sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 66

66. Onde posso conseguir mais informação sobre "a outra versão" da história do "Holocausto", assim como sobre fatos referentes a outras áreas do Revisionismo Histórico da Segunda Guerra Mundial?

O IHR diz:

O Institute for Historical Review, P.O. Box 2739, Newport Beach, CA 92659, publica uma ampla variedade de livros, cassetes(audiobooks)e vídeos sobre temas históricos significativos (atualizado 1/95).

Nizkor responde:

Se você acredita que há "duas visões" do tema, só há um site onde se encontrará analizadas ambas: Nizkor.

Acabas de terminar de ler um estudo do Nizkor: um extenso trabalho de propaganda anti-semita, cheio de mentiras, com nossos comentários ponto a ponto. Temos incluído links ao website de Greg Raven e ao website de Ernst Zündel, em todos os momentos que nos era apropiado. Com esses links, você pode examinar as afirmações do IHR em seu contexto completo, e ver sua informação em vez da nossa se assim o desejar.

Também temos posto links para outro site importante sobre a negação do Holocausto, o de Bradley Smith.

De fato, só neste tratado sobre as "66 P&R", o Nizkor tem proporcionado links ao website não oficial do IHR destacado acima: cinco para sua página principal, e nove para páginas relevantes dentro do site. Em outras partes do website do Nizkor há um total de 26 links para esse site (na data de 11 de dezembro de 1995).

Não há uma só página do website de Greg Raven com links para o Nizkor, e Greg Raven tem afirmado que seria "ilógico" esperar que os pusesse.

Além de colocar links para todos os recursos na Internet sobre o Holocausto que podemos achar, arquivamos os envios à Usenet de todos os principais revisionistas. Desejarias ver todos os envios à Usenet feitos por Greg Raven em novembro de 1994? E suas opiniões sobre Hitler? Ou talvez uma sucessão de discussões que ele começou enviando um texto preparado sobre o que é a negação do Holocausto?

Queres ler informação sobre os fornos crematórios de Auschwitz procedente de "ambos os lados"? Está tudo em nossos arquivos. E estamos trabalhando duro para fazer com que todo este material -todo- seja mais acessível.

Fazemos isto porque acreditamos que, dando acesso a toda a informação que há sobre o tema, qualquer pessoa sensata chegará à conclusões sensatas.

O IHR, ao que parece, pretende outra coisa.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

Mattogno e Graf(“revisionistas” do Holocausto): Lógica reversa


(Carlo)Mattogno e (Jürgen)Graf têm problemas. Eles decidiram que irão simplesmente ignorar as vastas quantidades de dados de transportes (ver Sanning), que vai distorcer com eles. No entanto, quem estuda estes dados eventualmente encontra comboios para os campos do leste da Reinhard (Aktion Reinhard)(por exemplo, Bialystok, Minsk, Lida, Vilnius e Lwow). Para qualquer pessoa lógica, este fato, por si só já contradiz a "tese do reassentamento". Como Mattogno e Graf mentem à sua maneira em torno deste fato evidente?

A primeira abordagem de Mattogno/Graf(M/G) à esta questão é um flagrante non-sequitur. A "Evidência A" é citada em sustentação incondicional da "Hipótese B". Isso é o equivalente a alguém apontando para um barril de maçãs como prova de que deve haver laranjeiras na área. Isso é mais aparente na Seção 6 do Capítulo VIII, do seu “livro” Treblinka, que começa com a afirmação:

As deportações de judeus para o leste, por isso, tiveram lugar em duas fases: os judeus foram primeiro temporariamente assentados ou apresentados em campos de trânsito e, em seguida, deportados mais a leste. Em virtude da escassez de documentação existente, não é possível determinar com certeza o destino final desta deportação, mas existem vários elementos de prova, que tornam possível tirar conclusões plausíveis.
Na ausência de um "destino final", M/G inferem uma discussão por uma pequena parte de judeus holandeses que foram selecionados para o trabalho na rampa de Sobibor. Todavia, por definição, essas seleções trabalho não eram 'reassentamentos'. Os judeus citados por M/G nunca colocaram o pé dentro da URSS. Além disso, o trabalho nos campos citados em seu depoimento foram a oeste de Sobibor, assim os comboios estavam indo na direção errada, a fim de constituir deportações "para o leste".A própria fonte de M/G , uma declaração de Danneker de Junho de 1942, indica claramente que o "leste" foi entendido pelos nazistas para significar a URSS:

Por motivos militares, a expulsão dos judeus da Alemanha para a zona de deportação oriental, já não pode ter lugar durante o verão.

Estamos, assim, tendo um caso de "lógica reversa” por M/G entre leste e oeste, que foram deliberadamente mudados: a lógica geográfica e a falácia. Além disso, o número de trabalhadores para seleções nos transportes nos casos citados por M/G era inferior a 5%. Por exemplo, Cato Polak foi uma das 42 pessoas selecionadas a partir de um transporte de 1105 judeus.

A segunda distorção de M/G é falsear uma autoridade histórica e fragmentar um verdadeiro historiador da deportação dados sem dar o seu contexto. Por exemplo, no caso dos judeus eslovacos, M/G afirmam que:

Em um artigo publicado em 1992, o historiador polaco Janina Kielbon estabeleceu um estreito quadro completo da expulsão dos judeus no distrito de Lublin entre 1939 e 1942. [703] Nós reproduzimos os dados de 1942 em forma de quadro.


M/G dão os destinos como Trawniki, Izbica, 'Lublin' [Majdanek?], Lubartów, etc. O que eles deixam de mencionar é que os dados de Kielbon que estes foram apenas locais temporários em que os judeus sofreram seleção para o trabalho e aos inaptos para o trabalho foram realizadas em diferentes períodos nos ghettos aguardando transporte para campos de morte, como mostrado aqui. Veja também os casos individuais a partir do Majdanek State Museum mostrado aqui. A técnica de M/G aqui é portanto uma falácia instantânea. É usado um determinado momento de uma deportação, ou um elo de uma cadeia de transportes, e isso é usado para ofuscar o histórico completo da deportação de origem para a sua localização final.

Em terceiro lugar, e a mais grave de todas as mentiras cometidas por M/G está em distorcer o destino final das pessoas que foram selecionadas para o trabalho:

É característico que quase todos os judeus holandeses, que foram transferidos de Sobibór para outro campo, regressaram por algum meio de Auschwitz-Birkenau; em vez de serem liquidados como portadores de um conhecimento ultra-secreto, sobreviveram até a este 'campo de extermínio’.

Isto pode ser demonstrado como falso, analisando uma das próprias fontes de M/G: Estudo de Sobibor de Jules Schelvis. Mattogno escreve:

Dorohucza, a 5 km de Trawniki, era um campo de trabalho onde turfa era cortada. Segundo Schelvis, pelo menos 700 judeus holandês foram transferidos de lá diretamente após a chegada em Sobibór, mas segundo ele apenas dois deles supostamente sobreviveram à guerra.[765] Existe o conhecimento de 171 dessas pessoas - 147 homens e 24 mulheres - uma vez que enviaram postais de casa em Dorohucza.

M/G estão falando hipocrisias sobre Schelvis. Eles aceitam a sua estimativa do número de judeus no campo, que veio do Judenrat em Amsterdã, mas rejeitam as suas conclusões sobre o número de sobreviventes. Essa hipocrisia e metodologia quote-mining são típicas de M/G.

A estimativa de Schelvis de 700 holandeses judeus em Dorohucza é confirmada aqui:

De Dorohucza um total de 171 mensagens escritas (postais), foram recebidos no Judenrat em Amsterdã. Os remetentes destes 160 cartões puderam ser identificados juntamente com as datas da sua deportação. Estavam em 8 diferentes transportes. Com estes 8 transportes, além da primeira deportação de 10 - 13 Março 1943, que não teve sobreviventes, o número de judeus holandeses que trabalharam em Dorohucza, pode ser calculado como, pelo menos (9 x 80 + 1 =) 721.

O destino desses judeus é claro pelo mesmo link:

Foram mais de 34000 judeus holandeses deportados de Westerbork para Sobibor, estima-se que 1000 foram enviados para campos de trabalho forçado nas áreas de Lublin e Trawniki. Um desses campos era para cavar turfa, campo de Dorohucza. Dezesseis destes judeus holandeses sobreviveram à guerra, 13 mulheres e 3 homens.
[...]

