Mostrando postagens com marcador revisionistas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador revisionistas. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sobre fakes

Já comentei sobre o problema de pessoas usando fakes pra discutir/comentar com "revis" aqui (confiram a tag trolls) e sinceramente não pretendo me estender mais sobre a questão, já saturou. Mas há um problema recorrente com esses fakes que é o fato deles atiçarem a paranoia de "revis" que automaticamente miram nos sites que são contrários a eles, tanto aqui como o site do Daniel (A Vida No Front) acabam sendo visados pelo ato tresloucado dessas pessoas. Digamos que ninguém gostou muito da "brincadeira".

Alguns anos atrás chegou mensagem anônima no blog, quando foi deixado (como teste) a opção de comentários anônimos, que removi justamente pra cortar o mau uso de gente que não se identifica e fica postando denúncia e ataques pra sobrar o problema pra gente, e essa mensagem anônima sugeria que o Leo comentasse em um fórum "revi" pois só havia "dois judeus" "se defendendo" (sic) e devaneios do tipo. Pode ser dessa pessoa ou de outra, mas é de gente que circula nesses fóruns.

Houve também uma mensagem usando o nome do Leo num site "revi" que eu reportei a ele, e conforme ele confirmou, não foi ele que comentou. De cara dava pra notar que não é a forma dele comentar, mas é palhaçada fazerem isso. Sempre fica a suspeita de ser o mesmo perfil que deixa essas mensagens nesses fóruns com fakes de "Mascate", "Zico" "Arthur", "Sionista" etc e foi deixar esse "presente" pra que terceiros levem a culpa ou sejam xingados.

O perfil em questão não judeu é, é evangélico.

Mas voltando a parte mais acima, sobre o comentário "se defender". Essas pessoas têm que se defender de quê? Cometeram algum crime? "Ah, é dos ataques antissemitas...", Ok., mas essas pessoas não conseguem mandar um "revi" 'pastar' sozinhos? Ficam recebendo insultos por masoquismo? Se você gostar de receber insultos é porque é masoquista. É maluquice isso.

Alguém acha mesmo que vai mudar opinião de fanático via 'argumentação'? É maluquice crer nisso também. Não consigo entender essa postura, é postura de gente sem noção. É algo tão óbvio que não precisaria nem ser comentado.

Digo isso usando o RODOH como parâmetro. O RODOH é um fórum estrangeiro (dos EUA) de discussão sobre Holocausto, com "revis" dentro do fórum e não vejo esse chilique por lá, rola atrito em quase todo tópico (inevitável), e há ou havia membros judeus no fórum, a maioria dos Estados Unidos (boa parte do fórum é de membros dos EUA), e não lembro de ver chiliques deles por lá com "ó, um "revi" me xingou, ui!".

E não quer dizer que a discussão no RODOH seja amena, é que eles não ficam afetados com qualquer cretinice ou ataque que leem, porque se forem levar cada insanidade a sério vão surtar. Isso serve pra qualquer pessoa.

A expressão "se defender" continua errada porque passa a impressão de aceitação de "culpa" (de que cometeu algum erro) e vitimismo, algo a ser rechaçado. Eu não gosto desse tom vitimista em discussão, e não irei adotar esse tom porque alguém adota isso ou se sente diminuído ao discutir com esses bandos.

Mas alguns fatos podem ser destacados pra mostrar que quem entra nesses fóruns não deveria reclamar de ter entrado:
1. Ninguém foi forçado a entrar nesses fóruns/blogs pra discutir, quem foi, foi por livre e espontânea vontade. Não apontaram uma arma na cabeça de ninguém pra entrar, entraram porque quiseram.

2. Se alguém entra (vai discutir de forma virulenta com eles), então obviamente aguente o tranco. É algo bem óbvio, se você já chega "solando" quem recebeu geralmente vai revidar. Se não aguentam (não têm cabeça pra discutir com esse tipo de fanático, pois fascistas são fanáticos e não irão mudar de postura com discussão), pra que vão? Deem meia volta. Não tem sentido reclamar por terem entrado nesses fóruns, sabem de antemão o que vão encontrar nisso, o CODOH é um fórum "revi" estrangeiro aberto e dá pra ter uma ideia bem clara do que é postado nesse tipo de fórum.

3. Algo bastante relevante: não queiram bancar o "herói". Isso é uma postura estúpida e inconsequente, porque ao fazerem isso vocês estão atiçando o pessoal mais tresloucado (extremado, sem cabeça), que lê essas discussões, a fazerem besteira nas ruas pra extravasar a raiva irracional que sentem. Há neofascistas que saem agredindo pessoas nas ruas pra posar de "macho" (valente), vez por outra surge notícia de neofascistas agredindo gente na rua de forma grave pois algo acaba estimulando os ataques, pode ser uma mensagem qualquer que ativa isso. Não queiram ser cúmplices das sandices desses caras por estimularem o ódio deles.

4. Não se discute em fóruns levando discussões pro lado pessoal, por mais asquerosa que sejam as "ideias" dessas pessoas. Vocês não irão "mudar o mundo" levando toda ofensa pro lado pessoal. E isso não é uma postura de "Pollyana", é que ninguém em sã consciência irá "pirar" porque meia dúzia de imbecis escrevem asneiras e preconceitos
Ninguém aqui tem medo de discutir com "revis", só que esse assunto ou essas brigas alheias sem nexo saturaram, é um fato. No Brasil o nível de agressividade verbal é muito maior que fora, apesar dos estragos serem ainda menores (rola mais tiroteio de extremistas de direita fora do que internamente, ainda...). Só que não iremos levar a culpa dos atos de gente usando fakes pra atacar deliberadamente terceiros de forma aleatória achando que outras pessoas irão levar a culpa. Quem usa esse artifício sabe da paranoia deles, não pensem que a gente não percebe.

