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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Antissemitismo ‘oficial’ de Estado, entre 1933 e 1948: Livro expõe circulares secretas visavam barrar entrada de judeus no País

Entre 1933 e 1948, o governo brasileiro emitiu dezenas de circulares secretas que visavam dificultar, ou até mesmo impedir, a entrada de judeus que fugiam do nazismo e do fascismo que dominavam a Europa. O mito do Brasil cordial, que não é racista, pode ser confrontado agora por meio do livro Cidadão do Mundo – o Brasil diante do Holocausto e dos judeus refugiados do nazifascismo – 1933-1948 (Editora Perspectiva, 476 p., R$75,00). A obra, lançada no início do mês de dezembro, é originada da tese de livre docência da professora Maria Luiza Tucci Carneiro, apresentada em 2001 à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da USP.

Refugiados judeus no porto de Lisboa.
Imagem de Roger Kahan (1940)
O livro analisa o contexto desse ‘cidadão do mundo’: trata-se do judeu que começa a ser perseguido na Europa, a partir de 1933 com a ascensão do nazismo na Alemanha. “À medida que os nazistas vão invadindo outros países, surgem novos fluxos migratórios de judeus alemães que vão se somando a novas nacionalidades de judeus refugiados da guerra, como austríacos e poloneses”, explica a professora.

Com a perda da identidade jurídica decorrente da perseguição nazista, esse ‘cidadão no mundo’ foge de seu país de origem e busca rotas de fuga – incluindo o Brasil. “Mas aqui vai encontrar receptividade apenas dentro da comunidade judaica. A posição oficial do governo brasileiro é a de descaso para esse ‘cidadão do mundo’, ou mesmo de omissão em algumas situações bastantes críticas. As circulares secretas mostram que a orientação dada aos diplomatas brasileiros era de dificultar ou negar a emissão de vistos para os refugiados judeus”, conta.

A professora explica que o governo brasileiro vê esse ‘cidadão do mundo’ como perigoso para compor a ‘raça brasileira’ e também para a segurança nacional, pois o judeu era associado com o comunismo, ao parasitismo e a ideia de raça inferior. Por meio desta pesquisa, Maria Luiza demonstra que muitos desses judeus tinham posturas políticas liberais e que, entre 1940-1945, fortaleceram no Brasil os movimentos antifascistas.

Segundo a historiadora, uma minoria de diplomatas se mostrou sensibilizada com a situação vivenciada pelos judeus refugiados e raros foram os que se ofereceram para ajudar. Entre os diplomatas brasileiros que assumiram uma postura humanitária, ela cita Luiz Martins de Souza Dantas, embaixador do Brasil na França de 1922 a 1944, e que concedeu cerca de 500 vistos, desobedecendo as imposições antissemitas do governo Vargas expressas através das circulares secretas. Por suas ações salvacionistas, Souza Dantas é considerado pelo Instituto Yad Vashem, em Israel, como um dos “Justos entre as Nações“, sendo que o processo de reconhecimento foi aberto a pedido da própria professora Maria Luiza Tucci Carneiro. Outro exemplo é o de Aracy Moebius de Carvalho que ajudou a salvar centenas de refugiados judeus favorecendo a emissão de vistos pelo Consulado Geral do Brasil de Hamburgo, onde trabalhava ao lado do diplomata e escritor Guimarães Rosa, então cônsul geral.

Pós-guerra

Mesmo no pós-guerra, a emissão de circulares secretas continuou. A professora conta que em 1947, durante o período de criação da Organização das Nações Unidas (ONU), Oswaldo Aranha, ex-ministro das Relações Exteriores na Era Vargas, produziu um relatório, atendendo ao pedido do ministro Raul Fernandes, então chanceler do presidente Dutra. Neste documento, Aranha avalia alguns dos assuntos que seriam debatidos na primeira reunião da ONU: a discussão sobre genocídio instigada pelas imagens de catástrofe sobre o Holocausto; o controle do uso de armas atômicas, pensando-se do que ocorrera em Hiroshima e Nagasaki, no Japão; e, por fim, a divisão do território palestino com a criação do Estado de Israel.

