segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 19)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 19 (20 de Dezembro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 19. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

Post de 23.12.2024 (18:47) (depois voltará à data correta, está sendo atualizado pra última publicação ficar em 2o lugar).

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Adam Tooze: "O salário da destruição. Formação e ruína da economia nazi", "Review" (Resumo/análise do livro, para entender o colapso da economia nazista)

Adam TOOZE. The Wages of Destruction. The Making and Breaking of the Nazi Economy
Adam TOOZE. "O Salário da Destruição. Formação e ruína da economia nazi
Paris, Les Belles Lettres, 2012, 812 p.

Domingo, 3 de março de 2013, por Laurent Gayme

Licenciado pelo King's College e pela London School of Economics, Adam Tooze é professor de história alemã na Universidade de Yale. Publicou anteriormente "Statistics and the German State, 1900-1945: The Making of Modern Economic Knowledge", Cambridge, Cambridge University Press, 2001.

Este livro é uma tradução do seu livro The Wages of Destruction: The Making and Breaking of the Nazi Economy, Londres, Allen Lane, 2006, que ganhou o Prêmio Wolfson de História em 2006 e o Prémio Longman-History Today Book of the Year em 2007.

A história econômica no centro das atenções

Esta tradução de um livro importante por Les Belles Lettres é de saudar. Nos últimos anos, os leitores franceses puderam ler muitas obras inovadoras sobre a Alemanha nazi, entre as quais as de Ian Kershaw, Robert Gellatelly, Mark Mazower, Christian Ingrao e Johann Chapoutot (que passa em revisão as últimas pesquisas sobre o nazismo em Le nazisme, une idéologie en actes, coleção Documentation photographique n°8085, Paris, La Documentation française, 2012). 

De todas estas publicações, poucas foram dedicadas a questões econômicas, com exceção de Götz Aly (Comment Hitler a acheté les Allemands, Paris, Flammarion, 2005). Adam Tooze chama a atenção para o fato de a história econômica do nazismo ter progredido pouco nos últimos vinte anos, ao contrário da história do funcionamento do regime, da sociedade e das políticas raciais, por exemplo. É por isso que tem a ambição de “iniciar um processo de recuperação intelectual que há muito deveria ter sido feito” (p. 19), dando-nos, sob a égide de Marx, uma impressionante história econômica da Alemanha nazi: “O primeiro objetivo deste livro é, portanto, voltar a colocar a economia no centro da nossa compreensão do regime hitleriano...” (p. 20). (p. 20). 

Propõe-se fazê-lo rompendo com um pressuposto do século XX, o de uma superioridade econômica particular da Alemanha (ainda hoje presente no espírito das pessoas...), um mito destruído pelos últimos trabalhos dos historiadores econômicos para os quais o grande fato econômico do século XX é o eclipse da Europa pelas novas potências econômicas, nomeadamente os Estados Unidos. Na década de 1930, a Alemanha da Krupp, da Siemens e da IG Farben tinha um rendimento nacional per capita na média europeia (ou seja, comparável, em termos atuais, ao do Irã ou da África do Sul), um nível de consumo mais modesto do que o dos seus vizinhos ocidentais e “uma sociedade parcialmente modernizada em que mais de quinze milhões de habitantes viviam do artesanato tradicional ou da agricultura camponesa”. (p. 21).

O inimigo americano

A tese central de Adam Tooze baseia-se menos no Mein Kampf (1924) anti-bolchevique do que num manuscrito de Hitler conhecido como “Segundo Livro”, concluído no verão de 1928 e que contém discursos da campanha para o parlamento da Baviera, em maio de 1928, na qual Gustav Stresemann, ministro dos Negócios Estrangeiros da República de Weimar, era candidato. Convencido de que os Estados Unidos iriam tornar-se a força dominante da economia mundial e um contrapeso à Grã-Bretanha e à França, Stresemann tinha escolhido, após a derrota de 1918, a aliança financeira americana e a integração econômica na Europa capitalista (as escolhas feitas por Adenauer depois de 1945), a fim de conquistar um mercado suficientemente grande para se equiparar aos Estados Unidos. 