Durante a noite de 3 de Novembro de 1943 quase todos os judeus em campos de trabalho no distrito Lublin (40 – 50.000) foram fuzilados. Esse massacre foi conduzido pelo nome código Aktion Erntefest (Operação Harvest Festival). Nesta operação, os trabalhadores judeus escravos em Dorohucza e Trawniki foram assassinados. Ele também significou o fim dos campos de trabalho. No livro digital "In Memoriam Lezecher” estão os nomes de 144 holandeses judeus que foram assassinados durante Aktion Erntefest em Dorohucza, por razões administrativas foi dado 30 Novembro 1943 como a data de sua morte.Ver o testemunho de Robert Jührs.

Esta evidência é por si só suficiente para confirmar as conclusões de Schelvis sobre o número de sobreviventes. Estou grato ao meu amigo Earldor pelo fornecimento deste excerto (Schelvis, "Sobibor", p.191):

Dos aproximadamente 700 homens holandeses que, à chegada, foram imediatamente transferidos para o campo de trabalho de Dorohucza para cavar turfa, apenas dois sobreviveram à guerra. Do restante do distrito Lublin, apenas treze mulheres e um homem foram liberados - embora não em Dorohucza ou Lublin - após passar algum tempo em vários outros campos, incansavelmente rasgados entre a miséria, a morte e a esperança.

Finalmente, M/G criaram um falso dilema, e um argumento falacioso de incredulidade, relativo ao Judeus na Galícia:

Se, como a historiografia oficial tem com ela, a criação desses distritos residenciais judaicos visando concentrar os judeus, a fim de ser capaz de liquidá-los com mais facilidade, então porque é que o campo de Belzec, supostamente fundado em Dezembro de 1942, com o objetivo de apenas acabar com esta liquidação, a 'atividade de extermínio", embora ainda tinham 161.514 judeus que viviam no distrito da Galícia em 31 de dezembro de 1942?

A resposta óbvia a este argumento de incredulidade é que os judeus morreram por outros meios, como sendo gaseados em Sobibor:

Após Belzec ter sido fechado em Dezembro de 1942, estima-se que mais de 25.000 judeus de Lwow (campo de Janowska) e do ghetto de Stryj foram enviados para Sobibór e assassinados.

Concluindo, portanto, embora Mattogno e Graf apresentaram documentação diferente dos seus colegas negadores, a abordagem para a documentação não é menos falaciosa e desonesta.


Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/12/mattogno-and-graf-reverse-logic.html

Tradução: Leo Gott

Como os negadores [do Holocausto] distorcem citações



Uma estratégia de negação clássica é pinçar uma citação de um historiador e fazer de conta que o historiador está dizendo o que o “negador” quer que ele diga. É uma forma sutil de mentir que definimos como “garimpagem de citações” (quote-mining). Aqui está um exemplo:

Germar Rudolf quer nos fazer crer que os Historiadores têm dúvidas sobre as câmaras de gás , então ele “garimpa” uma citação da Arno J. Mayer seguinte forma:

A tendência da historiografia atual parece ser mais e mais de abandonar as câmaras de gás, para os quais as fontes são “ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis” como disse o Prof Arno J. Mayer.

Mayer estava realmente abandonando as câmaras de gás, como Rudolf alega? Rudolf claramente sabia que não, pois Mayer no TRECHO COMPLETO diz:

Fontes para o estudo das câmaras de gás são ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis .. . Não se pode negar as muitas contradições e ambiguidades existentes nestas fontes. Elas [as contradições] não podem ser ignoradas, embora deva-se afirmar enfaticamente que esses problemas são no seu conjunto insuficientes para pôr em dúvida a utilização de câmaras de gás nos assassinatos em massa de judeus em Auschwitz. (grifos do tradutor)


Esta mesma ”citação garimpada” foi empregada depois pelo falecido, mas não pranteado, negador canadense Doug Collins em 1993-1994, como parte de uma série de artigos que levaram a um protesto formal junto ao British Columbia Press Council. Em relação à citação garimpada” de Mayer por Collins, o Conselho deliberou:

O Conselho da Imprensa (Press Council) sustenta o protesto sobre esses pontos e constata que eles violaram o artigo 1 do Código de Conduta, na medida que eles enganam o leitor e falseiam os autores originais. (grifos do tradutor)


“Garimpagem de citações” por negadores já tinha sido desmascarada frente à opinião pública há mais de uma década, mas os negadores continuam a praticar o "vício" .(aspas do tradutor)


Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/01/how-deniers-distort-their-sources.html

Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Traduzido por Leo Gott.

II. Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Rudolf cita uma passagem no Julgamento para o Juiz Gray, a fim de discordar com a alegação de que muito mais cianeto é necessário para matar piolhos do que é necessário para matar seres humanos.

Mesmo se estivesse completamente correto em sua argumentação, a alegação de Rudolf teria poucas ou nenhuma conseqüência no que diz respeito à veracidade dos acontecimentos em Auschwitz e Birkenau.

As possíveis consequências são que a ventilação das câmaras eram demasiadamente lentas, que a vítima não teria morrido tão rápido como relatado, ou que de alguma forma o montante da exposição deveria aumentar os vestígios de cianeto encontrados pelos investigadores forenses.

Eu mostro que os números de Rudolf são quase que certamente exagerados, e que mesmo assim os números de Rudolf são números que não produzem tais conseqüências. Rudolf escreve:

13.79 A razão pela qual Irving inicialmente negou a existência de câmaras de gás em Auschwitz foi, como se viu, em função do Relatório Leuchter. Tenho resumidas em detalhes as constatações feitas por Leuchter em nos itens 7.82 a 7.89 acima. Não vou repetir-me. Tenho também estabelecido nos itens 7.82 a 7.89 acima, as razões pelas quais van Pelt em nome da ré indeferiu o Relatório Leuchter como imperfeito e pouco fiável. Essas razões foram apresentadas para Irving em reperguntas. É um resumo das evidências para que ele aceite a validade dos mesmos. Ele concordou que o Relatório Leuchter estava fundamentalmente errado. No que se refere à análise química. Irving foi incapaz de contrariar as evidências do Dr. Roth (resumidas no parágrafo acima 7.106), que o cianeto, teria penetrado no tijolo e argamassa, até uma profundidade não mais de um décimo da largura de um cabelo humano, qualquer cianeto relativamente presente nas grandes amostras colhidas por Leuchter (que tiveram de ser pulverizadas antes da análise) teriam sido tão diluídas que os resultados sobre os quais Leuchter se baseou não tinha efetiva validade. O que é mais significativo é que Leuchter assumiu, equivocadamente e acordado com Irving, que uma concentração maior de cianeto teria sido necessária para matar seres humanos e não para fumigar roupas. De fato, a concentração necessária para matar seres humanos é 22 vezes menor do que o necessário para fins de fumigação.


É certo que muito mais cianeto é necessário para matar insetos do que é necessário para matar seres humanos, Leuchter aparentemente não têm consciência desta realidade. Rudolf, no entanto, reconhece este fato:

É verdade que mamíferos são muito mais sensíveis ao HCN do que insetos. A questão é, no entanto, qual a concentração de cianeto de hidrogênio é necessária para realizar um gaseamento em massa, conforme descrito pelas alegadas testemunhas oculares.

Muitos críticos e Negadores do Holocausto vêm argumentando que, devido ao nível letal de cianeto de um ser humano ser menor do que para usar em piolhos, as concentrações mais baixas foram de fato utilizadas no processo assassinar. O fato de 300ppm de HCN ser rapidamente letal para os seres humanos realmente não prova que essas pequenas concentrações foram utilizadas na câmaras de gás homicidas. A vantagem de se utilizar uma concentração mais elevada é dupla:
1) os efeitos letais podem ocorrer mais rapidamente e
2) a concentração letal pode ser estabelecida muito mais rápido. A vantagem de se utilizar uma concentração mais baixa, como é evidente, é que iria economizar dinheiro. Eu ainda não vi indícios de que as concentrações realmente utilizadas para homicídio foram significativamente menores (ou seja, mais de um fator de 2 ou 3) do que os utilizados para despiolhamento.

Convém salientar que um despiolhamento demora mais tempo do que um gaseamento homicida.

Devido a este tempo adicional, o Zyklon utilizado para despiolhamento teria tido tempo suficiente para evaporar completamente.

Portanto, para a mesma quantidade de Zyklon, a última fase gasosa da concentração de HCN é um pouco mais elevada no caso de despiolhamento.

Em sua seção de cálculos, Rudolf encontra um resultado diferente baseado erroneamente no pressuposto de que o Zyklon não foi introduzido pelas aberturas.

Eu discuto esta questão a seguir na minha análise sobre os cálculos de Rudolf.

