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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Filme: "Holocausto Brasileiro" mostra barbárie em hospital psiquiátrico em Minas Gerais

Baseado no livro homônimo de Daniela Arbex, novo documentário da HBO estreia neste domingo (20) e choca por realidade desconhecida

Depois de inspirar uma série de reportagens e um livro, a história do Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais, é tema do documentário "Holocausto Brasileiro", que estreia neste domingo (20), às 21h, no canal MAX.
Divulgação/HBO: "Holocausto Brasileiro" mostra caso
do Hospital Colônia de Barbacena, onde 60 mil pessoas morreram
Baseado no livro homônimo de Daniela Arbex, "Holocausto Brasileiro" conta o que acontecia nos muros do Colônia, que tratava de pacientes com supostos problemas mentais. Cerca de 60 mil pessoas morreram no hospital durante seus 80 anos de funcionamento.

"Muita gente da minha geração não conhecia essa história, então achei importante contar", explicou a diretora em entrevista ao iG. Ela assina o documentário com Alessandro Arbex e a equipe da HBO Latin America.

O filme demorou dois anos para ser produzido, entre 2013 e 2015, e traz depoimentos emocionantes de sobreviventes do hospital. "Não dá para contar uma história dessas sem se tocar", confessou Daniela sobre a produção do documentário. Na época em que ela começou a série de reportagens sobre o Colônia para o jornal Tribuna de Minas, em 2011, a jornalista tinha acabado de ser mãe pela primeira vez. "Mexeu muito comigo ver as histórias daquelas mulheres que tiveram seus filhos tirados delas", admitiu.

O documentário mostra com detalhes as condições as quais as pessoas internadas no Colônia eram submetidas. Entrevistas com funcionários do hospital e jornalistas que acompanharam a situação de perto são a base para o filme, que faz revelações chocantes, como as de que centenas de pessoas morreram de fome na instituição e de que os pacientes chegaram a beber esgoto por não terem água limpa.

Reprodução: O Hospital Colônia de Barbacena,
em Minas Gerais, é o cenário de "Holocausto Brasileiro"
Para a jornalista, o filme serve para documentar a memória das pessoas que sofreram no hospital. Muitas das pessoas que seriam entrevistadas morreram durante a produção do documentário, enquanto outras que aparecem na tela nunca chegarão a assisti-lo. Um deles é o maquinista do trem que levava os internos até Barbacena. "Era o sonho dele estar em um filme", lamenta a diretora sobre o personagem da entrevista que abre "Holocausto Brasileiro", que morreu antes de conseguir ver o filme.

Mexendo no vespeiro

Quando começou a explorar a história do hospital, Daniela Arbex sabia que o tema poderia causar bastante barulho, mas não tinha ideia da grandeza que ele tomaria. "Eu sabia que era uma história grandiosa, mas o filme foi a grande surpresa", contou. Quando a série de reportagens foi publicada, a jornalista lembra de ter recebido milhares de e-mails de pessoas que tiveram parentes internados em Barbacena.

O crescimento da história também tornou o trabalho de Arbex mais difícil. Seu caminho foi se complicando à medida que o caso do Colônia ganhava mais atenção. "Fui muito bem recebida para fazer a matéria, o governo de Minas Gerais até me passou alguns contatos para as entrevistas. Mas quando fui retomar o caso para escrever o livro, passei a incomodar", disse. "O problema maior foi para fazer o filme", contou a diretora, que passou dois meses em Barbacena produzindo o documentário. "As pessoas da cidade não gostavam da gente lá."

Além do Brasil, "Holocausto Brasileiro" também será exibido pela HBO em toda a América Latina. Para Daniela Arbex, isso cumpre seu compromisso com a história. Além do livro ter sido adotado em cursos de ensino fundamental e médio, a jornalista levará o caso do Hospital Colônia de Barbacena para todo o País e o exterior. "O filme é incrível, a gente sabe o potencial dele, e espero que tenha um caminho lindo", disse a diretora.

"Holocausto Brasileiro" mostra barbárie em hospital psiquiátrico em Minas Gerais
Por Caio Menezes | 20/11/2016 09:00

Fonte: Portal IG
http://gente.ig.com.br/cultura/2016-11-20/holocausto-brasileiro.html
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Acréscimo:

Um pequeno adendo (pequena introdução) ao documentário e livro, lembro de uma matéria que tratava do assunto feita pelo Goulart de Andrade sobre um Hospital psiquiátrico em Juqueri (https://www.tvgazeta.com.br/videos/goulart-de-andrade-em-juqueri/). Mais sobre a matéria conferir aqui. Sempre que vejo algo sobre o livro ou documentário desse livro da Daniela Arbex lembro dessa matéria no Juqueri que me impactou profundamente (provocou um ódio profundo das classes dominantes deste país, do desprezo deles pela vida humana, do higienismo ideológico nazi-liberal dessa gente, gente bárbara, asquerosa, gente da pior espécie, sempre que olho as imagens me causa nojo da classe dominante deste país, da perversão pela qual são "fabricados"). Esses hospitais psiquiátricos parecem/pareciam campos de concentração, literalmente.

Eu ia divulgar o livro "Holocausto brasileiro" (Daniela Arbex) no ano em que saiu (acho que em 2013), mas devidos aos altos e baixos do país (com um golpe no meio, sabotagens etc, e um certo desânimo), foi ficando pra depois, depois... e acabou por não se mencionar antes o livro, e agora o documentário sobre o livro. Mas antes tarde que nunca.

O documentário "Holocausto brasileiro" (procurem pelo Youtube, se não tirarem do ar) mostra a outra face do Brasil, a que a "propaganda oficial" do país não mostra pro mundo, pois colocaria abaixo a imagem de "país cordial", "pacato", "diferente de todos os outros" que a propaganda oficial do país costuma vender, e que acaba por acobertar os inúmeros crimes, desrespeitos e brutalidade que ocorrem corriqueiramente no país pelas pessoas "cordiais" do país e aparato burocrático/privado.

Um país que trata doentes mentais desta forma como a relatada nesses documentários e livro, mostra na realidade um país não muito diferente de uma Alemanha nazi, o princípio de internamento dessas pessoas era o mesmo usado no nazismo, e por 80 longos anos (o regime nazi durou 12 anos). Até a escala de mortes é parecida.

A quem quiser ler mais: Doentes mentais e o Nazismo

Há alguns puristas ou fanáticos religiosos (cheios de melindre, serei sincero, não gosto de quem mistura crença religiosa com questões desse tipo, não gosto de fanático religioso) que não gostam que usem a palavra "Holocausto" pro livro e pro documentário.

Sinceramente, sacralizar uma palavra ou confinar a mesma a um episódio histórico é uma postura bem perigosa (e egoísta também) e que em nada ajuda no entendimento dessas questões, até porque o termo mais adequado pro que houve na segunda guerra é genocídio. Não vou entrar aqui na discussão do surgimento e adoção/uso do termo Holocausto pro genocídio nazista, no blog tem explicação pra isso em posts antigos (clique aqui). Também não tenho o menor interesse em que melindra com supostas "ofensas" sobre uso do nome, não acredito nessas ofensas e sim em uma postura fanática, autoritária e possessiva.

Não vou me alongar mais, leiam a matéria sobre o filme (esta introdução ficaria no começo do post mas resolvi pôr no fim pra não atrapalhar a leitura).

Entrevista com a autora: Livros 63: Holocausto Brasileiro - Daniela Arbex

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os árabes que lutaram contra Franco

O jornalista palestino Najati Sidki
Um documentário resgata do esquecimento os mais de mil árabes que se juntaram ao grupo republicano e reivindica sua memória frente às tropas moras de Franco.

