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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Trump, o "pacifista" e "bufão" segundo alguns, também é parte do projeto de destruição da União Europeia (UE) pela elite norte-americana (estadunidense). Alguém lembra do Brexit?...

Usei esse termo "pacifista" no título porque tem uma turma no Brasil que cria ou criava ilusões com Trump sobre a Rússia e "paz"... que Trump teria afinidades políticas dele com o Kremlin e cia (admiração ele nutre por algumas figuras), e essa situação esdrúxula fomentou o surgimento de uma "direita pró-russa" no Brasil (meio "marginal", porque o grosso da direita brasileira é e sempre foi filo-norteamericana) que repete essas "tonterías" (como diriam os espanhóis, "tonterías = besteiras")...

Turma de "memória fraca"... esqueceram do caso Cambridge Analytica?

Pa refrescar a memória fraca de alguns, e comento a razão do caso mais abaixo, o caso da Cambridge Analytica está ligado ao Brexit, que foi o movimento de retirada do Reino Unido (que pra uns no Brasil só soa como "Inglaterra") da União Europeia para destroçar a UE como bloco.

Sobre os métodos da Cambridge Analytica:
"A Cambridge Analytica é uma empresa de análise de dados que trabalhou com o time responsável para campanha do republicano Donald Trump nas eleições de 2016, nos Estados Unidos. Na Europa a empresa foi contratada pelo grupo que promovia o Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).

A empresa é propriedade do bilionário do mercado financeiro Robert Mercer e era presidida, à época, por Steve Bannon, então principal assessor de Trump.

A Cambridge Analytica teria comprado acesso a informações pessoais de usuários do Facebook e usado esses dados para criar um sistema que permitiu predizer e influenciar as escolhas dos eleitores nas urnas, segundo a investigação dos jornais The Guardian e The New York Times.

Na noite de segunda, a rede de TV britânica Channel 4 veiculou uma reportagem em que o diretor-executivo da Cambridge Analytica, Alexander Nix, foi filmado conversando sobre uso de suborno, ex-espiões e prostitutas para encurralar políticos."

Link da matéria completa: (https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/entenda-o-escandalo-de-uso-politico-de-dados-que-derrubou-valor-do-facebook-e-o-colocou-na-mira-de-autoridades.ghtml). Viram os métodos mafiosos usados que lembram alguém?... Caso Epstein... manipulação de Big Techs...

Sobre o caso Epstein.. (o uso de prostituição de menores pra armar arapuca a políticos com "gostos curiosos"...), espionagem, prostituição... ("Secret service prostitute says secret information was easily accessible" Link1 "Ghislaine Maxwell and Jeffrey Epstein were spies who used underage sex to blackmail politicians, ‘ex-handler’ claims" https://www.thesun.co.uk/news/10414087/ghislaine-maxwell-epstein-mossad-agents-politicians-sex-blackmail).

Por sinal, foi difícil achar matéria sobre Epstein e Mossad... teve que calhar a do "The Sun", que é tabloide britânico, mas as infos não estão erradas nessa matéria por porque o assunto está com aparente censura pelo Google.

As Big Techs se reuniram com Trump pra adular o tirano norte-americano esses dias... (https://www.poder360.com.br/poder-tech/saiba-quem-foi-ao-jantar-de-trump-com-big-techs-na-casa-branca), pros que acreditam em "liberdade de informação/expressão" no Google, Facebook e cia, "tolinhos"... existe liberdade sim nas Big Techs, de "manipulação" e censura por elas, a gente mesmo sofre censura, restrições: https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/06/ja-ouviu-falar-em-shadowban-o-grande-irmao-google-e-a-ilusao-de-alguns-grupos-com-liberdade-de-expressao-via-big-techs-dos-eua.html

Mas tentando voltar ao começo, ao assunto de fato... Trump é vendido só como um "bufão", coisa fanfarrônica, folclórica por certa "turma ilustrada" que circulam nessas "mídias progressistas" do Brasil (estão fazendo "bom jornalismo" sobre esses temas?... toda vez tenho que recorrer a links da "grande mídia"...), por uma postura pedante, pernóstica e boçal (os comportamentos quase sempre andam juntos).

Uma presunção de "superioridade intelectual e moral" (em vários casos há controvérsias nisso...) em relação a esses bandos porque os mesmos usam métodos ridículos de disuasão. A massa dessa extrema-direita olavética é realmente estúpida, manipulável, e de gente ruim (com péssimo caráter, valores, é isso o "conservadorismo" brasileiro?...), mas que não deixam de ser perigosos por manifestarem essa "estética pitoresca ridícula". Essa gente não deve ser levados na gozação, como "pilhéria"... foi por essa postura pernóstica da "esquerda ilustrada" que essa turma chegou ao poder sem combate, o Olavo de Carvalho, um "astrólogo" engoliu os meios universitários do país (que supostamente deveriam representar uma resistência a isso e nada...). Certa "esquerdinha pernóstica" de bolha de internet (de classe média) pilhando o Olavo de Carvalho e cia estimularam o sujeito a sair do anonimato, ainda no Orkut e parte desses bandos, testemunhei isso, pena o Google ter ocultado os arquivos do Orkut, quem quiser entender a ascensão dessa turma vai ter que pesquisar (conseguir acesso) àquele site.

Mas voltando a Trump, Trump deu continuidade ao projeto de destruição da União Europeia, começado com o Euromaidan (levante) em Kiev/Ucrânia (2014) derrubando governo pró-Rússia por lá pra futura guerra... isso ocorre ainda no governo Obama/Biden (vice), calma que chegaremos à UE de novo...

Trump se elege depois e começa o projeto "Cambrydge Analytica" pra remover o Reino Unido da União Europeia pra enfraquecer, fragmentar o bloco e dar respaldo a figuras de extrema-direita pela Europa como o Salvini (italiano), Farage (britânico, cabeça do barulho sobre o Brexit) e figuras do tipo...

O motivo? A UE era um bloco concorrente dos Estados Unidos em PIB, comércio, moeda e cia... confiram o gráfico (não achei melhor mas quebra o galho, link https://www.reddit.com/r/economy/comments/1j0vyrc/gdp_growth_of_the_usa_versus_the_eu_from_2008_to), pros que ficam alegando que a "Europa acabou"... os caras falam como se fosse um bloco político/econômico do tamanho da Bolívia... com todo respeito à Bolívia... como se não tivesse tecnologia, força, protagonizou duas guerras mundiais e encabeçaram o mundo desde a expansão ibérica (Portugal/Espanha) nas Américas e cia, lá pelo século XVI, até ascensão do Império holandês, francês, britânico...

Entendo que o termo "acabar" pode ser aplicado a "bem-estar social", se for faz sentido... mas de forma genérica é uma expressão problemática, porque o "acabar" é só o "recomeçar" de outra era (ou antiga... https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2025/03/05/alemanha-prepara-rearmamento-historico-apos-distanciamento-dos-eua.htm), Alemanha e armamento nunca foi uma mistura muito "boa"... se é que me "entendem"... como o blog é de 2aGM, comentários como esse tem sentido irônico mesmo.

Os Estados Unidos elaboraram uma estratégia de longo prazo (as elites ianques, o aparato de Estado) de uma guerra envolvendo Europa Ocidental (e a do leste, como bucha de canhão) contra a Rússia... que é o que estamos vendo em curso...

"Mas Trump é só um bufão" e bla bla bla... tomem cuidade com a turma que trata o sujeito e essaa questão assim aqui no país... sei que rola desabafo, irritação e vontade de chamar o sujeito de imbecil e cia (e em parte é), mas mesmo sendo imbecil é um sujeito perigoso, principalmente por seu entorno e por ser Presidente dos Estados Unidos... ele tem burocratas de Estado (uma máquina burocrática junto dele), maquinário de Estado ao lado dele pra cometer atrocidades, maldades e estragos... mesmo que não deem certo a médio/longo prazo no plano econômico.

Trump também foi responsável pela morte de quase 1 milhão de norte-americanos por Covid (número sem revisão ainda), como sua filial no Brasil, os Bolsonaro e os militares no governo, responsáveis pela morte de 700 mil brasileiros por Covid também no Brasil, fora o estrago econômico, social, familiar causado por essa questão.

E mais sobre Trump ser "bufão"... quem inaugurou essa "guerra de decepar" (como andam rotulando) que Israel anda usando e cia, pelo menos em período recente, foi o "Bufão laranja", pros que não lembram do ataque, 2020, governo Trump trama uma emboscada no Iraque, similar a essa conferência sobre "cessar-fogo" que líderes do Hamas foram ao Qatar, e manda bombardear o local pra matar o líder da Guarda Revolucionária do Irã (idealizador da estratégia do "Eixo da Resistência" e cia): "Bombardeio ordenado por Trump mata principal general iraniano" (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/02/ataque-aereo-mata-major-general-iraniano-diz-agencia-milicia-culpa-eua-e-israel.ghtml). É "bufão" mas mata...

Muita cautela e cuidado ao tratar Trump como "mero bufão", isso é uma postura imprudente, imatura e irresponsável... mesmo sendo um cretino, ele é um cretino no poder da maior máquina de guerra do mundo ou uma das (a da China é equivalente), e essa turma dos Estados Unidos ao se dar conta que não podem conter a China mais diretamente, podem querer destroçar o mundo inteiro para que os chineses, BRICS e cia não usufruam de prosperidade, desenvolvimento por décadas... fora as ameaças de conflito armado e as não-ameaças como Gaza e conflito na Ucrânia, fora outros conflitos se espalhando pelo mundo.

Essa baboseira, ladainha, de separar Trump, republicanos e democratas como "coisas muito diferentes", pode funcionar em "DCE" de internet (por sinal, tem um usando uma expressão bem particular que eu usava... vou fazer post sobre isso porque achei ridículo), mas na prática isso é uma discussão rebaixada, ridícula.

Só lembrando, o blog é acessado em sua maioria por brasileiros e estrangeiros fora do Brasil e nessas semanas a coisa se superou, os acessos do Brasil se encontram na sétima colocação...