“No final do relatório, Oswaldo Aranha apontava que se realmente fosse votada a partilha da Palestina, o Brasil poderia ficar tranquilo pois os judeus teriam, a partir de então, um território próprio específico e o país não precisaria mais se preocupar em receber esses ‘cidadãos do mundo’”, destaca a historiadora. “Ao mesmo tempo, Oswaldo Aranha havia recebido a orientação de seguir o voto dos Estados Unidos, fosse qual fosse o voto”, completa, mostrando a posição comprometida do governo brasileiro.

Documentos do Itamaraty revelam a
morosidade e a insensibilidade do governo
Outro ponto apresentado no livro é que a partir de abril de 1944, o Comitê Internacional para Refugiados Políticos apelou, por meio de dezenas de cartas, para dezenas de países, pedindo auxílio para salvar cerca de 10 mil crianças judias órfãs, retirando-as da França e Hungria ocupadas. Segundo a professora, um conjunto de documentos pesquisados junto ao Itamaraty revela a morosidade e a insensibilidade do governo brasileiro em assumir qualquer tipo de responsabilidade sobre a situação que exigia rápidas ações humanitárias.

“O governo de Vargas impõs uma série de condições para aceitar cerca de 500 crianças. Exigia, dentre outras condições, que elas fossem educadas por pais católicos, de forma a anular sua identidade judaica; não poderiam ter contato com a família de origem; e não deveriam ter mais de 10 anos de idade”, conta a professora. Quando o governo brasileiro decidiu oficialmente aceitar as crianças, em junho de 1945 – portanto em pleno governo Dutra -, elas já haviam sido resgatadas graças à ajuda dos Estados Unidos e Grã-Bretanha”, conta.

Mentalidade antissemita

Segundo a professora, a partir da documentação analisada, é possível perceber que os discursos de grande parte dos diplomatas e de um grupo de intelectuais católicos reproduziam as teorias de exclusão nazistas.

“Apesar dessa postura antissemita e da repressão policial, é possível identificar movimentos de resistência ao nazismo, que atuaram nos subterrâneos do governo Vargas e que lutaram em prol da Alemanha, França e da Áustria livres, conforme atestam os documentos pesquisados junto ao Fundo Deops/SP, sob a guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo”, finaliza a historiadora.

Mais informações: (11) 3091-8598 ou email malutucci@gmail.com, com a professora Maria Luiza Tucci Carneiro ou junto ao Arqshoah – Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo disponível no endereço www.arqshoah.com.br

Reportagem de Valéria Dias, da Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 12/01/2011

Publicado em janeiro 12, 2011 por HC

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Fonte: Agência USP/Ecodebate
http://www.ecodebate.com.br/2011/01/12/antisemitismo-oficial-de-estado-entre-1933-e-1948-livro-expoe-circulares-secretas-visavam-barrar-entrada-de-judeus-no-pais/
http://www.usp.br/agen/?p=45541

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma leitura do fascismo

Crônica da ascensão dos totalitarismos do entreguerras e análise dos regimes de Hitler e de Mussolini, o ensaio de Robert O. Paxton descuida-se a atenção ante às ditaduras como a espanhola. De qualquer forma, uma magnífica descrição do fenômeno.

Em seu elogio do livro de Paxton, Ian Kershaw sublinha acertadamente o mérito principal do mesmo: não é uma obra a mais que gira em torno das explicações habituais do fenômeno fascista, senão um estudo original e estimulante, apoiado além disso em uma impressionante bibliografia no que concerne os casos alemão e italiano. Deveria acrescentar como correção que outros fascismos menores, consumados ou frustrados, não são abordados com o mesmo rigor. É o que acontece com o fascismo espanhol, apesar da busca de um apoio eficaz em Paul Preston e em Juan Linz. Dessa debilidade se ressente tanto o tratamento específico de cada um dos mesmos como o valor da reflexão do conjunto.