O filme, em sua fase final de produção, reconstrói os passos de um palestino que pagou sua luta na Espanha com o desterro e a dispersão familiar

FRANCISCO CARRIÓNEl; Cairo
fcarrionmolina
02/05/2016 19:45

"Vim defender a liberdade no Front de Madrid. Para defender Damasco em Guadalajara, Jerusalém em Córdoba, Bagdá em Toledo, o Cairo em Cádis e Tetuão em Burgos". O jornalista Najati Sidki, palestino e comunista, desembarcou na Espanha de 1936 com a determinação de lutar contra Franco e suas tropas mouras. Sua vida, marcada também pela II Guerra Mundial e pela tragédia do povo palestino, centra agora um documentário que trata de resgatar do esquecimento as centenas de árabes que se juntaram ao grupo republicano.

A cineasta egípcia Amal Ramsis (Cairo, 1972) chegou até Sidki "por pura casualidade" depois de uma longa e frequentemente infrutuosa pesquisa que começou mais de uma década. "Li um artigo sobre a participação árabe na Guerra Civil e comecei a puxar o fio. Saíram muitos nomes, datas e lugares de chegada mas me faltava uma história que proporcionasse um enfoque pessoal", relata ao EL MUNDO Ramsis a partir de um restaurante central do Cairo. E então se fez a luz. "Em 2008 topei com as memórias de Sidki e encontrei o rosto que necessitava pra história".

Em plena ensambladura, o documentário "You come from far away" ("Vim de longe", em espanhol) reconstrói os passos do intelectual e secretário do Partido Comunista Palestino desde sua viagem à península ibérica em 1936 e oferece testemunho de uma realidade desconhecida, sepultada pela terrível recordação dos soldados marroquinos do exército da África que Franco somou a sua sublevação. "Sidki tentou dirigir-se a eles. Baixou no Front de Córdoba e lhes pediu que se unissem ao bando republicano. Poucos lhe escutaram e os que o fizeram não foram bem recebidos", reconhece Ramsis, autora de documentários como "Vida" (2008), "Proibido" (2011) e "O rastro da mariposa" (2014).

"Cheguei - escreve Sidki em suas memórias - à bela e espetacular Barcelona, capital da Catalunha. Comecei a passear por suas amplas avenidas. De repente, encontrei-me com um grupo de milicianos. Seu chefe, achando que eu fosse espanhol, aproximou-se e me disse em castelhano: "Por que não te unes a nós?" Sorrindo lhe repliquei em francês: "Sou um voluntário árabe e vim defender a liberdade no front de Madrid. Para defender Damasco em Guadalajara, Jerusalém em Córdoba, Bagdá em Toledo, o Cairo em Cádis e Tetuão em Burgos".

Najati Sidki, com suas duas filhas
O jornalista - o nome que pôs voz aos alistados árabes que se juntaram a outros milhares de brigadistas estrangeiros que participaram em uma contenda alheia - sobreviveu à derrota e teve duas filhas que hoje são as testamenteiras de sua memória. "Cheguei até Hind, sua filha mais nova que vive na Grécia, e me dei conta de que o testemunho era maior do que havia imaginado. A família de Sidki condensa a história do último século, desde a Nakba (a catástrofe que em 1948 se supõe o exílio forçado de ao menos 750.000 palestinos de suas terras) passando pela II Guerra Mundial ou a guerra civil libanesa", detalha a ditadura do filme.

Alcançada pela ladainha de acontecimentos históricos que desfilaram pelo século XX, a tragédia familiar de Sidki havia permanecido até agora escondida. "Nem sequer fora escrita. Este documentário supõe também um descobrimento dessa vida marcada pelo contexto político espanhol", argui Ramsis. Perdida toda a esperança de defender a República, Sidki teve que fazer frente a outro afundamento. Sua filha Dulia, nascida três anos antes do início da refrega, cresceu em Moscou aleijada de sua família. Durante mais de 20 anos o jornalista apenas teve notícias de sua primogênita.

"Sidki pagou assim não estar de acordo com a posição do Partido Comunista Espanhol a respeito do colonialismo no norte da África", desvela a documentarista. "Ele era, acima de tudo, uma mente livre. Fez pública sua opinião e foi castigado por isso. Expulsaram-lhe do partido e jamais regressou à Rússia. Sua filha mais velha não pode abandonar Moscou e só voltaram a se ver décadas depois em Beirute, que chegou depois de deixar a Palestina em 1948 e onde viveu até a guerra civil. Terminou morrendo na Grécia junto de sua filha mais nova", acrescenta Ramsis.

O documentário reúne o relato das duas irmãs em um contra-relógio contra o esquecimento. "Filmei material durante anos. Pesquisei o fenômeno com uma ajuda da fundação Euroárabe em Granada e deixei congelado o projeto durante a revolução egípcia. O ano passado recebi uma chamada da filha mais nova de Sidki. Disse-me: "Se quer terminar esta história, tens que ir à Moscou de imediato porque minha irmã está perdendo a memória", evoca a cineasta. Na capital da extinta União Soviética se fechou o círculo. "É a vítima de toda a história. A que viveu o desarraigamento e a que tem identidade mista", admite Ramsis. Dulia, com 83 primaveras, e nem sequer balbucia o árabe.

Dulia, a filha mais velha de Najati Sidki
As vicissitudes de Sidki e de seus descendentes são só um fragmento de uma crônica alinhavada por mais de mil árabes chegados da Argélia, Líbano, Marrocos, Arábia Saudita, Egito ou Iraque que entrelaçaram suas vidas ao cruel destino das duas Espanhas. Alguns caíram em combate, outros desapareceram e outros tantos regressaram a sua terra nativa. A todos lhes venceu a desmemória que ditaram quatro décadas de ditadura. "Há uma anedota sobre esta participação árabe. Em 2003 quando um grupo de espanhóis partiu até Bagdá para mostrar sua solidariedade com o povo iraquiano, desconheciam que havia iraquianos entre aqueles que defenderam a República espanhola", indica a realizadora. O filme, terminado na metade dos clarões dos refugiados que chegam às portas da Europa, também convida à reflexão.

"Sidki e seus camaradas árabes não vieram como refugiados. Não vieram para solicitar asilo senão para apoiar os europeus em sua luta contra o fascismo. Para aqueles as fronteiras estavam abertas para todo o mundo. Não é só um documentário que trata de história passada senão que quer falar do significado das fronteiras antes e agora e lutar contra os estereótipos que se associam ao mundo árabe. Esses rostos demonstram que há gente que não pensava na religião e que tratavam de fazer um mundo melhor. A solidariedade com o povo espanhol também serviu para a liberação dos árabes", conclui Ramsis.

Fonte: El Mundo (Espanha)
http://www.elmundo.es/cultura/2016/05/02/57278d0d22601d95368b4670.html
Título original: Los árabes que lucharon contra Franco
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 19 de julho de 2015

Documentário - Racismo: uma história [BBC] (Darwinismo social e eugenia)

O título do vídeo no Youtube está como "BBC] Racismo Científico Darwinismo Social e Eugenia [DUBLADO]", por isso fiz o acréscimo no título do post como um "subtítulo", mas os dois temas citados no título são tratados no documentário "Racismo: uma História" (nome original do documentário). Este está dublado em português. Pra quem quiser entender como o racismo, como ideologia e construção social, foi estruturado (já que muita gente não vai procurar um livro sério, ensaio etc sobre o assunto pra ler), vale a pena assistir o documentário. Isso se o Youtube não remover o vídeo pela turma do "copyright".