Singapura e Hong Kong (China) no topo, Rússia, Alemanha, Reino Unido e cia... o povo saberá se reproduzirem assunto dos textos em outros cantos sem os créditos. Nunca foi proibida a reprodução, está na descrição do site e sim a "ausência dos créditos", nada além disso. Tanto que o site tem uma lista de PDFs sobre nazismo e cia com mais de 120 arquivos... (na parte de Páginas), fora o livro elaborado pelo pessoal do Holocaust Controversies que se encontra em destaque no canto esquerdo sobre a Aktion T4 e alguns campos de concentração, em inglês (não foi possível, ainda, traduzir pro português). O download é livre, mas se reproduzirem, lerem, deem os créditos ao esforço feito, é o mínimo requerido.
O link direto do PDF do livro: https://holocausto-doc.blogspot.com/2012/01/belzec-sobibor-treblinka-holocausto.html

Programa Aktion T4 da Alemanha nazista (eugenia e eutanásia), a Olga Benário, conhecida no Brasil, foi morta em centro da Aktion T4 (a imagem dela aparece no link em português e esclareço a razão): Aktion T4 verbete (https://pt.wikipedia.org/wiki/Aktion_T4). Se alguém colocar algo pela IA do Google, a IA vai dizer que não há "ligação"... pra contornar o erro "burrice" da "inteligência artificial"... matéria antiga da Folha de SP ("Olga Benário foi morta em clínica" https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft28019816.htm). A Aktion T4 era sobre eugenia e cia, no começo, mas os centros também foram usados pra matar prisioneiros do nazismo, a Olga Benário foi vítima.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

As ameaças de morte que o Jones recebeu...

Eu não sabia se colocava isso em post ou em forma de comentário no "Post de Gaza" (parte 22), porque quando a gente faz comentário nos Posts de Gaza a turma do "copy and paste" adora "suprimir" na cara de pau de onde copiam coisas (que a gente escuta fulano A ou B repetindo o que a gente diz em alguns canais na maior cara de pau... o algoritmo do Google é cruel e dedura "conteúdo igual"... sabiam?... é assim que a gente fica sabendo quando replicam, em muitos casos). Mas como tentava dizer, achei melhor colocar em post porque não se "perde" como "comentário" até porque a questão é séria apesar do tom sensacionalista adotado por algumas "mídias". A quem quiser checar: "Jones Manoel recebe ameaças de morte de grupo neonazista internacional: ‘Não me intimido’" (ICL).

Faz anos que eu evito colocar "anúncio" de denúncia de "neonazismo" no Brasil por essas bandas (o blog) porque transformar ação de hooligans, que devem ser contidos, reprimidos, mas com pouca relevância política real (na disputa política do país, pela via institucional, tirando a extrema-direita representada pelo bolsonarismo), estava servindo mais ao sensacionalismo barato sobre "nazismo no Brasil" (os "arianos" brasileiros são bizarrice à parte) e uso político disso pra alarmismo sobre "antissemitismo no Brasil" do que algo real.

A quem quiser ler mais sobre a questão, fica a sugestão do site do prof. René Gertz, historiador gaúcho (site dele https://www.renegertz.com), ele faz crítica a justamente o que apontei acima do uso político desse "medo neonazista no Brasil" e da péssima abordagem que a mídia hegemônica/aberta faz como eu posso acrescentar também a dita "mídia progressista" (que vai na mesma linha). Nunca chamaram o René Gertz pra entrevista e discutir o assunto. Mas a dita mídia progressista não se diz "contra a corrente", contra o discurso da "mídia aberta"?...

Eu li a matéria do ICL acima e fui atrás de informação sobre o tal "Atomwaffen Division" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Atomwaffen_Division), que eu nem sabia que existia (é tanto lixo neonazista ou supremacista abrindo "célula" de lobo solitário, que com um membro representante dessa turma na presidência dos EUA, Donald Trump, torna a existência desses entulhos em coisa pequena, no sentido literal, que já eram antes mesmo do supremacista Trump chegar ao poder, com o Bannon e seu entorno).

O dito "líder" dessa "Atowaffen Division" (o Waffen deve ter vindo de "Waffen-SS", divisões da SS que alistavam estrangeiros pra luta anti-comunista do III Reich, não só estrangeiros, era como uma brigada, divisões de guerra da SS, a parte militar da SS, a quem quiser saber o que é, verbete Waffen-SS https://pt.wikipedia.org/wiki/Waffen-SS), um norte-americano chamado James Mason (o verbete sobre o sujeito https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Mason_(neonazista)), de 73 anos... e olha o perfil da figura, condenado por exploração secual de menor e e delinquência de menor também.

É um bando ligado a Alt-Right (https://pt.wikipedia.org/wiki/Alt-right) dos EUA, minúsculo, pequeno, mas no verbete em português comenta que a Polícia Federal fez ação no ano de 2023 em cima de elementos "ligados" a isso no Brasil nos estados do Rio Grande do Sul, Curitiba (PR), São Paulo (SP), Araçoiaba da Serra (SP), Ribeirão Pires (SP) e Fortaleza (CE), link do verbete pra matéria (https://www.pc.rs.gov.br/operacao-accelerare-iii-prende-sete-liderancas-de-grupos-nazistas-aceleracionistas).

Reparem no termo usado, "acelarocionistas"... (https://pt.wikipedia.org/wiki/Aceleracionismo), leu até aqui e memorizou o termo? Memorize porque vou citar mais adiante pra dar uma "chapuletada" (https://dicionario.priberam.org/chapuletada). Coloco o verbete pra lerem, o português da "moçada" anda ruim... vocabulário ruim...por isso a repetição, apropriação de alguns termos que eu uso pra simplificar o entendimento de certos grupos... é uma simplificação, porque eu acho ridículo alguém repetir essas coisas de gente que nunca discutiu comigo ou com colegas mas ficam seguindo na surdina, e não é algo agradável, se alguém achou que eu levava na esportiva, nem eu e nem ninguém leva.

Mas como discutiamos... eu assisti parte dessa matéria da TV Tribuna (TV local https://www.youtube.com/watch?v=kStE-_PndZM) e pelo que o Jones comenta da ameaça, o povo tratar isso como "ameaça neonazista" de algum bando ridículo desses de hooligans no país beira ou à irresponsabilidade ou falta de noção do problema e eu vou detalhar, explicar...

A ameaça que o Jones cita consta que a figura ou figuras tinham mapeamento até de voos que a pessoa fez, mudança de endereço etc...

A menos que esses "hooligans" tenham feito algum "intensivão" da vida (se fizessem não ficariam com esse comportamento ridículo imitando lixo europeu e norte-americano), isso é coisa de aparato de Inteligência... ou de gente preparada monitorando você. Por isso que achei o tom infeliz dessa matéria do ICL e desse "confete" que parte da esquerda faz toda vez que surge nome "nazismo" na coisa, o despreparo é colossal e vergonhoso, e ainda engolem "pilha", despiste.

A Marielle Franco, vereadora pelo Rio, não foi morta a tiros por neonazistas... e sim por briga de milícia no Rio de Janeiro (capital).

Lembram desse caso aqui? (pra quem é de fora de Pernambuco não deve se lembrar mas a gente refresca a memória...), "Polícia faz nova perícia em motel onde empresário foi achado morto" (https://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/07/policia-faz-nova-pericia-em-motel-onde-empresario-foi-achado-morto.html). Ano de 2016.

E tem um caso bem antigo de um escândalo que ficou conhecido no país como "Escândalo da mandioca", segue a matéria relembrando o caso de assassinato do Procurador Pedro Jorge que investigava desvio de dinheiro (https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2024/02/28/senado-aprova-projeto-que-inclui-procurador-federal-pedro-jorge-que-denunciou-escandalo-da-mandioca-no-livro-dos-herois-e-heroinas-da-patria.ghtml).

O Jones nesses dias ou semana andou abordando essa questão aqui (tá no canal dele "A CPI do bilhão: o maior escândalo da história de Pernambuco" https://www.youtube.com/watch?v=my2nEImftWk).

Se o Jones ler isso aqui, e sei que a turma dos "webcomunistas" leem, ou amigos próximos... eu levaria a questão de ameaça bem a sério e esqueceria essa ladainha sobre "neonazismo"... que só faz cortina de fumaça pra coisa (a menos que a investigação da polícia aponte algum indício maior, qualquer pessoa "escolada" consegue plantar informação do tipo pra gerar distração, "nazistas!"). Achei bem ridícula e tosca a matéria "jornalística" que o ICL fez sem se aprofundar na coisa... porque o Jones comenta no vídeo da CPI do bilhão sobre questão de ameaça e logo depois aparece isso. Coincidência?...

E outra coisa, se forem copiar coisa daqui, citem a fonte, senão citar eu vou colocar link de matéria que reproduzir, copiar na cara de pau (não vou mais aturar essa babaquice).

Como disse no começo do post, eu deixei faz muito tempo de reproduzir matérias sobre "neonazismo" no Brasil por conta da manipulação e o mau uso feito em cima de bando de hooligans (arruaceiros, idiotas violentos, que devem ser punidos, mas sem esse alarme de III Reich no Brasil e cia, a extrema-direita brasileira é imunda mas não vai seguir a da Alemanha até porque, por "questões étnicas", é algo inviável... se é que me entendem... "nazismo é pra alemães, "raça alemã", "ariana", a baboseira que os alemães fizeram na segunda guerra, o "idealismo nórdico" e babaquices do tipo, racismo que segue vivo mas pelos Estados Unidos, Europa), tem explicações aos montes pelos posts, ou em livro de segunda guerra sobre nazismo (tem 'n' indicações no blog, é só checar a parte de bibliografias e ler, em vez de ficarem ouvindo tolice no Youtube).

Citou "nazismo" na TV brasileira anos atrás a reação beirava o ridículo, e adiantava de quê? Não votaram numa escrecência de extrema-direita mesmo sem esse viés racial radical europeu no meio da coisa mas com o saldo de 700 mil mortos na pandemia? (https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2023/03/28/brasil-chega-a-marca-de-700-mil-mortes-por-covid.ghtml).

Eu ando realmente farto da falta de seriedade, fanfarronice desses "meios de esquerda" no país pra lidar com essas questões. Falta de seriedade e leitura também (pelo visto).

Eu fiz um post recente sobre "webcomunistas", "webcomunismo" link (https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/08/raio-x-da-dita-esquerda-radical-de-bolha-webcomunismo-de-youtube-o-porque-do-pt-ser-hegemonico-no-brasil-e-nao-haver-opcoes-politicas-ao-partido-pela-esquerda.html), onde tem crítica ao "movimento" (entre aspas, porque nem movimento político é de fato), e como sugeri canal crítico a esse pessoal, que tem vídeos relevantes que poderiam ser retrucados, respondidos em vez do povo "fugir" de discussão, mas que não endosso o tom sectário de "perseguição", de psicose sobre esse pessoal. Divergir é normal, mas entreraem em tom de psicose, sem condenar as ameaças é uma postura errada de vocês. O termo "acelaracionismo" foi trazido por canais críticos aos "webcomunistas" e só pra deixar claro, não há ligação alguma desses canais com bandos do tipo, mas achei curioso o termo reaparecer em grupo neonazista... é "curioso" como um bando de hooligans se apropriam desses termos, conceitos.