Provas da existência de ventilação podem ser encontradas na apresentação de Keren, McCarthy e Mazal.[31]

Embora a concentração mais alta na fase gasosa das câmaras de gás ter sido muito provavelmente menor do que nas câmaras de despiolhamento, as concentrações provavelmente não teriam diferenças por muito como os críticos negadores têm assumido.

Estes resultados não são reivindicados por Leuchter ou pelo Leuchter Report.

As concentrações que foram utilizadas muito provavelmente são consistentes com os testemunhos, de uma forma consistente com a capacidade dos Sonderkommando para retirar os corpos, e coerentes com as diferenças nos vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento.

Na seção acima sobre ventilação eu mostrei que em até duas vezes o valor das estimativas de Rudolf de concentração de gás, não poria em perigo o pessoal do Sonderkommando.

Abaixo eu discuto a questão dos vestígios químicos de cianeto.

Aqui eu discuto a questão de quanto Zyklon B foi utilizado e qual é a sua toxicidade.

1 – Testemunhos da quantidade de Zyklon B aplicada.

Rudolf afirma:

Não existem muitos testemunho oculares no que se refere à quantidade de Zyklon B utilizada, mas de acordo com uma fonte polaca eles referem-se à aplicação de 6 a 12 kg de cianeto de hidrogênio.
Como Rudolf não forneceu a sua fonte, é impossível avaliar a precisão de sua afirmação ou até saber a qual câmara de gás estes montantes se referem. Supondo que a referência é o morgue 1 no Krema 2, estas concentrações correspondem a 12-24g/metro cúbico. Estas concentrações não estão fora de sintonia com os pressupostos que Jamie McCarthy e eu fizemos em nosso artigo[32].Nossas estimativas foram baseadas com as seguintes considerações. A nossa menor estimativa de 4-5g/metro cúbico veio de uma estimativa do nosso colega Mark Van Alstine.[33] Nossa estimativa alta de 15-20g/metro cúbico veio de Pressac.[34] [Perry]Broad testemunhou que duas latas de 1 kg foram utilizadas,[35], o que trabalharia a 4g/metro cúbico e coerente com a nossa estimativa mais baixa. Por segurança, usamos um intervalo de 5-20g/metro cúbico. Estes valores correspondem a 4500 e 18100 ppm, respectivamente.[36] Para efeitos de comparação, a concentração sugerida pela Degesch [fabricante do Zyklon B]para despiolhamento é de 8g/metro cúbico. [37] Estas são as concentrações finais para toda evaporação de uma vez do HCN. Durante um despiolhamento se desenvolveria a concentração alta. Durante um gaseamento homicida Zyklon o restante do Zyklon já teria sido removido após a morte aparente e antes de ventilação, de modo que a maior concentração teria efectivamente sido atingido, teria sido menos como o Zyklon e não teria evaporado totalmente de dentro da câmara.

2. Testemunhas oculares sobre o tempo necessário para matar todos os seres humanos dentro da câmara de gás.

Rudolf escreve:

Uma forma indireta de calcular a quantidade de Zyklon B que seria necessária para matar todos os seres humanos em uma "câmara de gás" é o tempo que foi alegadamente necessário para matá-los. De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar nas alegadas câmaras de gás dos Crematorium II e III. [Nota 448 de Rudolf] Esta informação pode ser usada para fazer um cálculo aproximado da quantidade de Zyklon efetivamente necessária para atingir o tempo da matança.
A fim de fazer tal cálculo aproximado, Rudolf compara este testemunho com os tempos relatados nas câmaras de execução dos EUA empregando HCN como gás letal. Existem sérias falhas neste argumento de Rudolf:

1) Existem mais variações de testemunhos do que o alegado por Rudolf

2) Para que as vítimas de uma câmara de gás parecessem mortos para as testemunhas oculares exigiria apenas silêncio e imobilidade.
3) As alegações de Rudolf sobre as câmaras de gás dos EUA são enganosas.

Rudolf cita: “De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar(...)” Na nota 448, ele afirma que "a única exceção", é o bloco de internos em Auschwitz (presumivelmente bloco 11).
Um outro testemunho ocular muito importante (Rudolf Höss) deve ser outra exceção:[38]

A porta seria aparafusada e fechada à espera dos esquadrões de desinfecção que iriam imediatamente jogar o gás [cristais] pelas aberturas do teto da câmara de gás que estabelece uma coluna de ar até ao chão. Este garantiria a rápida distribuição do gás. O processo poderia ser observado através do olho mágico [peep hole] na porta. Aqueles que estavam de pé ao lado da coluna de ar foram mortos imediatamente. Posso afirmar que cerca de um terço deles morreram imediatamente. O restante cambaleante começou a gritar na luta por ar. Os gritos, no entanto, logo mudaram para tosses e desmaios e depois de alguns momentos todos estavam deitados. Após vinte minutos, movimentos não podiam ser detectados. Os tempos necessários para o gás surtir efeito eram variados, de acordo com as condições meteorológicas e dependia se estava úmido ou seco, frio ou quente. Também dependiam da qualidade do gás, o que nunca foi exatamente o mesmo, bem como sobre a composição dos transportes, que poderiam conter uma alta proporção de judeus saudáveis, ou velhos e doentes, ou crianças. Algumas vítimas ficaram inconscientes depois de alguns minutos, variando de acordo com a
distância da coluna de ar. Aqueles que gritavam e aqueles que estavam velhos, doentes, ou fracos, ou as pequenas crianças morreram mais rápido do que aqueles que eram saudáveis e jovens.

Não deve ser surpreendente, se as quantidades usadas nem sempre foram igualmente precisas ou eficazes. Na verdade, não existe, pelo menos, um relatório de alguém que sobreviveu a um gaseamento. Suponho que o Dr. Nyiszli é outra exceção: [39]

Por precaução eu agarrei meu instrumento, e arremeti à câmara de gás. Contra a parede, próximo à entrada da imensa sala, metade estava coberta de corpos, vi uma menina proceder a uma morte-barulhenta, com o seu corpo apreendido com convulsões. O homens do kommando de gás à minha volta estavam em estado de pânico. Nada como isto nunca tinha acontecido no decurso de sua terrível carreira.[...]

Eu calmamente relatei [ao Sargento SS Mussfeld], o terrível caso que nos confrontamos. Eu descrevi as dores que a criança deve ter sofrido na sala de despir, e as cenas horríveis que precederam à morte na câmara de gás. Quando a sala tinha sido mergulhada em trevas, ela ainda respirava pouco com seus pulmões cheios do gás Zyklon. Apenas alguns, porém, o seu frágil corpo estava como uma massa que empurra e puxa, pois lutou contra a morte. Por acaso ela caiu com o rosto contra o chão de concreto úmido. Essa pouca umidade tinha de ser mantida para que o gás Zyklon asfixiasse e não reagisse sobre condições úmidas. Estes foram meus argumentos, e eu pedi-lhe para fazer qualquer coisa para a criança. [...]

"Não há maneira dela escapar", disse ele, "a criança terá que morrer".

Meia hora depois, a garotinha foi levada, ou melhor carregada, para a fornalha no corredor, e ali Mussfeld [Sargento SS] enviou outro no seu lugar para fazer o trabalho. Uma bala na parte de trás do pescoço.

A explicação de Nyiszli sobre a menina sobrevivente pode não ser correta, mas o episódio lembra que o gaseamento não foi necessariamente uma ciência perfeita. Não eram necessariamente conduzidas idealmente a cada vez, na verdade, sem dúvida vários perfis de concentração de gás variaram de gaseamento para gaseamento.

3 - O tempo necessário para matar prisioneiros nas câmaras de execução americanas.

O que seria necessário para o tipo de estimativa aproximada de concentração utilizada nas tentativas de Rudolf é que as vítimas deveriam estar expostas ao cianeto tempo suficiente para que a maioria das vítimas estivessem mortas em 10 minutos ou menos.

