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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pela primeira vez, suspeitos de nazismo serão julgados no Brasil

O MP sustentou que os réus integravam um grupo que pregava o preconceito contra judeus, negros, homossexuais e punks
01-12-2012 09:49

No primeiro semestre de 2013, quatro suspeitos de integrar um grupo neonazista serão julgados na capital gaúcha por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e racismo, um fato inédito no Brasil, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O delegado Paulo César Jardim, que coordena uma equipe de investigação contra grupos extremistas no Sul do País há dez anos, compara o fato - guardadas as devidas proporções - ao histórico tribunal de Nuremberg, que condenou os principais dirigentes do nazismo após a 2ª Guerra Mundial.

"Teremos a experiência, através do júri popular, de julgar o envolvimento de nazistas pela primeira vez. Há mais de 60 anos, um fato semelhante aconteceu em Nuremberg, mas é claro que respeitamos as proporcionalidades. Na América do Sul, esse tipo de fato, com tentativa de homicídio e formação de quadrilha, é inédito", disse ele. Ainda sem data definida, o júri vai decidir o futuro de Luzia Santos Pintos, Fábio Roberto Sturm, Laureano Vieira Toscani e Thiago da Silva.

Eles se envolveram, segundo denúncia do Ministério Público (MP) aceita pela Justiça, em uma agressão a judeus em maio de 2005 no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Com facas e canivetes, os quatro, junto com outros 10 suspeitos, teriam agredido Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn.

O MP sustentou que os réus integravam um grupo que pregava o preconceito contra judeus, negros, homossexuais e punks. Além das agressões, eles veiculavam ideias discriminatórias pela internet, divulgavam letras de músicas, fotografias e imagens com mensagens de conteúdo antissemita e nazista e pregavam a supremacia da raça ariana. Dos 14 denunciados, dez recorreram e aguardam decisão do recurso por parte da juíza Elaine Maria Canto da Fonseca.

Paulo César Jardim não acredita, mesmo com uma eventual condenação, no fim da propagação do nazismo no Estado: "É um posicionamento ideológico, por isso não acredito no seu término. (...) Os inúmeros inquéritos remetidos à Justiça estão se fazendo necessários para o julgamento dos indiciados, para nós é importante."

Advogado critica "perseguição policial"

Defensor do réu Laureano Vieira Toscani, o advogado Guilherme Rodrigues Abrão sustenta que seu cliente não é neonazista e garante que ele não estava presente na agressão contra os judeus, em 2005. Ele criticou a "perseguição" feita pela Polícia Civil.

"A polícia teve uma visão muito apressada, por conta de um reconhecimento precário, que resultou na prisão deles. Eles não participaram do fato. Embora possua material (de cunho nazista) e tenha lido sobre essas questões, o Laureano não é uma pessoa com qualquer tipo de preconceito", argumentou Abrão.

"Seus pais são professores universitários, residiram na Europa e uma irmã já se relacionou com um negro. Não há motivos para o Laureano participar de qualquer movimento ideológico que cultive o ódio e o preconceito. Muito se dá por uma certa perseguição e estigma", completou.

Rebatendo o defensor, Jardim ironizou: "Quase 90% das pessoas que estão no Presídio Central são 'inocentes' e foram 'injustamente condenadas'". Os demais réus não contrataram advogados e terão defensores públicos no tribunal. O Terra entrou em contato com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

Histórico de violência

Em agosto de 2011, uma briga envolvendo punks, skinheads e ao menos um neonazista em um bar da capital gaúcha ligou o sinal de alerta da polícia para a atuação de grupos que pregam o ódio e a discriminação no Sul do País, inspirados pela ideologia de Adolf Hitler. Responsável pelo indiciamento de 35 neonazistas no Estado na última década, Jardim afirmou que está "na gênese" do gaúcho a guarida para movimentos desse tipo.

Já em 2010, um grupo de defesa dos direitos dos travestis no Rio Grande do Sul recebeu ameaças por telefone de um suposto neonazista, que disse preparar uma ação na 14ª Parada Livre. Em edição anterior do evento, cartazes que pregavam a morte de homossexuais foram afixados no bairro Bom Fim, onde ocorre a passeata. Em novembro do mesmo ano, policiais civis apreenderam material de apologia ao nazismo em uma residência no centro de Porto Alegre.

Foram recolhidos fotografias, CDs, camisetas, distintivos, facas, uma soqueira e um laptop, mas ninguém foi preso. Em 2009, apreensões semelhantes ocorreram em Cachoeirinha, Viamão e Porto Alegre. Também em 2009, o casal Bernardo Dayrell e Renata Ferreira foi assassinado após uma festa neonazista no Paraná. O crime foi cometido na BR-116, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e teve motivações de disputa entre o grupo neonazista liderado por Dayrell e Ricardo Barollo, apontado pela polícia como o mandante do duplo homicídio.

Além dele, Jairo Maciel Fischer, Rodrigo Motta, Gustavo Wendler, Rosana Almeida e João Guilherme Correa foram acusados de participar no crime. No dia do assassinato do casal, vários membros do grupo neonazista foram a uma festa em comemoração ao aniversário de Adolf Hitler em uma chácara de Quatro Barras. Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão.

