Cientistas espanhóis puderam delimitar o período em que se produziram as mudanças radicais na evolução humana que possibilitaram o aparecimento do rosto, uma característica única entre os mamíferos.
As alterações radicais do rosto humano ocorreram no momento em que começaram a aparecer as espécies do gênero Homo. O aumento do tamanho do cérebro e do crânio comportaram uma redução da superfície da cara, num processo que se desenvolveu de maneira ininterrupta durante certo período, diz um estudo publicado na revista 'PLOS ONE'.
A mudança do rosto humano começou com o 'Homo habilis' (África) há uns 2,5 milhões de anos. Posteriormente, devido à propagação desta espécie pela Terra se observou um desenvolvimento das feições do rosto no 'Homo erectus' (Ásia), o 'Homo georgicus' (República da Geórgia), o 'Homo antecessor' de Atapuerca (Burgos, Espanha) e o homem de Neandertal, que viveu há uns 30.000 anos e é o mais próximo a nós em relação ao desenvolvimento. O 'Homo sapiens' é um ponto mais avançado nesta linha evolutiva, já que, de todos os hominídeos, é o que tem o rosto menor e mais estreito.
Para detectar essas mudanças os pesquisadores realizaram uma ampla revisão de centenas de crânios de humanos atuais, primatas e hominídeos extintos.
Fonte: RT
http://actualidad.rt.com/ciencias/182447-cientificos-espana-nacimiento-rostro-humano
Tradução: Roberto Lucena
Observação: destacando o link da 'Plos One' da matéria
Neurocranium versus Face: A Morphometric Approach with Classical Anthropometric Variables for Characterizing Patterns of Cranial Integration in Extant Hominoids and Extinct Hominins
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0131055
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sábado, 8 de agosto de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
Documentário - Racismo: uma história [BBC] (Darwinismo social e eugenia)
O título do vídeo no Youtube está como "BBC] Racismo Científico Darwinismo Social e Eugenia [DUBLADO]", por isso fiz o acréscimo no título do post como um "subtítulo", mas os dois temas citados no título são tratados no documentário "Racismo: uma História" (nome original do documentário). Este está dublado em português. Pra quem quiser entender como o racismo, como ideologia e construção social, foi estruturado (já que muita gente não vai procurar um livro sério, ensaio etc sobre o assunto pra ler), vale a pena assistir o documentário. Isso se o Youtube não remover o vídeo pela turma do "copyright".
Observando a quantidade de comentários, por assim dizer, estúpidos, que abundam na internet (de forma geral) quando se toca no assunto preconceito e racismo, dá pra notar que o analfabetismo científico de boa parte da população é grande e isso é muito grave. Isso é proveniente, sobretudo, do mau ensino do assunto nas escolas do país, que nem exibir um documentário como esse costuma fazê-lo.
Serei obrigado a colocar links dos verbetes da Wikipedia em espanhol (e mesmo esses encontram problemas pois não há o rigor dos verbetes em inglês e grupos de extrema-direita "liberal" os alteram negando e distorcendo informações) porque, como ressaltei entre parênteses pra parte espanhola da Wikipedia, pessoas adulteraram verbetes da Wikipedia em português sobre alguns desses temas como o "Darwinismo social" pra negar e distorcer fatos porque afetam a "imagem" idealizada que eles usam pra defender doutrina política. Só como exemplo, consta que Herbert Spencer, darwinista social (um dos pais desse racismo ideológico) era "crítico" do Darwinismo social, isso é falso. Eu consigo reparar a distorção fácil, mas a maioria vai reparar quando lerem o verbete pela primeira vez? Obviamente, não.
O termo "liberal" citado aqui não tem a mesma conotação que o termo pode ter em outros países. Inclusive eu coloco "aspas" no termo pra destacar a crítica. O que se passa é que vários reacionários brasileiros, gente de extrema-direita (autoritários e sectários), que se diz "democrata" e "negar" o fascismo (dizem que são "contra", 'pero no mucho'), fazem campanhas de negação desses assuntos em cima de uma população/massa altamente sugestionável (mal instruída) que não tem o hábito de verificar ou ler fontes (que prestem). Não sabem distinguir um site/verbete manipulado de uma informação correta (com boas referências). Desculpando o prolongamento do texto de apresentação mas é importante destacar essas questões, ficará mais fácil compreender o vídeo.
Verbete de: Darwinismo social
No próprio verbete em espanhol sobre "Herbert Spencer" (darwinista social, um dos principais), algum liberal (como suspeitava, ao menos deixou o link) de algum desses "Mises Institute", adulterou o verbete colocando isso: "esta afirmación ha sido historiográficamente cuestionada.1". "Questionada" por um site que defende a figura do Spencer por afinidade ideológica com esse pensamento. Esses caras são uma piada (de mau gosto).
Verbetes de: Eugenia, Eugenesia, Eugenesia Nazi, Eugenesia liberal, Eugenesia en Estados Unidos, Movimento eugênico brasileiro, Higiene Racial (proveniente do "Higienismo social")
Observando a quantidade de comentários, por assim dizer, estúpidos, que abundam na internet (de forma geral) quando se toca no assunto preconceito e racismo, dá pra notar que o analfabetismo científico de boa parte da população é grande e isso é muito grave. Isso é proveniente, sobretudo, do mau ensino do assunto nas escolas do país, que nem exibir um documentário como esse costuma fazê-lo.
Serei obrigado a colocar links dos verbetes da Wikipedia em espanhol (e mesmo esses encontram problemas pois não há o rigor dos verbetes em inglês e grupos de extrema-direita "liberal" os alteram negando e distorcendo informações) porque, como ressaltei entre parênteses pra parte espanhola da Wikipedia, pessoas adulteraram verbetes da Wikipedia em português sobre alguns desses temas como o "Darwinismo social" pra negar e distorcer fatos porque afetam a "imagem" idealizada que eles usam pra defender doutrina política. Só como exemplo, consta que Herbert Spencer, darwinista social (um dos pais desse racismo ideológico) era "crítico" do Darwinismo social, isso é falso. Eu consigo reparar a distorção fácil, mas a maioria vai reparar quando lerem o verbete pela primeira vez? Obviamente, não.
O termo "liberal" citado aqui não tem a mesma conotação que o termo pode ter em outros países. Inclusive eu coloco "aspas" no termo pra destacar a crítica. O que se passa é que vários reacionários brasileiros, gente de extrema-direita (autoritários e sectários), que se diz "democrata" e "negar" o fascismo (dizem que são "contra", 'pero no mucho'), fazem campanhas de negação desses assuntos em cima de uma população/massa altamente sugestionável (mal instruída) que não tem o hábito de verificar ou ler fontes (que prestem). Não sabem distinguir um site/verbete manipulado de uma informação correta (com boas referências). Desculpando o prolongamento do texto de apresentação mas é importante destacar essas questões, ficará mais fácil compreender o vídeo.
Verbete de: Darwinismo social
No próprio verbete em espanhol sobre "Herbert Spencer" (darwinista social, um dos principais), algum liberal (como suspeitava, ao menos deixou o link) de algum desses "Mises Institute", adulterou o verbete colocando isso: "esta afirmación ha sido historiográficamente cuestionada.1". "Questionada" por um site que defende a figura do Spencer por afinidade ideológica com esse pensamento. Esses caras são uma piada (de mau gosto).
Verbetes de: Eugenia, Eugenesia, Eugenesia Nazi, Eugenesia liberal, Eugenesia en Estados Unidos, Movimento eugênico brasileiro, Higiene Racial (proveniente do "Higienismo social")
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quarta-feira, 8 de julho de 2015
Evolução humana e sua dispersão. O Homem veio do macaco? (aquela famosa "questão")
Vou deixar aqui três vídeos que devem (merecem) ser assistidos pra colocar abaixo as crendices racistas que são disseminadas no país pela dificuldade do brasileiro ler algo que preste sobre a questão sem ser sites enviesados que defendem essas idiotices sem base científica.