Para Hitler, a força motriz era a luta por meios de subsistência limitados, ou seja, a colonização de um “espaço vital” no Leste, para competir com o poder dos Estados Unidos, cuja hegemonia ameaçaria a sobrevivência econômica da Europa e a sobrevivência racial da Alemanha, com os judeus a reinarem tanto em Washington como em Londres e Moscou. Hitler rejeitava a “americanização”, a adoção dos modos de vida e de produção americanos, porque por detrás do liberalismo, do capitalismo e da democracia estava o “judaísmo mundial”.

Construção de um complexo militar-industrial

Em suma, Hitler estava a responder a uma situação do século XX com uma solução do século XIX. O imperialismo, combinado com a sua ideologia antissemita, tinha de transformar a Alemanha numa potência continental capaz de rivalizar com o Império Britânico e, sobretudo, com o imenso território dos Estados Unidos. Para isso, Hitler organizou, a partir de 1933, o mais extraordinário esforço de redistribuição jamais realizado por um Estado capitalista, com a percentagem do produto nacional destinada ao exército a passar de menos de 1% para quase 20% em 1938, ao mesmo tempo que a produção industrial aumentava fortemente, assim como o consumo e o investimento civil (6 milhões de desempregados foram postos a trabalhar). 

Tudo foi sacrificado ao rearmamento e à criação deste complexo militar-industrial, nomeadamente os interesses das indústrias de bens de consumo e do campesinato, daí o racionamento das matérias-primas essenciais a partir de 1935 e, mais tarde, a pilhagem da Europa. Este foi aceite pelo grande capital alemão, enfraquecido pela crise de 1929, porque era seletivo, explorando frequentemente a iniciativa privada, e assegurava lucros substanciais, mantendo a ordem social e esmagando a esquerda e os sindicatos. Por fim, a conquista do Lebensraum no Leste (com o "Generalplan Ost" de racionalização e reorganização agrária e o Plano Fome de 1941, que previa a pilhagem dos recursos alimentares de cerca de dez milhões de polacos, russos e ucranianos) e a política genocida, nascida da ideologia racial e antissemita, encontraram a sua justificação econômica ao serviço do poder. A economia nazi e a Segunda Guerra Mundial

No entanto, Adam Tooze mostra claramente que a diplomacia, o planeamento militar e a mobilização econômica não se combinaram para formar um plano de guerra coerente e a longo prazo. Em setembro de 1939, a Alemanha entrou em guerra sem uma forte superioridade material ou técnica em relação à França, à Grã-Bretanha ou, em 1941, à URSS. Com uma economia condicionada por problemas de balança de pagamentos (era impossível contrair empréstimos ou fazer comércio com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos) e sob controlo administrativo permanente, Hitler estava constantemente a jogar contra o relógio. 

Em 1939, a Alemanha já não podia acelerar o seu esforço de armamento, enquanto a Grã-Bretanha, a França e a URSS aceleravam o seu rearmamento. Por outro lado, se em 1936 Hitler ainda insistia na conspiração judaico-bolchevique, a partir de 1938 o antissemitismo nazi tomou um rumo anti-ocidental e, sobretudo, anti-americano, o que facilitou a compreensão do Pacto Germano-Soviético, que também protegia a Alemanha contra uma segunda frente e contra os piores efeitos do bloqueio anglo-francês. Para além das considerações ideológicas, tendo em conta a dimensão do esforço de guerra anglo-americano a partir do verão de 1940, os recursos econômicos da URSS (cereais, petróleo) eram vitais para a sobrevivência da Alemanha. Ao mesmo tempo, porém, era necessário preparar a invasão da URSS e a corrida transatlântica ao armamento, o que exigia uma vitória rápida sobre o Exército Vermelho, ao mesmo tempo que se levavam a cabo os programas genocidas de limpeza étnica das SS no âmbito do Generalplan Ost.