Fonte: Terra/meionorte.com
http://www.meionorte.com/noticias/geral/pela-primeira-vez-suspeitos-de-nazismo-serao-julgados-no-brasil-190100.html
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6344992-EI5030,00-RS+pela+vez+suspeitos+de+nazismo+serao+julgados+no+Pais.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Arrependido, famoso ex-neonazista americano tira tatuagens após 25 cirurgias

Evolução das cirurgias ao longo de 16 meses
Fotos: AP/Reprodução
NE10 Com agências

Tatuagens que cobriam o rosto de um famoso ex-neonazista americano foram retiradas após 25 cirurgias. Bryon Widner, que no passado comandou movimentos de supremacia branca, estava arrependido de suas antigas convicções e tentava há um tempo reconstruir sua vida.

A sua mulher, Julie, também ex-líder neonazista, diz que chegou a temer que o marido usasse ácido na própria face em um momento de desespero.

"Nós já tínhamos chegado tão longe", disse Julie. "Tínhamos deixado o movimento e criado uma boa vida familiar. Eu o apoiei na decisão de tirar as tatuagens pois pensei que alguém por aí viria nos ajudar."

Bryon com seu filho Tyrson, de 4 anos

Quem ajudou Bryon foi uma doadora anônima, através do SPLC (Southern Poverty Law Center), uma organização que já processou diversos grupos de supremacia branca nos EUA.

As cirurgias foram realizadas ao longo de 16 meses e custaram cerca de R$ 59,2 mil. Em troca, Widner aceitou dar palestras em um evento anual SPLC, que reúne policiais de todo o País para discutir ações de grupos skinhead.

Fonte: NE10
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/internacional/noticia/2011/10/31/arrependido-famoso-exnazista-americano-tira-tatuagens-apos-25-cirurgias-307084.php

Ver mais:
Ex-skinhead retira tatuagens racistas após 25 cirurgias (Yahoo!)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cinco Skinheads são presos em flagrante agredindo negros em SP

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na madrugada deste domingo cinco jovens integrantes de um grupo skinhead. Eles foram presos em flagrante quando agrediam quatro pessoas na Rua Vergueiro, Aclimação, região central de São Paulo.

Foram detidos Welker de Oliveira Guerreiro, 19 anos; Guilheme Witiuk Ferreira de Carvalho, 21; Pedro Toledo de Souza, 19; Julio Ramon de Lima, 21 e Kauê Baldon Barreto, 18. Com o grupo foram encontradas facas, uma caneta com ponta de ferro e até um machado. Um dos detidos usava uma camiseta com os dizeres White Pride (Orgulho Branco, em inglês).

As vítimas dizem que estavam sendo agredidas quando viram a aproximação de uma viatura da Polícia Civil que passava pela região. Os policiais perceberam a movimentação e interromperam a agressão.

Em depoimento à polícia, duas das vítimas, um orientador socioeducativo e um estudante, dizem ter sido agredidas porquem eram negros. Elas prestaram queixa por racismo. Os detidos irão responder ainda por tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

O movimento skinhead surgiu na Inglaterra no final da década de 60. Inicialmente, não possuia conotação racista ou sequer política. O ritmo negro e jamaicano do ska era uma das trilhas sonoras dos skinheads ingleses. No final da década de 70, porém, integrantes do movimento aproximaram-se de políticos da extrema-direita inglesa e até de neonazistas. No Brasil, os primeiro skinheads surgiram no início da década de 80.

Da Agência O Globo


NT: Se investigarem irão encontrar livros "revisionistas" com estes cinco...


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Neonazismo - Entrevista com Antonio Salas

*O único jornalista que conseguiu infiltrar-se no movimento skinhead espanhol fala das ligações dos neonazis com o futebol, com a polícia, a música e a extrema-direita portuguesa. E como os jovens cabeças raspadas são usados por interesses mais altos. Leia aqui a entrevista na íntegra.

Diário de um skin... agora em Portugal

Luís Ribeiro, em Madrid / VISÃO nº 738 26 Abr. 2007

Antonio Salas não revela o seu verdadeiro nome nem destapa a cara para a foto. Sabe que a caça começará quando a sua identidade for pública. O jornalista viveu durante quase um ano no meio dos neonazis, como se fosse um deles, a gravar tudo com uma câmara oculta. O seu livro, Diário de Um Skin, foi esta semana editado em Portugal pela D. Quixote, depois de ter sido o maior best-seller em Espanha, em 2003. Ali se descreve um mundo de incoerências, em que latinos idolatram um Hitler que os consideraria sub-humanos. Em que o futebol se transforma num palco político e a prisão numa catapulta para a lenda. E onde se inspira ódio e expira violência.

P.De onde vem o ódio dos skins?
R.Do medo. Têm muito medo do que não conhecem e do que não compreendem: homossexuais, estrangeiros, outras raças. Mas esse é um ódio que tem de ser renovado constantemente, senão desaparece.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Grupo skinhead ataca 3 gays na avenida Paulista, diz polícia

Rapaz foi medicado em hospital da capital após ser atacado na Avenida Paulista

Foto: Werther Santana/
Agência Estado
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Três homossexuais foram agredidos na manhã do domingo por um grupo de skinheads na avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Um dos homens foi encontrado desmaiado na altura do número 459 da Paulista, após a agressão, por volta das 6h30.

A PM recebeu uma chamada e, ao chegar ao local, testemunhas informaram que um grupo de jovens havia corrido em direção à estação Brigadeiro do Metrô. A polícia conseguiu alcançar o grupo e deteve os cinco suspeitos de agressão. Segundo a Polícia Civil, quatro deles são menores.

Eles foram levados para o 5º DP (Aclimação). Duas das vítima da agressão foram levadas ao pronto-socorro Vergueiro e um delas foi logo liberada. A outra, menos ferida, foi à delegacia prestar depoimento.