Observando a quantidade de comentários, por assim dizer, estúpidos, que abundam na internet (de forma geral) quando se toca no assunto preconceito e racismo, dá pra notar que o analfabetismo científico de boa parte da população é grande e isso é muito grave. Isso é proveniente, sobretudo, do mau ensino do assunto nas escolas do país, que nem exibir um documentário como esse costuma fazê-lo.

Serei obrigado a colocar links dos verbetes da Wikipedia em espanhol (e mesmo esses encontram problemas pois não há o rigor dos verbetes em inglês e grupos de extrema-direita "liberal" os alteram negando e distorcendo informações) porque, como ressaltei entre parênteses pra parte espanhola da Wikipedia, pessoas adulteraram verbetes da Wikipedia em português sobre alguns desses temas como o "Darwinismo social" pra negar e distorcer fatos porque afetam a "imagem" idealizada que eles usam pra defender doutrina política. Só como exemplo, consta que Herbert Spencer, darwinista social (um dos pais desse racismo ideológico) era "crítico" do Darwinismo social, isso é falso. Eu consigo reparar a distorção fácil, mas a maioria vai reparar quando lerem o verbete pela primeira vez? Obviamente, não.

O termo "liberal" citado aqui não tem a mesma conotação que o termo pode ter em outros países. Inclusive eu coloco "aspas" no termo pra destacar a crítica. O que se passa é que vários reacionários brasileiros, gente de extrema-direita (autoritários e sectários), que se diz "democrata" e "negar" o fascismo (dizem que são "contra", 'pero no mucho'), fazem campanhas de negação desses assuntos em cima de uma população/massa altamente sugestionável (mal instruída) que não tem o hábito de verificar ou ler fontes (que prestem). Não sabem distinguir um site/verbete manipulado de uma informação correta (com boas referências). Desculpando o prolongamento do texto de apresentação mas é importante destacar essas questões, ficará mais fácil compreender o vídeo.

Verbete de: Darwinismo social

No próprio verbete em espanhol sobre "Herbert Spencer" (darwinista social, um dos principais), algum liberal (como suspeitava, ao menos deixou o link) de algum desses "Mises Institute", adulterou o verbete colocando isso: "esta afirmación ha sido historiográficamente cuestionada.1". "Questionada" por um site que defende a figura do Spencer por afinidade ideológica com esse pensamento. Esses caras são uma piada (de mau gosto).

Verbetes de: Eugenia, Eugenesia, Eugenesia Nazi, Eugenesia liberal, Eugenesia en Estados Unidos, Movimento eugênico brasileiro, Higiene Racial (proveniente do "Higienismo social")

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Hitler era viciado em metanfetamina

Novo estudo: Hitler tomava metanfetamina. Investigador analisou documentos que datam do final da Segunda Guerra Mundial e concluiu que o líder nazi tomava esta droga estimulante do sistema nervoso central

Adolf Hitler tomava regularmente metanfetamina. Esta é a conclusão de um novo estudo que analisou uma série de entrevistas e relatórios elaborados pelos serviços de inteligência dos Aliados da Segunda Guerra Mundial e pelo próprio médico do líder nazi.

Mais, a investigação indica ainda que, ao contrário do que alegam os mitos, Hitler não era homossexual e não tinha apenas um testículo.

Bill Panagopoulos, o autor da investigação, teve acesso a uma série de documentos que datam do final da Segunda Guerra Mundial e que foram elaborados por membros dos serviços de inteligência dos Aliados. Por sua vez, para a elaboração desses documentos, os Aliados falaram, na altura, com um dos médicos de Hitler, o doutor Morrel.

O relatório da investigação inclui 47 páginas e avança que Hitler tomava pelo menos 74 medicamentos diferentes. No rol de medicamentos tomados estava a metanfetamina de cristal, uma droga que atua como estimulante do sistema nervoso central e que podem provocar perda de memória, comportamentos psicóticos e alterações no cérebro e no coração.

Panagopoulos explica que, segundo os documentos, Hitler tomou metanfetamina antes de ter reunido com Mussolini, no verão de 1943, e que nesse dia não terá parado de falar durante aproximadamente duas horas. Durante os seus últimos dias no "bunker" de Berlim, o "Führer" também terá consumido a droga pelo menos nove vezes.

O investigador afirma que o médico de Hitler era um charlatão e critica as suas prescrições.

"Morell era um charlatão, uma fraude. Não deveria ter exercido em qualquer outro lugar senão numa clínica veterinária. Algumas (das drogas) que ele receitava eram inócuas, mas outras eram venenosas", declarou Panagopoulos ao "Daily Express".

Além das novidades apresentadas no relatório, este também desmente os mitos em torno da sexualidade de Hitler. Segundo os documentos analisados, o líder não era homossexual nem tinha apenas um testículo. A investigação alega que, numa nota que remonta a 1945, lê-se que Hitler "não era pervertido nem homossexual. Os seus órgãos sexuais não mostram nenhum indício de anormalidade".

Estas novas conclusões vão servir de base a um programa especial sobre o tema, que será emitido no canal inglês "Channel 4", dia 19 de outubro, às 20:00. No entanto, há quem já tenha demonstrado alguma desconfiança em relação a estes novos indícios, alegando que se pode tratar apenas de uma estratégia para dar audiência ao programa.

Por: Redação/SS; 13 de Outubro às 15:31

Fonte: TVI24 (Portugal)
http://www.tvi24.iol.pt/acredite-se-quiser/adolf-hitler/hitler-tomava-metanfetamina-segundo-novo-estudo

segunda-feira, 31 de março de 2014

A aventura de Josef Mengele na América do Sul (filme)

No terceiro e penúltimo dia da Mostra de Cinema Judaico (29/03), o argentino Wakolda ("O Médico Alemão"), de Lucia Puenzo, é um dos pontos altos. O filme, que passou pela A Certain Regard do Festival de Cannes em 2012, mostra as experiências desenvolvidas por um estranho médico na Patagônia nos anos 60.

O filme remete a um contexto histórico muito familiar aos sul-americanos: o refúgio de nazis foragidos dos aliados após o fim da 2ª Guerra Mundial. Alguns, como Adolf Eichmann, não tiveram sorte e, no caso deste ex-administrador de Auschwitz, foi sequestrado em plena Buenos Aires pela Mossad e executado em Israel. Já o sinistro Mengele deu-se melhor: acusado de experiências abomináveis com seres humanos durante a guerra, acabou por conseguir fugir sempre e terminou seus dias a viver pacificamente no litoral do Brasil, onde viria a morrer afogado em 1979.

A Wakolda do título original é uma menina que tem um problema: é muito mais pequena do que todas as outras pré-adolescentes da sua idade. Após infiltrar-se no seio da família dela, um misterioso médico vai tentando convencê-los a deixar submete-la a um método supostamente científico para ajudá-la a crescer.

A exibição do filme é precedida pela singular curta-metragem da Bielorrússia Shoes, que em poucos minutos, sem diálogos e sem mostrar rostos, filmando apenas os pés e as pernas dos "personagens", recria uma tragédia da 2ª Guerra.

Outro destaque na programação deste sábado é o documentário Os Judeus e o Dinheiro – Investigação de um Mito, que será seguido de um debate. Partindo de um homicídio que chocou a França em 2006, quando foi encontrado o cadáver de um jovem que havia sido sequestrado e torturado brutalmente durante vários dias, o realizador Lewis Cohen vai investigar um dos mais duradouros mitos relacionados com os judeus – a sua riqueza.