Na verdade o vídeo que trata mais da evolução humana e sua dispersão (surgimento das diferentes cor de pele, cabelo outros hominídeos etc) é o primeiro vídeo, mas o segundo vídeo responde à pergunta se o "homem é um macaco" (e também toca no mesmo assunto), pois muita gente recheada de ignorância ou crendices partem pra negação com comentários ridículos sobre (em vez de procurar saber do assunto) em boa parte pra tentar ridicularizar a teoria da evolução ("eu não descendo de macacos") ou o que for relacionada a mesma (evolucionismo, evolução etc). Há um terceiro vídeo de outro canal que também aborda a questão do "Nós, humanos, somo macacos?" que reforça o segundo vídeo. Vou colocar os três abaixo.
O segundo vídeo também comenta a questão do racismo no uso do termo "macaco", comentário pertinente pois, à parte a questão científica de "raças humanas" não existirem, o racismo (crença na existência de "raças" e hierarquia entre elas) persiste, pois muitos racistas (quem é adepto dessas crenças racistas é racista) querendo negar o peso do racismo no Brasil sempre fazem essa "confusão" retórica com a questão "se raça não existe como existe racismo?".
O primeiro vídeo é longo, 39 minutos e 13 segundos, mas vale a pena assistir até o fim, principalmente sobre quando começa a surgir as diferenças de cor de pele, cabelo etc (pela adaptação) e as "etnias", do canal EuCiência:
Evolução Aula 04 - Evolução Humana
O segundo vídeo, mais curto (21 minutos mais ou menos), é do canal do Pirula, vale a pena assistir até o fim:
Sim, somos todos macacos
O terceiro vídeo é do canal "Papo de Primata", tem 15 minutos e 53 segundos, também vale a pena assistir até o final:
Afinal, o homem descende do macaco?
Quando a gente publica isso vem sempre a pergunta infame e até tola (ou silêncio, silêncio também é uma forma de manifestação embora abra espaço pra qualquer interpretação do motivo do silêncio uma vez que se o blog é acessado e lido, é porque muita gente lê e não comenta): o que isso tem a ver com Holocausto, segunda guerra etc?
Tudo. A doutrina nazi, o racismo em vários países (ou quase todos) foi "fundamentado" em torno dessas interpretações equivocadas e ideológicas da ciência. Como a educação no Brasil é um "primor" na abordagem desses assuntos, não dá pra crer que as pessoas irão aprender esses assuntos de forma decente nas escolas, vide a quantidade de idiotice que se lê quando se toca no assunto racismo, nazismo e afins. Quem quer ler sobre nazismo e fascismo ignorando a questão racial/étnica, a origem disso etc, na verdade está fazendo uma leitura incompleta, precária do assunto inteiro. Por essa razão acho pertinente os vídeos e a abordagem deste assunto, pois está totalmente ligado à questão da eugenia também e/ou à ideologia do branqueamento (a eugenia à brasileira, post que não sai do topo de visitas do blog e isso é bom) que é outro assunto tabu nas escolas do Brasil (podem me corrigir se eu estiver errado mas eu não creio que comentem sobre isso nos colégios).
Aí o que ocorre? (Refiro-me aqui ao caso brasileiro mesmo, embora haja tabus sobre isso em vários países que tiveram programas de eugenia) As pessoas passam a vida inteira seguindo uma "mitologia" sobre o Brasil de "democracia racial, paraíso tropical etc" (mitologia essa lançada ainda no Varguismo pra forjar uma identidade nacional ou reforçar, a interpretação aí varia), "meu Brasil brasileiro" e quando se deparam com o assunto na internet, ficam em "choque", como se aquela identidade cultuada (ou que a pessoa acreditava que era a real sobre o país) fosse uma completa farsa e por aí vai. O que em parte é verdade pois o país até hoje lida MUITO MAL com essas questões. O brasileiro (generalizando) tem uma postura autoritária de silenciar os outros na marra quando as pessoas tentam (eu falei "tentam") abordar esses assuntos, com uma postura que por vezes beira à infantilidade e autoritarismo pueril.
Assistam os vídeos que não irão se arrepender. E obviamente que os vídeos não segue qualquer abordagem religiosa, ciência não é religião. Já deixei claro que não trato questões científicas por viés religioso (os vídeos seguem a mesma linha), quem achar que os vídeos ou assunto entram em conflito com suas crenças, não assista. Mas ciência é ciência, religião é religião.
Na verdade o vídeo que trata mais da evolução humana e sua dispersão (surgimento das diferentes cor de pele, cabelo outros hominídeos etc) é o primeiro vídeo, mas o segundo vídeo responde à pergunta se o "homem é um macaco" (e também toca no mesmo assunto), pois muita gente recheada de ignorância ou crendices partem pra negação com comentários ridículos sobre (em vez de procurar saber do assunto) em boa parte pra tentar ridicularizar a teoria da evolução ("eu não descendo de macacos") ou o que for relacionada a mesma (evolucionismo, evolução etc). Há um terceiro vídeo de outro canal que também aborda a questão do "Nós, humanos, somo macacos?" que reforça o segundo vídeo. Vou colocar os três abaixo.
O segundo vídeo também comenta a questão do racismo no uso do termo "macaco", comentário pertinente pois, à parte a questão científica de "raças humanas" não existirem, o racismo (crença na existência de "raças" e hierarquia entre elas) persiste, pois muitos racistas (quem é adepto dessas crenças racistas é racista) querendo negar o peso do racismo no Brasil sempre fazem essa "confusão" retórica com a questão "se raça não existe como existe racismo?".
O primeiro vídeo é longo, 39 minutos e 13 segundos, mas vale a pena assistir até o fim, principalmente sobre quando começa a surgir as diferenças de cor de pele, cabelo etc (pela adaptação) e as "etnias", do canal EuCiência:
Evolução Aula 04 - Evolução Humana
O segundo vídeo, mais curto (21 minutos mais ou menos), é do canal do Pirula, vale a pena assistir até o fim:
Sim, somos todos macacos
O terceiro vídeo é do canal "Papo de Primata", tem 15 minutos e 53 segundos, também vale a pena assistir até o final:
Afinal, o homem descende do macaco?
Quando a gente publica isso vem sempre a pergunta infame e até tola (ou silêncio, silêncio também é uma forma de manifestação embora abra espaço pra qualquer interpretação do motivo do silêncio uma vez que se o blog é acessado e lido, é porque muita gente lê e não comenta): o que isso tem a ver com Holocausto, segunda guerra etc?
Tudo. A doutrina nazi, o racismo em vários países (ou quase todos) foi "fundamentado" em torno dessas interpretações equivocadas e ideológicas da ciência. Como a educação no Brasil é um "primor" na abordagem desses assuntos, não dá pra crer que as pessoas irão aprender esses assuntos de forma decente nas escolas, vide a quantidade de idiotice que se lê quando se toca no assunto racismo, nazismo e afins. Quem quer ler sobre nazismo e fascismo ignorando a questão racial/étnica, a origem disso etc, na verdade está fazendo uma leitura incompleta, precária do assunto inteiro. Por essa razão acho pertinente os vídeos e a abordagem deste assunto, pois está totalmente ligado à questão da eugenia também e/ou à ideologia do branqueamento (a eugenia à brasileira, post que não sai do topo de visitas do blog e isso é bom) que é outro assunto tabu nas escolas do Brasil (podem me corrigir se eu estiver errado mas eu não creio que comentem sobre isso nos colégios).
Aí o que ocorre? (Refiro-me aqui ao caso brasileiro mesmo, embora haja tabus sobre isso em vários países que tiveram programas de eugenia) As pessoas passam a vida inteira seguindo uma "mitologia" sobre o Brasil de "democracia racial, paraíso tropical etc" (mitologia essa lançada ainda no Varguismo pra forjar uma identidade nacional ou reforçar, a interpretação aí varia), "meu Brasil brasileiro" e quando se deparam com o assunto na internet, ficam em "choque", como se aquela identidade cultuada (ou que a pessoa acreditava que era a real sobre o país) fosse uma completa farsa e por aí vai. O que em parte é verdade pois o país até hoje lida MUITO MAL com essas questões. O brasileiro (generalizando) tem uma postura autoritária de silenciar os outros na marra quando as pessoas tentam (eu falei "tentam") abordar esses assuntos, com uma postura que por vezes beira à infantilidade e autoritarismo pueril.