Como citei acima, um fake recorrente é um que usa o nick de "Zico, "Arthur", "Mascate" e sei lá quantos nicks, é figura recorrente nesses sites "revis", mas comenta sempre do mesmo jeito. O nick "Arthur" "Zico" etc é obviamente uma referência aquele clube da Gávea (bairro da cidade do Rio de Janeiro), pois Zico se chama Arthur Antunes Coimbra, e tem um "Nunes" também no meio, referências a jogadores, palhaçada sem tamanho. Quem acompanha futebol sabe da questão dos nomes dos jogadores.

Sendo torcedor deste clube, rubro-negro de origem (desde a fundação do clube) ao contrário do genérico carioca que deveria voltar a usar suas cores originais (azul e amarelo, fica bem melhor assim, rs), a última coisa que eu escolheria pra nick seria nome de jogador dessa coisa aí bancada pela Rede Globo. Pra quem acompanha futebol sabe do porquê dessa animosidade entre os clubes, digamos que não rola um "carinho" muito 'bom' entre essas torcidas, fora os bairrismos de parte à parte.

O perfil fake é do Ceará, inclusive já deixou link de blog nesses sites e os "revis" sequer olharam, ou se viram não quiseram comentar pra manter o "perfil interlocutor" da pessoa pro circo da "discussão" prosseguir. Até porque se ninguém comenta, eles só ficam "discutindo" entre eles e sempre a mesma repetição.

Mas enfim, se querem discutir, fiquem à vontade, ninguém aqui jamais impediu ou impedirá alguém de discutir o que quiser. Agora, não nos coloquem no meio dessas palhaçadas e discussões alheias. Se querem se digladiar, vão em frente, mas assumam o que comentam.

Como comentei no post da Copa, não acho que haverá post nesse período, então fica dado o aviso que eu acho que é o último sobre essa questão. Eu não quis apontar diretamente o problema antes pois achava que pudesse haver bom senso dessas pessoas e pararem com isso, mas pelo visto isso não rola e paciência também se esgota. Não é pelo fato de sermos contra o negacionismo do Holocausto (negação do Holocausto, vulgo "revisionismo") que concordamos com a atitude de outras pessoas que também são contra, e não somos obrigados a concordar.

domingo, 28 de abril de 2013

Delírios mitológicos geográficos "revisionistas" no Brasil - O Nordeste mitológico revimané

Acabei assistindo novamente a primeira parte desse documentário Cultura do Ódio quando fui trocar o link que estava morto, e uma coisa me chamou atenção dessa vez pois como considerava burrice ao extremo (e ainda considero) as declarações dos vários cabeças-ocas do vídeo, tinha passado desapercebido que essa ideia regional deles professada em várias declarações no primeiro vídeo, que é uma ideia adquirida no dia-a-dia e no senso comum da cidade, não é uma criação deles pois esses grupos em geral não possuem capacidade pra criar uma ideologia própria e preconceito, tanto que importam uma ideologia ultranacionalista usando-a pra extravasar esses "ressentimentos".

Aos que pegaram o "bonde andando", eu comentei antes (aqui) que iria comentar estes assuntos no blog.

Mas como dizia... o cara no vídeo de 1992 diz que "nordestino" é "mestiço de negro", o que é claro para mim que isso é o uso do preconceito regional ou de expressões regionais como uma máscara/camuflagem pra preconceito racial, como se o estado em que ele nasceu fosse algo à parte, algo "idealizado" que só existe na mente distorcida e cheia de porcaria dessas figuras. Em parte é curioso o delírio desses fascistas de São Paulo achando que são parte de uma suposta "raça pura", "arianos" (falando português), quando todos os estados, de uma forma geral, são miscigenados e possuem a mesma formação histórica colonial portuguesa, africana e indígena, uns com mais miscigenação com índios (a presença indígena se dá em todo território do país) e alguns com maior integração com população negra. É certo que o impacto da imigração do século XIX em alguns estados se reflete até hoje, mas a maioria foi assimilada à cultura brasileira que em sua matriz é portuguesa, indígena e africana ficando esse caldo (ou recalque) étnico manifestado por esses bandos. A formação histórica do país tem pelo menos meio milênio e não "cinco semanas" de existência como alguns elementos desses creem piamente, como se houvesse uma ideia de descontinuidade dos processos históricos do país.

O termo "nordestino" é referente a quem nasce numa região, é um termo geográfico basicamente, não oriundo da região a qual ele faz referência, e não é nem nunca foi termo "étnico" (a não ser na cabeça de estrume dos "neonazis" curupiras brasileiros e em quem pensa como eles já que o problema não fica restrito a esses idólatras do cabo austríaco), e acaba sendo deturpado pra outros fins ideológicos, e usado de forma aleatória como preconceito em alguns estados da federação.

Fico imaginando um Fernando Collor sendo chamado de "subraça" por um indivíduo desses (o sobrenome Collor é alemão), não entra aqui o julgamento da ideologia política do político citado, a citação da pessoa (por ser conhecida) é apenas pra ilustrar a profunda estupidez, burrice e ignorância desses bandos.