No início de 1942, as forças econômicas e militares mobilizadas contra o Terceiro Reich eram esmagadoras. Mas o núcleo do poder político nazi (o Gauleiter Sauckel, Herbert Backe, o orquestrador do Plano da Fome, Göring, Himmler e Albert Speer) empreendeu então um imenso esforço para mobilizar todos os recursos humanos (incluindo a mão de obra judaica nos campos), alimentares e econômicos (pilhando toda a Europa) ao serviço da guerra e do “milagre armamentista” de Speer. A aceleração final da produção alemã de armas, em 1944, foi efetuada à custa da destruição de uma grande parte da Europa e das suas populações, bem como da própria Alemanha. Em 1946, o PIB alemão per capita era de pouco mais de 2.200 dólares (um nível que não se registrava desde a década de 1880) e, nas cidades arrasadas, as rações alimentares eram frequentemente inferiores a 1.000 calorias por dia. Uma grande obra

Como já deve ter percebido, é impossível transmitir aqui toda a riqueza deste fascinante fresco, que é perfeitamente legível para não especialistas em história econômica. Adam Tooze desafia muitas ideias recebidas sobre os sucessos industriais do Terceiro Reich e as motivações e decisões nazis durante a guerra, sem nunca subestimar a importância dos pressupostos ideológicos nazis. 

Oferece-nos uma brilhante releitura da primeira metade do século XX, à luz das escolhas econômicas feitas em resposta às convulsões no equilíbrio econômico global, e oferece-nos um cativante apelo à história econômica. É evidente que se trata de uma leitura essencial para os professores de História do ensino secundário, em particular para os que lecionam os capítulos sobre crescimento econômico e globalização, totalitarismo e guerra total.

Fonte: La Cliothèque
http://clio-cr.clionautes.org/le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Reproduzido primeiramente em Holocaust-doc (blog auxiliar deste aqui para publicação de textos, correlatos ao tema do blog, 2aGM e cia, em outros idiomas: inglês, francês, espanhol etc):
https://holocaust-doc.blogspot.com/2016/02/adam-tooze-le-salaire-de-la-destruction-formation-et-ruine-de-l-economie-nazie.html

Texto traduzido do francês com ajuda de IA ("Inteligência artificial").
Revisão:
Roberto Lucena

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 18)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 18 (30 de Outubro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 18. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



sábado, 28 de setembro de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 17)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 17 (28 de Setembro de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 17. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A disputa pelo Oriente Médio. Estamos diante de uma nova onda de descolonização

Praqueles que não dimensionaram o significado dessa nova etapa do conflito no Oriente Médio, é uma etapa em que os Estados Unidos estão tentando manter seu domínio ou hegemonia no Oriente Médio, por isso que correu para defender Israel logo em outubro de 2023 com outros membros da OTAN, destacadamente o Reino Unido (que muitos no Brasil só entendem o termo se a gente citar o país pelo nome de "Inglaterra").

Podemos e provavelmente estamos presenciando outra onda de descolonização no mundo, que sempre estouram no declínio do poder de Império de alguns países, em conflito entre esses países e na mudança de eixo econômico pra outra região ou país, caso atual a transição do eixo EUA/Europa Ocidental pra Ásia/China.

Após a segunda guerra mundial com a destruição da Europa várias colônias da Europa na Ásia e África, remanescentes, começaram processos de independência e sangrentos, por repressão das "Metrópoles", vide a guerra da Argélia com seus 1 milhão de mortos (https://en.wikipedia.org/wiki/Algerian_War), a França "vencedora" da segunda guerra sobre o nazismo de Hitler (como costuma ser retratada erroneamente pois viveu sob regime colaboracionista na segunda guerra) partiu para uma guerra sangrenta pra manter a Argélia a ferro e fogo sob seu "tacão" (domínio).