É bom essas turmas pararem do tom de galhofa, fanfarrônico sobre nazismo/neonazismo e levar a sério a coisa e que as autoridades competentes investiguem a fundo a coisa. É coisa pra esfera federal mesmo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Raio-x da dita "esquerda radical" de bolha (webcomunismo) de Youtube. O porquê do PT ser hegemônico no Brasil e não haver opções políticas ao partido pela esquerda

Olá, biguinhos! Viva as bolhas do Youtube!
Tem muita gente malhando a postura sectarizada, postura de patotas e meio infantilizada dessa turma (do título) há tempo nas redes. Eu evito malhar (exceto crítica ou outra) ou estigmatizar porque considero que as críticas (sérias) ao governo federal são bem-vindas, mas... parece que há uma agenda de autopromoção, agenda "oculta" mal explicada na coisa pralém de críticas sérias, pertinentes ao governo federal.

Um vídeo que me chamou atenção foi o do A. Linck (canal Quadrinhos na Sarjeta) que coloquei num dos posts de Gaza onde ele criticou aqueles "debates" (entre aspas mesmo), ou "circo de pulgas" (como eu chamo, entretenimento macabro) de "gente de esquerda" indo "debater" com o "Marca de Bicicleta". Aqui o vídeo: (https://www.youtube.com/watch?v=Ld1NHWlFMvk).

Na verdade foram lacrar, se promover (exibicionismo) achando que iriam enquadrar o cara e foram enquadrados, toda "petulância será castigada"... Isso aconteceu porque essa turma se "leva a sério demais", há falta de "malícia", engolem pilha fácil, falta tato pra lidar com mala sem alça e ter noção que isso não é propriamente um "debate".

Eles foram "discutir" com o tal "Marca de Bicicleta" por conta de que esse sujeito tem fama de "estúpido até o talo", se promove por ser o "bobalhão alegria da massa" (tem gosto pra tudo), e que seria fácil transformar o sujeito em "escada" pra dar raquetada de "eu sou gênio demais". Mas foi essa turma à esquerda que virou "escada" do terraplanismo do tal "Marca de Bicicleta".

Esses "debates do mundo Bizarro" só escancarou a falta de politização real que esses canais ou turma que leva o rótulo de "webcomunismo" faz nas redes. Não generalizando, mas... pouca coisa foge a essa linha.

Mas por que se afirma que não existe politização real nisso?

Por um motivo simples: os adeptos, seguidores da "coisa" ("webcomunismo") não convertem o dito "engajamento" que recebem no Youtube em apoio de massas, votos, organização política real etc. É tudo improvisado, pra autopromoção como qualquer "influencer" tosco de Youtube (pelo menos alguns são mais autênticos).

A gente corre o risco de tomar umas "chineladas" de fúria dos "fãs" dessa turma, mas tá ficando ridículo e estamos no tempo das definições. Estamos literalmente numa conflagração global, numa "terceira guerra mundial" (Ucrânia, Gaza, tensões crescentes China x EUA) e essa turma "brincando de revolução" no Youtube iludindo gente tonta que não lê, se informa porcamente (porque se tivessem filtro notariam essas coisas apontadas).

Há quanto anda o mundo:
"Why is Taiwan training for war with China?" (Link1)
"'China is preparing to invade Taiwan' - but there are questions over whether the island is ready" (Link2)
"Preparing for War with China: 35,000 Troops from 19 Countries Gather in Australia" (Link3)

Essa turma não dialoga com os demais espectros do país, com as pessoas em geral, da sociedade. Quando você tenta diálogo com algum (até alguns que "seguem" na surdina, e eu sei, porque já peguei expressão que uso sendo repetida e outras coisas, linhas de pensamento etc, só que uma coisa é repetir, outra é o original dizendo, até agradeço pela "admiração" oculta, mas procurem dialogar, falar com as pessoas em vez de ficar nesse cercadinho de vocês atrás de fama pela fama).

Já houve briga de canal de "mídia progressista" com uns, rotulando quem endossou críticas ao governo como sendo "seguidores" dessas pessoas, algo absurdo, e vou explicar de forma didática pra esses canais de "mídia", e "não espalhem"...: parte do público dos ditos "webcomunistas" votam no Lula... no PT... sabiam disso?... e continuarão votando porque não existe opção real ao PT, à parte todos os defeitos, problemas e falhas do PT etc.

Mas indo ao ponto da crítica, da razão de muita gente estar criticando esse pessoal pralém do que foi dito acima.

Essa turma teve 4 anos (desde 2022, pelo menos) pra organizar alguma sigla decente, mínima, sigla partidária, movimento político etc pra ganhar o povo em 2026, em teoria, e o que fizeram? Nenhum consegue sequer se candidatar a cargo em 2026 de tão "organizados" politicamente que são (desunidos, brigam com os próprios egos, pelo personalismo), a crítica de gogó qualquer pessoa faz (eu mesmo faço, eu não estou atrás de cargo político), a parte dita consciente, politizada da sociedade já faz isso de forma orgânica há décadas, em torno do PT e outras siglas (no passado rolava até no PDT, PSB, mas essas siglas desandaram, o PDT nem se fala, com a figura do Ciranha, vulgo Ciro Gomes, vai de mal a pior, virou um DCE pedante que só fala pra gueto ou serve de linha auxiliar do bolsonarismo, mesmo que tentem rejeitar o rótulo, é a mesma linha pueril do "webcomunismo", muita bravata e nenhuma organização prática chamando o povo pro seu entorno, dialogando).

Quando eu critico essa turma aqui nos posts de que não dialogam, quem está galgando cargo político? A gente ou esse pessoal? Quem tem que "paparicar" quem? Vocês querem voto, apoio e cia só ficando na surdina, pilhando os outros?

O Lula surgiu pro Brasil na segunda metade dos anos 70, em poucos anos já haviam formulado o PT (o PT é um partido mas também um movimento político de renovação da esquerda brasileira que emergia da ditadura militar 1964-1985) em 1980, com antigos quadros de outras siglas de esquerda etc, elegeram deputado em pouco tempo, chegaram à prefeitura de SP capital (maior cidade do país em população) em 1988, o PDT era o rival natural disso, vindo do antigo PTB de Vargas, Jango e cia mas foi ficando pelo caminho, principalmente pelo erro do Brizola em sediar o PDT, ou massificar, apenas no Rio de Janeiro (em declínio, o Rio foi ultrapassado com folga por São Paulo na segunda metade do século XX) em vez de organizar a sigla em São Paulo e cia. Foi essa limitação do PDT que levou à própria derrota do Brizola no pleito de 1989, ao contrário do que boquirrotos na rede ficam vociferando culpando o PT pelos erros do Brizola e da outra sigla, ou simplesmente questão de época (o PT tinha mais capilaridade nacional em movimentos sociais, sindicatos e cia, tinha não, ainda tem, por isso que não "afunda" fácil como alguns acham que vai ruir, em que pese as críticas à sigla).

Pelo visto a leitura que essa "esquerda radical" faz ou tem do PT é só de antipetismo barato, visão rasa, sectária, idealizada, e não me refiro só a esses, é a mesma visão da "turma encantada" no neo-PDT vociferando "caos" em "podcasts" de gosto duvidoso (a maioria, rs), vociferando "vidência", "mãe dinazismo", DCE e cia.

Responsabilizem o Linck por ter começado a rebelião (rs), mas ele só externou o que tá entalado em muita gente.

Entendam uma coisa: tem todo um seguimento social no país, extenso, politizado que não se organiza propriamente por canais de Youtube, "webcomunismo" ou não se vê representado por essas figuras e nem por "mídias progressistas", o que não quer dizer que as pessoas "não existam", não consigam se comunicar, se manifestar etc, e que não costumam ser levados em conta pelas siglas (como o próprio PT), porque no fim de tudo é a gente que decreta os rumos políticos das siglas (o povo também), a tal "massa silenciosa" (e não me refiro ao termo cunhado nos EUA pra "direita", existe esse termo nos EUA pra conservadores, mas o termo foi apropriado aqui pra outra finalidade).

Esses grupos podem negligenciar, fingir que não veem (mas veem) as críicas ditas aqui, por quem pensa similar, as discussões etc, mas é a gente quem bate o martelo no fim, lembrem-se sempre dessa parte. Brigar com a gente, com essa parte nunca foi "boa ideia", fingir que "não existe" também, a gente sabe puxar o tapete de "quem apronta" na hora certa.

E na verdade ninguém puxa tapete algum, só no sentido figurado, vocês se sabotam pelo que listei acima: personalismo, comportamento de patota, sectarismo, egocentrismo, falta de organização política real (que não é fácil, ninguém está alegando isso, mas não se faz só na base do "falatório", do "gogó" e sim chamando o povo pra "junto", que vocês não fazem), a gente só bate o "martelo" decretando o fim.

As discussões sobre número de "likes", número de seguidores e cia dessa turma beiram o ridículo (em sentido político amplo, acho perigosa a alienação, fetiche que essa turma cria sobre Youtube e comunicação na rede), isso é discussão de "influencer" de internet (nem o Felipe Neto trava isso, e até hoje eu não sei nem o que o Felipe Neto pensa, rs, esse negócio de "influencer", como alguém vai influenciar algo sem ideia? Sem articular ideias, discursos? Sem um carisma, articulação?... alguém pode me explicar o fenômeno? A gente quer "aprender"...).

Não entenderam o que eu digo? Eu já coloquei esse link (a matéria do El País) algumas vezes nos posts de Gaza de 2023 pra cá pra explicar que os que influenciam de fato podem não aparecer como "influencers" midiáticos de Youtube. Trago de novo praqui pra ilustrar a questão:

"O fiasco dos ‘influencers’ com hordas de seguidores" "Uma jovem com mais de 2,6 milhões de fãs no Instagram não consegue vender o mínimo de “36 camisetas” que a empresa disposta a fabricar suas peças de roupa exigia"
(https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/14/internacional/1560521995_585998.html)

"Então quer dizer que números não pensam?..." eu não disse isso, o que apontei é que "só números soltos em um canal" não basta pra se exercer "influência política", ter hegemonia política etc. E por vezes isso pode ser ilusório. Prestem atenção ao discurso que é repetido nas ruas, aí vão entender quem está "influenciando" quem na coisa... não só existe "Youtube" pra se comunicar na web. Blogs são espaços de comunicação, sem o peso que tiveram no passado, mas... ainda possuem peso. O "bolsonarismo/olavismo" usa muito o Whatsapp pra "influenciar"... o "bolsonarismo" não têm canais de "mídia reacionária" no formato e proporção dos ditos "progressistas", e como conseguem a projeção?... mas dominam "podcasts", produção cultural e cia...