São Paulo tem nome indígena em várias ruas, monumentos etc (Butantã, Morumbi, Anhangabaú, Anhembi), a cultura indígena é parte formadora desse estado, por isso fica o questionamento de onde esse bando de "nazis" curupiras tiram essas ideias esdrúxulas e provincianas sobre regiões a não ser de um senso comum deturpado, arrogante, complexado, compartilhado por um coletivo e norteado por uma profunda estupidez e culto a esse tipo de "ganguerismo".

Eu ainda farei um post sobre o livro A Invenção do Nordeste pra justamente detonar um dos mitos esdrúxulos que esse pessoal cultiva que é a questão regional. O livro em questão fala sobre a questão regional (acesso ao link original que expirou: Link1) e da criação da região Nordeste (e das demais) pelo Estado Novo varguista, sendo que essas regiões nunca existiram antes do século XX, por isso que sempre tive dificuldade em aceitar o termo "Nordeste" por ser um termo criado artificialmente, impositivo, sem ser formado historicamente (que surgiu no local atribuído a sua "origem"), apesar de ser difundido por intelectuais locais que reproduzem esse discurso vitimista e segregador achando que estão fazendo uma "rendenção" da região, e que vai de encontro (ataca) a identidade de vários estados com forte formação identitária como Bahia e Pernambuco, que possuem identidades com quase meio milênio de existência e não são fruto de modelitos fabricados no século XX pra serem simplesmente varridas do mapa por imposição do poder político, ideológico e econômico da União ou de alguns estados da Federação.

A bem da verdade é que fica difícil até de rotular esses "lunáticos" como neonazis, o termo extrema-direita fascista é mais apropriado e exato pra definir o problema. Muita gente já colocou apelido nesse tipo de manifestação mas segue mais, o "nazismo curupira", que nem eles sabem ao certo o que é e não passa de uma cópia mal feita do lixo fascista produzido na Alemanha na primeira metade do século XX. Nazista sem ser alemão? Falando português? Separatista? Falando em Reich num país onde isso nunca fez parte da formação histórica do mesmo (o Império Português não se chamava "Reich")? Haja cretinice, não bastasse a cretinice habitual negacionista que é tema de vários posts do blog sobre a outra "bandeira" que esses bandos carregam e propagam.

Não existe bandeira do Nordeste porque Nordeste é meramente uma divisão regional e geográfica artificial, algo que geralmente é idealizado e estereotipado pela mídia/imprensa. O Brasil é o país do bairrismo, formado no bairrismo (disputas entre estados), sem desmerecer os demais estados, mas com estados históricos antigos como Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Minas Gerais com forte participação na formação do país. Até parte do começo do século XX o país ainda era dividido em Norte e Sul, classificação do Império Português. Você assiste um vídeo desses e vê a falência do ensino público e do ensino de história nas escolas (particulares ou públicas) do país. O que esses elementos aprenderam no colégio? Nada.

Esse documentário foi gravado em 1992, há 21 anos atrás. Destaco a data pra quem acha que o 'problema' é "novo", que surgiu "um dia desses".

Obviamente que o que foi citado no post é só uma parte citada no documentário e que não chega a ser o ponto central do mesmo (quem quiser saber do resto que assista os vídeos), como por exemplo quando falam abertamente que deveriam exterminar judeus ou que, "caso (o Holocausto) fosse verdade que Hitler deveria ter exterminado mais judeus", o que é uma declaração explícita do que pensa esses bandos sobre minorias, independente de sua própria deformação intelectual e moral.

Esse documentário é chave pra entender a questão do negacionismo no Brasil e dessa extrema-direita de cunho fascista, um dos documentários mais bem elaborados no país pois evita fazer rodeios sobre o problema e vai direto ao ponto.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Parlamento da Rússia analisa proposta de lei para punir defensores do nazismo e quem nega o Holocausto

Documento endureceria Código Penal russo
27/03/2013 10h33

Um projeto de lei reafirmando a inaceitabilidade de quaisquer tentativas para reviver o nazismo foi submetido à Duma, câmara baixa do Parlamento da Rússia, na segunda-feira, 25. Elaborado pelo senador Boris Shpigel, o projeto quer punir quem tentar negar o Holocausto ou transformar criminosos nazistas e seus cúmplices em heróis.

Segundo seu autor, "a necessidade de elaborar um projeto de lei destacando a inaceitabilidade das intenções voltadas para a redenção do nazismo (...) decorre, por um lado, do alcance crescente das tentativas de rever os resultados da II Guerra Mundial e justificar crimes contra a paz e a segurança (...), e, por outro, da ausência de um quadro que regulamente os esforços para impedir o renascimento do nazismo em diferentes áreas da vida pública e estatal".

Shpigel também propôs a introdução de alterações ao artigo 282 do Código Penal russo que obrigariam os condenados por estes crimes a pagar multas que variam de 100 mil a 300 mil rublos (aproximadamente, US$ 10 mil), ou uma quantidade equivalente ao seu salário por um ou dois anos.

Como alternativa, o projeto prevê que os culpados possam ser condenados a até 360 horas de serviço comunitário, ou até mesmo a uma pena de prisão de até dois anos. Por outro lado, multas de até 500 mil rublos (mais de 16 mil dólares) poderiam ser impostas a pessoas que cometessem tais crimes por meio de violência ou ameaça, abuso de autoridade ou dentro de grupos organizados.

Nesta classificação, as sanções alternativas incluem uma multa equivalente ao salário de três anos da pessoa condenada, a proibição de exercício de cargo público por até cinco anos, até 480 horas de serviço comunitário, ou pena de prisão de até cinco anos.