Paxton opta por se esquivar na entrada do exame da conceitualização do fascismo. Prefere deixar o tema para o final, uma vez que estudou sucessivamente os processos de criação dos movimentos fascistas, sua penetração em duas sociedades e regimes políticos em crises (Itália e Alemanha nos anos vinte e trinta), a tomada do poder por parte de Mussolini e de Hitler, a forma de exercício do mesmo e a dinâmica posterior até o ponto de chegada abrupto da guerra mundial. É um relato cheio de apreciações valiosas e cláusulas de cautela contra as interpretações esquemáticas. Talvez seja este o principal valor desta Anatomia do fascismo e o que a converte numa leitura inescusável para os interessados no tema. Uma vez ou outra, Paxton insiste corrigindo a visão mecânica dos fascismos como regimes totalitários em que as decisões de um par de líderes carismáticos determinam com exatidão milimétrica o funcionamento do sistema de poder e o comportamento dos agentes sociais. A cascata de advertências é em muitas ocasiões pertinente, ao sublinhar que é justamente a capacidade dos caudilhos fascistas para impôr suas decisões e seus objetivos a agregados complexos de poder político, social e econômico, o que favorece o sucesso de seu empreendimento.

Agora bem, a ponderação
há de ser neste ponto companheira inseparável da advertência, e prescindir da essência totalitária de tais regimes, como o soviético (Paxton segue fixando-se em Stalin e esquecendo Lênin), ou relativizá-la, acaba sendo um obstáculo para a explicação. Os atos de violência dos subordinados de Hitler, o antissemitismo extendido na sociedade alemã e o fracasso das tentativas de exclusão hão de se ter em conta na hora de entender a gênesis do Holocausto, o mesmo que antes em outros fatores ocasionais como o incêndio do Reichstag propiciam a eliminação do Estado de direito, por muito que sua dimensão normativa não fosse apagada do todo. Contudo, há suficientes elementos previamente comprováveis no projeto de Hitler, começando por "Minha Luta", como para crer que o incêndio do Reichstag ou a Noite dos Cristais precipitaram uma deriva para o extermínio que já se encontrava previamente desenhado. Não é só a adoção do ritual o que faz dos fascismos - e do comunismo soviético - ensaios de religiões políticas.

Conta sobretudo a fixação como objetivo central do forjamento de um homem novo, de acordo com as respectivas ideologias, e dessa dimensão teleológica, causa e não efeito, derivam aspectos básicos do processo de construção dos regimes fascistas, que quanto ao demais Paxton descreve admiravelmente.

ANTONIO ELORZA 01/10/2005

Livro: ANATOMÍA DEL FASCISMO
Em português: A Anatomia do Fascismo
Autor: Robert O. Paxton
Tradução de J. M. Álvarez Flórez
Península. Barcelona, 2005
366 páginas

Fonte: El País(Espanha)
Consulta em PDF da página do EL PAÍS, edição nacional, de terça-feira 7 de dezembro
http://www.elpais.com/articulo/ensayo/lectura/fascismo/elpbabens/20051001elpbabens_5/Tes Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Morre "revisionista" S.E. Castan

Sem sair notícia em nenhum site de jornal pra confirmar, a notícia da morte de S.E. Castan, primeiro "revisionista" no Brasil e criador da Editora Revisão que distribuia esse literatura antissemita e negacionista, a notícia foi dada em sites "revisionistas"(negacionistas) do Holocausto ou na rede social do Google apinhada deles de nome Orkut, entre os dias 3 e 4 de outubro.

Sobre Castan, ver S.E. Castan e a Guerra de Inverno na Finlândia, Livro alerta sobre negacionismo do Holocausto e Castan, atentado em Sarajevo, Gravilo Princip e as velhas distorções "revisionistas".