O que é "influência política"? Como isso se forma? Se cria? Se faz?... e desde quando isso se resume a Youtube?

Mas entendo porque isso (o dito "webcomunismo") adquiriu vulto: tem uma turma aloprada defendendo o governo federal a todo custo nas bolhas, redes, de forma que beira o ridículo (com argumentos infantis, tolos), sectarizando com meio mundo que criou o ambiente propício pra grupos mais "à esquerda" (em discurso apenas, por vezes idílicos) a ganharem vulto ao externarem certo descontentamento popular com o governo federal.

E esse fenômeno não é novo, eu lembro desse comportamento no governo Dilma 2 já, invadiram um post do site do Nassif (eu lia) tentando brigar com quem criticasse a figura do Joaquim Levy (de quem, desse "bolchevique incompreendido dos trópicos", o principal ajudante na queda do governo Dilma, fora os movimentos alheios ao governo). A gente não podia criticar o Levy que vinha uma leva criar atrito, encher o saco, a queda do governo não se deu pelas críticas ao modelo econômico adotado e sim pelo modelo econômico adotado por ela no poder e outros problemas (comunicação, falta de mobilização adequada de rua, ir pra cima pra "brigar" mesmo, defender o cargo a todo custo etc). Como o assunto já é pretérito, passado, a turma que defendia isso de forma acrítica não consegue mais mentir sobre essas coisas.

Os ditos "webcomunistas" poderiam ter pego esse "capital político" que adquiriram e criado uma organização (de verdade, não DCEs de internet), mas nunca vejo essa turma chamar o povo pra junto, não participam dos movimentos de rua das demais siglas "governistas", uma boa parte não vai. O egocentrismo fala mais alto, não possuem um projeto político real exceto conjecturas, falas soltas sobre "revolução" (falar a palavra "revolução" 10 vezes seguidas não vai criar revolução alguma, é só discurso vazio e sectário pra pose, ou esse pessoal acha que só eles acompanham e entendem de política?). Essas posturas conduzem ao vazio e futuramente ao ostracismo (se continuarem nessa toada).

Já vi inúmeros casos do tipo surgir e desaparecer, os comentários acima não são "chute", é baseado no que presenciei, vi ao longo de anos. Quem acompanha política há mais tempo vai poder atestar se isso procede ou não...

Não quero demonizar "debates", tem um que o Breno participou que foi proveitoso (tá em destaque aqui "Jogo dos 200 erros (encontre um...). "Debate" Breno Altman x Olavete: "O nazismo foi de esquerda?" https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/04/jogo-dos-200-erros-encontre-um-deles-debate-breno-altman-x-olavete-o-nazismo-foi-de-esquerda.html). Mas por que uns são proveitosos e a maioria não?... por uma série de motivos, a começar pelo "debatedor", pelo que a pessoa propõe, pela postura etc. O Breno não foi "debater ele" no tal "debate", foi com um propósito claro de rebater inverdades históricas (se preparou), sabe falar, expor o que pensa (é da "old school" política), é articulado, não cai em pilha fácil etc. Tem 'n' motivos na coisa. Quem vai só pensando em "aparecer", sem defender uma causa, questão (os "webcomunistas" são muito "eu" e pouco "causa" apesar de dizerem o oposto), quebra a cara lindamente, apesar de alegarem outra coisa em seus respectivos canais.

Os comentários acima não são pra ninguém específico e sim aos grupos, é uma "crítica grupal", porque o comportamento relatado é coletivo (em comum), apesar do individualismo extremo das pessoas desses grupos, algo incompatível com socialismo e "atuação em grupo" visando algum objetivo político maior soar contraditório, "socialistas individualistas"?... o Brasil é punk demais... tudo é subvertido nesse país...

Fora a falta de entendimento que a própria mudança em torno do PT, pela esqueda, virá do próprio PT (de rachas etc), de algum evento histórico extraordinário etc e não de "aglomerados" a esmo paridos artificialmente via internet. Falta certo entendimento histórico a esse pessoal na questão (já que ficam inebriados vendo os temas de fora do país, mas apresentam falhas grotescas quando tratam dos assuntos internos).

Nem sempre eu tive esse entendimento por estamos mergulhados no processo, mas a coisa vai ficando clara à medida que a opção política real ao PT não existe, só vejo aloprados querendo pegar o protagonismo do PT/Lula com discursos sectários, patotinhas etc (vide o "cirismo", Cirolândia e o "webcomunismo"), fora da realidade etc, sem qualquer organização política real de rua. Os caras podem negar tudo o que foi dito nesse post à vontade, quero ver comprovar por A+B que é mentira.

As pessoas não irão abraçar fantasias, palavras soltas. Esses dias tive que responder um que veio com esse discurso (de anti-política) porque toda vez acham que quando a gente critica algo do governo que a gente automaticamente está "endossando" gente sectária tosca pregando bizarrices, idiotices. Essa gente deveria entender mais o que se passa em vez de vir com "cardápio pronto" pra tudo. Fora que alegam coisas totalmente sem fundamento, a pessoa acusou os governos do PT de ter "desindustrializado as forças armadas" (?), foi no governo Dilma que o "submarino nuclear" brasileiro tomou vulto e outras coisas (os militares do país são mau agradecidos aos governos do PT e só fizeram bost* no poder no desgoverno Bolsonaro e continua adulando os Estados Unidos, o que não interessa ao Brasil).

Se esse tipo de figura quer vir criticar, discutir, beleza, mas não venha mentindo, inventando coisa por sectarismo, ignorância ou estupidez.

E isso não é uma "ode" ao PT ou ao Lula, é apenas a realidade, a situaçao do país, da esquerda brasileira. Acabei nem citando outros grupos de esquerda (paciência). Quer mudar isso? Acumule forças, crie quadros políticos, não reme contra o país, dialogue com as pessoas, crie coletivos, entendam a quadra histórica do país e do mundo etc, em algum momento vocês tomarão o curso do país (mais adiante, quem sabe). Voluntarismo, "clube do eu sozinho de Youtube" não vai mudar coisa alguma.

domingo, 8 de junho de 2025

Finalmente uma boa notícia pro Brasil, o que diz os números do novo Censo brasileiro sobre religião: o fenômeno evangélico começa a estagnar...

Ex-presidente J. Bolsonaro e esposa em
igreja evangélica neopentecostal
Já havia assistido (só não lembro o nome do canal, se não me engano tinha o título com IBGE, e tinha uma abordagem religiosa, eu coloquei pra saber dos números, não pra "saber" da abordagem religiosa propriamente, a quem quiser procurar, saiu antes de anunciarem oficialmente o censo, só que não abri post esperando os dados), mas saíram os números do censo demográfico (de 2022) sobre religião no país que aponta dados interessantes sobre o assunto, a estagnação do crescimento evangélico (neopentecostal principalmente), na verdade, decresceu o aumento, crescimento do grupo dos "Sem religião", religiões afro, espíritas e uma certa estagnação também na queda do número de adeptos do catolicismo.

A quem quiser ler matéria sobre o Censo, seguem os links abaixo, a abordagem aqui citará outras questões que essas matérias não comentaram (discuto o assunto com outras pessoas, o que possibilita a chegar às conclusões), os links (da BBC):

"IBGE mostra que crescimento evangélico desacelerou pela 1ª vez desde 1960, enquanto religiões de matriz africana e número de brasileiros que se declaram sem religião têm alta: https://bbc.in/3SFdDpi". "Avanço evangélico perde força e outros 7 dados inéditos sobre religião no Censo 2022" (https://www.bbc.com/portuguese/articles/crk2p5xr0m7o).

Outra matéria interessante da BBC sobre a queda do "fenômeno evangélico"....

""Temos identificado que começa a existir uma espécie de desgaste de um tipo de cristianismo entre os próprios evangélicos", diz a cientista política Ana Carolina Evangelista" 'Excesso de política nas igrejas tem gerado desgaste entre evangélicos. As pessoas não se reconhecem mais nas lideranças'" (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cre9lqe4zvwo).

A segunda matéria tem até a ver com o que eu ia abordar sobre a questão aqui. Não lembro de ter lido a abordagem sobre o tema da "secularização" das sociedades, do "secularismo", que casou com a questão do extremismo político (a repulsa a isso).

Hitler e representantes das Igrejas na 
Alemanha, regime Nazista
A religião (cristã, as várias vertentes) na Alemanha declinou após a segunda guerra mundial pela associação das religiões, destacadamente o protestantismo (mas o catolicismo também afunda na Alemanha) associado ao Nazismo, ao regime hitlerista
.

As igrejas católicas em Portugal vivem às moscas, às traças, pela secularização e pela associação da Igreja católica com o regime salazarista. As igrejas de massas na Europa se associaram com as várias vertentes de regimes autoritários pela Europa antes e na segunda guerra mundial principalmente, e de forma contínua nos países que mantiveram isso como Portugal, Espanha, Grécia (pouco lembrada)...

Nos países do bloco socialista houve algo inverso, a proibição das religiões provocou estabilidade e crescimento na coisa após a queda do bloco soviético/socialista e até rejeição das siglas de esquerda. Vejam como os fenômenos se entrelaçam com rejeição a políticas de Estado, regimes.

A quem quiser ler mais sobre os temas:
Ditadura grega (https://en.wikipedia.org/wiki/Greek_junta) (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=gr%C3%A9cia)
Salazarismo (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=salazarismo)
Franquismo (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=franquismo)

No Brasil o fenômeno neopentecostal (principalmente), que usava o nome mais amplo de "evangélico", se associou fortemente a extremismo político (bolsonarismo/olavismo) e já se associava a essas expressões ultraconservadoras importadas dos Estados Unidos pro Brasil. Na parte católica, os grupos ditos "carismáticos" e assemelhados também se associam a esse conservadorismo político, embora não seja exclusividade só desses grupos.

Também se pode destacar a associação desse fenômeno neopentecostal/evangélico (em sentido amplo, porque atinge denominações tradicionais protestantes de matriz norte-americana) ao apoio ao extremismo sionista em Israel e fora de Israel, que está executando genocídio na Faixa de Gaza (https://press.un.org/en/2024/gapal1473.doc.htm). A associação com regimes extremistas como o Bolsonarismo/olavismo, extremismo político (principalmente de direita) vai afastando os adeptos dessas igrejas, organizações e cia. As pessoas cansadas do extremismo, cansadas das "falsas promessas" da "teologia da prosperidade" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_da_prosperidade) que não se cumpre e enriquece gente sem escrúpulos vai criando um movimento de distanciamento, afastamento da maioria das pessoas dessas seitas/igrejas.