Fonte: Terra
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4791105-EI5030,00-Homem+e+agredido+por+suposto+grupo+de+skinheads+na+Paulista.html

Skinhead condenado a prisão perpétua na Rússia, mas ainda ficam muitos em liberdade

«Skinhead» condenado a prisão perpétua, mas ainda ficam muitos em liberdade

Um membro de um grupo de «skinheads» (cabeças rapadas) foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal de Moscou por ter assassinado 15 pessoas por “motivos nacionalistas”.

Outro «skinhead», cúmplice nos crimes, terá de cumprir uma pena de 22 anos de prisão de alta segurança.

Segundo a acusação, entre outubro e dezembro de 2007, Vassili Krivetz, de 22 anos, e Dmitri Ufimtsev, de 23 anos, juntaram-se a outros jovens com base na ideia da superioridade racial dos russos em relação às pessoas de origem não eslava.

Entre os meses de outubro de 2007 e maio de 2008, os jovens mataram cidadãos do Tadjiquistão, Uzbequistão, Azerbaijão, Turquia e Rússia. Os crimes foram cometidos, na maioria dos casos, em estações do metropolitano de Moscou com o emprego de facas, martelos e barras metálicas.

Depois dos crimes, os «cabeças rapadas» roubavam as vítimas.

Krivetz foi detido em 2008. Inicialmente, negou as acusações, mas acabou por reconhecer alguns assassínios e colaborar com a justiça.

Durante a investigação prévia, quando Krivetz foi levado a uma estação de metro da capital russa onde assassinara um músico idoso “porque era judeu”, conseguiu fugir, tendo sido detido um ano depois.

O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança.

Este é o terceiro «skinhead» russo a ser condenado a prisão perpétua.

A incidência de ataques racistas na Rússia sofreu aumento de 39% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, enquanto cresceu o número de grupos radicais neonazistas, que são mais de 150, informou nesta quinta-feira o Ministério do Interior.

"Aumentou o número de grupos radicais que baseiam a sua ideologia na intolerância étnica, racial e religiosa", declarou o general Serguei Guirko, chefe do Instituto de Pesquisas Científicas do Ministério do Interior.

Segundo Guirko, existem atualmente na Rússia mais de 150 grupos radicais neonazis, que põem em prática a sua ideologia através da violência e de assassinatos por motivos étnicos, racistas e religiosos. Em 2007, foram registrados 356 ataques deste tipo, número que saltou para 460 em 2008 e para 548 em 2009.

"O ano 2010 não é uma exceção. No primeiro semestre, foram registrados 370 ataques, o que representa 39% mais que no mesmo período do ano passado", detalhou Guirko, citado pela agência Interfax. Os números poderiam ser ainda maiores, porque, como afirmou Guirko, muitos ataques extremistas são classificados inicialmente como delitos cometidos por outros motivos, "já que os grupos extremistas se caracterizam pela sua ligação a círculos criminosos".

A ONG de direitos humanos Sova denunciou, no início de outubro, que 23 pessoas morreram e outras 242 ficaram feridas em ataques xenófobos no país em 2010. O principal alvo deste tipo de ataques são imigrantes procedentes do Cáucaso e da Ásia Central, membros de movimentos juvenis alternativos e representantes de minorias sexuais.

Fonte: SIC(Portugal)/Da Rússia
http://darussia.blogspot.com/2010/10/skinhead-condenado-prisao-perpetua-mas.html
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/Skinhead+condenado+a+prisao+perpetua+por+tribunal+de+Moscovo.htm

Observação: o link original do SIC, que foi citado acima, encontra-se indisponível ou dando erro, o que obrigou a ter que copiar o mesmo texto que fora previamente postado no blog Da Rússia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Neonazis matam mais uma pessoa no Paraná

Rapaz morre depois de ser atacado por skinheads no bairro São Francisco

Crime ocorreu na Inácio Lustosa, por volta das 19h40 deste domingo. Jovem foi esfaqueado e não resistiu aos ferimentos

Um jovem morreu após ser esfaqueado no bairro São Francisco, em Curitiba, na noite de domingo (5). O rapaz e um grupo de amigos teriam sido atacados por skinheads – grupo de orientação neonazista – quando caminhavam pela Rua Inácio Lustosa, por volta das 19h40, segundo a Polícia Militar.

Testemunhas acionaram a Polícia Militar e o Siate. O grupo que estava com a vítima fugiu do local.

A vítima foi encaminhada em estado grave para o Hospital Evangélico, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a PM, o próximo passo é identificar quem eram as pessoas que estavam com o rapaz, para que elas possam auxiliar na identificação dos agressores. O órgão não soube informar quantos eram os skinheads.

A carteira da vítima foi roubada e o caso será investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos.

Fonte: Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1043815&tit=Rapaz-morre-depois-de-ser-atacado-por-skinheads-no-bairro-Sao-Francisco

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Skinheads suspeitos de matar menor de idade no Rio

São Gonçalo: Polícia procura quarto suspeito de matar adolescente

A Polícia Civil está à procura de uma quarta pessoa suspeita de envolvimento na morte do Estudante o jovem Alexandre Thomé Ivo Rajão, de 14 anos – encontrado com sinais de asfixia e espancamento, na manhã da última segunda-feira, em São Gonçalo. O titular da 72ª DP (Mutuá), Geraldo Assed, pediu ainda a quebra do sigilo telefônico dos três jovens já presos. O objetivo é saber onde exatamente estavam os acusados na hora do crime. O eletricista Allan Siqueira de Freitas, de 22 anos e de seus amigos, o açougueiro André Luiz Mocarge, de 23, e do brigadista de incêndio Eric DeBruim, de 22, foram apresentados pela polícia, na manhã de ontem. Eles foram indiciados por homicídio qualificado e homofobia.