Assistam os vídeos que não irão se arrepender. E obviamente que os vídeos não segue qualquer abordagem religiosa, ciência não é religião. Já deixei claro que não trato questões científicas por viés religioso (os vídeos seguem a mesma linha), quem achar que os vídeos ou assunto entram em conflito com suas crenças, não assista. Mas ciência é ciência, religião é religião.
sábado, 13 de junho de 2015
Robert Sussman - "O mito da raça": antropólogo dos EUA delimita o racismo
"As raças biológicas não existem e nunca existiram", sustenta em seu livro "O Mito da Raça" (The Myth of Race: The Troubling Persistence of an Unscientific Idea) o antropólogo estadunidense Robert Sussman, para ele que a ideia de raça não se baseia numa realidade científica.
Sussman explora em seu livro como surgiu a ideia de raça, venenosa e falsa segundo o próprio, e como se converteu numa construção social das justificações bíblicas e dos estudos pseudocientíficos.
Em seu livro o antropólogo rastreia as origens da ideologia racista moderna até a Inquisição espanhola, chegando à conclusão de que as teorias de degeneração racial do século XVI se converteram numa justificativa crucial para o imperialismo ocidental e da escravidão. No século XIX, estas teorias se fundiram com o darwinismo para derivar num influente movimento eugênico. Crendo que os traços da forma craniana e que a inteligência eram imutáveis, os eugenistas desenvolveram hierarquias que classificam certas raças, especialmente as de pele clara dos "arianos" (brancos), como uma raça superior às demais, explica no seu livro.
Esses ideólogos propunham programas para provar a inteligência, a cria seletiva ou a esterilização, que alimentaram diretamente o genocídio nazista. Apesar de que a eugenia esteja atualmente amplamente desacreditada, alguns grupos e pessoas a usam hoje como base científica de velhas suposições racistas.
"Durante os últimos 500 anos, as pessoas aprenderam como interpretar e entender o racismo. O racismo está em nossa vida cotidiana. Disseram-nos que há coisas muito específicas que se relacionam com a raça, como a inteligência, a conduta sexual, as taxas de natalidade, a agressão, o altruísmo e inclusive o tamanho do cérebro. Temos aprendido que as carreiras estão estruturadas numa ordem hierárquica e que algumas raças são melhores que outras", sustenta Sussman em seu artigo sobre o livro na Newsweek.
"Inclusive se você não é um racista, sua vida se vê afetada por esta estrutura ordenada. Nascemos numa sociedade racista. O que muitas pessoas não se dão conta é que esta estrutura racial não se baseia na realidade. Os antropólogos demonstraram há muitos anos que não existe uma realidade biológica da raça humana", conclui.
Fonte: Urgente24.com (Argentina)
http://www.urgente24.com/232891-el-mito-de-la-raza-antropologo-de-usa-delimita-al-racismo
Tradução: Roberto Lucena
Observação: há textos (críticas) melhores sobre o livro, mas por praticidade segue essa tradução da matéria em espanhol mesmo (que dá totalmente pro gasto). O texto é só pra apresentar o livro.
Sempre ao lado do dito negacionismo ("revisionismo") do Holocausto, os grupos que defendem isso (a maioria) também defendem o resgate das teoria pseudocientíficas que justificaram o racismo no passado pro presente, por isso essa questão sobre racismo será sempre pertinente pro entendimento da segunda guerra, do racismo no Brasil e no mundo de vários genocídios praticados por questões étnicas.
Muita gente chega perguntando coisas obtusas como "Por que Hitler odiava os judeus" sem ter uma compreensão nem do que seja racismo. Por isso que é estranho que livros como esse não tenham sido ainda traduzidos pro português, e bizarrices como esta (atenção, o texto do link analisa o livro e o critica, não critiquem só lendo o título do texto) são lançadas sem maiores problemas.
Uma falácia que surge da questão da demonstração de que raças humanas não existem é a de que "já que raças não existem então pra quê cotas raciais?". Eu não vou entrar na discussão se as cotas servem ou não (se prestam ou não), mas esta é uma afirmação falsa que os grupos que contestam isso utilizam.
Raças não existem mas a crença no racismo (de que grupos humanos são divididos por "raças" e de que vários grupos são discriminados por origem e principalmente cor da pele) é uma realidade.
Existe no Brasil uma negação cínica ou ignorante do passado colonial e escravocrata do país, além do uso da mitologia da "democracia racial" do Varguismo pra mascarar o racismo cultural colonial do país. Pra quem pergunta com ares de "espanto" a famosa exclamação "como pode haver nazistas no Brasil", pelo visto esse pessoal deve achar que precisa haver uma crença racista importada do fascismo alemão pra haver racismo num país que manteve escravidão por mais de três séculos como política de Estado, quer seja por Portugal como na fase pós-"Independência" do país (período monárquico de D. Pedro II). Independência entre aspas pois eu considero a continuação dessa Monarquia como parte da Monarquia portuguesa mandando no país sob nova "roupagem".
A desconstrução do mito da raça serve justamente pra mostrar e desmontar as ideias de discriminação e preconceito de grupos racistas e não pra negar que haja racismo.
Sussman explora em seu livro como surgiu a ideia de raça, venenosa e falsa segundo o próprio, e como se converteu numa construção social das justificações bíblicas e dos estudos pseudocientíficos.
Em seu livro o antropólogo rastreia as origens da ideologia racista moderna até a Inquisição espanhola, chegando à conclusão de que as teorias de degeneração racial do século XVI se converteram numa justificativa crucial para o imperialismo ocidental e da escravidão. No século XIX, estas teorias se fundiram com o darwinismo para derivar num influente movimento eugênico. Crendo que os traços da forma craniana e que a inteligência eram imutáveis, os eugenistas desenvolveram hierarquias que classificam certas raças, especialmente as de pele clara dos "arianos" (brancos), como uma raça superior às demais, explica no seu livro.
Esses ideólogos propunham programas para provar a inteligência, a cria seletiva ou a esterilização, que alimentaram diretamente o genocídio nazista. Apesar de que a eugenia esteja atualmente amplamente desacreditada, alguns grupos e pessoas a usam hoje como base científica de velhas suposições racistas.
"Durante os últimos 500 anos, as pessoas aprenderam como interpretar e entender o racismo. O racismo está em nossa vida cotidiana. Disseram-nos que há coisas muito específicas que se relacionam com a raça, como a inteligência, a conduta sexual, as taxas de natalidade, a agressão, o altruísmo e inclusive o tamanho do cérebro. Temos aprendido que as carreiras estão estruturadas numa ordem hierárquica e que algumas raças são melhores que outras", sustenta Sussman em seu artigo sobre o livro na Newsweek.
"Inclusive se você não é um racista, sua vida se vê afetada por esta estrutura ordenada. Nascemos numa sociedade racista. O que muitas pessoas não se dão conta é que esta estrutura racial não se baseia na realidade. Os antropólogos demonstraram há muitos anos que não existe uma realidade biológica da raça humana", conclui.
Fonte: Urgente24.com (Argentina)
http://www.urgente24.com/232891-el-mito-de-la-raza-antropologo-de-usa-delimita-al-racismo
Tradução: Roberto Lucena
Observação: há textos (críticas) melhores sobre o livro, mas por praticidade segue essa tradução da matéria em espanhol mesmo (que dá totalmente pro gasto). O texto é só pra apresentar o livro.
Sempre ao lado do dito negacionismo ("revisionismo") do Holocausto, os grupos que defendem isso (a maioria) também defendem o resgate das teoria pseudocientíficas que justificaram o racismo no passado pro presente, por isso essa questão sobre racismo será sempre pertinente pro entendimento da segunda guerra, do racismo no Brasil e no mundo de vários genocídios praticados por questões étnicas.
Muita gente chega perguntando coisas obtusas como "Por que Hitler odiava os judeus" sem ter uma compreensão nem do que seja racismo. Por isso que é estranho que livros como esse não tenham sido ainda traduzidos pro português, e bizarrices como esta (atenção, o texto do link analisa o livro e o critica, não critiquem só lendo o título do texto) são lançadas sem maiores problemas.