O argumento de Rudolf é que as concentrações utilizadas nas câmaras de gás devem ter sido, pelo menos, tão grande quanto às das câmaras de gás dos EUA, com vista para a morte ocorrer dentro de 10 minutos.
Ele afirma:

Mas, mesmo em circunstâncias normais, as execuções nas câmaras de gás dos EUA levam, em média 10 a 14 minutos. A concentração de cianeto de hidrogênio aplicada durante estas execuções é geralmente semelhante ao aplicado durante os procedimentos normais de despiolhamento(0,3% -- 1%).[Nota 450 de Rudolf] A vítima é imediatamente exposta à grande concentração de gás tóxico, assim se desenvolve por baixo dela, e se ergue até o seu rosto.
O tempo reportado da morte de uma execução nos EUA não é o mesmo que um testemunho de Auschwitz teria relatado. Para que um prisioneiro executado nos EUA seja declarado morto, pelo menos, os batimentos do seu coração devem ter parado. Nas câmaras de gás [nazistas] a inconsciência, o silêncio e a imobilidade seriam mais prováveis para relatar como morte. Ninguém entrou nas câmaras de gás até que elas fossem ventiladas. Durante o tempo de ventilação, a exposição das vítimas ao HCN teria continuado, de modo que qualquer vítima inconsciente iria continuar a ser exposta às concentrações letais de HCN. Portanto, esta comparação de Rudolf é realmente inválida. Em vítimas de intoxicação por cianeto, o coração pode continuar batendo, mas os outros sinais vitais desaparecem:

Em muitos casos, a morte é retardada, mas depois de uma dose muito elevada de cianeto, a morte pode ocorrer de 1 a 2 min. Nestes casos, o indivíduo desmaia e a respiração progride para apnéia. Convulsões e perda de consciência acontecem rapidamente. Com doses menores, respiração rápida pode ser vista, devido à estimulação da chemoreceptors carótida pelo cianeto [...]Inconsciência e completa [areflexia] podem ocorrer e podem continuar durante 15 a 60 minutos antes da morte. A respiração cessa antes da parada cardíaca.

Em um apêndice a este depoimento, eu examinei as fontes de Rudolf sobre o tempo de morte nas câmaras de execução nos EUA. Dois fatos são dignos de nota a partir desse exame. As fontes suportam a noção de que a inconsciência e a imobilidade precedem a morte cardíaca. Elas também põem em dúvida a média de 10-14 minutos que Rudolf afirma, durante o tempo de morte. Estes números são certamente mais altos que as fontes citadas pelo próprio Rudolf.

Agora eu volto à questão de saber qual foi a concentração usada nas execuções nos EUA. Rudolf reporta uma concentração de 0.3-1%, mas ele cita apenas uma única fonte. Esta fonte é listada na nota de rodapé 450 como "Cf. A News & Observer, Raleigh (NC), 11 de Junho de 1994, p. 14." No apêndice acima mencionado eu cito uma história que começa em p. A1 desta mesma emissão.[41] Este artigo não dá a concentração utilizada. Tem algumas informações que podem ser usadas para extrapolar uma concentração, mas tal estimativa não seria muito precisa. Na p. A14 há um artigo sobre a apelação de Phil Donahue para o Supremo Tribunal de Justiça pedindo a suspensão da execução. E não menciona as concentrações de cianeto utilizadas. Eu entrei no site News & Observer http://newsobserver.com/ e procurei artigos em 11 de junho de 1994.

A pesquisa sobre a palavra "cianeto" trouxe um artigo independente de Bill Krueger em p. A1 e um artigo sobre anúncios de cigarro.

A pesquisa sobre a "pena de morte" trouxe-me apenas o artigo de Krueger.

Uma pesquisa sobre "execução" trouxe-me até o artigo de Krueger, bem como o artigo sobre Phil Donahue. A pesquisa com o termo "concentração" não trouxe nenhum resultado que fez uma pesquisa sobre "0,3". Sem ter acesso a uma cópia impressa ou microfilmes da p. A14 não posso absolutamente excluir a possibilidade de Rudolf estar sendo honesto, mas deve ser suspeito seu valor de 0,3 a 1% de concentração de cianeto em execuções nos EUA. Mesmo que ele possa proporcionar uma fonte para esta afirmação, é questionável que a uniformidade é de tal uso. E sem dúvida não tem nenhuma maneira de fazer uma estimativa do LC100 (a concentração necessária para matar 100% das pessoas expostas, em um dado período de tempo).

4 – Cálculos subseqüentes

Por comparação, a 5g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 930 ppm dentro de 10 minutos e, a 20g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 0,37% dentro de 10 minutos. Esta estimativa não é muito diferente da baixa final de Rudolf. Dado que a variação do tempo de um gaseamento foi superior às reivindicações de Rudolf, que as câmaras de gás estavam mais quentes do que ele alega, e que leva mais tempo para morrer uma pessoa “em pena de morte” do que uma morte aparente, e que as estimativas que Jamie McCarthy e eu fizemos não são irracionais.

Deve-se notar que a estimativa de Rudolf de 0.3-1% magicamente torna-se 1% em seus cálculos subseqüentes.

Vale a pena revisitar os limiares da DuPont:[42]

2-5 ppm Odor
4-7 ppm [OSHA] exposição limite de 15 minutos, tempo médio ponderado
20-40 ppm ligeiros sintomas após várias horas
45-54 ppm Tolerado de ½ a 1 hora, sem significativos efeitos imediatos
100-200 ppm Fatal dentro de 1/2 a 1 hora
300 ppm rapidamente fatal (não existe tratamento)


Não é previsto tratamento para alguém que se pretende matar, por isso para os nossos propósitos 300ppm é "rapidamente fatal". No entanto a DuPont acrescenta:


Estes números devem ser considerados como estimativas razoáveis, não precisas, estes efeitos variam para diferentes pessoas, e os dados não são exatos. Além disso, respiração forte por causa do esforço físico aumentará a ingestão de cianeto e reduz o tempo para os sintomas aparecerem. O "rapidamente fatal", exposição ao nível de 300 ppm não assume primeiros socorros ou tratamento médico. Aliás é muito eficaz quando usado rapidamente.
[grifo da DuPont] Quanto é rapidamente?

Contagem de segundos, o tratamento deve ser prestado em até 200 segundos (3-4 minutos).

Um artigo publicado na revista Human Toxicology dá limiares semelhantes: [43]
Resposta Concentração (ppm)

Imediatamente fatal 270
Fatal após 10 min -----> 181
Fatal após 30 min -----> 135
Fatal após 30-60 min ou mais, ou perigoso à vida -----> 110-135
Tolerado de 30-60 min sem efeitos imediatos -----> 45-54
Ligeiros sintomas após horas -----> 18-30

Este mesmo artigo descreve um caso tão notável que valeu a pena publicar um artigo sobre um acidente no qual um trabalhador sobreviveu a 6 minutos de exposição a 500 mg/m3 (450 ppm).
O artigo diz:

Este caso é incomum, a sobrevivência sem seqüelas ocorreu apesar da exposição ao HCN na ordem de 500 mg/m3 e 6 min de exposição; especialmente porque o tratamento foi iniciado 1h após a exposição.

Mesmo com a exposição inicial inferior a 500 mg/m3, experimentos realizados posteriormente revelaram que o acúmulo de HCN nas circunstâncias descritas foi rápido.

Neste caso, o paciente desmaiou e ficou inconsciente dentro de 3 minutos.Após a retirada do tanque em que ele ficou exposto, a sua respiração era imperceptível e ele entrou em coma à chegada ao hospital 40 minutos depois.

Diante do exposto, é razoável supor que a alegação de que 300 ppm é "rapidamente fatal" seria aplicável aos tempos de 10 minutos, no máximo.

Há de se preocupar no entanto, se este valor é LC100. Sem citar o que ele considera doses letais,
Rudolf escreve (p.190):

A dose letal de 100%, LD100, dá a concentração ou quantidade de venenonecessária para matar todos (100%) indivíduos de observados. Este valor é usado para certifica de que todas as pessoas são mortas com êxito.

A dose letal 1%, LD1, dá a concentração ou quantidade de veneno necessária para matar 1% de todos os indivíduos observados. Este valor é usado para marcar um limiar para além do qual a exposição ao veneno é definitivamente perigosa.

Obviamente, os dois valores diferem enormemente, ou seja, o valor de LD100 é muito superior ao valor LD1.

Aqui Rudolf parece implicar, mas não indicar explicitamente que citava muitas vezes o valor de 300 ppm a toxicidade do HCN que é um valor LD1 e seu 1% é um valor LD100, presumivelmente, a dez minutos de tempo de exposição. Quando citamos uma concentração letal normalmente se refere à concentração letal (LC), em vez de valores de dose letal (LD). Uma concentração letal requer um tempo a ele associado. Uma fonte fornece os seguintes valores para o LC50: [44]

Valores exatos para toxicidade aguda de HCN para os seres humanos são desconhecidos. A letalidade aguda é por analogia com os animais e sobre fundamentos teóricos, suscetível de ser dependente do tempo, algumas orientações estão disponíveis nos dados da tabela 2.

Tempo -----------LC50(mg m3)------------LCt50(MG min m3)
15s-------------------------- 2400------------------------------ 660
1min-------------------------1000----------------------------- 1000
10min------------------------ 200------------------------------2000
15min-------------------------133------------------------------4000

No entanto, deve-se afirmar que estes números são muito incertos, e um valor maior de 4400 mg m -3 foi dado por MacNamara com base numa estimativa de Moore e Gates ....