Fonte: Diário da Rússia
http://www.diariodarussia.com.br/fatos/noticias/2013/03/27/parlamento-da-russia-analisa-proposta-de-lei-para-punir-defensores-do-nazismo/

Ver também:
Russia moves to criminalize Holocaust denial (RT, Rússia)
Russian senator suggests punishing attempts to revive Nazism and deny Holocaust (Russia Beyond the Headlines)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pela primeira vez, suspeitos de nazismo serão julgados no Brasil

O MP sustentou que os réus integravam um grupo que pregava o preconceito contra judeus, negros, homossexuais e punks
01-12-2012 09:49

No primeiro semestre de 2013, quatro suspeitos de integrar um grupo neonazista serão julgados na capital gaúcha por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e racismo, um fato inédito no Brasil, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O delegado Paulo César Jardim, que coordena uma equipe de investigação contra grupos extremistas no Sul do País há dez anos, compara o fato - guardadas as devidas proporções - ao histórico tribunal de Nuremberg, que condenou os principais dirigentes do nazismo após a 2ª Guerra Mundial.

"Teremos a experiência, através do júri popular, de julgar o envolvimento de nazistas pela primeira vez. Há mais de 60 anos, um fato semelhante aconteceu em Nuremberg, mas é claro que respeitamos as proporcionalidades. Na América do Sul, esse tipo de fato, com tentativa de homicídio e formação de quadrilha, é inédito", disse ele. Ainda sem data definida, o júri vai decidir o futuro de Luzia Santos Pintos, Fábio Roberto Sturm, Laureano Vieira Toscani e Thiago da Silva.

Eles se envolveram, segundo denúncia do Ministério Público (MP) aceita pela Justiça, em uma agressão a judeus em maio de 2005 no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Com facas e canivetes, os quatro, junto com outros 10 suspeitos, teriam agredido Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn.

O MP sustentou que os réus integravam um grupo que pregava o preconceito contra judeus, negros, homossexuais e punks. Além das agressões, eles veiculavam ideias discriminatórias pela internet, divulgavam letras de músicas, fotografias e imagens com mensagens de conteúdo antissemita e nazista e pregavam a supremacia da raça ariana. Dos 14 denunciados, dez recorreram e aguardam decisão do recurso por parte da juíza Elaine Maria Canto da Fonseca.

Paulo César Jardim não acredita, mesmo com uma eventual condenação, no fim da propagação do nazismo no Estado: "É um posicionamento ideológico, por isso não acredito no seu término. (...) Os inúmeros inquéritos remetidos à Justiça estão se fazendo necessários para o julgamento dos indiciados, para nós é importante."

Advogado critica "perseguição policial"

Defensor do réu Laureano Vieira Toscani, o advogado Guilherme Rodrigues Abrão sustenta que seu cliente não é neonazista e garante que ele não estava presente na agressão contra os judeus, em 2005. Ele criticou a "perseguição" feita pela Polícia Civil.

"A polícia teve uma visão muito apressada, por conta de um reconhecimento precário, que resultou na prisão deles. Eles não participaram do fato. Embora possua material (de cunho nazista) e tenha lido sobre essas questões, o Laureano não é uma pessoa com qualquer tipo de preconceito", argumentou Abrão.

"Seus pais são professores universitários, residiram na Europa e uma irmã já se relacionou com um negro. Não há motivos para o Laureano participar de qualquer movimento ideológico que cultive o ódio e o preconceito. Muito se dá por uma certa perseguição e estigma", completou.

Rebatendo o defensor, Jardim ironizou: "Quase 90% das pessoas que estão no Presídio Central são 'inocentes' e foram 'injustamente condenadas'". Os demais réus não contrataram advogados e terão defensores públicos no tribunal. O Terra entrou em contato com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

Histórico de violência

Em agosto de 2011, uma briga envolvendo punks, skinheads e ao menos um neonazista em um bar da capital gaúcha ligou o sinal de alerta da polícia para a atuação de grupos que pregam o ódio e a discriminação no Sul do País, inspirados pela ideologia de Adolf Hitler. Responsável pelo indiciamento de 35 neonazistas no Estado na última década, Jardim afirmou que está "na gênese" do gaúcho a guarida para movimentos desse tipo.

Já em 2010, um grupo de defesa dos direitos dos travestis no Rio Grande do Sul recebeu ameaças por telefone de um suposto neonazista, que disse preparar uma ação na 14ª Parada Livre. Em edição anterior do evento, cartazes que pregavam a morte de homossexuais foram afixados no bairro Bom Fim, onde ocorre a passeata. Em novembro do mesmo ano, policiais civis apreenderam material de apologia ao nazismo em uma residência no centro de Porto Alegre.

Foram recolhidos fotografias, CDs, camisetas, distintivos, facas, uma soqueira e um laptop, mas ninguém foi preso. Em 2009, apreensões semelhantes ocorreram em Cachoeirinha, Viamão e Porto Alegre. Também em 2009, o casal Bernardo Dayrell e Renata Ferreira foi assassinado após uma festa neonazista no Paraná. O crime foi cometido na BR-116, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e teve motivações de disputa entre o grupo neonazista liderado por Dayrell e Ricardo Barollo, apontado pela polícia como o mandante do duplo homicídio.

Além dele, Jairo Maciel Fischer, Rodrigo Motta, Gustavo Wendler, Rosana Almeida e João Guilherme Correa foram acusados de participar no crime. No dia do assassinato do casal, vários membros do grupo neonazista foram a uma festa em comemoração ao aniversário de Adolf Hitler em uma chácara de Quatro Barras. Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão.