Familiares dos três acusados compareceram à delegacia, na manhã de quinta-feira e negaram qualquer envolvimento dos jovens com o crime.

O tio de André, Jorge da Cruz, de 54 anos, contou que seu sobrinho havia chegado em casa por volta das 20h30m do último domingo e não saiu mais.

— Ele chegou depois do jogo Brasil e Costa do Marfim, contou que houve uma confusão e que por isso veio para casa. Ele estava usando o MSN e depois dormiu. Pela manhã, foi preso. Ele não tem nada a ver com esse crime — desabafou.

Já a advogada de Allan, Kelli Vanessa, afirma que seu cliente não tem qualquer contato com grupos classificados como skinheads ou neonazistas. E que Allan também não está envolvido na morte do estudante. Ela disse que a denúncia que originou a prisão dos três jovens partiu de uma jovem com problemas psicológicos.

— Houve, sim, uma briga que envolveu a irmã do Allan e ele foi tomar satisfações. Não passou disso. Ele disse que simpatizou quando adolescente com a filosofia skinhead, mas que foi uma coisa de adolescente. Eu simpatizo com gays e não sou homossexual por causa disso — disse.

Segundo o delegado, apesar das investigações estarem em curso, estão bem adiantadas.

— Recebemos declarações de amigos da vítima de que esses rapazes pregam o ódio a homossexuais, mas ainda investigamos se realmente existe um grupo ou uma base de skinheads em São Gonçalo. Mas não temos dúvidas de que o motivo do crime foi homofobia. Um amigo da vítima foi agredido pelos três e Alexandre seguiu em sua defesa. Mais tarde, por volta da 1h da madrugada, o carro de Eric foi visto. Os amigos pediram para Alexandre não sair da casa já que viram um Corsa branco. Ele preferiu ir para casa e depois de passar pelo veículo, não foi mais visto, sendo encontrado somente na segunda-feira pela manhã em um terreno baldio — explicou o delegado.

Fonte: ExtraOnline
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2010/06/24/sao-goncalo-policia-procura-quarto-suspeito-de-matar-adolescente-303047.asp
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Polícia quer quebra de sigilo telefônico de suspeitos de matar jovem no RJ

Objetivo é tentar rastrear o local onde eles estavam no momento do crime.
Alexandre, de 14 anos, foi assassinado em São Gonçalo, na segunda (21).
Do G1 RJ

A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (24) que vai pedir a quebra do sigilo telefônico de três suspeitos de matar o adolescente Alexandre Thomé Ivo Rajão, de 14 anos, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Segundo os agentes, o objetivo é tentar rastrear o local onde eles estavam no momento em que o rapaz desapareceu até a hora em que foi morto.

Segundo o delegado Geraldo Assed Estefan, da 72ª DP, em depoimento, o grupo de amigos negou participação no crime. Na quarta-feira (23), a Justiça decretou a prisão temporária dos três rapazes. Eles foram levados na tarde desta segunda para a carceragem da Polinter, em Neves, também em São Gonçalo.

Matéria continua no link:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/06/policia-quer-quebra-de-sigilo-telefonico-de-suspeitos-de-matar-jovem-no-rj.html
Fonte: G1
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Polícia procura mais um suspeito de torturar e matar estudante em São Gonçalo
Isabel Boechat - Extra

RIO - A polícia está à procura do quarto envolvido no assassinato de Alexandre Thomé Ivo Rajão, de 14 anos, que foi encontrado morto na última segunda-feira num terreno baldio em São Gonçalo. O delegado titular da 72 DP (Mutuá), Geraldo Assef, disse que vai pedir a quebra do sigilo telefônico dos três acusados que estão presos, para descobrir onde eles estavam na hora em que o adolescente desapareceu.

O eletricista Allan Siqueira de Freitas, Eric DeBruim, ambos de 22 anos, e o açougueiro André Luiz Marcoge da Cruz, de 23, foram apresentados nesta quinta-feira na delegacia. Os três negam as acusações. Segundo o delegado, os acusados teriam cometido o crime por homofobia. Assef investiga ainda se os jovens fazem parte de um grupo de skinheads (simpatizantes de ideias nazistas com preconceito contra judeus, homossexuais e negros).

- Recebemos declarações de amigos da vítima de que esses rapazes pregam o ódio a homossexuais, mas ainda investigamos se realmente existe um grupo ou uma base de skinheads em São Gonçalo. Mas não temos dúvidas de que o motivo do crime foi homofobia. Um amigo da vítima foi agredido pelos três e Alexandre seguiu em sua defesa. Mais tarde, por volta da 1h da madrugada, o carro de Eric foi visto. Os amigos pediram para Alexandre não sair da casa já que viram um Corsa branco. Ele preferiu ir para casa e depois de passar pelo veículo, não foi mais visto, sendo encontrado somente na segunda-feira pela manhã em um terreno baldio - explicou o delegado.

Matéria continua no link:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/06/24/policia-procura-mais-um-suspeito-de-torturar-matar-estudante-em-sao-goncalo-916968997.asp
Fonte: O Globo
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‘Skinhead vai pegar você’

“Tome cuidado onde você for e com o que for falar. Estou atrás de você”. Essa foi a ameaça recebida pela testemunha-chave do inquérito que a apura o assassinato do estudante Alexandre Thomé Ivo Rajão, 14, espancando até a morte por um grupo Skinhead no bairro Califórnia, em São Gonçalo, no último dia 21.