Uma falácia que surge da questão da demonstração de que raças humanas não existem é a de que "já que raças não existem então pra quê cotas raciais?". Eu não vou entrar na discussão se as cotas servem ou não (se prestam ou não), mas esta é uma afirmação falsa que os grupos que contestam isso utilizam.
Raças não existem mas a crença no racismo (de que grupos humanos são divididos por "raças" e de que vários grupos são discriminados por origem e principalmente cor da pele) é uma realidade.
Existe no Brasil uma negação cínica ou ignorante do passado colonial e escravocrata do país, além do uso da mitologia da "democracia racial" do Varguismo pra mascarar o racismo cultural colonial do país. Pra quem pergunta com ares de "espanto" a famosa exclamação "como pode haver nazistas no Brasil", pelo visto esse pessoal deve achar que precisa haver uma crença racista importada do fascismo alemão pra haver racismo num país que manteve escravidão por mais de três séculos como política de Estado, quer seja por Portugal como na fase pós-"Independência" do país (período monárquico de D. Pedro II). Independência entre aspas pois eu considero a continuação dessa Monarquia como parte da Monarquia portuguesa mandando no país sob nova "roupagem".
A desconstrução do mito da raça serve justamente pra mostrar e desmontar as ideias de discriminação e preconceito de grupos racistas e não pra negar que haja racismo.
domingo, 11 de setembro de 2011
Será que existem raças humanas? Investigadores do Instituto Gulbenkian respondem
Grupo de investigadores do Instituto Gulbenkian da Ciência publicam crónica que questiona a validade do conceito de raças humanas. “São tantas as nossas características genéticas e tão variadas que é impossível agrupar-nos em raças.”, lê-se no documento publicado no jornal Público.
SERÁ QUE EXISTEM RAÇAS HUMANAS?
(texto integral)
James Watson, prémio Nobel da Medicina, agitou recentemente o mundo ao afirmar que os negros teriam inteligência inferior. A intensidade do debate que se seguiu, com diferentes entidades e personalidades a tomar posição sobre estas afirmações, terá impedido os esclarecimentos necessários sobre o principal conceito subjacente às suas palavras, o de grupos humanos distintos e facilmente identificáveis, em linguagem leiga, o conceito de raças humanas.
Sabemos que há grupos distintos de cães. Um doberman, por exemplo, tem características diferentes das de um caniche. Estas características morfológicas são definidas por informação genética diferente, que é mantida porque cães de um grupo só são cruzados com cães desse mesmo grupo. Estes grupos resultaram de uma vontade humana de separar conjuntos de cães diferentes por várias gerações, impedindo assim o cruzamento entre esses indivíduos, o que levou a uma diferenciação das características de cada grupo, tornada mais óbvia ao longo do tempo. Um outro exemplo de grupos ainda mais distintos é o da couve-de-bruxelas e da couve-flor. Neste caso, como a diferenciação genética é maior, feita ao longo de mais gerações, alguns geneticistas até aceitariam que se trata de “raças diferentes” da mesma espécie de couve.
Mas nenhum grupo humano foi sujeito a estas condições de isolamento. De facto, todos os dados científicos mostram que temos um ancestral comum em África e que desde sempre o constante movimento e a consequente troca de bens, informação cultural e genética impedem que se gerem grupos humanos isolados.
É sabido que basta haver migração de poucos indivíduos em cada geração para homogeneizar potenciais diferenças genéticas entre grupos.
A cor da pele é das características mais fáceis de reconhecer nas pessoas e provavelmente por essa razão foi erroneamente utilizada para tentar organizar os humanos por grupos, raças. No entanto, não é por uma característica ser fácil de visualizar, como é o caso da cor da pele, que isso a torna representativa de todo o património genético dessa pessoa, reflectindo todo um leque de outras características com uma componente genética, como, por exemplo, a cor dos olhos. Dependendo da característica genética em questão, um português poderia ser agrupado mais facilmente com um chinês ou um etíope do que com o seu vizinho do lado. Por exemplo, poderá ser melhor para si receber sangue de um etíope que partilha consigo o mesmo grupo sanguíneo, do que receber sangue do seu vizinho do lado pertencente a outro grupo sanguíneo. São tantas as nossas características genéticas e tão variadas que é impossível agrupar-nos em raças.
O conceito de raças humanas ainda faz menos sentido desde que, de há uns 40 anos para cá, os dados mostram que no continente africano está representada quase toda a informação genética dos humanos do nosso planeta. Dado este facto, faz pouco sentido dizer que os negros são um grupo geneticamente diferente de qualquer outro. Assim, se hoje houvesse uma doença que devastasse todos os continentes, a sobrevivência dos africanos garantiria a preservação de quase todo o património genético da nossa espécie. Todos os outros continentes têm uma menor representação daquilo que nós, seres humanos, somos geneticamente. Assim, antropólogos e geneticistas juntam-se hoje em dia para dizer que o conceito de raças humanas não faz sentido.
Francisco Dionísio, Isabel Gordo, Lounés Chikhi, Mónica Bettencourt Dias, Rui Martinho e Sara Magalhães
(Doutorados em Biologia e investigadores no Instituto Gulbenkian de Ciência)
Texto Publicado no Jornal “Público”(Portugal) a 3 de Novembro de 2007.
Reproduzido na rede social Orkut em 22/04/09 na antiga comunidade anti-"revisionismo.
Fonte: Comunicar Ciência (comunicar-ciencia.org)
Link original(fora do ar): http://www.comunicar-ciencia.org/website/index.php?option=com_content&task=view&id=72
Observação: o site comunicar-ciencia.org, do qual o texto acima foi reproduzido, encontra-se fora do ar. O site é mencionado no site da Universidade de Évora (Portugal). Link com a citação do comunicar-ciencia.org no site da Universidade.
Ver também:
Humanidade Sem Raças? - Libelo contra o racismo (geneticista Sergio Pena)
SERÁ QUE EXISTEM RAÇAS HUMANAS?
(texto integral)
James Watson, prémio Nobel da Medicina, agitou recentemente o mundo ao afirmar que os negros teriam inteligência inferior. A intensidade do debate que se seguiu, com diferentes entidades e personalidades a tomar posição sobre estas afirmações, terá impedido os esclarecimentos necessários sobre o principal conceito subjacente às suas palavras, o de grupos humanos distintos e facilmente identificáveis, em linguagem leiga, o conceito de raças humanas.
Sabemos que há grupos distintos de cães. Um doberman, por exemplo, tem características diferentes das de um caniche. Estas características morfológicas são definidas por informação genética diferente, que é mantida porque cães de um grupo só são cruzados com cães desse mesmo grupo. Estes grupos resultaram de uma vontade humana de separar conjuntos de cães diferentes por várias gerações, impedindo assim o cruzamento entre esses indivíduos, o que levou a uma diferenciação das características de cada grupo, tornada mais óbvia ao longo do tempo. Um outro exemplo de grupos ainda mais distintos é o da couve-de-bruxelas e da couve-flor. Neste caso, como a diferenciação genética é maior, feita ao longo de mais gerações, alguns geneticistas até aceitariam que se trata de “raças diferentes” da mesma espécie de couve.
Mas nenhum grupo humano foi sujeito a estas condições de isolamento. De facto, todos os dados científicos mostram que temos um ancestral comum em África e que desde sempre o constante movimento e a consequente troca de bens, informação cultural e genética impedem que se gerem grupos humanos isolados.
É sabido que basta haver migração de poucos indivíduos em cada geração para homogeneizar potenciais diferenças genéticas entre grupos.
A cor da pele é das características mais fáceis de reconhecer nas pessoas e provavelmente por essa razão foi erroneamente utilizada para tentar organizar os humanos por grupos, raças. No entanto, não é por uma característica ser fácil de visualizar, como é o caso da cor da pele, que isso a torna representativa de todo o património genético dessa pessoa, reflectindo todo um leque de outras características com uma componente genética, como, por exemplo, a cor dos olhos. Dependendo da característica genética em questão, um português poderia ser agrupado mais facilmente com um chinês ou um etíope do que com o seu vizinho do lado. Por exemplo, poderá ser melhor para si receber sangue de um etíope que partilha consigo o mesmo grupo sanguíneo, do que receber sangue do seu vizinho do lado pertencente a outro grupo sanguíneo. São tantas as nossas características genéticas e tão variadas que é impossível agrupar-nos em raças.