Fonte: Terra/meionorte.com
http://www.meionorte.com/noticias/geral/pela-primeira-vez-suspeitos-de-nazismo-serao-julgados-no-brasil-190100.html
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6344992-EI5030,00-RS+pela+vez+suspeitos+de+nazismo+serao+julgados+no+Pais.html

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Historiadores e “revisionistas”, por Richard J. Evans


"Historiadores respeitáveis e profissionais não suprimem partes de citações de documentos que vão contra o seu próprio caso, mas levam-nas em conta, e se necessário alteram o seu caso em conformidade. Eles não apresentam como verdadeiros o que sabem serem falsos só porque estas falsificações ocorreram para mostrar o que eles estão dizendo. Eles não inventam de forma engenhosa, mas implausível e totalmente incompatível com a razão, para desconfiar de documentos verdadeiros porque esses documentos são contrários aos seus argumentos, novamente, alteram seus argumentos se este for o caso, ou mesmo os abandona completamente. Eles conscientemente não atribuem suas próprias conclusões a livros e outras fontes, que de fato em uma inspeção mais próxima da verdade, diz o contrário. Eles não procuram avidamente os valores mais elevados possíveis em uma série de estatísticas, independentemente de sua fiabilidade ou não, simplesmente porque eles querem, por qualquer razão, maximizar o valor em causa, mas sim avaliar todos os dados disponíveis imparcialmente o quanto possível, afim de chegar a um número que irá suportar o exame crítico dos outros. Eles não traduzem mal fontes de línguas estrangeiras afim de torná-las mais úteis para eles próprios. Eles não inventam palavras, frases, citações, incidentes e eventos para os quais não há evidência histórica afim de apresentar os seus argumentos mais plausíveis."

Fonte: Holocaust Denial On Trial

Link: http://www.hdot.org/en/trial/defense/evans/6
Link (antigo): http://www.holocaustdenialontrial.org/en/trial/defense/evans/6

Tradução: Leo Gott

terça-feira, 21 de abril de 2009

Nazismo versus humanismo

Nazismo versus humanismo, por Henry Chmelnitsky*

A memória do genocídio nazista contra os judeus, os ciganos, os opositores políticos e outros grupos sociais e religiosos tornou-se agora um campo de disputa. Com o passar do tempo, a recordação daqueles eventos já não tem a força que a dor viva dos testemunhos dos sobreviventes propiciava. O que era simples memória tornou-se história. Em decorrência, aumenta o esquecimento. Recordar obriga, hoje, a um desgaste mais cognitivo do que emocional. Hoje já não são os vivos que falam. São os livros que dão voz aos mortos. Em decorrência, as novas gerações leem aquelas ocorrências como tarefa escolar. E, como sempre ocorre nestas situações traumáticas, com o passar do tempo aumenta o espaço para reinterpretações e releituras. Assim, o que era simples e cristalino torna-se opaco. As vítimas do assassinato tornam-se agora também vítimas da pena e da retórica. Não raro, os criminosos são desculpados. O ato criminoso amenizado. A dor que as novas gerações sentem em terem de fazer algo com esta dura recordação é perturbadora. Os filhos, netos e bisnetos das vítimas e dos assassinos têm isso em comum. O patrimônio que herdaram da história lhes dói na alma.

Cabe por isso dizer: neste dia da recordação e honra à memória das vítimas do Holocausto, não se deseja nem a revanche nem a ruminação. Recordar não é revidar. Não se deseja nesta data condenar as novas gerações a assumirem a responsabilidade por atos cometidos no passado. O que se deseja nesta data é ensinar a não vulgarizar a barbárie. O que se quer nesta data é evitar que se minimize a maldade.

O nazismo nasceu no berço do humanismo alemão. Esta é a dura verdade. O mal parece estar sempre à espreita, mesmo ali onde proliferam a boa vontade e o sonho por um novo mundo. Esta luta entre estas duas tendências parece não ter fim. Cabe por isso dizer, o genocídio dos judeus e dos demais grupos, que tanto horrorizou a humanidade, não é um problema das vítimas. Elas recordam não porque estejam preocupadas com nova perseguição, porque almejam acerto de conta, porque aspiram cultivar o espírito de culpa do mundo ocidental. Elas recordam porque querem dizer que todos são suscetíveis a repetirem a história. Construir um novo mundo depende em boa medida da capacidade de aprender algo desta fragilidade da alma humana.

*Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul

Fonte: Zero Hora
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2483183.xml&template=3898.dwt&edition=12157§ion=1012

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 62

62. O que se pode dizer dessa afirmação segundo a qual os que questionam o "Holocausto" são anti-semitas ou neonazis?

O IHR diz:

Isto é uma calúnia preparada para desviar a atenção de fatos e argumentos honestos. Os estudiosos que refutam o "Holocausto" pertencem a todo tipo de ideologias e religiões - Democratas, Republicanos, anarquistas, socialistas, cristãos, judeus, etc. Não há nenhuma relação entre a refutação do "Holocausto" e o anti-semitismo ou os movimentos neonazis. De fato, há cada vez um maior número de estudiosos judeus que admitem abertamente que a demonstração do "Holocausto tem graves carências de provas.

Nizkor responde:

Há uma enorme relação entre a negação do Holocausto, o anti-semitismo e o nazismo. Afirmar o contrário é uma mentira tão colossal que é difícil saber por onde começar.