Isso vai se associando à secularização que é a perda de força da influência religiosa sobre aspectos da vida pública e cultura no país. Ironicamente, o extremismo político raivoso de direita sedimentou a secularização de novo no país, que não é um processo que "brota do nada", e é algo coletivo, grande, que vinha forte no fim da ditadura militar no Brasil (a associação do regime com igrejas, principalmente a Igreja católica, provocou descrença na Igreja católica e abriu espaço pros neopentecostais) e foi interrompido por esse crescimento neopentecostal no Brasil parece que retornou, com vigor e força, e isso é muito bom pro país.

A quem não gostar do assunto, procure brigar com o número do Censo e as "causas" apontadas em vez de dar "chilique", faniquito porque não são afeitos (acostumados) a críticas (com base, ninguém está "inventando" nada aqui, pra criticar algo tem que ter base em alguma coisa sempre, e fontes).

P.S. não se assustem também se começar a "pipocar" (estourar) o fenômeno de "pastores" e "padres" caindo em uma "fofurice" "arrependida" dos "pecados" de terem abraçado esse extremismo político e religioso pra tentar evitar a perda de adeptos/fiéis... a perda de adeptos/fiéis impacta diretamente na "Receita" (fundos) desses agrupamentos... e quando bate no "bolso", o "amor quase sempre acaba" (veem-se obrigados a adotar outra linha ou sumir com o tempo). Pros que quiserem acreditar no "arrependimento" desses "surfistas de onda" do extremismo que se consolidou no país desde o maldito junho de 2013 (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv281p5znrjo a revolução colorida "made in USA" que destroçou um país, como vários outros, vide a Síria e vários países de maioria árabe).

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Jogo dos 200 erros (encontre um...). "Debate" Breno Altman x Olavete: "O nazismo foi de esquerda?"

A quem não acompanhou a série "Nazismo de esquerda?", segue as hashtags com todos os posts sobre, pra quem quiser ler, descrevo a "série" mais abaixo, pros que não viram do começo, links:

1. "Nazismo de esquerda?"
2. "Nazismo de esquerda?" (2)

Post de 21.04.2025 (republicado em 03.05.2025)

Vou fazer essa introdução aqui antes do vídeo porque tem (tudo) a ver com o "assunto". Pra ressaltar como é ridículo (e mentiroso) uma pessoa vir a público repetir esssa coisa ridícula de "nazismo de esquerda". Isso é coisa de países com massas barbarizadas, com problemas crônicos de leitura, ausência de senso crítico, de capacidade de refletir/pensar etc, fora problemas de ordem política e de estrutura dessas sociedades (de como estão estruturadas). Os Estados Unidos são um exemplo disso, e o Brasil uma espécie de "espelho", junto de outros países da América Latina, espelho do que não presta, obviamente.

Alguém sugeriu, há muitos anos atrás (eu nem lembro direito mais do ano dessa "série", foi uma das últimas do blog), fazer posts sobre "se o nazismo é de esquerda" (não lembro mais o post, quem quiser localizar eu agradeço, pela linha dos anos dos post dá pra encontrar, pra quem tiver paciência), pra confrontar o discurso das olavetes/direita bolsonarista sobre "nazismo ser de esquerda", que se espalhou no país no período de estouro da manada da extrema-direita liberal (ou neofascista, como alguns até chamam, fascismo à moda norte-americana, liberalizado), mas que já circulava desde o Orkut através da figura do Olavo de Carvalho e seus "discípulos", e outros sites de extrema-direita liberal que operam no país, cópias do lixo ideológico (propaganda anti-esquerda da guerra fria) vindo dos Estados Unidos, matriz ideológica de tudo isso.

Eu achava a coisa esdrúxula (ainda acho coisa de gente imbecil, cretina e de fanáticos de direita) porque só gente fanatizada/ignorantes ou desonesta ao extremo faz afirmações de "nazismo é de esquerda", apesar de que há um propósito político com isso: de jogar a "mística" do nazismo (toda carga negativa que o nazismo carrega no pós-2aGM) também no colo de uma esquerda que não discute segunda guerra mundial (e temas correlatos de guerra, conflitos e cia), não só não discutem como até correm quando mencionam a questão. E também limpar a associação óbvia de uma extrema-direita renovada com o nazismo, da própria direita radical por trás desses bandos liberais extremamente autoritários e fascistoides (pra quem não conhece o termo "fascistoide", tem explicação "perdida" pelo blog, não vou procurar, se não me engano o termo é francês, pra regimes semelhantes ao fascismo, ou coisas autoritárias, que lembram algo do fascismo mas que não se encaixam com o fascismo clássico, que existiu de fato, chegou ao poder etc).

Mas resolvi fazer uma série e tem até um monte de posts disso com trechos de livros consagrados, de historiadores de peso (sobre nazismo e cia) relatando que nazismo foi realmente um movimento/regime de extrema-direita etc. Algo meio óbvio, não? Quem quiser reescrever a História do mundo, da Alemanha no século XX, vai ter que ter um cabedal de conhecimento e ir atrás de fontes que coloquem meio mundo abaixo, "boa sorte" (vai precisar, rs).

Como o Breno disse comentando o "debate", que não foi debate, esse tipo de "embate", com todo respeito ao palco, tá mais pra um "circo de pulgas" digital (entretenimento), com alguma dose de conhecimento (graças à presença do Breno, que soube discutir, se saiu bem na coisa), nada contra (os podcasts se popularizaram no país, é um fenômeno de massas de comunicação, goste-se ou não), mas debate é outra coisa, dá-se em bases reais e não com um negacionista. Isso é uma espécie de jogo de "derrubar mentira".

Até a Embaixada da Alemanha no Brasil emitiu nota "explicando o nazismo" em virtude da quantidade de horda de quadrúpedes (coitado dos animais com a comparação...) que relinchavam repetindo essa asneira nos anos de extremismo mais agudo do país, 2018, e que perdura até hoje pelo "bolsonarismo" (que dá pra chamar tranquilamente de "olavismo").

A quem não viu as notas, seguem aqui, da vergonha que o país passa com essa horda de gentinha ignorante orgulhosa da própria estupidez e que nunca leram nada, ou nunca leram nada que preste na vida, mas ficam o pé afirmando coisas sem fundamento, mesmo quando rebatidas. E sim, se você pensa que eu "vou pegar leve" (aliviar, alisar) com essa gente, nunca aliviaram a carga comigo quando eu me equivocava (geralmente é esse tipo de quadrúpede que sempre vem com pesadas pro meu lado e com quem pensa parecido comigo), ou seja, eu não sou um "poço de tolerância" com esse tipo de gente, além deu ser "meio" revanchista/rancoroso/vingativo, "aqui se faz, aqui se paga..." sei que não é uma virtude (principalmente a se confessar), admito, mas ninguém é perfeito mesmo...:

"Embaixada da Alemanha explica o nazismo e é contestada por brasileiros" (Link "O Globo")
"Discussão sobre 'nazismo de esquerda' não tem base honesta" (Link DW em português)
"Nazismo é de direita, define Museu do Holocausto visitado por Bolsonaro em Israel" (BBC em português)
"Brasileiros criam debate que não existe na Alemanha" (DW em português)
"Brasileiros contestam vídeo da Embaixada Alemã sobre o nazismo" (Site Congresso em Foco)

Sem mais delongas, a quem não assistiu o "debate", o vídeo ficará em aberto no post (pra quem quiser assistir diretamente do post), vale a pena assistir (pela presença do Breno e a forma como ele conduziu a coisa, soube debater, coisa que a "esquerda fofucha" de nariz empinado acha que "sabe" mas quebram a cara quando fazem esses embates).

Como comentei com o Stephano noutro post (sobre conflito no Oriente Médio), o espaço pro "React" do vídeo é a parte de comentários, quem for identificando os erros/distorções olavéticas no vídeo, pode ir listando na parte de comentários (fiquem à vontade pra detonar as baboseiras do "nazismo de esquerda"). Até já citei uma coisa de um autor que o cara cita (autor obscuro, monarquista reaça do pior tipo, à direita de Hitler) que essa turma acha na longa "literatura" anti-esquerda da Guerra Fria, o Breno não mencionou esse ponto (e nem dá, discussão ao vivo ninguém vai comentar tudo o que é possível sobre um tema, com os recursos que a gente tem aqui na web, com os sites de busca e cia) mas há uma literatura de combate anti-esquerda considerável da Guerra Fria (anti-comunismo/socialismo) que a esquerda brasileira parece viver no "mundo da lua" e ignora, e que o "cartomante astrólogo" Olavo de Carvalho (ídolo desse pessoal) reintroduziu no país pra "combater o PT" no poder (como se o PT fosse "comunista", rs, mas o povo "comprou" as ideias... povo supersticioso, que não lê, com péssima educação básica, resultado só poderia ser a catástrofe que estamos vendo há anos, eu não sei como o Brasil ainda existe como país com essa "gente", é realmente um milagre...).

O vídeo completo do "debate", que não sei por qual razão o Breno não divulgou já que ele furou a "bolha de esquerda" da rede ao participar do canal podcast do Vilela (Inteligência Ltda), um dos primeiros podcasts do tipo a se firmar pra valer no país (dos que eu lembro). O título no vídeo tá assim "DEBATE: O NAZISMO AINDA EXISTE? BRENO ALTMAN X FLAVIO MORGENSTERN - Inteligência Ltda. Podcast #1496", mas o mote do vídeo foi se "Nazismo seria de esquerda?" (só pra registrar):

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Adam Tooze: "O salário da destruição. Formação e ruína da economia nazi", "Review" (Resumo/análise do livro, para entender o colapso da economia nazista)

Adam TOOZE. The Wages of Destruction. The Making and Breaking of the Nazi Economy
Adam TOOZE. "O Salário da Destruição. Formação e ruína da economia nazi
Paris, Les Belles Lettres, 2012, 812 p.

Domingo, 3 de março de 2013, por Laurent Gayme

Licenciado pelo King's College e pela London School of Economics, Adam Tooze é professor de história alemã na Universidade de Yale. Publicou anteriormente "Statistics and the German State, 1900-1945: The Making of Modern Economic Knowledge", Cambridge, Cambridge University Press, 2001.

Este livro é uma tradução do seu livro The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy, Londres, Allen Lane, 2006, que ganhou o Prêmio Wolfson de História em 2006 e o Prémio Longman-History Today Book of the Year em 2007.

