu cachorro(a), Lydi, sofreu um colapso nervoso. Diagnosticaram-na com esquizofrenia, e foi internada no hospital psiquiátrico Steinhof de Viena. Dois anos depois, em março de 1938, a Alemanha anexa a Áustria [Anschluss].
1940: Helene foi confinada em Steinhof e não lhe permitiram ir para sua casa ainda que sua condição houvesse melhorado. Seus pais foram levados a crer que a Helene seria lhe dada alta. Mas a mãe de Helene foi informada em agosto que Helene havia sido transferida para um hospital em Niedernhart, cruzando a fronteira da Bavaria. Na realidade, Helene foi transferida a um local que houvera sido convertido em prisão em Bradenburg, Alemanha, onde foi despida, sujeita a um exame físico, e levada a um banho com duchas.
Helene foi uma das 9.772 pessoas gaseadas nesse ano no centro de “Eutanásia” de Brandenburg. A razão oficial de sua morte foi que ela morreu em sua habitação de uma “excitação aguda esquizofrênica.”
Fonte(espanhol): do link 'Histórias Pessoais' da Enciclopédia do Holocausto do Museu do Holocausto dos EUA, a história de Helene Melanie Lebel
http://www.ushmm.org/wlc/media_oi.php?lang=sp&ModuleId=10005751&MediaId=3057
Ver também:
http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=sp&ModuleId=10005751
Tradução: Roberto Lucena
Nasceu em Viena, Áustria, 15 de Setembro de 1911
A mais velha de duas filhas nascidas de um pai judeu e uma mãe católica, Helene foi criada em Viena. Seu pai morreu durante a primeira guerra mundial quando Helene tinha somente cinco anos, e sua mãe só voltou a casar-se quando Helene tinha quinze anos. Conhecida afetuosamente como Helly, Helene amava nadar e ir à ópera. Depois de terminar a escola secundária começou a estudar advocacia.
1933-39: Aos 19, Helene começa a mostrar sintomas de enfermidade mental. Sua condição piorou durante 1934, e em 1935 teve que deixar seus estudos e seu trabalho de secretária. Depois que perdeu seu cachorro(a), Lydi, sofreu um colapso nervoso. Diagnosticaram-na com esquizofrenia, e foi internada no hospital psiquiátrico Steinhof de Viena. Dois anos depois, em março de 1938, a Alemanha anexa a Áustria [Anschluss].
1940: Helene foi confinada em Steinhof e não lhe permitiram ir para sua casa ainda que sua condição houvesse melhorado. Seus pais foram levados a crer que a Helene seria lhe dada alta. Mas a mãe de Helene foi informada em agosto que Helene havia sido transferida para um hospital em Niedernhart, cruzando a fronteira da Bavaria. Na realidade, Helene foi transferida a um local que houvera sido convertido em prisão em Bradenburg, Alemanha, onde foi despida, sujeita a um exame físico, e levada a um banho com duchas.
Helene foi uma das 9.772 pessoas gaseadas nesse ano no centro de “Eutanásia” de Brandenburg. A razão oficial de sua morte foi que ela morreu em sua habitação de uma “excitação aguda esquizofrênica.”
Fonte(espanhol): do link 'Histórias Pessoais' da Enciclopédia do Holocausto do Museu do Holocausto dos EUA, a história de Helene Melanie Lebel
http://www.ushmm.org/wlc/media_oi.php?lang=sp&ModuleId=10005751&MediaId=3057
Ver também:
http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=sp&ModuleId=10005751
Tradução: Roberto Lucena
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Fotos inéditas do Holocausto
Museu dos EUA recebe fotos inéditas do holocausto
Imagens foram encontradas na Alemanha e doadas por um anônimo.
Estas seriam as primeiras fotos autênticas de Mengele, o médico de Auschwitz.
Neil A. Lewis
Do New York Times
Em dezembro, Rebecca Erbelding, uma jovem arquivista do Museu do Holocausto em Washington, nos Estados Unidos, recebeu a carta de um oficial das Forças Armadas na qual ele doava fotografias de Auschwitz encontradas há mais de 60 anos na Alemanha. O fato chamou a atenção do museu, já que apesar de Auschwitz ser um notório campo de concentração nazista, há poucas fotos do local antes de sua liberação, em 1945.
Oficiais nazistas se reúnem perto do campo de concentração de Auschwitz. (Foto: NYT)
Após avaliarem o material recebido, a equipe percebeu que tinha em mãos parte da vida de oficial Karl Hocker, ajudante do comandante do campo de concentração Richard Baer. Em meio as 116 fotos, há uma de 21 de junho de 1944 na qual ambos aparecem com as insígnias da SS, a força de elite de Hitler.
Oficiais nazistas brincam com as tigelas vazias em Auschwitz. (Foto: New York Times)
O álbum também contém oito fotos de Josef Mengele, o médico conhecido por realizar experimentos cruéis com prisioneiros que chegavam aos campos de concentração. De acordo com o Museu do Holocausto, estas são as primeiras fotos autênticas de Mengele de Auschwitz.
As imagens doadas foram comparadas às do acervo do Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém, que reúne imagens de um fotógrafo da SS, na primavera de 1944, descobertas pelo sobrevivente de um outro acampamento nazista.