Poderia se citar centenas de exemplos, mas listaremos só uns poucos:

1. O IHR, ou mais estritamente sua corporação-mãe, foram fundados por Willis Carto, que dirige outro grupo chamado "Liberty Lobby" ("Grupo pela Liberdade"). Nada mais nada menos que um juiz federal como Robert Bork declarou que o Liberty Lobby era o "núcleo, literalmente falando" do anti-semitismo.

Isto é o que Willis Carto opina sobre Hitler, os judeus e os negros (ver
National Review, 10 de setembro de 1971, p. 979):

A derrota de Hitler foi a derrota da Europa. E da América. Como podemos ter estado tão cegos? A culpa, o parecer, tem que se imputar ao judaísmo internacional. Foi sua propaganda, suas mentiras e suas demandas que cegaram o Ocidente sobre o que fez a Alemanha...

Os judeus se converteram no primeiro Inimigo Público número 1, e seguem o sendo.

O movimento revolucionário tem visto que só uns poucos americanos estão preocupados com a inevitável "negrificação" da América.

(Nota do tradutor: é de destacar que no original em inglês, a palavra que foi utilizada por Carto para falar de "negrificação" é "niggerfication", utilizando o termo depreciativo "nigger", usado pelos racistas para se referirem as pessoas da raça negra).


2. O IHR é dirigido atualmente por Greg Raven, que em 1992 afirmou publicamente que Hitler foi "um grande homem... certamente muito mais que Churchill e Franklin Roosevelt juntos... talvez o melhor que podia haver ocorrido à Alemanha". O senhor Raven tem preparado uma explicação adicional de sua visão de Hitler em http://www.kaiwan.com/~ihrgreg/misc/smear1.html .

3. Um dos principais revisionistas do mundo, Ernst Zündel, é, segundo suas próprias palavras, um nacional-socialista irredento. Junto com George Dietz, é o co-autor de "The Hitler We Loved and Why", ("O Hitler que amamos, e por quê"), sob o pseudônimo de Friedrich Christhof. Seu nome completo é Ernst Christhof Friedrich Zündel, de acordo com o livro de seu amigo Michael Hoffman "The Great Holocaust Trial", 1985, p. 8. (O Grande Julgamento do Holocausto). Outro material elaborado por Friedrich Christhof é um panfleto sobre a organização de "busca às Bases Antárticas de Ovnis de Hitler".


A respeito de "The Hitler We Loved And Why", Hoffman afirma que Zündel só "proporcionou fotos para o livro... e toda obra foi do senhor Dietz", p. 72.

Também através de Hoffman, na página 74, enteramo-nos de que:

...disse ao tribunal que ele é a primeira pessoa a admitir que os nacional-socialistas cometeram diversas ações despiedosas durante a Segunda Guerra Mundial. Mas que ele jamais negaria a inegável e fundamental bondade do partido de Hitler.


4. O mesmo Michael Hoffman, descrito como crítico da mídia do periódico Spotlight de Carto, escreveu uma carta a Michael Shermer, editor da revista Skeptic, perguntando-lhe:

Imagine que se fizessem um filme, "A Mijada de Finklestein", sobre Israel e os palestinos...


Mr. Hoffman continuou dizendo ao Dr. Shermer que era "um safado idiota que trata de se fazer passar por um verdadeiro intelectual", e incluiu um adesivo na carta, no que aparecia uma ofensiva caricatura de um judeu, e no que pôs:

RECORDEM DOS SEIS MILHÕES! Durante os Próximos Seis Milhões de Anos!... Previna-se o Delito de Pensamento: Adore e Obedeça os Eleitos


5. Vários famosos "revisionistas" do Holocausto (Irving, Faurisson, Zündel) tem aparecido em encontros e comícios neonazis da Europa, onde falaram ante turmas de valentões que gritavam "Sieg Heil!".

6. O autor de obras negadoras do Holocausto, Friedrich Berg, na vez que promovia o CODOH, fez o seguinte comentário na Usenet:

Mr Kaufman é obviamente judeu, e é um vivo exemplo de porque os nazis trataram de expulsar os judeus da Europa e, ao não conseguir, internaram-nos em campos de concentração enquanto durou a guerra.


Fez outro comentário anti-semita similar, fazendo apologia dos nazis, que não merece a pena ser repetido aqui. De acordo com o índice disponível no website de Greg Raven, ele tem colaborado pelo menos com três artigos com o Journal of Historical Review (e sua esposa trabalhou para o IHR como tradutora até há pouco). Pode-se ler pelo menos um dos artigos no website do IHR.

7. O anti-semitismo pornográfico de Ditlieb Felderer está entre o mais podre, repugnante e odioso que tem já tenha sido escrito (ver a pergunta 56). Contribuiu com cinco artigos nos quatro primeiros Journals que publicou o Institute for Historical Review, incluindo um no primeiro número.

8. O Centro Simon Wiesenthal criou uma falsa "revista" de extrema-direita em 1993 como isca para controlar a extensão do nazismo e dos neonazis na Alemanha. Deu-se o número de telefone da revista a uns poucos nazis da linha-dura que se mantinham no anonimato para poder averiguar seus contatos. Pouco depois, o editor do Journal do IHR, Mark Weber, ligou para o número de telefone e pediu uma assinatura. Assim, estabeleceu-se um claro vínculo entre os piores fascistas alemães e os negadores do Holocausto americanos, especialmente o IHR. Mais detalhes sobre esta história aqui, no livro "In Hitler's Shadow", (À Sombra de Hitler), Svoray et al., 1994, sendo um dos autores do livro o agente encoberto que estabeleceu os contatos.