O mesmo ocorreu em vários países africanos e da Ásia, a revolução chinesa em 1949 (https://en.wikipedia.org/wiki/Chinese_Communist_Revolution).

A guerra de libertação da Indochina (que muitos só conhecem por Vietnã, Laos e Camboja https://pt.wikipedia.org/wiki/Indochina_Francesa), primeiro da mão dos franceses, que assim que tombaram abriram espaço pros norte-americanos entrarem em conter o avanço da guerrilha do Vietnã do Norte, que sairia vitorioso em 1975 unificando o Vietnã em uma República expulsando os Estados Unidos daquele país. Os norte-americanos ficavam pelo Vietnã do Sul, sob seu domínio, em guerra contra as guerrilhas comunistas do Vietnã do Norte.

A guerra do Vietnã trata-se de uma Guerra de Independência (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3) sobretudo.

Guerras de independência geralmente possuem teor revolucionário, de libertação nacional, provocam profundas mudanças nos países que se livram das ex-Metrópoles.

O mesmo processo do passado (houve outras ondas de descolonização: das Américas ao longo do século XIX, após a segunda guerra etc) pode estar se repetindo na África (vários países se levantaram contra a opressão colonial francesa expulsando a França de seus países) e no Oriente Médio, vide o conflito da Palestina (área dominada por Israel ancorado nos Estados Unidos e Europa Ocidental), Líbano e todos os atores envolvidos alvos do consórcio norte-americano/europeu e israelense, em que as partes mais fortes (Estados Unidos destacadamente e Reino Unido e outros europeus em segundo plano) operam pra conter o avanço de China/Rússia e BRICS sobre as reservas de petróleo e gás dessa região do globo.

Estava vendo um vídeo de canal de esquerda (não memorizei o nome, coloco nos comentários se lembrar) sobre a situação do Líbano/Irã e cia e me veio à mente a questão porque alguém mencionou algo similar por lá, o Breno Altman vem tocando no assunto em relação aos EUA e a contenção com a China (fez um vídeo hoje sobre isso (https://www.youtube.com/watch?v=bsKn1kUPARw "ESTADOS UNIDOS APOSTAM NA TERCEIRA GUERRA? - ANÁLISE DE BRENO ALTMAN").

Um adendo: esse texto aqui foi escrito há vários dias (desde o dia 10 último ou antes), não foi publicado antes por falta de revisão e alguns detalhes, porque impressiona a convergência (comento sobre isso no fim com outro texto de fora).

Pros que acham que o conflito vai "acabar amanhã" e afins, e até pode (parcialmente, depende da escalada com o Irã, que é ator central no Oriente Médio), já estamos dentro de um conflito de escala muito maior.

Os Estados Unidos não terão muito tempo daqui a uns anos pra tentar uma contenção militar da China, já que não consegue conter mais o gigante chinês pela via tecnológica, econômica, e também mira a Rússia, que restaurou seu estatus de potência mundial e tem forte aliança com a China (são cabeças dos BRICS).

Memorize o ano "2030", até 2030 a China ultrapassará a economia dos EUA ("China’s Economy Could Overtake US Economy by 2030", artigo de 2022, mantido os padrões atuais https://www.voanews.com/a/chinas-economy-could-overtake-us-economy-by-2030/6380892.html), e já ultrapassou pelo cálculo de Paridade do poder de Compra https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)).

Ou seja, as "portas" até pro uso da "via militar" (pelos EUA) pra conter a China estão se fechando até 2030, por isso a violência e agressão nos conflitos da Ucrânia e Oriente Médio. No cálculo do PIB por poder de compra a "União Europeia" aparece à frente dos Estados Unidos (um dos motivos pelos quais também é alvo, apesar de se apresentar como "parceira" dos EUA nos conflitos, os EUA miram e atacam o mundo inteiro).