A própria estimativa de MacNamara para a toxicidade do HCN inalado em humanos baseia-se na semelhança de respostas a HCN dos seres humanos e dos caprinos, e ele dá a 1 min-LC50 de 3404 mg m-3.

O valor dado de 10 minutos é equivalente a 181 ppm. Independentemente da absoluta precisão destes números, seria ridículo sugerir que 300 ppm é LC1 em dez minutos. A estimativa de LC50 durante 15 segundos, corresponde a 0,21%, que é menor do que a afirmação de Rudolf de LC100 durante 10 minutos. O valor de LC50 de McNamara para 1 minuto é 3080 ppm, enquanto este é o LC100 mínimo de Rudolf durante 10 minutos. O valor de 4400 mg m -3 é difícil de se interpretar sem um [timeframe]. Talvez seja um valor de LCt, mas as unidades estariam erradas nesse caso.
Não há um caminho ético para medir precisamente o LC100 para um ser humano. Mesmo fazendo uma boa estimativa baseada nas câmaras de gás dos EUA pode ser problemático, pois as concentrações utilizadas não eram necessariamente compatíveis, nem o tamanho da amostra é suficientemente grande. A estimativa de Rudolf é tão problemática como inútil. Notar que (0,1%) 1000 ppm é superior a 5 vezes a estimativa da LC50 durante 10 minutos. É difícil imaginar que 0,1% por dez minutos, não seria mais de LC100. Rudolf escreve:

... Apenas piolhos em mau (sic) estado podem ser mortos com apenas 0,03% de cianeto de hidrogênio, por isso é possível que um homem inteligente e saudável possa sobreviver a 5 minutos de exposição a 1% de cianeto de hidrogênio.

Rudolf não apresenta evidências para esta afirmação.

Basear-se na estimativa dada acima, de que o montante do Zyklon foi utilizado entre 5 e 20 gramas por metro cúbico (4500-18100 ppm), é uma estimativa conservadora, que as vítimas foram expostas a 450-1810 ppm dentro de 5 a 15 minutos, ou entre 2,5 e 10 vezes do tempo a LC50 da estimativa acima. Esta estimativa depende das câmaras estando a apenas 15°C. As câmaras de gás são suscetíveis de ter sido muito mais quentes do que a temperatura mais quente que ele estudou. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon.

Sob essas condições a liberação do gás (HCN) do Zyklon seria mais rápida e o tempo de exposição maior.

Rudolf escreve:

É óbvio que o tempo dos assassinatos em massa relatados pelas alegadas testemunhas oculares com Zyklon B em Auschwitz e em outros locais, e que são menores ou semelhantes às execuções nos EUA, seriam necessários, pelo menos concentrações semelhantes, tal como aplicado nos execuções nos EUA (0.3%-1%). Devido ao fato da liberação do cianeto de hidrogênio do Zyklon B ser muito lenta, cerca de 10% nos primeiros 10 min. [Nota 451 de Rudolf] Além disso, uma vez que obviamente não havia nenhum dispositivo para distribuir o gás rapidamente ao longo de toda a sala, mais minutos se passaram antes que todas as vítimas teriam sido cercadas por altas concentrações de cianeto de hidrogênio (mesmo aqueles encostados nos cantos da sala). Devemos, portanto, assumir que o montante mínimo de Zyklon B para ser introduzido nestes quartos teriam sido na ordem de magnitude de dez vezes o valor normalmente utilizado para os procedimentos de despiolhamento, a fim de atingir uma concentração semelhante já nos primeiros 5 a 10 minutos da execução, mesmo no canto da sala.

A inspecção da ilustração 1 do estudo de Irmscher[45] mostra que cerca de 10% do Zyklon evapora dentro de um período de cerca de 5 a 15 minutos, mesmo nas baixas temperaturas que ele estudou. Irmscher fez seus estudos com temperaturas variando entre -18°C e 15°C. Em seus cálculos, discutidos abaixo (ver p. 235 do seu depoimento), Rudolf encaixa os dados de Irmscher na forma funcional 1-exp (-t/43.5), onde t é dado em minutos.
Eu tracei um esboço através dos dados de Irmscher dados, e achei que está razoavelmente de acordo.[46] Se você puder extrapolar os dados para o início tempo, é retornado o resultado que cerca de 20% evapora dentro de 10 minutos. É suscetível que as câmaras de gás foram muito mais quente que a temperatura mais quente estudada por ele. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon. Existe, de fato, algumas provas que as câmaras de gás foram aquecidas.

John Zimmermann escreve[47]:

A descoberta dos Arquivos de Auschwitz em Moscou sugere que os problemas técnicos de aquecimento do "gassing cellar" foram superados. Uma nota fiscal dos construtores do forno de Auschwitz para as autoridades pedindo o pagamento de um "sistema de indução de ar quente" [warmluftzufuhrung] para o Crematorium II
instalado em junho de 1943.
Além disso, houveram de fato, dispositivos para distribuir o gás ao longo da sala.[48] Portanto, a estimativa de Rudolf é no mínimo do pior cenário possível; e tem várias hipóteses:

1) que a sua média de 10-13 minutos das câmaras de gás dos EUA é exata. Tal como acima demonstrado, algumas mortes de fato demoraram mais, mas é difícil justificar como uma média de tempo.

2) Que as testemunhas oculares dos gaseamentos de Auschwitz teriam relatado “morte legal”, em vez de inconsciência e cessação de movimento.

3) que 10 minutos é o tempo máximo reportado de Auschwitz somente com uma única excepção.

4) Que não existiam dispositivos de introdução [do Zyklon]

5) Que a temperatura presente era fria (Ele usa dados do Zyklon B de 15°C).

6) Que 0.3-1% é um argumento preciso das concentrações utilizadas nas câmaras de gás dos EUA.

7) Que se deve usar 1% em vez de 0,3%

8) Que apenas 10% evapora no prazo de dez minutos, em contraste com a forma funcional.

1% corresponde a 11g/m3. Se se assume sob as piores condições que é necessário utilizar 10 vezes o máximo para conseguir uma tal concentração, em apenas 10 minutos a uma temperatura de 15°C, então é preciso 110g/m3. Para efeitos de comparação, as concentrações sugeridas pela Degesch para despiolhamento eram de 8g/m3.[49] Se, por outro lado, olhar para os números que eu e Jamie McCarthy chegamos baseado na evidência disponível 5-20 g/m3 concentração que foi utilizado, revela-se razoável na imagem.

Na sequência abaixo eu parto do princípio de que o relatório de Rudolf para a saída do Zyklon B é válido, e que o Zyklon foi removido após apenas 10 minutos e que a taxa de ventilação que foi dada por Rudolf de 9,94 trocas por hora.






É importante notar que as vítimas iriam continuar a ser expostos a HCN durante ventilação. Uma vítima inconsciente, que ainda não tinha sido morta, teria toda a probabilidade ser morta no tempo que os corpos eram removidos. Notar que a estimativa mínima mostra que as vítimas teriam sido expostas a concentrações acima de 300 ppm por 14 minutos. Recordo que LC50 por dez minutos é cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas ao excesso de concentração de 181 ppm por 18 minutos.
Pode ser argumentado (na verdade, sem dúvida alguma Rudolf e Irving irão argumentar), que uma vítima eventualmente sobreviver a tal tratamento. Nossa estimativa máxima deveria colocar essas questões para descansar. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 300 ppm por 24 minutos, e concentrações superiores a 181 ppm por 27 minutos. Nota-se que igualmente as vítimas seriam expostas a concentrações superiores a 1000 ppm durante 16 minutos. Este valor corresponde a LC50 por 1 minuto. O excesso de concentração seria de 3000 ppm (0,3%) durante 3 minutos. Esta comparação corresponde a LC50 por 15 segundos. Existe pouca dúvida de que esta estimativa de Rudolf é superestimada.

Agora eu vou plotar os resultados para o caso em que o Zyklon não foi removido durante 20 minutos:






A menor estimativa mostra que as vítimas seriam expostas a uma concentração acima de 300 ppm por 27 minutos. Novamente, LC50 por dez minutos é de cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas a concentração em excesso de 181 ppm por 31 minutos. Ainda é difícil de acreditar que Rudolf iria alegar que uma vítima poderia sobreviver tal tratamento. Nossa estimativa máxima aqui é quase que certamente muito grande. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 0,1% ppm por 29 minutos, e concentrações superiores a 0,3% ppm durante 16 minutos. Esta concentração corresponde a LC50 durante 15 segundos.