9. O negador do Holocausto Jack Wikoff organiza marchas para a White Power (Poder Blanco) no norte do estado de Nova York. Fala da festa do Dia do Aniversário de Martin Luther King como "A Festa da Marcha dos Saqueadores Negros", e distribui posters com caricaturas cruas de negros e judeus nas quais pergunta "Onde está tua Indignação, América Branca?". Tem escrito pelo menos sete críticas de livros e um artigo para o Journal do IHR, e de acordo com o calendário do Holocausto do IHR, tem dado conferências a estudantes sobre o revisionismo do Holocausto.

10. Um dos principais temas de organizações como a National Association for the Advancement of White People (NAAWP), (Associação Nacional pelo Fomento da Raça Branca), que advoga pela "relocação" de negros, judeus, asiáticos e outras minorias, é a negação do Holocausto.

11. Um jovem skinhead chamado Reuben Logsdon criou um website, com páginas como um no qual o Klaliff Imperial da Ku-Klux-Klan proporciona respostas à perguntas sobre a KKK. Também incluiu umas tantas páginas que negam o Holocausto. Além disso, admitiu publicamente que na realidade ele não duvida de que o Holocausto ocorrera - ele só tem publicado informação sobre a negação do Holocausto para atrair racistas. Como não há nenhuma relação? É só perguntar ao Sr. Logsdon!

12. Um jovem chamado Marc Lemire anunciou em sua BBS destacando os arquivos de som que vai colocar na Rede: discursos de "revisionistas" como Ernst Zündel, David Irving, e Fred Leuchter; discursos de Adolf Hitler, do líder da White Aryan Resistance (Resistência Ariana Branca), Tom Metzger, e de George Lincoln Rockwell; e "música e discursos nacional-socialistas".

13. Outro jovem, Milton Kleim, não só apenas é um negador do Holocausto, como que se descreve a si mesmo como nacional-socialista. É o autor do que é chamado de "FAQ Nacional-socialista", e afirma que seguiria admirando Hitler ainda que este houvesse assassinado seis milhões de judeus.


Quantos mais exemplos ainda falta?

Não afirmamos que todos os negadores do Holocausto sejam anti-semitas e/ou racistas, mas afirmar que não há uma relação óbvia e significativa entre ambos é falso.

O mais importante -e não se pode insistir mais nisto-: não afirmamos que porque estas pessoas são racistas e anti-semitas, não estejam com razão. Não estão com razão no tema do Holocausto sem se importar com suas opiniões sobre as raças.

A expressão "há cada vez mais um maior número de estudiosos judeus" que supostamente apóiam a negação do Holocausto é provavelmente uma referência ao professor Noam Chomsky do MIT. Tendem a afirmar que Chomsky apóia suas absurdas teorias, mas é mentira. Chomsky simplesmente tem defendido o direito do "revisionista" francês Faurisson de se expresar livremente, mas rechaça completamente o revisionismo do Holocausto.

Isto é o que ele escreveu sobre o tema:

Minha opinião ficou estabelecida claramente: o Holocausto foi a maior atrocidade da História da Humanidade, e perdemos nossa humanidade sem sequer tratarmos de começar a debater com os que buscam negar ou minimizar os crimes nazis.


E quando lhe foi perguntado sua opinião sobre os escritos de Faurisson e outros "revisionistas", respondeu:

Não tenho visto nenhuma razão para duvidar das conclusões dos verdadeiros historiadores especializados no Holocausto (Hilberg, Bauer, etc.) sobre este tema.


Hilberg e Bauer são dois conhecidos historiadores especializados no Holocausto. Cada um deles tem escrito numerosos livros e artigos. Não há o que dizer de que nenhum deles não duvida de que tivera lugar o assassinato de milhões de pessoas em câmaras de gás.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 60

60. Aproximadamente, quantos livros foram publicados que refutem algum aspecto das afirmações feitas sobre o "Holocausto"?

O IHR diz (edição original):

Ao menos 60. Há mais sendo preparado.

Na edição revisada:

Dezenas. Há mais sendo preparado.

Nizkor responde:

E a cifra pode ser agora mesmo ainda maior. Mas repetir mentiras deploráveis não as converte em verdades.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A controversa "Wolzek"

Um dos argumentos dos revisionistas de que os testemunhos/escritos de Rudolf Höss não tem qualquer validade é o campo "Wolzek", que realmente não existe. Os revisionistas dizem que Höss "inventou" um campo chamado "Wolzek" para "mostrar ao mundo" que ele estava sendo forçado a dizer um monte de mentiras.

O que muitos revisionistas (e os leitores de SE Castan) não sabem é que "Wolzek" EXISTE. É uma localidade bem próxima do campo de concentração de Sobibor. O nome polonês é "Wolzcyn". Muitas localidade polonesas receberam nomes "germanizados". Assim, temos Kulmhof/Chelmno, Dantzig/Gdansk, Auschwitz/Oswiecin, Cracow/Krakau,
Warszwa/Warschau, etc.

Vejam nos mapas:

http://www.holocaust-history.org/auschwitz/wolzek-paradox/

http://www.mazal.org/Maps/Sobibor-03.htm

Para mostrar que o mapa não foi "forjado", aqui vai um link sobre a localidade de Wolzcyn/Wolzek:

http://www.biznet1.com/arepl035.htm

Fonte: Holocausto-doc(Lista)
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/8

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 36

36. Quantos judeus morreram aproximadamente nos campos de concentração?

O IHR diz (edição original):

Uns 300.000.

O IHR diz (edição revisada):

Estimativas competentes situam a cifra entre 300.000 e 500.000.