Então certas simplificações que circulam em alguns canais de direita sobre esses conflitos na "Youtubesfera brasileira" (tinha que ser) soam como "coisa mirabolante", "coisa exótica", "negação" e coisas do tipo (vi essa postura aos montes dos ditos "revis" sobre o assunto da segunda guerra, que devem estar atordodos há alguns anos não entendendo "que mundo é esse que vivemos de uma década pra cá"), por conta de uma posição refratária de alguns negando a questão do caráter expansionista do projeto colonial de Israel (o papel de Israel no conflito é consolidar o projeto sionista pra Palestina pra depois querer se expandir na direção da "Grande Israel", que abocanha vários outros países da região, só que sem força pra isso atualmente exceto se os Estados Unidos endossarem e entrarem na contenda pra proporcionar isso, o que não significa que terá sucesso na "empreitada", já estão cercados por todos os lados desde 2023).

Vale a pena ler também, os textos e vídeos convergem pro mesmo ponto: https://www.newyorker.com/news/daily-comment/how-ten-middle-east-conflicts-are-converging-into-one-big-war ("How Ten Middle East Conflicts Are Converging Into One Big War. The U.S. is enmeshed in wars among disparate players in Israel, Iraq, Lebanon, Syria, and Yemen")
("Como os conflitos do Oriente Médio estão se convergindo em uma grande guerra, os EUA estão imersos em guerras com jogadores díspares em Israel, Iraque, Líbano, Síria e Iêmen").

Texto publicado em 15 de Outubro de 2024 (depois será recolocado na ordem correta, para não atrapalhar a visualização dos posts sobre Oriente Médio).

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 16)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 16 (28 de Agosto de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 16. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 15)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 15 (02 de Agosto de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 15. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



sexta-feira, 5 de julho de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 14)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 14 (05 de Julho de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 14. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 



quinta-feira, 4 de julho de 2024

Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2024

Farei uma atualização ou acréscimo da lista de livros sobre o conflito na Palestina e Oriente Médio (em Post), só que dessa vez vou excluir a questão da primazia de listar algo em português ou espanhol (acho que já havia feito isso na parte 02) já que o público que acessa o blog vem de várias partes do mundo (vários leem em inglês). Deixarei o link dos outros posts sobre bibliografia do conflito na parte final do post (ou coloco aqui em destaque).

Mas não será uma lista pronta como as demais, vou colocar aos poucos algum nome se surgir algo interessante a acrescentar.

Começarei com a lista que o Salem Nasser (prof.) fez do conflito, a lista está no vídeo dele, segue link abaixo do vídeo, há livro em inglês que nunca foi lançado pro português, há livro lançado em português (versão/tradução):



Aviso:Acabarei colocando a seção da parte em inglês em um post à parte pois são muitos livros e o post ficaria muito extenso (mais do que já é).

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 13)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 13 (Junho de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 13. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo: 


Norman Finkelstein sobre o "identitarismo" (em inglês: "Wokeism")

Andei lendo o verbete do N. Finkelstein na Wikipedia (em inglês), que sofria preconceito forte de uma camada da "academia" aqui no Brasil (os caras querem combater tecnologia em vez de assimilar e aprender/entender como a coisa funciona e usar, por pura preguiça, desleixo, falta de interesse), principalmente a versão em português (que é problemática justamente por essa falta de empenho, motivação que esse meio acadêmico deveria insuflar nos alunos/estudantes pra melhorarem esse tipo de site enciclopédia), e como dizia, fui ver outra coisa no verbete (sobre um livro dele ou tese), como acabo lendo o restante, havia uma citação sobre "wokeism" (que é como chamam nos EUA o que no Brasil se "popularizou" como "identitarismo").

Fui ver o verbete em português e só conseguiram achar um "termo" sobre isso em 2012 (de um texto obscuro pra poder citar pra negar o que afirmo de que a coisa tomou vulto num finado grupo de esquerda do Facebook, há problemas de registro das discussões, e é um problema sério essa questão da "memória" em tempos "digitais"), o resto das citações é sempre depois de 2016, principalmente no Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_identit%C3%A1ria). Em inglês o termo (https://en.wikipedia.org/wiki/Woke).