Os dois álbuns mostram o confortável dia-a-dia dos guardas em meio a terrível realidade dentro dos acampamentos, onde mais de 1 milhão de judeus perderam suas vidas. Uma das fotos, por exemplo, tirada em 22 de julho de 1944, mostra um grupo de mulheres jovens e alegres que trabalharam na área de comunicações da SS brincando com tigelas vazias após comerem arandos, um fruto silvestre, enquanto milhares de famintos morriam nos campos de concentração.
Auschwitz foi abandonada e evacuada em 18 de janeiro de 1945 e liberadas pelos forças soviéticas dias depois, em 27 de janeiro. Apesar do museu de Washington não ter planos de exibir o álbum de fotos de Hocker, curadores criaram o site (www.ushmm.org), onde parte da colação pode ser vista.
Sarah J. O Bloomfield, diretora do museu, acredita que ainda há outros álbuns e documentos do holocausto desconhecidos em porões e que se perderam na história.
Hocker fugiu Auschwitz antes da liberação do acampamento. Só depois do julgamento de Adolf Eichmann em Israel, em 1961, autoridades da Alemanha Ocidental o localizaram em Engershausen, sua cidade natal. O ajudante do comandante, então, foi condenado pelos crimes de guerra e ficou preso por sete anos, sendo solto em 1970. Hocker morreu em 2000, aos 89 anos.
Fonte: G1/New York Times
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL106710-5602-2322,00.html
Para conferir o álbum de fotos completo:
Auschwitz through the lens of the SS: Photos of Nazi leadership at the camp
http://www.ushmm.org/museum/exhibit/online/ssalbum/auschwitz_album/
Site do Museu do Holocausto nos Estados Unidos(USHMM)
http://www.ushmm.org/research/collections/highlights/auschwitz/auschwitz_album/
Ver também:
El otro Auschwitz: postales de ocio y vida cotidiana de los nazis (Clarín, Argentina)
Outras séries de fotos:
Fotos do Holocausto
Fotos do Leste Alemão
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 1
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 2
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 3
Imagens foram encontradas na Alemanha e doadas por um anônimo.
Estas seriam as primeiras fotos autênticas de Mengele, o médico de Auschwitz.
Neil A. Lewis
Do New York Times
Em dezembro, Rebecca Erbelding, uma jovem arquivista do Museu do Holocausto em Washington, nos Estados Unidos, recebeu a carta de um oficial das Forças Armadas na qual ele doava fotografias de Auschwitz encontradas há mais de 60 anos na Alemanha. O fato chamou a atenção do museu, já que apesar de Auschwitz ser um notório campo de concentração nazista, há poucas fotos do local antes de sua liberação, em 1945.
Oficiais nazistas se reúnem perto do campo de concentração de Auschwitz. (Foto: NYT)
Após avaliarem o material recebido, a equipe percebeu que tinha em mãos parte da vida de oficial Karl Hocker, ajudante do comandante do campo de concentração Richard Baer. Em meio as 116 fotos, há uma de 21 de junho de 1944 na qual ambos aparecem com as insígnias da SS, a força de elite de Hitler.
Oficiais nazistas brincam com as tigelas vazias em Auschwitz. (Foto: New York Times)
O álbum também contém oito fotos de Josef Mengele, o médico conhecido por realizar experimentos cruéis com prisioneiros que chegavam aos campos de concentração. De acordo com o Museu do Holocausto, estas são as primeiras fotos autênticas de Mengele de Auschwitz.
As imagens doadas foram comparadas às do acervo do Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém, que reúne imagens de um fotógrafo da SS, na primavera de 1944, descobertas pelo sobrevivente de um outro acampamento nazista.
Os dois álbuns mostram o confortável dia-a-dia dos guardas em meio a terrível realidade dentro dos acampamentos, onde mais de 1 milhão de judeus perderam suas vidas. Uma das fotos, por exemplo, tirada em 22 de julho de 1944, mostra um grupo de mulheres jovens e alegres que trabalharam na área de comunicações da SS brincando com tigelas vazias após comerem arandos, um fruto silvestre, enquanto milhares de famintos morriam nos campos de concentração.
Auschwitz foi abandonada e evacuada em 18 de janeiro de 1945 e liberadas pelos forças soviéticas dias depois, em 27 de janeiro. Apesar do museu de Washington não ter planos de exibir o álbum de fotos de Hocker, curadores criaram o site (www.ushmm.org), onde parte da colação pode ser vista.
Sarah J. O Bloomfield, diretora do museu, acredita que ainda há outros álbuns e documentos do holocausto desconhecidos em porões e que se perderam na história.
Hocker fugiu Auschwitz antes da liberação do acampamento. Só depois do julgamento de Adolf Eichmann em Israel, em 1961, autoridades da Alemanha Ocidental o localizaram em Engershausen, sua cidade natal. O ajudante do comandante, então, foi condenado pelos crimes de guerra e ficou preso por sete anos, sendo solto em 1970. Hocker morreu em 2000, aos 89 anos.
Fonte: G1/New York Times
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL106710-5602-2322,00.html
Para conferir o álbum de fotos completo:
Auschwitz through the lens of the SS: Photos of Nazi leadership at the camp
http://www.ushmm.org/museum/exhibit/online/ssalbum/auschwitz_album/
Site do Museu do Holocausto nos Estados Unidos(USHMM)
http://www.ushmm.org/research/collections/highlights/auschwitz/auschwitz_album/
Ver também:
El otro Auschwitz: postales de ocio y vida cotidiana de los nazis (Clarín, Argentina)
Outras séries de fotos:
Fotos do Holocausto
Fotos do Leste Alemão
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 1
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 2
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 3
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