A história econômica no centro das atenções

Esta tradução de um livro importante por Les Belles Lettres é de saudar. Nos últimos anos, os leitores franceses puderam ler muitas obras inovadoras sobre a Alemanha nazi, entre as quais as de Ian Kershaw, Robert Gellatelly, Mark Mazower, Christian Ingrao e Johann Chapoutot (que passa em revisão as últimas pesquisas sobre o nazismo em Le nazisme, une idéologie en actes, coleção Documentation photographique n°8085, Paris, La Documentation française, 2012). 

De todas estas publicações, poucas foram dedicadas a questões econômicas, com exceção de Götz Aly (Comment Hitler a acheté les Allemands, Paris, Flammarion, 2005). Adam Tooze chama a atenção para o fato de a história econômica do nazismo ter progredido pouco nos últimos vinte anos, ao contrário da história do funcionamento do regime, da sociedade e das políticas raciais, por exemplo. É por isso que tem a ambição de “iniciar um processo de recuperação intelectual que há muito deveria ter sido feito” (p. 19), dando-nos, sob a égide de Marx, uma impressionante história econômica da Alemanha nazi: “O primeiro objetivo deste livro é, portanto, voltar a colocar a economia no centro da nossa compreensão do regime hitleriano...” (p. 20). (p. 20). 

Propõe-se fazê-lo rompendo com um pressuposto do século XX, o de uma superioridade econômica particular da Alemanha (ainda hoje presente no espírito das pessoas...), um mito destruído pelos últimos trabalhos dos historiadores econômicos para os quais o grande fato econômico do século XX é o eclipse da Europa pelas novas potências econômicas, nomeadamente os Estados Unidos. Na década de 1930, a Alemanha da Krupp, da Siemens e da IG Farben tinha um rendimento nacional per capita na média europeia (ou seja, comparável, em termos atuais, ao do Irã ou da África do Sul), um nível de consumo mais modesto do que o dos seus vizinhos ocidentais e “uma sociedade parcialmente modernizada em que mais de quinze milhões de habitantes viviam do artesanato tradicional ou da agricultura camponesa”. (p. 21).

O inimigo americano

A tese central de Adam Tooze baseia-se menos no Mein Kampf (1924) anti-bolchevique do que num manuscrito de Hitler conhecido como “Segundo Livro”, concluído no verão de 1928 e que contém discursos da campanha para o parlamento da Baviera, em maio de 1928, na qual Gustav Stresemann, ministro dos Negócios Estrangeiros da República de Weimar, era candidato. Convencido de que os Estados Unidos iriam tornar-se a força dominante da economia mundial e um contrapeso à Grã-Bretanha e à França, Stresemann tinha escolhido, após a derrota de 1918, a aliança financeira americana e a integração econômica na Europa capitalista (as escolhas feitas por Adenauer depois de 1945), a fim de conquistar um mercado suficientemente grande para se equiparar aos Estados Unidos. 

Para Hitler, a força motriz era a luta por meios de subsistência limitados, ou seja, a colonização de um “espaço vital” no Leste, para competir com o poder dos Estados Unidos, cuja hegemonia ameaçaria a sobrevivência econômica da Europa e a sobrevivência racial da Alemanha, com os judeus a reinarem tanto em Washington como em Londres e Moscou. Hitler rejeitava a “americanização”, a adoção dos modos de vida e de produção americanos, porque por detrás do liberalismo, do capitalismo e da democracia estava o “judaísmo mundial”.

Construção de um complexo militar-industrial

Em suma, Hitler estava a responder a uma situação do século XX com uma solução do século XIX. O imperialismo, combinado com a sua ideologia antissemita, tinha de transformar a Alemanha numa potência continental capaz de rivalizar com o Império Britânico e, sobretudo, com o imenso território dos Estados Unidos. Para isso, Hitler organizou, a partir de 1933, o mais extraordinário esforço de redistribuição jamais realizado por um Estado capitalista, com a percentagem do produto nacional destinada ao exército a passar de menos de 1% para quase 20% em 1938, ao mesmo tempo que a produção industrial aumentava fortemente, assim como o consumo e o investimento civil (6 milhões de desempregados foram postos a trabalhar). 

Tudo foi sacrificado ao rearmamento e à criação deste complexo militar-industrial, nomeadamente os interesses das indústrias de bens de consumo e do campesinato, daí o racionamento das matérias-primas essenciais a partir de 1935 e, mais tarde, a pilhagem da Europa. Este foi aceite pelo grande capital alemão, enfraquecido pela crise de 1929, porque era seletivo, explorando frequentemente a iniciativa privada, e assegurava lucros substanciais, mantendo a ordem social e esmagando a esquerda e os sindicatos. Por fim, a conquista do Lebensraum no Leste (com o "Generalplan Ost" de racionalização e reorganização agrária e o Plano Fome de 1941, que previa a pilhagem dos recursos alimentares de cerca de dez milhões de polacos, russos e ucranianos) e a política genocida, nascida da ideologia racial e antissemita, encontraram a sua justificação econômica ao serviço do poder. A economia nazi e a Segunda Guerra Mundial

No entanto, Adam Tooze mostra claramente que a diplomacia, o planeamento militar e a mobilização econômica não se combinaram para formar um plano de guerra coerente e a longo prazo. Em setembro de 1939, a Alemanha entrou em guerra sem uma forte superioridade material ou técnica em relação à França, à Grã-Bretanha ou, em 1941, à URSS. Com uma economia condicionada por problemas de balança de pagamentos (era impossível contrair empréstimos ou fazer comércio com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos) e sob controlo administrativo permanente, Hitler estava constantemente a jogar contra o relógio. 

Em 1939, a Alemanha já não podia acelerar o seu esforço de armamento, enquanto a Grã-Bretanha, a França e a URSS aceleravam o seu rearmamento. Por outro lado, se em 1936 Hitler ainda insistia na conspiração judaico-bolchevique, a partir de 1938 o antissemitismo nazi tomou um rumo anti-ocidental e, sobretudo, anti-americano, o que facilitou a compreensão do Pacto Germano-Soviético, que também protegia a Alemanha contra uma segunda frente e contra os piores efeitos do bloqueio anglo-francês. Para além das considerações ideológicas, tendo em conta a dimensão do esforço de guerra anglo-americano a partir do verão de 1940, os recursos econômicos da URSS (cereais, petróleo) eram vitais para a sobrevivência da Alemanha. Ao mesmo tempo, porém, era necessário preparar a invasão da URSS e a corrida transatlântica ao armamento, o que exigia uma vitória rápida sobre o Exército Vermelho, ao mesmo tempo que se levavam a cabo os programas genocidas de limpeza étnica das SS no âmbito do Generalplan Ost.

No início de 1942, as forças econômicas e militares mobilizadas contra o Terceiro Reich eram esmagadoras. Mas o núcleo do poder político nazi (o Gauleiter Sauckel, Herbert Backe, o orquestrador do Plano da Fome, Göring, Himmler e Albert Speer) empreendeu então um imenso esforço para mobilizar todos os recursos humanos (incluindo a mão de obra judaica nos campos), alimentares e econômicos (pilhando toda a Europa) ao serviço da guerra e do “milagre armamentista” de Speer. A aceleração final da produção alemã de armas, em 1944, foi efetuada à custa da destruição de uma grande parte da Europa e das suas populações, bem como da própria Alemanha. Em 1946, o PIB alemão per capita era de pouco mais de 2.200 dólares (um nível que não se registrava desde a década de 1880) e, nas cidades arrasadas, as rações alimentares eram frequentemente inferiores a 1.000 calorias por dia. Uma grande obra

Como já deve ter percebido, é impossível transmitir aqui toda a riqueza deste fascinante fresco, que é perfeitamente legível para não especialistas em história econômica. Adam Tooze desafia muitas ideias recebidas sobre os sucessos industriais do Terceiro Reich e as motivações e decisões nazis durante a guerra, sem nunca subestimar a importância dos pressupostos ideológicos nazis. 

Oferece-nos uma brilhante releitura da primeira metade do século XX, à luz das escolhas econômicas feitas em resposta às convulsões no equilíbrio econômico global, e oferece-nos um cativante apelo à história econômica. É evidente que se trata de uma leitura essencial para os professores de História do ensino secundário, em particular para os que lecionam os capítulos sobre crescimento econômico e globalização, totalitarismo e guerra total.

Fonte: La Cliothèque
http://clio-cr.clionautes.org/le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Reproduzido primeiramente em Holocaust-doc (blog auxiliar deste aqui para publicação de textos, correlatos ao tema do blog, 2aGM e cia, em outros idiomas: inglês, francês, espanhol etc):
https://holocaust-doc.blogspot.com/2016/02/adam-tooze-le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Texto traduzido do francês com ajuda de IA ("Inteligência artificial").
Revisão:
Roberto Lucena

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A disputa pelo Oriente Médio. Estamos diante de uma nova onda de descolonização

Praqueles que não dimensionaram o significado dessa nova etapa do conflito no Oriente Médio, é uma etapa em que os Estados Unidos estão tentando manter seu domínio ou hegemonia no Oriente Médio, por isso que correu para defender Israel logo em outubro de 2023 com outros membros da OTAN, destacadamente o Reino Unido (que muitos no Brasil só entendem o termo se a gente citar o país pelo nome de "Inglaterra").

Podemos e provavelmente estamos presenciando outra onda de descolonização no mundo, que sempre estouram no declínio do poder de Império de alguns países, em conflito entre esses países e na mudança de eixo econômico pra outra região ou país, caso atual a transição do eixo EUA/Europa Ocidental pra Ásia/China.

Após a segunda guerra mundial com a destruição da Europa várias colônias da Europa na Ásia e África, remanescentes, começaram processos de independência e sangrentos, por repressão das "Metrópoles", vide a guerra da Argélia com seus 1 milhão de mortos (https://en.wikipedia.org/wiki/Algerian_War), a França "vencedora" da segunda guerra sobre o nazismo de Hitler (como costuma ser retratada erroneamente pois viveu sob regime colaboracionista na segunda guerra) partiu para uma guerra sangrenta pra manter a Argélia a ferro e fogo sob seu "tacão" (domínio).

O mesmo ocorreu em vários países africanos e da Ásia, a revolução chinesa em 1949 (https://en.wikipedia.org/wiki/Chinese_Communist_Revolution).

A guerra de libertação da Indochina (que muitos só conhecem por Vietnã, Laos e Camboja https://pt.wikipedia.org/wiki/Indochina_Francesa), primeiro da mão dos franceses, que assim que tombaram abriram espaço pros norte-americanos entrarem em conter o avanço da guerrilha do Vietnã do Norte, que sairia vitorioso em 1975 unificando o Vietnã em uma República expulsando os Estados Unidos daquele país. Os norte-americanos ficavam pelo Vietnã do Sul, sob seu domínio, em guerra contra as guerrilhas comunistas do Vietnã do Norte.