Ligando presente e passado, Cohen evita a superficialidade dos telejornais e dá ao crime, aparentemente cometido contra aquele jovem porque pensavam que ele, por ser judeu, "tinha dinheiro" (na verdade era o proprietário de uma pequena loja de telemóveis*), uma dimensão diferente. Para isso mergulha no passado para encontrar a origem deste mito – contando para isso com comentários de Jacques Le Goff, um dos maiores medievalistas de sempre, além de outros historiadores.

Já O Casamenteiro, de Avi Nesher, que teve no ano passado o seu trabalho mais recente exibido em Portugal, The Wonders, foi um grande sucesso em Israel, enquanto o alemão Os Vivos e os Mortos traz uma jovem em peregrinação por vários países em busca da sua identidade – o que a vai levar até a 2ª Guerra Mundial e o holocausto.

Fora do âmbito do cinema, a Judaica terá uma homenagem a Jan Karski, que contará com a presença do embaixador da Polônia. Karski foi um judeu polaco que durante a 2ª Guerra teve como missão de um grupo de resistência aos nazis um périplo por diversos países para alertar seus governos de que o holocausto estava a acontecer na Alemanha.

Fonte: c7nema.net (site)
http://www.c7nema.net/artigos/item/41263-judaica-a-aventura-de-josef-mengele-na-america-do-sul.html

*telemóvel: é como chamam telefone celular em Portugal

Observação: coloquei mais este texto por conta da citação do documentário do Lewis Cohen "Os judeus e o dinheiro" que desconhecia até ler o texto acima. Gosto de documentários que abordam a origem dos preconceitos mostrando como se formam os estereótipos e o que há de "verdades" nos mesmos, o rapaz morto era um vendedor de celular na França e foi sequestrado e morto porque a gangue que o fez achava que ele seria rico por ser judeu, seguindo à risca um estereótipo sem nem se questionarem que o mesmo poderia ser falso.

Esse tipo de documentário também geraria uma discussão de como combater o preconceito, via repressão simplesmente, como muitos defendem ignorando que não se desacredita uma ideia errada simplesmente por caneta, ou se desconstruindo o preconceito mostrando as falácias e erros neste tipo de discurso, que é o que eu acho que funciona de fato embora no país o combate a preconceitos praticamente inexiste como prática do Estado brasileiro, unidades da federação e instituições, principalmente Universidades.

Ver mais:
Resenha Crítica: "Os Judeus e o Dinheiro" (Jews & Money)
Os Judeus e o Dinheiro: Investigação de um Mito

terça-feira, 4 de março de 2014

Treblinka, o horror que superou Auschwitz

Memorial em homenagem às milhares de vítimas
assassinadas em Treblinka. / Wikimedia
Novas investigações arqueológicas e forenses no campo de extermínio nazi apontam que ali foram gaseadas quase um milhão de pessoas.

26 de fevereiro, 2014; Washington. O Instituto Smithsonian está promovendo um programa para o próximo mês de março no qual será mostrado provas do extermínio dos judeus e outras etnias que foi levado a cabo no campo de Treblinka, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial.

Situado no leste da Polônia, quase não restam evidências físicas deste lugar, onde entre 800.000 e 1.200.000 de pessoas desapareceram, uma versão que tem sido questionada pelos "negacionistas" do Holocausto, dizendo que este era só um campo de trânsito.

Contudo, graças às últimas investigações realizadas no terreno, conseguiram evidências do assassinato massivo praticado pelos nazis em Treblinka. Documentos e testemunhas presenciais afirmaram há algum tempo que o campo para onde foram transportados 900.000 judeus foi ainda mais impiedoso que o campo de extermínio de Auschwitz. Ainda que não houvesse muita evidência para esta afirmação, a equipe forense britânica da Dr. Caroline Sturdy Colls encontrou evidências "significativas e arrepiantes".

"Caroline Sturdy Colls e sua equipe descobriram três valas comuns não identificadas previamente em Treblinka 1, onde alguns pensavam que só havia um campo de trabalho. Também identificaram a localização de uma câmara de gás e outras estruturas físicas em Treblinka 2, o principal campo de extermínio", explica o Smithsonian num comunicado à imprensa.

"A equipe descobriu restos humanos, objetos pessoais e peças de azulejos com a marca de estrela judia, a qual coincide com as descrições de testemunhas oculares de uma câmara de gás que havia sido desenhada para se parecer com um balneário. Isto também reforça suas suspeitas de que o campo de extermínio foi inclusive maior do que se pensava".

As descobertas são parte de um esforço de seis anos para responder a perguntas pendentes da Segunda Guerra Mundial. Para conduzir a investigação/pesquisa, foi necessário a permissão das autoridades judias e da Polônia.

Em 1943 os nazis trataram de erradicar a evidência (prova) por detrás de Treblinka nivelando a terra e destruindo as estruturas, e com a construção de uma casa de campo na parte superior da localidade. Agora os pesquisadores utilizaram sistemas fotográficos aéreos de vanguarda para identificar rastros tênues no solo, que ajudam a reconstruir as bases originais do campo de extermínio.

Estima-se que cerca de 6 milhões de judeus e quase um milhão de ciganos foram assassinados durante o holocausto. Alguns países, como o Irã, questionam a magnitude do massacre. Em setembro de 2013, o Irã criticou a CNN por traduzir incorretamente uma fala do presidente Hassan Rouhani em uma entrevista, que fez parecer que que ele acreditava que o Holocausto ocorreu.

Fonte: Protestante Digital (espanhol)*
http://www.protestantedigital.com/ES/Sociedad/articulo/17937/Treblinka-el-horror-ue-super-a-auschwitz
Link original (em inglês): Christian Post
http://www.christianpost.com/news/archaeologists-discover-new-evidence-of-nazi-death-camp-where-900000-disappeared-115012/
Tradução: Roberto Lucena

*Observação 1: não gosto de matérias de sites religiosos mas foram os únicos com a matéria citada (se tiver outro mais detalhado em inglês ou espamnhol não localizei, tem um em romeno mas foi escrito em cima do site em inglês do link acima), mas se só há um site desse tipo com a matéria, paciência. E localizei um depois com o título: "Treblinka: Hitler's Killing Machine" Premieres March 29 at 8:00 PM ET on Smithsonian Channel(TM), se for o caso, traduz-se depois.

Por isso, pros que lerem com atenção, desconsiderem qualquer viés religioso no texto, apesar do desvio do assunto não afeta o conteúdo central do texto (se afetasse eu não iria publicar, tampouco traduzir). No fim há um, sem muito sentido (opinião pessoal), colocar citação sobre Presidente do Irã com a matéria especificamente achei equivocada, a questão do problema iraniano com a negação do Holocausto poderia e deveria ter sido abordada em uma matéria só sobre isso pois diz mais respeito a conflitos no Oriente Médio e não à memória do Holocausto na Europa, mas é parte do viés do site.

Observação 2: Por sinal, sobre o conflito no Oriente Médio, eu espero (mas não prometo) fazer um texto sobre essa questão, embora o Roberto Muehlenkamp tenha bem expressado a opinião dele sobre um dos conflitos daquela região (eu endosso o texto dele), só que é bom deixar demarcado o que cada um pensa pra não pintar fanático A, B ou C enchendo o saco com isso acusando da pessoa "pensar isso ou aquilo" sem nem saber o que a pessoa pensa de fato sobre essas outras questões, sendo que o blog NÃO é SOBRE Oriente Médio, algo bem óbvio, e não dou a mínima se "revis" nutrem uma tara psicótica com aquela região, problema ou azar o deles. Não deixa de ser uma fuga já que o assunto sobre segunda guerra aparenta ter esgotado pelas bandas das Cesspits "revisionistas" (negacionistas), daí estão partindo pra discussões sobre Oriente Médio, viraram "orientalistas" (rsrsrsrs).