A jovem, de 19 anos, seguia para a sua residência em Alcântara, no último sábado, quando foi abordada por um homem suspeito de liderar um dos principais clãs de culto à ideologia neonazista em São Gonçalo, identificado pela polícia como Tiago Oitenta. Ele estava em um carro prata e seguiu jovem até a porta de casa. Com medo de ser mais uma vítima dos “carecas” ou “cabeças raspadas” no município, ela denunciou a ameaça na 72ª DP (Mutuá), na tarde de ontem, e solicitou proteção à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ontem, o governador Sérgio Cabral determinou que a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos acompanhasse o caso de perto.

O delegado titular da 72ª DP, Geraldo Assed Stefan, instaurou inquérito para apurar o caso. Agentes do Núcleo de Homicídios da distrital também investigam a participação de Tiago Oitenta na morte de Alexandre. O acusado pode responder por coação no curso do processo e formação de quadrilha.

Matéria continua no link:
http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADcia/2010/7/1/14266/%E2%80%98skinhead+vai+pegar+voc%C3%AA%E2%80%99
Fonte: O São Gonçalo Online

Mais infos:
http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADcia/2010/6/25/14011/por+que+tanta+covardia+%E2%80%99+
http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADcia/2010/6/24/13980/crime+com+a+marca+do+%C3%B3dio+e+da+intoler%C3%A2ncia+em+s%C3%A3o+gon%C3%A7alo
http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=320019
http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/policia/policia-monitoram-tres-grupos-de-skinheads-que-estariam-atuando-em-sao-goncalo
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/policia+vai+ouvir+mais+uma+testemunha+da+morte+de+jovem+em+sao+goncalo/n1237679047434.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Marcas associadas a skinheads querem recuperar sua reputação

(Foto) Cabeça pelada nem sempre é nazistaNem todos os que raspam a cabeça, usam botas e suspensórios são necessariamente neonazistas. Em sua origem, o movimento skinhead é operário e multiétnico, e as marcas contaminadas pela extrema direita acentuam esse fato.

O vestuário tem sido parte importante da cultura skinhead desde a década de 1960, quando um cisma dividiu a cena mod (abreviatura de modernist) britânica em dois grupos: peacock mods ("mods-pavão") – menos violentos, mais abastados e ocupados com a moda, preferindo roupas caras – e hard mods – endurecidos por sua vida menos privilegiada e cuja imagem era mais proletária.

No fim da década, estes últimos ficaram conhecidos como skinheads (cabeças peladas). Seu modo de viver e vestir havia se afastado cada vez mais da fascinação da classe média pelo "último grito", sedimentando uma imagem prática e que convinha a seu estilo de vida: botas de bico de metal, calças jeans de corte reto, blusão e suspensórios.

Tratava-se de uma robusta fusão dos estilos jovens dos negros – na maioria, jamaicanos – com o da classe operária inglesa. Logo os "skins" adotavam um uniforme com base nos jeans da Levi's e nas camisas pólo ou de abotoar, com mangas longas ou curtas, das marcas Ben Sherman, Fred Perry ou Brutus.

Absorção pela extrema direita

(Foto) Botas militares fazem parte da estética skin

Quando, em meados dos nos 1970, o movimento punk e a morte do idealismo da década anterior trouxeram anarquia e desespero social, os grupamentos de extrema direita perceberam potencial na atitude de violência e patriotismo ferrenho que certos skinheads punk começavam a manifestar. Por toda a Europa, os radicais de direita passaram a recrutar skins brancos e a promover a imagem skinhead entre seus membros mais jovens.

Embora tenham adotado um corte de cabelo ainda mais curto, jeans mais apertados, calças de combate e botas de cano alto, esses skinheads neonazistas mantiveram os blusões Brutus e Ben Sherman, suéteres Lonsdale e cardigãs Fred Perry. Como resultado, a moda e o movimento skinhead tornaram-se sinônimos de extrema direita, racismo, neonazismo.

Na realidade, vindos das classes operárias, os skinheads tradicionais se identificavam com os imigrantes de todo o mundo no trabalho manual, nas comunidades herméticas e nas horas de lazer dançavam junto com seus companheiros jamaicanos.

Retorno ao multirracial

Nessa confusão de referências e identidades, as marcas de roupas adotadas pelos skinheads, de extrema direita ou não, assumiram, à própria revelia, uma conotação política. Esse peso simbólico é tão importante que os neonazistas da Alemanha se afastaram das "inocentes" marcas originais em favor de outras, claramente associadas a suas convicções políticas, como a Pitbull e a Thor Steiner, observa Bernd Richter.

Segundo o pesquisador alemão dos movimentos de extrema direita e de seu simbolismo, algumas das marcas contaminadas pela associação de direita estão agora aplicando estratégias coordenadas para limpar sua imagem.

A Fred Perry, por exemplo, empregou personalidades públicas populares, como o músico britânico Paul Weller, para aproximar suas roupas do público rock e indie. Até recentemente, o tenista Andy Murray era a imagem de sua linha esportiva.

"Essas casas também usaram modelos étnicos para promover igualdade em sua publicidade, evocando as origens dos skinheads, quando o seu meio era multirracial", observa Richter.

Black music x white power

(Foto) Andy Murray vestia artigos Fred Perry

Com o fim de transmitir uma imagem positiva para a próxima geração, essas marcas desenvolveram atividades de base, envolvendo interação e apoio ao público jovem. Segundo uma fonte ligada a Fred Perry e Ben Sherman, que preferiu não ser identificada, essas duas marcas abordaram o problema da associação neonazista de várias maneiras sutis.