O conceito de raças humanas ainda faz menos sentido desde que, de há uns 40 anos para cá, os dados mostram que no continente africano está representada quase toda a informação genética dos humanos do nosso planeta. Dado este facto, faz pouco sentido dizer que os negros são um grupo geneticamente diferente de qualquer outro. Assim, se hoje houvesse uma doença que devastasse todos os continentes, a sobrevivência dos africanos garantiria a preservação de quase todo o património genético da nossa espécie. Todos os outros continentes têm uma menor representação daquilo que nós, seres humanos, somos geneticamente. Assim, antropólogos e geneticistas juntam-se hoje em dia para dizer que o conceito de raças humanas não faz sentido.
Francisco Dionísio, Isabel Gordo, Lounés Chikhi, Mónica Bettencourt Dias, Rui Martinho e Sara Magalhães
(Doutorados em Biologia e investigadores no Instituto Gulbenkian de Ciência)
Texto Publicado no Jornal “Público”(Portugal) a 3 de Novembro de 2007.
Reproduzido na rede social Orkut em 22/04/09 na antiga comunidade anti-"revisionismo.
Fonte: Comunicar Ciência (comunicar-ciencia.org)
Link original(fora do ar): http://www.comunicar-ciencia.org/website/index.php?option=com_content&task=view&id=72
Observação: o site comunicar-ciencia.org, do qual o texto acima foi reproduzido, encontra-se fora do ar. O site é mencionado no site da Universidade de Évora (Portugal). Link com a citação do comunicar-ciencia.org no site da Universidade.
Ver também:
Humanidade Sem Raças? - Libelo contra o racismo (geneticista Sergio Pena)
Marcadores:
antissemitismo,
biologia,
divulgação científica,
genética,
História,
Instituto Gulbenkian,
James Watson,
Nazismo,
Neonazismo,
nobel,
pseudociência,
raças humanas,
Racismo
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Testes de DNA revelam ascendência de Hitler
Testes de DNA revelam que 'Hitler era descendente de judeus e africanos'
Rio - Testes de DNA realizados em parentes de Adolf Hitler revelam que o líder nazista provavelmente era descendente de judeus e africanos. As informações são do Daily Mail.
(Foto)Adolf Hitler Foto: Reprodução
A descoberta ocorreu a partir do DNA recolhido de um guardanapo usado por um dos três descendentes conhecidos de Hitler que vivem em Long Island, Nova Iorque.
O jornalista Jean-Paul Mulders utilizou os serviços do historiador Marc Vermeeren para encontrar um dos primos do líder nazista, na região Waldviertel, Áustria, e outros 39 parentes distantes de Hitler, que se suicidou em seu bunker em Berlim, em abril de 1945.
O parente em questão deu uma amostra de sua saliva para os exames.
Utilizando as amostras do parente austriaco e do DNA do guardanapo, Mulders afirma que a ligação entre os dois era "irrefutável, o cromossomo Y é idêntico".
Esta forma particular do DNA - Haplopgroup E1b1b (Y-DNA) - é rara na Alemanha e mesmo da Europa Ocidental.
O DNA de Hitler continha o haplogrupo E1b1b, comumente encontrada na berberes (povo nômade do norte da Á frica) do Marrocos e também tem relação com os cromossomos Y de judeus sefarditas (oriundos de Marrocos, Espanha e Portugal).
"Pode-se afirmar a partir desta premissa que Hitler estava relacionado com pessoas que ele desprezava", disse Mulders. 23 ago excluir Carlos
Fonte: Terra
http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/8/testes_de_dna_revelam_que_hitler_era_descendente_de_judeus_e_africanos_105110.html
Matéria saiu em:
DNA tests reveal Hitler's Jewish and African roots (Haaretz)
Hitler 'had Jewish and African roots', DNA tests show (Telegraph)
Comentário breve: a notícia deixou muito "revisionista"/neonazi/fascista com nervos a flor da pele(rs). Só que deixando a cutucada nos neos/"revis" de lado e falando sério, em virtude do que deu pra notar de pessoas emitindo uma série de opiniões bizarras sobre o tema, repletas de crendice e "senso comum", achei que viria a calhar abrir um espaço na parte de bibliografia só pro assunto racismo. Assim se abre um espaço específico pra divulgar livros que sejam informativos e com ligação direta com o assunto.
Rio - Testes de DNA realizados em parentes de Adolf Hitler revelam que o líder nazista provavelmente era descendente de judeus e africanos. As informações são do Daily Mail.
(Foto)Adolf Hitler Foto: Reprodução
A descoberta ocorreu a partir do DNA recolhido de um guardanapo usado por um dos três descendentes conhecidos de Hitler que vivem em Long Island, Nova Iorque.
O jornalista Jean-Paul Mulders utilizou os serviços do historiador Marc Vermeeren para encontrar um dos primos do líder nazista, na região Waldviertel, Áustria, e outros 39 parentes distantes de Hitler, que se suicidou em seu bunker em Berlim, em abril de 1945.
O parente em questão deu uma amostra de sua saliva para os exames.
Utilizando as amostras do parente austriaco e do DNA do guardanapo, Mulders afirma que a ligação entre os dois era "irrefutável, o cromossomo Y é idêntico".
Esta forma particular do DNA - Haplopgroup E1b1b (Y-DNA) - é rara na Alemanha e mesmo da Europa Ocidental.
O DNA de Hitler continha o haplogrupo E1b1b, comumente encontrada na berberes (povo nômade do norte da Á frica) do Marrocos e também tem relação com os cromossomos Y de judeus sefarditas (oriundos de Marrocos, Espanha e Portugal).
"Pode-se afirmar a partir desta premissa que Hitler estava relacionado com pessoas que ele desprezava", disse Mulders. 23 ago excluir Carlos
Fonte: Terra
http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/8/testes_de_dna_revelam_que_hitler_era_descendente_de_judeus_e_africanos_105110.html
Matéria saiu em:
DNA tests reveal Hitler's Jewish and African roots (Haaretz)
Hitler 'had Jewish and African roots', DNA tests show (Telegraph)
Comentário breve: a notícia deixou muito "revisionista"/neonazi/fascista com nervos a flor da pele(rs). Só que deixando a cutucada nos neos/"revis" de lado e falando sério, em virtude do que deu pra notar de pessoas emitindo uma série de opiniões bizarras sobre o tema, repletas de crendice e "senso comum", achei que viria a calhar abrir um espaço na parte de bibliografia só pro assunto racismo. Assim se abre um espaço específico pra divulgar livros que sejam informativos e com ligação direta com o assunto.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Bibliografia sobre Racismo - Neonazismo - Negação do Holocausto
Aviso: este post é só pra bibliografia, comentários nos posts de bibliografias somente pra sugestão de livros.
LIVROS SOBRE NEONAZISMO, NEOFASCISMO, NEGACIONISMO DO HOLOCAUSTO("REVISIONISMO") E TEORIA DA CONSPIRAÇÃO(ATUALIDADES)
Livro: Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político
Autor: Luis Milman
Livro: Anti-semitismo e nacionalismo, negacionismo e memória: Revisão Editora e as estratégias da intolerância (1987-2003)
Autor: Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus
Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site http://www.editoraunesp.com.br/
Pluricom Comunicação Integrada
pluricom@pluricom.com.br
http://www.pluricom.com.br/
Livro: Os Assassinos da Memória. O Revisionismo na História
Autor: Pierre Vidal-Naquet
Livro: Anti-semitismo, integralismo, neo-nazismo
Autor: Werner Nehab
Livro: Sol Negro
descrição: cultos arianos, nazismo esotérico e as políticas de identidade
Autor: Nicholas Goodrick-Clarke
Livro: De Auschwitz a Berlín. Alemania y la extrema derecha, 1945-2004
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livro: El Extremismo Político en Alemania
Autor: Jürgen W. Falter
Livro: Neofascistas. Democracia y extrema derecha en Francia e Italia
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livro: Los Crimenes del Odio: Violencia Skin y Neonazi En España
Autor: Esteban Ibarra
Livro: Por qué Le Pen
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livro: Denying the Holocaust
Autora: Deborah Lipstadt
Livro: Denying History
Autores: Michael Shermer
Livro: From The Protocols Of Zion To Holocaust Denial Trials
Subtítulo: Challenging The Media, The Law And The Academy
Editores: Debra Kaufman, Gerald Herman, James Ross, David Phillips, Jennifer Fagen
Livro: Inside Organized Racism: Women in the Hate Movement
Autora: Kathleen M. Blee
Livro: The Racial Thinking of Richard Wagner
Autor: Leon Stein
Livro: The Dreyfus Affair
Autor: Leslie Derfler
Livro: Inside the Nation of Islam: A Historical and Personal Testimony by a Black Muslim
Autor: Vilbert L. White Jr.