Como o Finkelstein não costuma ser contestado como o pessoal "não-celebrity" o é (o Finkelstein já foi citado nas "mídias alternativas" recentemente, em algumas como se fosse uma "novidade", o que é bizarro, mas tudo bem, antes tarde que nunca...), eu ia mencionar esse trecho há mais de semana e não deu, sobre o que ele comenta sobre "identitarismo", que como disse acima, nos EUA recebeu o nome de "wokeism", "movimento Woke", ou mais precisamente acabou se popularizando com esse termo já que "identitarian" significa outra coisa em inglês (termo ligado a movimentos/grupos supremacistas brancos).

Verbete do Norman Finkelstein em inglês: (https://en.wikipedia.org/wiki/Norman_Finkelstein). E o link original do trecho num vídeo do Youtube (de entrevista), pra quem fizer "beicinho" pra Wikipedia (é só checar direto a fonte, até isso eu tou repassando de "mão beijada"): (https://www.youtube.com/watch?v=0rvxnmIJ7yQ&t=2732s)

Vou colocar o texto original em inglês e a tradução mais abaixo:

""Wokeism"

In May 2023, on Glenn Loury's podcast The Glenn Show, Finkelstein called wokeness a "lucrative scam" and "intellectually worthless", criticizing Ibram X. Kendi's and Angela Davis's speaking engagements as "rich white folks using woke people as protective cover".[134]

In an interview with Imran Garda, Finkelstein expanded on this:

I didn't have a problem with it, it seemed to be another "college fad"... but then it became painfully obvious that it was politically a very pernicious phenomenon... the big difference between political correctness and woke politics is political correctness was really marginal, a few campus radicals, but the Democratic Party has instrumentalized identity politics to displace what was once its base, namely the trade union movement... identity politics has infiltrated most of what you would call liberal culture and so its impact, the dangers it poses are much more significant... identity politics has appropriated those causes, the women's question, the African-American question, but lopped off the class element.[135]"

 

Tradução (português):

"Identitarismo"

Em maio de 2023, no podcast de Glenn Loury, o "The Glenn Show", Finkelstein chamou o "wakeness" ("identitarismo") de uma "fraude lucrativa" e "intelectualmente sem valor", criticando as palestras de Ibram X. Kendi e Angela Davis como "pessoas brancas ricas usando identitários/minorias como cobertura de proteção".[ 134]

Numa entrevista com Imran Garda, Finkelstein expandiu a crítica:

"Eu não tive nenhum problema com isso, parecia ser mais uma "moda universitária"... mas então ficou dolorosamente óbvio que era politicamente um fenômeno muito pernicioso... a grande diferença entre o politicamente correto e a política identitária é que o politicamente correto era realmente marginal, de alguns radicais de campus (Universidade), mas o Partido Democrata instrumentalizou a "política de identidade" para deslocar o que já foi sua base, ou seja, o movimento sindical... a política de identidade se infiltrou na maior parte do que você chamaria de cultura liberal e, portanto, seu impacto , os perigos que representa são muito mais significativos... a política de identidade apropriou-se dessas causas, a questão das mulheres, a questão afro-americana, mas eliminou o elemento de classe.[135]"

 

Quando a gente tentava dizer a mesma coisa (há muitos anos), muito tempo atrás, vinha uma leva refratária negando, atenuando, "passando pano", "mas não, vocês exageram, isso não é tudo isso que alegam etc". Taí o estrago político, econômico e o que esses grupos apresentam na prática de discurso de melhoria pra população nesses países?

Se alguém tiver algum ponto disso (melhorias pro povo, pras minorias por parte dessa claque que ruge como leão nessas bolhas, e afina com a extrema-direita) pode vir aqui e apresentar.