"Elas deixaram de fornecer para as lojas que serviam a essa área do mercado, removeram de suas coleções certos artigos com associações mais fortes, e pararam de vender as roupas mais baratas. Isto colocou ambas num outro patamar, e são vistas hoje como grifes de designer."

Bill Osgerby, professor de Mídia, Cultura e Comunicação pela Metropolitan University de Londres, aponta uma tendência paralela: os skinheads tradicionais, em especial a geração mais velha, afastaram-se cada vez mais da imagem racista. Eles formaram grupos de ação e promovem suas raízes jamaicanas, o estilo e a música afro-caribenhos característicos do movimento original.

"Como os skins tradicionais costumavam dizer: você não pode ter as raízes na black music e estar no white power", conclui Osgerby.

Autor: Nick Amies (av)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 16.02.2010)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5255918,00.html

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Joãozinho gostará desta notícia - aumento da extrema-direita em Portugal

Como fui, de forma cretina e ofensiva, citado por um "revi" num blog sem ter sequer citado o dono do blog "revi" neste site exceto um post em que ironizei, por motivos óbvios, uma "teoria de conspiração" ridícula, furada e antissemita postada no blog dele sobre uma "tsunami israelita"(não sabia que ondas agora eram judias ou tinham etnia), e sem ao menos xingá-lo ou agredi-lo no blog dele o qual só comentei em um único post, reservo-me ao direito de revidar as agressões à minha maneira, no caso, reservo-me ao direito de ironizar o credo político ao qual a maioria dos "revis" encabeça ou faz parte apontando as ligações da extrema-direita com o "revisionismo" e ironizando as distorções que eles panfletam pra livrar a cara do regime nazi.

Notícia do dia 20 de Abril sobre aumento do apoio à extrema-direita em Portugal, presumo que o Joãozinho(Dórdio) irá gostar de ler esta notícia junto com seu credo político, já o resto da humanidade, ou boa parte dela, acredito que não comungue desta mesma satisfação.

Aumenta apoio à extrema-direita em Portugal
Revela estudo do Serviço de Informações e Segurança

O Serviço de Informações e Segurança (SIS) recolheu dados que permitem concluir que os movimentos de extrema-direita não representam uma ameaça global ao Estado de Direito. Contudo, durante o ano passado, verificou-se um aumento dos apoiantes do movimento skinhead.

De acordo com o SIS, em 2008 surgiram vários grupos apoiantes da organização skinhead neonazi Portugal Hammerskins, sobretudo após a condenação de mais de duas dezenas de elementos deste grupo liderado por Mário Machado, por discriminação racial.

Segundo os dados que constam no Relatório Anual de Segurança Interna, a condenação destes elementos da organização skinhead neonazi foi utilizada pelo grupo para passar a ideia de “perseguição política aos nacionalistas” e aproveitar para reforçar a propaganda e aumentar o recrutamento de novos membros, principalmente em três regiões do País: Lisboa, Centro e Algarve.

Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=0EFE79D4-59B2-4FA2-8C9C-C018B5B8B617

domingo, 23 de novembro de 2008

Supostos skinheads roubam e agridem barman em SP

Quatro supostos skinheads são acusados de roubar e agredir um barman de 21 anos na madrugada de hoje em um posto de combustíveis na Rodovia Anchieta, na região de Heliópolis, zona sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a vítima foi socorrida e encaminhada ao pronto-socorro de Heliópolis, onde foi medicada, e depois liberada.

Os policiais iniciaram o patrulhamento visando encontrar os agressores e acabaram detendo três dos quatro suspeitos na região. Todos foram levados para o 95º Distrito Policial (DP), em Heliópolis, e reconhecidos pela vítima como sendo os agressores. Com o trio, a polícia encontrou um canivete, dois celulares e R$ 60 em dinheiro. Um dos suspeitos tem tatuagens no crânio (skins) e no dedo da mão direito (cruz). O trio foi indiciado por roubo e conduzido à cadeia, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Fonte: Agência Estado
http://br.noticias.yahoo.com/s/23112008/25/manchetes-supostos-skinheads-roubam-agridem-barman.html

terça-feira, 10 de junho de 2008

Neonazistas desfiguram rosto de PM em São Paulo a pancadas

Vinte gangues são investigadas por crimes de intolerância em SP.

Vinte gangues que agem contra negros, nordestinos e homossexuais na Grande São Paulo são investigadas pela Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância.

No Centro da capital, jovens de classe média foram detidos na Rua Augusta por agredir um policial militar. A via ficou manchada de sangue.

Era madrugada de domingo (8), quando cinco rapazes xingaram e agrediram um jovem negro de 22 anos que caminhava com uma amiga. A moça correu para pedir ajuda. O PM, que estava à paisana, tentou evitar a agressão mas acabou sendo espancado. O rapaz negro conseguiu fugir durante a confusão.

Segundo testemunhas, um dos integrantes da gangue pulou sobre a cabeça da vítima. O policial levou golpes de cano e soco inglês, além de chutes de coturnos com bicos de aço.

A brutalidade só terminou com a chegada da polícia. Ainda assim, os agressores não se intimidaram. “Na hora em que os policiais foram efetuar a prisão, eles, parecendo gangue de rua mesmo, chamaram os policiais para a briga, enfrentaram os policiais”, conta a tenente Jaqueline Paiva.

O PM foi socorrido pelos próprios colegas. “Eu o conhecia, ele trabalhou comigo há algum tempo, e ele estava com o rosto completamente desfigurado. Na hora em que encontrei com ele, não o reconheci no momento”, relatou a tenente. O PM precisou passar por uma cirurgia plástica.