Observação 3: sobre campos de trânsito, pra mais informações e leitura, cliquem nas tags Treblinka, Campo de Trânsito, Transit Camps, resettlement, Treblinka, Aktion Reinhard(t) (obviamente essas últimas tags, exceto as duas primeiras, são todas em inglês).

segunda-feira, 3 de março de 2014

Morre cineasta francês Alain Resnais, de "Noite e Neblina"

Obra foi dominada pelo tema da memória - Crítico João Lopes
Lusa 02 Mar, 2014, 23:46

O crítico de cinema João Lopes disse hoje que o trabalho do realizador francês Alain Resnais, que morreu no sábado à noite em Paris, foi dominado pelo tema da memória.

Apesar de pertencer ao movimento da Nova Vaga, em que se evidenciou como "uma personalidade determinante nas transformações do cinema francês das décadas de 50/60", "o trabalho de cineasta começou muito antes, ainda na década de 1940, através da via documental", em que desafiou os parâmetros tradicionais do documentário, de acordo com uma declaração escrita, enviada à agência Lusa.

O documentário "Noite e Nevoeiro" (1955) (título no Brasil: "Noite e Neblina"), sobre Auschwitz e a máquina de aniquilamento montada pelos nazis, na Alemanha, parece "ser um momento fundamental na exigência ética e estética de documentar a história do século XX", sublinhou João Lopes.

Para o crítico português, o tema "dominante e obsessivo" na obra de Resnais é memória, e a primeira longa-metragem, "Hiroshima, Meu Amor" (1959) ilustra a visão do realizador, destacando "a dificuldade rememorar - e, mais do que isso, dizer - o que, com o lançamento da bomba atômica, aconteceu em Hiroshima" [Japão, a 06 de agosto de 1945].

"A frase emblemática e lendária do filme é: "Tu não viste nada em Hiroshima", acrescentou.

Por último, João Lopes destacou ainda o "caráter lúdico" na obra do realizador, afirmando não ser "possível compreender a riqueza da obra de Resnais se for esquecido que há nela, em muitos momentos, um muito especial e contagiante sentido de humor".

O último filme do realizador, de 91 anos, "Amar, beber e cantar" estreou na 64ª. edição do Festival de Berlim, que decorreu entre 06 e 16 de fevereiro último.

Autor de clássicos dos anos 60 como `Hiroshima Meu Amor` e `O Último Ano em Marienbad`, Alain Resnais é uma referência fundamental na história do moderno cinema francês.

Em 1961, Resnais arrebatou o Leão de Ouro, em Veneza, com `O Último Ano em Marienbad`.

Resnais tem um importante lote de documentários rodados nas décadas de 40 e 50, mas para muitos espectadores só viria a ganhar notoriedade a partir de meados dos anos 70, quando assinou uma série de filmes com grandes estrelas do cinema francês.

O primeiro deles é `Stavisky` (1974), com Jean-Paul Belmondo, evocando um escândalo político dos anos 30 a partir de um argumento de Jorge Semprún, seguindo-se `Providence` (1977) e `O Meu Tio da América` (1980).

Fonte: RTP (Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=720858&tm=4&layout=121&visual=49

Ver mais:
Morre em Paris, aos 91 anos, o cineasta Alain Resnais (otempo.com.br)
Morre o cineasta francês Alain Resnais (Terra, Brasil)
Morreu Alain Resnais, criador de 'Hiroshima, Meu Amor' (Correio da Manhã, Portugal)
Alain Resnais celebra a vida em sua obra, mesmo depois de morto (Correio do Brasil)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Documentário de Hitchcock sobre Holocausto é restaurado e deve ser projetado

Alfred Hitchcock
Londres, 8 jan (EFE).- Um documentário de Alfred Hitchcock sobre os campos de concentração nazistas, rodado em 1945, será projetado pela primeira integralmente após ser restaurado pelo Imperial War Museum de Londres.

Segundo informa nesta quarta-feira o jornal "The Independent", o lendário cineasta se envolveu no projeto em 1945 depois que seu amigo Sydney Bernstein pediu ajuda para editar um documentário sobre as atrocidades cometidas pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O conteúdo das imagens filmadas por operadores de câmera da Unidade de Cinema do Exército Britânico, ao mesmo tempo que as tropas aliadas libertavam os judeus dos campos de concentração, "horrorizaram" o criador de "Vertigem" e "Os Pássaros".

"Hitchcock, apelidado de "mestre do suspende" pelo brilho de seus filmes de terror, ficou tão "traumatizado" pelo duro conteúdo das gravações que permaneceu afastado dos estúdios "Pinewood" durante uma semana.

Um curador do Departamento de Pesquisas do Imperial War Museum (Museu de Guerra Imperial), Toby Haggith, afirmou que o documentário "ficou suprimido pela transformação da situação política, particularmente para os britânicos".

"Quando descobriram os campos (de concentração), americanos e britânicos tiveram pressa para divulgar uma gravação que mostrasse os campos e fizesse com que os alemães aceitassem sua responsabilidade pelas atrocidades", disse ao "Independent".

Além do horror que esse material provocou no cineasta, o desejo aliado de não irritar a Alemanha derrotada por sua culpa no Holocausto levou ao esquecimento cinco de seis rolos cinematográficos, que terminaram nos arquivos do museu.

Nos anos 80, as imagens foram descobertas por um pesquisador americano e, com o tempo, uma versão incompleta da fita foi projetada no Festival de Cinema de Berlim em 1984 para depois ser transmitida nos EUA, um ano depois, sob o título "Memória dos Campos", mas com má qualidade e sem incluir o sexto rolo.

Segundo o "The Independent", no final de 2014 o filme poderá ser projetado em uma versão restaurada pelo museu londrino, graças à tecnologia digital, como Hitchcock, Bernstein e outros colaboradores pretendiam.

A decisão de ressuscitar esse documentário gerará provavelmente um debate, pois inclui imagens realmente impactantes dos campos, em particular de Bergen-Belsen, aponta a publicação.

Segundo Haggith, o filme, que descreve como "brilhante" e "sofisticado", é "muito mais fiel" que outros documentários filmes rodados sobre o Holocausto.

O curador, apontou além disso, que o documentário "não só trata da morte", mas mostra também imagens de reconstrução e reconciliação, ao mesmo tempo em que elogiou a "brilho" e "originalidade" dos câmeras que fizeram as imagens.

Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/document%C3%A1rio-hitchcock-holocausto-%C3%A9-restaurado-deve-ser-projetado-173629445.html
_______________________________________

A quem quiser ver o que foi exibido do documentários (a versão incompleta) antes dessa restauração, link abaixo:
Documentário de Hitchcock sobre o Holocausto - Liberação dos campos de extermínio, série de I-IV
http://holocausto-doc.blogspot.com/2011/02/hitchcock-documentario-holocausto-i-iv.html


Ver mais:
Documentário sobre o Holocausto que horrorizou Hitchcock será finalmente projetado na íntegra (Euronews)
Alfred Hitchcock's unseen Holocaust documentary to be screened (The Independent, Reino Unido)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Documentário sobre o Holocausto é recuperado e restaurado (Bergen-Belsen)

quarta, 27 novembro 2013 13:23. Publicado por Jorge Pereira
Fonte: Screen Daily

Um documentário inédito sobre o Holocausto, em que Alfred Hitchcock serviu como consultor, está a ser restaurado com a ajuda do realizador Stephen Frears. O filme, executado em 1945 pelo exército britânico, mas nunca terminado, mostra a libertação dos detidos no campo de concentração de Bergen-Belsen, apresentando mesmo imagens bastante chocantes que tinham como objetivo impedir que os alemães negassem as atrocidades cometidas na 2ª Guerra Mundial.