A guerra do Vietnã trata-se de uma Guerra de Independência (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3) sobretudo.

Guerras de independência geralmente possuem teor revolucionário, de libertação nacional, provocam profundas mudanças nos países que se livram das ex-Metrópoles.

O mesmo processo do passado (houve outras ondas de descolonização: das Américas ao longo do século XIX, após a segunda guerra etc) pode estar se repetindo na África (vários países se levantaram contra a opressão colonial francesa expulsando a França de seus países) e no Oriente Médio, vide o conflito da Palestina (área dominada por Israel ancorado nos Estados Unidos e Europa Ocidental), Líbano e todos os atores envolvidos alvos do consórcio norte-americano/europeu e israelense, em que as partes mais fortes (Estados Unidos destacadamente e Reino Unido e outros europeus em segundo plano) operam pra conter o avanço de China/Rússia e BRICS sobre as reservas de petróleo e gás dessa região do globo.

Estava vendo um vídeo de canal de esquerda (não memorizei o nome, coloco nos comentários se lembrar) sobre a situação do Líbano/Irã e cia e me veio à mente a questão porque alguém mencionou algo similar por lá, o Breno Altman vem tocando no assunto em relação aos EUA e a contenção com a China (fez um vídeo hoje sobre isso (https://www.youtube.com/watch?v=bsKn1kUPARw "ESTADOS UNIDOS APOSTAM NA TERCEIRA GUERRA? - ANÁLISE DE BRENO ALTMAN").

Um adendo: esse texto aqui foi escrito há vários dias (desde o dia 10 último ou antes), não foi publicado antes por falta de revisão e alguns detalhes, porque impressiona a convergência (comento sobre isso no fim com outro texto de fora).

Pros que acham que o conflito vai "acabar amanhã" e afins, e até pode (parcialmente, depende da escalada com o Irã, que é ator central no Oriente Médio), já estamos dentro de um conflito de escala muito maior.

Os Estados Unidos não terão muito tempo daqui a uns anos pra tentar uma contenção militar da China, já que não consegue conter mais o gigante chinês pela via tecnológica, econômica, e também mira a Rússia, que restaurou seu estatus de potência mundial e tem forte aliança com a China (são cabeças dos BRICS).

Memorize o ano "2030", até 2030 a China ultrapassará a economia dos EUA ("China’s Economy Could Overtake US Economy by 2030", artigo de 2022, mantido os padrões atuais https://www.voanews.com/a/chinas-economy-could-overtake-us-economy-by-2030/6380892.html), e já ultrapassou pelo cálculo de Paridade do poder de Compra https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)).

Ou seja, as "portas" até pro uso da "via militar" (pelos EUA) pra conter a China estão se fechando até 2030, por isso a violência e agressão nos conflitos da Ucrânia e Oriente Médio. No cálculo do PIB por poder de compra a "União Europeia" aparece à frente dos Estados Unidos (um dos motivos pelos quais também é alvo, apesar de se apresentar como "parceira" dos EUA nos conflitos, os EUA miram e atacam o mundo inteiro).

Então certas simplificações que circulam em alguns canais de direita sobre esses conflitos na "Youtubesfera brasileira" (tinha que ser) soam como "coisa mirabolante", "coisa exótica", "negação" e coisas do tipo (vi essa postura aos montes dos ditos "revis" sobre o assunto da segunda guerra, que devem estar atordodos há alguns anos não entendendo "que mundo é esse que vivemos de uma década pra cá"), por conta de uma posição refratária de alguns negando a questão do caráter expansionista do projeto colonial de Israel (o papel de Israel no conflito é consolidar o projeto sionista pra Palestina pra depois querer se expandir na direção da "Grande Israel", que abocanha vários outros países da região, só que sem força pra isso atualmente exceto se os Estados Unidos endossarem e entrarem na contenda pra proporcionar isso, o que não significa que terá sucesso na "empreitada", já estão cercados por todos os lados desde 2023).

Vale a pena ler também, os textos e vídeos convergem pro mesmo ponto: https://www.newyorker.com/news/daily-comment/how-ten-middle-east-conflicts-are-converging-into-one-big-war ("How Ten Middle East Conflicts Are Converging Into One Big War. The U.S. is enmeshed in wars among disparate players in Israel, Iraq, Lebanon, Syria, and Yemen")
("Como os conflitos do Oriente Médio estão se convergindo em uma grande guerra, os EUA estão imersos em guerras com jogadores díspares em Israel, Iraque, Líbano, Síria e Iêmen").

Texto publicado em 15 de Outubro de 2024 (depois será recolocado na ordem correta, para não atrapalhar a visualização dos posts sobre Oriente Médio).

domingo, 29 de janeiro de 2023

Genocídio indígena do 'governo Bolsonaro'. Havia gente contestando o termo usado na pandemia, agora já possuem um genocídio pra chamar de seu

A quem anda em Marte ou Saturno sem ler as notícias do país, que repercutiram fora também, o título do post é sobre isso aqui:
Tragédia dos Yanomami se configura como genocídio e pode levar Bolsonaro a tribunal internacional (IstoÉ)
PF abre inquérito para apurar crime de genocídio contra Yanomami (site Poder360)

Fala do então deputado Bolsonaro sobre a questão indígena do país, quando era "só" uma figura bizarra no congresso e "sindicalista" de militares:
"‘‘A cavalaria brasileira foi muito incompetente. Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esses problemas em seu país.” Este é um trecho de discurso de Jair Bolsonaro, então deputado federal pelo PPB-RJ, na Câmara dos Deputados, em 16 de abril de 1998. Dessa frase, até atos e omissões que fecharam seu mandato de presidente da República em dezembro de 2022, Jair Bolsonaro ofereceu provas contra si próprio. Virou um poço aterrado por acusações, que transbordou com as imagens chocantes, e divulgadas no mundo inteiro, da condição degradante imposta ao povo Yanomami."
Avisando que estou com dificultade pra digitar com uma máquina lenta, fica difícil elaborar um post dessa forma o que torna inviável a escrita de posts, fora a quantidade de bizarrices que ocorre no país de 2018 pra cá (mais de uma por dia), fora todos os anos de 2013 até agora, mas acho que ninguém pode se omitir com o assunto.

Bem como a ofensiva dos apoiadores do ex-presidente miliciano (fantoche de generais, da cúpula podre das forças armadas, um pau mandado bizarro que distrai a população enquanto a horda de corruptos de farda destroçam/destroçavam o país pra forças externas hostis e pela simples pilhagem, reacionarismo e falta de patriotismo, que tanto "falam" e nunca possuíram mesmo fazendo "juramento") atacando Brasília no último dia 08 de janeiro de 2023 destruindo parte da sede Supremo, congresso e Palácios do poder executivo.
Ataques terroristas: entenda o que aconteceu ontem em Brasília em 8 pontos (UOL)
Invasão de bolsonaristas em Brasília: em resumo, os acontecimentos até agora (UOL)
Assista a mais de 40 vídeos das invasões do 8 de Janeiro (site Poder360)
Como foi o domingo de invasão de bolsonaristas radicais aos prédios dos Três Poderes em Brasília (GZH)

Definição de genocídio há no blog (é só procurar pela busca nele ou via Google colocando "holocausto-doc+genocidio" na pesquisa), mas vou digitar de forma resumida com minhas palavras, depois adiciono as fontes aqui (pra turma mais "crítica" ou "cética", entre aspas, não vir espernear dizendo asneira nos comentários):

Genocídio ocorre quando há intento por parte de um grupo ou governo de exterminar a cultura de algum grupo étnico ou/e principalmente, total ou parcialmente, o extermínio físico de um grupo étnico.

Definição precisa de genocídio (por lei):
"According to Article 2 of the 1948 United Nations Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide defines genocide as "any of the following acts committed with intent to destroy, in whole or in part, a national, ethnical, racial or religious group, as such: killing members of the group; causing serious bodily or mental harm to members of the group; deliberately inflicting on the group conditions of life, calculated to bring about its physical destruction in whole or in part; imposing measures intended to prevent births within the group; [and] forcibly transferring children of the group to another group."" [1]
[1] Definição de genocídio (em inglês), verbete do site da Cornell Law School (LII), https://www.law.cornell.edu/wex/genocide

Complemento:
Definição de genocídio, Enciclopédia Britânica (em inglês: https://www.britannica.com/topic/genocide)
"How do you define genocide?" (Artigo da BBC em inglês: https://www.bbc.com/news/world-11108059)
"What is Genocide?" (verbete do USHMM, Museu Memorial do Holocausto, em inglês: https://www.ushmm.org/genocide-prevention/learn-about-genocide-and-other-mass-atrocities/what-is-genocide)

 O que temos no caso dos indígenas Ianomâmis? Exatamente um caso de genocídio, de intento de um governo de patifes de farda, com civis canalhas do mesmo naipe praticando crimes que levariam um grupo específico étnico a seu fim ou a destruição da maioria desse povo indígena do norte do Brasil.

Havia uma turma "histérica" (o Brasil virou o pais da histeria há tempo, contribuição das seitas neopentecas com o moralismo exacerbado de alguns centros), da direita brasileira (como sempre) e da "Cirolândia" encantada, achando extremado o termo genocida pra chamar o miliciano fantoche no cargo de presidente, quando existe o termo "democídio" (aviso: eu não tirei o termo de um livro que circula no país sobre isso, eu conheço há anos por conta do nazismo e li pela primeira vez o termo em inglês mesmo, sem qualquer ligação com publicação brasileira), fora que existe uma discussão sobre a aplicação do termo genocídio num sentido mais amplo, porque muitas vezes se confunde assassinato em massa com genocídio e nem sempre a coisa se encaixa (pra haver genocídio não precisa o extermínio de milhões e sim algo que vise grupo étnico, religioso ou afim).

O termo surgiu na pandemia pela primeira vez pela fala do ministro do Supremo, Gilmar Mendes, e foi questionada pela dita "grande mídia" (que apoiava o miliciano genocida na surdina omitindo os crimes do governo dele bem como os crimes econõmicos de seu ministro neoliberal, Paulo Guedes), mas a questão indígena se essa mesma mídia entrar na via do "negacionismo" (como os negadores do Holocausto fazem com o genocídio da 2aGM), vai "pegar mal" pra mesma... porque o caso tem ampla repercussão internacional.

E conforme a colocação do Stéphano (discussão do outro post), o Biden teria problema em conviver com o rótulo de tolerante de genocidas dentro do território norte-americano?