Reportagem no Bom Dia Brasil:


Prisão

Três agressores foram presos. Dois deles são irmãos e moram com a mãe, viúva, em um prédio de classe média da Zona Sul da cidade. Pelo interfone, ela disse não saber que os filhos faziam parte de uma gangue ou que portassem objetos como um soco inglês. “Não senhor, de jeito nenhum. Inclusive dizem que eles estavam com isso, com aquilo. Eles não estão nem com mochila porque mochila é quando eles vão para a faculdade”, afirmou a mãe.

Os três presos são operadores de telemarketing e vão responder por injúria, lesão corporal e tentativa de homicídio. Eles devem ser transferidos para um Centro de Detenção Provisória (CDP) nesta segunda-feira (9).

Celulares

Segundo a polícia, na agenda do celular de um deles, o nome do outro aparece seguido das letras “ns”, que seriam as iniciais de “Nacional Socialista”, o partido nazista alemão.

“Nos celulares dele, ainda para confirmar as características deles, algumas mensagens, sou skin, fotos com punhal, soco inglês. Eles de coturno, coisas que comprovam que eles são realmente skinheads”, afirmou a tenente Jacqueline.

Mais um caso

Na mesma madrugada em que o policial foi agredido, um rapaz de 21 anos foi morto a facadas, também na Rua Augusta. A polícia não descarta o envolvimento de skinheads na morte do rapaz.

Os casos de violência deixam inseguros os freqüentadores da região. “Precisamos de uma idéia de segurança maior”, afirmou o arquiteto Breno Miguel. “A gente não sabe aonde pode andar”, disse uma mulher que prefere não se identificar.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL593955-5605,00.html

Link do vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM838812-7823-POLICIAL+MILITAR+E+ESPANCADO+POR+JOVENS+DE+CLASSE+MEDIA+EM+SAO+PAULO,00.html

Observação importante não comentava e divulgada na entrevista e matéria(serve como alerta): a negação do Holocausto, vulgo "revisionismo" do Holocausto(entre aspas, por não se tratar de História e sim de propaganda ideológica), é divulgada principalmente por grupos de extrema-direita(neonazistas e afins, e outros grupos extremistas diversos), no Brasil e no mundo. Esperamos que não haja impunidade neste caso para com os culpados deste crime bárbaro que choca a sociedade brasileira mais uma vez com o terrorismo promovido por esses bandos de bárbaros.

Neonazistas atacam pessoas brutalmente em São Paulo

'Poder letal das gangues é muito grande'

A delegada Margarette Correia Barreto, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerâcia (Decradi), diz que o poder letal das gangues intolerantes que agem na região central de São Paulo é muito grande.

Em entrevista ao G1, ela comentou as características dessas pessoas que se reúnem para agredir negros, judeus e homossexuais.

O caso mais recente foi registrado na madrugada deste domingo (8) na Rua Augusta, no Centro de ã Paulo. Um policial militar foi agredido ao tentar defender um rapaz negro que era atacado por um grupo de supostos skinheads. O PM levou golpes de cano e soco inglês, além de chutes e pontapés, e teve ferimentos graves no rosto.

São grupos intolerantes que pregam a exclusão de determinadas pessoas do grupo social. Alguns perseguem negros, judeus ou homossexuais. Basicamente, eles pregam a supremacia racial de algumas etnias sobre outras e o extermínio de algumas pessoas que eles discordam de comportamentos ou procedência, explicou a delegada.

De acordo com Margarette, o Decradi investiga de 20 a 25 gangues de intolerantes em São Paulo. A delegacia faz o cadastramento dos grupos para que, quando ocorrer um crime de intolerância, as pessoas envolvidas sejam rapidamente identificadas. “O que eles têm em comum é essa cultura de intolerância, de perseguição, mas são jovens de todas as classes sociais”, disse. Confira alguns pontos da entrevista:

Crime na região central

A delegada confirma que o maior número de casos ocorre na região central de São Paulo. “Essas regiões são freqüentadas pelos grupos intolerantes e, também, por pessoas da diversidade. Então, quando eles encontram um negro, um judeu ou um homossexual nesses locais acabam fazendo os ataques. Pelo levantamento, é na região central e na Avenida Paulista o maior foco”, afirmou.

Roupas e prevenção

Margarette Barreto diz que os crimes de intolerância são de difícil prevenção. “Algumas vezes eles estão trajando as vestimentas do grupo intolerante. Outras, não. Então é complicado se fazer prevenção porque, quando eles não querem ser percebidos pela polícia, eles andam como pessoas comuns. Nessa ocorrência de domingo, algumas pessoas estavam trajando a roupa própria e outras, não.”

Os grupos se vestem com roupas parecidas e alguns instrumentos. “Eles usam coturno com biqueira de aço, alguns usam algumas camisetas com dizeres skinheads ou hooligans. Mas isso depende da gangue que ele faz parte”, afirmou.

Participação dos pais

A delegada Margarette Barreto concede entrevista ao SPTV (Foto: Reprodução/TV Globo)Muitos pais não percebem que o filho faz parte de uma gangue, de acordo com Margarette. “Quando o filho sai de casa com uma roupa diferente, eles acham que é o modismo, não acreditam que o filho está fazendo parte de uma gangue de intolerantes. Os pais devem observar os filhos para que isso não aconteça”, disse.

A delegada também contou o caminho dos jovens para ser aceito nesses grupos. “Primeiro, ele começa a se vestir com as roupas da gangue, começa a sair em alguns passeios. Depois, para o batismo, ele tem que cometer um ato de intolerância. Ou ele é submetido a lesões corporais pelo grupo para ver se ele agüenta apanhar, ou ele tem que cometer um ato de intolerância contra um dos segmentos que aquela gangue odeia.”