O anúncio foi feito durante o Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), estando confirmada a chegada da produção aos cinemas (provavelmente em festivais) e à TV em 2015, data em que se assinalam os 70 anos da libertação da Europa.

A acompanhar este trabalho estará ainda uma outra longa-metragem documental, intitulada Night Will Fall. Nesta produção, realizada por André Singer, o produtor executivo de The Act of Killing, acompanha-se a elaboração do documentário e também a forma como ele foi abruptamente cancelado e «escondido» durante décadas. Consta que o Governo Britânico e o Departamento de Estado dos EUA impossibilitaram a finalização da produção devido a esta ser bastante penalizadora para a reconstrução da «nova» Alemanha.

No inicio dos anos 80, a fita foi «descoberta» no Imperial War Museum em Londres e em 1985 chegou mesmo a ser apresentada na TV americana (PBS) sob o titulo Memories Of War, com a narração do ator Trevor Howard.

O filme foi agora recuperado, restaurado e editado de forma cronológica pelo Dr Toby Haggith, que finalizou assim o projeto original.

Fonte: site C7nema
http://www.c7nema.net/producao/item/40580-documentario-sobre-o-holocausto-e-recuperado-e-restaurado.html

sábado, 14 de setembro de 2013

[Pausa Musical] - The Beatles - Real Love (a versão original)

Em dezembro de 1995 foi lançada mundialmente a série-documentário The Beatles Anthology (A Antologia dos Beatles) que retrata a trajetória da banda contada pelos mesmos. A série exibida durante cinco dias da semana encerrava com a regravação de Real Love, música de John Lennon, que já havia aparecido no documentário Imagine só que no formato original com violão.

O arranjo pra música com os quatro era inédito até a exibição na TV (não havia internet em larga escala no Brasil e a potência dela na época era pífia, por isso que o público só teve acesso à regravação quando passou a série na TV aberta no Brasil). A música ganhou arranjo dos três remanescentes só que com um problema que é desconhecido por muita gente, incluindo "fãs" (as aspas são meio que em tom irônico pois, se há uma banda com uma quantidade incrível de gente mala sem alça no Brasil que se diz "fã" da mesma, é desta banda inglesa, infelizmente, mas isso é um "capítulo" à parte. Deixemos pra lá... prosseguindo...), embora desse pra notar algo estranho na música: a velocidade da música foi alterada propositalmente pra ficar mais rápida, pra parecer mais "pop", e com isso parece que o tom da música também foi alterado. Estou citando por alto pois não irei reler a descrição do vídeo com a música na rotação original (quem quiser pode ler na descrição do vídeo na conta do cara que alterou a rotação da música pra rotação original).

Um fã no Youtube colocou a música com a voz do Lennon na rotação/velocidade original pra mostrar como ficaria se tivessem lançado dessa forma e não a versão alterada mais 'rápida' que afina a voz do Lennon e a torna meio estranha com os arranjos. O cara do Youtube manteve a velocidade do arranjo mas reduziu a velocidade da voz pra ficar com o som original, algo que os engenheiros de som não fizeram na época (a meu ver um "ato criminoso" com a obra). É incrível a diferença. Segue abaixo as duas versões, embora graças a turma do "copyright" os clipes da música foram removidos do Youtube (é difícil de encontrar embora achei um legendado em espanhol).

Há mais alguns detalhes sobre essa regravação caso alguém se interesse em ouvir a música: há dois clipes dela. Na exibição do Anthology o clipe é um, quando lançaram a música oficialmente em 1996 lançam com outro clipe com pequenas modificações. Além de que, no DVD, lançado anos mais tarde (não lembro de ter visto o VHS com a fita final da série), a ordem as músicas foi invertida, na TV, Real Love encerra a série, no DVD ela abre a série ao contrário de Free as a bird (se alguém quiser ver o clipe mesmo que com edição totalmente torta, de trás pra frente, por conta do copyright, link) que no DVD encerra a série. Alteração a meu ver bizarra pois a edição da TV aberta foi melhor com a ordem que escolheram pra lançamento das músicas.

Há mais outro detalhe: iriam lançar uma terceira música, composição do Lennon, com a voz dele, só que desistiram de lançar pois Real Love foi um fiasco em vendas, que é a música Grow old with me que ganhou arranjos de George Martin anos depois.

A versão que saiu no Anthology, mais rápida com a voz mais fina, com o clipe (pra acessar clique no link, não foi possível incorporar o vídeo aqui pra ouvir direto no post):
http://www.youtube.com/watch?v=U46Hz4E0CuA

Aqui a música com a voz na rotação original, com os arranjos como saíram (na rotação do CD de 1996), como deveria ter sido lançada, impressionante a diferença, dá pra ouvir mais nitidamente a voz do Lennon e o som é muito melhor.

Como a versão anterior (deixei o link abaixo da outra só pra mostrar a remoção) foi removida do Youtube ou pelo dono da conta (que era muito babaquinha e insuportável, apesar de ter feito esta contribuição com a música), aqui o link alternativo:
The Beatles - Real love (video clip). original pitch/key, final speed




Pra conferir as outras "Pausas", cliquem na tag "Pausa Musical".

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Onda - Die Welle (A terceira onda, fascismo, Filme)

Não vou traduzir ou colar sinopse do filme pois acho melhor que quem acesse o post leia os links abaixo sobre o filme e o experimento da "Onda".

O filme é baseado em fatos reais descritos no experimento do prof. Ron Jones chamado A Terceira Onda, de 1967, que é descrito no verbete da Wikipedia em inglês: The Third Wave. Ou aqui, ou aqui, ou aqui (Spiegel, em alemão), ou aqui (em alemão), ou finalmente aqui (em inglês).

O verdadeiro Ron Jones é este que aparece sendo apresentado ao grupo de filmagem do filme na Alemanha:


Abaixo só em português:

A Onda (Die Welle) - ECA/USP: Link
Conferir o texto recuperado com o web.archive.org:
‘A onda’ e o irracionalismo dos grupos* (comentário sobre o filme “A onda”). Link

A Onda Fascista (Revista de História): Link Link
Site Crítica Daquele Filme - A Onda: Link
Site Obvious - A Terceira Onda: Fascismo na Escola: Link

Só um aviso: alguns dos links contém narrativas do filme, caso não queira lê-los antes de assistir o filme, fica dado o recado.

Vou colocar abaixo uma versão do filme A Onda, só que a primeira deles dos anos oitenta (1981) que é uma produção dos EUA pra TV com duração de 46 minutos, dublado em português, uma preciosidade pois é difícil de encontrar a versão antiga do filme principalmente a dublada (créditos a quem subiu o filme clicando no link do Youtube). Também vou colocar a versão de 2008, a mais recente e produção alemã, só que dublada (português) pois a versão original está com problemas de legenda no Youtube.

Dados técnicos do filme de 1981: Link1 Link2
Dados técnicos do filme de 2008: Link1 Link2

A Onda (The Wave, 1981)
The Wave, in english

A Onda (versão alemã de 2008, dublada)


Mais outro aviso: não há garantia alguma de que os vídeos no Youtube durarão pra "sempre", este site constantemente corta vários vídeos que sobem, mesmo os que são pra fins educativos e não comerciais.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O fim da história para Claude Lanzmann (Documentário)

Vasco Câmara, em Cannes. 18/05/2013 - 15:20

Com Le Dernier des Injustes, um dos filmes mais aguardados em Cannes, o realizador do Shoah regressa aos campos nazis e ao debate sobre o papel que os judeus tiveram no seu próprio extermínio. Fora de competição.