Estou destacando o trecho do Norman Finkelstein aqui porque a apropriação de comentários, citações e discussões é tão constante (pro meu lado e de outras pessoas), sem se dar os créditos etc ("ah, mas por que isso é relevante?", comento pro fim), que é bom sempre deixar registrado pra depois não virem se apropriar e lançar (por terceiros) como se "soltassem uma bomba", se mencionarem (quem ler o post vai saber de onde saiu quando ouvir/ler em outro canto, porque são sempre os mesmos redutos). Por que é relevante citar fonte e cia? Porque isso é um debate público, ou deveria ser, não é "propriedade" de patotinha A ou B, fora que se apropriar de discurso político, comentários etc de terceiros e apresentar como sendo seu é de uma desonestidade intelectual miserável, e eu começo a perder respeito quando fazem isso.

Porque eu poderia simplesmente ficar em silêncio, só que como eu sei que o nível de discussão nesse país é um lixo há muito tempo, e a gente (eu incluso) precisa desse país pra viver e sobreviver, eu não posso simplesmente adotar uma posição "linha dura", "egoísta" (mas justa, se eu eu fizesse estaria no meu direito, e não abusem, não tenho muita paciência mais com esse tipo de babaquice de internet) de silenciar, lavar as mãos e deixar o barril de pólvora explodir (mesmo que eu me lasque junto), mas não sou irresponsável e inconsequente pra isso, mesmo com a atitude pueril de uma parte.

Eu sei que a ideia bem colocada, correta, verdadeira, trazida a público, em algum momento se dissemina (se houver quem consiga fazer isso), se espalha, e se servir pra população ela é assumida como valor cultural de um povo etc.

Acho até engraçado uma parte da esquerda do país viver falando em Gramsci e não entender nada do que o cara disse sobre hegemonia cultural (o astrólogo "Olavinho" deu um nó na "intelectualidade" das Universidades brasileiras nisso, tendo só a quarta série do primário, o que é uma vergonha completam, tudo por preguiça/desleixo do meio universitário e despreparo pra lidar com o problema), aí quando a gente "adere" ao "gramcismo" os caras não entendem ou vão a "reboque". O termo "identitário" foi propagado à revelia da "vontade" dssas mídias alternativas, de forma até marginal (via grupo de Facebook, anos de 2015/2016, e como disse acima, de difícil registro, porque ninguém deu muita atenção à época disso e é difícil vasculhar arquivos velhos nessas redes fechadas, há um problema de estudo da memória do que foi propagado nessas redes fechadas das Big Techs, elas podem fazer um "1984" a todo instante apagando coisas, a memória histórica recente, e fica por isso se ninguém catalogar).

O discurso "identitário" infestou as siglas de esquerda do país (Brasil) também, implode tudo por onde passa. Mas tem gente que quer que sejamos tolerantes com a coisa, a troco de quê? De algo que não presta? De algo que não melhora vida de minoria (mas as usa pra fins políticos escusos)? Ponham a mão na cabeça e reflitam sobre isso, e parem de querer "ir na onda" pra agradar meia dúzia, a pancadaria come mais adiante (contra todos), Bolsonaro cresceu e emergiu em cima dessa palhaçada toda parida na última década.

Depois chiam quando a extrema-direita "woke" (a turma "neurótica" com "identitarismo" são os identitários de direita, pra fazer "tabelinha" com os "à esquerda"), discutindo besteira. Esses de direita são os famosos fiscais de "traseiro", como a gente chamava gente moralista e reaça que dava piti com essas questões comportamentais e similares. Ficam de tabelinha discutindo besteira com os "chiliquentos" de sinal trocado e rebaixando o nível da discussão pública do país por onde passam.