Livro: Contemporary British Fascism: The British National Party and the Quest for Legitimacy
Autor: Nigel Copsey
Livro: One Aryan Nation Under God: How Religious Extremists Use the Bible to Justify Their Actions
Autor: Jerome Walters
Livro: Into a World of Hate: A Journey Among the Extreme Right
Autor: Nick Ryan
Livro: Hate and the "Jewish Science": Anti-Semitism, Nazism, and Psychoanalysis
Autor: Stephen Frosh
Livro: Promoting and Producing Evil (At the Interface/Probing the Boundaries)
Autor: Nancy Billias
Livro: A Hundred Little Hitlers: The Death of a Black Man, the Trial of a White Racist, and the Rise of the Neo-Nazi Movement in America
Autor: Elinor Langer
Livro: Into the Devil's Den: How an FBI Informant Got Inside the Aryan Nations and a Special Agent Got Him Out Alive
Autores: Dave Hall, Tym Burkey, Katherine Ramsland
Livro: Blood in the Face: The Ku Klux Klan, Aryan Nations, Nazi Skinheads, and the Rise of a New White Culture
Autor: James Ridgeway
Livro: The Politics of Righteousness: Idaho Christian Patriotism Autor: James Alfred Aho
Livro: Christian Identity: The Aryan American Bloodline Religion (Paperback)
Autor: Chester L. Quarles
Livro: Understanding Terrorism in America: From the Klan to Al Qaeda
Autor: Christopher Hewitt
Livro: Hitler's Priestess: Savitri Devi, the Hindu-Aryan Myth, and Neo-Nazism
Autor: Nicholas Goodrick-Clarke
Livro: Inside Organized Racism: Women in the Hate Movement
Autora: Kathleen M. Blee
Livro: The Borderlands of Science: Where Sense Meets Nonsense
Autor: Michael Shermer
Livro: Why People Believe Weird Things: Pseudoscience, Superstition, and Other Confusions of Our Time
Autor: Michael Shermer
Livro: The War Complex: World War II in Our Time
Autora: Marianna Torgovnick
Livro: Crises of Memory and the Second World War
Autora: Susan Rubin Suleiman
_____________________________________________
LIVROS SOBRE RACISMO (1) E ANTISSEMITISMO (1.1)
(1) RACISMO
Livro: Humanidade Sem Raças?
Autor: Sergio D. J. Pena
Resenha sobre o livro
Livro: Racismo E Antirracismo No Brasil
Autor: Antônio Sérgio Alfredo Guimarães
Livro: Racismo No Brasil
Organizadores: Gevanilda Gomes Santos, Maria Palmira da Silva
Livro: Racismo No Brasil
Autor: Lilia Moritz Schwarcz
Livro: Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro
Autor: Thomas E. Skidmore
Livro: Psicologia Social Do Racismo
Autor: Maria Aparecida Silva Bento
Organizador: Iray Carone
Livro: Reflexión ética sobre el racismo y la xenofobia: fundamentos teóricos
Autor: Alberto Hidalgo Tuñón
Livro: Genealogia del Racismo (Coleccion Caronte Ensayos)
Autor: Michel Foucault
Livro: Raza, nación y clase
Autores: Immanuel Wallerstein, Etienne Balibar
Livro: Etnicidad Raza Y Equidad En America Latina
Autor: Alvaro Bello Marta Rangel
Livro: Teorías contemporáneas de la etnicidad: Stuart Hall y Michel Foucault
Autor: Eduardo Restrepo
Livro: El cabecita negra
Autor: Hugo E Ratier
Livro: La bioetica. Una disciplina adolescente
Autor: Vera Jose Miguel
Livro: Etica de la Investigacion en seres humanos y politicas de salud
Autor: Genoveva Keyeux, Victor Penchaszadeh, Alya Saada
Livro: Genetica Humana: Fundamentos y Aplicaciones En Medicina 2da ed
Autor: Alberto Juan Solari
Livro: Genética de Poblaciones Humanas
Autor: Francisco Rothhammer
Livro: Breve Historia Del Racismo
Autor: Christian Geulen
Livro: David Duke and the Politics of Race in the South
Autor: John C. Kuzenski, Charles S. Bullock III, Ronald Keith Gaddie
Livro: Racism: A Short History
Autor: George M. Fredrickson
Livro: Racism: A Very Short Introduction (Very Short Introductions)
Autor: Ali Rattansi
Livro: Racism in a Racial Democracy: The Maintenance of White Supremacy in Brazil
Autor: France Winddance, Twine
Livro: Dreaming Equality: Color, Race, and Racism in Urban Brazil
Autor: Robin E. Sheriff
Livro: "Race" and Racism: The Development of Modern Racism in America
Autor: Richard Perry
Livro: Whiteness of a Different Color: European Immigrants and the Alchemy of Race
Autor: Matthew Frye Jacobson
Livro: Racism And Anti-Racism In Europe
Autor: Alana Lentin
Livro: White Racism (2nd Edition)
Autor: Joe R. Feagin, Pinar Batur, Hernan Vera
Livro: Racism
Editores: Martin Bulmer, John Solomos
Livro: Racism Matters
Autor: W. D. Wright
Livro: Encyclopedia of Race And Racism (3 Volume Set)
Autor: John Moore
Livro: Nations without States: A Historical Dictionary of Contemporary National Movements
Autor: James Minahan
Livro: Racism in the 21st Century: An Empirical Analysis of Skin Color
Autor: Ronald Hall
Livro: Theories of Race and Racism: A Reader (Routledge Student Readers)
Autor: John Solomos
Livro: Racism in Europe: 1870-2000 (European Culture & Society Series)
Autor: Neil MacMaster
Livro: Census and Identity: The Politics of Race, Ethnicity, and Language in National Censuses (New Perspectives on Anthropological and Social Demography)
Autor: David I. Kertzer, Dominique Arel
Livro: White Identities: A Critical Sociological Approach
Autores: Simon Clarke, Steve Garner
Livro: Race Over Grace: The Racialist Religion of the Christian Identity Movement
Autor: Charles H. Roberts
Livro: Religion and the Racist Right: The Origins of the Christian Identity Movement
Autor: Michael Barkun
Livro: The Columbia Documentary History of Race and Ethnicity in America
Autor: Ronald H. Bayor
Livro: Impurity of Blood: Defining Race in Spain, 1870-1930
Autor: Joshua Goode
(1.1) ANTISSEMITISMO
Livro: O anti-semitismo na Era Vargas
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livro: El antisemitismo en España. La imagen del judío
Autor: Gonzalo Alvárez Chillida
Livro: Antisemitism and Xenophobia in Germany after Unification
Autores: Hermann Kurthen, Werner Bergmann, Rainer Erb
Livro: The Lure of Anti-Semitism (Jewish Identities in a Changing World)
Autor: M. Wieviorka
Livro: The Devil and the Jews: The Medieval Conception of the Jew and Its Relation to Modern Anti-Semitism
Autor: Joshua Trachtenberg
Livro: From Prejudice to Persecution: A History of Austrian Anti-Semitism
Autor: Bruce F. Pauley
Livro: The Jews as a chosen people: tradition and transformation
Autora: S. Leyla Gürkan
LIVROS SOBRE NEONAZISMO, NEOFASCISMO, NEGACIONISMO DO HOLOCAUSTO("REVISIONISMO") E TEORIA DA CONSPIRAÇÃO(ATUALIDADES)
Livros em português: |
Livro: Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político
Autor: Luis Milman
Livro: Anti-semitismo e nacionalismo, negacionismo e memória: Revisão Editora e as estratégias da intolerância (1987-2003)
Autor: Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus
Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site http://www.editoraunesp.com.br/
Pluricom Comunicação Integrada
pluricom@pluricom.com.br
http://www.pluricom.com.br/
Livro: Os Assassinos da Memória. O Revisionismo na História
Autor: Pierre Vidal-Naquet
Livro: Anti-semitismo, integralismo, neo-nazismo
Autor: Werner Nehab
Livro: Sol Negro
descrição: cultos arianos, nazismo esotérico e as políticas de identidade
Autor: Nicholas Goodrick-Clarke
Livros em espanhol: |
Livro: De Auschwitz a Berlín. Alemania y la extrema derecha, 1945-2004
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livro: El Extremismo Político en Alemania
Autor: Jürgen W. Falter
Livro: Neofascistas. Democracia y extrema derecha en Francia e Italia
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livro: Los Crimenes del Odio: Violencia Skin y Neonazi En España
Autor: Esteban Ibarra
Livro: Por qué Le Pen
Autor: Ferran Gallego Margalef
Livros em inglês: |
Livro: Denying the Holocaust
Autora: Deborah Lipstadt
Livro: Denying History
Autores: Michael Shermer
Livro: From The Protocols Of Zion To Holocaust Denial Trials
Subtítulo: Challenging The Media, The Law And The Academy
Editores: Debra Kaufman, Gerald Herman, James Ross, David Phillips, Jennifer Fagen
Livro: Inside Organized Racism: Women in the Hate Movement
Autora: Kathleen M. Blee
Livro: The Racial Thinking of Richard Wagner
Autor: Leon Stein
Livro: The Dreyfus Affair
Autor: Leslie Derfler
Livro: Inside the Nation of Islam: A Historical and Personal Testimony by a Black Muslim
Autor: Vilbert L. White Jr.