Importância das denúncias

A delegada diz que essas gangues são muito violentas e a polícia conta com a denúncia da população contra os grupos. “Eles promovem ataques com muita lesão às pessoas envolvidas. Geralmente, ocasionam a morte ou lesão corporal grave nas pessoas. Eles concentram os golpes, o coturno com biqueira de aço é uma arma, eles usam soco inglês e barra de ferro. Então, o poder letal dessas gangues é muito grande.”

As denúncias podem ser feitas pelo 181, o Disque-Denúncia, ou pelo telefone do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde funciona a Decradi: 3315-0151. A testemunha não precisa se identificar.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL594398-5605,00-PODER+LETAL+DAS+GANGUES+E+MUITO+GRANDE+DIZ+DELEGADA.html

Observação importante não comentava e divulgada na entrevista e matéria(serve como alerta): a negação do Holocausto, vulgo "revisionismo" do Holocausto(entre aspas, por não se tratar de História e sim de propaganda ideológica), é divulgada principalmente por grupos de extrema-direita(neonazistas e afins, e outros grupos extremistas diversos), no Brasil e no mundo. Esperamos que não haja impunidade neste caso para com os culpados deste crime bárbaro que choca a sociedade brasileira mais uma vez com o terrorismo promovido por esses bandos de bárbaros.

quinta-feira, 27 de março de 2008

A História do "revisionismo" do Holocausto - Parte 4

4. Negacionismo e Justiça Brasileira

Desde o lançamento de “Holocausto Judeu ou Alemão? Nos bastidores da mentira do século” em 1987, uma extensa batalha judicial perdurou até o ano de 2003. De um lado Siegfried Ellwanger e a Revisão Editora e do outro lado seus críticos. Os maiores adversários da Revisão Editora e do negacionismo no Brasil são grupos de defesa de direitos humanos e entidades judaicas que visam o combate ao anti-semitismo e a proteção da memória dos milhões de vitimas do Holocausto.

Em um primeiro momento, a tática utilizada para barrar tal negacionismo foi um boicote ao mesmo, pois se temia que a abertura de um processo acabasse por trazer publicidade ao negacionismo. Entretanto, ficou constatado que esta prática não era muito válida, pois não trazia resultados substanciais. Após certo tempo esta disputa passou aos tribunais gaúchos (pelo fato da editora situar-se em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul), onde uma verdadeira batalha foi travada. Ellwanger conseguiu uma série de liminares e habeas corpus, até que em determinado momento, a questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, onde Ellwanger foi condenado pelo crime de racismo, em ultima instância, com denegação do pedido de habeas corpus nº. 82.424.

Ellwanger fora julgado pelo conteúdo de “Holocausto Judeu ou Alemão?”, além da distribuição (via Revisão Editora) dos seguintes títulos: “O Judeu Internacional”, de Henry Ford, 2ª reedição, 1989; “A História Secreta do Brasil”, de Gustavo Barroso, 1ª reedição, 1990; “Protocolos dos Sábios de Sião”, apostilado por Gustavo Barroso, 4ª reedição, 1989; “Brasil Colônia de Banqueiros”, de Gustavo Barroso, 1ª reedição; “Hitler - Culpado ou Inocente”, de Sérgio Oliveira, 2ª edição, 1990 e “Os Conquistadores do Mundo - Os Verdadeiros Criminosos de Guerra”, de Louis Marschalko, 3ª edição. As obras da editora Revisão foram proibidas de circulação.

Porém, há uma rede de apoio mútuo entre autores e leitores negacionistas, que conta com suporte de diversas organizações anti-semitas. A internet é um meio largamente utilizado para disseminação de material anti-semita e negacionista, inclusive no Brasil.

Páginas de internet neonazistas como valhalla88.com e whitepowersp.org (atualmente fora do ar) exibiam mensagens de apoio a Ellwanger e aos ideais da Revisão Editora. O controle, do ponto de vista jurídico, de sites de internet é bastante complexo, tendo em vista que muitos destes ficam hospedados em servidores estrangeiros - onde práticas como anti-semitismo e racismo não são considerados crimes - justamente por proteção (Jesus, 2006, p. 151). O próprio website da Revisão Editora ficou hospedado durante certo tempo em um conhecido servidor estrangeiro que abriga diversas páginas racistas (www.libreopinion.com).

Atualmente a Revisão Editora não conta com uma página oficial na internet, porém é fácil encontrar os livros a venda em páginas de leilão virtual, sebos e livrarias on-line.

Além do próprio discurso anti-semita e preconceituoso, certos episódios mostram a contribuição dos livros negacionistas para a formação de grupos neonazistas no Brasil. Em maio de 2005, em pleno aniversário de rendição nazista (60 anos), um grupo de cerca de oito skinheads neonazistas atacaram três estudantes judeus com idade entre dezenove e vinte e sete anos. Em investigação (mandado de busca e apreensão), nas casas dos jovens presos pelo crime, foram encontrados diversos materiais de propagandas racistas e discriminatórias, além de exemplares de livros da Revisão Editora (Fuhrmann, 2004). Deste modo, a atenção destinada ao Negacionismo não deve ser referente apenas aos conteúdos dos livros, mas também a toda teia de relações em que eles se inserem.

Fonte: Revista eletrônica 'Literatura e Autoritarismo(Dominação e Exclusão Social)
Autor: Odilon Caldeira Neto

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