Larguem essa turma enquanto é tempo, porque quando o povo explodir dizendo "chega", vão passar um trator em cima de quem ainda estiver agarrado a esse pessoal. E não se trata de discriminar minorias, isso é afirmação falsa de meia dúzia de bocós, as causas em questão (de grupos discriminados) já existiam antes dessa baboseira "mande in USA" (norte-americana) aportar no país e ser reproduzida, tem que se retomar a discussão antiga e não bobagem (moda, artimanha) importada dos EUA.

A questão sobre racismo na Constituição de 1988 foi elaborada antes dessa baboseira tomar corpo no país (muito antes), só pra mostrar o quanto esses bandos que surfam em cima dessas "ondas" são um "paiol" de "nada" (de 'inutilidade' a serviço da classe dominante do Brasil alinhada a dos EUA). Porque somos uma colônia, um país dominado, e essas patotas também negam esse status do Brasil (mas tá cada vez mais difícil de negar o problema/a questão).

sábado, 4 de maio de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 12)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 12 (Maio de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 12. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo:

 


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 11)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 11 (Abril de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 11. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo:

 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 10)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 10 (Março de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 10. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post.

Pra quem acompanhou a discussão do Post 09, segue abaixo o vídeo colocado em destaque lá com um quadro/resumo sobre a situação atual do mundo, "onde estamos" e o que estamos "passando", a fase de transição de queda do Império norte-americano, ascensão chinesa e onde começou essa "transição":

Vídeo abaixo:
"A GEOPOLÍTICA MUNDIAL E A AMÉRICA LATINA | O MUNDO É UM MOINHO (21/03/2024); TV GGN - NASSIF"

"Pedro Costa Jr recebe o professor da UFRJ, Carlos Eduardo Martins
e a Professora Angelita Matos, da UNESP,
para comentar a geopolítica mundial e a América Latina, e mais:

✅ O Fim Domínio Global do Ocidente Coletivo
✅ Trinta Anos de Pronfundas Disputas Geopolíticas e Redefinição da Ordem Mundial
✅ A Multipolaridade e a América Latina
✅ Sanções, Lawfare, Guerra Híbrida, Guerras Periféricas e a Eminência de uma Guerra Global
✅A Superação da Democracia Liberal"

segunda-feira, 18 de março de 2024

Post sobre conflito no Oriente Médio e a crise humanitária em Gaza (Palestina), discussões na caixa de comentários (Parte 09)

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS. PARTE 09 (Março de 2024) (UPDATES IN THE COMMENT BOX). PART 09. Pra coisa ficar organizada e poder achar link depois, vou centralizar tudo em um post (esse post sempre ficará no topo, se for necessário).

ATUALIZAÇÕES DO POST NA CAIXA DE COMENTÁRIOS.

A caixa de comentários servirá justamente pra atualização sobre o conflito e desdobramentos (links de notícias, vídeos etc), desdobramento dessa disucssão aqui ("Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023"), e denunciar o papel podre da "grande mídia" do Brasil (Rede Globo, SBT, Record e cia) justificando os crimes contra Gaza (mais de 1600 crianças mortas no dia de hoje em Gaza) sem mencionar nunca o apartheid do projeto colonial israelense, punição coletiva (continuada) sobre a população palestina que está com corte de energia desde o começo da crise, água e comida (entraram poucos caminhões com suprimentos no dia de hoje pela fronteira com o Egito). Isso é um contraponto à mídia podre, venal e vendida do Brasil. Papel que essa mídia já faz com o próprio país desde antes da ditadura militar (1964-1985) atrelada a interesses externos contra o bem-estar da própria população do país.

Tentarei colocar os links relevantes abaixo que foram colocados na "caixa de comentários" da "parte 01" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2023/10/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios.html).

Como fica longa a página pra ler os comentários (já vai em mais de 170, mais os comentários de outro post quando estoura a crise), segue uma nova parte nesse post. Vídeo abaixo: GAZA - QUEM VAI PARAR O GENOCÍDIO?

Debate “Quem quer calar o jornalismo independente?” (B. Altman na Adufepe, Recife-PE, começa aos 26 minutos)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...