Livro: Contemporary British Fascism: The British National Party and the Quest for Legitimacy
Autor: Nigel Copsey
Livro: One Aryan Nation Under God: How Religious Extremists Use the Bible to Justify Their Actions
Autor: Jerome Walters
Livro: Into a World of Hate: A Journey Among the Extreme Right
Autor: Nick Ryan
Livro: Hate and the "Jewish Science": Anti-Semitism, Nazism, and Psychoanalysis
Autor: Stephen Frosh
Livro: Promoting and Producing Evil (At the Interface/Probing the Boundaries)
Autor: Nancy Billias
Livro: A Hundred Little Hitlers: The Death of a Black Man, the Trial of a White Racist, and the Rise of the Neo-Nazi Movement in America
Autor: Elinor Langer
Livro: Into the Devil's Den: How an FBI Informant Got Inside the Aryan Nations and a Special Agent Got Him Out Alive
Autores: Dave Hall, Tym Burkey, Katherine Ramsland
Livro: Blood in the Face: The Ku Klux Klan, Aryan Nations, Nazi Skinheads, and the Rise of a New White Culture
Autor: James Ridgeway
Livro: The Politics of Righteousness: Idaho Christian Patriotism Autor: James Alfred Aho
Livro: Christian Identity: The Aryan American Bloodline Religion (Paperback)
Autor: Chester L. Quarles
Livro: Understanding Terrorism in America: From the Klan to Al Qaeda
Autor: Christopher Hewitt
Livro: Hitler's Priestess: Savitri Devi, the Hindu-Aryan Myth, and Neo-Nazism
Autor: Nicholas Goodrick-Clarke
Livro: Inside Organized Racism: Women in the Hate Movement
Autora: Kathleen M. Blee
Livro: The Borderlands of Science: Where Sense Meets Nonsense
Autor: Michael Shermer
Livro: Why People Believe Weird Things: Pseudoscience, Superstition, and Other Confusions of Our Time
Autor: Michael Shermer
Livro: The War Complex: World War II in Our Time
Autora: Marianna Torgovnick
Livro: Crises of Memory and the Second World War
Autora: Susan Rubin Suleiman
_____________________________________________
LIVROS SOBRE RACISMO (1) E ANTISSEMITISMO (1.1)
(1) RACISMO
Livros em português: |
Livro: Humanidade Sem Raças?
Autor: Sergio D. J. Pena
Resenha sobre o livro
Livro: Racismo E Antirracismo No Brasil
Autor: Antônio Sérgio Alfredo Guimarães
Livro: Racismo No Brasil
Organizadores: Gevanilda Gomes Santos, Maria Palmira da Silva
Livro: Racismo No Brasil
Autor: Lilia Moritz Schwarcz
Livro: Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro
Autor: Thomas E. Skidmore
Livro: Psicologia Social Do Racismo
Autor: Maria Aparecida Silva Bento
Organizador: Iray Carone
Livros em espanhol: |
Livro: Reflexión ética sobre el racismo y la xenofobia: fundamentos teóricos
Autor: Alberto Hidalgo Tuñón
Livro: Genealogia del Racismo (Coleccion Caronte Ensayos)
Autor: Michel Foucault
Livro: Raza, nación y clase
Autores: Immanuel Wallerstein, Etienne Balibar
Livro: Etnicidad Raza Y Equidad En America Latina
Autor: Alvaro Bello Marta Rangel
Livro: Teorías contemporáneas de la etnicidad: Stuart Hall y Michel Foucault
Autor: Eduardo Restrepo
Livro: El cabecita negra
Autor: Hugo E Ratier
Livro: La bioetica. Una disciplina adolescente
Autor: Vera Jose Miguel
Livro: Etica de la Investigacion en seres humanos y politicas de salud
Autor: Genoveva Keyeux, Victor Penchaszadeh, Alya Saada
Livro: Genetica Humana: Fundamentos y Aplicaciones En Medicina 2da ed
Autor: Alberto Juan Solari
Livro: Genética de Poblaciones Humanas
Autor: Francisco Rothhammer
Livro: Breve Historia Del Racismo
Autor: Christian Geulen
Livros em inglês: |
Livro: David Duke and the Politics of Race in the South
Autor: John C. Kuzenski, Charles S. Bullock III, Ronald Keith Gaddie
Livro: Racism: A Short History
Autor: George M. Fredrickson
Livro: Racism: A Very Short Introduction (Very Short Introductions)
Autor: Ali Rattansi
Livro: Racism in a Racial Democracy: The Maintenance of White Supremacy in Brazil
Autor: France Winddance, Twine
Livro: Dreaming Equality: Color, Race, and Racism in Urban Brazil
Autor: Robin E. Sheriff
Livro: "Race" and Racism: The Development of Modern Racism in America
Autor: Richard Perry
Livro: Whiteness of a Different Color: European Immigrants and the Alchemy of Race
Autor: Matthew Frye Jacobson
Livro: Racism And Anti-Racism In Europe
Autor: Alana Lentin
Livro: White Racism (2nd Edition)
Autor: Joe R. Feagin, Pinar Batur, Hernan Vera
Livro: Racism
Editores: Martin Bulmer, John Solomos
Livro: Racism Matters
Autor: W. D. Wright
Livro: Encyclopedia of Race And Racism (3 Volume Set)
Autor: John Moore
Livro: Nations without States: A Historical Dictionary of Contemporary National Movements
Autor: James Minahan
Livro: Racism in the 21st Century: An Empirical Analysis of Skin Color
Autor: Ronald Hall
Livro: Theories of Race and Racism: A Reader (Routledge Student Readers)
Autor: John Solomos
Livro: Racism in Europe: 1870-2000 (European Culture & Society Series)
Autor: Neil MacMaster
Livro: Census and Identity: The Politics of Race, Ethnicity, and Language in National Censuses (New Perspectives on Anthropological and Social Demography)
Autor: David I. Kertzer, Dominique Arel
Livro: White Identities: A Critical Sociological Approach
Autores: Simon Clarke, Steve Garner
Livro: Race Over Grace: The Racialist Religion of the Christian Identity Movement
Autor: Charles H. Roberts
Livro: Religion and the Racist Right: The Origins of the Christian Identity Movement
Autor: Michael Barkun
Livro: The Columbia Documentary History of Race and Ethnicity in America
Autor: Ronald H. Bayor
Livro: Impurity of Blood: Defining Race in Spain, 1870-1930
Autor: Joshua Goode
(1.1) ANTISSEMITISMO
Livros em português: |
Livro: O anti-semitismo na Era Vargas
Autor: Maria Luiza Tucci Carneiro
Livros em espanhol: |
Livro: El antisemitismo en España. La imagen del judío
Autor: Gonzalo Alvárez Chillida
Livros em inglês: |
Livro: Antisemitism and Xenophobia in Germany after Unification
Autores: Hermann Kurthen, Werner Bergmann, Rainer Erb
Livro: The Lure of Anti-Semitism (Jewish Identities in a Changing World)
Autor: M. Wieviorka
Livro: The Devil and the Jews: The Medieval Conception of the Jew and Its Relation to Modern Anti-Semitism
Autor: Joshua Trachtenberg
Livro: From Prejudice to Persecution: A History of Austrian Anti-Semitism
Autor: Bruce F. Pauley
Livro: The Jews as a chosen people: tradition and transformation
Autora: S. Leyla Gürkan
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domingo, 13 de setembro de 2009
Humanidade Sem Raças? - Libelo contra o racismo
Livro sistematiza argumentos do geneticista Sergio Pena pela desracialização da humanidade
Por: Bernardo Esteves
O geneticista Sergio Pena, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é uma referência nacional na discussão da questão racial. Ele tem vindo a público com freqüência para mostrar como a visão da humanidade dividida em raças, cristalizada em parte da sociedade, é totalmente incompatível com as descobertas recentes da genética. Pena acaba de voltar a esse debate com o lançamento do livro Humanidade sem raças?