Sem aceitar as evidências de Rudolf, que vale a pena dizer que as diferenças entre as nossas estimativas são praticamente inconseqüentes. Até mesmo Rudolf reportou exatamente correto que é necessário desenvolver uma concentração de 1% dentro de 10 minutos, não há nada de incompatibilidade entre este valor e os fatos conhecidos dos gaseamentos homicidas. Tal como acima demonstrado, a concentração de 1% seria facilmente ventilada em uma quantidade de tempo razoável. Como mostrado acima, mesmo que a concentração fosse duplicada o sistema de ventilação teria sido adequado. Conforme mostrado a concentração de 1% não garante a formação de Azul da Prússia. De fato devemos levar em conta as considerações de que é extremamente improvável que quantidades significativas de Azul da Prússia teriam formado nas câmaras de gás.
Como mostrado tais concentrações não são incompatíveis com a diferença de vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento. A importância do efeito sobre a formação do Azul da Prússia é discutido abaixo, mas basta dizer aqui que nada sobre estas concentrações é inconsistente com a evidência histórica. A estimativa de Rudolf que os gaseamentos homicidas teriam exigido uma concentração 10 vezes maior que as de despiolhamento, por outro lado é muito grande. No entanto mesmo a estimativa de Rudolf é consistente com a segurança dos trabalhadores escravos (Sonderkommando), bem como os resíduos de cianetos encontrados nas câmaras de gás pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR).


FONTES DO CAPÍTULO:

[31] Daniel Keren, Ph.D, Jamie McCarthy, Harry W. Mazal OBE, " A Report on Some Findings
Concerning the Gas Chamber of Krematorium II in Auschwitz-Birkenau", an appendix to Robert Jan van Pelt's expert report.

[32] Richard J. Green, and Jamie McCarthy, Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, 1999, http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[33] Mark Van Alstine, private communication. Van Alstine writes:

Given that Zyklon B came in 200 g, 500 g, 1 kg, and 1.5 kg canisters, arguably "one of the smallest cans" would have been a 500 g can of Zyklon B. That would mean that in Krema II either 1.5 or 2.0 kg of Zyklon B (depending on whether or not one or both gas chambers of L.Keller 1 were used) would have been poured in. Since L.Keller 1 had a volume of about 500 cu m, that would mean a HCN concentration of about 3-4 g cu m. (Cf. Pressac, Technique, op. cit., pp. 16-17, 21, 494)



[34] Jean-Claude Pressac, "The Deficiencies and Inconsistencies of 'The Leuchter Report'" in Shapiro, S. Truth Prevails: Demolishing Holocaust Denial: The End of the Leuchter Report, NY: The Beate Klarsfield Foundation (1990).

[35] Robert Jan van Pelt, second supplementary opinion, p.31.

[36] Concentrations of trace gases in air are conveniently described in terms of parts per million by volume (ppm) as follows: Concentration of species X in ppm = 106*(volume of species X alone)/(volume of air). See for example, John H. Seinfeld, Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution, John Wiley & Sons, New York, 1986, p.6. Degesch defines in their publications that they mean ppm as parts per million by mass (a convention brought over from the liquid phase). Pressac has also followed this usage. Modern references to gas phase toxicity, however, are by volume. In the case of HCN, the point is moot. HCN has a molecular mass of 27 versus the atmosphere's roughly 28.8. Thus their densities are nearly equal at the same temperature and one may be loose about switching between the two conventions. In other words, the value in ppm by mass will be different by a factor of 27/28.8 or 0.94, an insignificant difference. To convert from g/m3 to ppm by volume, one can use the following equation: Conc. in ppm = ((Conc. in g/m3)/27.0)* (8.31441*298.15/101325) Where 8.31441 is the ideal gas constant, 298.15 is the temperature in Kelvin (again note that a 30 degree temperature difference leads only to 10 % error), and 101,325 is atmospheric pressure in pascals. 1 g/m3 is 906 ppm or 0.09%, so that dividing the concentration in g/m3 by 10 roughly gives the concentration in percent.

[37] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html.

[38] Rudolf Höss, Death Dealer: The Memoirs of the SS Kommandant at Auschwitz, Steven Paskuly, Ed., 1996, p. 44.

[39] Miklos Nyiszli, Auschwitz: A Doctor's Eyewitness Account, New York: Arcade Publishing, 1993, pp. 114-120.

[40] Joseph L. Borowitz, Anumantha G. Kanthasamy, and Gary E. Isom, "Toxicodynamics of Cyanide" in Satu M. Somani, Chemical Warfare Agents, Harcourt, Brace Jovanavich, San Diego, 1992, p.213

[41] Bill Krueger, "Execution Will Use Gas Chamber" in The News & Observer, Raleigh, NC, June 11, 1994, p. A1.

[42] Du Pont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage, and Handling, Wilmington: Du Pont, 195071/A (1991).

[43] J.L. Bonsall, Human Toxicol. (1984), 3, 57-60.

[44] Timothy C. Marrs, Robert Maynard and Frederick R. Sidell, Chemical Warfare Agents: Toxicology and Treatment, John Wiley & Sons, Ltd. (Chichester, West Sussex, England), 1996 ISBN 0-471-95994. Chapter 9: Cyanides, pp. 203-219

[45] Irmscher, R., Nochmals: "Die Einsatzfähigkeit der Blausäure bei tiefen Temperaturen" (Once More: "The Efficiency of Prussic Acid at Low Temperatures"), Zeitschrift für Hygienische Zoologie und Schädlingsbekämpfung, Feb/Mar 1942, pp. 35-37. Available on the web at http://www.holocausthistory.org/works/irmscher-1942/ See also appendix II to this affidavit.

[46] See appendix II of this affidavit.

[47] John C. Zimmerman, Holocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, 2000, p. 193. His reference reads: "Bill from Topf and Sons dated August 20, 1943 in AA File 502-1-327, Reel 42, p. 2 of the memo.

[48] Jamie McCarthy and Mark Van Alstine, Zyklon Introduction Columns, http://www.holocausthistory.org/auschwitz/intro-columns/

[49] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 65

65. Por que se dá tão pouca publicidade a seu ponto de vista?

O IHR diz:

Devido a razões políticas, o poder estabelecido não quer que se discutam em profundidade os fatos concernentes ao mito do "Holocausto Judeu".

Nizkor responde:

A verdadeira razão é o absurdo que supõe a negação do Holocausto. Por exemplo, a Sociedade da Terra Plana tampouco consegue muita publicidade. Ver também a resposta à pergunta 62.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 64

64. O Institute for Historical Review tem sofrido represálias por seu empenho em defender a liberdade de expressão e a liberdade de ensino?

O IHR diz:

Foram colocadas bombas na sede do IHR três vezes, e ela foi destruída completamente em 4 de julho de 1984 devido a um criminoso ataque incendiário. As ameaças de morte por telefone são praticamente uma constante diária. Todas as menções na imprensa, quando as há, são hostis.

Nizkor responde:

Deve-se condenar totalmente a violência física. Enquanto as "menções hostis", o que esperam os simpatizantes dos nazis?

E quando Ernst Zündel responde à chamada em prol da liberdade de expressão reenviando sua cópia das 66 P&R(Perguntas e Respostas), resulta ser uma ação oca e falsa. Zündel tem ajudado a distribuir um panfleto que convida o leitor a "Unir-se a uma campanha mundial para PROIBIR A LISTA DE SCHINDLER!"

Liberdade de expressão, sim, mas só quando se trata de algo com o que ele está de acordo. Se o IHR é um incondicional defensor da liberdade de expressão, onde está sua denúncia da atitude de Ernst Zündel?

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 63

63. O que tem ocorrido aos historiadores que tem questionado o "Holocausto"?

O IHR diz:

Eles têm sido objeto de campanhas de calúnias, têm perdido seus postos acadêmicos, têm perdido pensões, e têm sofrido destruição de suas propriedades e até violência física.

Nizkor responde:

A violência é uma deplorável resposta à expressão, evidentemente, há que se condená-la.

Mas mais uma vez, de que historiadores estamos falando? Não há nem um só Doutor em História entre a comunidade revisionista. Faurisson era professor de literatura, Zündel se dedicava à fotografia, Butz é professor de Engenharia Elétrica, Stäglich é juiz, O'Keefe não terminou seus estudos em Harvard, e Cole não terminou o secundário. Raven era anteriormente escritor de anedotas para contadores de piada de palco(stand-up comics) e colaborador em revistas de automóveis.

Irving é periodista e escritor especializado em História, e Weber tem um Mestrado em História. Isto é o mais próximo que se pode estar um "revisionista" de ser um historiador.