É estranho que não noticiem sobre a morte porque a pessoa mencionada, à parte e repulsa do que pregava, ficou notório por conta da criação dessa Editora Revisão que foi quem começou a distribuição em maior escala de material negacionista no Brasil, e porque mesmo na morte de fascistas mais conhecidos fora do país, saem notícias sobre o ocorrido como no caso da morte do Haider na Áustria. Ler mais aqui, aqui, aqui e aqui.

Enfim, fica aí o registro da notícia já que o blog trata do assunto refutando as baboseiras antissemitas que os "revis" publicam e também postando textos sobre o Holocausto.

sábado, 7 de agosto de 2010

Hiroshima perdoa, mas não esquece tragédia da bomba atômica

A cúpula Genbaku, uma das poucas construções que restou em pé em Hiroshima após a explosão
Foto: Danilo Saraiva /Terra

Danilo Saraiva
Direto de Hiroshima

Há uma sobriedade atípica em Hiroshima, um silêncio que incomoda, especialmente quando estamos falando de um país cujos telões eletrônicos, propagandistas com seus megafones e sinais de semáforo se misturam a uma população inquieta, que vai e volta freneticamente, num ritmo que parece não ter fim. Se a sensação faz parte da culpa histórica dessa ter sido a primeira cidade a ser atingida pelo impacto da guerra nuclear, é difícil dizer, mas quem já esteve na terra do sol-nascente há de concordar com tal afirmação. Em 65 anos, Hiroshima parece ter perdoado - com a cultura americana descaracterizando casas e estabelecimentos - mas não esquecido a tragédia que ocorreu em 6 de agosto de 1945.

Segundo dados do governo, a cidade recebe anualmente cerca de 3 milhões de turistas, 99% deles com um único interesse: conhecer a Praça Memorial da Paz, hipocentro da bomba, que explodiu a 500 m do centro. Apesar da importância histórica do local, sua entrada tem ares de espetáculo gore. Não dá pra deixar de notar a fixação que as pessoas têm pela guerra e o grand finale da bomba atômica. O problema é que a ficção científica acaba quando começa a nossa culpa cristã. Se teve uma coisa que o Japão aprendeu nesses anos de paz "velada" no mundo, foi destruir com qualquer sensação de prazer que o peso histórico da ameaça nuclear possa causar.

O Museu Memorial da Paz é um dos poucos museus financiados integralmente pelo governo japonês. A entrada, simbólica, custa apenas R$ 1,20 (em valor convertido), uma taxa para que ele continue em pé todos os dias do ano. Uma vez lá dentro, é possível acessar informações em nove línguas, entre elas o português.

Entre imagens da destruição e maquetes feitas para ilustrar as perdas do povo japonês, podemos ver réplicas de corpos se despedaçando, objetos e roupas que pertenceram às vítimas, todas com um pequeno texto contendo a história de cada uma delas. Há uma sala somente para Sadako Sasaki, garota que sobreviveu à bomba atômica mas morreu dez anos depois, com um quadro complicado de leucemia. Ela, como milhares de habitantes da cidade e seus arredores, tornou-se uma "gembakusha", como os japoneses chamam os sobreviventes da bomba que posteriormente desenvolveram câncer e problemas de saúde devido à radiação.

Sadako morreu em outubro de 1955, após fazer 644 "tsurus", origamis no formato de pássaros que representam a paz. Para os japoneses, Sadako é símbolo da ameaça atômica e dos horrores da guerra. Na praça memorial da paz, a menina tem até um monumento, onde diariamente grupos de crianças japonesas em idade escolar vão fazer orações.

O Museu de Hiroshima ainda abriga alguns valiosos - e raros - itens, a maior parte deles doados pelo próprio governo americano. Uma carta redigida por Albert Einstein sobre o primeiro experimento da energia atômica choca com seu passado histórico. "Pode ser que ela seja necessária no futuro", afirma ele.