Vídeo. O fim da história para Claude Lanzmann

O novo documentário inclui a entrevista ao
rabino Benjamin Murmelstein, feita em 1975 DR
O “climax da crueldade” da Solução Final chamou-se Theresienstadt, campo de concentração que o regime nazi vendia aos americanos, à Cruz Vermelha e aos judeus alemães como um “campo modelo”, cidade que o führer lhes doava. Na panóplia de instrumentos de crueldade, a mentira era uma forma de esconder o crime e de os próprios criminosos aceitarem, através da camuflagem da linguagem, o crime que iam cometer.

Dentro de Theresienstadt desenrolou-se uma “história louca”, a que o cineasta Claude Lanzmann, 87 anos, regressa com Le Dernier des Injustes, um “documentário magistral” que faz a capa da edição deste sábado do diário francês Libération, na véspera da sua apresentação no Festival de Cannes. Com o documentário de mais de três horas e meia o cineasta regressa a uma personagem que filmara em 1975 para o seu monumento de nove horas chamado Shoah: Benjamin Murmelstein, Grande Rabino de Viena durante a ocupação, que Adolf Eichmann, o chefe da logística de extermínio, nomeou em 1944 para liderar o Conselho Judeu do campo e executar os seus planos. Tudo numa invenção perversa do regime que obrigava os responsáveis de um gueto a executarem as ordens alemãs e, concretamente, a fazerem a lista dos deportados para o extermínio.

Muitos foram mortos nos campos, houve os que se suicidaram e os que, como Murmesltein, foram acusados no final da Guerra de colaboração, de terem negociado com o Diabo – antigos prisioneiros de Theresienstadt apontaram o dedo ao rabino. Julgado em 1946, considerado inocente, Murmesltein retirou-se para Roma, onde Lanzmann o entrevistou. Esse material, que não ficou na versão final de Shoah e foi entregue ao Museu do Holocausto em Washington, é a base de Le Dernier des Injustes (era a designação que Murmesltein dava a si próprio).

“Estive muito consciente das contradições selvagens em que se encontravam estas pessoas que não se tinham voluntariado para este trabalho, que tinham sido escolhidas pelos alemães que, quando não encontravam gente suficiente, as apanhavam na rua”, diz Lanzmann na longa entrevista ao jornal francês, que anuncia na capa “Lanzmann – um filme testamento”. “Quis mostrar que estes supostos colaboradores judeus não eram colaboradores. Eles nunca quiseram matar judeus, não partilhavam a ideologia dos nazis, eram uns infelizes sem esperança.”

Com Claude Lanzmann – e, tal como ele, contra o que escreveu a filósofa Hannah Arendt sobre a responsabilidade e colaboração dos judeus na sua própria morte – está Annete Wieviorka, especialista na história dos judeus no século XX. Diz ela no dossier do Libération: “A grande perversidade do nazismo foi confiar a administração de uma população aos que estavam destinados a ser assassinados.”

Le Dernier des Injustesé, concorda Lanzmann, uma forma de encerrar a sua história com o Holocausto, depois de Shoah, Sobibor, 14 Octobre 1943 (já um filme contra a ideia da passividade dos judeus perante a máquina de extermínio) ou Le Rapport Karski.

O dispositivo do novo documentário que o realizador leva a Cannes inclui a entrevista a Benjamin Murmelstein, feita em 1975, e imagens do cineasta hoje, nos lugares que já fizeram parte da sua odisseia, como Theresienstadt, cidade checa a uma hora de Praga. Para o Libération, o filme termina com um gesto simbólico de reabilitação: Lanzmann, ainda em 1975, nas ruas de Roma com Murmesltein, um abraço de afecto. É o fim da sua história.

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-fim-da-historia-para-claude-lanzmann-1594809

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Experimento Goebbels - O Diário de um Nazista (documentário)

Segue abaixo o documentário O Experimento Goebbels (O Diário de um Nazista), documentário feito em cima de trechos dos Diários de Goebbels com imagens da época em cada trecho. Uma crítica da DW sobre o documentário, link.

Particularmente achei o vídeo bem monótono mas vale a pena ver pois dá uma boa ideia do grau de fanatismo de Goebbels e fica uma forte impressão dos relatos de que o mesmo sofria de depressão e tinha uma tendência ao suicídio (tanto que acabou se matando no fim do regime junto com a esposa, antes de morrerem o casal matou os seis filhos).

Uma curiosidade: sobre os diários (não sobre o filme), alguns "revis"/neos acham que os diários são falsos, por isso que não se encontra fácil na rede as cópias digitalizadas desses diários ao contrário de outros arquivos de nazistas. Um adendo, o fato de "revis" acharem que são falsos (sem provar) não significa que sejam, isso é só mais um exemplo da paranoia e crendice "revisionista" em "conspirações mirabolantes" de domínio do mundo, pois no fundo essa é uma das crenças principais que mobiliza os simpatizantes do "revisionismo".


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Para não esquecer o Holocausto, "Shoah" chega em box com 5 DVDs

Para não esquecer o Holocausto, "Shoah" chega em caixa com 5 DVDs
Elemara Duarte - Hoje em Dia
Divulgação/IMS

Para não esquecer o Holocausto Shoah chega em caixa com 5 DVDs
Diretor do filme levou alguns sobreviventes aos locais onde aconteceram milhares de mortes

Um dos registros mais importante sobre o holocausto no Cinema, o documentário "Shoah" (holocausto em hebraico), com 9 horas de duração, chega ao Brasil em box com cinco DVDs. A obra, lançada originalmente no exterior, em 1985, agora, por meio do Instituto Moreira Salles, traz também em um dos cinco discos o extra "O Relatório Karski".

Este documentário será exibido nesta quinta-feira (4), às 19h15, no Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena, 1537). A exibição é seguida por um debate entre pesquisadores e representantes da comunidade judaica residentes em Belo Horizonte. A entrada é gratuita.

O documentário, feito pelo cineasta francês Claude Lanzmann, fala sobre o extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Participam do encontro o professor de Teoria Política da Universidade Federal Fluminense (UFF) Renato Lessa, a pesquisadora Ilana Feldman e o professor e crítico de cinema Luiz Nazario. A mediação será feita pela coordenadora do Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG, Lyslei Nascimento.

Sem arquivo

Lanzmann dirigiu "Shoah" sem usar nenhuma imagem de arquivo como comumente se vê em várias produções sobre o assunto. "O filme pretende não simular o passado, não reconstruí-lo ficcionalmente. As edificações, os trens, as pessoas são realidade. Quando não se exibe nenhum documento de época e se apela para o sobrevivente, o passado parece advir sem mediação", observa Lyslei Nascimento.

As nove horas são compostas por depoimentos de sobreviventes de Chelmno, dos campos de Auschwitz, Treblinka e Sobibor e do Gueto de Varsóvia.

Há entrevistas com ex-oficiais nazistas e maquinistas que conduziam os trens da morte. Os relatos são registrados com a ajuda de intérpretes. Nazario diz que o documentário não se limita a entrevistar as vítimas sobreviventes, mas também "os carrascos, os colaboradores ativos e os observadores indiferentes".
"'Shoah' é a primeira investigação cinematográfica profunda sobre o extermínio dos judeus durante a Guerra", acrescenta.