Ironicamente, um dos outros poucos "revisionistas" que tem uma graduação acadêmica em História é Leuchter, que se apresenta como um engenheiro especialista(expert)! (Tem o grau de Licenciado).

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 62

62. O que se pode dizer dessa afirmação segundo a qual os que questionam o "Holocausto" são anti-semitas ou neonazis?

O IHR diz:

Isto é uma calúnia preparada para desviar a atenção de fatos e argumentos honestos. Os estudiosos que refutam o "Holocausto" pertencem a todo tipo de ideologias e religiões - Democratas, Republicanos, anarquistas, socialistas, cristãos, judeus, etc. Não há nenhuma relação entre a refutação do "Holocausto" e o anti-semitismo ou os movimentos neonazis. De fato, há cada vez um maior número de estudiosos judeus que admitem abertamente que a demonstração do "Holocausto tem graves carências de provas.

Nizkor responde:

Há uma enorme relação entre a negação do Holocausto, o anti-semitismo e o nazismo. Afirmar o contrário é uma mentira tão colossal que é difícil saber por onde começar.

Poderia se citar centenas de exemplos, mas listaremos só uns poucos:

1. O IHR, ou mais estritamente sua corporação-mãe, foram fundados por Willis Carto, que dirige outro grupo chamado "Liberty Lobby" ("Grupo pela Liberdade"). Nada mais nada menos que um juiz federal como Robert Bork declarou que o Liberty Lobby era o "núcleo, literalmente falando" do anti-semitismo.

Isto é o que Willis Carto opina sobre Hitler, os judeus e os negros (ver
National Review, 10 de setembro de 1971, p. 979):

A derrota de Hitler foi a derrota da Europa. E da América. Como podemos ter estado tão cegos? A culpa, o parecer, tem que se imputar ao judaísmo internacional. Foi sua propaganda, suas mentiras e suas demandas que cegaram o Ocidente sobre o que fez a Alemanha...

Os judeus se converteram no primeiro Inimigo Público número 1, e seguem o sendo.

O movimento revolucionário tem visto que só uns poucos americanos estão preocupados com a inevitável "negrificação" da América.

(Nota do tradutor: é de destacar que no original em inglês, a palavra que foi utilizada por Carto para falar de "negrificação" é "niggerfication", utilizando o termo depreciativo "nigger", usado pelos racistas para se referirem as pessoas da raça negra).


2. O IHR é dirigido atualmente por Greg Raven, que em 1992 afirmou publicamente que Hitler foi "um grande homem... certamente muito mais que Churchill e Franklin Roosevelt juntos... talvez o melhor que podia haver ocorrido à Alemanha". O senhor Raven tem preparado uma explicação adicional de sua visão de Hitler em http://www.kaiwan.com/~ihrgreg/misc/smear1.html .

3. Um dos principais revisionistas do mundo, Ernst Zündel, é, segundo suas próprias palavras, um nacional-socialista irredento. Junto com George Dietz, é o co-autor de "The Hitler We Loved and Why", ("O Hitler que amamos, e por quê"), sob o pseudônimo de Friedrich Christhof. Seu nome completo é Ernst Christhof Friedrich Zündel, de acordo com o livro de seu amigo Michael Hoffman "The Great Holocaust Trial", 1985, p. 8. (O Grande Julgamento do Holocausto). Outro material elaborado por Friedrich Christhof é um panfleto sobre a organização de "busca às Bases Antárticas de Ovnis de Hitler".


A respeito de "The Hitler We Loved And Why", Hoffman afirma que Zündel só "proporcionou fotos para o livro... e toda obra foi do senhor Dietz", p. 72.

Também através de Hoffman, na página 74, enteramo-nos de que:

...disse ao tribunal que ele é a primeira pessoa a admitir que os nacional-socialistas cometeram diversas ações despiedosas durante a Segunda Guerra Mundial. Mas que ele jamais negaria a inegável e fundamental bondade do partido de Hitler.


4. O mesmo Michael Hoffman, descrito como crítico da mídia do periódico Spotlight de Carto, escreveu uma carta a Michael Shermer, editor da revista Skeptic, perguntando-lhe:

Imagine que se fizessem um filme, "A Mijada de Finklestein", sobre Israel e os palestinos...


Mr. Hoffman continuou dizendo ao Dr. Shermer que era "um safado idiota que trata de se fazer passar por um verdadeiro intelectual", e incluiu um adesivo na carta, no que aparecia uma ofensiva caricatura de um judeu, e no que pôs:

RECORDEM DOS SEIS MILHÕES! Durante os Próximos Seis Milhões de Anos!... Previna-se o Delito de Pensamento: Adore e Obedeça os Eleitos


5. Vários famosos "revisionistas" do Holocausto (Irving, Faurisson, Zündel) tem aparecido em encontros e comícios neonazis da Europa, onde falaram ante turmas de valentões que gritavam "Sieg Heil!".

6. O autor de obras negadoras do Holocausto, Friedrich Berg, na vez que promovia o CODOH, fez o seguinte comentário na Usenet:

Mr Kaufman é obviamente judeu, e é um vivo exemplo de porque os nazis trataram de expulsar os judeus da Europa e, ao não conseguir, internaram-nos em campos de concentração enquanto durou a guerra.


Fez outro comentário anti-semita similar, fazendo apologia dos nazis, que não merece a pena ser repetido aqui. De acordo com o índice disponível no website de Greg Raven, ele tem colaborado pelo menos com três artigos com o Journal of Historical Review (e sua esposa trabalhou para o IHR como tradutora até há pouco). Pode-se ler pelo menos um dos artigos no website do IHR.

7. O anti-semitismo pornográfico de Ditlieb Felderer está entre o mais podre, repugnante e odioso que tem já tenha sido escrito (ver a pergunta 56). Contribuiu com cinco artigos nos quatro primeiros Journals que publicou o Institute for Historical Review, incluindo um no primeiro número.

8. O Centro Simon Wiesenthal criou uma falsa "revista" de extrema-direita em 1993 como isca para controlar a extensão do nazismo e dos neonazis na Alemanha. Deu-se o número de telefone da revista a uns poucos nazis da linha-dura que se mantinham no anonimato para poder averiguar seus contatos. Pouco depois, o editor do Journal do IHR, Mark Weber, ligou para o número de telefone e pediu uma assinatura. Assim, estabeleceu-se um claro vínculo entre os piores fascistas alemães e os negadores do Holocausto americanos, especialmente o IHR. Mais detalhes sobre esta história aqui, no livro "In Hitler's Shadow", (À Sombra de Hitler), Svoray et al., 1994, sendo um dos autores do livro o agente encoberto que estabeleceu os contatos.

9. O negador do Holocausto Jack Wikoff organiza marchas para a White Power (Poder Blanco) no norte do estado de Nova York. Fala da festa do Dia do Aniversário de Martin Luther King como "A Festa da Marcha dos Saqueadores Negros", e distribui posters com caricaturas cruas de negros e judeus nas quais pergunta "Onde está tua Indignação, América Branca?". Tem escrito pelo menos sete críticas de livros e um artigo para o Journal do IHR, e de acordo com o calendário do Holocausto do IHR, tem dado conferências a estudantes sobre o revisionismo do Holocausto.

10. Um dos principais temas de organizações como a National Association for the Advancement of White People (NAAWP), (Associação Nacional pelo Fomento da Raça Branca), que advoga pela "relocação" de negros, judeus, asiáticos e outras minorias, é a negação do Holocausto.

11. Um jovem skinhead chamado Reuben Logsdon criou um website, com páginas como um no qual o Klaliff Imperial da Ku-Klux-Klan proporciona respostas à perguntas sobre a KKK. Também incluiu umas tantas páginas que negam o Holocausto. Além disso, admitiu publicamente que na realidade ele não duvida de que o Holocausto ocorrera - ele só tem publicado informação sobre a negação do Holocausto para atrair racistas. Como não há nenhuma relação? É só perguntar ao Sr. Logsdon!

12. Um jovem chamado Marc Lemire anunciou em sua BBS destacando os arquivos de som que vai colocar na Rede: discursos de "revisionistas" como Ernst Zündel, David Irving, e Fred Leuchter; discursos de Adolf Hitler, do líder da White Aryan Resistance (Resistência Ariana Branca), Tom Metzger, e de George Lincoln Rockwell; e "música e discursos nacional-socialistas".

13. Outro jovem, Milton Kleim, não só apenas é um negador do Holocausto, como que se descreve a si mesmo como nacional-socialista. É o autor do que é chamado de "FAQ Nacional-socialista", e afirma que seguiria admirando Hitler ainda que este houvesse assassinado seis milhões de judeus.