Em seu governo (Biden) há uma ala dita de "esquerda" (liberais na verdade) que está incomodada com a presença do miliciano em território "ianque", fica difícil de crer que o governo dos EUA e Europa Ocidental de fato se preocupam com a questão indígena (a não ser como chantagem contra o Brasil) não endossando o coro do julgamento internacional e condenação do miliciano Bolsonaro por crimes contra a humanidade, bem como os apoiadores e assessores diretos dele nisso.

Iremos lembrar sempre ao Mr. Biden do problema, até porque foi na administração Obama/Biden que a sorte da maldades contra o Brasil começou, com toda cumplicidade histórica já conhecida de fomento, elaboração e aplicação de golpes de Estado pelos Estados Unidos na América Latina. Muita gente no Brasil e América Latina esquecem da origem da coisa, mas há sempreos que recordarão...

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Complemento do dia 30/01/2023

O Brasil é signatário das leis/convenções sobre crimes de genocídio, "viu", miliciano ex-presidente e demais escória apoiadora, conforme os dois textos que colocarei abaixo, do site do Executivo federal. Tem uma escória política tentando atenuar ou defender o pulha, cuidado pra não serem enquadrados como ajudantes se participaram do crime ao longo desses anos.

Sobre crime de genocídio, decreto de 1952, Presidente Getúlio Vargas (Link1)
Lei de 1956, Presidente Juscelino Kubitschek (Link2)

Eu diria que o miliciano, família e apoiadores, ex-ministros estão bem encrencados com a justiça do país e até com a justiça internacional, se a mesma não for leniente (fizer vista grossa) agindo quando "convém", e o governo dos Estados Unidos não proteger mais um genocida que ajudou a colocar no poder no Brasil. _____________________________________________________________________________
Complemento do dia 03/02/2023

Como citei que genocídio pode ser o extermínio cultural também, segue abaixo o verbete da questão (em inglês, tem tradutor de textos à vontade na internet, não há desculpa de "eu não entendo" pra não ler), que é uma parte controversa da definição de genocídio mas existe:

Cultural genocide (https://en.wikipedia.org/wiki/Cultural_genocide)

terça-feira, 12 de julho de 2022

Terrorismo político no Paraná tem causa e origem na 'coisa' que ocupa o cargo de Presidente do Brasil, e sem "conto de fadas" da "polarização"

Estava tentando retomar esse blog e o retorno tem que se dar com outra desgraça promovida pela "coisa" que atualmente ocupa o cargo de Presidente da República no país, a quem não viu a matéria ou não sabe do que se passa, porque esse blog é muito acessado por gente fora do Brasil e nem todo mundo tem acesso ao noticiário diário do país, segue a matéria: "Bolsonarista invade festa com temática petista e assassina aniversariante em Foz do Iguaçu".

Atitude de dois covardes, uma do atirador/terrorista, e a outra do que está na Presidência que usa esses débeis-mentais frustrados e vazios do lúmpen que o "idolatram" como "Mito" (ou "Micto", de Micto-rório) pra fazer arruaça, baderna, querendo melar o pleito eleitoral porque sabe que irá perder eleição e responderá criminalmente por toda bandalheira que aprontou desde 2018 e por se prestar a ser capacho/marionete da caserna entreguista traidora da pátria, traidores do país. Caserna que presta continência pra bandeira dos Estados Unidos em detrimento do próprio país. Tudo isso seria assunto de outros posts (como comentar a história do termo "Exército de Caxias", pois há uma patota da "esquerda ilustrada" de bolha de classe média andou implicando com esses termos, mas nunca mencionam quem elaborou a coisa, achando que por aparecerem em "Lives" de Youtube que eu e outros não temos voz ou meios pra emitir opinião ou apontar quem cunhou certos termos, vão quebrar a cara), mas há que ressaltar isso nesse.

Não se trata de caso de "polarização" política alguma, a mídia venal vendida no país tenta criar uma falsa polarização com a figura do Lula, que já governou o país, com um sujeito que sempre foi considerado extremista, até por militares, visto que seria expulso do Exército se não fosse a intervenção de milico que se identifica politicamente com esse tipo de figura na época, e porque o "Exército de Caxias" não é um primor na questão da "disciplna", se fosse não aceitaria uma figura grotesca dessas por tanto tempo com a imagem associada a eles.

Mas já que toquei no assunto acima da "turma ilustrada de classe média de bolha" (que possuem o péssimo hábito do "copy-and-paste", mediocridade absoluta e muita ignorância), já que esse pessoal adora 'dados', estatística, "números", "ávidos" por fama (criam essa ilusão) apelando pra "senacionalismo" irresponsável e histeria, e acham que só existe o Youtube como ferramenta de comunicação na rede: esse blog tem cerca de quase 1,8 milhão de acessos, mesmo inativo há muito tempo, mas possui um arquivo extenso sobre nazismo, segunda guerra, fascismo, Holocausto (obviamente), neonazismo, extremismo político etc, então continua a ser acessado e lido pela qualidade do material publicado, de vários autores de peso nos temas, e por vezes é copiado e não creditado vide o caso das "Vans de gás" num verbete da Wikipedia, termo que eu vi traduzirem online há mais de década na finada comunidade do Orkut 'Holocausto x "Revisionismo"' do Marcelo Oliveira, autor da lista de discussão que deu nome a esse blog (peguei emprestado o termo do Marcelo porque o blog inicialmente só serviria de depósito dos textos traduzidos na finada comunidade e lista de discussão dele no Yahoo). São essas atitudes que afastam as pessoas com boa vontade e conhecimento de compartilhar coisas nessas redes.

Um dos últimos posts desse blog têm quase 10 mil visualizações (views), mesmo inativo. Mas por que ressalto isso?

Pra mostrar a essa "gente ilustrada", espertalhona, patoteira, que esse espaço que não foi criado pra "caçar "like"" ou dinheiro e nem "fama" efêmera (inexistente) de multinacional norte-americana (o Youtube pertence ao Google), algo que essa turma "venderia a própria mãe" em troca, por isso que ficam nesse patrulhamento ridículo achando que há uma "disputa", "concorrência", que não existe, a visão de mundo desse pessoal é incompatível com a filosofia desse espaço. Esse espaço tem mais visualização que muitos dos canais que vocês participam e portanto não irão conseguir calar ou silenciar ninguém aqui, tampouco surrupiar termos.

Querem agir de forma torta? Podem agir, mas terão confrontação, à parte a aberração que desgoverna o país. Não gosto de "patotismo" e nem de "patrulha" ou de gente espertalhona que agem dessa forma porque sabem que essa classe média "ilustrada" preguiçosa do país mal lê um texto de matéria de jornal por dia (quando leem), e nem bula de remédio, e também sei que vários desses sabem da existência desse blog e das opiniões políticas de membros do blog, e não serei tutelado por gente ditatorial intolerante e ignorante.

A quem não entende a quem me dirijo, reproduzo trecho de matéria de seis anos atrás (e não mudou nada, continua igual, senão pior) que explica com melhor precisão o "fenômeno", porque é com o que me deparo nessas redes como Facebook e Youtube (essa um pouco menos, o Facebook é insuperável no "baixo nível" e petulância):

"A nova direita brasileira é deploravelmente estúpida, grotesca e iletrada. Não leem nada. Nosso país intelectualmente subdesenvolvido tem uma esquerda radical iletrada que não lê Marx e uma direita estúpida que não lê os filósofos e economistas conservadores. Eles não chegarão perto de Mein Kampf. Acho que nossa edição será mais para estudiosos de História e curiosos", diz ele à DW Brasil." (link do post, o link da matéria da DW está no post).

Uma das vantagens do texto (escrito) é que registra bem as coisas, sendo mais fácil de se localizar na pesquisa de sites de busca via "indexação" de termos, ao contrário de "Lives" dispersas sem qualquer arquivamento ou "senso lógico" ("conteúdo" na maioria das vezes descartável), até nisso vocês levam desvantagem. Mas vou dissecar melhor depois essa coisa pra não ficar muito aleatória a citação do fato num post desses, é porque eu tinha em mente entrar com outro assunto e não ter que comentar outra patifaria do sujeito que está no cargo da presidência fruto do golpe branco de 2016, da Lava Jato e do "junhismo" de 2013 dessa "patotinha ilustrada" radicaloide que tem um narcisismo doentio com "Live" de Youtube, o que reforça o atraso desse país de uma classe média com pouco ou nenhum apego à leitura, ou que não sabe filtrar o que lê, vide a querela dessa mesma "classe média ilustrada" querer brigar com a imposição do termo "fascismo e nazismo" quando eu uso o termo "extrema-direita liberal" pra definir Bolsonaro e cia, como se o liberalismo (ideologia) fosse uma "ideologia de anjos" avessa à violência. Acho o "máximo" quando esse pessoal veste a casaca da arrogância e mesmo não apontando fonte alguma ficam esperneando e querendo te silenciar "na marra" porque você "ousou" a apontar um erro (de conceito), que não é bobagem e nem preciosismo, quer queira chamar Bolsonaro e cia do nome que quiser (a essa altura essa questão tem pouca relevância mesmo, do ponto de vista político imediato, mas... à medida que o país conseguir voltar ao "normal" há que discutir a sério as mazelas que esse liberalismo imposto pelos Estados Unidos provoca ao Brasil, América Latina e cia, sem escapismo de chamar a coisa de "fascismo", porque todo liberal adora jogar as próprias mazelas que causa num espantalho).

Parece que essa gente ou é desonesta ou não sabe coisa alguma de nada, ou não entendem nada. E dizer isso não é apaziguar o "bolsonarismo", a menos que essa gente queira chamar Pinochet e Fujimori de "anjos". É preciso apelar pra figura caricata de Hitler (que virou lugar comum e debilidade de discurso) pra definir esse lixo liberal que propaga fome no mundo e que era a ideolmogia dominante até provocar a crise que levou a Europa à primeira guerra mundial, fruto do capitalismo selvagem da época? Sem entender essas coisas como esse pessoal quer propor mudanças sérias pro Brasil e pro mundo?

Vou ficando por aqui nesse post, mas espero não demorar muito pra fazer outro, até porque infelizmente se faz necessário registrar certas coisas pra que essa "patotinha" ilustrada de bolha de Facebook/Youtube não fique distorcendo e disseminando besteira no país como "a verdade iluminada" sem nunca fundamentar nada, quando não apelam pra carteirada.

 P.S. o "desabafo" acima ficaria/ficará melhor em outro post, só voltado ao assunto, desconsiderem um pouco a coisa mas espero que saia em breve. Só que um assunto leva a outro, esse baixo nível dessas bolhas de Facebook, canais de Youtube sobre "política", à esquerda e direita mostram, infelizmente, como foi possível o colapso do país.

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