Nizkor responde:

Uma vez mais - que diriam os "revisionistas" se os historiadores autênticos alterassem suas cifras desta maneira, elevando suas estimativas em uns sessenta por cento? Mas se não o fazem, é correto.

Ma realidade, morreram mais de 3,000.000 nos campos (o resto nos territórios ocupados do Leste e nos guetos). Os dois piores campos foram Auschwitz (algo em torno de 1,300.000 de vítimas, sendo judeus 1,100.000) e Treblinka (umas 800.000 vítimas, quase todas judias, e também morreram uns 3.000 ciganos).

E não diziam na pergunta 7 que "dezenas de milhares" de pessoas morreram em campos de concentração britânicos da Guerra Guerra dos Bóer, sendo assim "muito piores que qualquer campo de concentração alemão"? Outra contradição interna.

E se as "estimativas competentes" rondassem só os 500.000, então o revisionista mais famoso do mundo, David Irving, debe ser um incompetente multiplicado por oito. Irving tem surpreendido a todo o mundo recentemente ao afirmar que agora crê que morreram nos campos de concentração peo menos quatro milhões de judeus.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

Ver também: Número de mortos no Holocausto (Estatística/Estimativas)
Números do Holocausto por Raul Hilberg
Auschwitz e os números de mortos (por Robert Jan Van Pelt)
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Números do Holocausto - Estimativa de vítimas judaicas

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Adolf Hitler fala sobre suas intenções em exterminar judeus

"Revisionistas"(negadores do Holocausto e/ou simpatizantes do nazismo/fascismo)costumam alegar em defesa do ditador da Alemanha no período nazista que nunca fora encontrada uma ordem escrita do ditador autorizando o extermínio de judeus, e que com isto se "prova" de forma contundente que Adolf Hitler nunca tivera intenção de exterminar judeus e outras minorias numa lógica macabra(sem documento = sem ordem de extermínio), como uma forma de acobertar suas reais intenções sobre o genocídio.

Para azar dos ditos "revisionistas" há testemunhos que relatam as intenções do ditador nazista sobre judeus como este documento datado de 1922 em que Hitler fala sobre aniquilação dos judeus, mais de dez anos antes mesmo de chegar ao poder daquele país e instaurar uma ditadura sangüinária que acarretaria na destruição da Alemanha e em sua posterior divisão por décadas como de praticamente quase toda a Europa.

Roberto
-------------------------
Hitler fala em extermínio
Entrevista de Hitler a Joseph Hell, em 1922

Em 1922, Joseph Hell perguntou a Hitler, "O que você gostaria de fazer com os judeus assim que tivesse plenos poderes discricionários?" (1) Hitler, que até então havia falado calmamente e com palavras medidas, sofreu uma transformação total:

"Seus olhos não mais me viam, mas em vez disso passaram por mim e transportaram-se para o espaço vazio; sua explicação ficou cada vez mais fluente, até que ele caiu num tipo de espasmo que terminou com ele gritando, como se fosse para uma reunião pública inteira:

"Assim que eu realmente estiver no poder, minha primeira e mais importante tarefa será a aniquilação dos judeus. Tão logo eu tenha o poder de fazer isso, eu terei forcas construídas em fileiras - na Marienplatz em Munique, por exemplo, tantas quantas o tráfego permitir. Então os judeus serão enforcados indiscriminadamente, e eles continuarão pendurados até federem; eles ficarão pendurados lá tanto tempo quanto os princípios da higiene permitirem. Assim que eles tiverem sido desamarrados, o próximo lote será enforcado, e assim por diante da mesma maneira, até que o último judeu em Munique tiver sido exterminado. Outras cidades farão o mesmo, precisamente dessa maneira, até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus.'"

(1) Josef Hell, "Aufzeichnung," 1922, ZS 640, p. 5, Institut für Zeitgeschichte. O Major aposentado Josef Hell foi um jornalista nos anos 20, e no começo dos anos 30, tempo durante o qual ele também colaborou com o Dr. Fritz Gerlich, o editor do jornal semanal Der Gerade Weg.>>

Fleming, Gerald. Hitler and the Final Solution.Berkeley: University of California Press. 1984. p. 17

Traduzido por Marcelo Oliveira
Fonte(inglês): http://www.einsatzgruppenarchives.com/annihilation.html
Português: http://h-doc.vilabol.uol.com.br/hell.htm

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Francês é condenado a um ano de prisão por questionar o Holocausto

Francês é condenado à prisão por questionar genocídio judeu
Da AFP

Vincent Reynouard, um engenheiro químico francês de 38 anos, foi condenado nesta quinta-feira a um ano de prisão por ter questionado em livretos distribuídos em todo o país a existência do genocídio dos judeus cometidos pelos nazistas.

Reynouard também foi condenado a pagar uma multa de 10 mil euros e 3,3 mil euros por danos às partes querelantes.

Essa é uma das condenações mais severas aplicadas até hoje na França por textos ou declarações deste teor, conhecidas como "revisionistas".

O texto de Reynouard, um fascículo de 16 páginas intitulado "Holocausto? O que ocultam a respeito", considera "impossível o extermínio de seis milhões de judeus entre 1940 e 1945".

Em 1996, Reynouard foi condenado a três meses por fatos similares e, na ocasião, disse que ir ao tribunal não o impediria de continuar escrevendo sobre o revisionismo.

Fonte: AFP/Diário do Grande ABC
http://www.dgabc.com.br/News/90000615670/frances-e-condenado-a-prisao-por-questionar-genocidio-judeu.aspx?ref=history

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...