No último corredor, desenhos feitos por crianças na época do bombardeio, quando a cidade ainda se reerguia. São rabiscos de pessoas andando em meio ao fogo e vários corpos flutuando pelo rio que corta a cidade. Na saída, quem quiser ainda pode passar pela conhecida chama ("aquela que só será apagada quando todas as bombas atômicas deixarem de existir") e tocar o sino mundial da paz - praticamente a única coisa que pode ser realmente ouvida na praça além do piado dos pássaros e do ziguezague dos passos.

A Cúpula Genbaku, que à noite fica iluminada em holofotes de várias cores, do lado de fora, foi a única construção que ficou de pé com a explosão. As ruínas permanecem intactas, isoladas por alarmes, segurança e alguns fortes alicerces. A construção, que pertenceu à prefeitura de Hiroshima, era para ter sido demolida, mas hoje é patrimônio mundial e a maior memória real dos japoneses - e do resto do mundo - sobre o ocorrido.

Mas a bomba não está apenas nos arredores do Parque Memorial. Há um esforço conjunto da cidade em exibir cartazes, outdoors e guias que falam sobre a ameaça radioativa. Não é raro encontrar também nas inúmeras revistarias da cidade manuais e aulas em vídeo sobre como proceder em caso de bombardeio. Tais materiais se misturam a manuais de sobrevivência em caso de desastres naturais, por exemplo. E a pomba da paz está presente em qualquer canto que se vá: nas ruas centrais, ônibus, estações de trem e praças comerciais.

Por volta dos anos 1960, uma fonte de água foi construída no centro da cidade para lembrar as vítimas do ataque. Com a pele derretendo e os órgãos sucumbidos pela radiação, as pessoas expostas ao clarão engatinhavam e andavam pelo solo quente em busca de água. A população de Hiroshima foi aconselhada a não oferecer água para ninguém, evitando contaminações. Como conseqüência, muita gente morreu de sede. A fonte, construída em mármore, tem a forma de um relógio que marca às 8h15, horário que a bomba explodiu. A água é um pedido de desculpa do Japão para saciar a "sede eterna daqueles que morreram".

O Ministério da Saúde japonês afirma que ainda existem cerca de 200 mil sobreviventes da bomba atômica vivendo em Hiroshima, a maior parte deles com mais de 70 anos. Mais da maioria sofre sequelas da radiação emitida pela bomba A. Depois de uma forte pressão da população local, o governo passou a beneficiar todos os afetados, oferecendo assistência médica gratuita e uma indenização que gira em torno de 19 mil ienes para casos mais leves e 140 mil ienes para casos graves em que se precisa de acompanhamento médico frequente.

Há quem diga que Hiroshima e suas 140 mil vítimas não chegaram perto do que o exército japonês foi capaz de fazer com seus inimigos durante a 2ª Guerra Mundial. A bomba atômica seria uma forma de fazer o mundo - e a América - se culpar por uma guerra que teria acabado bem depois, se não fosse a intervenção do Enola Gay com seu little boy cortando o céu da cidade. Mas 65 anos depois, ainda há marcas da bomba atômica em Hiroshima. Marcas essas que frearam e ainda vão frear alguns sérios conflitos políticos, pelo medo cada vez maior de uma população que não quer ser dissipada. Hiroshima ainda está de luto para ensinar que na guerra nuclear, ninguém sobrevive. Ganha quem morre por último.

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Fonte: Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4606095-EI8142,00-Hiroshima+perdoa+mas+nao+esquece+tragedia+da+bomba+atomica.html

Ler mais:
Novas tecnologias contra medo do esquecimento em Hiroshima e Nagasaki

Ver mais:
Hiroshima foi bombardeada há 65 anos Económico(Portugal)
Hiroshima/65 anos: Um desafio que permanece Diário Digital/Lusa(Portugal)
Os 65 anos de Hiroshima - está na hora de aposentar as bombas nucleares Blue Bus(Brasil)
Hiroshima: onde o homem pôde mais que a morte Prensa Latina
Japão lembra os 65 anos da explosão de bomba atômica sobre Hiroshima Correio(Brasil)

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