Quantos mais exemplos ainda falta?

Não afirmamos que todos os negadores do Holocausto sejam anti-semitas e/ou racistas, mas afirmar que não há uma relação óbvia e significativa entre ambos é falso.

O mais importante -e não se pode insistir mais nisto-: não afirmamos que porque estas pessoas são racistas e anti-semitas, não estejam com razão. Não estão com razão no tema do Holocausto sem se importar com suas opiniões sobre as raças.

A expressão "há cada vez mais um maior número de estudiosos judeus" que supostamente apóiam a negação do Holocausto é provavelmente uma referência ao professor Noam Chomsky do MIT. Tendem a afirmar que Chomsky apóia suas absurdas teorias, mas é mentira. Chomsky simplesmente tem defendido o direito do "revisionista" francês Faurisson de se expresar livremente, mas rechaça completamente o revisionismo do Holocausto.

Isto é o que ele escreveu sobre o tema:

Minha opinião ficou estabelecida claramente: o Holocausto foi a maior atrocidade da História da Humanidade, e perdemos nossa humanidade sem sequer tratarmos de começar a debater com os que buscam negar ou minimizar os crimes nazis.


E quando lhe foi perguntado sua opinião sobre os escritos de Faurisson e outros "revisionistas", respondeu:

Não tenho visto nenhuma razão para duvidar das conclusões dos verdadeiros historiadores especializados no Holocausto (Hilberg, Bauer, etc.) sobre este tema.


Hilberg e Bauer são dois conhecidos historiadores especializados no Holocausto. Cada um deles tem escrito numerosos livros e artigos. Não há o que dizer de que nenhum deles não duvida de que tivera lugar o assassinato de milhões de pessoas em câmaras de gás.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 61

61. O que ocorreu quando um instituto dedicado à História ofereceu 50.000 dólares a qualquer pessoa que pudesse provar que se gaseou judeus em Auschwitz?

O IHR diz:

Não foi enviada nenhuma prova para reclamar a recompensa, mas o instituto teve que encarar uma demanda no valor de 17 milhões de dólares de um sobrevivente do "Holocausto" que afirma que a oferta de uma recompensa lhe fez perder o sono, causou dano a seus negócios, e representou "uma negação injuriosa de fatos estabelecidos".

Nizkor responde:

Esse "instituto dedicado à História" era, evidentemente, o próprio IHR. Ver a resposta à pergunta 5.

Leitura recomendada:

Sentença do caso Mermelstein e a Desculpa do 'Instituto de História'

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 60

60. Aproximadamente, quantos livros foram publicados que refutem algum aspecto das afirmações feitas sobre o "Holocausto"?

O IHR diz (edição original):

Ao menos 60. Há mais sendo preparado.

Na edição revisada:

Dezenas. Há mais sendo preparado.

Nizkor responde:

E a cifra pode ser agora mesmo ainda maior. Mas repetir mentiras deploráveis não as converte em verdades.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 59

59. Filmes como Holocausto ou Vientos de Guerra são documentários?

O IHR diz:

Não, estes filmes não dizem que são históricos, senão dramatizações BASEADAS na História. Desafortunadamente, muitas pessoas consideraram que eram representações confiáveis da história tal e qual ocorreu.

Nizkor responde:

Há grande quantidade de fotos e filmes verídicos sobre os campos - realizadas pelos aliados e pelos soviéticos. Podem-se ver algumas representações cruas mas totalmente realistas do que ocorreu na Exposição de Desenhos sobre o Holocausto de François Schmitz.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 58

58. Quem criou o termo "genocídio"?

O IHR diz:

Raphael Lemkin, um judeu polaco, num livro publicado em 1944.

Nizkor responde:

Isto esquiva a pergunta importante: por que se criou este termo?

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 57

57. O que se pode das numerosas fotografias e filmes feitos nos campos de concentração que mostram pilhas de cadáveres esqueléticos? São falsos?

O IHR diz:

Sim, as fotos poderiam ter sido falsificadas. Mas é muito mais fácil acrescentar comentários ou observações a fotografias ou filmes, sem que estes comentários tenham a ver com o que se vê na foto ou no filme. Ver uma pilha de cadáveres esqueléticos significa que essas pessoas foram "gaseadas" ou que lhes tenham as matado de fome deliberadamente? Ou significa que essas pessoas foram vítimas de uma terrível epidemia de tifo ou que morreram de fome devido à falta de comida nos campos até o final da guerra? Tem-se tentado fazer crer que fotos de pilhas de cadáveres de mulheres e crianças alemães mortos por bombardeios aliados eram fotos de cadáveres de judeus.

Nizkor responde:

É estranho que o IHR diga que umas pilhas de cadáveres não são uma prova de práticas genocidas por parte dos nazis. Na resposta original à pergunta 1, falam de "pilhas de roupa", afirmando implicitamente que se existiram, serviram como prova. As pilhas de roupas são provas, e as pilhas de cadáveres não?

Vemos também a afirmação implícita de que os soldados aliados foram recolher cadáveres de alemães, levaram-nos aos campos, e os fotografaram ali. Estaria bem se alguma prova respaldasse este absurdo, mas evidentemente não há nenhuma.

A grande quantidade de pessoas esqueléticas são uma prova de que os nazis não consideravam uma prioridade especial alimentar seus prisioneiros. No campo de Belsen encontraram centenas de toneladas de comida armazenada, a umas poucas milhas do lugar onde dezenas de milhares de pessoas morriam de fome. Ver a pergunta 37 para mais detalhes sobre este tema.

Enquanto sobre as câmaras de gás, há várias provas que apontam claramente sua existência e uso. Ver a pergunta 1 como introdução ao tema.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 56

56. É autêntico o Diário de Anne Frank?

Texto já publicado no blog no dia 14 de Janeiro de 2008(link abaixo):
http://holocausto-doc.blogspot.com/2008/01/o-dirio-de-anne-frank-autntico.html

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 55

55. O que provocou a morte de Anne Frank algumas semanas antes do fim da guerra?

O IHR diz (edição original):

O tifo.

Na edição revisada:

Depois de sobreviver ao internamento em Auschwitz, morreu de tifo no campo de Bergen-Belsen, poucas semanas antes que a guerra terminasse. Não foi gaseada.

Nizkor responde:

Anne era uma das pessoas de um grupo de oito judeus holandeses que se refugiaram num esconderijo durante dois anos e trinta dias até que foram descobertos e presos pelos nazis, sendo deportados de Amsterdã para os campos da morte da Alemanha.

Herman Van Pels, um sócio comercial do pai de Anne, foi gaseado justo depois da chegada do grupo a Auschwitz-Birkenau, em 6 de setembro de 1944 (Cruz Vermelha Holandesa, dossiê 103586). Sua esposa morreu "entre 9 de abril e 8 de maio de 1945, na Alemanha ou na Tchecoslováquia" (Cruz Vermelha Holandesa, dossiê 103586). Seu filho Peter morreu em 5 de maio de 1945 no campo de concentração de Mauthausen, en Austria, depois de ser transladado de Auschwitz (Cruz Vermelha Holandesa, dossiê 135177).

O Dr. Friedrich Pfeffer, amigo da família, morreu em 20 de dezembro de 1944 no campo de concentração de Neuengamme (Cruz Vermelha Holandesa, dossiê 7500).

A mãe de Anne morreu em 6 de janeiro de 1945, em Auschwitz-Birkenau (Cruz Vermelha Holandesa, dossiê 117265). Anne e sua irmã mais velha Margot morreram de tifo em 31 de março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen (Cruz Vermelha Holandesa, dossiês 117266 e 117267). Dos oito, só o pai de Anne, Otto Frank, sobreviveu.

Dois não-judeus, Johannes Kleiman e Victor Gustav Kugler, sócios comerciais de Otto Frank, foram presos por ajudar a família Frank. Ambos foram sentenciados a realizar um Arbeitseinsatz (trabalho forçado) na Alemanha, e ambos sobreviveram à guerra.

Todas as referências à Cruz Vermelha Holandesa são citadas em Frank, Anne, The Diary of Anne Frank: The Critical Edition, 1989, pp. 49-58 (citação completa).

Leitura recomendada:

The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition por Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (tapa blanda)

The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition por Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (capa dura)

The Diary of a Young Girl: The Definitive Edition por Anne Frank, Otto H. Frank (Editor), Mirjam Pressler (Editor), s Massotty, Otto M. Frank (audiobook)

[Em espanhol: Diário, por Ana Frank, Plaza y Janés]

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

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