O diretor passou onze anos de sua vida produzindo o filme: foram 350 horas de entrevistas em quatorze diferentes países e mais cinco anos para a edição final. Hoje, aos 88 anos, Lanzmann é editor de revista.

"Passagem para a Liberdade" relata a fuga

No Brasil, mais precisamente em BH, desde os 25 anos de idade, outro sobrevivente do Holocausto também poderia ter seu relato no "Shoah". Hoje, o empresário aposentado Henry Katina, aos 82 anos, quer é alimentar a esperança para um mundo melhor. "Tenho esperança que isso continue e melhore ainda mais. Estamos em abril de 2013, uma época maravilhosa. Depois da 2ª Guerra Mundial foram estabelecidas as Nações Unidas e declarados os Direitos Humanos e outras garantias de que jamais o Holocausto poderá acontecer novamente", declara, em entrevista ao Hoje em Dia.

Em 2009, Katina, de origem húngara, escreveu suas memórias no livro "Passagem para a Liberdade", onde relatou os horrores que viveu em campos de concentração, dos 13 aos 14 anos de idade. Parte dos seus oito irmãos foi assassinada no episódio e os pais foram mortos em câmaras de gás.

Debilitado e com "água nos pulmões", seguiu para a Suécia e Canadá, onde viveu dez anos. Veio para o Brasil, viver com a irmã. "Não tenho ódio. Mas perdoar é difícil. Fiquei muitas noites pensando como minha mãe e meu irmão de nove anos morreram. Perdoar é um lado da coisa. Há outra, a lembrança atormentando", desabafa.

Fonte: Hoje Em Dia
http://www.hojeemdia.com.br/pop-hd/para-n-o-esquecer-o-holocausto-shoah-chega-em-box-com-5-dvds-1.107893

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Fantasia lusitana (documentário sobre o fascismo em Portugal)

Fantasia Lusitana é um filme português realizado por João Canijo, no ano de 2010.

Documentário que explora a relação do povo português com os estrangeiros refugiados da segunda guerra mundial, a forma como a sua estadia no nosso país influenciou (ou não) o nosso olhar sobre a guerra, e uma procura pela herança cultural deixada (ou não) pela sua passagem. Uma leitura interpelante da história portuguesa do século XX construída inteiramente a partir de imagens de arquivo e da leitura de testemunhos desses refugiados nas vozes de Hanna Schygulla, Rudiger Vogler e Christian Patey.

O resto do texto (resumo) se encontra aqui.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis (baseado no livro IBM e o Holocausto)

Brad Pitt produz e protagoniza filme em torno da aliança da IBM e os nazis
Publicado por Jorge Pereira

Brad Pitt vai produzir e (provavelmente protagonizar) a adaptação ao cinema de "IBM and the Holocaust" (IBM e o Holocausto), um livro baseado em fatos reais assinado por Edwin Black.

Na obra vemos como a IBM se uniu aos nazis em 1933, contribuindo para que estes conseguissem identificar e catalogar, na década de 1930 e 1940, os judeus. Claro está que nesta época ainda não existiam os computadores, mas a IBM desenvolveu um sistema – Hollerith – de cartões perfurados adaptáveis a cada cliente. Foi com eles que Hitler foi capaz de automatizar a perseguição aos judeus, a rápida segregação e mesmo o extermínio.

Desconhece-se para já quando começam as filmagens da obra, mas sabe-se que o projeto é prioritário e que já se procura um realizador com créditos firmados.

Fonte: C7nema (Portugal)
http://www.c7nema.net/index.php?option=com_content&view=article&id=11023:brad-pitt-produz-e-protagoniza-filme-em-torno-da-alianca-da-ibm-e-os-nazis&catid=2:cinema-americano&Itemid=2

Ver mais:
Brad Pitt, productor y posible estrella de “IBM and the Holocaust”
Brad Pitt suena para 'IBM and the Holocaust', una película con nazis y... ¿Ordenadores?
Brad Pitt quiere volver a la Segunda Guerra Mundial (Fotogramas.es Espanha)
Brad Pitt Signs On for "IBM and the Holocaust" (Worst Previews, EUA)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Histórias Curtas - Dona Hertha, 26/11/2011 - Holocausto

Por indicação de Dalva, segue abaixo o curta documentário com a história de D. Hertha Spier, sobrevivente do Holocausto que vive no Brasil.

Sinopse do documentário: Hertha Spier é uma sobrevivente do Holocausto que vive em Porto Alegre. Tem 93 anos. Depois de passar por três campos de concentração nazistas, ela refez sua vida e recuperou-se do sofrimento de perder familiares e amigos durante a 2ª Guerra Mundial, construindo uma nova família.

Duração: 16'05"

Trailer



Página do vídeo:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=225902&channel=45

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Homo Sapiens 1900 - Documentário sobre a história da eugenia e o racismo que deu suporte ideológico ao genocídio nazi

Do diretor sueco Peter Cohen, o mesmo de "Arquitetura da Destrução". Para assistirem(se o youtube não remover). Documentário sobre a eugenia e o racismo "científico" do século XIX e XX, teorias estas que deram suporte ao genocídio executado pelo regime nazista.

Pequeno resumo tirado do site Academia Brasileira de Cinema.

HOMO SAPIENS 1900 (HOMO SAPIENS 1900, documentário, Suécia), dirigido por Peter Cohen. Distribuição: Mais Filmes

Sinopse

Baseado em extensa pesquisa de fotos e cenas raros de arquivo, o filme discute como a eugenia e a limpeza racial foram defendidas como formas de aperfeiçoar a espécie humana e criar um novo homem. Esses conceitos foram pesquisados no decorrer do século XX, com várias tentativas de transformá-los em realidade. Homo Sapiens 1900 é um documento precioso sobre a manipulação biológica como arma para eliminar todos os que não se adaptam ao padrão racial imposto por um modelo fascista de ideal humano.

Assistam em vídeo único. O outro(divido em seis partes logo abaixo, vou deixar só pra constar que foram apagados) foi desativado pelo Youtube.

Atualização (30 de julho, 2015), os vídeos foram apagados pelo Youtube e subiram de novo:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Filme com propaganda nazi do Gueto de Varsóvia (revisado e artigo atualizado)

Uma equipe de um filme nazista, conduzida por Willy Wist, rodou cerca de uma hora de filmagem para um filme propaganda do Gueto de Varsóvia em maio de 1942. Um resumo das cenas que eles filmaram pode ser encontrado aqui, junto com o testemunho de Jonas Turkow (de 1948) do porquê do filme ter sido rodado. Cenas descartadas daquele filme foram encontradas por Adrian Wood em 1998 e então compiladas, juntamente com a filmagem formal, em um documentário intitulado "A Film Unfinished"(Um filme inacabado). O documentário documentary intercala as cenas com as entradas dos diários, como as de Czerniakow e Lewin, que descrevem a preparação e filmagem do filme. E também recria o testemunho de Wist do processo dos crimes de guerra. O documentário se encontra no youtube dividido em seis partes, colocadas aqui para fins educacionais: partes 1, 2, 3, 4, 5 e 6. A parte final consiste principalmente de cadáveres e cenas de enterro.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/05/nazi-propaganda-film-from-warsaw-ghetto.html
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Documentário de Hitchcock sobre o Holocausto - Liberação dos campos de extermínio, série de I-IV

Documentário com narrativa de Alfred Hitchcock da liberação dos campos de extermínio, série de vídeos de I a IV.


Parte I


Parte II


Parte III


Parte IV


Com uma ajuda do site The Holocaust History Project que organizou os vídeos do Youtube em uma página só:
http://www.holocaust-history.org/multimedia/liberation/

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