A obra, um verdadeiro manifesto contra o racismo, reúne os veementes argumentos do geneticista para combater a racialização da humanidade. Essa discussão não é novidade para os leitores de “Deriva Genética”, a coluna que o autor publica na segunda sexta-feira do mês na CH On-line – a denúncia da inexistência das raças do ponto de vista biológico é um tema recorrente em seus textos.
A novidade de Humanidade sem raças? é reunir os argumentos de Pena e sistematizá-los em um discurso coeso, além de trazer novas considerações e discussões detalhadas de vários exemplos históricos. O livro consolida o pensamento sobre a questão racial que o geneticista vem amadurecendo ao longo de anos, em suas colunas, artigos na imprensa e palestras pelo país afora.
Genealogia do racismo
Para levar a cabo seu raciocínio, Pena propõe retraçar uma genealogia do racismo – conceito que, assim como a própria noção de “raça” é uma construção humana relativamente recente. A divisão da humanidade em raças, explica ele, remonta ao início do século 18 – o naturalista sueco Carl Linnaeus I(1707-1778) foi o primeiro a propor tal classificação formal. Essa visão deu origem ao racismo científico no século 19, em que alguns cientistas condenaram a mistura das raças, o que culminou com a nefasta experiência da eugenia nazista no século 20.
Ao final da Segunda Guerra, continua o autor, surgiu um novo modelo, que propunha dividir a humanidade em populações. Embora partisse de premissas menos condenáveis, ele acabou perpetuando a ideologia do racismo ao se converter em um modelo “populacional de raças”. O problema persistia.
Pena propõe uma mudança de paradigma que permita superar essa visão, socialmente perniciosa e biologicamente equivocada. O autor é muito feliz ao mostrar como a única divisão da humanidade que a genética permite embasar é em seis bilhões de indivíduos. Ou “cada homem é uma raça”, como bem resumiu o escritor moçambicano Mia Couto, que Pena gosta de citar.
Sociedade desracializada
Lembrando a seu leitor que não há “natureza humana” fixa e preestabelecida, o geneticista convida-o a juntar-se a ele na luta pelo fim do racismo. “Devemos fazer todo esforço possível para construir uma sociedade desracializada, na qual a singularidade do indivíduo seja valorizada e celebrada e na qual exista a liberdade de assumir, por escolha individual, uma pluralidade de identidades”, conclama.
Humanidade sem raças? é um livro breve, com 63 páginas de texto, que pode ser lido de uma só sentada. É uma leitura contundente, que assume ares de dever cívico nas circunstâncias atuais. Num momento em que a discussão sobre as cotas raciais para universidades volta à esfera pública, os argumentos de Sergio Pena são essenciais para alimentar o debate sobre a questão racial no Brasil.
Livro: Humanidade Sem Raças?
Autor: Sergio D. J. Pena
Páginas: 72
Bernardo Esteves
Ciência Hoje On-line
Fonte: Instituto Ciência Hoje
http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/libelo-contra-o-racismo
Ver também:
Será que existem raças humanas? Investigadores do Instituto Gulbenkian respondem
Por: Bernardo Esteves
O geneticista Sergio Pena, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é uma referência nacional na discussão da questão racial. Ele tem vindo a público com freqüência para mostrar como a visão da humanidade dividida em raças, cristalizada em parte da sociedade, é totalmente incompatível com as descobertas recentes da genética. Pena acaba de voltar a esse debate com o lançamento do livro Humanidade sem raças?
A obra, um verdadeiro manifesto contra o racismo, reúne os veementes argumentos do geneticista para combater a racialização da humanidade. Essa discussão não é novidade para os leitores de “Deriva Genética”, a coluna que o autor publica na segunda sexta-feira do mês na CH On-line – a denúncia da inexistência das raças do ponto de vista biológico é um tema recorrente em seus textos.
A novidade de Humanidade sem raças? é reunir os argumentos de Pena e sistematizá-los em um discurso coeso, além de trazer novas considerações e discussões detalhadas de vários exemplos históricos. O livro consolida o pensamento sobre a questão racial que o geneticista vem amadurecendo ao longo de anos, em suas colunas, artigos na imprensa e palestras pelo país afora.
Genealogia do racismo
Para levar a cabo seu raciocínio, Pena propõe retraçar uma genealogia do racismo – conceito que, assim como a própria noção de “raça” é uma construção humana relativamente recente. A divisão da humanidade em raças, explica ele, remonta ao início do século 18 – o naturalista sueco Carl Linnaeus I(1707-1778) foi o primeiro a propor tal classificação formal. Essa visão deu origem ao racismo científico no século 19, em que alguns cientistas condenaram a mistura das raças, o que culminou com a nefasta experiência da eugenia nazista no século 20.
Ao final da Segunda Guerra, continua o autor, surgiu um novo modelo, que propunha dividir a humanidade em populações. Embora partisse de premissas menos condenáveis, ele acabou perpetuando a ideologia do racismo ao se converter em um modelo “populacional de raças”. O problema persistia.
Pena propõe uma mudança de paradigma que permita superar essa visão, socialmente perniciosa e biologicamente equivocada. O autor é muito feliz ao mostrar como a única divisão da humanidade que a genética permite embasar é em seis bilhões de indivíduos. Ou “cada homem é uma raça”, como bem resumiu o escritor moçambicano Mia Couto, que Pena gosta de citar.
Sociedade desracializada
Lembrando a seu leitor que não há “natureza humana” fixa e preestabelecida, o geneticista convida-o a juntar-se a ele na luta pelo fim do racismo. “Devemos fazer todo esforço possível para construir uma sociedade desracializada, na qual a singularidade do indivíduo seja valorizada e celebrada e na qual exista a liberdade de assumir, por escolha individual, uma pluralidade de identidades”, conclama.
Humanidade sem raças? é um livro breve, com 63 páginas de texto, que pode ser lido de uma só sentada. É uma leitura contundente, que assume ares de dever cívico nas circunstâncias atuais. Num momento em que a discussão sobre as cotas raciais para universidades volta à esfera pública, os argumentos de Sergio Pena são essenciais para alimentar o debate sobre a questão racial no Brasil.
Livro: Humanidade Sem Raças?
Autor: Sergio D. J. Pena
Páginas: 72
Bernardo Esteves
Ciência Hoje On-line
Fonte: Instituto Ciência Hoje
http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/libelo-contra-o-racismo
Ver também:
Será que existem raças humanas? Investigadores do Instituto Gulbenkian respondem
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